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Serviço de Clínica Médica Gastroenterologia www.company.com Doutorando Thiago Luiz Marini Universidade de Santa Cruz do Sul Hospital Santa Cruz

Varizes Esofágicas

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  • Servio de Clnica Mdica Gastroenterologiawww.company.comDoutorando Thiago Luiz MariniUniversidade de Santa Cruz do SulHospital Santa Cruz

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    ROTEIRO1. Resumo.2. Introduo.3. Fisiopatologia.4. Epidemiologia.5. Histria natural.6. Fatores de risco.7. Diagnstico e diagnstico diferencial.8. Manejo das varizes e da hemorragia.9. Concluso.Referncias.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    RESUMO Os conceitos e as abordagens relacionadas a varizes esofgicas, apoiados em guias prticos da Organizao Mundial de Gastroenterologia, publicados em 2008 e 2015, so evidenciados nesta apresentao.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    INTRODUO Varizes esofgicas vasos colaterais portossistmicos, isto , canais vasculares que unem a circulao venosa porta e sistmica. Varizes esofgicas formam-se, preferencialmente, na submucosa do esfago inferior, como consequncia da hipertenso portal. Ruptura e sangramento de varizes esofgicas complicaes maiores da hipertenso portal, associadas a alta taxa de mortalidade. Sangramento varicoso 10-30% de todos os casos de sangramento gastrointestinal alto.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    Clnica MdicaVarizes EsofgicasEsquematizao grfica de varizes esofgicas

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    FISIOPATOLOGIA Cirrose heptica causa mais comum de hipertenso portal. Presso venosa portal (P) produto da resistncia vascular (R) e do fluxo sanguneo (Q) no leito da veia porta (lei de Ohm). Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    Clnica MdicaVarizes EsofgicasLei de Georg Simon Ohm

