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UNIVERSIDADE PARANAENSE CURSO DE ENFERMAGEM PAULO HENRIQUE DA SILVA FERREIRA USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E SEUS RISCOS PARA SAÚDE GUAÍRA, PR, BRASIL 2017 U N I P A R

UNIVERSIDADE PARANAENSE CURSO DE ENFERMAGEM N PAULO HENRIQUE DA SILVA FERREIRA I P USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E … · competitivos e o início do uso entre atletas recreativos,

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UNIVERSIDADE PARANAENSE

CURSO DE ENFERMAGEM

PAULO HENRIQUE DA SILVA FERREIRA

USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E SEUS

RISCOS PARA SAÚDE

GUAÍRA, PR, BRASIL

2017

U

N

I

P

A

R

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PAULO HENRIQUE DA SILVA FERREIRA

USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E SEUS RISCOS PARA SAÚDE

Projeto de Conclusão de curso apresentado a

banca examinadora - UNIPAR Universidade

Paranaense, como exigência parcial para

obtenção do título enfermeiro, sobre a

orientação da prof. (a) Cristiane Meinerz.

GUAIRA

2017

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PAULO HENRIQUE DA SILVA FERREIRA

USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E SEUS RISCOS PARA SAÚDE

.

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado em ___/___/___, como requisito parcial para

obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem da Universidade Paranaense – UNIPAR, pela

seguinte banca examinadora:

________________________________________

Prof. Dra. Cristiane Meinerz

Universidade Paranaense – UNIPAR

________________________________________

_________________________________________

Guaíra, _____ de Novembro, 2017

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DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais que sempre estiveram ao

meu lado neste sonho de me formar em

enfermagem.

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AGRADECIMENTO

A Deus por me dar saúde e muita força para superar todas as dificuldades.

A esta faculdade e todo seu corpo docente, além da direção e administração que me

proporcionaram as condições necessárias para que eu alcançasse meus objetivos.

A minha orientadora Cristiane Meinerz, por todo o tempo que dedicou a me ajudar

durante o processo de realização deste trabalho.

Aos meus pais, por todo o amor que me deram, além da educação, ensinamentos e

apoio.

E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho, seja de forma

direta ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigado!

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APRESENTAÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso, está sendo apresentado ao Colegiado do Curso de

Enfermagem do Campus Guaíra da Universidade Paranaense – UNIPAR na forma de Artigo

Cientifico conforme regulamento especifico. Este artigo está adequado as instrução para

autores da revista Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar (ISSN-1415-076X) e baseado nas

normas ABNT-NBR-6023 as quais encontra-se anexo.

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RESUMO

USO INDISCRIMINADO DE ANABOLIZANTE E OS RISCOS PARA SAÚDE

Acadêmico: Paulo Henrique da Silva Ferreira*

Orientadora: Cristiane Meinerz**

O emprego de anabolizantes, pela busca incessante do corpo “esteticamente perfeito”, ou pela

procura de uma melhor performance física, tem mostrado índices alarmantes. Embora

necessário uso terapêutico em reposição hormonal, os esteroides são terríveis alvos de abuso, e

venda indiscriminada, sem solicitação de receituário ou indicações realizadas por profissionais

capacitados para tal indicação, vem se mostrando um grave problema de saúde. Isso, porque os

efeitos esperados como o ganho da massa corporal de forma, consideravelmente, acelerada,

vem acompanhada de sérias consequências e danos a saúde como: alguns tipos de câncer,

ginecomastia, peliosis hepatis, insuficiência renal, virilização, dentre outros. Assim, o presente

estudo teve como objetivo fundamental, realizar através de uma revisão bibliográfica, e

passagem de informação aos usuários destes produtos e as pessoas que ainda não usam também

como forma de prevenção, mostrando que a ausência de um acompanhamento adequado e o

uso indiscriminado de anabolizantes, são extremamente perigosos e nocivo ao organismo

humano.

Palavra chave: anabolizantes, saúde, massa corporal.

*Acadêmico – Orientado do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar.

