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Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais eficaz para defender e manter o poder do que ser amado e nada é mais danoso do que ser temido”. Um importante pensador moderno contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra (amado e temido), mas, como é quase impossível obter ambas as coisas ao mesmo tempo, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se deve escolher uma dessas condições." Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo O importante pensador moderno mencionado no enunciado é: a) Thomas Hobbes; b) Nicolau Maquiavel; c) Jean Bodin; d) Jacques Bossuet; e) John Locke. Resposta: b Questão 2. (Enem 2017) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo

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Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais eficaz para defender e manter o poder do que ser amado e nada é mais danoso do que ser temido”. Um importante pensador moderno contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra (amado e temido), mas, como é quase impossível obter ambas as coisas ao mesmo tempo, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se deve escolher uma dessas condições."

Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo

O importante pensador moderno mencionado no enunciado é:

a) Thomas Hobbes;

b) Nicolau Maquiavel;

c) Jean Bodin;

d) Jacques Bossuet;

e) John Locke.

Resposta: b

Questão 2. (Enem 2017) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a

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finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores São Paulo: Nova Gunman 1991 (adaptado).

Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que

a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.

b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.

c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.

d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.

e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum.

Resposta: c

Questão 3. (Enem 2017) A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.

RACHELS. J. Os elementos da filosofia moral, Barueri-SP; Manole. 2006.

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma

a) fundamentação científica de viés positivista.

b) convenção social de orientação normativa.

c) transgressão comportamental religiosa.

d) racionalidade de caráter pragmático.

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e) inclinação de natureza passional.

Resposta: d

Questão 4. (Enem 2017) Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa da Mina (Nagô de Nação), de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida. Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito laboriosa e, mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreição de escravos que não tiveram efeito.

AZEVEDO, E. “Lá vai verso!”: Luiz Gama e as primeiras trovas burlescas de Getulino. In: CHALHOUB, S.; PEREIRA, L. A. M. A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1998 (adaptado).

Nesse trecho de suas memórias, Luiz Gama ressalta a importância dos(as)

a) laços de solidariedade familiar.

b) estratégias de resistência cultural.

c) mecanismos de hierarquização tribal.

d) instrumentos de dominação religiosa.

e) limites da concessão de alforria.

Resposta: b

Questão 5. (Enem 2017) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para

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si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.

HEGEL. G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socrática: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural. 2000 (adaptado).

O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)

a) número, que fundamenta a criação dos deuses.

b) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.

c) água, que expressa a causa material da origem do universo.

d) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.

e) átomo, que explica o surgimento dos entes.

Resposta: e

Questão 6. (Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes São Paulo: Abril Cultural, 1980.

De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto

a) assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.

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b) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.

c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.

d) materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.

e) permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.

Resposta: c

Questão 7. (Enem 2017) O comércio soube extrair um bom proveito da interatividade própria do meio tecnológico. A possibilidade de se obter um alto desenho do perfil de interesses do usuário, que deverá levar às últimas consequências o princípio da oferta como isca para o desejo consumista, foi o principal deles.

SANTAELLA, L. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das minhas à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003 (adaptado).

Do ponto de vista comercial, o avanço das novas tecnologias, indicado no texto, está associado à

a) atuação dos consumidores como fiscalizadores da produção.

b) exigência de consumidores conscientes de seus direitos.

c) relação direta entre fabricantes e consumidores.

d) individualização das mensagens publicitárias.

e) manutenção das preferências de consumo.

Resposta: d

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Questão 8. (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.

BRÉHIER, E. História da filosofia São Paulo: Mestre Jou, 1977.

O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na

a) contemplação da tradição mítica.

b) sustentação do método dialético.

c) relativização do saber verdadeiro.

d) valorização da argumentação retórica.

e) investigação dos fundamentos da natureza.

Resposta: b

Questão 9. (Enem PPL 2016) A importância do argumento de Hobbes está em parte no fato de que ele se ampara em suposições bastante plausíveis sobre as condições normais da vida humana. Para exemplificar: o argumento não supõe que todos sejam de fato movidos por orgulho e vaidade para buscar o domínio sobre os outros; essa seria uma suposição discutível que possibilitaria a conclusão pretendida por Hobbes, mas de modo fácil demais. O que torna o argumento assustador e lhe atribui importância e força dramática é que ele acredita que pessoas normais, até mesmo as mais agradáveis, podem ser inadvertidamente lançadas nesse tipo de situação, que resvalará, então, em um estado de guerra.

RAWLS, J. Conferências sobre a história da filosofia política. São Paulo: WMF, 2012 (adaptado).

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O texto apresenta uma concepção de filosofia política conhecida como

a) alienação ideológica.

b) microfísica do poder.

c) estado de natureza.

d) contrato social.

e) vontade geral.

Resposta: c

Questão 10. (Enem PPL 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: "Este objeto que estou vendo agora tem tendências para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior". Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.

PLATÃO, Fédon São Paulo: Abril Cultural, 1972.

Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica

a) estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.

b) comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.

c) descrever corretamente as características do objeto observado.

d) fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.

e) identificar outro exemplar idêntico ao observado.

Resposta: d

Questão 11. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o

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pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por Aristóteles nesse período.

MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica

a) valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.

b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.

c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas.

d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.

e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.

Resposta: a

Questão 12. (Enem PPL 2016) Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividade comercial dos cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo.

KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003.

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Segundo esse texto de Kant, o Estado

a) deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.

b) está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.

c) dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus membros.

d) delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção.

e) tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos.

Resposta: b

Questão 13. (Enem PPL 2016)

A figura do inquilino ao qual a personagem da tirinha se refere é o(a)

a) constrangimento por olhares de reprovação.

b) costume importo aos filhos por coação.

c) consciência da obrigação moral.

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d) pessoa habitante da mesma casa.

e) temor de possível castigo.

Resposta: c

Questão 14. (Enem PPL 2016) Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo – terra, água ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo –, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa.

DIÓGENES, In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo, Cultrix, 1967.

O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem

a) cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza.

b) política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras de democracia.

c) ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior.

d) estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis.

e) hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.

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Resposta: a

Questão 15. (Enem PPL 2016) O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos, manifestando-se no surgimento da filosofia.

VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2004 (adaptado).

Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)

a) constituição do regime democrático.

b) contato dos gregos com outros povos.

c) desenvolvimento no campo das navegações.

d) aparecimento de novas instituições religiosas.

e) surgimento da cidade como organização social.

Resposta: e

Questão 16. (Enem PPL 2016) A atividade atualmente chamada de ciência tem se mostrado fator importante no desenvolvimento da civilização liberal: serviu para eliminar crenças e práticas supersticiosas, para afastar temores brotados da ignorância e para fornecer base intelectual de avaliação de costumes herdados e de normas tradicionais de conduta.

NAGEL, E. et al. Ciência: natureza e objetivo. São Paulo: Cultrix, 1975 (adaptado).

Quais características permitem conceber a ciência com os aspectos críticos mencionados?

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a) Apresentar explicações em uma linguagem determinada e isenta de erros.

b) Possuir proposições que são reconhecidas como inquestionáveis e necessárias.

c) Ser fundamentada em um corpo de conhecimento autoevidente e verdadeiro.

d) Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios explicativos e fatos observados.

e) Constituir-se como saber organizado ao permitir classificações deduzidas da realidade.

Resposta: d

Questão 17. (Enem 2016)

Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.

LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustresBrasília: Editora UnB, 1988.

O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por:

a) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade.

b) Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim da vida feliz.

c) Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.

d) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente.

e) Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo.

Resposta: c

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Questão 18. (FUVEST SP/2016)

O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens.

b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos.

c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca.

d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais.

e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros.

Resposta: e

Questão 19. (Enem 2016)

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for

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capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

a) investigação de natureza empírica.

b) retomada da tradição intelectual.

c) imposição de valores ortodoxos.

d) autonomia do sujeito pensante.

e) liberdade do agente moral.

Resposta: d

Questão 20. (Enem 2016)

Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.

ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a)

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a) legado social.

b) patrimônio político.

c) produto da moralidade.

d) conquista da humanidade.

e) ilusão da contemporaneidade.

Resposta: e

Questão 21. (Enem 2016)

Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!

NIETZSCHE. F. Assim falou Zaratustra Rio de Janeiro: Ediouro,1977.

O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que

a) reforça a liberdade do cidadão.

b) desvela os valores do cotidiano.

c) exorta as relações de produção.

d) destaca a decadência da cultura.

e) amplifica o sentimento de ansiedade.

Resposta: d

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Questão 22. (Enem 2016)

A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça física. Concebida para a felicidade humana, a submissão da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora se estende à própria natureza do homem, conduziu ao maior desafio já posto ao ser humano pela sua própria ação. O novo continente da práxis coletiva que adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a teoria ética, uma terra de ninguém.

JONAS. H. O princípio da responsabilidade Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).

As implicações éticas da articulação apresentada no texto impulsionam a necessidade de construção de um novo padrão de comportamento, cujo objetivo consiste em garantir o(a)

a) pragmatismo da escolha individual.

b) sobrevivência de gerações futuras.

c) fortalecimento de políticas liberais.

d) valorização de múltiplas etnias.

e) promoção da inclusão social.

Resposta: b

Questão 23. (Enem 2016)

Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.

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SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à

a) a consagração de relacionamentos afetivos.

b) administração da independência interior.

c) fugacidade do conhecimento empيrico.

d) liberdade de expressão religiosa.

e) busca de prazeres efêmeros.

Resposta: b

Questão 24. (Enem 2016)

Texto I

Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.

HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza) São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).

Texto II

Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?

PARMÊNIDES. Da natureza São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das

Page 18: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

a) investigações do pensamento sistemático.

b) preocupações do período mitológico.

c) discussões de base ontológica.

d) habilidades da retórica sofística.

e) verdades do mundo sensível.

Resposta: c

Questão 25. (Ufsm 2015) Há diversos indícios empíricos da evolução das espécies. Alguns desses indícios são conhecidos desde Darwin, tais como o registro fóssil, as variações entre indivíduos de uma mesma espécie e a distribuição geográfica das espécies. Outros indícios provêm de estudos mais recentes, notadamente em genética. O conjunto desses indícios torna a teoria da evolução mais provavelmente verdadeira que qualquer outra hipótese alternativa. Essa inferência, em que se parte de indícios empíricos e se conclui com teorias ou enunciados gerais, é comumente chamada de inferência

a) lógica.

b) dedutiva.

c) analógica.

d) indutiva.

e) biológica.

Resposta: d

Questão 26. (Unesp 2015) IHU On-Line – A medicalização de condutas classificadas como “anormais” se estendeu a praticamente todos os domínios de nossa existência. A quem interessa a medicalização da vida?

Page 19: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

Sandra Caponi – A muitas pessoas. Em primeiro lugar ao saber médico, aos psiquiatras, mas também aos médicos gerais e especialistas. Interessa muito especialmente aos laboratórios farmacêuticos que, desse modo, podem vender seus medicamentos e ampliar o mercado de consumidores de psicofármacos de modo quase indefinido. Porém, esse interesse seria irrelevante se não existisse uma demanda social que aceita e até solicita que uma ampla variedade de comportamentos cotidianos ingresse no domínio do patológico. Um exemplo bastante óbvio é a escola. Crianças com problemas de comportamento mais ou menos sérios hoje recebem rapidamente um diagnóstico psiquiátrico. São medicadas, respondem à medicação e atingem o objetivo social procurado. Essas crianças que tomam ritalina ou antipsicóticos ficam mais calmas, mais sossegadas, concentradas e, ao mesmo tempo, mais tristes e isoladas.

www.ihuonline.unisinos.br. Adaptado.

Podemos considerar como uma importante implicação filosófica da medicalização da vida

a) a incorporação do conhecimento científico como meio de valorização da autonomia emocional e intelectual.

b) a institucionalização de procedimentos de análise e de cura psiquiátrica absolutamente objetivos e eficientes.

c) a proliferação social de conhecimentos e procedimentos médicos que pressupõem a patologização da vida cotidiana.

d) a contribuição eticamente positiva da psiquiatrização do comportamento infantil e juvenil na esfera pedagógica.

e) o caráter neutro do progresso científico em relação a condicionamentos materiais e a demandas sociais.

Resposta: c

Questão 27. (Unesp 2015) Para o teórico Boaventura de Sousa Santos, o direito se submeteu à racionalidade cognitivo-instrumental da ciência moderna e

Page 20: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

tornou-se ele próprio científico. Existe a necessidade de repensarmos os direitos humanos. Boaventura nos instiga a pensar que eles possuem um caráter racional e regulador da vida humana. Esses direitos não colaboram para eliminar as assimetrias políticas, culturais, sociais e econômicas existentes, especialmente nos países periféricos. Os direitos humanos, num plano universalista e aberto a todos, não modificam as estruturas desiguais, mas ratificam a ordenação normativa para comandar uma sociedade.

(Adriano São João e João Henrique da Silva. “A historicidade dos direitos humanos”. Filosofia, ciência e vida, dezembro de 2014. Adaptado.)

De acordo com o texto, os direitos humanos são passíveis de crítica, porque

a) desempenham um papel meramente formal de proteção da vida.

b) inexistem padrões universalistas aplicáveis à totalidade da humanidade.

c) são incompatíveis com os valores culturais de nações não ocidentais.

d) sua estrutura normativa carece de racionalidade e de cientificidade.

e) são destituídos de uma visão religiosa e espiritualista de mundo.

Resposta: a

Questão 28. (Ufsm 2015) Complete a tabela da verdade a seguir.

Assinale a alternativa que completa corretamente a tabela.

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a)

b)

c)

d)

e)

Resposta: a

Questão 29. (Ufsm 2015) A antropologia empírica e social faz, dentre outras coisas, uma descrição da visão de mundo de outros povos, povos isolados, com outras línguas e concepções da realidade. A antropologia filosófica é a atividade reflexiva que busca tornar transparentes os conceitos fundamentais associados à nossa própria visão de mundo. Esses conceitos são, posteriormente, utilizados por outras partes da filosofia, como a filosofia política, ética e a filosofia do direito.

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Qual par de conceitos a seguir se ajusta à antropologia filosófica e à filosofia política?

a) Ato e potência.

b) Adaptação e reprodução.

c) Pessoa e corporeidade.

d) Causa e efeito.

e) Classe social e estamento.

Resposta: c

Questão 30. (Pucpr 2015) A preocupação sobre o futuro da natureza e a ação da civilização tecnológica apresenta-se como traços constitutivos do pensamento de Hans Jonas. Neste sentido, o princípio responsabilidade pretende superar as éticas tradicionais, as quais o autor chama de “éticas da similitude”. A respeito da reflexão ética de Hans Jonas, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A responsabilidade não tem nenhuma implicância e relevância com relação às futuras gerações, associando- se, assim, com a ética de Kant.

b) A responsabilidade adquire uma nova dimensão pela técnica que as éticas tradicionais (por exemplo, a ética aristotélica) não comportam, uma vez que estas não apontam para as consequências futuras.

c) As éticas tradicionais primam pelo antropocentrismo, tornando-se, assim, um problema, pois não buscam um fim imanente também na natureza.

d) A responsabilidade pelas futuras gerações e pelo todo orgânico são elementos fundamentais na proposta ética de Hans Jonas.

e) A responsabilidade não pode ser uma relação recíproca, uma vez que tal relação se move incidindo numa ética futurista.

Resposta: a

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Questão 31. (Ufsm 2015) O biólogo Edward Wilson sustenta que a teoria da evolução explica não apenas a evolução das características físicas predominantes em uma espécie, mas também a evolução de traços sociais (como a divisão social do trabalho, a evolução da linguagem e da moralidade). Se isso é verdade, então aquilo que hoje tendemos a considerar moralmente correto pode ser um produto de nosso passado evolutivo. Se nosso passado evolutivo tivesse sido diferente, é possível que nossa sensibilidade moral hoje também fosse diferente.

