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VISÃO DOS EMPRESÁRIOS DO 1 O SEMESTRE DE 2018 E EXPECTATIVAS PARA O 2 O SEMESTRE JULHO 2018

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Visão dos empresários do 1o semestre de 2018 e

expectatiVas para o 2o semestrejulho 2018

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Duas semanas de greves dos caminhoneiros que afetaram o abastecimento de alimentos, combustíveis e bens de consumo em geral no país. Um mês de Copa do Mundo, com impactos já esperados sobre o movimento no comércio, principalmente nos cinco jogos do Brasil. E sobretudo as incertezas que rondam o xadrez eleitoral, ainda à espera da definição de quais candidatos seguirão no intuito de disputar o voto e a chance de governar um país que ainda sente os efeitos de uma crise econômica recém superada e nunca conheceu tantos casos de corrupção. Muitos são os fatores que dificultam a melhor expectativa do empresariado no Brasil, especialmente na segunda metade de 2018.

No último mês de junho, o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário, divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), marcou 46,4 pontos, menor nível em oito meses, período em que sempre registrou marcas acima de 50 pontos. O resultado reflete as paralisações dos caminhoneiros, o que reforçou a percepção negativa dos empresários e ajuda a explicar por que a maioria deles não acredita numa melhora do quadro econômico no segundo semestre.

Neste mesmo sentido, um estudo encomendado pela

CNDL e pelo SPC Brasil revela que metade dos empresários

brasileiros não acredita em qualquer crescimento

econômico para o Brasil nos próximos seis meses de

2018, o que impactaria principalmente em um ritmo

fraco de vendas e uma situação financeira desfavorável

para gerir os negócios. A pesquisa também mostra que,

em virtude dessas incertezas, a classe empresarial deve

manter o quadro de colaboradores e também manifesta

grande preocupação com o potencial de impacto das

eleições de outubro, com o aumento do custo de vida das

famílias, com as taxas de juros e com o desemprego.

Para chegar a essas e outras conclusões, foram

entrevistados 827 empresários de todos os portes, dos

segmentos de comércio e serviços de capitais brasileiras

e cidades do interior, entre os dias 25 de junho e 11

de julho de 2018. O estudo investigou a avaliação e

a percepção dos empresários em relação ao atual

cenário econômico e à situação financeira da empresa

no primeiro semestre de 2018. Além disso, também

identificou as expectativas dos empresários em relação

à economia brasileira, à situação financeira e aos planos

dos empresários para o segundo semestre de 2018.

metade dos empresários brasileiros não acredita que a economia Vai crescer no segundo semestre deste ano

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Visão do 1o semestre

de 2018

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maioria dos empresários aValia que economia brasileira ViVeu um momento pior no 1º semestre deste ano em relação a 2017

Os empresários brasileiros encerraram a primeira metade do ano com a percepção de que o ritmo da economia diminuiu, e com ela, piorou o desempenho das vendas em relação ao ano passado. De acordo com o estudo, 47,6% dos empresários entrevistados avaliam que a performance econômica do Brasil durante o primeiro semestre de 2018 ficou aquém da observada em 2017 – resultado 7,2 pontos percentuais superior ao do ano passado, sobretudo entre os empresários do interior (50,7%). Para outros 28,1%,

porém, as condições gerais da economia permanecem iguais, enquanto que para 21,2%, estão melhores.

Num diagnóstico de que a economia vem afetando os negócios, 35,8% dos entrevistados consideram que o quadro financeiro de sua empresa nos primeiros seis meses deste ano piorou frente a 2017. Por outro lado, um número menor de empresários avalia que a situação está igual (34,8% em 2018, contra 42,6% no ano passado), e um contingente menor entende que a

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economia melhorou ― 26,2%, com um aumento de 4,7 pontos percentuais ante 2017.

No rol de motivações que levam a uma percepção de piora da situação financeira da empresa, 57,8% dos empresários brasileiros disseram não ter registrado bons resultados de vendas, principalmente os comerciantes (64,5%), ao passo que 29,1% acreditam que os custos da companhia se ampliaram, 19,6% culparam o aumento da concorrência, e outros 18,6% creditam esse diagnóstico a maior inadimplência de seus clientes – percentual maior que o registrado em 2017 (12,0%).

Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a atividade econômica não reagiu na intensidade

necessária esperada para melhorar os indicadores de desemprego e renda da população. “Dessa forma, como a economia não melhorou e sofreu uma desaceleração no ritmo de retomada, as pessoas têm a sensação de que o cenário permanece ruim. E a pesquisa mostra essa percepção: a maior parte dos empresários vem sentindo isso em seus negócios por conta da demanda menor de consumo”, avalia.

Em outra frente, no entanto, também há os empresários que enxergaram uma melhora no cenário financeiro do negócio, seja por terem registrado um aumento na carteira de clientes (43,3%), por conta das vendas maiores (38,7%), ou por que aprimoraram a gestão dos negócios (29,0%).

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quase três em cada dez empresários afirmam ter passado meses operando com as contas no Vermelho

Nem tudo são flores, contudo, em tempos de uma recuperação lenta da economia no contexto brasileiro. Dessa forma, quase três em cada dez entrevistados (28,3%) afirmam que ficaram muitos meses com as contas no vermelho, 27,8% tiveram que reduzir o mix de produtos e serviços vendidos, enquanto 11,6% tomaram crédito ao longo do primeiro semestre e 10,3%

tiveram o CNPJ registrado em órgãos de proteção ao crédito por incapacidade de manter as contas em dia.

Nesse quesito da necessidade de reduzir a diversificação de produtos em função da menor procura por consumo, o setor de comércio foi o que mais sofreu, já que 30,8% dos entrevistados do segmento relataram ter

Considerando o cenário geral da empresa ao longo do primeiro semestre, 45,7% dos entrevistados conseguiram ampliar a base de clientes, 27,3%

conseguiram fazer reserva financeira e 25,2% aumentaram o tamanho e/ou investiram no negócio.

% respostas sim

cenário geral da empresa no 1º semestre de 2018

Conseguiu aumentar o número de clientes

Ficou muitos meses com as contas no vermelho

Teve que reduzir o mix de produtos/serviços vendidos

Fez reserva financeira

Conseguiu aumentar o tamanho da empresa e/ou fazer investimentos no negócio

Tomou crédito ao longo do semestre

A empresa foi registrada num órgão de proteção ao crédito (SPC, Serasa, Boa Vista) por não conseguir pagar todas as

contas em dia

28%

46%

27%

25%

12%

10%

28%

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vivenciado essa situação, contra 24,6% de empresários do setor de serviços. Em outra vertente, o segmento de serviços se destacou como o que mais conseguiu aumentar o tamanho das empresas e/ou investir no negócio (29,6%, contra 21,0% do comércio).

Já quando o assunto pesquisado foram os compromissos financeiros da empresa, 12,7% dos entrevistados disseram que estão sem pagar seus impostos, 8,3% as contas de luz e 7,9% dívidas junto aos fornecedores.

No caso dos que possuem cada um dos compromissos financeiros listados, 13,2% estão com os tributos atrasados.

No ranking das contas com os maiores tempo médio de atraso estão as pendências do INSS e FGTS dos funcionários (6,8 meses), seguidos pelos débitos em bancos e demais instituições financeiras (6,7 meses) e tributos (6,5 meses).

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Entre os empresários que tiveram seu CNPJ negativado e souberam reportar o valor das dívidas atrasadas, 20% tem dívidas até R$ 20.000,00. Entretanto, 60,0%, não souberam afirmar o valor total. Quando questionados se planejam limpar o nome da empresa, no entanto, 77,6% responderam positivamente, sendo que a maior parte (38,8%) pretende fazê-lo ainda nos próximos três meses, e outros 20,0% ainda não têm uma previsão.

Já quando perguntados se tiveram que cortar ou ajustar o orçamento de sua companhia, 48,7% dos entrevistados responderam ter feito algum ajuste no primeiro semestre de 2018, contra 42,8% em igual intervalo do ano passado. Entre os que fizeram cortes nas despesas da empresa, 37,7% diminuíram gastos

com fornecedores com compras para recomposição de estoque, 27,0% reduziram gastos de luz, água e gás, e outros 24,8% reduziram as contas de telefone fixo e/ou celular.