**Docente – Orientadora do Curso de Graduação de Enfermagem – Unipar.

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ABSTRACT

INDISCRIMINATED USE OF ANABOLIZANT AND ITS RISK FOR HEALTH

Academic: Paulo Henrique da Silva Ferreira

Guiding: Cristiane Meinerz

The constant struggle for a better physical performance and the incessant search for an

"aesthetically perfect" body has been a characterized demand for anabolic usage, indexes have

shown alarming rates. Although, therapeutic use in hormone replacement is necessary, steroids

are targets of abuse and indiscriminate trade. Sales are made without the doctor’s prescription

or indications made by professionals qualified for such indication and it has become an

aggravating situation. The expected effects such as the gain of body mass in a considerably

quicker way, is followed by serious consequences such as: several types of cancer,

gynecomastia, peliosis hepatis, renal failure, virilization, among others. The fundamental goal

of the current study carried out by a bibliographic review is to orientate the users of these

products, showing them the necessity of adequate monitoring and that the indiscriminate use of

anabolic is extremely dangerous and also harmful to the human body.

Keyword: Anabolic, Health, Body mass.

*Acadêmico – Orientado do Curso de Graduação em Enfermagem – Unipar.

**Docente – Orientadora do Curso de Graduação de Enfermagem – Unipar.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10

2. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 12

2.1 CONCEITO DE ESTEROIDES E ANABOLIZANTES ................................................ 12

2.2 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 13

2.3 SINTOMAS, EFEITOS E TRATAMENTO. ................................................................... 14

2.4 O PAPEL DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS COM OS USUÁRIOS DE

ESTEROIDES/ANABOLIZANTES ....................................................................................... 16

3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 19

4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 19

ANEXO A .................................................................................................................................. 24

REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIPAR .................................... 24

ANEXO B .................................................................................................................................. 25

FICHA CATALOGRÁFICA................................................................................................... 25

ANEXO C .................................................................................................................................. 26

INSTRUÇÕES PARA AUTORES .......................................................................................... 26

ANEXO D .................................................................................................................................. 27

FICHA CATALOGRÁFICA................................................................................................... 27

ANEXO E .................................................................................................................................. 28

DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO DE INGLÊS ....................... Error! Bookmark not defined.

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INTRODUÇÃO

A cada dia a pratica de atividade física e exercício resistido em academias, torna-se mais

frequente, atraindo muitos adeptos ao ganho de músculos através da elevação de peso, nesse

contexto, transformou-se um ato comum o uso de esteroides de forma indiscriminada por pessoas

que desejam um ganho fácil e rápido de músculos, todavia, o uso contínuo dessa substância,

ocasiona aos usuários em longo prazo graves problemas de saúde, física e mental, tornando-se

assim, um problema sério de saúde no Brasil.

Os usos dos anabolizantes e esteroides tiveram como ponto de partida o uso por médicos

no inicio dos anos 1950, como forma de tratamento de pacientes com deficiência nos estrogênios

naturais, ou que sofriam de doenças caracterizadas por desgaste muscular. (MACHADO;

RIBEIRO, 2004).

Todavia, na busca interminável pela glória, atletas e praticantes de atividade física

frequentemente desejam testar qualquer substância para melhorar seu desempenho no esporte. Os

denominados auxílios ergogênicos dos quais se utilizam os atletas são incentivados pela busca de

patrocínios milionários (FELICIO, 2010).

A utilização destas drogas por indivíduos que desejam aumentar suas performances

físicas, ou para fins apenas estéticos tem sido um achado constante em academias de todo

mundo.

Os esteroides, não são apenas usados por grandes profissionais da área de Educação

física, mais também por adolescentes ou mesmo adultos, que não possuem qualquer estudo sobre

o medicamento, usando o de forma indiscriminada visando um ganho mais rápido de massa, sem

qualquer noção dos danos que os esteroides causam a saúde do usuário.

No Brasil, a preocupação não é tanta com os atletas, mas com aqueles jovens

adolescentes, que no seu imediatismo, querem ganhar massa e músculos rapidamente, um corpo

atlético em curto prazo, entregando-se aos anabolizantes, muitas vezes receitados por instrutores,

médicos inescrupulosos e professores de educação física, sem nenhum conhecimento na área,

tendo em vista a facilidade para a sua obtenção, vez que podem ser compradas no mercado

negro, pela internet, ou mesmo além das fronteiras, sem exigência de receita medica.

