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Acompanhamento e a v a l i a ç ã o d a Segurança Alimentarde famílias brasileiras: v a l i d a ç ã o d e metodologia e de instrumento de coleta d e i n f o r m a ç ã o .URBANO/RURAL
RELATÓRIO TÉCNICO
Financiamento:Ministério da Saúde
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS- Brasil)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Março de 2004
U N I V E R S I D A D E E S TA D U A L D E C A M P I N A SF A C U L D A D E D E C I Ê N C I A S M É D I C A SDEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA E SOCIAL
versão preliminar
Os coordenadores e pesquisadores deste projeto
agradecem a todas as pessoas que nos seminários e painéis de
especialistas ofereceram o melhor de seu conhecimento e
compromisso social. Agradecem, também, aos dirigentes das
instituições federais, das organizações internacionais e das secretarias
estaduais e municipais de saúde, que colocaram recursos técnicos e
financeiros, além de apoio logístico e de pessoal, fundamentais para o
sucesso deste trabalho.
Agradecimentos especiais são dirigidos aos participantes
dos grupos focais, de todos os Estados, que agregaram experiências e
conhecimentos fundamentais para o bom desempenho das
atividades. Nosso reconhecimento e respeito são ainda maiores por
sabermos que cada reflexno ou palavra colocada nos grupos refletia,
de fato, a experiência de viver o cotidiano com insegurança alimentar
ou fome.
Agradecimentos
2
Os coordenadores e pesquisadores deste projeto
agradecem a todas as pessoas que nos seminários e painéis de
especialistas ofereceram o melhor de seu conhecimento e
compromisso social. Agradecem, também, aos dirigentes das
instituições federais, das organizações internacionais e das secretarias
estaduais e municipais de saúde, que colocaram recursos técnicos e
financeiros, além de apoio logístico e de pessoal, fundamentais para o
sucesso deste trabalho.
Agradecimentos especiais são dirigidos aos participantes
dos grupos focais, de todos os Estados, que agregaram experiências e
conhecimentos fundamentais para o bom desempenho das
atividades. Nosso reconhecimento e respeito são ainda maiores por
sabermos que cada reflexão ou palavra colocada nos grupos refletia,
de fato, a experiência de viver o cotidiano com insegurança alimentar
ou fome.
PESQUISADORES
PESQUISADORES ASSOCIADOS
3
APOIO TÉCNICO CNPq
CORRESPONDÊNCIA
Profª. Dra. Ana Maria Segall Corrêa
Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP
Rafael Pérez Escamilla, Ph.D. *Colégio de Agricultura e Ciências NaturaisUniversidade de ConnecticutStorrs CT. EUA 06269 - 40
Maria de Fátima Archanjo SampaioFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMPDepartamento de Planejamento e Desenvolvimento Rural SustentávelLeticia Marin-LeonFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Gisele PanigassiFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)Lucia Kurdian MaranhaFCM/UNICAMP- Departamento de Medicina Preventiva e Social (DMPS)
Profª. Dra. Sonia BergamascoFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMPProfª. Dra. Julieta OliveiraFEAGRI- Faculdade de Engenharia Agrícola- UNICAMP
MCT INPA- Instituto Nacional de Pesquisa da AmazôniaDrª. Lucia Yuyama INPADr. Fernando L. Alencar INPAUFPB - Departamento de NutriçãoProf. Dr. Rodrigo Pinheiro de Toledo ViannaProfª.Ana Claudia Freire VieiraUNB Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e NutriçãoProfª. Drª. Denise CoitinhoProfª. Drª. Bethsáida de S. SchmitzMarília Mendonça Leão Ministério da Saúde Pesquisadora Associada
Muriel Gubert Pesquisadora Associada
UFMT- Universidade Federal de Mato Grosso Profa. Drª. Lenir Vaz GuimarãesMárcia Montanari
Drª.Zuleica Portela Albuquerque - OPS BrasilDr. Antonio Escamilla - OPS Brasil
Camila K. GurgelDepartamento de Medicina Preventina e Social - FCM UNICAMP
*FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de SP- Bolsa de Professor Visitante)
[email protected]; tel: 19. 3788-8036
