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VENTILADORES 1. Introdução. Os ventiladores são máquinas que, por meio da rotação de um rotor provido de pás adequadamente distribuídas e acionado por um motor, permitem transformar a energia mecânica do rotor em formas de energia potencial de pressão e de energia cinética. Graças à energia adquirida, o ar torna-se capaz de vencer as resistências oferecidas pelo sistema de distribuição e fazer a movimentação requerida. A utilização é ampla. Há uma variedade de aplicações domésticas, comerciais e industriais. Embora os ventiladores possam ser utilizados com qualquer gás, na prática o ar está quase sempre presente, seja na forma natural como climatização e ventilação, seja misturado com outros gases, como na exaustão de fornos e sistemas de controle da poluição. Teoricamente, um ventilador pode ser considerado um compressor de ar. Mas a distinção ocorre porque, sendo baixas as pressões de saída, os aspectos termodinâmicos da compressão podem ser desprezados sem grandes erros e a análise pode ser feita apenas com a equação de Bernoulli. Os ventiladores têm como características principais para sua seleção o volume do fluido e a pressão a ser vencida para este deslocamento. Coadjuvantes a estas duas características estão a densidade (peso específico) e a agressividade do fluido deslocado. Embasados nestas informações, advindas do processo do cliente, é executado o projeto para o equipamento. É importante, portanto, a utilização do equipamento nas condições projetadas. Em caso de remanejamento do equipamento, informar ao fabricante para otimização de sua operação. 2. Classificação. Há diversos critérios para classificar os ventiladores. Serão mencionados os mais utilizados. a) Segundo o nível energético de pressão que estabelecem, os ventiladores podem ser: - Baixa pressão: até 2,0 kPa (200 mmCA); - Média pressão: entre 2,0 e 8,0 kPa (200 a 800 mmCA); e

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VENTILADORES

1. Introdução.

Os ventiladores são máquinas que, por meio da rotação de um rotor provido de pás

adequadamente distribuídas e acionado por um motor, permitem transformar a energia

mecânica do rotor em formas de energia potencial de pressão e de energia cinética. Graças à

energia adquirida, o ar torna-se capaz de vencer as resistências oferecidas pelo sistema de

distribuição e fazer a movimentação requerida.

A utilização é ampla. Há uma variedade de aplicações domésticas, comerciais e industriais.

Embora os ventiladores possam ser utilizados com qualquer gás, na prática o ar está quase

sempre presente, seja na forma natural como climatização e ventilação, seja misturado com

outros gases, como na exaustão de fornos e sistemas de controle da poluição.

Teoricamente, um ventilador pode ser considerado um compressor de ar. Mas a distinção

ocorre porque, sendo baixas as pressões de saída, os aspectos termodinâmicos da compressão

podem ser desprezados sem grandes erros e a análise pode ser feita apenas com a equação de

Bernoulli.

Os ventiladores têm como características principais para sua seleção o volume do fluido e a

pressão a ser vencida para este deslocamento. Coadjuvantes a estas duas características estão

a densidade (peso específico) e a agressividade do fluido deslocado. Embasados nestas

informações, advindas do processo do cliente, é executado o projeto para o equipamento. É

importante, portanto, a utilização do equipamento nas condições projetadas. Em caso de

remanejamento do equipamento, informar ao fabricante para otimização de sua operação.

2. Classificação.

Há diversos critérios para classificar os ventiladores. Serão mencionados os mais utilizados.

a) Segundo o nível energético de pressão que estabelecem, os ventiladores podem ser:

- Baixa pressão: até 2,0 kPa (200 mmCA);

- Média pressão: entre 2,0 e 8,0 kPa (200 a 800 mmCA); e

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- Alta pressão: entre 8,0 e 25 kPa (800 a 2500 mmCA); e

- Turbo-compressores: acima de 25 kPa (2500 mmCA).

b) Segundo a modalidade construtiva:

- Centrífugos: nesta modalidade de ventilador o ar entra na caixa ou voluta, paralelamente

ao eixo do motor e é descarregado perpendicularmente à direção de entrada do ar (Figura

1a). O rotor pode ser fabricado com as pás curvadas para rãs, para frente ou radiais com

pás retas (Figura 2); e

- Axiais: o rotor se assemelha a uma hélice, o ar entra e sai do ventilador paralelamente ao

eixo deste (Figura 1b).

Figura 1 – Tipos de ventiladores de acordo com a modalidade construtiva.

Figura 2 – Formas das pás dos ventiladores centrífugos.

Page 3: VENTILADORES.pdf

2.1. Ventiladores axiais.

Os ventiladores axiais formam o grupo ao qual pertencem os ventiladores residenciais comuns,

isto é, usam hélices para produzir o fluxo. As figura 5 a 7 mostram alguns exemplos de

aplicações dessa categoria de ventiladores.

Figura 3 – Ventilador axial residencial.

Figura 4 - Ventilador axial do túnel sob o Canal da Mancha.

Figura 5 - Pequeno ventilador axial para resfriamento de CPU.