(OUVIEDO, 2013).

Segundo BARROS (2013), O efeito de doses continuadas de esteroides e anabolizantes é

devastador para o fígado, podendo ter até efeitos irreversíveis, o agravante é que a lesão hepática

que ocorre é irreversível. Ou seja, mesmo controlada, vai se instalar uma perda da função

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hepática. O perigo do uso de anabolizantes não se restringe ao fígado, existem vários outros

efeitos colaterais decorrentes. Podemos dizer que o preço por ganhar músculos é altíssimo, e a

relação de danos para a saúde é uma lista tenebrosa.

Ainda segundo o autor (BARROS, 2013) pode ocorrer o aumento significativo da

incidência de tumores, principalmente no fígado, elevação severa do colesterol ruim e redução do

colesterol bom (este efeito aumenta a incidência de obstrução de artérias, provocando inclusive

casos de infarto do miocárdio em indivíduos jovens), efeitos de alteração do comportamento,

com tendência a potencializar a agressividade, podendo até mesmo provocar surtos psicóticos,

alterações epidérmicas exacerbadas, com elevada incidência de acne, o que acaba quase

“denunciando” o usuário.

Homens e mulheres que fazem uso dessa droga têm como consequências aumento nos

pelos do corpo e rosto, acne, queda de cabelo, engrossamento da voz, irregularidade nos ciclos

menstruais, disfunções testiculares, como redução na produção de esperma; alterações

comportamentais e de humor, impotência sexual, hipertensão, ataques cardíacos. Nos homens

ainda observamos a ginecomastia. (MORAES, 2017).

Para o ganho rápido de músculos muito atletas e os próprios adolescentes vem apelando

para o uso indiscriminado e sem supervisão de anabolizantes, o que ocasiona sérios risco a saúde

física mental e psicológica desses usuários, assim se for feito um balanço do uso dos

anabolizantes, pode-se afirmar que o ganho de massa corporal bem como uma melhora

significativa na estética, não vale os prejuízos, causado pelo uso indiscriminado da substancia.

Por fim será analisado a percepção de risco a saúde associado ao consumo de esteroides, e

investigado também como o enfermeiro pode interferir nestas situações.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITO DE ESTEROIDES E ANABOLIZANTES

Os esteroides e anabolizantes são muito utilizado por atletas e pessoas que

frequentam academias, como forma de ganho de pesos rápido e fácil, todavia, raramente essas

pessoas tendem a pesquisar sobre o instituto antes de utiliza-los.

Segundo Bianco Rabelo (1999), os hormônios esteroides apresentam um núcleo

básico derivado da estrutura química do colesterol, portanto são hormônios de natureza

lipídica. A biossíntese dos hormônios esteroides é restrita a alguns poucos tecidos, como o

córtex das glândulas adrenais e gônadas, os quais expressam diferentes formas do complexo

enzimático P-450, responsável pelo processamento da molécula de colesterol. Os andrógenos

são hormônios sexuais masculinos e representam uma das classes de hormônios esteroides,

são produzidos, principalmente, pelos testículos e, em menores proporções, pelas adrenais. O

principal hormônio produzido pelo testículo é a testosterona.

Estudos apontam os esteroides e anabolizantes como importantes agentes

causadores de síndromes comportamentais de risco, atos agressivos (brigas, agressões),

irritabilidade, raiva, hostilidade, ataques de fúria e sintomas cognitivos como distração,

esquecimento e confusão. Podem causar também eventos cardiovasculares adversos, como

predisposição ao mecanismo de hipercoagulabilidade, ao aumento da agregação plaquetária e

à diminuição da fibrinólise, trombose ventricular, embolismo sistêmico, infarto agudo

domiocárdio e morte súbita por hipertrofia ventricular esquerda. (SILVA; DANIELSKI;

CZEPIELEWSKI, 2002; HANDELSMAN, 2006).