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    FISIOPATOLOGIA Cirrose heptica aumento da resistncia vascular intra-heptica e do fluxo portal.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    FISIOPATOLOGIA Hipertenso portal formao de vasos colaterais portossistmicos. No entanto, devido sua maior resistncia e maior fluxo aferente venoso portal, estas colaterais no conseguem diminuir a hipertenso. A melhor maneira de avaliar a hipertenso portal (indiretamente) utilizando a medio da presso venosa heptica central (PVHC). Para que se formem varizes, necessria uma diferena de presso entre a circulao portal e sistmica (gradiente de presso venosa heptica, GPVH) de 10-12 mmHg. A GPVH normal 3-5 mmHg. Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    FISIOPATOLOGIA As medidas nicas servem para determinar o prognstico da cirrose compensada e descompensada, enquanto que as medidas repetidas so teis para fazer o seguimento da resposta terapia farmacolgica e a progresso da doena heptica.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    FISIOPATOLOGIA Se aumentar demais a tenso, produz-se a ruptura das varizes. A probabilidade de uma variz se romper e sangrar maior quando aumenta o tamanho e/ou o dimetro da variz e a presso varicosa, que tambm proporcional ao GPVH. Inversamente, as varizes no sangram se o GPVH for inferior a 12 mmHg. Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    FISIOPATOLOGIA O risco de ressangramento diminui significativamente com a reduo do GPVH em mais de 20% do nvel basal. Os pacientes cujo GPVH diminuiu para < 12 mmHg, ou pelo menos 20% dos nveis basais, tm menor probabilidade de apresentar recidiva hemorrgica e menor risco de ascite, peritonite bacteriana espontnea e morte.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    EPIDEMIOLOGIA Embora as varizes possam ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, so mais comumente encontradas nos ltimos centmetros distais do esfago. Aproximadamente 50% dos pacientes cirrticos apresentam varizes gastroesofgicas. As varizes gstricas esto presentes em 5-33% dos pacientes com hipertenso portal.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    EPIDEMIOLOGIA A frequncia das varizes esofgicas varia entre 30% e 70% dos pacientes cirrticos, e 9-36% dos pacientes apresentam varizes conhecidas como de alto risco. As varizes esofgicas aparecem em pacientes cirrticos a uma taxa anual de 5-8%, entretanto, so suficientemente grandes para representarem risco de sangramento em apenas 1-2% dos casos. Aproximadamente 4-30% dos pacientes com varizes pequenas desenvolver varizes grandes a cada ano e estar, portanto, em risco de sangramento.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    EPIDEMIOLOGIA A presena de varizes gastroesofgicas se correlaciona com a gravidade da doena heptica. A severidade da cirrose pode ser classificada utilizando o sistema de classificao de ChildPugh.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    CRITRIOS DIAGNSTICOS Um paciente cirrtico que no apresenta varizes ainda no desenvolveu hipertenso portal ou sua presso portal ainda no suficientemente elevada para desenvolver varizes. Com o aumento da presso portal, o paciente pode passar a ter pequenas varizes. Com o tempo, e medida que aumenta a circulao hiperdinmica, aumenta tambm o fluxo sanguneo atravs das varizes, elevando assim a tenso sobre a parede. Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    CRITRIOS DIAGNSTICOS A hemorragia varicosa produzida pela ruptura ocorre quando a fora de expanso supera a mxima tenso parietal. Se no houver nenhuma modificao na tenso parietal, haver um alto risco de recidiva.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    FATORES DE RISCO Uma pontuao do RNI (Razo Normalizada Internacional ) > 1.5, um dimetro da veia porta > 13 mm, e a trombocitopenia tm demonstrado ser preditivos sobre a probabilidade de presena de varizes nos pacientes cirrticos. Se nenhuma, uma, duas, ou trs dessas condies forem cumpridas, < 10%, 20-50%, 40-60%, e > 90% dos pacientes, respectivamente, vo apresentar varizes. A presena de uma ou mais dessas condies representa uma indicao de endoscopia para pesquisa de varizes e profilaxia primria de sangramento nos pacientes cirrticos.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    DIAGNSTICO PRESUNTIVO E DIFERENCIAL A esofagogastroduodenoscopia o padro ouro para o diagnstico de varizes esofgicas. Se o padro ouro no estiver disponvel, outros possveis exames diagnsticos so o eco-Doppler da circulao sangunea, a radiografia baritada de esfago e estmago, e a angiografia e manometria da veia porta. importante avaliar a localizao (esfago ou estmago) e tamanho das varizes, bem como os sinais de sangramento iminente, que pode ser um primeiro sangramento agudo, ou recidiva, e (se aplicvel) considerar a causa e a gravidade da hepatopatia.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    DIAGNSTICO PRESUNTIVO E DIFERENCIAL O diagnstico diferencial de hemorragia varicosa inclui todas as etiologias do sangramento gastrointestinal alto. As lceras ppticas tambm so mais frequentes nos pacientes portadores cirrticos.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    MANEJO DAS VARIZES E DA HEMORRAGIA Para manejo das varizes e da hemorragia esofgica, esto disponveis opes teraputicas medicamentosas e endoscpicas. Apesar de ser eficazes para deter o sangramento, nenhuma destas medidas, exceto a terapia endoscpica, tm demonstrado afetar a mortalidade.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    MANEJO DAS VARIZES E DA HEMORRAGIA O uso de drogas vasoativas pode ser seguro e efetivo quando a terapia endoscpica no estiver disponvel e parece estar associada com eventos adversos menores do que a escleroterapia de emergncia.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    MANEJO DAS VARIZES E DA HEMORRAGIA A escleroterapia endoscpica e a ligadura elstica conseguem interromper o sangramento em at 90% dos pacientes. A ligadura endoscpica das varizes (LEVE) mais efetiva que a escleroterapia varicosa endoscpica (EVE), oferecendo maior controle da hemorragia, pouca repetio do sangramento, e eventos adversos menores, entretanto, sem diferenas em mortalidade. No entanto, essa tcnica pode ser mais difcil de aplicar que a escleroterapia em pacientes com sangramento ativo severo.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    MANEJO DAS VARIZES E DA HEMORRAGIA A anastomose portossistmica intra-heptica transjugular (TIPS) uma boa alternativa se o tratamento endoscpico e a farmacoterapia fracassarem.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    MANEJO DAS VARIZES E DA HEMORRAGIA O uso de tamponamento com balo est diminuindo, pois h alto risco de ressangramento aps desinflar o balo e risco de complicaes maiores. No entanto, o tamponamento com balo consegue deter a hemorragia na maioria dos casos, pelo menos temporariamente, e pode ser utilizado em regies do mundo onde a EGD e a TIPS no esto facilmente disponveis. Pode ajudar a estabilizar o paciente para ganhar tempo e fazer a EGD e/ou TIPS mais adiante.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    Prtica Clnica Nas seguintes figuras so apresentados o enfoque para os pacientes cirrticos e as diferentes etapas das varizes esofgicas ou da hemorragia.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

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    CONCLUSOClnica MdicaVarizes Esofgicas

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    REFERNCIAS DANI, R. Gastroenterologia Essencial, 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2006. World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2008. Varizes Esofgicas. World Gastroenterology Organisation Practice Guidelines, 2015. Varizes Esofgicas.Clnica MdicaVarizes Esofgicas

  • OBRIGADO.Clnica MdicaDispepsia

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