coordenadora
4
Gráfico Consistência interna para os quatro estados
Quadro
Figura 1 IA Severa segundo renda familiar
Figura 2 Consumo de frutas segundo nível de IA
Figura 3 Consumo de carnes segundo nível de IA
Prevalências de segurança e insegurança
alimentar, segundo estado do país e áreas urbanas
e rurais
16
LISTA DE FIGURAS,
GRÁFICO E QUADRO
18
19
20
21
07 Apresentação
Pressupostos
Métodos e Resultados Qualitativos
Resultados Quantitativos
Conclusões
Referências Bibliográficas
Anexos
Questionário
Lista de Participantes e Colaboradores
1
2
Sumário
5
09
11
15
23
25
27
6
Identificou-se a necessidade de termos, à disposição da política
brasileira de combate à fome (INSTITUTO DA CIDADANIA, 2001),
metodologia e questionário de avaliação familiar de segurança alimentar
adequados às características nacionais. Partiu-se, nesta investigação, de
instrumento de coleta de informações sobre segurança alimentar proposto por
pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América
(BICKEL, 2000), adaptado de pesquisa qualitativa da Universidade de Cornell
(RADMER, 1992) e amplamente utilizado em vários países (FROMGILO,1999;
STUDDERT, 2001; COHEN, 2003; PEREZ-ESCAMILLA, 2000).
Nesta oportunidade são apresentadas as principais atividades e
resultados dos processos de validação qualitativa e quantitativa do instrumento
de medida da Segurança/Insegurança Alimentar de famílias brasileiras, residentes
em áreas urbanas e rurais do país.
A investigação foi realizada entre os meses de abril de 2003 e fevereiro
de 2004. Contou com financiamento e apoio técnico do Ministério da Saúde e da
Organização Pan-Americana da Saúde-OPS e da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP. Seus bons resultados representam o
sucesso da parceria de pesquisadores de cinco instituições de ensino e pesquisa
brasileiras: Universidade Estadual de Campinas (Coordenação), Universidade
Federal da Paraíba, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Universidade
Nacional de Brasília e Universidade Federal de Mato Grosso. Contou ainda com
a participação e assessoria de pesquisador do Instituto de Pesquisa em Nutrição
do Colégio de Agricultura e Ciências Naturais da Universidade de Connecticut-
USA.
Esta investigação foi objeto de acompanhamento e avaliação externa de
especialistas, em seminários nacionais, durante o transcorrer de suas atividades.
Apresentação
7
8
PressupostosSegurança Alimentar (SA) é a garantia de acesso contínuo à quantidade
e qualidade suficientes de alimentos, obtido por meio socialmente aceitável, de
forma a assegurar o bem estar e a saúde dos indivíduos.
O direito à alimentação é parte dos direitos civis básicos da população e
um meio de atingir a cidadania plena (IPEA, 2002).
As políticas públicas de combate à fome no Brasil não dispõem de
indicadores diretos para a medida da insegurança alimentar, necessários ao seu
acompanhamento e avaliação de impacto populacional.
As medidas de insegurança alimentar (IA) adotadas devem ser capazes
de refletir os diferentes níveis e possibilidades de acesso aos alimentos,
vivenciados pelas famílias brasileiras.
O instrumento de medida deve ser simples, de fácil aplicação, de
compreensão o mais universal possível e de baixo custo.
Os recursos técnicos e científicos utilizados para medir insegurança
alimentar em nível familiar, incluindo o questionário e os métodos de análise,
devem produzir uma escala de uso nacional, adequada para capturar os distintos
graus de segurança alimentar, insegurança alimentar na família e fome entre
crianças. Os diferentes níveis de insegurança devem refletir (BICKEL, 2000):
a) situação de SEGURANÇA ALIMENTAR;
b) receio ou medo de sofrer insegurança alimentar no futuro próximo (componente psicológico da insegurançao) e problemas de qualidade da alimentação da família - IA LEVE;
c) restrição na quantidade dos alimentos na famílIa - IA MODERADA;
d) fome entre adultos e/ou crianças da família - IA SEVERA.