Os esteroides anabolizantes ou esteroides anabólicos - androgênicos (EAA)

pertencem à classe dos hormônios sexuais masculinos e incluem a testosterona e seus

derivados. Os esteroides e anabolizantes causam efeitos androgênicos (desenvolvimento dos

órgãos genitais, espessamento da voz, aumento da libido, aumento dos pelos, aumento nas

glândulas sebáceas, entre outros) e efeitos anabólicos (aumento da massa muscular

esquelética, aumento da concentração de hemoglobina e hematócrito, aumento da deposição

óssea de cálcio e diminuição da gordura corporal) no organismo (FORTUNATO, et. al.,

2007).

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2.2 HISTÓRICO

A associação de drogas ao esporte não é recente. A primeira notação feita com

relação ao uso de elementos que caracterizariam uma espécie de doping, é referida há mais de

2700 a.C., na China. Foi relatado o efeito estimulante de uma planta local chamada

“machung”, que era utilizada por lutadores e desportistas chineses para dar mais ânimo e

coragem nas disputas (SANTOS, 2002).

As primeiras evidências da utilização da testosterona com o objetivo de restaurar a

“vitalidade” datam de 1889, quando Brown-Séquard relatou retardo no seu processo de

envelhecimento após auto aplicação de um extrato testicular. Este acontecimento estimulou

intensa atividade experimental em torno dos hipotéticos efeitos antienvelhecimento da

testosterona, antes mesmo que ela tivesse sido isolada (KUHN, 2002).

O primeiro uso não-médico dos esteroides anabolizantes foi feito por soldados

alemães na 2º Guerra Mundial como intuito de aumentar a agressividade dos soldados. Os

generais alemães, conscientes que a testosterona poderia aumentar a agressividade no homem,

começaram a fornecê-la para as suas tropas que eram enviadas aos campos de batalha. Os

anos 50 marcaram o início do uso entre atletas competitivos. Mas só nos anos 70 pudemos

observar um aumento progressivo do uso dos esteroides anabolizantes entre atletas

competitivos e o início do uso entre atletas recreativos, inclusive mulheres (MANETTA

2002).

Entretanto, foi no cenário da Guerra Fria que o uso dos esteroides e anabolizantes

atingiu o seu auge. Nos anos 60, a República Democrata Alemã era um país relativamente

obscuro associado à imagem da Guerra Fria e circundado pela famosa “Cortina de Ferro”. Os

políticos do país logo perceberam que o sucesso no esporte seria uma forma rápida e de custo

relativamente baixo de fazer com que o país, de 17 milhões de habitantes, fosse reconhecido e

recebesse prestígio internacional. Grandes investimentos foram realizados com o objetivo de

aprimorar o desempenho atlético, desde sistemáticas triagens de talentos mirins nas escolas

até o uso indiscriminado de fármacos ilegais. Todos estes esforços foram organizados de

maneira eficiente, com medidas de total segurança para que não fossem descobertos

(FRANKE; BERENDONK, 1997).

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Hoje podemos citar como o caso mais polemico e conhecido o do corredor Bem

Johnson, que após ganhar a medalha de ouro na prova de 100m rasos, foi pego no exame de

urina por conter a substancia de stanozol, proibida para atletas profissionais.

2.3 SINTOMAS, EFEITOS E TRATAMENTO.

Até hoje não sabe com exatidão a ação que os esteroides e anabolizantes

produzem no corpo humano, pesquisas relatam que se tratam de substâncias sintéticas que

podem ser usadas por vai oral ou injetável, podendo agir diretamente nos receptores

específicos do corpo humano, atingindo a circulação, e posteriormente chegar a corrente

sanguínea, esse procedimento criar uma maior produção de adenosina monofosfato cíclico,

que ocasiona o aumento do metabolismo.

Todos os esteroides anabolizantes possuem um mecanismo de ação comum,

envolvendo a ligação do hormônio esteroide a um receptor específico nos tecidos alvo (Hedge

1988). A natureza química altamente hidrofóbica dos hormônios esteroides não permite que

esses se dissolvam facilmente nos fluidos extracelulares, sendo então transportados na

circulação sistêmica por proteínas carreadoras específicas até os tecidos-alvo (Lehninger

1976).

