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Usos da internet e competências reportadas: a mobilidade faz diferença?
Juliana DorettoLisboa, 29-11-2014
Co-funded by the European Union
Tipos de atividades diárias na internet• As atividades variam com a idade, numa escada de oportunidades: usos básicos, como jogos e pesquisas para trabalhos escolares, até usos criativos e participativos da rede, como manter um blogue ou criar conteúdos
• Leque mais vasto de atividades => mais riscos e também mais preparo
• As atividades mais populares são ouvir música, ver vídeo clips, estar nas redes sociais e trocar mensagens instantâneas.
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Pesquisa qualitativa
Já me aconteceu, sim. Por exemplo, de iniciar um chatgroup. Por exemplo, temos três pessoas a falar ao mesmo tempo para fazermos isso. Ou então utilizarmos também o Skype, para falarmos ao mesmo tempo. Funcionou? Sim, costuma funcionar. Os trabalhos da escola nós temos de ficar um tempo juntos fazendo isso, e como não temos esse tempo nós utilizamos por exemplo o Skype ou então só o Facebook.
(Paulo, 12 anos – Entrevista)
Atividades diárias: smartphones• Quem tem smartphone realiza mais atividades de entretenimento e comunicação: música, redes sociais, vídeo clips, mensagens instantâneas e pesquisa de informação para satisfazer curiosidade
• Mais velhos com smartphone: tiram mais partido da convergência dos meios, partilhando conteúdo
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Atividades diárias: tablets• Não se pode assumir que quem tem smartphones e tablets realiza as atividades apenas nesses meios => mas quem possui está a tirar mais partido da ligação “a qualquer hora”
• Mais atividades, principalmente com os mais novos: comunicação, entretenimento e produção
• O uso da internet para trabalhos escolares é mais referido por quem tem tablets, sobretudo nos mais velhos
Pesquisa qualitativa Os jogos são coisas boas, ruins? Carlota: São 100% boas. Porquê? Maria: Porque os jogos é como se fossem um entretenimento. O que fazemos muitas vezes é que podemos jogar no computador... Carlota: E podemos aprender com os jogos! ... com tablets, telemóveis, muitos com playstations também. Por exemplo xBoxs, nintendos... Maria: Eu, por exemplo, tenho um jogo num telemóvel em que temos de pensar muito e eu agora estou num nível em que não consigo descobrir, é um de sombras, e temos de adivinhar o que é que está lá. Tem TV, filmes, tem pessoas, tem celebridades, tem imensas coisas e nós temos de adivinhar a partir da sombra o que é que é! Marcas também...
(Meninas, 11 anos – Grupo de Foco)
Autoconfiança
• 76% das crianças e jovens consideram que sabem mais do que seus pais sobre a internet.
• Quase um quarto não acha que sabe mais sobre a internet do que os pais.
• Mais de um terço não sabe relatar abusos
• As crianças e jovens portugueses afirmam ter mais competência nos meios digitais do que a média europeia
•42% desconhecem botões de “relatar abuso”, 36% assinalam ser “muito verdade” que sabem bastante sobre o uso da internet.
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Até que ponto as seguintes frases sobre ti são verdadeiras?
Autopercepção: conhecimento• Quase metade dos mais novos (9-10 anos) acha que não tem mais conhecimentos do que os pais
• Quase metade das crianças de estatuto socioeconómico mais baixo acreditam saber mais do que os pais
• Números próximos da média dos sete países do estudo
• Em 2010, a autoconfiança dos internautas era ligeiramente mais elevada do que atualmente (44%)
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Pesquisa qualitativa: competências
Ela [a mãe] também agora, há pouco tempo arranjou Facebook, e mesmo assim o mail… eu nem sei porque é que ela arranjou Facebook porque ela mal mexe no mail por isso… não sei porque é que foi arranjar conta no Facebook
(Roberto, 13 anos – Entrevista)
Competências e capacidades •Três quartos das crianças sabem marcar nos favoritos um site
• Apenas metade sabe avaliar a informação de diferentes sites
• Menos de metade afirma conseguir mudar preferências de filtros
• As diferenças etárias e de sexo:
• Rapazes tendem a referir que têm igual ou mais competências que as raparigas
• Os mais velhos, sobretudo os rapazes, tendem a declarar saber fazer mais coisas relacionadas com segurança online
• Raparigas mais velhas: valores mais elevados, particularmente no caso da criação de blogues
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Quais das seguintes coisas sabes fazer? Base: Todas as crianças que usam a internet
Número médio de competências• Os rapazes e os adolescentes mais velhos afirmam ter mais competências: mais autoconfiança
• Essas diferenças de sexo e idade seguem o mesmo padrão dos sete países da Europa pesquisados
• As diferenças de estatuto socioeconómico são pequenas
• No geral, as crianças e adolescentes portugueses afirmam deter maior número de competências do que os seus pares europeus (média de 5,9)
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Pesquisa qualitativa: competências
Aquele computador está organizado em utilizadores, e num deles fiz um download de uma coisa qualquer e apanhei um vírus... Era um vírus falso que dizia que o computador foi bloqueado por isto e por aquilo e que a polícia vinha cá a casa (risos). É verdade, a polícia vinha cá a casa se não pagássemos 100 euros (risos). E eu fui pesquisar, porque achei aquilo muito estranho, fui pesquisar e encontrei lá no site da GNR, que é a polícia aqui de Portugal, a dizer que desmentia aquilo tudo. Era um esquema para ganhar ali...
(Miguel, 15 anos – Entrevista)
Competências: mobilidade
• A quase totalidade das crianças e adolescentes declara possuir competências básicas de utilização do seu smartphone, como saber fazer um vídeo ou tirar um foto e saber ligar uma rede wifi
• Um pouco mais de metade sabe bloquear pop-ups que promovem aplicações, jogos ou serviços pagos.
• Crianças e jovens portugueses afirmam ter competências relacionadas com o uso de smartphones ou tablets acima da média europeia:
• oito, num total de 11, enquanto o número médio é de 7,5.Quais das seguintes coisas sabes fazer?
Base: Todas as crianças que possuem ou têm acesso a um smartphone ou tablet para uso próprio
Recomendações
• Apenas metade das crianças e jovens em Portugal sabe avaliar criticamente a informação de diferentes sites: métodos eficazes de análise dos dados encontrados na net, como avaliação de fontes e cruzamento de dados.
• Rapazes: possuem mais habilidades do que as raparigas, incluindo ações de segurança online. Isso assinala que as raparigas merecem mais atenção nas políticas públicas de literacia digital.
• Crianças e jovens consomem mais do que produzem informação online: escola deve aproveitar as ferramentas digitais para estimular a criatividade a aquisição de competências técnicas pelos rapazes e raparigas portugueses.
Obrigada!
www.netchildrengomobile.net
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