Observe as afirmações a seguir, considerando as que são compatíveis com o enunciado da questão.

I. O fato de hoje tendermos a valorizar atos de bondade e compaixão e a desvalorizar atos de crueldade é um traço biológico de nossa espécie que deve ter trazido vantagens adaptativas aos nossos antepassados.

II. Há um conjunto de normas morais que não mudam e que sempre foram adotadas universalmente.

III. A evolução moral está correlacionada com a capacidade adaptativa dos indivíduos e grupos ao ambiente em que vivem.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I e III.

d) apenas II e III.

e) I, II e III.

Resposta: c

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Questão 32. (Unesp 2015) A fonte do conceito de autonomia da arte é o pensamento estético de Kant. Praticamente tudo o que fazemos na vida é o oposto da apreciação estética, pois praticamente tudo o que fazemos serve para alguma coisa, ainda que apenas para satisfazer um desejo. Enquanto objeto de apreciação estética, uma coisa não obedece a essa razão instrumental: enquanto tal, ela não serve para nada, ela vale por si. As hierarquias que entram em jogo nas coisas que obedecem à razão instrumental, isto é, nas coisas de que nos servimos, não entram em jogo nas obras de arte tomadas enquanto tais. Sendo assim, a luta contra a autonomia da arte tem por fim submeter também a arte à razão instrumental, isto é, tem por fim recusar também à arte a dimensão em virtude da qual, sem servir para nada, ela vale por si. Trata-se, em suma, da luta pelo empobrecimento do mundo.

(Antônio Cícero. “A autonomia da arte”. Folha de São Paulo, 13.12.2008. Adaptado.)

De acordo com a análise do autor,

a) a racionalidade instrumental, sob o ponto de vista da filosofia de Kant, fornece os fundamentos para a apreciação estética.

b) um mundo empobrecido seria aquele em que ocorre o esvaziamento do campo estético de suas qualidades intrínsecas.

c) a transformação da arte em espetáculo da indústria cultural é um critério adequado para a avaliação de sua condição autônoma.

d) o critério mais adequado para a apreciação estética consiste em sua validação pelo gosto médio do público consumidor.

e) a autonomia dos diversos tipos de obra de arte está prioritariamente subordinada à sua valorização como produto no mercado.

Resposta: b

Questão 33. (Uema 2015) Leia “Quem é você”, poema de Os Detonautas

Você trabalha feito um burro de carga

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Puxando um sistema podre que é bancado com o seu suor

E sexta-feira vai pra igreja comungar com sua família

A voz sagrada, Jesus Cristo é o Senhor

E deixa parte do salário em retribuição

À dádiva divina da palavra do pastor

É melhor garantir um lugar no céu

Aqui nesse inferno tenta sobreviver

E o que salva é a cervejinha no fim de semana

Assistindo o jogo do seu time preferido na tv

Segunda-feira o seu filho tá em casa

Porque a escola onde estuda não tem nenhum professor

E o professor está na rua apanhando da polícia

Tá cobrando seu salário do governo

Enquanto isso numa casa confortável

Uma família abastada reunida assiste televisão

E pragueja fala mal de quem

Tá na rua enfrentando e dando a cara

Pra lutar contra a situação

Fonte: CRUZ, Tico Santa. Quem é você. In: Detonautas a saga continua Rio de Janeiro: Coqueiro Verde Records, 2014.

A realidade social brasileira é caracterizada nesse poema como

a) pacífica.

b) justa.

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c) equitativa.

d) pagã.

e) desigual.

Resposta: e

Questão 34. (Uel 2015)

Leia o texto a seguir e responda à(s) próxima(s) questão(ões).

De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou flores multicoloridas.

Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, assinale a alternativa correta.

a) Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e porque a vida é como é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias contadas acerca do mundo dos deuses.

b) Os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância básica, uma causa oculta, que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a partir da observação, buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas.

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c) Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por sua enorme capacidade de transformação.

d) A filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o antropomorfismo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular acerca dos primeiros princípios que originam todas as coisas.

e) Para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio originário único denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os olhos humanos podem observar no nascimento e na degeneração das coisas.

Resposta: b

Questão 35. (Uema 2015) Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ¯ ”o amor é cego”.

No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao Amor.

Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura In: Os melhores contos de loucura Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.

A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se como

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a) estética.

b) filosófica.

c) mitológica.

d) científica.

e) crítica.

Resposta: c

Questão 36. (Ufsm 2015) A necessidade de conviver em grupo fez o homem desenvolver estratégias adaptativas diversas. Darwin, num estudo sobre a evolução e as emoções, mostrou que o reconhecimento de emoções primárias, como raiva e medo, teve um papel central na sobrevivência. Estudos antigos e recentes têm mostrado que a moralidade ou comportamento moral está associado a outros tipos de emoções, como a vergonha, a culpa, a compaixão e a empatia. Há, no entanto, teorias éticas que afirmam que as ações boas devem ser motivadas exclusivamente pelo dever e não por impulsos ou emoções. Essa teoria é a ética

a) deontológica ou kantiana.

b) das virtudes.

c) utilitarista.

d) contratualista.

e) teológica.

Resposta: a

Questão 37. (Ufsm 2015) Revoltas e movimentos sociais, como os ocorridos recentemente no Brasil, estão frequentemente envolvidos no aperfeiçoamento da vida social e podem ter papel adaptativo. Na história da filosofia política moderna, alguns filósofos conceberam seres humanos como átomos individuais

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movidos por apetites ou desejos guiados pelo prazer e dor, sendo o apetite fundamental do homem a autopreservação. Numa situação de escassez de bens, com pessoas guiadas exclusivamente por desejos antecipadores de prazer e voltados à autopreservação, haverá, inevitavelmente, conflito social. Que alternativa(s) racional(is) soluciona(m) o conflito?

I. Uso da força e violência.

II. Uso da ideologia e controle da informação.

III. Acordo e deliberação coletiva.

IV. Apelo à tradição e costume.

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)

a) I e II apenas.

b) I, II e III apenas.

c) III apenas.

d) III e IV apenas.

e) IV apenas.

Resposta: c

Questão 38. (Unesp 2015) Numa decisão para lá de polêmica, o juiz federal Eugênio Rosa de Araújo, da 17.ª Vara Federal do Rio, indeferiu pedido do Ministério Público para que fossem retirados da rede vídeos tidos como ofensivos à umbanda e ao candomblé. No despacho, o magistrado afirmou que esses sistemas de crenças “não contêm os traços necessários de uma religião” por não terem um texto-base, uma estrutura hierárquica nem “um Deus a ser venerado”. Para mim, esse é um belo caso de conclusão certa pelas razões erradas. Creio que o juiz agiu bem ao não censurar os filmes, mas meteu os pés pelas mãos ao justificar a decisão. Ao contrário do Ministério Público, não penso que religiões devam ser imunes à crítica. Se algum evangélico julga que o candomblé está associado ao diabo, deve ter a liberdade de dizê-lo. Como não

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podemos nem sequer estabelecer se Deus e o demônio existem, o mais lógico é que prevaleça a liberdade de dizer qualquer coisa.

SCHWARTSMAN, Hélio. “O candomblé e o tinhoso”. Folha de S. Paulo, 20.05.2014. Adaptado.

O núcleo filosófico da argumentação do autor do texto é de natureza

a) liberal.

b) marxista.

c) totalitária.

d) teológica.

e) anarquista.

Resposta: a

Questão 39. (Uel 2015) Leia o texto a seguir.

É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sentidos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção última, e o primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda causa é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde vem o início do movimento; a quarta causa, que se opõe à precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento).

Adaptado de: ARISTÓTELES. Metafísica Trad. De Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que indica, corretamente, a ordem em que Aristóteles apresentou as causas primeiras.

a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal.

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b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente.

c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final.

d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.

e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente.

Resposta: c

Questão 40. (Uema 2015) Leia o poema do moçambicano Craveirinha, Cantiga do negro do betelão

Se me visses morrer

Os milhões de vezes que nasci...

Se me visses chorar

Os milhões de vezes que te riste...

Se me visses gritar

Os milhões de vezes que me calei...

Se me visses cantar

Os milhões de vezes que morri...

E sangrei

Digo-te, irmão europeu

Também tu

Havias de nascer

Havias de chorar

Havias de cantar

Havias de gritar

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Havias de morrer

E sangrar...

Milhões de vezes como eu

Fonte: CRAVEIRINHA. In: Revista do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFCLH da USP. São Paulo: Edusp, 2002, p.100.

O poeta constrói ou reconstrói a realidade em seus versos e o filósofo, ao ser “tocado” pela poesia, é chamado a refletir sobre ela. A primeira condição ou primeira virtude para o filosofar é

a) problematizar.

b) questionar.

c) persuadir.

d) teorizar.

e) admirar.

Resposta: e

Questão 41. (Uema 2015) Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Foucault, nas quais “[...] as sociedades modernas apresentam uma nova organização do poder que se desenvolveu a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se concentra apenas no setor político e nas suas formas de repressão, pois está disseminado pelos vários âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se em micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se deter apenas no macropoder concentrado no Estado, [os] micropoderes se espalham pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é, os poderes exercidos por uma rede imensa de pessoas, por exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as secretarias, os guardas, os fiscais etc.”

Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006. (adaptado)

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Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos micropoderes no corpo social é interiorizar e fazer cumprir

a) o ideal de igualdade entre os homens.

b) o total direito político de acordo com as etnias.

c) as normas estabelecidas pela disciplina social.

d) a repressão exercida pelos menos instruídos.

e) o ideal de liberdade individual.

Resposta: c

Questão 42. (Uema 2015) Para Thomas Hobbes, os seres humanos são livres em seu estado natural, competindo e lutando entre si, por terem relativamente a mesma força. Nesse estado, o conflito se perpetua através de gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanente. Para esse filósofo, a criação de uma sociedade submetida à Lei, na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear entre si, pressupõe que todos renunciem à sua liberdade original. Nessa sociedade, a liberdade individual é delegada a um só dos homens que detém o poder inquestionável, o soberano.

Fonte: MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad. João Paulo Monteiro; Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Editora NOVA Cultural, 1997.

A teoria política de Thomas Hobbes teve papel fundamental na construção dos sistemas políticos contemporâneos que consolidou a (o)

a) Monarquia Paritária.

b) Despotismo Soberano.

c) Monarquia Republicana.

d) Monarquia Absolutista.

e) Despotismo Esclarecido.

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Resposta: d

Questão 43. (Pucpr 2015) Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:

“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.

A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.

a) Que a desigualdade social é permitida pela lei natural e, portanto, o Estado não é responsável pelo conflito social.

b) Que a desigualdade social é autorizada pela lei natural, ou seja, que a natureza não se encontra submetida à lei.

c) Que no estado natural existe apenas o direito de propriedade.

d) Que a desigualdade moral ou política é uma continuidade daquilo que já está presente no estado natural.

e) Que há, na espécie humana, duas espécies de desigualdade: a primeira, natural, e a segunda, moral ou política.

Resposta: e

Questão 44. (Ufsm 2015) Há muitas razões para valorizar a ciência. A importância de prever e explicar fenômenos naturais e facilitar nosso controle de ambientes hostis, facilitando nossa adaptação, é uma delas. Em função do sucesso que a ciência tem em explicar muitos fenômenos, a maioria das

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pessoas não diretamente envolvidas com atividades científicas tende a pensar que uma teoria científica é um conjunto de leis verdadeiras e infalíveis sobre o mundo natural. Mudanças teóricas radicais na história da ciência (como a substituição de um modelo geocêntrico por um modelo heliocêntrico de explicação do movimento planetário) levaram filósofos a suspeitar dessa imagem das teorias científicas. A teoria da ciência do físico e filósofo austríaco Karl Popper se caracterizou por sustentar que as leis científicas possuem um caráter

I. hipotético e provisório.

II. assistemático e irracional.

III. matemático e formal.

IV. contraditório e tautológico.

É/São verdadeira(s) a(s) assertiva(s)

a) I apenas.

b) I e II apenas.

c) III apenas.

d) II e IV apenas.

e) III e IV apenas.

Resposta: a

Questão 45. (Uema 2015) De acordo com a historiadora Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Revolução Francesa derrubou o antigo regime, ou seja, o absolutismo real fundamentado no direito divino dos reis, derivado da concepção teocrática do poder. O término do antigo regime se consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como direito natural dos indivíduos.

Fonte: ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.

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Esse princípio político que substitui a antiga teoria do direito divino do rei intitula-se

a) Contratualismo.

b) Totalitarismo.

c) Absolutismo.

d) Liberalismo.

e) Marxismo.

Resposta: d

Questão 46. (Ufsm 2015) O conhecimento é uma ferramenta essencial para a sobrevivência humana. Os principais filósofos modernos argumentaram que nosso conhecimento do mundo seria muito limitado se não pudéssemos ultrapassar as informações que a percepção sensível oferece. No período moderno, qual processo cognitivo foi ressaltado como fundamental, pois permitia obter conhecimento direto, novo e capaz de antecipar acontecimentos do mundo físico e também do comportamento social?

a) Dedução.

b) Indução.

c) Memorização.

d) Testemunho.

e) Oratória e retórica.

Resposta: b

Questão 47. (Uema 2015) Leia a letra da canção a seguir.

Nada do que foi será

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De novo do jeito que já foi um dia

Tudo passa

Tudo sempre passará

A vida vem em ondas

Como um mar

Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é

Igual ao que a gente

Viu há um segundo

Tudo muda o tempo todo

No mundo [...]

Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004.

Da mesma forma como canta o poeta contemporâneo, que vê a realidade passando como uma onda, assim também pensaram os primeiros filósofos conhecidos como Pré-socráticos que denominavam a realidade de physis A característica dessa realidade representada, também, na música de Lulu Santos é o(a)

a) fluxo.

b) estática.

c) infinitude.

d) desordem.

e) multiplicidade.

Resposta: a

Page 38: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

Questão 48. (Uema 2015) Fraqueza e covardia são as causas pelas quais a maioria das pessoas permanece infantil mesmo tendo condição de libertar-se da tutela mental alheia. Por isso, fica fácil para alguns exercer o papel de tutores, pois muitas pessoas, por comodismo, não desejam se tornar adultas. Se tenho um livro que pensa por mim; um sacerdote que dirige minha consciência moral; um médico que me prescreve receitas e, assim por diante, não necessito preocupar-me com minha vida. Se posso adquirir orientações, não necessito pensar pela minha cabeça: transfiro ao outro esta penosa tarefa de pensar.

Fonte: I. Kant, O que é a ilustração. In: F. Weffort (org). Os clássicos da política, v. 2, 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

Esse fragmento compõe o livro de Kant que trata da importância da(o)

a) juízo.

b) razão.

c) cultura.

d) costume.

e) experiência.

Resposta: b

Questão 49. (Uel 2015) Leia o texto a seguir.

As leis morais juntamente com seus princípios não só se distinguem essencialmente, em todo o conhecimento prático, de tudo o mais onde haja um elemento empírico qualquer, mas toda a Filosofia moral repousa inteiramente sobre a sua parte pura e, aplicada ao homem, não toma emprestado o mínimo que seja ao conhecimento do mesmo (Antropologia).

KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes Trad. de Guido A. de Almeida. São Paulo: Discurso Editorial, 2009. p.73.