Mas além de custos fixos, as demissões também foram uma realidade constatada entre as empresas ouvidas pelo estudo: 36,5% cortaram funcionários, sendo demitidos, em média, 2,6 colaboradores por empresa. Após os desligamentos, 41,5% dos entrevistados disseram que tiveram que redistribuir as atividades entre outros membros da equipe, 29,6% assumiram pessoalmente as atividades e 25,4% não mudaram a forma de trabalho.

49% fizeram cortes ou ajustes no orçamento no 1º semestre

entre os que tiVeram que demitir em 2018,

a média de cortes de colaboradores

foi de 2,6 por empresa

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A pesquisa também mostrou que 41,5% dos empresários brasileiros realizaram os planos previstos para a empresa na primeira metade deste ano, sendo que 21,8% realizaram de forma parcial e 19,7% de forma integral. Outros 30,8% tiveram que adiar seus planos empresariais, sendo que 21,6% adiaram todos os planos por tempo indeterminado e 9,2% deixaram para o 2º semestre,

sobretudo empreendedores da região Norte (20,6%). Entre os planos realizados pela empresa, 27,7% dos empresários responderam que fizeram uma grande reforma e/ou melhoraram a estrutura de seu negócio ― sobretudo no setor de serviços (33,5%) ―, 26,5% aumentaram as vendas, 21,6% compraram e/ou modernizaram equipamentos, 19,2% pagaram as dívidas e equilibraram as contas e 14,0%

31% dos empresários adiaram os planos preVistos para o 1º semestre. três em cada dez alegaram falta de recursos financeiros

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lançaram produtos ou serviços novos.

Já entre os planos que não puderam ser realizados pela empresa, 30,8% não conseguiram ampliar as vendas, 29,0% não fizeram uma reforma ou melhoraram a estrutura do negócio ― sobretudo no interior do país ― e 16,6% não puderam comprar e/ou modernizar seus

equipamentos. Quando perguntados sobre a razão de não terem concretizado seus planos de investimento, 30,8% dos empresários disseram não ter tido recursos financeiros próprios, outros 29,7% estavam com o orçamento apertado ― especialmente no setor de comércio (34,8%) ― e 19,5% ficaram inseguros em gastarem e não conseguirem pagar.

Para Marcela Kawauti, é possível perceber que a maioria dos empresários brasileiros alimenta a percepção de que as condições gerais da economia pioraram ao longo do primeiro semestre de 2018. “Houve queda nos indicadores de confiança do empresariado, impulsionada justamente pelo crescimento econômico abaixo do esperado durante a primeira metade deste ano, com quadro de redução no volume das vendas, corte nas despesas e adiamento dos planos da empresa”, pontua.

Fiz uma grande reforma/melhorei a estrutura da empresa 28%

Aumentei minhas vendas 27%

Comprei /modernizei equipamentos 22%

Paguei as dívidas que tinha/equilibrei as contas 19%

Lancei novo produto/serviço 14%

Ampliei a equipe de funcionários 9%

Investi em tecnologia 6%

Comprei um carro para a empresa 4%

Abri uma filial, uma nova loja 4%

Mudei a sede para um lugar melhor ou maior 2%

Comprei o local da sede da empresa 2%

Outros 11%

Aumentar minhas vendas 31%

Fazer uma grande reforma/melhorar a estrutura da empresa 29%

Comprar /modernizar equipamentos 17%

Ampliar a equipe de funcionários 15%

Pagar as dívidas que tinha/equilibrar as contas 11%

Lançar novos produtos/serviços 10%

Abrir uma filial, uma nova loja 9%

Investir em tecnologia 7%

Comprar um carro para a empresa 6%

Comprar o local da sede da empresa 5%

Mudar a sede para um lugar melhor ou maior 5%

Outros 9%

realizados não realizados

planos para a empresa no 1º semestre de 2018

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expectatiVas para o

2o semestre de 2018

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Ao contrário do cenário pessimista traçado pela maioria dos empresários brasileiros na análise da primeira metade deste ano, a pesquisa pôde captar uma percepção de maior confiança do empresariado em relação ao segundo semestre deste ano. Para 44,0%, o cenário econômico do país na segunda metade deste ano será melhor que no primeiro semestre ― em menor medida na Região Centro-Oeste (26,9%). Outros 38,0% esperam que a economia se comporte de maneira igual e outros 14,1% dos empresários projetam uma piora nas condições econômicas, percentual que cresceu frente a 2017 (7,8%).