9
10
Métodos e Resultados Qualitativos
11
Os procedimentos de validação qualitativos e quantitativos para
população urbana e rural ocorreram em Campinas-SP, Brasília-DF, João Pessoa-
Pb, Manaus-Am e Cuibá-MT (apenas rural). Estas cidades foram selecionadas
para representar contextos econômicos, sociais e culturais diferentes.
A etapa qualitativa de validação foi composta por quatro painéis de
especialistas de várias áreas do conhecimento de interface com o tema
Segurança Alimentar. Os participantes dos painéis, juntamente, com a equipe de
pesquisadores, fizeram revisão geral do instrumento original disponível,
discutiram estratégias de aplicação e adequação de indicadores sociais,
demográficos e de consumo alimentar. Estes indicadores foram escolhidos para a
análise da consistência externa global (validação preditiva) do questionário.
Avaliaram, ainda, cada uma das perguntas, modificando a linguagem e as opções
de freqüências referentes às respostas positivas. Ao final deste processo foi
aprovado um questionário contendo 15 perguntas sobre Insegurança Alimentar
(IA).
Em cada município e, para a validação urbana, os painéis especializados
foram seguidos de oficinas de trabalho, com o uso de técnica de grupo focal,
contando com a participação de representantes das respectivas comunidades
urbanas (quatro oficinas).
No processo de validação qualitativa em população rural foi organizada
uma única reunião de especialistas, com participação ampliada para
pesquisadores de temas pertinentes a esta população, oriundos de várias
instituições acadêmicas e de serviços. Esta reunião teve caráter nacional e foi
preparatória dos sete grupos focais realizados com a participação de
trabalhadores rurais dos municípios escolhidos.
Nos grupos focais buscou-se captar a compreensão habitual da
população a respeito de conceitos contidos no questionário original e traduzidos
para o português, além de outros indicados pelos especialistas, tais como:
qualidade dos alimentos, alimentação saudável, alimentação balanceada,
alimentação saudável e variada, segurança alimentar, circunstâncias em que o
dinheiro é ou não suficiente e o significado para o grupo da palavra fome.
A partir desta discussão os participantes fizeram revisão do
questionário propondo as adaptações de linguagem julgadas pertinentes,
substituindo os termos como alimentação balanceada por saudável e variada.
Modificou-se, também, a referência do período recordatório, para os eventos
pesquisados, de 12 meses para 3 meses. Houve unanimidade, nestes grupos,
quanto a importância e pertinência da realização deste tipo de pesquisa.
Recomendou-se cuidados no planejamento das entrevistas, para evitar a relação
da pesquisa com os procedimentos institucionais de inclusão nos programas
assistenciais.
Em todas as regiões pesquisadas, o problema da dificuldade para
obtenção dos alimentos, por meios próprios, e a fome apareceram como
situações vivenciadas, freqüentemente, por muitos dos participantes. Em todos
os grupos focais, urbanos e rurais, a questão da segurança alimentar apareceu
ligada à necessidade de alimentos livres de agrotóxicos e higienicamente
seguros.
Os agricultores, presentes nos grupos focais, julgaram o instrumento já
validado para famílias urbanas, como bastante adequado para aquelas do meio
rural. Entretanto, seu conceito a respeito de uma alimentação saudável e variada
reflete o acesso à alimentação de melhor qualidade sanitária e inclusão de
produtos industrializados, diferente daquela experimentada em situação de
carência. Esses trabalhadores sugeriram algumas adaptações de linguagem e
inclusão, em apenas algumas perguntas, da possibilidade de produção agrícola,
como um recurso para a Segurança Alimentar. Argumentaram que, no limite, o
que de fato determina a Segurança Alimentar é ter dinheiro suficiente para
compra de alimentos e insumos agrícolas. Na falta da produção, por qualquer
circunstância, “se tem dinheiro, não tem fome”.
Em suporte ao projeto e visando acompanhar e avaliar todo o
processo foram realizados em Campinas e na Organização Pan-Americana da
Saúde (OPS), em Brasília, cinco seminários que contaram com a participação
ampla de pesquisadores de várias instituições acadêmicas, de representantes do
Ministério da Saúde, Ministério Especial de Segurança Alimentar atual
Desenvolvimento Social, da Promoção e Assistência Social, de Ciência e
Tecnologia, do IBGE e da própria OPS.