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Com base no texto e na questão da liberdade e autonomia em Immanuel Kant, assinale a alternativa correta.

a) A fonte das ações morais pode ser encontrada através da análise psicológica da consciência moral, na qual se pesquisa mais o que o homem é, do que o que ele deveria ser.

b) O elemento determinante do caráter moral de uma ação está na inclinação da qual se origina, sendo as inclinações serenas moralmente mais perfeitas do que as passionais.

c) O sentimento é o elemento determinante para a ação moral, e a razão, por sua vez, somente pode dar uma direção à presente inclinação, na medida em que fornece o meio para alcançar o que é desejado.

d) O ponto de partida dos juízos morais encontra-se nos “propulsores” humanos naturais, os quais se direcionam ao bem próprio e ao bem do outro.

e) O princípio supremo da moralidade deve assentar-se na razão prática pura, e as leis morais devem ser independentes de qualquer condição subjetiva da natureza humana.

Resposta: e

Questão 50. (Unesp 2014) "Religião sempre foi um negócio lucrativo." Assim começa uma reportagem da revista americana Forbes sobre os milionários bispos fundadores das maiores igrejas evangélicas do Brasil. A revista fez um ranking com os líderes mais ricos. No topo da lista, está o bispo Edir Macedo, que tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, segundo a revista. Em seguida, vem Valdemiro Santiago, com R$ 400 milhões; Silas Malafaia, com R$ 300 milhões; R. R. Soares, com R$ 250 milhões, e Estevan Hernandes Filho e a bispa Sônia, com R$ 120 milhões juntos. A Forbes também destaca o crescimento dos evangélicos no Brasil – de 15,4% para 22,2% da população na última década –, em detrimento dos católicos. Hoje, os católicos romanos somam 64,6% da população, ou 123 milhões de brasileiros. Os evangélicos, por

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sua vez, já somam 42 milhões, em uma população total de 191 milhões de pessoas.

(Forbes lista os seis líderes milionários evangélicos no Brasil.uol.com.br, 19.01.2013. Adaptado.)

Os fatos descritos na reportagem são compatíveis filosoficamente com uma concepção

a) teológico-protestante, baseada na valorização do sacrifício pessoal e da prosperidade material.

b) kantiana, que preconiza a possibilidade de se atingir a maioridade intelectual.

c) cartesiana, que pressupõe a existência de Deus como condição essencial para o conhecimento racional.

d) dialético-materialista, baseada na necessidade de superação do trabalho alienado.

e) teológico-católica, defensora da caridade e idealizadora de virtudes associadas à pobreza.

Resposta: a

Questão 51. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.

A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália.

(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a alternativa correta.

a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã.

b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.

c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.

d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina.

e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.

Resposta: b

Questão 52. (Unesp 2014) Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários. Na história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa época existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos autoritários. Quem estudar os governos autoritários verá que a "vida cientificamente saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E, aqui, o advérbio "cientificamente é quase vago porque o que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda forma de vício, sujeira, enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado contemporâneo é não reconhecer que a humanidade do humano está além do modo "correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de gente "saudável" é um mundo sem Eros.

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(Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)

Na concepção do autor, o totalitarismo

a) é um sistema político exclusivamente relacionado com o fascismo e o comunismo.

b) inexiste sob a égide de regimes políticos institucionalmente democráticos e liberais.

c) depende necessariamente de controles de natureza policial e repressiva dos comportamentos.

d) mobiliza a ciência para estabelecer critérios de natureza biopolítica sobre a vida.

e) estabelece regras de comportamento subordinadas à autonomia dos indivíduos.

Resposta: d

Questão 53. (Unesp 2014) A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China. O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.

(André Petry. O Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. Adaptado.)

A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela teoria

a) iluminista, que preconiza a possibilidade de um estado de emancipação racional da humanidade.

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b) maquiavélica, que postula o encontro da virtude com a fortuna como princípios básicos da geopolítica.

c) política de Rousseau, para quem a submissão à vontade geral é condição para experiências de liberdade.

d) teológica de Santo Agostinho, que considera que o processo de iluminação divina afasta os homens do pecado.

e) política de Hobbes, que conceitua a competição e a desconfiança como condições básicas da natureza humana.

Resposta: e

Questão 54. (Uel 2014)

Observe a figura a seguir e responda à(s).

/

A figura mostra Atenas na atualidade. Observam-se as ruínas da Acrópolis – onde ficavam os templos como o Parthenon –, o Teatro de Dionísio e a Asthy – com a Ágora (Mercado/Praça Pública) e as casas dos moradores.

Sobre a relação entre a organização da cidade de Atenas, a ideia de polis e o aparecimento da filosofia na Grécia Clássica, considere as afirmativas a seguir.

I. A filosofia surgiu simultaneamente à cidade-Estado, ambiente em que predominava o discurso público baseado na troca de opiniões e no desenvolvimento da argumentação.

II. A filosofia afastava-se das preocupações imediatas da aparência sensível e voltava-se para as questões do espírito.

III. O discurso proferido pelo filósofo era dirigido a pequenos grupos, o que o distanciava da vida pública.

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IV. O discurso da filosofia no contexto da polis restringia-se ao mesmo tipo de discurso dos guerreiros e dos políticos ao desejar convencer em vez de proferir a verdade.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: a

Questão 55. (Uel 2014) A República de Platão consiste na busca racional de uma cidade ideal. Sua intenção é pensar a política para além do horizonte da decadência da cidade-Estado no século de Péricles. O esquema a seguir mostra como se organizam as classes, segundo essa proposta.

Com base na obra de Platão e no esquema, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

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( ) As três imagens do Bem na cidade justa de Platão, o Anel de Giges, a Imagem da Linha e a da Caverna, correspondem, respectivamente, à organização das três classes da República.

( ) Na cidade imaginária de Platão, em todas as classes se contestam a família nuclear e a propriedade privada, fatores indispensáveis à constituição de uma comunidade ideal.

( ) Na cidade platônica, é dever do filósofo supri-la materialmente com bens duráveis e alimentos, bem como ser responsável pela sua defesa.

( ) O conceito de justiça na cidade platônica estende-se do plano político à tripartição da alma, o que significa que há justiça na República mesmo havendo classes e diferenças entre elas.

( ) O filósofo, pertencente à classe dos magistrados, é aquele cuja tarefa consiste em apresentar a ideia do Bem e ordenar os diferentes elementos das classes, produzindo a sua harmonia.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V – V – F – F – F.

b) V – F – V – V – F.

c) F – V – V – F – V.

d) F – V – F – V – F.

e) F – F – F – V – V.

Resposta: e

Questão 56. (Uel 2014)

Observe a figura a seguir e responda à(s) questão(ões) seguinte(s).

Leia o texto a seguir.

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Descartes, na segunda parte do Discurso do Método, apresenta uma crítica às cidades antigas por serem caóticas. Tais cidades, por terem sido no início pequenos burgos e havendo se transformado, ao longo do tempo, em grandes centros, são comumente mal calculadas. Suas ruas curvas e desiguais foram obra do acaso e não uma disposição da vontade de alguns homens que se utilizaram da razão.

(Adaptado de: DESCARTES, R. Discurso do Método São Paulo: Nova Cultural, 1999. p.43-44. (Coleção Os Pensadores.))

Com base no texto, nos conhecimentos sobre o racionalismo cartesiano e sobre uma possível relação com o tema do planejamento e da construção das cidades, assinale a alternativa correta.

a) A arquitetura das cidades compreende as edificações planejadas, em que coincidem a ordem racional e a ordem da realidade objetiva.

b) A experiência sensível era o princípio capaz de fundamentar as leis do conhecimento, permitindo certo ordenamento das construções nas cidades.

c) A mente é como uma folha em branco, isenta de impressões, assim, o conhecimento que nos permite edificar as cidades inicia-se na execução.

d) O conhecimento se constrói num processo que vai do particular para o universal, o que valoriza o caráter indutivo na construção das cidades.

e) Os engenheiros e os mestres de obras se utilizam do conhecimento empírico para a edificação e o planejamento de nossas cidades.

Resposta: a

Questão 57. (Uel 2014)

Observe a figura a seguir e responda à(s).

A figura mostra Atenas na atualidade. Observam-se as ruínas da Acrópolis – onde ficavam os templos como o Parthenon –, o Teatro de Dionísio e a Asthy – com a Ágora (Mercado/Praça Pública) e as casas dos moradores.

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Leia o texto a seguir.

Para Aristóteles, a boa convivência entre os habitantes da cidade ideal não seria nunca obtida com a mera apathia (ausência de paixões) platônica, mas somente através de uma boa medida entre razão e afetividade. Enfim, a arte não apenas é capaz de nos trazer saber, ela tem também uma função edificante e pedagógica.

(FEITOSA, C. Explicando a filosofia com arte Rio de Janeiro: Ediouro, 2004, p.123.)

Com base na figura, no texto, nos conhecimentos sobre Aristóteles e na ideia de que os espaços do Teatro, da Ágora, dos Templos na cidade de Atenas foram imprescindíveis para a vocação formativa da arte na Grécia Clássica, considere as afirmativas a seguir.

I. A catarse propiciada pelas obras teatrais trágicas apresentadas na cidade grega operava uma transformação das emoções e tornava possível que os cidadãos se purificassem e saíssem mais elevados dos espetáculos.

II. A obra poética educava e instruía o cidadão da cidade grega, e isso acontecia por consequência da satisfação que este sentia ao imitar os atos dos grandes heróis que eram encenados no teatro.

III. O poeta demonstrava o universal como possível ao criar modelos de situações exemplares, que permitem fortalecer o sentimento de comunidade.

IV. O belo nas diversas artes, como nos poemas épicos, na tragédia e na comédia, desvinculava--se dos laços morais e sociais existentes na polis, projetando-se em um mundo idealizado.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

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e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: d

Questão 58. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.

Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos – sociedade cosmopolita.

(Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.)

Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de Kant, assinale a alternativa correta.

a) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna imperativo um governo paternal para indicar a felicidade.

b) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ativos também as mulheres e os empregados.

c) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado.

d) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade.

e) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao poder legislativo supremo.

Resposta: d

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Questão 59. (ENEM/2014)

SANZIO, R. Detalhe do afresco A Escola de Atenas Disponível em: http://fil.cfh.ufsc.br Acesso em: 20 mar. 2013.

No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a

a) suspensão do juízo como reveladora da verdade.

b) realidade inteligível por meio do método dialético.

c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus.

d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino.

e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

Resposta: b

Questão 60. (UNESP SP/2014)

A condenação à violência pode ser estendida à ação dos militantes em prol dos direitos animais que depredaram os laboratórios do Instituto Royal, em São Roque. A nota emocional é difícil de contornar: 178 cães da raça beagle, usados em testes de medicamentos, foram retirados do local. De um lado, por mais que seja minimizado e controlado, há o sofrimento dos bichos. Do outro lado, está nosso bem maior: nas atuais condições, não há como dispensar testes com

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animais para o desenvolvimento de drogas e medicamentos que salvarão vidas humanas.

(Direitos animais. Veja, 25.10.2013.)

Sob o ponto de vista filosófico, os valores éticos envolvidos no fato relatado envolvem problemas essencialmente relacionados

a) à legitimidade do domínio da natureza pelo homem.

b) a diferentes concepções de natureza religiosa.

c) a disputas políticas de natureza partidária.

d) à instituição liberal da propriedade privada.

e) aos interesses econômicos da indústria farmacêutica.

Resposta: a

Questão 61. (ENEM/2014) Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano.

EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia Rio de Janeiro: Eduff, 1974.

No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim

a) alcançar o prazer moderado e a felicidade.

b) valorizar os deveres e as obrigações sociais.

c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.

d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.

e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.

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Resposta: a

Questão 62. (UNITAU SP/2014)

Os gregos firmaram os principais alicerces da civilização ocidental. Encontramos raízes gregas em diferentes áreas da cultura contemporânea: Artes, Ciências, Filosofia, Política. Considerando esse aspecto, é CORRETO afirmar que

a) Ésquilo e Sófocles escreveram tragédias de grande beleza e profundidade que até hoje são apresentadas, como Prometeu Acorrentado (Ésquilo) e Édipo Rei, Electra e Antígona (Sófocles).

b) a Filosofia despontou no século VI a.C., com a chamada Escola Eleática (Parmênides e Heráclito), que afirmava que o átomo, o vácuo e os movimentos são a essência de todas as coisas. Os atomistas (Leucipo e Demócrito) discutiram a questão da permanência e da mudança.

c) os três maiores expoentes da Filosofia grega são Sócrates, Platão e Aristóteles. Sócrates deu à Filosofia um caráter humanista e moral. Para Platão as coisas do mundo sensível são apenas cópia da realidade do mundo das ideias. Aristóteles afirmava a dualidade de todos os seres - matéria e forma.

d) com o surgimento de novas escolas, como a dos epicuristas, estoicos e céticos que, mais do que ideias filosóficas, apresentavam normas de comportamento individual e social, a Filosofia, a partir do século IV a.C., entrou em processo de decadência.

e) na Arquitetura, tão bem expressa pelos templos, destacam-se os estilos dórico (colunas pesadas e capitel liso), jônico (colunas mais leves e capitel em voluta), e Corinto, este já na fase helenística (bastante parecido, porém mais ornamentado que o jônico).

Resposta: b

Questão 63. (Unievangélica GO/2014)

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Áreas do conhecimento como a medicina, a física, a astronomia, a matemática, a história e a filosofia devem muito à cultura e aos sábios gregos.

Sobre a cultura grega, verifica-se que

a) os gregos criaram um rico conjunto de mitos que não tinham nenhuma relação com a vida prática ou com os seres humanos e que eram apenas narrativas da vida dos deuses e dos heróis.

b) entre os costumes culturais dos gregos destaca-se uma alimentação moderada, além de que sua força e saúde se deviam à sobriedade e aos habituais exercícios físicos.

c) os gregos desenvolveram uma série de crenças, rituais, divindades e templos comuns, cuja principal característica era o monoteísmo e a iconoclastia.

d) um dos maiores centros de difusão da cultura helenística foi a cidade de Alexandria, pois ali se encontravam sábios gregos e orientais que não se deixaram influenciar pela cultura do outro.

Resposta: b

Questão 64. (UEA AM/2014)

A sabedoria do amo consiste no emprego que ele faz dos seus escravos; ele é senhor, não tanto porque possui escravos, mas porque deles se serve. Esta sabedoria do amo nada tem, aliás, de muito grande ou de muito elevado; ela se reduz a saber mandar o que o escravo deve saber fazer. Também todos que a ela se podem furtar deixam os seus cuidados a um mordomo, e vão se entregar à política ou à filosofia.

(Aristóteles. A política, s/d. Adaptado.)

O filósofo Aristóteles dirigiu, na cidade grega de Atenas, entre 331 e 323 a.C., uma escola de filosofia chamada de Liceu. No excerto, Aristóteles considera que a escravidão

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a) é um empecilho ao florescimento da filosofia e da política democrática nas cidades da Grécia.

b) permite ao cidadão afastar-se de obrigações econômicas e dedicar-se às atividades próprias dos homens livres.

c) facilita a expansão militar das cidades gregas à medida que liberta os cidadãos dos trabalhos domésticos.

d) é responsável pela decadência da cultura grega, pois os senhores preocupavam-se somente em dominar os escravos.

e) promove a união dos cidadãos das diversas pólis gregas no sentido de garantir o controle dos escravos.

Resposta: b

Questão 65. (UFG GO/2014)

Leia o texto a seguir.

Alexandre não tentou reorganizar a cidade, como pretendiam Platão e Aristóteles, mas inaugurou um novo modo de governar. Nesse sentido, a sua ação contrariou profundamente as orientações que recebera de Aristóteles.

MARTINS, O. S.; MELO, J. J. P. A paideia helenística. Apud ROSSI, A. L. D. O. C. (Org.). Migrações e imigrações entre saberes, culturas e religiões no mundo antigo e medieval Assis: Unesp, 2009. p. 35.