Entre os empresários que esperam uma piora do cenário econômico na segunda parte do ano, 86,3% temem alguma consequência negativa para suas empresas.

Nesse contexto, 23,9% estimam que as vendas ficariam mais fracas, 15,4% acreditam que será mais difícil fazer capital de giro e outros 15,4% que teriam dificuldade para manter as contas em dia.

Além disso, quando o estudo questionou se o empresário confia em algum crescimento econômico para o país no segundo semestre, metade (50,5%) disse não acreditar neste cenário, registrando um aumento significativo dessa percepção frente o ano passado (39,1%) ― especialmente entre os empresários do interior (53,0%). Em outra frente, 40,0% avaliam que a economia poderá avançar. Esse diagnóstico evidencia que a baixa confiança daqueles que acreditam que a economia se comportará igual ou de forma pior no segundo semestre se traduz no fato de que a

maioria dos empresários acredita que cenário econômico do segundo semestre será melhor ou igual ao do primeiro

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maioria não vislumbra um crescimento econômico para o período.

De qualquer forma, o otimismo surge em relação às expectativas dentro da própria empresa. Mais da metade dos empresários (54,9%) estima que o novo semestre trará melhores notícias para seus negócios do que no primeiro, percentual que é maior entre os prestadores de serviço (58,8%) do que no comércio (51,3%). Outros 33,1% acreditam que a segunda metade de 2018 será igual à primeira, pincipalmente o

segmento de comércio (37,5%, contra 28,4% entre os entrevistados do ramo de serviços), enquanto que para 7,4% dos entrevistados será pior.

“Com as incertezas em torno das eleições deste ano e a recuperação ainda lenta da economia brasileira no contexto geral, os empresários ainda não confiam em uma mudança econômica no país este ano. Contudo, o setor ainda acredita na capacidade de melhora do próprio negócio para o segundo semestre”, comenta Kawauti.

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mais da metade espera aumento das Vendas no 2º semestre

Ainda como reflexo da retomada tímida da economia doméstica, a pesquisa também mostrou que entre os empresários que vislumbram um cenário pior para a própria empresa na segunda metade de 2018, 52,5% acreditam que a situação econômica permanecerá ruim, comprometendo os negócios. Para 32,8% as vendas estão ruins e outros 19,7% afirmam que a companhia está descapitalizada, em má situação financeira.

Por outro lado, entre os que apostam que a sua empresa estará em uma melhor situação no segundo semestre deste ano, a maior parte (46,3%) se diz otimista quanto a uma melhora do cenário, 33,5% esperam ampliar sua carteira de clientes e 23,8% também entendem fazer uma boa gestão de seu negócio.

situação da empresa no 2º semestre de 2018

Acredito que o cenário econômico seguirá ruim, atrapalhando os negócios 53%

As vendas estão ruins 33%

A empresa está sem dinheiro, situação financeira difícil 20%

Estou sem expectativas de conseguir novos clientes 18%

Medo de fechar a empresa/negócio 8%

Outros 3%

por que será pior

Sou otimista, tenho expectativas que coisas melhores acontecerão no segundo semestre

46%

Estou com expectativas de conseguir novos clientes 34%

Estou gerenciando bem o meu negócio 24%

Acredito que o cenário econômico irá melhorar, favorecendo os negócios 17%

Porque as vendas melhoraram no 1º semestre, e devem continuar desta forma 13%

A empresa está com boa situação financeira 6%

Outros 5%

por que será melhor

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Nessa onda de otimismo, mais da metade dos empresários brasileiros (51,3%) está confiante de que sua receita com vendas será superior ao que foi observado no primeiro semestre nos últimos seis meses deste ano . Já outros 35,9% esperam que o comércio siga igual ― principalmente no interior, onde 38,5% dos entrevistados tem esta percepção ―, enquanto 8,9% acreditam que o volume de vendas será menor, percentual que é ligeiramente superior ao registrado em 2017 (6,0%).