12
13
Estado da Paraíba - Grupo local
Estado do Amazonas - Rural
14
Resultados Quantitativos
Na etapa quantitativa (inquérito rural e urbano) optou-se por amostras
intencionais de domicílios, selecionadas para representar estratos sociais
diferentes. Foram 711 famílias entrevistadas em áreas urbanas e 1086 nas rurais.
As primeiras selecionadas em bairros ou regiões das cidades que pudessem
compor estratos de famílias de classe média, classe média baixa, pobre e muito
pobre. As últimas constituíam famílias de trabalhadores rurais assalariados,
temporários, agricultores familiares tradicionais, agricultores de assentamentos
rurais de reforma agrária, ribeirinhos e remanescentes de quilombos.
No questionário aplicado à população urbana, incluiu-se, como
recursos para os procedimentos de validação externa, indicadores de renda e de
consumo diário de alimentos. Naquele aplicado à população rural, além da renda
e consumo de alimentos, foram utilizados indicadores sociais construídos a partir
das características de produção rural, produção para auto-consumo e, também,
pelas diferentes categorias sociais de trabalhadores, estas definidas de acordo
com o seu modo de relação com a terra.
Neste relatório são apresentados os resultados referidos a renda
monetária e ao consumo diário de alimentos. Em São Paulo os dados referem-se
a Campinas (região Sudoeste da Cidade) e áreas rurais de alguns municípios do
interior do estado (Sumaré, Mogi Mirim, Santo Antônio de Posse, Espírito Santo
do Pinhal e Vale do Ribeira). Na Paraíba a cidade de João Pessoa e área rural do
município de Pedras de Fogo; em Brasilia uma ocupação “da Estrutural” e área
rural do município Hidrolândia-Goiás. Pesquisou-se em Manaus uma amostra
urbana distribuída por várias áreas da cidade e, no muncípio de Jandira-
Amazonas, população rural constituída por ribeirinhos. A investigação em Mato
Grosso foi realizada com amostra intencional de população de ribeirinhos,
assentados e agricultores tradicionais de várias áreas do estado. Seus resultados
ainda se encontram em processamento. A consistência interna do questionário,
tanto em população urbana quanto rural, foi alta, mostrando que o questionário
adaptado e validado nos procedimentos qualitativos foi adequado às populações 15
DF/GOIÁS
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
urbano rural
alvo. O teste estatístico que mede a significância desta consistência, Alpha de
Chronbach, variou entre 0,87 e 0,95, para um mínimo aceitável de 0,85.
Observou-se, também, validade preditiva alta (validade externa), em todos os
municípios, mostrada pelo paralelismo das curvas de proporção de respostas
positivas às 15 perguntas, segundo os quatro estratos de renda. O gráfico abaixo
mostra um sumário destes resultados, considerando a validação urbana e rural
em cada município estudado. Paraíba rural, apresenta-se com apenas 2 estratos
de renda, uma vez que poucas famílias possuíam rendimentos totais superiores a
2 SM mensais.
16
SÃO PAULO
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
urbano rural
Gráfico Consistência interna para os quatro estados
PARAÍBA
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
urbano rural
AMAZONAS
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
100908070605040302010
0 Q15
Q14
Q13
Q12
Q11
Q10
Q9
Q8
Q7
Q6
Q5
Q4
Q3
Q2
Q1
%SI
M
< 1SM 1a 2 SM >2 a 4SM >=5SM TODOSNº da Pergunta do Questionário IA
urbano rural
17
Gráfico Continuação
18
Os gradientes de inseguranças alimentar (Quadro abaixo), mostram,
para o total de famílias, em cada uma das regiões, comportamento consistente de
maior prevalência de insegurança alimentar em populações urbanas,
comparativamente às rurais, exceto em São Paulo, onde esta diferença não é
significativa. Observou-se, ainda, maior prevalência de insegurança no
Amazonas, tanto em área urbana quanto rural.