O fragmento se refere ao governo do imperador Alexandre Magno no século IV a.C. A partir da análise do texto e considerando o contexto a que se refere, destaca-se, como uma das características do governo de Alexandre Magno, a

a) ênfase na política de paz com os impérios orientais, por meio de alianças com os persas e os egípcios, colocando fim à expansão grega.

b) afirmação da cultura grega como a forma de expressão aceita, estabelecendo o sofismo como base para o governo da pólis.

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c) adoção da religião politeísta e antropomórfica, composta de vários deuses que se assemelhavam aos homens, substituindo a adoração ao imperador.

d) valorização da filosofia como fundamento da vida cívica, utilizando o estoicismo e o epicurismo para justificar a existência da pólis.

e) retomada do despotismo em que a autoridade do governo era inquestionável, sepultando as conquistas de direitos que fundamentaram a democracia.

Resposta: e

Questão 66. (ESPM/2014)

Seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocínio lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia devia desempenhar um papel auxiliar na realização deste objetivo. Por isso a tese de que a filosofia está a serviço da teologia.

(Antonio Carlos Wolkmer Introdução à História do Pensamento Político)

O texto deve ser relacionado com:

a) a filosofia epicurista;

b) a filosofia escolástica;

c) a filosofia iluminista;

d) o socialismo;

e) o positivismo.

Resposta: b

Questão 67. (UEA AM/2014)

O sofista é um diálogo de Platão do qual participam Sócrates, um estrangeiro e outros personagens. Logo no início do diálogo, Sócrates pergunta ao

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estrangeiro, a que método ele gostaria de recorrer para definir o que é um sofista.

Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes desenvolver toda a tese que queres demonstrar, numa longa exposição ou empregar o método interrogativo?

Estrangeiro: – Com um parceiro assim agradável e dócil, Sócrates, o método mais fácil é esse mesmo; com um interlocutor. Do contrário, valeria mais a pena argumentar apenas para si mesmo.

(Platão. O sofista, 1970. Adaptado.)

É correto afirmar que o interlocutor de Sócrates escolheu, do ponto de vista metodológico, adotar

a) a maiêutica, que pressupõe a contraposição dos argumentos.

b) a dialética, que une numa síntese final as teses dos contendores.

c) o empirismo, que acredita ser possível chegar ao saber por meio dos sentidos.

d) o apriorismo, que funda a eficácia da razão humana na prova de existência de Deus.

e) o dualismo, que resulta no ceticismo sobre a possibilidade do saber humano.

Resposta: a

Questão 68. (ENEM/2014) Panayiotis Zavos “quebrou” o último tabu da clonagem humana – transferiu embriões para o útero de mulheres, que os gerariam. Esse procedimento é crime em inúmeros países. Aparentemente, o médico possuía um laboratório secreto, no qual fazia seus experimentos. “Não tenho nenhuma dúvida de que uma criança clonada irá aparecer em breve. Posso não ser eu o médico que irá criá-la, mas vai acontecer”, declarou Zavos. “Se nos esforçarmos, podemos ter um bebê clonado daqui a um ano, ou dois, mas não sei se é o caso. Não sofremos pressão para entregar um bebê clonado

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ao mundo. Sofremos pressão para entregar um bebê clonado saudável ao mundo.”

CONNOR, S. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado).

A clonagem humana é um importante assunto de reflexão no campo da bioética que, entre outras questões, dedica-se a

a) refletir sobre as relações entre o conhecimento da vida e os valores éticos do homem.

b) legitimar o predomínio da espécie humana sobre as demais espécies animais no planeta.

c) relativizar, no caso da clonagem humana, o uso dos valores de certo e errado, de bem e mal.

d) legalizar, pelo uso das técnicas de clonagem, os processos de reprodução humana e animal.

e) fundamentar técnica e economicamente as pesquisas sobre células-tronco para uso em seres humanos.

Resposta: a

Questão 69. (ENEM/2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).

Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)

a) dissolução do saber científico.

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b) recuperação dos antigos juízos.

c) exaltação do pensamento clássico.

d) surgimento do conhecimento inabalável.

e) fortalecimento dos preconceitos religiosos.

Resposta: d

Questão 70. (UNICAMP SP/2014)

A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia.

(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.)

A partir do texto, é correto afirmar que:

a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes.

b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico.

c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes.

d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno.

Resposta: d

Questão 71. (UEPA/2014)

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“As Catilinárias” são um célebre discurso de Marco Túlio Cícero, filósofo e cônsul romano do século I a.C., contra Lucius Catilina. O discurso denuncia a trama do jovem patrício e de seus seguidores para obter riquezas com a derrubada do governo republicano. O discurso é representativo da obra ciceroniana que, em geral, apresenta a política como tema central, mesmo em textos cujo propósito seja tratar de questões jurídicas e filosóficas. Essa inclinação na obra de Cícero se explica pelo (a):

a) ligação entre pensamento filosófico e vida política na Roma republicana, cuja ordem democrática ensejava uma prerrogativa utilitária para o exercício filosófico.

b) fato de Cícero ocupar cargos políticos no Império Romano, o que demarca a peculiaridade da sua obra.

c) força do pensamento jurídico na vida pública romana, o que limitava as possibilidades temáticas de especulação filosófica.

d) fragilidade reflexiva da filosofia romana se comparada às obras gregas dos séculos anteriores.

e) espaço ocupado pela oratória nas obras filosóficas romanas, empregada como valioso instrumento para a ação política.

Resposta: e

Questão 72. Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.

Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a):

a) liberdade humana, que consagra a vontade.

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b) razão comunicativa, que requer um consenso.

c) conhecimento filosófico, que expressa a verdade.

d) técnica científica, que aumento o poder do homem.

e) poder político, que se concentra no sistema partidário.

Resposta: b

Questão 73. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014)

Sócrates foi julgado e condenado à morte pelo tribunal da cidade de Atenas por volta do ano de 399 a.C. O filósofo fez a sua defesa no tribunal ateniense, procurando refutar seus acusadores:

Cidadãos atenienses, eu vos respeito e vos amo, mas enquanto eu respirar e estiver na posse de minhas faculdades, não deixarei de filosofar e de vos exortar ou de instruir cada um, dizendo-lhe, como é meu costume: – Ótimo homem, tu que és cidadão de Atenas, da cidade maior e mais famosa pelo saber e pelo poder, não te envergonhas de fazer caso das riquezas, para guardares quanto mais puderes e da glória e das honrarias, e de não fazer caso da sabedoria, da verdade e da alma?

(Platão. Apologia de Sócrates, 1969. Adaptado.)

O sentido que Sócrates dava à razão pode ser relacionado, no aspecto político, com a implantação, em Atenas, da

a) Oligarquia.

b) Teocracia.

c) Tirania.

d) Democracia.

e) Talassocracia.

Resposta: d

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Questão 74. (UNESP SP/2014)

Tradição de pensamento ético fundada pelos ingleses Jeremy Bhentam e John Stuart Mill, o utilitarismo almeja muito simplesmente o bem comum, procurando eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão que diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da sociedade. No caso da situação dos povos nativos brasileiros, já se destinou às reservas indígenas uma extensão de terra equivalente a 13% do território nacional, quase o dobro do espaço destinado à agricultura, de 7%. Mas a mortalidade infantil entre a população indígena é o dobro da média nacional e, em algumas etnias, 90% dos integrantes dependem de cestas básicas para sobreviver. Este é um ponto em que o cômputo utilitarista de prejuízos e benefícios viria a calhar: a felicidade dos índios não é proporcional à extensão de terra que lhes é dado ocupar.

(Veja, 25.10.2013. Adaptado.)

A aplicação sugerida da ética utilitarista para a população indígena brasileira é baseada em

a) uma ética de fundamentos universalistas que deprecia fatores conjunturais e históricos.

b) critérios pragmáticos fundamentados em uma relação entre custos e benefícios.

c) princípios de natureza teológica que reconhecem o direito inalienável do respeito à vida humana.

d) uma análise dialética das condições econômicas geradoras de desigualdades sociais.

e) critérios antropológicos que enfatizam o respeito absoluto às diferenças de natureza étnica.

Resposta: b

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Questão 75. (ENEM/2013) O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

a) religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.

b) ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.

c) repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio da tortura física.

d) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.

e) consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.

Resposta: d

Questão 76. (ENEM/2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o

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sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.

MAQUIAVEL, N. O príncipe Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser

a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.

b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.

c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.

d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.

e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

Resposta: c

Questão 77. (ENEM/2013) TEXTO I

Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.

DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).

TEXTO II

É de caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida,

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e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se

a) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.

b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.

c) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.

d) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.

e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

Resposta: b

Questão 78. (ENEM/2013) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.

ARISTÓTELES. A Política São Paulo: Cia. das Letras, 2010.

Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como

a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.

b) plenitude espiritual a ascese pessoal.

c) finalidade das ações e condutas humanas.

d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.

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e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.

Resposta: c

Questão 79. (ENEM/2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.

MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).

A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja

a) Exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.

b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.

c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.

d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.

e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.

Resposta: d

Questão 80. (ENEM/2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa

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anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em

a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.

b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.

c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.

d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.

e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

Resposta: c

Questão 81. (ENEM/2013) Quando ninguém duvida da existência de um outro mundo, a morte é uma passagem que deve ser celebrada entre parentes e vizinhos. O homem da Idade Média tem a convicção de não desaparecer completamente, esperando a ressurreição. Pois nada se detém e tudo continua na eternidade. A perda contemporânea do sentimento religioso fez da morte uma provação aterrorizante, um trampolim para as trevas e o desconhecido.

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DUBY, G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).

Ao comparar as maneiras com que as sociedades têm lidado com a morte, o autor considera que houve um processo de

a) mercantilização das crenças religiosas.

b) transformação das representações sociais.

c) disseminação do ateísmo nos países de maioria cristã.

d) diminuição da distância entre saber científico e eclesiástico.

e) amadurecimento da consciência ligada à civilização moderna.

Resposta: b

Questão 82. (ENEM/2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que

a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.

b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.

c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.

d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.

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e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.

Resposta: a

Questão 83. (Unioeste 2013) “A pintura compreende as superfícies, as cores e as formas de toda coisa criada pela natureza, enquanto a filosofia penetra nesses mesmos corpos para considerar suas verdades inerentes, ainda que sem ficar com essas verdades satisfeitas. Não assim o pintor, que abraça a verdade imediata e total dos corpos, pois menos se engana o olho.

Todas as ciências que têm sua finalidade nas palavras estão mortas desde o nascedouro, à exceção de sua parte manual, a escritura, que é parte mecânica.

Quem reprova a pintura reprova a natureza, porque as obras do pintor representam essa mesma natureza”.

Leonardo da Vinci.

Considerando o texto acima e que Leonardo da Vinci entende a pintura como imitação da natureza por meio das técnicas matemáticas da perspectiva, é INCORRETO afirmar que

a) a filosofia, ao penetrar nos corpos naturais, consegue obter um conhecimento completo das verdades inerentes.

b) a pintura é superior às outras ciências porque constrói os objetos da mesma maneira que a natureza.

c) há uma superioridade da visão sobre a palavra escrita na concepção de conhecimento de Leonardo da Vinci.

d) Leonardo da Vinci considera que a pintura possibilita conhecer os corpos de modo imediato.

e) encontramos em Leonardo da Vinci uma proposta de conhecimento na qual a observação da natureza é fundamental.

Resposta: a

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Questão 84. (Ufsm 2013) O filósofo André Comte-Sponville escreveu o seguinte:

Quanto às empresas, elas tendem antes de mais nada ao lucro. Não as critico por isso: é a função delas, e desse lucro todos nós necessitamos. Mas quem pode acreditar que o lucro baste para fazer que uma sociedade seja humana? A economia produz riquezas, e riquezas são necessárias, e nunca serão demais. Mas também precisamos de justiça, de liberdade, de segurança, de paz, de fraternidade, de projetos, de ideais... Não há mercado que os forneça. É por isso que é preciso fazer política: porque a moral não basta, porque a economia não basta e, portanto, porque seria moralmente condenável e economicamente desastroso pretender contentar-se com uma e outra.

Considere as seguintes afirmações:

I. A liberdade de ação pode ser incompatível com a justiça.

II. A intervenção na economia é própria de um estado liberal.

III. Comte-Sponville prescreve que a política deva ser um complemento indispensável à moral e à economia.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I e II.

b) apenas III.

c) apenas I e III.

d) apenas II e III.

e) I, II e III.

Resposta: d

Questão 85. (Ufsm 2013) Quando o assunto é aquecimento global, o mundo agora se divide entre ecorradicais e ecochatos. [...] De um lado estão os

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ambientalistas radicais. Para eles, o aquecimento global é responsável por todos os desastres naturais de que se tem notícia. É o caso da onda de calor de 2003, que matou 40 mil pessoas na Europa, e do derretimento da neve do Kilimandjaro, por exemplo. (Na verdade, a onda foi causada por uma anomalia na circulação de ar, e o Kilimandjaro já estava degelando desde 1953, graças a raios solares.)

Fonte: Revista Superinteressante, edição 299, dezembro 2011, p. 57.

Considere as seguintes afirmações:

I. Se alguém não for nem ecorradical nem ecochato quanto ao aquecimento global, a divisão proposta no texto é uma falsa dicotomia.

lI. Afirmar que todos os desastres naturais são causados pelo aquecimento global é um exemplo de generalização apressada.

III. Atribuir a onda de calor de 2003 ao aquecimento global é um exemplo de falsa causa.

Está(ão) correta(s)

a) apenas l.

b) apenas III.

c) apenas l e ll.

d) apenas ll e lll.

e) I, ll e III.

Resposta: e

Questão 86. (Upe 2013) A história da ética, como disciplina filosófica, é mais limitada, no tempo e no material tratado, que a história das ideias morais da humanidade. Esta última história compreende o estudo de todas as normas que regulam o comportamento humano desde os tempos pré-históricos até nossos dias.

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VITA, Luís Washington. Introdução à filosofia, 1964, p. 143.

Sobre esse assunto, coloque V nas afirmativas Verdadeiras e F nas Falsas.

( ) A ética é uma ciência prática e, portanto, sem rigor teórico.

( ) A ética ou filosofia moral é a parte da estética que se ocupa da reflexão a respeito das noções e dos princípios que fundamentam a vida humana.

( ) Uma das definições mais corriqueiras da ética ou moral é aquela que se refere ao estudo da atividade humana com relação aos seus fins imediatos, que é a realização plena da humanidade.

( ) A história da moral serve de objeto de reflexão para a ética, ou seja, a ética parte da diversidade de morais no tempo, com os seus respectivos valores, princípios e normas.

( ) A filosofia moral se ocupa da conduta humana sob o aspecto, segundo o qual pode ser julgada certa ou errada, virtuosa ou viciosa, boa ou má.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) F, F, F, V, V

b) F, F, V, V, V

c) V, F, F, V, V

d) V, V, F, F, F

e) F, V, F, F, V

Resposta: a

Questão 87. (Ufpa 2013) Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com seus súditos, Maquiavel questiona as concepções vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das boas qualidades morais dos homens que dirigem as instituições. Para o autor, “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são

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maus. Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”.

Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 1973, p.69.

Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de um príncipe, é correto afirmar que

a) a atitude do governante para com os governados deve estar pautada em sólidos valores éticos, devendo o príncipe punir aqueles que não agem eticamente.

b) o Bem comum e a justiça não são os princípios fundadores da política; esta, em função da finalidade que lhe é própria e das dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a ética.

c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude.

d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo nas situações em que seus atos pareçam maus.

e) a ética e a política são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade política onde o governante age conforme a virtude.

Resposta: b

Questão 88. (Ueg 2013) A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isso, onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas.