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Os tipos principais de ventiladores axiais são:

a) - Axial propulsor. É tipo mais barato para mover grandes volumes de ar a baixas pressões,

sendo freqüentemente utilizado para circulação de ar ambiente (Figura 6a).

Figura 6a – Ventilador axial Propulsor.

b) Axial comum - Possui ampla calota central, que possibilita sua utilização a pressões mais

elevadas. É freqüentemente usado em ventilação de minas subterrâneas e, em algumas

ocasiões, em indústrias. Nesse tipo de ventilador, a forma das pás é muito importante, e eles

não devem ser usados onde haja risco de erosão e corrosão.

Figura 6b – Ventilador axial Comum.

c) Tubo-axial - Trata-se de um propulsor, com pás mais grossas mais largas, colocado dentro de

um tubo, o que permite direta conexão como dutos.

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Figura 6c – Ventilador tubo-axial.

O ventilador tubo-axial é constituído de um rotor axial e uma carcaça tubular que o envolve. O

motor pode ser diretamente conectado ao rotor, estando exposto ao escoamento do gás, ou

colocado sobre a carcaça, acionando o rotor através de polias e correia. O gás insuflado deixa a

carcaça tubular com alta vorticidade, o que impede, algumas vezes, sua aplicação em sistema

onde a distribuição do gás é crítica ou exige a aplicação de retificadores de escoamento. Como

qualquer máquina de fluxo axial, é aplicado em sistemas com grande vazão e baixa pressão.

2.2. Ventiladores centrífugos.

Um ventilador centrífugo consiste em um rotor, uma carcaça de conversão de pressão e um

motor. O ar entra no centro do rotor em movimento na entrada, e acelerado pelas palhetas é

impulsionado da periferia do rotor para fora da abertura de descarga (Figura 7).

Figura 7 – Ventilador centrífugo.

Os tipos principais de ventiladores Centrífugos são:

a) Centrífugo com pás para trás - Possui duas importantes vantagens: 1ª - apresenta maior

eficiência e auto-limitação de potência. Isso significa que, se o ventilador está sendo usado em

sua máxima potência, o motor não será sobrecarregado por mudanças de sistema de dutos. É

um ventilador de alta eficiência e silencioso, se trabalhar num ponto adequado.

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Figura 8a – Ventilador Centrífugo com pás para trás.

b) Centrífugo com pás radiais - Um ventilador robusto, para movimentar efluentes com grande

carga de poeira, poeiras pegajosas e corrosivas. normailmente usado para trabalhos mais

pesados. A eficiência desse tipo de ventilador é baixa e seu funcionamento, barulhento.

Figura 8b – Ventilador Centrífugo com pás radiais.

c) – Centrífugo com pás para frente - Mais eficiente, tem maior capacidade exaustora a baixas

velocidades. Não é adequado para trabalhos de alta pressão nem para altas cargas de poeira,

apresentando problemas freqüentes de corrosão, se mal utilizado.

Figura 8c – Ventilador Centrífugo com pás para frente.

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As Figuras 9 a 12 mostram alguns exemplos de ventiladores centrífugos com diferentes tipos

de rotores.

Figura 9 - Ventilador centrífugo com pás radiais (blower).

Figura 10 - Rotor de ventilador centrífugo de pás radiais.

Figura 11 - Ventilador radial tipo Sirocco (pás curvadas para frente).

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Figura 12 - Rotor de um ventilador centrífugo de pás curvadas para trás.

3. Grandezas características.

Existem certas grandezas importantes para o funcionamento e para o desempenho de

ventiladores. Com uma combinação adequada dessas grandezas, é possível escolher

corretamente o melhor tipo de ventilador para determinadas condições de operação. Por

caracterizarem as condições de funcionamento do ventilador, essas grandezas são conhecidas

como Grandezas Características. São elas:

- Número de rotações por minuto, n, ou velocidade angular (radianos por segundo);

- Diâmetro de saída do rotor, D;

- Vazão, Q;

- Altura de elevação (útil, total de elevação e motriz);

- Potências (útil, total de elevação e motriz);

- Rendimentos (hidráulico, mecânico e total).

3.1. Altura de elevação.

A altura de elevação representa o desnível energético entre dois pontos e é expressa em altura

de coluna fluida.

Altura total de elevação (Ht) - é a energia total cedida pelo rotor do ventilador ao ar. Uma

parte dessa energia, h, perde-se no próprio ventilador por atrito e turbilhonamento (perdas

hidráulicas).

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Altura útil (H) - é a energia adquirida pelo fluido durante a passagem pelo ventilador. É

definida por: H = Ht –h.

Altura motriz de elevação (Hm) – é a energia mecânica fornecida pelo eixo do motor. Como

toda esta energia não é aproveitada para transferir ao ar a energia Ht, uma parte dela se perde

sob a forma de perdas mecânicas, hp, nos mancais e na transmissão por correia. Assim, pode-

se escrever: Hm = Ht + hP.

3.2. Potências.

A potência é a energia fornecida para efetuar trabalho na unidade de tempo. Portanto, a cada

altura de elevação existe uma potência com a mesma designação.