Quadro Prevalências de segurança e insegurança alimentar, segundo estado do país e áreas urbanas e rurais
Segurança AlimentarInsegurança LeveInsegurança ModeradaInsegurança Severa
São PauloU(87) R(160)
19,4 49,439,8 27,528,0 10,012,9 13,1
GoiásU(157) R(139)
9,6 22,6 27,6 38,0 34,6 24,8 28,2 14,6
AmazonasU(174) R(84)
10,9 0,0 24,6 37,0 20,0 27,8 44,6 35,2
ParaíbaU(166) R(158)
15,8 26,3 30,3 29,5 29,1 32,7 24,8 11,5
Seminário Nacional - Validação rural(Campinas, outubro de 2003)
Nos quatro municípios foram observadas relações inversas entre
insegurança alimentar e o nível de rendimento monetário das famílias (Figura 1).
Esta relação é mais expressiva nas áreas urbanas de todas as regiões e áreas rurais
do norte e nordeste. As tendências confirmam consistência geral do questionário
e a pertinência de seu uso como medida direta de Insegurança Alimentar em
famílias. A elevada proporção de insegurança nos estratos de renda mais baixos,
de famílias urbanas, demonstra a relevância social do estudo e a necessidade de
medidas de intervenção.
80
70
60
50
40
30
20
10
0
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM
71,4
40
0
13,97,7 4,8 0
%
23,8
SÃO PAULO
urbano rural
70
60
50
40
30
20
10
0
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM
50
62
21,2
18,85
% 45
DF/GOIÁS
urbano rural
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4SM >=5SM
55,6
85,4
47,1
30,6
9,3
44,4
0
%
AMAZONAS
urbano rural0
FIGURA 1 IA Severa segundo renda familiar
70
60
50
40
30
20
10
0
< 1SM 1a 2 SM 3 a 4 SM
25
6,3
54,5
24,1
%
68,8
PARAÍBA
urbano rural
19
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
56,8
77,8
27
7,70
37,528,6
%
68,4
SÃO PAULO
urbano rural
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
37,8
88,5
56
14,64,9 11,1
%63,4
PARAÍBA
urbano rural
25,5
20
FIGURA 2 Consumo de frutas segundo nível de IA
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
36,5
80
41,8
14,88,8
14,7 20
%
73,3
DF/GOIÁS
urbano rural
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
10089,5
65,1
28,6
15,4
95,2 94,7
%
100
AMAZONAS
urbano rural
Observou-se, nos dois grupos populacionais, urbano e rural, a
associação positiva entre os níveis mais severos de IA e menor probabilidade de
consumo diário de frutas (Figura 2) e carnes (Figura 3) (exceto Amazonas rural) e
verduras em todos os municípios. Estas observações reafirmam o poder
preditivo do questionário, bem como a consistência das perguntas que
originaram os escores. Sua aplicação em inquérito populacional, com amostra
representativa da população de Campinas (SEGALL-CORREA, 2003), mostrou
consistência e preditividade semelhante, corroborando, ainda mais, os resultados
da validação.
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
57,7
93,3
69,8
40,7
20,5 17,610
%
93,3
DF/GOIÁS
urbano rural
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
22,7
83,6
67,61
42,3
012,5 14,3
% 51,9
SÃO PAULO
urbano rural
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
92,388
56,3
9,8 11,1
51%
87,8
PARAÍBA
urbano rural
71,1
21
FIGURA 3 Consumo de carnes segundo nível de IA
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
SA IA -L IA-M IA-S
100 100
82,9
61,5
10085,7
%
90,9 89,5
AMAZONAS
urbano rural
22
Seminário Nacional - Apresentação dos resultados para a área urbana(OPAS, julho de 2003)
23
ConclusõesOs procedimentos de validação no Brasil de escala para medida de
Insegurança Alimentar, em nível familiar, cumpriram todas as etapas previstas nas
recomendações internacionais (BICKEL, 2000). O acompanhamento externo
deste processo, feito por especialistas de diversas instituições brasileiras e
internacionais, acrescentou legitimidade a esse processo, além das relevantes
contribuições científicas e políticas.