Para Kawauti, os estudos comportamentais comprovam que, em muitos casos como nesta situação, prevalece o viés do otimismo. Os indivíduos possuem a tendência

de subestimar a probabilidade de ocorrência de eventos negativos e superestimar a de eventos positivos, ainda que sem concreta razão. “Dessa forma, pelo menos dentro da sua empresa, o empresário mantém uma expectativa de que os negócios terminem o ano em situação melhor do que começaram. Essa sensação é sustentada em parte pela chegada das festas de final de ano, um alento para o segundo semestre”.

Quando a pesquisa questiona o que devem fazer em relação à empresa no segundo semestre para reverter as dificuldades do quadro de crise econômica vivido no país.

19,3% dos entrevistados querem pagar a maioria das compras à vista, 16,0% planejam negociar mais descontos ― percentual que em 2017 foi de 12,4% ― e

14,8% ainda querem organizar as contas da empresa, ante 11,4% registrados no ano passado.

8 em cada 10 empresários dizem

que pretendem promoVer ações para superar a

crise econômica

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açÕes que a empresa pretende tomar no 2º semestre para superar os problemas decorrentes da crise econômica

RESPOSTAS – RM (até 3 opções) 2017 2018

Pagar a maioria das compras à vista 17% 19%

Negociar mais/pedir descontos na compra 12% 16%

Organizar as contas da empresa 11% 15%

Vou investir em novos produtos/serviços para aumentar minha clientela 12% 14%

Aumentar o portfolio de produtos/serviços da empresa para poder vender mais 9% 14%

Fazer pesquisa de preços 14% 13%

Evitar fazer compras parceladas com cheques, carnês, cartão etc 12% 13%

Fazer uma reserva financeira 13% 11%

Evitar usar o cartão de crédito 7% 9%

Estocar produtos em promoção 9% 7%

Contratar mais funcionários informais 3% 4%

Cortar planos de internet e celular 2% 2%

Outros 11% 13%

Não vou fazer nada, pois a crise não afetou o meu negócio/meu cotidiano 10% 13%

Não sei 19% 4%

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60% possuem algum projeto para a empresa no segundo semestre

Dentro de um universo de 60,1% dos empresários que farão algum projeto específico para o segundo semestre de 2018, 17,7% pretendem ampliar o negócio ― percentual que é ainda maior nas capitais (21,9%). Outros 16,8% disseram que planejam lançar novos produtos e/ou serviços, enquanto 13,2% esperam pagar todas as contas vencidas e/ou pendentes e 10,6% ainda desejam ingressar no ramo do comércio online. Por outro lado, um quarto dos empresários (39,9%) disseram não ter nenhum projeto específico para o período, percentual menor que o registrado em 2017 (51,5%) e maior no interior do país (45,0%).

O estudo também buscou identificar a intenção das empresas em relação a suas finanças, seja pela tomada de crédito ou pela intenção de investimentos: 18,9% desejam fazer investimentos financeiros ― sendo que 2017 este percentual foi de 5,5% ―, 8,6% esperam adquirir máquinas e equipamentos ― registrando percentual inferior em relação ao ano passado (13,1%) ―, enquanto apenas 6,0% pretendem tomar empréstimo em banco ou financeira (contra 3,6% registrados no ano anterior). Outros 24,3% não visam tomar crédito ou investir, percentual que aumentou em relação a 2017 (15,7%) e 38,8% não souberam responder.

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72% do empresariado Vai manter seu quadro de colaboradores no segundo semestre

Em um claro sinal de que a maior parte do empresariado ainda prefere adotar cautela em relação à lenta recuperação da economia brasileira num momento em que a taxa de desemprego permanece alta no país, 71,8% pensam em manter o número de colaboradores. Em outra frente, somente 17,3% desejam ampliar seu quadro de pessoal durante esse período e outros 5,8% querem reduzir a quantidade de colaboradores.

Entre os que desejam incrementar seu quadro de colaboradores, a maioria (63,6%) diz que prefere contratar profissionais formalizados pela própria empresa, percentual inferior ao registrado no ano passado (76,9%) e é maior entre os comerciantes (72,1%). Em outra frente, 18,2% contratarão em sua

maioria profissionais informais, enquanto outros 15,4% vão contratar terceirizados (contra 1,3% em 2017). 79,7% vão manter o salário pago normalmente aos colaboradores na mesma função.