CHAUI, Marilena. Convite à filosofia São Paulo: Ática, 2003. p. 218.

Com base na afirmação precedente pode-se afirmar que:

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a) a ciência, ao contrário do senso comum, é um conhecimento objetivo, quantitativo e generalizador, que se opõe ao caráter dogmático e subjetivo do senso comum.

b) a ciência domina o imaginário contemporâneo. Isso significa que, cada vez mais, confiamos no testemunho de nossos sentidos que promovem uma adesão acrítica à realidade dada.

c) a ciência existe para confirmar nossas certezas cotidianas, utilizando um pensamento assistemático que despreza o trabalho da razão.

d) a rigor, a ciência complementa o senso comum, mas banindo os obstáculos e problemas observados por nossa percepção imediata das coisas.

Resposta: a

Questão 89. (Unimontes 2013) O ser humano é responsável pelo equilíbrio ecológico. Deve também ser responsável por evitar o desastre e, consequentemente, o desaparecimento do planeta. Nossa responsabilidade não é só com o momento presente, mas igualmente com as gerações vindouras. Dessa forma, pode-se afirmar que

a) a consciência ecológica deturpa a ideia de que a natureza é um convite para vivermos em harmonia com as demais formas de vida presentes no planeta.

b) a consciência ecológica nos faz compreender que a natureza é um convite para vivermos em harmonia com as demais formas de vida presentes no planeta.

c) a consciência ecológica atrapalha a compreensão de que a natureza é um convite para vivermos em harmonia com as demais formas de vida presentes no planeta.

d) a consciência ecológica é um obstáculo para compreendermos que a natureza é um convite para vivermos em harmonia com as demais formas de vida presentes no planeta.

Resposta: b

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Questão 90. (Upe 2013) Sobre o conhecimento filosófico, atente ao texto que se segue:

O conhecimento filosófico é, diversamente do conhecimento científico, um conhecimento crítico, no sentido de que põe sempre em problema o conhecimento obtido pelos processos da Ciência.

MARTINS, José Salgado. Preparação à Filosofia, 1969, p. 9.

Tomando como base o conhecimento filosófico, coloque V nas afirmativas verdadeiras e F nas falsas.

( ) A filosofia é um tipo de saber, que não diz tudo o que sabe e uma norma que não enuncia tudo aquilo que postula. O saber filosófico, portanto, é profundo, mesmo quando parece mais claro e transparente.

( ) A filosofia deve ser estudada e ensinada com base nos problemas que suscita e não apenas em virtude das respostas que proporciona a esses mesmos problemas.

( ) A filosofia se faz presente como reflexão crítica a respeito dos fundamentos do conhecimento e da ação, por isso mesmo distinta da ciência pelo modo de abordagem do seu objeto que, no caso desta, é particular e, no caso da filosofia, é universal.

( ) O percurso da filosofia é caracterizado pela exigência de clareza e de livre crítica.

( ) O conhecimento filosófico apresenta-se como a ciência dos fundamentos. Sua dimensão de profundidade e radicalidade o distingue do conhecimento científico.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) V, F, V, F, V

b) F, V, F, V, V

c) V, V, F, F, V

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d) V, V, V, V, V

e) F, V, F, V, F

Resposta: d

Questão 91. (Unesp 2013) Leia.

O marketing religioso objetiva identificar as necessidades de espírito e de conhecimento dos adeptos de uma determinada religiăo, oferecendo uma linha de produtos e serviços específicos para determinado segmento religioso e linguagem inerente ao tipo de pregaçăo veiculada. A pessoa que se sente vazia num mundo capitalista e individualista busca refúgio através de uma religiăo. Identificar o público que mais frequenta o templo e o bairro onde o mesmo está situado, o nível de escolaridade, renda, hábitos, demais dados dos perfis demográficos e psicográficos săo considerados num planejamento de marketing de uma linha de produtos religiosos.

(Fernando Rebouças. Marketing religioso. www.infoescola.com, 04.01.2010. Adaptado.)

O fenômeno descrito pode ser explicado por tendências de

a) instrumentalização e mercantilização da fé religiosa.

b) crítica religiosa à massificação de produtos de consumo.

c) recuperação das práticas religiosas tradicionais.

d) indiferença das igrejas e religiões frente às demandas de mercado.

e) rejeição de ferramentas administrativas no âmbito religioso.

Resposta: a

Questão 92. (Upe 2013) Atente ao texto a seguir sobre a filosofia na história:

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A história da filosofia é a exposição crítica e metódica dos principais sistemas e das mais importantes escolas filosóficas. Seguir o pensamento humano nas diferentes fases de seu desenvolvimento através das idades, inventariar os esforços e as tentativas feitas nas diversas épocas, pelas mais poderosas inteligências, para dar uma solução racional e científica às mais altas questões acerca de Deus, do homem e do universo, tal é o seu objeto. Como a história de todas as ciências, também a da filosofia deve ser crítica e metódica.

FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia, 1990, p. 19. Disponível em: filosofiaefilosofiadaeducacao.blogspot.com

Sobre esse assunto, coloque V nas afirmativas Verdadeiras e F nas Falsas.

( ) Na história da filosofia, os sofistas operaram uma verdadeira revolução espiritual, deslocando o eixo da reflexão filosófica do enfoque sobre aquilo que concerne à vida do homem como membro de uma sociedade para o que concerne à natureza e ao cosmos.

( ) A história da filosofia moderna é a história do desenvolvimento do cartesianismo em seu aspecto de idealismo e de mecanicismo.

( ) A filosofia moderna se caracterizou pela preocupação com as questões do conhecer capazes de produzir a nova ciência, ou seja, recursos que pudessem proporcionar a passagem da especulação metafísica para as explicações experimentais.

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( ) Na história da filosofia grega, o período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) é aquele em que os filósofos se preocupam quase exclusivamente com os problemas cosmológicos.

( ) Entre as filosofias da Antiguidade Greco-latina e as chamadas filosofias modernas, a transição é a filosofia da Idade Média, na qual o pensamento é dominado pela religião triunfante – o cristianismo, que como todas as religiões, contém um certo número de ideias filosóficas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) F, F, V, V, V

b) V, F, V, V, F

c) F, V, V, V, V.

d) V, V, F, F, V.

e) F, F, F, V, V.

Resposta: c

Questão 93. (Ueg 2013) Com a emergência da época moderna, a partir do Séc. XVII, ocorreram diversas mudanças cruciais no plano filosófico, científico e religioso que mudaram a forma de o ser humano compreender a si mesmo, o universo e a sociedade. Nesse sentido, pode-se inferir que:

a) a religião foi substituída por uma visão de mundo filosófico-científica inspirada nos pensamentos de Marx, Nietzsche, Freud e Darwin.

b) no plano da filosofia, da ciência e da religião, observa-se uma maior liberdade e autonomia do homem para interpretar o mundo natural, social e religioso.

c) o processo de secularização e racionalização promoveu duas visões de mundo concorrentes – o racionalismo e o cientificismo.

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d) ocorre uma unificação do pensamento filosófico, científico e religioso, promovendo uma indiferenciação dentro do próprio conhecimento.

Resposta: b

Questão 94. (Unimontes 2013) Gusdorf entende que o adolescente anseia pela liberdade. A liberdade, por sua vez, não é uma dádiva, mas conquista. Com relação à liberdade na adolescência, podemos afirmar:

a) O adolescente não precisa aprender a ser livre. A liberdade não depende dos significados que damos à nossa existência.

b) O adolescente pode fazer o que bem entende. Liberdade não requer respeito pelo próximo.

c) O adolescente precisa aprender a ser livre e isso depende dos significados que dá à sua existência.

d) O adolescente pode fazer o que bem entende. Liberdade não requer respeito nem por si mesmo nem pelo próximo.

Resposta: c

Questão 95. (Unesp 2013) Leia.

Em um documento rubricado pela Rede Global de Academias de Ciência (IAP), um grupo de pensadores da comunidade científica com sede em Trieste (Itália) que engloba 105 academias de todo o mundo alerta pela primeira vez sobre os riscos do consumo nos países do Primeiro Mundo e a falta de controle demográfico, principalmente nas nações em desenvolvimento. Na declaração da comunidade científica se indica que as pautas de consumo exacerbado do Primeiro Mundo estão se deslocando perigosamente para os países em desenvolvimento: os milhões de telefones celulares e toneladas de “junk food” que invadem os lares pobres são claros indicadores dessa problemática. A ausência nos países pobres de políticas de planejamento familiar ou de prevenção de gravidezes precoces acaba de configurar um sombrio cenário de

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superpopulação. “Trata-se de dois problemas convergentes que pela primeira vez analisamos de forma conjunta”, afirma García Novo.

(Francho Barón. El País, 16.06.2012. Adaptado.)

Um dos problemas relatados no texto está relacionado com

a) a supremacia de tendências estatais de controle sobre a economia liberal.

b) o aumento do nível de pobreza nos países subdesenvolvidos.

c) a hegemonia do planejamento familiar nos países do Terceiro Mundo.

d) o declínio dos valores morais e religiosos na era contemporânea.

e) o irracionalismo das relações de consumo no mundo atual.

Resposta: e

Questão 96. (Unesp 2013) Leia.

Encontrar explicações convincentes para a origem e a evolução da vida sempre foi uma obsessão para os cientistas. A competição constante, embora muitas vezes silenciosa, entre os indivíduos, teria preservado as melhores linhagens, afirmava Charles Darwin. Assim, um ser vivo com uma mutação favorável para a sobrevivência da espécie teria mais chances de sobreviver e espalhar essa característica para as futuras gerações. Ao fim, sobreviveriam os mais fortes, como interpretou o filósofo Herbert Spencer. Um século e meio depois, um biólogo americano agita a comunidade científica internacional ao ousar complementar a teoria da seleção darwinista. Segundo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, o processo evolutivo é mais bem-sucedido em sociedades nas quais os indivíduos colaboram uns com os outros para um objetivo comum. Assim, grupos de pessoas, empresas e até países que agem pensando em benefício dos outros e de forma coletiva alcançam mais sucesso, segundo o americano.

(Rachel Costa. O poder da generosidade. IstoÉ, 11.05.2012. Adaptado.)

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Embora divergentes no que se refere aos fatores que explicam a evolução da espécie humana, ambas as teorias, de Darwin e de Wilson, apresentam como ponto comum a concepção de que

a) influências religiosas e metafísicas são o principal veículo no processo evolutivo humano ao longo do tempo.

b) são os condicionamentos psicológicos que influenciam de maneira decisiva o progresso na história.

c) a sobrevivência da espécie humana ao longo da história é explicada pela primazia de fatores de natureza evolutiva.

d) os fatores econômicos e materiais são os principais responsáveis pelas transformações históricas.

e) os fatores intelectuais são os principais responsáveis pelo sucesso dos homens em dominar a natureza.

Resposta: c

Questão 97. (Upe 2013) O conceito de cultura englobou desde a Grécia Antiga a noção de que o homem modifica o universo segundo seus propósitos. Inserido nele, o homem consegue penetrá-lo e transformá-lo com a força de seu trabalho. As mudanças que ele introduz não são alterações a esmo, implicam um grau de consciência ou intenção, bem como o uso de técnicas capazes de melhorar o mundo. E se o fazer integra o modo humano de existir, propiciando a concretização de intentos, pode-se indagar sobre o que se projeta no sonho transformador do homem.

CARVALHO, José Maurício. O Homem e Filosofia, 1998, p. 153.

Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir:

I. O homem é um ser vivente, que, no cotidiano, é conhecido como único agente e membro da vida cultural.

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II. O trabalho pode ser entendido como atividade do homem transformando a natureza. Assim sendo, parece evidente a relação entre trabalho e realização humana. Tal relação é tão antiga quanto a própria história da humanidade.

III. A civilização tecnológica tem influência marcante no modo de ser e pensar de cada um de nós, assim como na forma da organização econômica, política e cultural das sociedades contemporâneas.

IV. A transformação do mundo material ocorre simultaneamente com a das formas de conhecimento produzidas pelas sociedades ao longo da história. A passagem de um momento para outro, na história das sociedades, ocorre sem conflitos e sem traumas.

V. Os homens não são apenas seres biológicos produzidos pela natureza. São seres culturais que modificam o estado da natureza.

Assinale a alternativa que contém os itens CORRETOS.

a) Apenas I, II, IV e V.

b) Apenas I, II, III e V.

c) Apenas II, III, IV e V.

d) Apenas II, IV e V.

e) I, II, III, IV e V.

Resposta: b

Questão 98. (Ufsj 2013) O romantismo, movimento cultural que se iniciou no final do século XVIII e início do século XIX, influenciou diretamente a filosofia no

a) moralismo humeano.

b) racionalismo cartesiano.

c) idealismo alemão.

d) imoralismo kantiano

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Resposta: c

Questão 99. (Unioeste 2013) “A ideia de conduzir os negócios da ciência com o auxílio de um método que encerre princípios firmes, imutáveis e incondicionalmente obrigatórios, vê-se diante de considerável dificuldade, quando posta em confronto com os resultados da pesquisa histórica. Verificamos, fazendo um confronto, que não há uma só regra, embora plausível e bem fundada na epistemologia, que deixe de ser violada em algum momento. Torna-se claro que tais violações não são eventos acidentais, não são o resultado de conhecimento insuficiente ou de desatenção que poderia ter sido evitada. Percebemos, ao contrário, que as violações são necessárias para o progresso. Com efeito, um dos notáveis traços dos recentes debates travados em torno da história e da filosofia da ciência é a compreensão de que acontecimentos e desenvolvimentos tais como a invenção do atomismo na Antiguidade, a revolução copernicana, o surgimento do moderno atomismo (teoria cinética; teoria da dispersão; estereoquímica; teoria quântica), o aparecimento gradual da teoria ondulatória da luz só ocorreram porque alguns pensadores decidiram não se deixar limitar por certas regras metodológicas ‘óbvias’ ou porque involuntariamente as violaram”

Paul Feyerabend.

Considerando o texto acima, que trata do método na ciência, seguem as afirmativas abaixo:

I. A história da atividade científica, segundo Feyerabend, mostra que os resultados alcançados pela ciência são fruto da perseverança e do trabalho duro dos cientistas em torno de um conjunto de métodos precisos.

II. O método em ciência, visto como a construção de um caminho que leve, inevitavelmente, a um conjunto de verdades imutáveis, é algo sumamente problemático.

III. O surgimento de avanços científicos significativos está intimamente ligado à violação involuntária de regras de método que, na sua simplicidade, emperram o avanço científico.

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IV. Dada qualquer regra, por mais fundamental que se apresente para a ciência, sempre surgirão ocasiões nas quais é conveniente ignorar a regra e mesmo adotar uma regra contrária.

V. A epistemologia, à luz da pesquisa histórica, apresenta um conjunto de eventos não acidentais que se mostraram decisivos quando se trata de compreender o desenvolvimento exitoso de seus resultados.

Das afirmativas acima

a) somente as afirmações I e II estão corretas.

b) somente as afirmações IV e V estão corretas.

c) somente as afirmações I e IV estão corretas.

d) somente as afirmações II, IV e V estão corretas.

e) somente as afirmações I, III e V estão corretas.

Resposta: d

Questão 100. (Upe 2013) A validade de nossos conhecimentos é garantida pela correção do raciocínio. São dois os modos de raciocínio: o indutivo e o dedutivo.

Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.

a) O raciocínio indutivo é amplamente utilizado pelas ciências experimentais.

b) O raciocínio indutivo parte de uma lei universal, considerada válida para um determinado conjunto, aplicando-a aos casos particulares desse conjunto.

c) O raciocínio dedutivo parte de uma lei particular, considerada válida para um determinado conjunto, aplicando-a aos casos universais desse conjunto.

d) O raciocínio dedutivo é uma argumentação na qual, a partir de dados singulares suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal.

e) O raciocínio indutivo é o argumento cuja conclusão é inferida necessariamente de duas premissas.