Potência total de elevação (Pott) – é a potência fornecida ao ar pelas pás do rotor.

Potência útil (Potu) – é a potência adquirida pelo ar durante a sua passagem pelo ventilador.

Potência motriz, mecânica efetiva, ainda Brake Horse-Power (Pot) – é a potência fornecida

pelo motor ao eixo do ventilador.

A potência é dada por:

Pot = γ Q H (1)

Onde:

Pot – potência (útil, total ou motriz);

γ – peso específico do fluido;

Q – vazão; e

H – altura de elevação (útil, total ou motriz).

3.3. Rendimentos.

Rendimento é a relação entre potência aproveitada e fornecida. No caso dos ventiladores,

tem-se:

- Rendimento hidráulico (ε) – é a relação entre a potência útil e a potência total.

- rendimento mecânico (ρ) – é a relação entre a potência total e a potência motriz.

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- Rendimento total (η) – é a relação entre a potência útil e a potência motriz, também dado

pelo produto do rendimento mecânico pelo rendimento hidráulico.

- Rendimento volumétrico (Rv) – é estimado pela razão entre o volume de fluido realmente

deslocado pelo ventilador (Q) e a soma desse volume com o que fica continuamente

circulando no interior do ventilador, denominado vazão de fugas (Qf), Rv = Q / (Q + Qf).

4. Especificação dos ventiladores.

Os ventiladores são especificados segundo: (a) vazão de ar fornecida e (b) pressão total

aplicada ao ar (Pt). A vazão é o volume de ar fornecido pelo ventilador por unidade de tempo.

Já a pressão total aplicada ao ar indica a energia total recebida pelo ar, e, é graças a ela que o

ar pode escoar ao longo de tubulações ou dutos e vencer as resistências encontradas no

caminho. A pressão total pode ser dividida em duas parcelas, ou seja, pressão estática (Pe) e

pressão dinâmica (Pd), Pt = Pe +Pd.

Ao mencionar a potência do ventilador nos catálogos dos fabricantes, normalmente se está

referindo à potência motriz. A pressão fornecida ao ar deve ser maior que as quedas de

pressão que ocorrem nos dutos de distribuição do ar, nas chapas perfuradas, além das demais

resistências encontradas pelo fluido ao longo do trajeto.

4.1. Renovação de ar em um ambiente.

A American Society of Heating Refrigerating and Air Conditioning Engineering (ASHRAE) sugere

alguns critérios para projetos gerais de ventilação de ambientes, os quais são apresentados a

seguir:

1º Passo: De acordo com o ambiente, determinar o número necessário de renovações de ar no

recinto por hora (Tabela 1).

2º Passo: Determinar o tamanho (volume) do ambiente a ser ventilado.

3º Passo: Determinar a vazão do ventilador/exaustor.

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Tabela 1 – quantidade de renovações de ar necessária para uma boa ventilação do ambiente.

Exemplo: Selecione um ventilador/exaustor para a renovação de ar em um galpão de 300 m2

de área e com um pé direito de 4 m, utilizado para a manutenção e fabricação de peças.

Solução:

1º Passo: De acordo com a Tabela 1, número necessário de renovações de ar no recinto por

hora é de 8 a 12. Para garantir uma boa ventilação, utilizaremos o limite superior (N = 12

renovações por hora).

2º Passo: De acordo com as dimensões do ambiente, o tamanho (volume) do ambiente a ser

ventilado e de V = 4 x 300 = 1200 m3.

3º Passo: A vazão do ventilador/exaustor é dada por: Q = N xV, logo:

Q = 12 x 1200

Q = 14.400 m3/h

Conhecendo-se a vazão necessária e a pressão estática, ou altura manométrica, pode-se

consultar os catálogos dos fabricantes para, através das curvas características, ou tabelas

como a mostrada abaixo, determinar o ventilador que atenderá a demanda.

Tabela 2 – ventiladores axiais para exaustão e/ou ventilação forçada de ar em ambientes

(pressão estática de até 12 mmCA).

Fonte: www.jacare.ind.br.

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Se as perdas de cargas induzidas pela utilização de grades e pelos dutos não ultrapassarem 12

mmCA, o ventilador com diâmetro de 60 cm e com 10 pás, oferecido por este fabricante,

atenderá às necessidades especificada.

5. Curvas características dos ventiladores.

Apesar das equações disponíveis e de vários fundamentos físicos, não é fácil estudar a

interdependência entre as grandezas características dos ventiladores baseando-se em

considerações puramente teóricas. Em vista disso, recorre-se a ensaios de laboratório que

permitem expressar a variação de uma grandeza em função de outra, em forma de gráficos,

possibilitando fácil e rápida escolha do ventilador e análise de seu comportamento em função

das variações nas grandezas representadas. As curvas que representam a dependência entre

duas grandezas, uma vez fixadas as demais, são denominadas Curvas Características, e as mais

importantes são:

- Para um valor n (RPM) constatne, variação das grandezas Ht, Potm e ηηηη em função da

vazão (Q); e

- Variação das grandezas Ht, Q, Potm e ηηηη em função de rotações n (rpm).