A pesquisa também abordou os principais entraves ao empreendedorismo no Brasil que devem ser solucionados em 2018: grande parcela do empresariado (72,8%) indicou a corrupção como o grande problema ― especialmente no interior, onde 75,4% tiveram essa percepção ―, enquanto 71,1% entendem que são os impostos elevados o maior drama do empresário brasileiro e 55,0% apontaram a crise econômica como o vilão da classe.

principais problemas para o empreendedor no brasil que deVem ser solucionados em 2018

Corrupção

Impostos elevados73%71%

55%

46%

39%

38%

38%36%34%

29%

24%

9%

1%

Crise econômica

Falta de vontade política

Inflação

Gastos públicos ineficientes

Desemprego

Violência

Políticas que favoreçam o crescimento do

empreendedor

Ineficiência dos serviços públicos

em geral

Lentidão da justiça

Trânsito

Outros

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Por fim, os empresários também foram questionados se a reforma trabalhista ― em vigor no país desde novembro do ano passado ― vem favorecendo a contratação de pessoal, uma reclamação frequente

da classe empresarial à legislação. A maioria (44,5%), porém, entende que a nova lei trabalhista não facilitou a contratação de colaboradores, sendo que 37,6% consideram que facilitou.

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impactos das eleições na economia

no 2º semestre de 2018

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44% dos empresários acreditam que as eleiçÕes Vão interferir no preço das coisas

Componente importante para balizar o grau de confiança empresarial em 2018, as eleições também preocupam os empresários quanto ao rumo da economia no segundo semestre. Para 44,0% dos entrevistados, o custo de vida e preço das coisas irá aumentar, enquanto parcela menor (40,9%) acredita que são as taxas de juros que sofrerão elevação em função da disputa eleitoral. Em outra frente, tanto

o desemprego (44,9%) quanto as vendas (47,3%) permanecerão da mesma forma para a maior parte dos ouvidos pelo estudo. Em relação às reformas necessárias para o país (tributária, previdenciária, etc), 36,3% acreditam que elas permanecerão como estão e em relação às medidas de combate à corrupção, 36,5% esperam que elas serão mantidas.

Para Marcela Kuwait, economista-chefe do SPC Brasil, esse resultado reflete as incertezas do empresariado

em relação ao próximo governo, que será eleito pelos brasileiros em outubro.

de que forma as eleiçÕes podem interferir na economia durante o 2º semestre

RESPOSTAS – RU (por item) IRÁ AUMENTAR/SEGUIRÁ EM FRENTE

PERMANECERÁ COMO ESTÁ

IRÁ REDUZIR/IRÁ PARAR

NÃO SEI RESPONDER

No custo de vida/preço das coisas 44% 39% 11% 6%

Nas taxas de juros 41% 36% 14% 9%

Nas ações de combate a corrupção 37% 35% 21% 8%

No desemprego 30% 45% 19% 6%

Nas vendas 28% 47% 19% 5%

Nas reformas que o país precisa (Ex.: previdência, tributária etc.) 27% 36% 28% 9%

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conclusÕes

Visão do 1º semestre de 2018

» 47,6% dos empresários consideram que as condições gerais da economia foram piores do que em 2017; 28,1% que estão iguais e 21,2% que estão melhores.

» 35,8% consideram que a situação financeira da empresa está pior que em 2017; 34,8% que está igual; e 26,2% que está melhor.

» Os principais motivos para uma melhora na situação financeira da empresa no 1º semestre de 2018 são: aumento da carteira de clientes (43,3%), o aumento das vendas (38,7%) e melhora na gestão do negócios (29,0%).

» Entre os que apontam uma piora, os principais motivos são: não ter bons resultados de vendas (57,8%), aumento nos custos da empresa (29,1%) e aumento da concorrência (19,6%).

» Ao longo do 1º semestre, 45,7% conseguiram aumentar o número de clientes, 27,3% conseguiram fazer reserva financeira e 25,2% aumentaram o tamanho e/ou investiram no negócio.

» 28,3% ficaram muitos meses com as contas no vermelho; outros 27,8% tiveram que reduzir o mix de produtos e serviços; 11,6% tomaram crédito ao longo do semestre; 10,3% tiveram o CNJP registrado em órgãos de proteção ao crédito por não conseguir pagar as contas em dia.

» Os compromissos financeiros que mais estão pendentes de pagamento são: tributos (12,7%), conta de luz (8,3%) e pagamento de compras junto aos fornecedores (7,9%).

