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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Luciana Vescovi TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO CURITIBA 2012

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Luciana Vescovi

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2012

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Luciana Vescovi

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA

2012

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Luciana Vescovi

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de Médica Veterinária. Professora orientadora: Profª Dra. Maria Aparecida de Alcântara Orientador Profissional: Médico Veterinário Tiago Vaz Carcereri

CURITIBA

2012

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Reitor

Prof. Luiz Guilherme Rangel dos Santos Pró-Reitor Administrativo Sr. Carlos Eduardo Rangel dos Santos Pró-Reitoria Acadêmica Profª. Carmen Luiza da Silva Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação Sr. Afonso Celso Rangel dos Santos Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profª. Elizabeth Teresa Brunini Sbardelini Secretário Geral Sr. Bruno Diniz Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde Prof. João Henrique Faryniuk Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Profª. Dra. Ana Laura Angeli Coordenador do Estágio Curricular do Curso de Medicina Veterinária Profª. Dra. Ana Laura Angeli Orientado do Estágio Curricular Obrigatório Profª. Dra. Maria Aparecida de Alcântara Orientador Profissional na Clínica Animalvet M. V. Tiago Vaz Carcereri CAMPUS PROF. SIDNEY LIMA SANTOS

Rua Sidney A. Rangel Santos, 238 – Santo Inácio

CEP: 82010-330 – Curitiba – Paraná

Telefone: 3331-7700

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APRESENTAÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina

Veterinária da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti

do Paraná, Campus Barigui, pela universitária Luciana Vescovi, como requisito

parcial para a obtenção do título de Médica Veterinária é composto de Relatório de

Estágio, no qual são descritas as atividades realizadas durante período de 06 de

agosto a 28 de setembro de 2012, totalizando 360 horas, na Clínica Veterinária

Animalvet, localizada na cidade de Curitiba – PR, bem como o relato de um caso

que versa sobre amputação de membro pélvico e enucleação em um suino.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por sempre guiar meus passos e iluminar minha vida e por ter me

dado persistência e sabedoria para chegar até aqui.

Aos meus pais, Eliseu e Katia, por terem me possibilitado estes estudos e por

sempre estarem do meu lado, dando força e me incentivando para que este sonho

se tornasse realidade. Obrigada por toda a dedicação, pelos conselhos e pelo

exemplo de vida que vejo em vocês.

Aos meus irmãos Luiz Fernando e Paulo Henrique que sempre torceram por

mim e me deram força.

Ao meu namorado, Anderson que sempre me apoiou e esteve ao meu lado

em todas as horas.

À minha professora orientadora Cida, que demonstrou imenso prazer em

repassar seus conhecimentos, além do companheirismo e amizade.

À Clínica Veterinária Animalvet, agradeço pela disponibilidade e pelo

acolhimento. Aos médicos veterinários Heitor, Ana Eliza e Tiago sou grata por todo o

conhecimento teórico e prático transmitidos e pela confiança em mim depositada.

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RESUMO

O estágio curricular supervisionado foi realizado na Clínica Veterinária Animalvet,

situada na cidade de Curitiba – PR. O período de estágio compreendeu de 06 de

agosto a 28 de setembro de 2012, totalizando 360 horas. As atividades

desenvolvidas na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais foram o

acompanhamento de consultas como consultas dermatológicas, otites, vacinações,

desverminações, consultas eletivas, totalizando 80 consultas, acompanhamento de

cirurgias como amputação de membro pélvico, cesariana, enucleação, extirpação da

glândula peri - anais, flaps da terceira pálpebra, flebotomia, orquiectomia,

ováriosalpingohisterectomia, mastectomia, remoção de cálculo dental, remoção de

otohematoma, totalizando 40 procedimentos cirúrgicos e de exames

complementares como hemograma, exames bioquímicos, urinálises, os quais são

terceirizados pelo Laboratório Bionostic.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE QUADROS

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 1

2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO................................................................. 2

2.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.......................................................................... 2

3 DESCRIÇÃO DE CASO CLÍNICO......................................................................... 10

3.1 AMPUTAÇÃO DO MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO........................................ 10

3.1.1 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 10

3.1.1.1 Introdução...................................................................................................... 10

3.2 ENUCLEAÇÃO DO OLHO ESQUERDO............................................................. 14

3.2.1 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................ 14

3.2.1.1 Introdução...................................................................................................... 14

3.3 RELATO DE CASO............................................................................................. 20

3.3.1 AMPUTAÇÃO MEMBRO PÉLVICO................................................................ 20

3.3.1.1 Anamnese..................................................................................................... 20

3.3.1.2 Tratamento.................................................................................................... 22

3.3.1.3 Tratamento cirúrgico...................................................................................... 22

3.3.1.4 Tratamento pós-operatório............................................................................ 25

3.3.2 ENUCLEAÇÃO................................................................................................ 26

3.3.2.1 Anamnese..................................................................................................... 26

3.3.2.2 Tratamento cirúrgico...................................................................................... 27

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3.3.2.3 Tratamento pós-operatório............................................................................ 29