A Air Moving and Conditioning Association (AMCA) padronizou os testes para ventiladores

(Figura 13).

Figura 13 – Normalização para obtenção de curvas características de ventiladores.

Na Figura 14 é apresentada uma curva característica para um ventilador comercial.

Page 13: VENTILADORES.pdf

Figura 14 – Curva característica de um modelo de ventilador centrífugo.

5.1. Curva característica do sistema.

Determinadas todas as quedas de pressão nos diversos componentes do sistema, em função

da vazão de ar, é possível traçar esses dados em um gráfico, H x Q, que é denominado curva

Característica do Sistema.

Page 14: VENTILADORES.pdf

Como mencionado anteriormente, para vencer essas forças de resistência, o ventilador deverá

fornecer uma quantidade de energia que se perderá. Deve-se, portanto, sobrepor a curva

característica principal do ventilador, H = f (Q), à curva característica do sistema. O ponto de

encontro das duas curvas fornecerá as raízes comuns às equações das duas funções,

caracterizando, portanto, os valores de Q e Ht com os quais o ventilador associado àquele

determinado sistema irá operar (Figura 15).

Figura 15 – Determinação do ponto de funcionamento de um ventilador em um sistema.

5.2. Associação de ventiladores.

Associação em série: é utilizada quando não queremos alterar a vazão, mas aumentar a

pressão fornecida pelos ventiladores. Para cada vazão na curva característica do ventilador,

somam-se as pressões de cada ventilador.

Associação em paralelo: é utilizada quando não queremos alterar a pressão, mas aumentar a

vazão fornecida pelos ventiladores. Para cada pressão na curva característica do ventilador,

somam-se as vazões de cada ventilador.

6. Cuidados na montagem.

6.1. Transporte.

Todos os equipamentos, antes do despacho, são visualmente controlados quanto a sua

construção e acabamento, sendo rigorosamente testados em operação, observando-se o

funcionamento de todas as peças e acessórios envolvidos em sua fabricação e montagem.

Existe, no entanto, a possibilidade de ocorrer algum dano quando do transporte. Devido a tal

fato a unidade deverá ser inspecionada pelo cliente no recebimento e qualquer irregularidade

comunicada ao fabricante.

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Para o transporte das peças e equipamentos devem ser evitados pontos de suspensão ou

sustentação, tais como: Rotores, Hélices, Motores, Registros, Mancais, Eixos e etc. Deverão

sempre, obrigatoriamente, ser utilizados os olhais de içamento e somente em último caso os

furos dos flanges. Não permitir que ocorram quaisquer tipos de choques ou danos

provenientes de um mau transporte, pois poderão ocasionar desalinhamento de bocais,

flanges e conseqüentemente problemas de montagem.

6.2. Armazenagem.

Caso os equipamentos não sejam imediatamente instalados, recomendamos armazená-los em

local seco, isento de poeiras, gases e fumos corrosivos. Se devido às condições do local ou

mesmo porte do equipamento envolvido isso não se mostrar viável, deve-se, pelo menos:

- cobrir o equipamento e/ou acessórios com lona impermeável.

- calçar e bloquear o rotor/hélice de modo a evitar movimentos abruptos.

- não depositar sobre o equipamento e/ou acessórios qualquer material.

Após 15 (quinze) dias de armazenamento tomar os seguintes cuidados:

- preencher os mancais completamente com graxa.

- aplicar óleo de alta viscosidade ou anticorrosivo nas partes usinadas, tais como eixo,

acoplamento etc.

- girar o rotor 450 º semanalmente.

6.3. Fundação.

Através de desenhos específicos fornecidos, podem-se obter as dimensões básicas necessárias

ao preparo das fundações, sempre considerando as próprias características do local de

implantação, assim como, os valores informados das cargas representadas pelos

equipamentos.

A influência da transmissão das vibrações e choques para o piso ou estruturas e vice-versa

deverão também ser devidamente analisadas, a fim de estabelecer a necessidade ou não da

utilização de Amortecedores de Vibração. Observar que coxins de borracha e/ou molas são de

aplicação complexa em ventiladores e dependem, para seu efeito pleno, de fatores como a

distribuição de cargas de forma simétrica, grau de rigidez (ou liberdade) da base metálica e

freqüência de trabalho. Por este motivo não recomendamos a utilização destes artifícios sem

antes contatar o fabricante.

Page 16: VENTILADORES.pdf

Observa-se também nesses casos uma emissão de ruídos através das estruturas rigidamente

ligadas ao equipamento, tornando-se elas mesmas fontes de ruído. Tal aspecto negativo

poderá ser anulado com a implantação de Colarinhos Flexíveis nas conexões do ventilador.

Os ventiladores centrífugos simplesmente apoiados sobre piso necessitam repousar sobre uma

base bastante sólida e rígida, com pelo menos 100 mm maior no seu contorno, evitando assim

trincas quando do aperto dos chumbadores. Estruturas e suportes metálicos não são

recomendados, porém se necessário, devem ser adequadamente projetadas para suportar as

cargas estática e dinâmica, bem como devem levar em consideração a freqüência da máquina.