As adaptações, tanto qualitativas quanto quantitativas disponibilizaram,
ao final, um questionário com:
alta validade interna de seu conteúdo atestada pela aceitação apósanálise dos participantes dos painéis de especialistas;
alta validade interna, considerando a compreensão de seus conceitos pelos representantes das comunidades locais que participaram dos grupos focais;
alta validade preditiva, medida pela associação entre gradientes de IA e estratos de renda e padrão diário de consumo alimentar;
alta consistência interna medida por valores do coeficiente Alpha deChronbach acima do recomendado.
A partir deste trabalho dispõe-se agora, no Brasil, de instrumento de
pesquisa cientificamente testado para avaliar e acompanhar, com indicadores
diretos, o impacto nas famílias das políticas sociais voltadas ao combate à fome e a
miséria.
O processo de validação urbano-rural descrito resulta em um
questionário único, de fácil aplicação, adequado para avaliação da Segurança e
Insegurança Alimentar de famílias brasileiras em qualquer destes contextos. Este
instrumento poderá ser incorporado aos inquéritos populacionais nacionais e
em pesquisas locais.
24
25
BICKEL, G; NORD, M; PRICE, C; HAMILTON,W, COOK,J. Measuring Food
Security in the United States: Guide to measuring household food security. USDA,
Office of Analysis, Nutrition, and evaluation, USA, 2000.
COHEN, B. Community Food Security Assessment Toolkit. ERS E-FAN No. 02-
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FRONGILLO, E.A. Validation of measures of food insecurity and hunger. J Nutr,
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IPEA-INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA, SECRETARIA DE
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PEREZ-ESCAMILLA, R.; FERRIS, A.M.; DRAKE, L.; HALDEMAN, L.;
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SEGALL-CORRÊA, A.M., PEREZ-ESCAMILLA, R., MARANHA L.K., SAMPAIO,
M.F, MARIN, L.; PANIGASSI G.; A Insegurança alimentar em Campinas Inquérito
de Base populacional; Relatório de Pesquisa , Campinas SP; Outubro de 2003.
STUDDERT; L.J.; FRONGILLO, E.A.; VALOIS, P. Household food insecurity was
prevalent in Java during Indonesia's economic crisis. J Nutr, 131(10): 2685-
91,2001.
Referências Bibliográficas
26
27
Agora vou ler para a(o) senhora(sr) algumas perguntas sobre a alimentação em sua casa. Elas podem ser parecidas umas com as outras, mas é importante que a senhora(sr) responda todas elas.
(AS PERGUNTAS DE 1 A 6 DEVERÃO SER FEITAS EM TODOS OS DOMICÍLIOS. O ENTREVISTADOR DEVE NOMEAR OS ÚLTIMOS 3 MESES PARA SITUAR MELHOR O ENTREVISTADO).
1. Nos últimos 3 meses a(o) senhora (sr) teve preocupação que a comida na sua casa acabasse antes que a(o) senhora(sr) tivesse condição de comprar, receber ou produzir mais comida?
1 Sim (siga 2)
3 Não (passe ao 3)
5 Não sabe (passe ao 3)
2. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 3)
3. Nos últimos três meses a comida acabou antes que a(o) senhora(sr) tivesse produção
ou dinheiro para comprar mais comida ?
1 Sim (siga 4)
3 Não (passe ao 5)
5 Não sabe (passe ao 5)
4. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe (siga 5)
CARACTERÍSTICAS DE IDADE DOS MORADORES
A. Quantas pessoas vivem nesta casa?ANOTAR | | | NS/NR
B. Destas pessoas quantas são menores de 20 anos ? Nenhuma Se tem menores de 20 anos (ANOTAR NUMERO) | | | NS/NR
C. Quantas destas pessoas são menores de 6 anos? Nenhuma Se tem menores de 6 anos (ANOTAR NUMERO) | | | NS/NR
CARACTERÍSTICAS DE SEGURANÇA ALIMENTAR/FOME
Anexo 1
5. Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) ficou sem dinheiro (ou produção)
para ter uma alimentação saudável e variada?
1 Sim (siga 6)
3 Não (passe ao 7)
5 Não sabe (passe ao 7)
6. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 7)
7. (ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).
Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) teve que se arranjar com apenas
alguns alimentos para alimentar algum morador com menos de 20 anos
(crianças e adolescentes) porque o dinheiro ou a produção acabou?
1 Sim (siga 8)
3 Não
5 Não sabe
8. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
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(Se em todas as perguntas 1, 3, 5 e 7 estiver assinalada a
quadrícula correspondente ao código NÃO ou NÃO SABE,
ENCERRE A ENTREVISTA. Caso contrário, siga 9).
}
9. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).
Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) não pode oferecer a algum
morador com menos de 20 anos de idade uma alimentação saudável e
variada porque não tinha dinheiro (ou produção)?
1 Sim (siga 10)
3 Não (passe ao 11)
5 Não sabe (passe ao 11)
10. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 11)
11. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).
Nos últimos 3 meses algum morador com menos de 20 anos de idade
não comeu quantidade suficiente de comida porque não havia produção
ou dinheiro para comprar mais comida?
1 Sim (siga 12)
3 Não (passe ao 13)
5 Não sabe (passe ao 13)
12. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
As perguntas de 9 a 30 devem ser respondidas apenas por moradores que tenham respondido SIM em pelo menos uma das perguntas 1, 3, 5 ou 7.
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13. Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) ou algum adulto em sua casa
diminuiu, alguma vez, a quantidade de alimentos nas refeições ou deixaram
de fazer refeições, porque não havia produção ou dinheiro suficiente para
comprar a comida?
1 Sim (siga 14)
3 Não (passe ao 15)
5 Não sabe (passe ao 15)
14. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 15)
15. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) alguma vez comeu menos do que
achou que devia porque não havia produção ou dinheiro suficiente para
comprar comida ?
1 Sim (siga 16)
3 Não (passe ao 17)
5 Não sabe (passe ao 17)
16. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 17)
17. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) alguma vez sentiu fome mas não
comeu porque não havia produção ou dinheiro suficiente para comprar
comida?
1 Sim (siga 18)
3 Não (passe ao 19)
5 Não sabe (passe ao 19)
18. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 19)
30
AS PERGUNTAS DE 13 A 21 DEVERÃO SER FEITAS EM TODOS OS DOMICÍLIOS
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19. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) perdeu peso porque não tinha
produção ou dinheiro suficiente para comprar comida ?
1 Sim (siga 20)
3 Não (passe ao 21)
5 Não sabe (passe ao 21)
20. A quantidade de peso que perdeu foi:
1 Pouca
3 Média
5 Muita
7 Não sabe
(siga 21)
21. Nos últimos 3 meses, a(o) senhora(sr) ou algum adulto em sua casa ficou,
alguma vez, um dia inteiro sem comer ou, teve apenas uma refeição ao dia,
porque não tinha produção ou dinheiro para comprar comida ?
1 Sim (siga 22)
3 Não (passe ao 23)
5 Não sabe (passe ao 23)
22. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 23)
23. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U
ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses a(o) senhora(sr) alguma vez
diminuiu a quantidade de alimentos das refeições de algum morador com
menos de 20 anos de idade (criança e /ou adolescente), porque não havia
produção ou dinheiro suficiente para comprar comida?
1 Sim (siga 24)
3 Não (passe ao 25)
5 Não sabe (passe ao 25)
24. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 25)
25. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
MORADORES MENORES DE 20 ANOS (CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES).
Nos últimos 3 meses, alguma vez a(o) senhora (sr) teve que deixar de fazer
uma refeição para algum morador com menos de 20 anos de idade (criança
ou adolescentes) porque não havia produção ou dinheiro para comprar
comida ?
1 Sim (siga 26)
3 Não (passe ao 27)
5 Não sabe (passe ao 27)
26. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 27)
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27. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U
ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses, algum morador com menos de 20
anos de idade (criança ou adolescentes) teve fome mas a(o) senhora(sr)
simplesmente não podia comprar mais comida?