4 CONCLUSÃO........................................................................................................ 30

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 31

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LISTA DE ABREVIATURAS

M. V. - Médico Veterinário

SID - Uma Vez ao Dia

BID - Duas Vezes ao Dia

TID - Três Vezes ao Dia

SRD - Sem Raça Definida

mg - Miligrama

kg - Quilograma

µg - Micrograma

MPA - Medicação Pré-Anestésica

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – FACHADA DA CLÍNICA ANIMALVET.................................................... 3

FIGURA 2 – RECEPÇÃO............................................................................................ 3

FIGURA 3 – RECEPÇÃO............................................................................................ 4

FIGURA 4 – SALA DE BANHO E TOSA..................................................................... 4

FIGURA 5 – CONSULTÓRIO VETERINÁRIO............................................................ 5

FIGURA 6 – SALA PARA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS..... 5

FIGURA 7 – ANATOMIA DO GLOBO OCULAR....................................................... 14

FIGURA 8 – MÉTODO TRANSCONJUNTIVAL OU SUBCONJUNTIVAL................ 17

FIGURA 9 – MÉTODO TRANSPALPEBRAL............................................................ 18

FIGURA 10 – PACIENTE COM FRATURA EM MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO E TRAUMATISMO NO OLHO ESQUERDO................................................................. 21

FIGURA 11 – BANDAGEM NO MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO.......................... 21

FIGURA 12 – MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO NECROSADO E COM OSTEOMIELITE........................................................................................................ 23

FIGURA 13 – TÉCNICA MESOFEMORAL............................................................... 23

FIGURA 14 – AMPUTAÇÃO ATRAVÉS DA TÉCNICA MESOFEMORAL................ 24

FIGURA 15 – SUTURA............................................................................................. 24

FIGURA 16 – SUTURA............................................................................................. 25

FIGURA 17 – TRAUMATISMO OLHO ESQUERDO................................................. 26

FIGURA 18 – ENUCLEAÇÃO SUBCONJUNTIVAL.................................................. 28

FIGURA 19 – SUTURA NA REGIÃO ORBITAL........................................................ 29

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – PROCEDIMENTOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO NA CLÍNICA VETERINÁRIA ANIMALVET LTDA.............................................................. 6

QUADRO 2 – PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO NA CLÍNICA ANIMALVET LTDA................................................................ 7

QUADRO 3 – PROCEDIMENTOS CLÍNICOS REALIZADOS DURANTE O ESTÁGIO NA CLÍNICA ANIMALVET LTDA................................................................................. 9

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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório descrito pela acadêmica Luciana Vescovi do curso de

Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná, tem como finalidade abordar

e discutir casos acompanhados durante o período de estágio curricular obrigatório, o

qual foi realizado na Clínica Veterinária Animalvet, durante o período de 06 de

agosto a 28 de setembro de 2012, sob orientação profissional do médico veterinário

Tiago Vaz Carcereri, e sob orientação acadêmica da professora Maria Aparecida de

Alcântara, responsável pela disciplina de Anatomia dos Animais Domésticos I,

Anatomia dos Animais Domésticos II, Etologia e Bem-Estar Animal e Anatomia

Topográfica e Radiológica da Universidade Tuiuti do Paraná.

O estágio teve duração de 360 horas. Neste período foram auxiliadas e

acompanhadas atividades na área de clínica cirúrgica, clínica médica e exames

laboratoriais.

O objetivo do relatório em questão é descrever as atividades exercidas pelo

acadêmico durante o período citado, assim como discutir a importância desta

experiência e o que ela acrescentou na formação profissional acadêmica.

As cirurgias descritas neste relatório são de amputação de membro pélvico e

enucleação feitas em suino.

O estágio curricular obrigatório é o momento que o aluno tem para aprimorar

seus conhecimentos práticos através da base teórica ministrada durante todo o

período letivo, crescendo assim como profissional e obtendo novas experiências.

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2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

A Clínica Veterinária Animalvet foi fundada em 2005 e localiza-se na rua

Belém, nº 183, bairro Cabral, Curitiba – PR.

Apresenta uma estrutura que abrange uma recepção, um consultório, uma

sala de cirurgia, área de banho e tosa, banheiro e uma cozinha.

A equipe médica atualmente é composta por três médicos veterinários fixos,

distribuídos nas áreas de clínica médica e clínica cirúrgica.

O atendimento é realizado de segunda-feira à sábado, das 8:30 às 19:00 e

aos domingos, somente emergências.

O cliente e o paciente chegam diretamente na recepção, onde fazem sua

ficha cadastral e então encaminhados ao consultório, onde são feitos os exames

físicos.

Os exames complementares, como hemograma, bioquímicos, urinálise e

fezes, são coletados e encaminhados ao Laboratório Bionostic, o qual oferece

serviços terceirizados à clínica, facilitando e auxiliando no diagnóstico clínico.

2.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades desenvolvidas durante o estágio, foram o acompanhamento de

consultas e reconsultas, com a supervisão do veterinário responsável, desde

anamnese ao protocolo de internamento ou cirurgia.

Durante as cirurgias, foi possível auxiliar no monitoramento da anestesia e

aferir os parâmetros do paciente constantemente, além de ter a oportunidade de

auxiliar na cirurgia, juntamente com o Médico Cirurgião responsável.