Nos pontos de base onde deverão ser fixados os chumbadores ou parafusos deve ser feito, se

possível, um furo um pouco maior, deixando um círculo de aproximadamente 30 mm de raio

para posterior regulagem da sua correta posição.

Caso não seja possível a furação deverá ser feita observando-se as tolerâncias dimensionais

estabelecidas por normas.

Os tipos de fixações normalmente utilizados em ventiladores são mostrados na Figura 16.

Figura 16 – Tipos de fixação utilizados para ventiladores.

6.4. Assentamento e Conexões.

Os ventiladores centrífugos deverão ser instalados na posição apropriada às fundações, de

modo que fiquem na posição correta (conforme desenho). Os equipamentos devem ser

nivelados com o auxílio eventual de calços, até que recebam os chumbadores ou parafusos nos

devidos furos. Somente após esse procedimento é que os elementos de fixação deverão ser

apertados.

Com o conjunto firmemente fixado à posição de operação, verificar:

- Correto nivelamento do eixo do rotor;

Page 17: VENTILADORES.pdf

- Mancais quanto ao alinhamento, lubrificação, aperto do colar e folgas;

- Existência de folga entre Rotor/Cone já que o primeiro deve girar livremente.

- Aperto adequado do parafuso de fixação da chaveta do rotor;

- Correta fixação de elementos de transmissão tais como:

Polias/Chavetas/Parafusos/etc.;

- Alinhamento e tensão de Correias (eventuais correções pelos Trilhos/Esticadores);

- Fixação correta do Motor Elétrico.

As conexões aos dutos para ambos os tipo de ventiladores deverão ser feitas somente após os

mesmos estarem prontos para entrar em operação. Não devem ser forçados os flanges que

não encaixam, pois poderá ocorrer uma distorção/deformação da carcaça ou desalinhamento

nos próprios dutos.

Na hipótese de utilização do aparelho em altas temperaturas, devem ser previstas vedações

eficientes e juntas de expansão adequadas no sentido de evitar esforços adicionais nos dutos,

registros ou no próprio ventilador.

Não submeta de forma alguma o ventilador a esforços desnecessários. Dutos, Filtros,

Chaminés, etc., não deverão jamais ser suportados pela carcaça do mesmo.

6.5. Cones de entrada de Ventiladores Centrífugos.

Mesmo na maioria dos casos, enviados montados na carcaça, por serem de suma importância

para que se atinja a performance do equipamento, faz-se necessário a checagem das folgas de

montagem, conforme ilustração abaixo. As medidas correspondentes ao seu equipamento

encontram-se no desenho de conjunto do equipamento.

Figura 17 – Folgas de montagem necessárias para o bom funcionamento do ventilador.

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6.6. Registros de Ventiladores Centrífugos.

6.6.1. Veneziana retangular com pás paralelas.

Para utilização em caixas de entrada de ar (Inlet Box ), freqüentemente para controle de vazão

ou também usado na função de isolamento do equipamento para partida. Tem como princípio

o turbilhonamento do ar na entrada do rotor e além do controle de vazão propicia uma

considerável economia energética.

6.6.2. Veneziana retangular com pás opostas - Ventiladores Centrífugos.

Utilizado na descarga dos ventiladores, tendo como principal função o isolamento do

equipamento para partida. Pode ser utilizado também como controlador de vazão, embora

com menos eficiência que o de palhetas paralelas na entrada, principalmente para grandes

restrições de vazão, não propiciando ganhos energéticos.

6.6.3. Veneziana radial - Ventiladores Centrífugos.

Freqüentemente utilizado no controle de vazão e também usado na função de isolamento do

equipamento para partida. Tem como princípio o ciclonamento do ar na entrada do rotor e

além do controle de vazão propicia uma economia energética maior ainda que o de pás

paralelas.

6.7. Acoplamentos.

6.7.1. Acoplamento Direto.

No caso de transmissão com relação de velocidade, é usual também o acoplamento direto

através de redutores.

Figura 18 – cuidados no alinhamento de acoplamentos diretos.

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Cuidados: Alinhar cuidadosamente as pontas de eixos, usando acoplamento flexível, sempre

que possível.

6.7.2. Acoplamento por Engrenagens.

Acoplamentos por engrenagens mal alinhadas dão origem a solavancos, os quais provocam

vibrações na própria transmissão no motor.

Cumpre cuidar, portanto, para que os eixos fiquem em alinhamento perfeito, rigorosamente

paralelo no caso de engrenagens retas e em ângulo certo no caso de engrenagens cônicas ou

helicoidais.

O engrenamento perfeito poderá ser controlado com inserção de uma tira de papel, na qual

apareçam, em uma volta, o decalque de todos os dentes.

6.7.3. Acoplamento por meio de Polias e Correias.

Quando uma relação de velocidade é necessária, a transmissão por correia é a mais

freqüentemente utilizada.