Os hormônios esteroides regulam uma variedade de processos envolvidos no

desenvolvimento, diferenciação, crescimento e adaptação a mudanças do meio interno e

ambientais. Como esses hormônios são muito semelhantes entre si, isso implica na expressão

de receptores também muito semelhantes, específicos para cada um deles. (SOUZA, 2002).

Ainda segundo autor um segundo grande meio pelo qual os hormônios agem,

consiste em causar síntese de proteínas na células-alvo; a seguir essas proteínas funcionam

como enzimas ou proteínas carreadoras que, por sua vez, ativam outras funções das células.

(SOUZA, 2002).

Um dos efeitos do consumo de esteroides anabolizantes é a atrofia dos testículos.

Quando se consome a testosterona sintética, o organismo suspende o comando de liberação de

gonadotrofina pela hipófise e, consequentemente, as funções dos testículos, onde se fabrica a

testosterona e os espermatozoides. A partir daí, pode vir a ocorrer também à esterilidade

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masculina e feminina. O número de espermatozoides é reduzida (são necessários de seis a 30

meses para que o homem volte a produzir espermatozoides) e pode causar também a

impotência (WILMORE; COSTILL 2001).

A administração de esteroides e anabolizantes em mulheres atletas resulta em

alterações virilizantes, como amenorreia, aparecimento de acne, pele oleosa, crescimento de

pelos na face, modificação na voz, posterior desenvolvimento da musculatura e do padrão de

calvície masculino, além de hipertrofia do clitóris e voz grave. Com a administração contínua

e prolongada, muitos desses efeitos são irreversíveis (SILVA; DANIELSKI;

CZEPIELEWSKI, 2002; HANDELSMAN, 2006).

Alterações hematológicas, decorrentes do abuso de esteroides e anabolizantes,

também podem ser observadas, como mudanças do tempo de coagulação. Os esteroides e

anabolizantes estimulam a eritropoiese através do aumento da síntese de epoetina, podendo

causar policitemia e aumento do hematócrito, o que pode favorecer a formação de trombos e

aumentar os riscos de ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico. Além disso, podem

alterar a imunidade humoral, através da diminuição dos níveis das imunoglobulinas (Dawson,

2001).

Pode causar dores de cabeça e tonturas. No fígado, já foram registrados casos de

tumores, cirrose. Pode ocorrer a incidência de icterícia e distúrbios de função hepática. Nos

rins e sistema urinário, ocorre um aumento da retenção de água. Os rins ficam

sobrecarregados e, ao longo prazo, podem aparecer tumores, queimação e dor ao urinar

(Muniz et al. 1997).

Podem ocorrer distúrbios no crescimento e desenvolvimento ósseo quando os

esteroides anabolizantes são utilizados por adolescentes. Na puberdade os anabolizantes

aceleram o fechamento das epífises (regiões dos ossos responsáveis pelo crescimento),

reduzindo o período de crescimento, resultando em uma estatura menor do indivíduo. Esses

hormônios não devem ser utilizados durante a gravidez, já que atravessam a barreira

placentária e masculinizam o feto (Centro Regional de Informações de Medicamentos 2000).

Hoje o tratamento para se libertar do uso de esteroides e anabolizantes não é fácil,

em alguns casos apenas a terapia de suporte já é suficiente para ajudar o indivíduo, todavia em

casos mais graves são necessário ministrar alguns medicamentos como forma de retirar as

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substancias do organismo e restaurar o sistema hormonal após a sua interrupção por abuso de

esteroides, também são ministrados medicamentos para ajudar nos efeitos da abstinência

como antidepressivos e analgésicos.

2.4 O PAPEL DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS COM OS USUÁRIOS DE

ESTEROIDES/ANABOLIZANTES

O enfermeiro deve conhecer e saber orientar o usuário de esteroides e

anabolizantes, todavia, primeiramente faz-se importante ter em mente que o enfermeiro deve

delinear um relacionamento terapêutico enfermeiro-paciente, a fim de tornar sua aproximação

com o indivíduo mais fácil, eficaz e satisfatória. (Comunicação Terapêutica em Enfermagem).