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FIGURA 1 – FACHADA DA CLÍNICA ANIMALVET

Fonte: Vescovi, 2012

FIGURA 2 - RECEPÇÃO

Fonte: Vescovi, 2012

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FIGURA 3 - RECEPÇÃO

Fonte: Vescovi, 2012

FIGURA 4 – SALA DE BANHO E TOSA

Fonte: Vescovi, 2012

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FIGURA 5 – CONSULTÓRIO VETERINÁRIO

Fonte: Vescovi, 2012

FIGURA 6 – SALA PARA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS

Fonte: Vescovi, 2012

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No quadro 1 observamos os procedimentos realizados durante o período de

estágio na clínica veterinária Animalvet.

QUADRO 1: PROCEDIMENTOS ACOMPANHADOS DURANTE O ESTÁGIO NA CLÍNICA VETERINÁRIA ANIMALVET LTDA.

PROCEDIMENTOS ACOMPANHADOS TOTAL

CIRÚRGICOS 39

CONSULTAS 35

DERMATOLOGIA 6

DERVERMINAÇÕES 15

EUTANÁSIA 1

ODONTOLÓGICOS 3

OTITE 8

VACINAÇÕES 15

TOTAL GERAL 123

Os procedimentos cirúrgicos foram amputação de membro pélvico, cesariana,

extirpação de glândula peri - anais, flaps da terceira pálpebra, flebotomia,

laparotomia exploratória, mastectomia, orquiectomia, ováriosalpingohisterectomia,

remoção de cálculo dental, remoção de otohematoma.

As consultas acompanhadas durante o estágio foram dermatológicas,

consultas eletivas, otites, vacinações, desverminações.

As doenças dermatológicas atendidas foram dermatite de contato,

malasseziose, dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP), dipilidiose (verminose

causada pelo Dipylidium caninum), escabiose (sarna sarcóptica), escaras, eczemas,

caspas (seborréia seca e/ou oleosa), queimaduras, miíase, piodermite (dermatite

piotraumática, intertrigo, impetigo, foliculose, síndrome seborréica, forunculose,

celulite, piodemodicose).

As otites foram aguda, crônica, bacteriana, fúngica e piotraumática.

O procedimento odontológico foi remoção de cálculo dental.

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QUADRO 2 – PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS ACOMPANHADOS DURANTE O

ESTÁGIO NA CLÍNICA ANIMALVET LTDA.

PROCEDIMENTO REALIZADO Nº DE ANIMAIS PERCENTUAL

Amputação de membro pélvico – suino 1 2,5%

Cesariana – cães 1 2,5%

Enucleação – suino 1 2,5%

Extirpação de glândulas para anais – cães 1 2,5%

Flap da Terceira Pálpebra – cães 1 2,5%

Flebotomia – suino 1 2,5%

Laparotomia Exploratória – cães 1 2,5%

Orquiectomia – cães 8 20%

Orquiectomia – gatos 2 5%

Ováriossalpingohisterectomia – cães 13 32,5%

Ováriossalpingohisterectomia – gatos 1 2,5%

Mastectomia – cães 2 5%

Remoção de cálculo dental – cães 3 7,5%

Remoção de Otohematoma – cães 3 7,5%

TOTAL 39 100%

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No quadro 3 observamos os procedimentos clínicos realizados durante o

período de estágio na clínica veterinária Animalvet.

As consultas eletivas foram de caráter profilático, cujos responsáveis

receberam orientações sobre guarda responsável dos animais e os principais

cuidados com alimentação, desverminação, vacinações.

Dentre os atendimentos relacionados a problemas de pele verificamos mais

frequentemente as atopias, piodermatites secundárias à atopia, malasseziose e

seborréia seca.

A eutanásia realizada foi num gato em estado terminal. O paciente havia

fugido de casa e ao retornar, apresentava-se com bexiga perfurada, problema renal,

fraturas e traumatismos pelo corpo, mandíbula fraturada, miíase, caquético,

desidratado e outros sinais clínicos. Situação esta que só é realizada na clínica,

quando realmente não existe mais tratamento para o paciente.

A otite observada mais freqüente foi a otite bacteriana, que em muitos casos

torna-se difícil o tratamento, exigindo um exame de cultura bacteriana e

antibiograma para analisar qual a medicação que poderá ser utilizada, tornando o

tratamento eficaz.

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QUADRO 3 – PROCEDIMENTOS CLÍNICOS REALIZADOS DURANTE O ESTÁGIO NA CLÍNICA ANIMALVET LTDA.