1 Sim (siga 28)
3 Não (passe ao 29)
5 Não sabe (passe ao 29)
28. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
(siga 29)
29. ESTA PERGUNTA DEVE SER FEITA APENAS EM DOMICÍLIOS COM
M O R A D O R E S M E N O R E S D E 2 0 A N O S ( C R I A N Ç A S E / O U
ADOLESCENTES).Nos últimos 3 meses, algum morador com menos de 20
anos de idade (criança ou adolescentes) ficou sem comer por um dia
inteiro porque não havia dinheiro para comprar a comida?
1 Sim (siga 30)
3 Não
5 Não sabe
30. Com que freqüência isto ocorreu?
1 Em quase todos os dias
3 Em alguns dias
5 Em apenas 1 ou 2 dias
7 Não sabe
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Anexo 2
Participantes: Seminários Nacionais e Painéis de Especialistas
Ana Cláudia Figueiró Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar
Ana Claudia Freire UFPB / PB
Ana Lúcia Pereira CONSEA
Ana Maria Segall Corrêa DMPS / FCM/UNICAMP
Anne Kepple Comitê de Segurança Alimentar e Nutrição de Rio Claro
Antonio Escamilla OPAS / OMS
Bénédicte de la Briere DFID / MAPS Secretaria de Avaliação de Políticas Sociais
Bethsáida de A. S. Schmitz Departamento de Nutrição UNB
Camila Kreft Gurgel DMPS / FCM / UNICAMP
Carolina G. Pinheiro Ministério da Assistência e Promoção Social Secretaria de Avaliação de Políticas Sociais
Dayse Miranda CEPIA - RJ
Delson Fonseca MPF
Denise Coitinho OPSAN / UNB
Denise O. Silva FIOCRUZ Brasília
Dionara B. A. Barbosa MESA / Departamento de Monitoramento e Avaliação
Eduardo A. F. Nilson CGPAN - MS
Giseli Panigassi DMPS / FCM / UNICAMP
Gracy Heijsdom CGPAN / MS
Helen Altoé Duar CGPAN - MS
Isabel Amaral Imprensa - UNICAMP
Janini Coutinho OPSAN - UNB
João B. Risi Júnior OPAS / OMS
João Baptista de Lima Filho ANVISA / MS
Julieta Oliveira FEAGRI / UNICAMP
Kelva Aquino CGPAN / MS
Lavínia Pessanha IBGE
Lucia Kurdian Maranha DMPS / FCM / UNICAMP
Lucia Yuyama INPA / CPCS AM
Luciana Sardinha Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde
Luis Octávio Ramos Filho EMBRAPA / Meio Ambiente
Márcia Montanari ISC / UFMT
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Maria Cristina Boog UNICAMP
Maria de Fátima Carvalho CGPAN / Ministério da Saúde
Maria de Fátima Sampaio UNICAMP
Maria Inês Barbosa GTPIR / CONSEA
Mariana Martins ABRANDH UNB
CGPAN / MS
Marília M. Leão Alimentação e Nutrição Ministério da Saúde
Marlene Dedoneb ASBRAN
Mauro Eduardo Del Grossi MESA
Muriel Gubert OPSAN/UNB
Nathalia Beghin IPEA / MPOG
Osmar de Araújo Filho LEIA/UNICAMP
Otavio Balsadi MESA
Rafael Escamilla University of Connecticut
Rosana de Divitiis Rede IBFAN
Rosana R. lemes Ota FNDE / MEC
Steven Ault OPAS / OMS
Terezinha Batista Coutinho IBGE / DPE / RJ
Valéria R. Tolentino UNICAMP / DCPAN
Zuleica Albuquerque OPAS/OMS
Colaboradores:
Bethsáida de A. S. Schmitz Departamento de Nutrição - UNB
Dionara B. A. Barbosa MESA / DMA
Eliane A. Campos da Silva Secretaria Municipal da Saúde Campinas
Elizabeth Pereira Lelo CETS Secretaria Municipal da Saúde Campinas
Esther Mourão Universidade Newton Lins - AM
Lavínia Pessanha IBGE
Leonor M. Pacheco Santos Ministério da Saúde
Luiz Antonio Dombek FEAGRI / UNICAMP
Terezinha Batista Coutinho IBGE/DPE/RJ
Tiburcio Barbosa da Silva Secretaria Municipal da Saúde Campinas
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