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expectatiVas para o 2º semestre de 2018

» 44,0% dos empresários esperam que o cenário econômico no 2º semestre de 2018 seja melhor do que o do 1º semestre; 38% acreditam que será igual; 14,1% que será pior.

» As principais consequências de um cenário pior seriam: vendas mais fracas (23,9%), dificuldade em fazer capital de giro (15,4%) e dificuldade em manter as contas em dia (15,4%).

» 50,5% estão céticos quanto ao crescimento da economia brasileira no 2º semestre.

» 54,9% dos entrevistados esperam que o 2º semestre de 2018 será melhor para a empresa que o 1º; 33,1% acreditam que será igual e 7,4% que será pior.

» Entre os que esperam uma situação da empresa pior no 2º semestre, 52,5% acreditam que o cenário econômico continuará ruim; 32,8% consideram que as vendas estão ruins; e 19,7% que a empresa está sem dinheiro e em uma situação financeira difícil.

» Entre os que esperam uma situação melhor, os principais motivos são: ser otimista e esperar algo positivo (46,3%); expectativa de conseguir novos clientes (33,5%); percepção de que estão gerenciando bem seu negócio (23,8%).

» 51,3% esperam um volume maior de vendas no 2º semestre se comparado ao 1º; 35,9% acreditam que o volume será igual e 8,9% que será menor.

» Dentre as ações em relação à empresa para superar problemas da crise econômica destacam-se: pagar a maioria das compras à vista (19,3%); negociar mais descontos (16,0%); e organizar as contas da empresa (14,8%).

» Entre os principais projetos para o próximo semestre estão: ampliação do negócio (17,7%); lançamento de novos produtos e serviços (16,8%); pagar as contas vencidas/pendentes/sair do vermelho (13,2%).

» Os principais problemas apontados para o empreendedor no Brasil e que deveriam ser resolvidos em 2018 são: a corrupção (72,8%); os impostos elevados (71,1%); e crise econômica (55,0%).

» INSS e FGTS dos colaboradores se destacam entre as contas há mais tempo atrasadas (6,8 meses); enquanto atrasos com bancos e demais instituições financeiras chegam a 6,7 meses.

» Entre os que ficaram com o nome da empresa sujo, 77,6% planejam limpá-lo, sendo que 38,8% querem limpá-lo nos próximos 3 meses e outros 20% ainda não têm uma previsão.

» 48,7% tiveram de fazer cortes ou ajustes no orçamento no 1º semestre de 2018. Os principais ajustes foram: redução de gastos com fornecedores (37,7%), demissão de funcionários (36,5%) e redução com gastos de luz, água e gás (27,0%).

» 41,5% conseguiram realizar planos e expectativas previstas para a empresa no primeiro semestre, sendo 21,8% de forma parcial e 19,7% de forma integral. Entre os planos realizados, destacam-se: fazer uma grande reforma e/ou melhorar a estrutura da empresa (27,7%), aumentar as vendas (26,5%) e comprar e/ou modernizar os equipamentos (21,6%).

» Entre os planos não realizados, destacam-se: o aumento das vendas (30,8%), a reforma da empresa (29,0%) e a compra e/ou modernização dos equipamentos (16,6%).

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impactos das eleiçÕes na economia no 2º semestre de 2018

Em relação ao impacto das eleições sobre a economia, destaca-se que:

» 44,0% acreditam que o custo de vida irá aumentar

» 40,9% acreditam que as taxas de juros irão aumentar

» 44,9% acreditam que o desemprego continuará como está

» 47,3% acreditam que as vendas continuação da mesma forma

» 36,3% acham que as reformas que o país precisa seguirão no mesmo caminho

» 36,5% confiam que o combate à corrupção seguirá em frente

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metodologia

pÚblico-alVo método de coletatamanho amostral

da pesquisadata de coleta

dos dados

Empresários brasileiros de empresas de todos os portes, dos ramos de comércio varejista e serviços, de todas

regiões do Brasil, das capitais e interior.

Pesquisa realizada via CATI, por telefone.

827 casos, gerando uma margem de erro no geral

de 3,4 p.p. para uma confiança a 95%.

25 de junho a 11 de julho de 2018.

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