PROCEDIMENTO REALIZADO Nº DE ANIMAIS PERCENTUAL

Consultas dermatológicas – cães 6 7,5%

Consultas eletivas – cães 30 37,5%

Consultas eletivas – gatos 5 6,25%

Eutanásia – cães 1 1,25%

Otites – cães 8 10%

Vacinações – cães 12 15%

Vacinações – gatos 3 3,75%

Desverminações – cães 12 15%

Desverminações – gatos 3 3,75%

TOTAL 80 100%

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3. DESCRIÇÃO DE CASO CLÍNICO

3.1 AMPUTAÇÃO DO MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO

3.1.1 REVISÃO DE LITERATURA

3.1.1.1 Introdução

A amputação no nível do terço proximal do fêmur é o procedimento mais

comumente utilizado para a remoção de um membro pélvico. As indicações incluem

as fraturas fragmentadas, traumatismo grave, necrose isquêmica, infecção

ortopédica intratável, incapacidade grave decorrente de artrite intratável, paralisia,

deformidade congênita, e neoplasia, os déficits neurológicos, a contratura dos

quadríceps, as infecções ou os déficits dos tecidos moles, a osteomielite crônica

distal à soldra e os processos neoplásicos na ou abaixo da tíbia distal. Embora

alguns cirurgiões transeccionem no nível do meio do fêmur, o autor Bojrab

recomenda a elevação dos músculos em suas inserções, ao invés da transecção em

um nível mais alto, pois isso reduz a quantidade de hemorragia e o tempo de cirurgia

(BOJRAB, 1996).

Contudo, os cirurgiões veterinários também devem considerar a

adaptabilidade e adequação de cada animal à amputação, e também a visão do

responsável com relação a condição de incapacitação do seu animal. A avaliação

pré-operatória de metástase por meio de radiografias torácicas é fator a ser

considerado na determinação adequando o animal à cirurgia. A aplicação de tipóia

ao membro afetado e a observação da capacidade do animal em adaptar-se com

apenas três membros ajudam a determinar a habilidade do paciente. O veterinário

deve aconselhar a amputação quando esta for exeqüível em termos mecânicos e

humanitários, mas também deve demonstrar preocupação e atenção aos desejos do

proprietário. As decisões favoráveis à amputação, baseadas em fatores financeiros,

ou decisão no sentido da prática da eutanásia ao invés da amputação, devem ser

respeitadas pelo veterinário, e tratadas com grande sensibilidade e preocupação.

Embora a decisão final seja um direito do responsável pelo animal, é nossa

responsabilidade e desafio a orientação dos clientes para que seja tomada a decisão

apropriada. As respostas relatadas pelos clientes à amputação de membros têm

sido favoráveis (SLATTER, 1998).

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As indicações para amputação de um membro locomotor em animais estão

baseadas em lesões irreversíveis ou em um reservado ou ruim prognóstico para a

funcionalidade do membro (STONE, 1985).

As principais artérias são duplamente ligadas com material de sutura inerte

não-absorvível. A artéria e veia não são ligadas conjuntamente, para que seja

evitada a formação de fístula arteriovenosa. As veias podem ser ligadas

isoladamente com material de sutura arteriovenosa. O cirurgião deve dar atenção ao

nível da secção arterial, para que haja proteção contra a necrose de partes do coto

(SLATTER, 1998).

Em geral a artéria é ligada em primeiro lugar, para que seja permitida a

drenagem sanguínea do membro, através das veias intactas. Esta técnica ajuda na

preservação do volume vascular, dos eletrólitos, e das proteínas (SLATTER, 1998).

Os músculos podem ser seccionados em suas origens ou inserções. A

eletroincisão ajuda no controle da hemorragia (SLATTER, 1998).

Oclusões corretas (coto) começam com a amputação adequadamente

planejada. A dissecção extensa do espaço subcutâneo resulta em espaço morto de

difícil oclusão. A extremidade óssea deve ser adequadamente revestida com

músculo viável. Quando o músculo é suturado, deve ser utilizado o revestimento

fascial e não o próprio músculo, para a fixação da sutura. Seromas (seqüela comum

das cirurgias de amputação), podem ser evitados por meio de técnica cuidadosa e

suave, pela hemostasia efetiva, oclusão segura dos planos fasciais, e eliminação do

espaço morto; também não devemos permitir extensas dissecções subcutâneas

(SLATTER, 1998).

Geralmente, recomenda-se a amputação do membro torácico ou pélvico por

meio da secção óssea, o que permitirá a atrofia da extremidade óssea (SLUIJS,

1993; WEIGEL, 1998). Quando o membro é removido através da articulação

escápulo-umeral ou coxofemoral, o volume de tecido mole é suficiente para proteger

o osso (WEIGEL, 1998).

É obrigatório uma depilação e uma preparação cirúrgica amplas para todos os

procedimentos de remoção; se for possível, devem-se colocar panos de campo e

todas as lesões abertas distais à incisão fora do campo cirúrgico. Uma sucção e

uma cauterização ajudarão na manutenção de um campo cirúrgico menos

hemorrágico. Recomenda-se um divulsionamento mínimo da pele para reduzir o

espaço morto e os seromas potenciais. As incisões cutâneas iniciais devem ser

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simples para assegurar uma facilidade de fechamento; se permanecer uma pele em

excesso no momento do fechamento, deve-se removê-la para permitir uma

aparência mais cosmética do fechamento cirúrgico. Transecciona-se precisamente

os nervos e seus limites proximais (BOJRAB, 1996).

A avaliação pré-operatória do estado fisiológico do paciente é importante. É

necessária a avaliação hematológica completa, por meio de exames bioquímicos e

eletrolíticos. Quando um membro é removido, ocorre a perda de grande quantidade

de tecido, juntamente com líquidos, eletrólitos e eritrócitos. Esta perda se torna mais

importante quando o paciente se encontra em más condições pré-operatórias, ou se

o membro enfermo se apresenta com maior fluxo sanguíneo e está inflamado. Há

necessidade da administração de líquidos intravenosos durante a cirurgia, para que

sejam mantidas a hidratação e a pressão sanguínea. É essencial a monitoração pós-

operatória, para a identificação e tratamento do choque (SLATTER, 1998).