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Resposta: a

Questão 101. (Upe 2013) Atente ao texto a seguir sobre a dimensão ético-política:

Fala-se hoje, em toda parte e no Brasil, numa “crise” dos valores morais. O sentimento dessa crise expressa-se na linguagem cotidiana, quando se lamenta o desaparecimento do dever-ser, do decoro e da compostura nos comportamentos dos indivíduos e na vida política, ao mesmo tempo em que os que assim julgam manifestam sua própria desorientação em face de normas e regras de conduta cujo sentido parece ter se tornado opaco.

CHAUÍ, Marilena. Ética 1994, p. 345.

Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir:

I. A ética é um sistema ideal de grande nobreza na teoria, mas inaproveitável na prática.

II. A ética é algo inteligível somente no contexto da religião, pois, nesse contexto, a consciência religiosa responde quanto aos fundamentos dos princípios morais.

III. A moral regulamenta as relações mútuas entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, enquanto a política abrange as relações entre grupos humanos (classes, povos ou nações).

IV. O homem pode renunciar à moral, porque esta não corresponde a uma necessidade social; de igual modo, pode renunciar à política, porque esta não responde a uma necessidade social.

V. A realização da moral como concretização de certos princípios coloca a necessidade de relacioná-los com as condições sociais às quais se referem, com as aspirações e interesses que os inspiram e com o tipo concreto de relações humanas que pretendem regulamentar.

Estão CORRETOS

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a) apenas I, II, III e V.

b) apenas II, III, IV e V.

c) apenas III, IV e V.

d) I, II, III, IV e V.

e) apenas III e V.

Resposta: e

Questão 102. (Unimontes 2013) Um espaço importante de ação ideológica são os meios de comunicação de massa, como jornais, revistas, rádio, tevê, internet. Pela internet, dispomos, além da troca de mensagem entre particulares, da difusão de versões on-line de jornais e de páginas pessoais (blogs) das mais diversas tendências políticas. Com relação à ideologia, podemos afirmar:

a) O pensamento é sempre determinado pela ideologia.

b) Os pensamentos são fixos e não admitem mudanças.

c) Os pensamentos são sempre ideológicos e formulados para dominar o ser humano.

d) A ação e o pensamento nunca são totalmente determinados pela ideologia. Sempre haverá espaços para a crítica e fenda que possibilitam a elaboração do discurso contraideológico.

Resposta: d

Questão 103. (Ufsm 2013) Do outro lado, ecocéticos querem limpar a barra dos seres humanos a qualquer custo. Argumentam, por exemplo, que a atividade vulcânica é mais decisiva para o aquecimento global do que as nossas ações – enquanto estudos avaliam que humanos emitem 135 vezes mais CO2 do que vulcões. No meio de tantos dados contraditórios, quem sai perdendo é a ciência.

Fonte: Revista Superinteressante, edição 299, dezembro 2011, p. 57.

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Considere as seguintes afirmações:

I. Afirmações contraditórias entre si não podem ser ambas verdadeiras.

II. Segundo o texto, os ecocéticos negam a existência de um aquecimento global.

III. A tese dos ecocéticos é verificada pelo exemplo do impacto da atividade vulcânica sobre o aquecimento global.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) apenas II e III.

Resposta: a

Questão 104. (Unesp 2013) Texto 1

Sobre o estupro coletivo de uma estudante de 23 anos em Nova Déli, o advogado que defende os suspeitos declarou: “Até o momento eu não vi um único exemplo de estupro de uma mulher respeitável”. Sobre esta declaração, o advogado garantiu que não tentou difamar a vítima. “Eu só disse que as mulheres são respeitadas na Índia, sejam mães, irmãs, amigas, mas diga-me que país respeita uma prostituta?!”

(Advogado de acusados de estupro na Índia denuncia confissão forçada.

http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)

Texto 2

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Na Índia, a violência contra as mulheres tomou uma nova e mais perversa forma, a partir do cruzamento de duas linhas: as estruturas patriarcais tradicionais e as estruturas capitalistas emergentes. Precisamos pensar nas relações entre a violência do sistema econômico e a violência contra as mulheres.

(Vandana Shiva, filósofa indiana. No continuum da violência. O Estado de S.Paulo, 12.01.2013. Adaptado.)

Os textos referem-se ao fato ocorrido na Índia em dezembro de 2012. Pela leitura atenta dos textos, podemos afirmar que:

a) segundo a filósofa, fatos como esse explicam-se pela confluência de fatores históricos e econômicos de exclusão social.

b) para a filósofa, a violência contra as mulheres na Índia deve- se exclusivamente ao neoliberalismo econômico.

c) as duas interpretações sugerem que a prevenção de tais atos violentos depende do resgate de valores religiosos.

d) sob a ótica do advogado, esse fato ocorreu em virtude do desrespeito aos direitos humanos.

e) as duas interpretações limitam-se a reproduzir preconceitos de gênero socialmente hegemônicos naquele país.

Resposta: a

Questão 105. (Unesp 2013) Leia.

A modernidade não pertence a cultura nenhuma, mas surge sempre CONTRA uma cultura particular, como uma fenda, uma fissura no tecido desta. Assim, na Europa, a modernidade não surge como um desenvolvimento da cultura cristã, mas como uma crítica a esta, feita por indivíduos como Copérnico, Montaigne, Bruno, Descartes, indivíduos que, na medida em que a criticavam, já dela se separavam, já dela se desenraizavam. A crítica faz parte da razão que, não pertencendo a cultura particular nenhuma, está em princípio disponível a todos

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os seres humanos e culturas. Entendida desse modo, a modernidade não consiste numa etapa da história da Europa ou do mundo, mas numa postura crítica ante a cultura, postura que é capaz de surgir em diferentes momentos e regiões do mundo, como na Atenas de Péricles, na Índia do imperador Ashoka ou no Brasil de hoje.

(Antonio Cícero. Resenha sobre o livro “O Roubo da História”. Folha de S.Paulo, 01.11.2008. Adaptado.)

Com a leitura do texto, a modernidade pode ser entendida como

a) uma tendência filosófica especificamente europeia e ocidental de crítica cultural e religiosa.

b) uma tendência oposta a diversas formas de desenvolvimento da autonomia individual.

c) um conjunto de princípios morais absolutos, dotados de fundamentação teológica e cristã.

d) um movimento amplo de propagação da crítica racional a diversas formas de preconceito.

e) um movimento filosófico desconectado dos princípios racionais do iluminismo europeu.

Resposta: d

Questão 106. (Unimontes 2013) É verdade que a publicidade, por meio de competentes agências e suas criativas campanhas, divulga a variedade e a qualidade do que é produzido pelo mercado. Desse modo, o consumidor toma conhecimento dos produtos e pode fazer escolhas. No entanto, como vivemos em uma época de consumismo, as pessoas são levadas a comprar muito mais do que necessitam. Com relação à publicidade, é CORRETO afirmar:

a) É neutra e não aceita interferência ideológica.

b) Não vende apenas produtos, mas também ideias.

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c) O espaço publicitário não tem interferência do mercado.

d) Não sofre interferência religiosa e política.

Resposta: b

Questão 107. (Ueg 2013) Leia a letra da canção abaixo.

Disponível em: <http://letras.mus.br/cazuza/43860/>. Acesso em: 6/09/2012.

A categoria “ideologia” é central para as ciências humanas. Nesse sentido, na letra da música citada, ela significa:

a) uma inversão da realidade produzida pelos ideólogos, tal como na concepção de Marx, e que consiste numa necessidade do proletariado.

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b) uma visão de mundo que os seres humanos necessitam para se adaptarem a um mundo em que as utopias perderam sua força mobilizadora.

c) um elemento que contribui para maior coesão social na medida em que explicita as contradições da sociedade de classes.

d) um fato social sem importância para a construção da subjetividade na sociedade atual e na qual todos são reduzidos à condição de consumidores.

Resposta: b

Questão 108. (Unimontes 2013) Diante do desprezo dos pragmáticos de plantão, acenamos com a impossibilidade e a necessidade de reflexão filosófica. Com relação à filosofia, pode-se afirmar:

a) A filosofia pressupõe constante disponibilidade para a indagação. Platão e Aristóteles disseram que a primeira virtude do filósofo é a admiração.

b) A filosofia pressupõe constante disponibilidade para problematizar. Platão e Aristóteles disseram que a primeira virtude do filósofo é a loucura.

c) A filosofia pressupõe constante disponibilidade para a indagação. Platão e Aristóteles disseram que a primeira virtude do filósofo é o sonho.

d) A filosofia pressupõe constante disponibilidade para a indagação. Platão e Aristóteles disseram que a primeira virtude do filósofo é o destemor.

Resposta: a

Questão 109. (Upe 2013) A filosofia, no que tem de realidade, concentra-se na vida humana e deve ser referida sempre a esta para ser plenamente compreendida, pois somente nela e em função dela adquire seu ser efetivo.

VITA, Luís Washington. Introdução à Filosofia, 1964, p. 20.

Sobre esse aspecto do conhecimento filosófico, é CORRETO afirmar que

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a) a consciência filosófica impossibilita o distanciamento para avaliar os fundamentos dos atos humanos e dos fins aos quais eles se destinam.

b) um dos pontos fundamentais da filosofia é o desejo de conhecer as raízes da realidade, investigando-lhe o sentido, o valor e a finalidade.

c) a filosofia é o estudo parcial de tudo aquilo que é objeto do conhecimento particular.

d) o conhecimento filosófico é trabalho intelectual, de caráter assistemático, pois se contenta com as respostas para as questões colocadas.

e) a filosofia é a consciência intuitiva sensível que busca a compreensão da realidade por meio de certos princípios estabelecidos pela razão.

Resposta: b

Questão 110. (Unisc 2013) Em Filosofia, duas espécies de juízos podem ser emitidos pelos sujeitos: juízos de fato (quando dizem o que as coisas são, como são e por que são) e juízos de valor (quando dizem não o que é, mas como deveria ser, quando avaliam ações, acontecimentos, sentimentos e intenções).

Isso posto, considere as afirmativas:

I. “A chuva é boa para as plantas.”

II. “A universidade é um lugar onde se busca a formação profissional.”

III. “Você não deveria ter ido àquela festa, e sim ter estudado para o vestibular.”

IV. “Essa questão de Filosofia é fácil de ser acertada.”

A ordem correta, respectivamente e na ordem crescente, dos juízos acima é:

a) juízo de fato, juízo de valor, juízo de valor, juízo de fato.

b) juízo de valor, juízo de fato, juízo de valor, juízo de fato.

c) juízo de fato, juízo de valor, juízo de valor, juízo de valor.

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d) juízo de valor, juízo de fato, juízo de fato, juízo de fato.

e) juízo de valor, juízo de fato, juízo de valor, juízo de valor.

Resposta: e

Questão 111. (Upe 2013) O objetivo da política pode ser resumido em uma frase: Com liberdade política, o homem se torna autenticamente ele próprio, livre para ordenar os negócios internos da nação e para afirmar-se face ao exterior. A política pretende subjugar a violência por meio do debate, do pacto, da busca de uma vontade comum através de caminhos legais.

JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico, 1999, p.69.

Com relação a esse assunto, assinale com V as afirmativas Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) Liberdade política consiste no direito do cidadão em tomar parte na organização e no exercício do governo; também em votar e ser votado, desde que preenchidas as exigências legais.

( ) O conceito moderno de política está ligado estritamente ao poder. O exercício do poder, entretanto, está estritamente vinculado à Antiguidade.

( ) As dimensões intersubjetiva e social são iniludíveis. Estes são dois dos elementos que constituem o campo da significação política.

( ) Na concepção crítica do pensamento liberal burguês, a liberdade tem como ponto de partida a liberdade individual e não o interesse coletivo.

( ) Desde sua origem, o pensamento filosófico não cessou de refletir sobre a dimensão do fenômeno político, elaborando teorias para explicar sua origem, sua finalidade e suas formas.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) V, F, V, V, V

b) F, F, V, F, V

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c) V, V, V, F, F

d) F, V, F, F, F

e) V, F, V, F, V

Resposta: e

Questão 112. (Unesp 2013) Leia.

O hormônio testosterona está ligado ao egoísmo, segundo uma pesquisa inglesa. Em testes feitos por cientistas da University College London, na Grã-Bretanha, mulheres que tomaram doses do hormônio masculino mostraram comportamento egocêntrico quando tinham de lidar com problemas em pares. Quando os pesquisadores ministraram placebo às voluntárias antes dos testes, elas cooperaram entre si. O estudo ajuda a explicar como os hormônios moldam o comportamento humano

(Testosterona pode induzir comportamento egoísta. Veja, 01.02.2012.)

O pressuposto fundamental assumido pela pesquisa citada para explicar o comportamento humano pode ser identificado com

a) as diferenças sociais de gênero.

b) o determinismo biológico.

c) os fatores de natureza histórica.

d) os determinismos materiais da sociedade.

e) a autonomia ética do indivíduo.

Resposta: b

Questão 113. (Ufsm 2013) Leonardo Boff define sustentabilidade do seguinte modo: Uma ação é sustentável se, e somente se, ela é destinada a manter as condições energéticas, informacionais, físico-químicas que sustentam todos os

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seres, especialmente a Terra viva, a comunidade de vida e a vida humana, visando à sua continuidade e ainda atender as necessidades da geração presente e das futuras, de tal forma que o capital natural seja mantido e enriquecido em sua capacidade de regeneração, reprodução e coevolução.

Considere as seguintes afirmações:

I. Atender as necessidades da geração presente é condição necessária, mas não suficiente, para haver sustentabilidade.

II. Atender as necessidades da geração futura é condição suficiente, mas não necessária, para haver sustentabilidade.

III. Manter o capital natural é condição necessária e suficiente para haver sustentabilidade.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) apenas II e III.

Resposta: a

Questão 114. (Unioeste 2013) Em filosofia política, o contratualismo visa à construção de uma “teoria racional sobre a origem e o fundamento do Estado e da sociedade política”. O modelo contratualista é “... construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza / estado (ou sociedade) civil’” (cf. BOBBIO), sendo que a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social.

Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é INCORRETO afirmar que

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a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da origem e fundamento do Estado, é o estado político historicamente existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o consenso.

b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos singulares, livres e iguais uns em relação aos outros, sendo o estado de natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade.

c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a qualquer forma de sociedade natural, encontra seu princípio de fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes do contrato social.

d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um “estado de relativa paz, concórdia e harmonia”, para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos, de insegurança e violência.

e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante uma ou mais convenções, ou seja, mediante “um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de natureza”, e ingressar no estado civil.

Resposta: a

Questão 115. (Unioeste 2013) “A imitação do belo na natureza concerne ou bem a um objeto único ou então reúne as notas de diversos objetos particulares e faz delas um único todo. O primeiro processo implica fazer uma cópia semelhante, um retrato; é o caminho que conduz às formas e figuras dos holandeses. O segundo é o caminho que leva ao belo universal e suas imagens ideais; esse foi o caminho seguido pelos gregos. […] [As] numerosas ocasiões de observar a natureza levaram os artistas gregos a ir ainda mais longe: começaram a formar certos conceitos universais – tanto a partir de partes isoladas do corpo, como de suas proporções de conjunto – que se erguiam acima da própria natureza; o seu modelo original, ideal, era a natureza espiritual concebida tão só pelo entendimento”.

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Winckelmann.

Considerando o texto acima e que Winckelmann refere-se aos pintores holandeses do século XVII e aos escultores gregos antigos, seguem as afirmativas abaixo:

I. Os gregos, ao observarem a natureza, conseguiam captar algo pelo entendimento que, apenas pela observação visual, não seria possível.