Montagem de Polias: Para montagem de polias em pontas de eixo com rasgos de chaveta e

furo roscado na ponta, a mesma deve ser encaixada até na metade do rasgo da chaveta

apenas com esforço manual do montador.

Para eixos sem furo roscado, recomenda-se aquecer a polia até cerca de 80ºC ou utilizar

dispositivos adequados.

Deve-se evitar o uso de martelo na montagem de polias e rolamentos, pois utilizando-se este

processo, no caso dos rolamentos, poderá ocorrer marcas na pista dos mesmos. Estas marcas,

inicialmente são pequenas, porém podem evoluir a ponto de inutilizar totalmente o

rolamento.

O posicionamento correto da polia é mostrado na figura abaixo.

Figura 19 – Posicionamento correto da polia.

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Observação: Evitar esforços radiais desnecessários nos mancais, situando os eixos paralelos

entre si e as polias perfeitamente alinhadas.

Correias que trabalham lateralmente enviesadas transmitem batidas de sentido alternante ao

rotor e poderão danificar os encostos do mancal. O escorregamento da correia poderá ser

evitado com aplicação de um material resinoso, como o breu por exemplo.

A tensão na correia deverá ser apenas suficiente para evitar o escorregamento no

funcionamento, conforme figura abaixo.

Figura 20 – Transmissão por correias.

6.8. Alimentação Elétrica.

Certifique-se de obter da rede elétrica uma freqüência com mínima oscilação possível e uma

tensão que não ultrapasse limites de + 10%. Para o sistema de arranque recomenda-se no

mínimo uma proteção contra o curto circuito e sobrecarga, através de fusíveis e relês térmicos

adequados.

Atente-se no caso para as normas fixadas pelas companhias de fornecimento de energia, bem

como as recomendações dos fabricantes a respeito dos equipamentos a utilizar. Uma proteção

adicional por meio de um relê contra falta de fase e subtensão seria também desejável.

6.9. Ventilador Axial – Preparação para partida.

Siga as recomendações, quando aplicável:

- Lubrificar o eixo, chaveta e furos;

- Colocar a hélice no lugar, sem forçar, pois os ajustes são deslizantes;

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- Fixar bem o parafuso central, com uma arruela central e uma de pressão.

- Verificar a folga entre a hélice e a carcaça, antes de ligar, certificando-se se estão equânimes,

ou seja, sem diferenciação.

7. Cuidados na operação.

7.1. Rotor / Hélice

Certifique-se realmente que o rotor gira livremente quando acionando manualmente, ou seja,

qualquer ruído ou bloqueio eventual deverá ser verificado e completamente eliminado. O

rotor deverá estar centrado na carcaça e perfeitamente posicionado em relação aos bocais.

7.2. Parte interna da carcaça

Verifique a existência de algum corpo estranho ou restos de material no interior da carcaça do

ventilador, dutos ou registros.

7.3. Parte externa da carcaça

Assegure-se de que todos os parafusos e porcas estejam bem fixados. Apesar de ser

responsabilidade do fabricante, as vibrações e esforços produzidos durante o transporte,

montagem e instalação, poderão causar folga no aperto de alguns componentes.

7.4. Registros

Feche todos os registros da linha, se existentes, de modo que a primeira partida do sistema

seja com o ventilador operando “em vazio”.

7.5. Partida do equipamento

1- Verificar se o motor está devidamente aterrado.

2- Observar se as ligações elétricas do motor estão de acordo com o esquema de ligação

impresso na placa de identificação e confirmar se todos os parafusos e porcas dos terminais

estão devidamente apertados.

3- Antes de acionar o Motor Elétrico observar atentamente as instruções do respectivo

fabricante.

Page 22: VENTILADORES.pdf

4- Após tais procedimentos verificar o correto sentido de rotação, ligando e desligando

rapidamente o motor. O sentido de rotação do rotor/hélice deve ser compatível com a seta

indicativa fixada na lateral da carcaça. Caso não haja coincidência a correção poderá ser

efetuada mediante simples inversão de ligação de dois dos terminais de conexão com a rede

de alimentação.

5- Dar novamente partida, desligar quando o aparelho atingir a rotação nominal e deixá-lo

girar até chegar ao estado de repouso. No período decorrido entre partida/repouso constatar

a ausência de ruídos e vibrações anormais.

7.6. Precauções

1 - Partir novamente o conjunto e, depois de atingida a rotação nominal, certificar-se que

corrente e tensão estão corretas. Desligar após 05 minutos de operação na citada rotação e

avaliar:

1.1- Aperto das porcas dos chumbadores/elementos de fixação no caso de axiais;

1.2- Aperto do parafuso de fixação da chaveta do rotor/hélice;

1.3- Posição da chaveta acima citada;

1.4- Folga entre rotor e cone de entrada/hélice e carcaça;

1.5- Acionar novamente o conjunto por um período de 01 hora observando:

- Aparecimento de ruídos e/ou vibrações anormais;

- Aquecimento excessivo do motor elétrico;

- Aquecimento excessivo dos mancais/rolamentos. A fricção inicial poderá causar aquecimento

acima do esperado. O mesmo será normal caso consiga-se segurar o mancal por 05 segundos.