A área de lesão do tecido mole ou ósseo determina qual das várias técnicas

de remoção do membro pélvico disponíveis é indicada. Pode-se remover um

membro pélvico através de: 1- uma amputação no nível do terço proximal do fêmur

com uma elevação da musculatura proximalmente da soldra; 2- uma desarticulação

na articulação coxofemoral com uma elevação da musculatura proximalmente no

nível da soldra; e 3- uma desarticulação na articulação coxofemoral com a remoção

de toda a musculatura coxal com o fêmur. A remoção de um membro pélvico mais

distal do que proximalmente ao fêmur apresenta frequentemente resultados

insatisfatórios (BOJRAB, 1996).

No membro pélvico, a amputação na parte média da coxa deixa um coto que

pode proteger a genitália do macho, sendo também mais facilmente realizada que a

desarticulação coxofemoral. Em qualquer caso, é aconselhável realizar a amputação

através de tecido normal, bem acima da área enferma, e num ponto suficientemente

proximal no membro que não permita a permanência de coto pendente e inútil

(SLATTER, 1998).

Geralmente é aconselhável a amputação através do osso, o que permitirá a

atrofia da extremidade óssea. Se o membro é seccionado através da articulação do

cotovelo ou do joelho, a epífise articular permanece sem atrofia, enquanto o tecido

mole efetivamente atrofia. Isto deixará cobertura inadequada do osso, tornando esta

parte suscetível a traumatismos. Quando o membro é removido a nível da

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articulação do ombro ou coxofemoral, permanecerá volume suficiente de tecido

mole, para a proteção do osso (SLATTER, 1998).

Segundo Fossum (2002), para a amputação mesofemoral, faz uma incisão ao

redor do membro pélvico do terço distal do fêmur. No lado medial, faz a transecção

do músculo grácil e do músculo sartório na porção mesofemoral. Isola-se e ligue os

vasos femorais. Faça a transecção do músculo pectíneo através de sua junção

musculotendinosa. Faça a transecção do músculo quadríceps em sentido próximo à

patela e a transecção do músculo bíceps femoral. Isola o nervo ciático e corta-o no

nível do terceiro trocânter. Transecciona os músculos semimembranoso,

semitendinoso e adutor na porção mesofemoral. Levante a inserção do músculo

adutor a partir da linha áspera do fêmur. Seccione o fêmur na junção dos terços

proximal e médio da diáfise e remova o membro.

Após a amputação, o membro deverá ser observado para detecção de

edema, rubor e/ou secreção. Se forem observadas hemorragias ou formação de

seroma, pode-se exercer pressão no local cirúrgico aplicando bandagens

circunferencial ao redor do tórax ou da pelve. Deverá ser encorajada a mobilidade

pós-cirurgia, para que o animal possa aprender a andar em três membros;

entretanto, alguns animais requerem apoio inicial para evitar queda (especialmente

em superfícies lisas). A maioria dos animais aprende com rapidez a deambular em

três membros, alguns cães podem necessitar agrados e estímulo (FOSSUM, 2002).

Autores como Daly (1996) e Weigel (1998) consideram a amputação de

membro uma cirurgia traumática e cruenta, recomendando uma avaliação pré-

operatória minuciosa, tendo em vista que, a provável perda sangüínea seja maior

que os demais procedimentos cirúrgicos de rotina. Além disso, alguns autores

(Weigel, 1998; Daly, 1996) descrevem a técnica de amputação, sistematicamente,

indicando a ligadura dos vasos que irrigam os membros no transcorrer do

procedimento de secção muscular, ocorrendo assim, em muitos casos, perdas

sangüíneas acentuadas no trans-operatório.

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3.2 ENUCLEAÇÃO DO OLHO ESQUERDO

3.2.1 REVISÃO DE LITERATURA

3.2.1.1 Introdução

ANATOMIA

FIGURA 7 - ANATOMIA DO GLOBO OCULAR

Fonte: SLATTER, 2003

Segundo Slatter (1998), enucleação é a remoção do globo ocular e da

terceira pálpebra e está indicada para casos de neoplasias intra-ocular, traumatismo

ocular perfurante grave, endoftalmite ou panoftalmite incontrolável, e glaucoma

intratável, quando outros métodos terapêuticos fracassaram.

A enucleação é a cirurgia orbitária radical mais comum, que consiste na

remoção do globo ocular como um todo, incluindo o revestimento fibroso interno. É

recomendada em casos de perfurações oculares, endoftalmite, panoftalmite, ruptura

do nervo óptico, neoplasias intra-oculares, traumatismos severos e glaucomas

crônicos incontroláveis, em que o animal já perdeu a visão, porém apresenta dor

(RAHAL et al., 2000; GELLAT, 2003; BOJRAB, 2005).