A Enfermagem tem sofrido influências de outras áreas, tais como da

psicologia, (especialmente da Psicologia Humanista, com os pressupostos de Carl Rogers,

a partir de 1960), da sociologia e da comunicação; tem também desenvolvido

conhecimento próprio por meio de algumas teorias que introduziram um novo paradigma,

segundo o qual o cuidado evolui do simples cuidado físico para a competência no

relacionamento interpessoal, centrado nas “relações interpessoais que se processam entre o

enfermeiro e o paciente”, tal como propõe a Teoria das Relações Interpessoais (1952),

desenvolvida por Hildegard Peplau (ALMEIDA; DAMASCENO, 2005); posteriormente,

esta teoria foi sistematizada por Joyce Travelbee (FILIZOLA, 1997). Outras autoras como

Ruth Virgínia Matheney, Mary Topalis, Maria Aparecida Minzoni, Susan Irving, Cecelia

Monat e Ruth Mylius Rocha também discorreram sobre o tema, enfocando o papel do

enfermeiro enquanto agente terapêutico, cujas ações se baseiam no relacionamento com a

pessoa em sofrimento a quem assiste (LIMA et al., 2010).

Levantamentos epidemiológicos recentes têm sinalizado para o significativo

impacto do uso substâncias lícitas e ilícitas sobre a saúde do brasileiro (CARLINI et al.,

2007; GALDUROZ, et al., 2005; BRASIL, 2007); assim, o Ministério da Saúde, nos

últimos anos, tem envidado esforços no sentido de expandir, ampliar o acesso e diversificar

os dispositivos de atenção aos usuários de drogas como os esteroides e anabolizantes.

Nesse contexto, os profissionais da saúde, de maneira geral, necessitam, cada vez mais,

estarem preparados para ter contato com indivíduos com esses problemas. Da mesma

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forma, precisam saber como utilizar os preceitos do relacionamento interpessoal como

ferramenta básica para assistência ao usuário de esteroides e anabolizantes

(GONÇALVES, 2010).

Como parte do corpo de saúde, o processo de graduação do enfermeiro deve

atentar não apenas para a formação do ponto de vista técnico (que torna o profissional apto

a utilizar novas tecnologias e a realizar procedimentos nos diferentes contextos de

atuação), mas, principalmente, capacitar para uma prestação de cuidado que extrapole a

dimensão biológica e considere as interferências culturais, religiosas, espirituais, do

ambiente, das relações e das concepções individuais como elementos inerentes e

interdependentes da complexidade do ser humano. Isso tudo deve ter como foco a

minimização de um sofrimento ou a promoção de saúde (DEAL, 2011; BAGGIO, 2006).

Nessa perspectiva, além das competências profissionais, o enfermeiro precisa

se inserir em uma complexa rede de interações, envolvendo as diversas políticas, os

diferentes serviços, o usuário, a família e a comunidade, para realizar ações de promoção,

prevenção, educação, curativas, de reabilitação e de reinserção psicossocial ao usuário de

álcool e drogas (GONÇALVES, 2006).

Um leque de conhecimentos e habilidades específicas deve fazer parte das

diversas ações e atribuições da enfermagem em relação ao cuidado ao usuário de

substâncias no sistema de saúde vigente, em seus diferentes níveis de atenção. A maior

parte desses conhecimentos deve ser comum a qualquer profissional que lide com a essa

questão (GRIFFITHS et al., 2007; MARINHO et al., 2012).

Assim, efeitos das substâncias no organismo e danos relacionados; modelos

explicativos e epidemiologia do uso dessas substancias; noções básicas de prevenção

(rastreamento e Intervenções Breves); Política Pública para Atenção Integral ao usuário;

bases teóricas relativas aos principais tipos de tratamentos para a dependência e settings de

intervenção/ reabilitação são temas que o enfermeiro, a depender de seu local de atuação,

deve dominar para prestar a assistência; entretanto, requerem uma abordagem

multiprofissional, ao passo que o estabelecimento do relacionamento enfermeiro

paciente, limites e possibilidades de atuação da equipe de enfermagem dizem respeito a um

saber nuclear aplicável a todas as situações cotidianas de atendimento quando a questão do

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uso de álcool e/ou drogas é abordada (GONÇALVES, 2010; TOWNSEND, 2002;

JOHNSON, 2000).