II. Os holandeses, ao imitarem a natureza, captavam apenas as características visuais de um objeto particular.

III. O belo universal pode ser visto nos quadros pintados pelos holandeses.

IV. As obras gregas estavam constituídas apenas com aquilo que era visto em um objeto particular.

V. A imitação do belo na natureza só pode ocorrer pela maneira que os gregos faziam suas obras.

Das afirmativas feitas acima

a) apenas a afirmação V está correta.

b) apenas as afirmações I e II estão corretas.

c) apenas as afirmações III e IV estão corretas.

d) apenas as afirmações I, II e V estão corretas.

e) apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.

Resposta: b

Questão 116. (Unisc 2013) Um dos problemas principais da Filosofia Política é o de determinar a natureza do Estado, entendido como sociedade politicamente organizada. Essa questão começou a ser debatida na Filosofia Antiga e foi retomada, depois, na Idade Moderna pela ocasião do surgimento dos Estados Nacionais modernos, constituindo um tema central tanto da tradição liberal

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quanto do pensamento marxista. Considere agora as seguintes afirmações sobre esse assunto:

I. Para Aristóteles, como para os sofistas, a natureza do Estado é artificial. Surge de um acordo implícito por meio do qual alguns grupos humanos colocaram um fim em suas disputas.

II. Segundo Aristóteles, os homens têm tendência a viver em sociedade porque não podem se bastar a si mesmos.

III. Hobbes considerava que o Estado surgiu por meio de um acordo implícito por meio do qual os indivíduos abriram mão de seu direito de revidar os danos sofridos pela ação de outra pessoa, fazendo justiça pelas suas mãos, e transferiram esse direito a um terceiro impessoal: o Estado.

IV. Para Locke, os indivíduos não têm direito à propriedade privada e o único proprietário deve ser o Estado.

V. Para Marx, os estados nacionais, criados pela burguesia, representam os interesses de todas as classes sociais.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa II está correta.

b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.

c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

d) Somente a afirmativa IV está correta.

e) Somente as afirmativas IV e V estão corretas.

Resposta: b

Questão 117. (Pucpr 2015) Leia os enunciados abaixo a respeito do pensamento filosófico de Sócrates.

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I. O texto Apologia de Sócrates, cujo autor é Platão, apresenta a defesa de Sócrates diante das acusações dos atenienses, especialmente, os sofistas, entre os quais está Meleto.

II. Sócrates dispensa a ironia como método para refutar as acusações e calúnias sofridas no processo de seu julgamento.

III. Entre as acusações que Sócrates recebe está a de “corromper a juventude”.

IV. Sócrates é acusado de ensinar as coisas celestes e terrenas, a não acreditar nos deuses e a tornar mais forte a razão mais débil.

V. Sócrates nega que seus acusadores são ambiciosos e resolutos e, em grande número, falam de forma persuasiva e persistente contra ele.

Assinale a alternativa que apresenta apenas as afirmativas CORRETAS

a) II, IV e V.

b) I, III e IV.

c) I, III e V.

d) II, III e V.

e) I, II e III.

Resposta: b

Questão 118. (Uel 2015) Leia o texto a seguir.

As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias derivam de impressões, continua ainda a ser verdade que todas as nossas ideias simples procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que lhes correspondem.

HUME, D. Tratado da Natureza Humana Trad. De Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35.

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David Hume, considere as afirmativas a seguir.

I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro aparecimento, derivam das impressões simples que lhes correspondem.

II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do acaso, de modo que há uma independência das ideias com relação às impressões.

III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões.

IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões, é também possível formar ideias secundárias, que são imagens das ideias primárias.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: b

Questão 119. (UEG GO/2015)

Para Marx, diante da tentativa humana de explicar a realidade e dar regras de ação, é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que mascaram os conflitos sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um caráter negativo, torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o que deveria ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A partir de tal concepção de ideologia, constata-se que

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a) a sociedade capitalista transforma todas as formas de consciência em representações ilusórias da realidade conforme os interesses da classe dominante.

b) ao mesmo tempo que Marx critica a ideologia ele a considera um elemento fundamental no processo de emancipação da classe trabalhadora.

c) a superação da cegueira coletiva imposta pela ideologia é um produto do esforço individual principalmente dos indivíduos da classe dominante.

d) a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as reais condições do trabalho alienado no modo de produção capitalista.

Resposta: d

Questão 120. (ENEM/2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos São Paulo: Nova Cultural. 1999

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

a) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais.

b) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

c) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

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d) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

e) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Resposta: c

Questão 121. (UEPA/2015)

Platão:

A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiarlhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.

(Citado por: CHATELET, F. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)

Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:

a) oligarquia

b) república

c) democracia

d) monarquia

e) plutocracia

Resposta: c

Questão 122. (ENEM/2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um

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homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.

HOBBES, T. Leviatã São Paulo Martins Fontes, 2003

Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles

a) entravam em conflito.

b) recorriam aos clérigos.

c) consultavam os anciãos.

d) apelavam aos governantes.

e) exerciam a solidariedade.

Resposta: a

Questão 123. (UEL PR/2015)

Leia os textos a seguir.

Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável sempre.

(HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. 3.ed. Trad. de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1995. p.91.)

Segundo a mitologia ioruba, no início dos tempos havia dois mundos: Orum, espaço sagrado dos orixás, e Aiyê, que seria dos homens, feito apenas de caos e água. Por ordem de Olorum, o deus supremo, o orixá Oduduá veio à Terra trazendo uma cabaça com ingredientes especiais, entre eles a terra escura que jogaria sobre o oceano para garantir morada e sustento aos homens.

(A Criação do Mundo. SuperInteressante jul. 2008. Disponível em:

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<http://super.abril.com.br/religiao/criacaomundo- 447670.shtm>. Acesso em: 1 abr. 2014.)

No começo do tempo, tudo era caos, e este caos tinha a forma de um ovo de galinha. Dentro do ovo estavam Yin e Yang, as duas forças opostas que compõem o universo. Yin e Yang são escuridão e luz, feminino e masculino, frio e calor, seco e molhado.

(PHILIP, N. O Livro Ilustrado dos Mitos: contos e lendas do mundo. Ilustrado por Nilesh Mistry. Trad. de Felipe Lindoso. São Paulo: Marco Zero, 1996. p.22.)

Com base nos textos e nos conhecimentos sobre a passagem do mito para o logos na filosofia, considere as afirmativas a seguir.

I.As diversas narrativas míticas da origem do mundo, dos seres e das coisas são genealogias que concebem o nascimento ordenado dos seres; são discursos que buscam o princípio que causa e ordena tudo que existe.

II.Os mitos representam um relato de algo fabuloso que afirmam ter ocorrido em um passado remoto e impreciso, em geral grandes feitos apresentados como fundamento e começo da história de dada comunidade.

III.Para Platão, a narrativa mitológica foi considerada, em certa medida, um modo de expressar determinadas verdades que fogem ao raciocínio, sendo, com frequência, algo mais do que uma opinião provável ao exprimir o vir-a-ser.

IV.Quando tomado como um relato alegórico, omito é reduzido a um conto fictício desprovido de qualquer correspondência com algum tipo de acontecimento, em que inexiste relação entre o real e o narrado.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

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Resposta: d

Questão 124. (ENEM/2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano São Paulo: Abril Cultural, 1995.

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que

a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.

b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.

c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.

d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.

e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

Resposta: a

Questão 125. (ENEM/2015) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.

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RACHELS. J. Problemas da filosofia Lisboa: Gradiva, 2009.

O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de

a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.

b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.

c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.

d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.

e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.

Resposta: d

Questão 126. (UEG GO/2015)

A reflexão sobre o poder político acompanhou a história da filosofia desde a antiguidade e o pensamento sociológico desde seu surgimento na sociedade moderna. Nos últimos anos vêm ocorrendo diversas manifestações, protestos e revoltas em todo mundo. A esse respeito, com base no pensamento filosófico e sociológico, verifica-se que

a) esses processos revelam a incompetência do Estado em ser o “cérebro da sociedade”, o que confirma as teses de Durkheim.

b) essas ações coletivas podem ser interpretadas como processos derivados da expansão de uma ética protestante, confirmando as análises de Weber.

c) os movimentos contestadores atuais expressam um processo de vontade de potência que é corroborado pela filosofia kantiana.

d) as lutas sociais contemporâneas revelam as contradições da sociedade capitalista, o que estaria de acordo com a teoria de Marx.

Resposta: d

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Questão 127. (UNICAMP SP/2015)

Apenas a procriação de filhos legítimos, embora essencial, não justifica a escolha da esposa. As ambições políticas e as necessidades econômicas que as subentendem exercem um papel igualmente poderoso. Como demonstraram inúmeros estudos, os dirigentes atenienses casam-se entre si, e geralmente com o parente mais próximo possível, isto é, primos coirmãos. É sintomático que os autores antigos que nos informam sobre o casamento de homens políticos atenienses omitam os nomes das mulheres desposadas, mas nunca o nome do seu pai ou do seu marido precedente.

(Adaptado de Alain Corbin e outros, História da virilidade, vol. 1. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 62.)

Considerando o texto e a situação da mulher na Atenas clássica, podemos afirmar que se trata de uma sociedade

a) na qual o casamento também tem implicações políticas e sociais.

b) que, por ser democrática, dá uma atenção especial aos direitos da mulher.

c) em que o amor é o critério principal para a formação de casais da elite.

d) em que o direito da mulher se sobrepõe ao interesse político e social.

Resposta: a

Questão 128. (PUCCamp SP/2015)

A herança cultural deixada pelos gregos foi muito rica e influenciou toda a civilização ocidental. A alternativa cuja afirmação identifica aspectos da filosofia grega que guardam relação com questões atuais, é:

a) Pitágoras, autor de Ilíada e Odisseia e Sócrates, autor de Sobre a brevidade da vida, dois representantes da filosofia, ao abraçarem o estoicismo, influenciaram todo o mundo ocidental.

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b) Darwin, autor do livro Origem das Espécies e Einstein, autor da obra os Princípios matemáticos da filosofia da natureza, ao inspirarem-se nos gregos, lançaram a base da ciência ocidental.

c) O abandono de valores como o otimismo, o individualismo, naturalismo e o hedonismo, propiciou a eclosão de manifestações filosóficas e científicas e inspiraram o pensamento ocidental.

d) O ideal de busca de equilíbrio, tão enfatizado por Aristóteles, a teoria das ideias de Platão e o relativismo do pensamento grego atravessaram toda a formulação do pensamento ocidental.

e) A filosofia grega tinha como característica a semelhança entre os homens e os deuses, que apesar de imortais, sofriam as mesmas paixões humanas. Esse traço marcou a cultura ocidental.

Resposta: d

Questão 129. (UEG GO/2015)

A cultura grega marca a origem da civilização ocidental e ainda hoje podemos observar sua influência nas ciências, nas artes, na política e na ética. Dentre os legados da cultura grega para o Ocidente, destaca-se a ideia de que

a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais que podem ser plenamente conhecidos pelo nosso pensamento.

b) nosso pensamento também opera obedecendo a emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos ajudam a distinguir o verdadeiro do falso.

c) as práticas humanas, a ação moral, política, as técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria a existência de uma vontade livre.

d) as ações humanas escapam ao controle da razão, uma vez que agimos obedecendo aos instintos como mostra hoje a psicanálise.

Resposta: a

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Questão 130. (UEL PR/2015)

Leia os textos a seguir.

A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que parece, é pelo facto de atingir apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição.

(Adaptado de: PLATÃO. A República 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p.457.)

O imitar é congênito no homem e os homens se comprazem no imitado.

(Adaptado de: ARISTÓTELES. Poética 4.ed. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.203. (Coleção Os Pensadores.))

Com base nos textos, nos conhecimentos sobre estética e a questão da mímesis em Platão e Aristóteles, assinale a alternativa correta.

a) Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo inadequado e inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os pressupõem.

b) Para Platão, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a verdade e a essência do plano inteligível, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindível para o engrandecimento da pólis e da filosofia.

c) Na compreensão de Aristóteles, a arte se restringe à reprodução de objetos existentes, o que veda o poder do artista de invenção do real e impossibilita a função caricatural que a arte poderia assumir ao apresentar os modelos de maneira distorcida.

d) Aristóteles concebe a mímesis artística como uma atividade que reproduz passivamente a aparência das coisas, o que impede ao artista a possibilidade de recriação das coisas segundo uma nova dimensão.

e) Aristóteles se opõe à concepção de que a arte é imitação e entende que a música, o teatro e a poesia são incapazes de provocar um efeito benéfico e purificador no espectador.

Page 108: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

Resposta: a

Questão 131. (ENEM/2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.

AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).

No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de

a) refrear os movimentos religiosos contestatórios.

b) promover a atuação da sociedade civil na vida política.

c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.

d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.

e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.

Resposta: c

Questão 132. (UNICAMP SP/2015)

A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,

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a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.

b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.

c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.

d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.

Resposta: a

Questão 133. (ENEM/2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. “O ensaiador”. Os pensadores São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

a) continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.

b) necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.

c) oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica.

d) importância da independência da investigação científica pretendida pela Igreja.

e) inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.

Resposta: c

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Questão 134. (Ueg 2013) As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A. M. Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24.

A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas pensadoras contemporâneas, refletindo sobre eventos como a ascensão do nazismo, o Holocausto, o papel histórico das massas etc. No trecho citado, ela reflete sobre a importância da ação e do discurso como fomentadores do que chama de “negócios humanos”. Nesse sentido, Arendt defende o seguinte ponto de vista:

a) a condição humana atual não está condicionada por ações anteriores, já que cada um é autor de sua existência.

b) a necessidade do ser humano de ser autor e produtor de ações históricas lhe tira a responsabilidade sobre elas.

c) o agente de uma nova ação sempre age sob a influência de teias preexistentes de ações anteriores.

d) o produtor de novos discursos sempre precisa levar em conta discursos anteriores para criar o seu.

Resposta: c

Questão 135. (Unesp 2013) Leia.

Desde o início da semana, alunos da rede municipal de Vitória da Conquista, na Bahia, não vão mais poder cabular aulas. Um “uniforme inteligente” vai contar aos pais se os alunos chegaram à escola – ou “dedurar” se eles não passaram do portão. O sistema, baseado em rádio-frequência, funciona por meio de um minichip instalado na camiseta do novo uniforme, que começou a ser distribuído para 20 mil estudantes na segunda-feira. Funciona assim: no momento em que

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os alunos entram na escola, um sensor instalado na portaria detecta o chip e envia um SMS aos pais avisando sobre a entrada na instituição.

(Natália Cancian. Uniforme inteligente entrega aluno que cabula aula na Bahia. Folha de S.Paulo, 22.03.2012.)

A leitura do fato relatado na reportagem permite repercussões filosóficas relacionadas à esfera da ética, pois o “uniforme inteligente”

a) está inserido em um processo de resistência ao poder disciplinar na escola.

b) é fruto de uma ação do Estado para incrementar o grau de liberdade nas escolas.

c) indica a consolidação de mecanismos de consulta democrática na escola pública.

d) introduz novas formas institucionais de controle sobre a liberdade individual.

e) proporciona uma indiscutível contribuição científica para a autonomia individual.

Resposta: d

Questão 136. (Unioeste 2013) “Lógica é o estudo de argumentos. Um argumento é uma sequência de enunciados na qual um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou, pelo menos, fornecer alguma evidência para a conclusão. As premissas e a conclusão de um argumento são sempre enunciados ou proposições – isto é, significados ou ideias expressáveis por sentenças declarativas – em oposição a interrogações, comandos ou exclamações. Os enunciados são espécies de ideias verdadeiras ou falsas. Os não-enunciados, tais como interrogações, comandos ou exclamações, não são verdadeiros nem falsos. Algumas vezes, eles sugerem premissas ou conclusões, mas eles mesmos não são premissas ou conclusões.”