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A enucleação envolve a remoção do revestimento fibroso externo do globo

(córnea e esclera), o que diferencia esse procedimento da evisceração. Embora haja

contra-indicações específicas para a evisceração, o cirurgião veterinário tem

frequentemente uma escolha entre enucleação e a evisceração como implantação

de prótese intra-escleral. A escolha de qual procedimento realizar depende

particularmente do cirurgião, bem como de considerações do paciente e do cliente

(BOJRAB, 1996).

Uma doença ocular sem o envolvimento de outro conteúdo orbital e para qual

não exista terapia médica alternativa ou cirúrgica menos radical deve ser o único

caso para o qual a enucleação é o tratamento de escolha. Portanto, as indicações

específicas para a enucleação são poucas; elas incluem: 1- a microftalmia congênita

ou a ftíase adquirida em que não existe nenhuma possibilidade de visão e que esteja

causando problemas crônicos ao paciente, tais como ceratite, conjutivite ou entrópio;

2- as afecções inflamatórias não-responsivas a terapia médica e envolvendo a

esclera ou a córnea em um olho que esteja cego; 3- a infecção intra-ocular em um

olho cego que não seja responsiva a terapia médica e possa se tornar uma fonte de

disseminação sistêmica; 4- a neoplasia intra-ocular de tamanho suficiente ou em

uma localização que não sejam tratáveis por meio de excisão local ou outro

tratamento; 5- o desconforto ocular que não melhorar com outra terapia médica ou

cirúrgica; 6- o traumatismo no globo suficientemente severo que se perca o

conteúdo interno e o revestimento fibroso externo não possa ser reconstruído; e 7- a

proptose do globo com o rompimento das ligações musculares e do suprimento

vascular (BOJRAB, 1996).

As técnicas cirúrgicas para enucleação incluem os métodos transconjuntival

ou subconjuntival, transpalpebral com remoção em bloco e lateral. Fatores tais como

a espécie do paciente, a profundidade da órbita, a presença de uma infecção

conjuntival ou intra-ocular, o ambiente pós-operatório e a queixa do proprietário nos

cuidados pós-operatórios podem influenciar a escolha de uma técnica específica

(BOJRAB, 1996).

A glândula lacrimal geralmente não é removida (GELLAT, 2003), e a fáscia

bulbar e a conjuntiva são suturadas com fio absorvível número 4-0 em padrão

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contínuo. As pálpebras são fechadas com pontos separados utilizando-se fio

monofilamentar não absorvível (BOJRAB, 2005; CUNHA, 2008).

No caso de qualquer técnica de enucleação, remove-se a pele facial

periorbital e preparam-se as pálpebras como para qualquer procedimento asséptico.

É necessário lavar completamente a superfície da pele e os fundos-de-saco

conjuntivais com solução cirúrgica (iodo aquoso diluído). Deve-se tomar precauções

para evitar que soluções irritantes entrem em contato com o olho oposto (BOJRAB,

1996).

Na enucleação transconjuntival ou subconjuntival, é realizado cantotomia

lateral de 1 a 2 centímetros de extensão, para exposição mais adequada do globo

ocular (SLATTER, 1998). É realizada incisão da conjuntiva perilimbar, dissecção

junto ao globo e desinserção de todos os músculos extraoculares. A rotação medial

do globo ocular expõe o nervo óptico, o qual deve ser pinçado e transfixado para

posterior secção. De acordo com Gellat (2003), possíveis hemorragias no local

devem ser controladas com ligaduras ou esponjas cirúrgicas. A terceira pálpebra e o

tarso palpebral também são removidos antes da sutura da pele (SLATTER, 1998,

CUNHA, 2008).

FIGURA 8 – MÉTODO TRANSCONJUNTIVAL OU

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SUBCONJUNTIVAL

Fonte: SLATTER, 2003

A abordagem lateral é uma modificação do método transconjuntival de

enucleação, que é útil em raças dolicocefálicas de cães. Essa abordagem envolve a

abertura do canto lateral antes da dissecação subconjuntival, e depois, a ruptura do

músculo extra-ocular e do nervo óptico a partir da face lateral (BOJRAB, 1996).

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Segundo Bojrab (1996), para realizar o método transpalpebral, lava-se e

enxágua-se os fundos-de-saco conjuntivais com uma solução anti-séptica aquosa.

Aproximam-se as margens palpebrais utilizando-se um padrão de sutura contínuo. O

fechamento das pálpebras minimiza a possibilidade de que o fluido proveniente das

superfícies conjuntivais entre no sítio operatório. Prepara-se então completamente a

pele superficial para uma cirurgia asséptica.

FIGURA 9 - MÉTODO TRANSPALPEBRAL

Fonte: SLATTER, 2003

Comparação dos métodos transconjuntival e transpalpebral segundo Bojrab

(1996), cada um desses métodos de enucleação tem certas vantagens. As

vantagens do método transpalpebral são, em geral, as desvantagens do método

transconjuntival, e vice-versa. A facilidade de dissecação através de uma melhor

visualização é a vantagem básica do método transconjuntival. A melhor exposição

do globo para a posterior dissecção e uma ambiente quase estéril são as vantagens

do método transpalpebral. O método transpalpebral é preferível quando uma

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infecção conjuntival ou intra-ocular pode contaminar a órbita. Bojrab (1996) também

recomenda o procedimento transpalpebral quando uma neoplasia intra-ocular

envolve o aparelho de drenagem aquoso ou penetrou na túnica fibrosa (córnea ou

esclera).