Rolamentos lubrificados à graxa podem operar com temperatura de até 90ºC. Caso a mesma

esteja acima de 90ºC a Ventec Ambiental deverá ser comunicada imediatamente, sendo que, a

operação deverá ser interrompida de imediato caso a citada temperatura atinja 110ºC.

1.6- Compare a corrente absorvida pelo motor nas três fases com aquela indicada na placa do

mesmo. Em regime contínuo, sem oscilação de carga na corrente absorvida, o número não

deve exceder ao valor da corrente nominal vezes o fator de serviço indicado na citada placa.

1.7- Os registros, quando existentes, deverão ser abertos individualmente e lentamente,

observando-se ao mesmo tempo, criteriosamente, o valor da corrente absorvida. Finda tal

operação o ventilador estará operando sob carga.

O valor final da corrente absorvida nas três fases não deverá ultrapassar o limite estabelecido

em 1.6.

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1.8- Findo tal período de 01 hora desligar, aguardar repouso total e repetir os procedimentos

citados em 1.1 à 1.4.

1.9- Ao término dos procedimentos acima o equipamento estará apto a operar de forma

contínua em regime normal de operação. Recomenda-se, no entanto, por medida de

segurança:

1.10- Nas primeiras 08 horas de operação aferir a temperatura dos mancais de hora em hora;

1.11- Após 72 horas de operação alinhar e tencionar corretamente as correias, assim como,

repetir os procedimentos citados em 1.1 à 1.4.

8. Cuidados na manutenção.

As máquinas rotativas devem ser inspecionadas a intervalos regulares. A freqüência dessas

inspeções se estabelece de acordo com as características de uso, grau de utilização e tipo de

aplicação.

Ventiladores são fabricados em uma extensa gama de modelos e para uma grande variedade

de aplicações, sendo que a forma e o período de manutenção variam, portanto, de caso para

caso.

Como demonstrado anteriormente foram fornecidos a V.Sas. todos os dados necessários para

estabelecer um perfeito Programa de Manutenção. Cabe, entretanto, anotar as

recomendações que abaixo faremos:

8.1. Vibrações

A maioria dos ventiladores tem seu rotor balanceado estática e dinamicamente. No entanto,

se o rotor trabalha em meio de material abrasivo ou em meio de material que se prenda as

suas pás, haverá alteração das condições originais de balanceamento. A conseqüência será o

aparecimento de vibrações, implicando na imediata redução da vida útil dos rolamentos.

Sempre que surgirem vibrações o ventilador deverá ser retirado de operação e sofrer um

exame no seu rotor/hélice. Se este tiver sofrido desgastes, mas se estiver aproveitável, deverá

ser novamente balanceado antes de remontado. Se for verificada a existência de material

aderido ao rotor, uma boa limpeza deverá solucionar o problema.

As vibrações poderão, no entanto, ser de natureza aerodinâmica, causada por uma turbulência

do fluxo de ar ou gás. Condições de aspiração desaconselháveis, tais como uma parede

próxima e frontal ao ventilador, uma curva de aspiração com raio muito pequeno etc.,

poderão causar esta turbulência.

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Também se o cálculo da resistência de um sistema não estiver correto poderá surgir esse

fenômeno e a solução a adotar será a de diminuir essa resistência removendo registros

desnecessários, aumentando a área de descarga, raios de curvas, etc...

8.2. Desmontagem do Rotor / Hélice

Inicialmente retire o parafuso e arruela da ponta do eixo, utilizando para desmontagem do

rotor um extrator adequado, caso seja necessário.

Para remontagem unte com óleo a ponta do eixo e introduza o máximo possível o rotor/hélice

com a mão. Coloque a chaveta em sua posição e com o auxílio do parafuso prisioneiro de

encosto introduza o restante do cubo.

8.3. Carcaça

Todas as portas de inspeção devem estar hermeticamente vedadas. Vazamentos eventuais

devem ser reparados imediatamente.

Renovar a pintura externa sempre que necessário, a fim de evitar corrosão.

8.4. Mancais e Rolamentos

Devido ser um componente fabricado por terceiros, quaisquer informações mais específicas

devem ser solicitadas ao fabricante.

Para orientação, no entanto, reproduzimos a seguir algumas instruções importantes e que na

maioria das situações satisfazem plenamente todos os requisitos de manutenção.

A finalidade de manutenção no caso de rotores/hélices é prolongar o máximo possível a vida

útil do sistema de mancais. A manutenção abrange:

a) Observação do estado geral em que se encontram os mancais.

b) Lubrificação e limpeza.

c) Exame mais minucioso dos rolamentos.