Em qualquer âmbito onde o profissional esteja prestando o cuidado, é

necessário que possua noções de epidemiologia e conheça os efeitos das substâncias no

Sistema Nervoso Central e os prejuízos associados ao seu uso (TOWNSEND, 2002).

Outro aspecto central para que o profissional de Enfermagem possa

desenvolver boas práticas de saúde é o reconhecimento das ações que devem ser realizadas

em cada um dos equipamentos que compõem a rede substitutiva para os esteroides e

anabolizantes, segundo a lógica da reabilitação psicossocial (MARINHO et al., 2012;

BRASIL; 2011).

Fato é que além do reconhecimento das enfermidades, faz parte das atribuições

do enfermeiro hospitalar a identificação dos efeitos físicos e mentais decorrentes do uso de

esteroides e anabolizantes, bem como dos eventuais sintomas de abstinência. A presença de

disfunções fisiológicas ocorrendo conjuntamente com alterações comportamentais (como a

agressividade, euforia, agitação, prejuízo do juízo crítico da realidade, por exemplo) pode

ser um indício do uso de substâncias e não estar tão visível para o profissional no momento

da abordagem, representando, por vezes, situações que requerem cuidado crítico (CENPRE,

2012; BROTTO; LEE, 2007).

Todavia, pode-se concluir que os estudos sobre o tema é escasso, sendo

encontrados poucos periódicos sobre o tema, e mesmo assim, tais periódicos não focam na

atuação do enfermeiro em casos de usuários de anabolizantes e esteroides,

impossibilitando uma construção sólida para uma base cientifica que possibilite o

profissional da área de saúde utilizar como embasamento para os seus cuidados.

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3. CONCLUSÃO

A busca incessante pelo corpo “perfeito”, mostra-se perigosa quando ultrapassa os

limites onde a realização de exercícios, considerados como saudáveis, começa a se tornar

obsessão e se associa com o uso de anabolizantes sem acompanhamento e em excesso. Assim,

conclui-se que os potenciais riscos de uso de altas doses de anabolizantes excedem os

prováveis benefícios para o desempenho atlético. Para isso, é necessária oferta de informação,

educação e divulgação dos efeitos do uso indiscriminado e não-terapêutico destes produtos.

Ressalta-se também, a necessidade de uma regulação rígida para a venda e distribuição destes

anabolizantes, visando os malefícios do abuso, iniciando-se durante a adolescência ou na vida

adulta, que podem ser graves o suficiente do ponto de vista físico e psicológico.

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ANEXO A

REVISTA ARQUIVOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIPAR

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ANEXO B

FICHA CATALOGRÁFICA

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ANEXO C

INSTRUÇÕES PARA AUTORES

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ANEXO D

Ficha catalográfica

G322mGemelli, Inês

Manual de normas e padrões para elaboração de documentos científicos da UNIPAR / Inês Gemelli. –

Umuarama : Universidade Paranaense, 2016. 89 f.

ISBN 1. Metodologia científica. 2. Pesquisa científica - metodologia. 3. Trabalho científico -

metodologia. I. Universidade Paranaense. II. Título.

(21 ed.) CDD: 001.42

Obs: Imprimir a ficha catalográfica sempre no verso da folha de rosto.

O Texto poderá ser impresso para uso individual.

Fica vetado sua reprodução e distribuição.

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ANEXO E

DECLARAÇÃO DE CORREÇÃO DE INGLÊS

Declaro, para os devidos fins, que foi realizada a tradução do resumo (abstract) do

Trabalho de Conclusão de Curso do Curso de Enfermagem junto à Unipar –

Universidade Paranaense, para o acadêmico: Paulo Henrique da Silva Ferreira–

R.A: 143351, com o título: Uso Indiscriminado de Anabolizantes e Seus Riscos Para

Saúde.

Atesto que o Abstract encontra-se bem redigido, em inglês conciso e

adequado, gramaticalmente correto, estando apto para o uso que a referida

instituição julgue conveniente.

Guaíra, 01de novembro de 2017.

Tradutor e Intérprete: Saulo Ferreira.

CNPJ: 26.057.063/0001-78