Todos os globos enucleados devem ser examinados histologicamente,

porque, com freqüência, a razão clínica para a enucleação não é conhecida com

exatidão (p. ex. neoplasia intra-ocular pode estar mascarada, como endoftalmite ou

glaucoma). Materiais estranhos (p. ex. pós antibióticos ou soluções anti-sépticas

irritantes) não devem ser aplicadas na órbita, antes da sua oclusão (SLATTER,

1998).

Próteses de resina acrílica ou silicone podem ser colocadas na cavidade

anoftálmica antes da sutura, na tentativa de melhorar a estética de cães e gatos

(RAHAL et al., 2000; GELLAT, 2003), particularmente em crânios meso e

dolicocefálicos que possuem a órbita mais profunda (RAHAL et al., 1996).

Segundo Slatter (1998) e Cunha (2008), no pós-operatório de enucleação é

imprescindível a administração sistêmica de antibiótico, antiinflamatório e

analgésico, além de curativos locais e utilização de colar protetor elizabetano.

Hemorragias são as complicações pós-operatórias mais comuns neste tipo de

cirurgia ocular (RAHAL et al., 1996), ocasionando inflamação da região cirúrgica

com secreção serosa drenando da sutura (GELLAT, 2003). Segundo Bojrab (1996),

hemorragia orbital ocorre comumente após a enucleação e pode resultar no inchaço

do sítio cirúrgico, bem como uma descarga sérica no local da incisão. Compressas

mornas ajudam a reduzir o inchaço, aliviam o desconforto do paciente e limpam o

local da incisão. Pode ocorrer uma descarga serossanguinolenta a partir das narinas

1 a 2 dias após a operação à medida que o soro drena da órbita no interior do

sistema nasolacrimal.

Podem ocorrer outras complicações semanas a meses após o procedimento

cirúrgico. Uma infecção focal e uma reação ao material de sutura colocado

constituem outras complicações possíveis (BOJRAB, 1996).

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3.3 RELATO DE CASO

Paciente: Barnabé

Idade: não informada (filhote com idade de aproximadamente 60 dias)

Espécie: Suína

Raça: SRD

Sexo: Macho

Peso: 6 Kg

3.3.1 AMPUTAÇÃO MEMBRO PÉLVICO

3.3.1.1 Anamnese

Paciente foi resgatado por uma protetora e seria levado para Sociedade

Protetora, para ser eutanasiado. Porém os médicos veterinários da clínica

veterinária Animalvet decidiram encaminhar e atender o paciente, salvando assim

sua vida. O atendimento inicial foi realizado no dia 12/09/2012, sendo diagnosticado

fratura no membro pélvico esquerdo, traumatismo no olho esquerdo causadas

provavelmente por mordida de cão.

O membro pélvico esquerdo já encontrava necrosado e com osteomielite,

sugerindo ser uma infecção não recente.

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FIGURA 10 – PACIENTE COM FRATUTA EM MEMBRO PÉLVICO

ESQUERDO E TRAUMATISMO NO OLHO ESQUERDO

Fonte: Vescovi, 2012

FIGURA 11 – BANDAGEM NO MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO

Fonte: Vescovi, 2012

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FIGURA 12 - MEMBRO PÉLVICO ESQUERDO NECROSADO E COM OSTEOMIELITE

Fonte: Vescovi, 2012

3.3.1.2 Tratamento

O paciente foi internado instituindo-se fluidoterapia utilizando Ringer com

lactato, junto foi administrado o medicamento analgésico Tramadol a cada 6 horas e

o antibiótico Cefalotina intravenosa nas primeiras 24 horas.

O paciente foi preparado para cirurgia de emergência.

3.3.1.3 Tratamento cirúrgico

A técnica cirúrgica utilizada foi a amputação de membro pélvico através da

técnica mesofemoral.

No protocolo anestésico associou-se cetamina na dose 1mg/kg/h, propofol na

dose 0,6mg/kg/min e fentanil na dose 1µg/kg/h em infusão contínua. Para indução,

foi utilizada morfina associada com acepromazina intramuscular para cada

quilograma de peso do animal.

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Depois de administrada a medicação pré-anestésica, foi necessário realizar

flebotomia na veia cefálica. Na flebotomia, o anestésico utilizado foi lidocaína 2%

sem vasoconstritor, por ser extremidade.

FIGURA 13 - TÉCNICA MESOFEMORAL

Fonte: FOSSUM, 2002

Durante o procedimento cirúrgico, os vasos de calibres maiores, foram ligados

com Vicryl 3-0 e os vasos de calibres menores, foram cauterizados. Na pele, foi feito

sutura com ponto simples interrompido com nylon número 0. O osso foi serrado em

aproximadamente quatro centímetros da articulação. Retirou-se o espaço morto para

evitar seroma e foi realizada a sutura com Vicryl número 2-0.