O ruído nos mancais deverá ser observado em intervalos regulares de 30 à 60 dias. Um ouvido

bem treinado é perfeitamente capaz de distinguir o aparecimento de ruído anômalo, mesmo

empregando meios muito simples (uma chave de fenda, etc.), sem necessidade de recorrer a

cornetas acústicas ou estetoscópios comumente encontrados no mercado. Um zumbido

uniforme é sinal de que o rolamento está trabalhando em perfeitas condições.

O controle da temperatura num mancal também faz parte da manutenção de rotina. Estando o

mancal lubrificado corretamente, a sobre-elevação de temperatura normal não deverá

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ultrapassar 60º C.A temperatura poderá ser controlada permanentemente com termômetros

colocados do lado de fora do mancal ou com termo elementos embutidos.

A relubrificação dos rolamentos é feita pôr ocasião das revisões gerais, quando os mancais são

desmontados.

Com os mancais desmontados e sem remover os rolamentos do eixo, deve-se retirar toda a

graxa e lavar os rolamentos com óleo diesel, querosene ou outro diluente até ficarem

completamente limpos. Depois da lavagem, preencher imediatamente com graxa os espaço

existente entre as esferas ou rolos e as gaiolas dos rolamentos.

Nunca fazer girar os rolamentos secos após a lavagem. Para inspecioná-los colocar algumas

gotas de óleo de máquina.

Na realização dessas operações recomenda-se o máximo cuidado com a limpeza a fim de

evitar qualquer penetração de detritos e poeiras, que poderiam causar danos aos núcleos.

Observar que será necessário, na retirada da tampa do mancal, calçar o eixo.

A desmontagem dos rolamentos não é difícil, desde que sejam utilizadas ferramentas

adequadas (extrator de rolamentos). As garras do extrator deverão ser aplicadas sobre a face

lateral do anel a ser desmontado ou sobre uma adjacente.

É essencial que a montagem dos rolamentos seja efetuada em condições de rigorosa limpeza e

por pessoal competente, para assegurar um bom funcionamento e evitar danos.

Rolamentos novos somente deverão ser retirados da embalagem no momento de serem

montados. Antes da colocação do rolamento novo será necessário verificar se o encaixe

apresenta sinais de rebarba ou sinais de pancada.

Os rolamentos não podem receber golpes diretos durante a montagem. O apoio para prensar

ou bater o rolamento deve ser aplicado sobre o anel interno.

8.5. Correias

Toda a correia tem uma determinada vida útil e esta varia diretamente em função de sua

aplicação. A verificação dessa vida útil deve ser visual, ou seja, no aparecimento de desvios,

torções ou desfiamentos deve ser efetuada a substituição.

Recomenda-se que após a substituição seja verificado com critério o alinhamento e tensão das

peças novas.

8.6. Lubrificação

Abordaremos neste tópico a utilização de graxa como lubrificante, por atender a grande

maioria dos casos.

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A graxa á base de lítio com consistência (NGLI) 2, aditivada com anti-oxidantes.

A quantidade inicial de graxa vai de 1/3 do volume livre da caixa do mancal quando a rotação

do equipamento ultrapassa 50 % da máxima rotação admissível pelo rolamento ou 2/3 quando

isto não acontecer. Observe que o excesso de graxa pode levar a superaquecimento dos

mancais.

O intervalo de lubrificação é de 700 (setecentas) horas.

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8.7. Lista de Causas e Efeitos

A - Aumento de vibração B - Superaquecimento dos mancais C - Danificações dos rolamentos D - Sobrecarga no motor na partida E - Sobrecarga no motor em operação F - Redução da carga no motor em operação G - Redução na capacidade e/ou eficiência do ventilador H - Ruído excessivo

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7.10. Lista de sobressalentes para 02 anos de operação

Equipamentos mecânicos estão sujeitos a falhas. Portanto, é convenientes termos sempre em

estoque algumas peças de reposição. A seguir, são passadas algumas recomendações de um

fabricante de ventiladores para as peças que se deve ter em estoque para a manutenção de

ventiladores para dois anos de operação do equipamento.

Para ventiladores acionamento direto Arranjo 4:

- 01 rotor/Hélice

Para ventiladores acionamento indireto Arranjo 3 e 12:

- 01 conjunto rotor e eixo

- 02 mancais

- 02 rolamentos

- 02 buchas

- 01 jogo de correias

Para ventiladores acionamento direto Arr 8:

- 01 conjunto rotor e eixo

- 02 mancais

- 02 rolamentos

- 02 buchas

- 01 Acoplamento elástico

Nota: Vide dados técnicos no desenho de conjunto (seção 9).

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9. EXEMPLOS DE DESENHOS DOS EQUIPAMENTOS

A seguir, são mostrados alguns exemplos de equipamentos.

9.1. Ventilador Centrifugo Arranjo 4 - Rotor acoplado diretamente na ponta de eixo do

motor.

9.2. Ventilador Centrífugo Arranjos 3 e 12 - Acionados por polias e correias.

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9.3. Ventilador Centrífugo Arranjos 7 e 8 - Acionados com acoplamento elástico

(rotação direta do rotor).

9.4. Ventilador Axial – Arranjo 4.

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9.5. Ventilador Axial – Arranjo 9.

Referências.