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FIGURA 14 – AMPUTAÇÃO ATRAVÉS DA TÉCNICA MESOFEMORAL

Fonte: Vescovi, 2012

FIGURA 15 - SUTURA

Fonte: Vescovi, 2012

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FIGURA 16 - SUTURA

Fonte: Vescovi, 2012

3.3.1.4 Tratamento pós-operatório

Após o procedimento cirúrgico, foi estabelecido o seguinte protocolo

medicamentoso: Tramadol na dose 2mg/kg, TID por 7 dias, Meloxican na dose

0,1mg/kg, SID por 7 dias e Cefalexina na dose 30mg/kg, BID por 14 dias.

O paciente ficou confinado em um espaço restrito até a retirada dos pontos.

Adaptou-se normalmente com apenas os três membros. O animal foi levado para a

Sociedade Protetora e adotado no dia 27/09/2012.

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3.3.2 ENUCLEAÇÃO

3.3.2.1 Anamnese

Paciente foi resgatado por uma protetora e seria levado para Sociedade

Protetora, para ser eutanasiado. Porém os médicos veterinários da clínica

veterinária Animalvet decidiram encaminhar e atender o paciente, salvando assim

sua vida. O atendimento inicial foi realizado no dia 12/09/2012, sendo diagnosticado

fratura no membro pélvico esquerdo, traumatismo no olho esquerdo causadas

provavelmente por mordida de cão.

Com o relato do traumatismo no olho esquerdo do animal e com a perda da

visão, foi optado pela cirurgia de enucleação subconjuntival, pois o olho estava muito

infeccionado.

FIGURA 17 – TRAUMATISMO OLHO ESQUERDO

Fonte: Vescovi, 2012

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3.3.2.2 Tratamento cirúrgico

Na enucleação subconjuntival ou transconjuntival, removeu-se o bulbo do

olho, a terceira pálpebra e as margens palpebrais, deixando a máxima quantidade

de tecido possível para facilitar a sutura de aproximação e minimizar a depressão

orbitária.

Iniciou-se a cirurgia com cantotomia lateral que é um procedimento rápido e

seguro para reduzir a pressão intra-ocular, logo no quadrante dorsal, fez-se a incisão

na conjuntiva aproximadamente a cinco milímetros posterior a limbo com dissecação

romba com tesoura de enucleação, identificou-se e fez-se a secção dos músculos

extra-oculares permitindo a mobilidade do bulbo do olho; em seguida a rotação

medial do bulbo do olho e exposição do nervo óptico, depois clampeou-se o nervo

óptico com pinça hemostática curva, após seccioná-lo atrás do bulbo do olho a

aproximadamente cinco milímetros. Iniciou-se a remoção do bulbo do olho, feita a

remoção,a órbita foi preenchida com gaze, em seguida removida a terceira pálpebra

na sua base e margens palpebrais três a cinco milímetros com tesoura; removeu-se

a gaze e por último, fez-se a sutura da conjuntiva com Vicryl número 3-0 e a pele

com fio não absorvível.

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FIGURA 18 – ENUCLEAÇÃO SUBCONJUNTIVAL

Fonte: Vescovi, 2012

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FIGURA 19 – SUTURA NA REGIÃO ORBITAL

Fonte: Vescovi, 2012

3.3.2.3 Tratamento pós-operatório

O animal ficou confinado em espaço restrito até a retirada dos pontos. Foi

realizada a higienização da ferida cirúrgica com solução fisiológica. Adaptou-se

normalmente com apenas os três membros. O animal foi levado para a Sociedade

Protetora e adotado no dia 27/09/2012.

Após o procedimento cirúrgico, foi estabelecido o seguinte protocolo

medicamentoso: Tramadol na dose 2mg/kg, TID por 7 dias, Meloxican na dose

0,1mg/kg, SID por 7 dias e Cefalexina na dose 30mg/kg, BID por 14 dias.

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4. CONCLUSÃO

A realização do estágio curricular obrigatório na Clínica Veterinária Animalvet

foi de fundamental importância para o aprendizado, aumentando e reforçando os

conhecimentos adquiridos em sala de aula.

Este é o momento em que realmente é possível analisar a rotina diária de um

médico veterinário na clínica de pequenos animais.

Aprender a lidar com diferentes comportamentos, tanto dos pacientes quanto

dos responsáveis, é um desafio constante nesta e em qualquer outra área da

medicina veterinária. Por diversas vezes o médico veterinário se depara com

situações nas quais tem que remanejar seus protocolos corriqueiros para atender às

mais diversas exigências dos proprietários. Sempre orientando de forma correta o

procedimento adequado a ser realizado no paciente para melhor eficácia dos

resultados.

Manter-se atualizado e ter uma visão ampla de possibilidades é indispensável

para o crescimento profissional, garantindo satisfação pessoal e, principalmente, do

cliente.

Adquirir conhecimentos, praticar o que foi aprendido em cinco anos de

estudos, compartilhar experiências e ouvir atentamente os conselhos de

profissionais que estão no mercado há muito tempo são o bônus do estágio

obrigatório. Aproveitar ao máximo cada oportunidade de crescimento profissional

dentro do local de trabalho é determinante para o futuro da carreira profissional.

Além de conhecimento profissional, teve-se a oportunidade de crescimento

pessoal, pois o contato com diversas pessoas e médicos veterinários que têm visões

diferentes nos ensina a respeitar a opinião de cada um, sem ignorar os conceitos de

ética.

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