Nolt & Rohatyn.

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Considerando o texto que define o que é um argumento seguem as seguintes sentenças:

I. O deficit comercial brasileiro está crescendo de forma preocupante. Como poderemos ter melhorias em nossa economia?

II. Eu não quero jantar, pai. O desenho ainda não terminou.

III. O prédio estava arruinado, suas paredes e chão estavam cobertos de poeira e teias de aranha. O Som de pássaros ecoava por seus quartos vazios.

IV. Toda pessoa com muito talento para a dança, como você, deveria receber uma educação diferenciada. Vá para a faculdade de dança!

V. No Brasil muitas pessoas não sabem se o país apoia ou se opõe ao governo da Síria.

Das afirmativas acima

a) somente a afirmação II é um argumento.

b) somente as afirmações II e V são argumentos.

c) somente as afirmações IV e V são argumentos.

d) somente as afirmações I, IV e V são argumentos.

e) somente as afirmações II, IV e V são argumentos.

Resposta: a

Questão 137. (Upe 2013) O homem, em seu contexto de vida, depara-se com objetos, coisas, vegetais, animais. Pela sua razão e vontade, impõe-se e domina soberano. Cria instrumentos visando à sobrevivência e facilitando sua vida. Distingue-se, radicalmente, da realidade que o rodeia. Em seu horizonte de conhecimentos, estão as coisas com as quais não se confunde. Essa clara distinção lhe faz emergir a consciência de si, do seu ser, do seu poder, de sua liberdade.

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GIRARDI, Leopoldo e QUADROS, Odone. Filosofia – Aprendendo a Pensar, 1998, p. 53.

Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir:

I. O homem é um ser extraordinário, inteiramente original no mundo dos viventes, principalmente porque indaga sobre sua própria natureza e se coloca como objeto de discussão.

II. Nada se compara à natureza humana. O homem que somos parece a própria evidência e é, entretanto, a mais enigmática dentre as coisas.

III. Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer. Na invenção e no uso de instrumentos, de sinais e símbolos de toda sorte, satisfazemos o desejo de conhecer, porque nos aproximamos do desconhecido no já conhecido.

IV. A ação humana sobre a natureza, impregnada pela intenção subjetiva, é a primeira forma de práxis dos homens e se configura originariamente como trabalho, ou seja, ação transformadora sobre a natureza para arrancar dela os meios da sobrevivência.

V. Por meio do trabalho e da prática social, os homens desenvolvem relações com a natureza e por intermédio da prática simbolizadora, pela qual criam e lidam com signos, desenvolvem relações no âmbito do mundo objetivo.

Estão CORRETOS, apenas,

a) II, III e IV.

b) I, III e IV.

c) II, III, IV e V.

d) I, IV e V.

e) I, II, III e IV.

Resposta: e

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Questão 138. (Unesp 2013) Por que as pessoas fazem o bem? A bondade está programada no nosso cérebro ou se desenvolve com a experiência? O psicólogo Dacher Keltner, diretor do Laboratório de Interações Sociais da Universidade da Califórnia, em Berkeley, investiga essas questões por vários ângulos e apresenta resultados surpreendentes.

Keltner – O nervo vago é um feixe neural que se origina no topo da espinha dorsal. Quando ativo, produz uma sensação de expansão confortável no tórax, como quando estamos emocionados com a bondade de alguém ou ouvimos uma bela música. Pessoas com alta ativação dessa região cerebral são mais propensas a desenvolver compaixão, gratidão, amor e felicidade.

Mente & Cérebro – O que esse tipo de ciência o faz pensar?

Keltner – Ela me traz esperanças para o futuro. Que nossa cultura se torne menos materialista e privilegie satisfações sociais como diversão, toque, felicidade que, do ponto de vista evolucionário, são as fontes mais antigas de prazer. Vejo essa nova ciência em quase todas as áreas da vida. Ensina-se meditação em prisões e em centros de detenção de menores. Executivos aprendem que inteligência emocional e bom relacionamento podem fazer uma empresa prosperar mais do que se ela for focada apenas em lucros.

(www.mentecerebro.com.br. Adaptado.)

De acordo com a abordagem do cientista entrevistado, as virtudes morais e sentimentos agradáveis

a) dependem de uma integração holística com o universo.

b) dependem de processos emocionais inconscientes.

c) são adquiridos por meio de uma educação religiosa.

d) são qualidades inatas passíveis de estímulo social.

e) estão associados a uma educação filosófica racionalista.

Resposta: d

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Questão 139. (Unioeste 2013) “Se compreendermos a Filosofia em um sentido amplo - como concepção da vida e do mundo -, poderemos dizer que sempre houve Filosofia. De fato, ela responde a uma exigência da própria natureza humana; o homem, imerso no mistério do real, vive a necessidade de encontrar uma razão de ser para o mundo que o cerca e para o enigma da existência. […] Mas se compreendermos a Filosofia em um sentido próprio, isto é, como o resultado de uma atividade da razão humana que se defronta com a totalidade do real, torna-se impossível pretender que a Filosofia tenha estado presente em todo e qualquer tipo de cultura. […] [Nesse caso,] a Filosofia teve seu início nas colônias da Grécia, nos séculos VI e V a.C.”.

Gerd Bornheim.

Considerando o texto acima e o início da Filosofia na Grécia, é INCORRETO afirmar que

a) a busca pelo significado da existência e do mundo não é algo exclusivo dos gregos antigos.

b) só há um modo do homem abordar o enigma da existência: usar o pensamento racional para investigar a totalidade do real.

c) a Filosofia, enquanto pensamento racional sobre a totalidade do real, surge nas colônias gregas nos séculos VI e V a.C.

d) podemos atribuir à Filosofia um sentido mais geral (concepção de mundo) e um sentido mais próprio (reflexão sobre a totalidade do real).

e) a Filosofia no seu sentido mais próprio não foi inicialmente bem recebida em Atenas, o que é demonstrado pela condenação de Sócrates à morte.

Resposta: b

Questão 140. (Unesp 2013) A produção de mercadorias e o consumismo alteram as percepções não apenas do eu como do mundo exterior ao eu; criam um mundo de espelhos, de imagens insubstanciais, de ilusões cada vez mais indistinguíveis da realidade. O efeito refletido faz do sujeito um objeto; ao

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mesmo tempo, transforma o mundo dos objetos numa extensão ou projeção do eu. É enganoso caracterizar a cultura do consumo como uma cultura dominada por coisas. O consumidor vive rodeado não apenas por coisas como por fantasias. Vive num mundo que não dispõe de existência objetiva ou independente e que parece existir somente para gratificar ou contrariar seus desejos.

(Christopher Lasch. O mínimo eu, 1987. Adaptado.)

Sob o ponto de vista ético e filosófico, na sociedade de consumo, o indivíduo

a) estabelece com os produtos ligações que são definidas pela separação entre razão e emoção.

b) representa a realidade mediante processos mentais essencialmente objetivos e conscientes.

c) relaciona-se com as mercadorias considerando prioritariamente os seus aspectos utilitários.

d) relaciona-se com objetos que refletem ilusoriamente seus processos emocionais inconscientes.

e) comporta-se de maneira autônoma frente aos mecanismos publicitários de persuasão.

Resposta: d

Questão 141. (Ufu 2013) Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effettuale, a “verdade efetiva” das coisas que permeiam os movimentos da multifacetada história humana/política através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”. (O Príncipe, cap. XVII)

Para Maquiavel:

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a) A “verdade efetiva” das coisas encontra-se em plano especulativo e, portanto, no “dever-ser”.

b) Fazer política só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal.

c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada.

d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù.

Resposta: d

Questão 142. (Unioeste 2013) “As teorias racionalistas e empiristas da ciência sofrem de graves problemas internos. Os racionalistas, quando tentavam justificar proposições advindas de um pensar claro como verdades absolutas, eram, com efeito, obrigados a adotar certas noções problemáticas evidentes por si mesmas, [...]. Os empiristas estavam diante de uma série de problemas relacionados à falibilidade e ao campo restrito dos sentidos, e do problema de justificar as generalizações que necessariamente ultrapassam a evidência proporcionada por determinadas aplicações dos sentidos (o problema da indução). Esses problemas internos são graves e suficientes para desacreditar as tentativas filosóficas tradicionais de fundamentar uma teoria da ciência com base na natureza humana. Contudo, não considero as dificuldades internas com que se depararam o racionalismo e o empirismo tradicional as principais razões para rejeitá-los como explicações satisfatórias da ciência. Sou da opinião de que a abordagem geral que exige que se trace a natureza do conhecimento científico de acordo com a natureza dos seres humanos que o produzem está fundamentalmente equivocada”.

Alan Chalmers.

Considerando o texto acima, no qual o autor apresenta sua posição em relação a dois tipos de abordagem filosófica da ciência moderna, é INCORRETO afirmar que

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a) as teses fundamentais da filosofia da ciência moderna apresentam graves dificuldades internas.

b) para os pensadores racionalistas, os axiomas são fundamentais, pois formam a base de justificação de teorias científicas.

c) o pensar e o sentir, aspectos essenciais da natureza humana, devem, necessariamente, ser análogos à natureza da ciência.

d) a indução apresenta problemas, pois as generalizações decorrentes de sua aplicação invariavelmente evidenciam as limitações dos sentidos.

e) embora o homem seja o sujeito do conhecimento, não se pode centrar toda a investigação sobre o caráter da ciência tendo como base a natureza humana.

Resposta: c

Questão 143. (Ufsj 2013) A construção de uma cosmologia que desse uma explicação racional e sistemática das características do universo, em substituição à cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia

a) medieval.

b) antiga.

c) iluminista.

d) contemporânea.

Resposta: b

Questão 144. (Ufu 2013) [...] após ter distinguido em quantos sentidos se diz cada um [destes objetos], deve-se mostrar, em relação ao primeiro, como em cada predicação [o objeto] se diz em relação àquele.

Aristóteles, Metafísica Tradução de Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

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De acordo com a ontologia aristotélica,

a) a metafísica é “filosofia primeira” porque é ciência do particular, do que não é nem princípio, nem causa de nada.

b) o primeiro entre os modos de ser, ontologicamente, é o “por acidente”, isto é, diz respeito ao que não é essencial.

c) a substância é princípio e causa de todas as categorias, ou seja, do ser enquanto ser.

d) a substância é princípio metafísico, tal como exposto por Platão em sua doutrina.

Resposta: c

Questão 145. (Ufsm 2013) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz.

Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Considere as afirmações:

I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista.

II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo.

III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade.

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Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) apenas II e III.

Resposta: c

Questão 146. (Ufpa 2013) “Em Atenas [...] o povo exercia o poder, diretamente, na praça pública [...]. Todos os homens adultos podiam tomar parte nas decisões. Hoje elegemos quem decidirá por nós. A democracia antiga é vista, geralmente, como superior à moderna. Mas a democracia moderna não é uma degradação da antiga: ela traz uma novidade importante – os direitos humanos. A questão crucial dos direitos humanos é limitar o poder do governante. Eles protegem os governados dos caprichos e desmandos de quem está em cima, no poder.”

JANINE, Renato. A democracia, São Paulo, Publifolha, 2001, p. 8-10, texto adaptado.

A superioridade da democracia antiga com relação à moderna pode ser atribuída ao (à)

a) poder dado aos homens mais velhos, dotados de virtude e sabedoria, para decidirem sobre os destinos da cidade.

b) condução, de forma justa, da vida em sociedade e garantia do direito de todos os habitantes da cidade de participarem das assembleias.

c) poder dado aos homens que se destacaram como os mais corajosos nas guerras e aos mais capazes nas ciências e nas artes, para estes tomarem as decisões nas assembleias realizadas em praça pública.

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d) fato de o povo eleger seus representantes políticos para tomar decisões sobre os destinos da cidade e definir os seus direitos, em praça pública, de modo a evitar atitudes arbitrárias e injustas dos governantes.

e) participação direta dos cidadãos nas decisões de interesse do todo no âmbito do espaço público.

Resposta: e

Questão 147. (Uel 2013) Observe a figura e leia o texto a seguir.

A crise da razão se manifesta na crise do indivíduo, por meio da qual se desenvolveu. A ilusão acalentada pela filosofia tradicional sobre o indivíduo e sobre a razão – a ilusão da sua eternidade – está se dissipando. O indivíduo outrora concebia a razão como um instrumento do eu, exclusivamente. Hoje, ele experimenta o reverso dessa autodeificação.

(HORKHEIMER, M. Eclipse da razão São Paulo: Centauro, 2000, p.131.)

Com base na figura e nos conhecimentos sobre a crise da razão e do indivíduo na contemporaneidade, em Horkheimer, considere as afirmativas a seguir.

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I. A crise do indivíduo implica na sua fragmentação: embora ele ainda se represente, a imagem que possui de si é incompleta, parcial.

II. A crise do indivíduo resulta de uma incompreensão: ignorar que ele é uma particularidade ordenada (microcosmo) inserida numa totalidade ordenada (macrocosmo).

III. O indivíduo, que é unitário, apreende a si mesmo e ao mundo plenamente, faltando-lhe, porém, os meios adequados para comunicar tal conhecimento.

IV. O desenvolvimento das ciências humanas levou a uma recusa da ideia universal de homem: nega-se à razão o poder de fundamentar absolutamente o conhecimento sobre o indivíduo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: b

Questão 148. (Ufu 2013) De um modo geral, o conceito de physis no mundo pré-socrático expressa um princípio de movimento por meio do qual tudo o que existe é gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no entanto, tal como relatada pela tradição, aboliu esse princípio e provocou, consequentemente, um sério conflito no debate filosófico posterior, em relação ao modo como conceber o ser.

Para Parmênides e seus discípulos:

a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em que o movimento está em tudo o que existe.

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b) O movimento é princípio de mudança e a pressuposição de um não-ser.

c) Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é fruto de imaginação especulativa.

d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso a realidade empírica é puro ser, ainda que em movimento.

Resposta: b

Questão 149. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.

A utilização da Internet ampliou e fragmentou, simultaneamente, os nexos de comunicação. Isto impacta no modo como o diálogo é construído entre os indivíduos numa sociedade democrática.

(Adaptado de: HABERMAS, J. O caos da esfera pública. Folha de São Paulo, 13 ago. 2006, Caderno Mais!, p.4-5.)

A partir dos conhecimentos sobre a ação comunicativa em Habermas, considere as afirmativas a seguir.

I. A manipulação das opiniões impede o consenso ao usar os interlocutores como meios e desconsiderar o ser humano como fim em si mesmo.

II. A validade do que é decidido consensualmente assenta-se na negociação em que os interlocutores se instrumentalizam reciprocamente em prol de interesses particulares.

III. Como regra do discurso que busca o entendimento, devem-se excluir os interlocutores que, de algum modo, são afetados pela norma em questão.

IV. O projeto emancipatório dos indivíduos é construído a partir do diálogo e da argumentação que prima pelo entendimento mútuo.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

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c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Resposta: b

Questão 150. (Unioeste 2013) “A necessidade prática de agir segundo este princípio, isto é, o dever, não assenta em sentimentos, impulsos e inclinações, mas, sim, somente na relação dos seres racionais entre si, relação essa em que a vontade de um ser racional tem de ser considerada sempre e simultaneamente como legisladora, porque de outra forma não podia pensar-se como fim em si mesmo A razão relaciona, pois, cada máxima da vontade concebida como legisladora universal com todas as outras vontades e com todas as ações para conosco mesmos, e isto não em virtude de qualquer outro móbil prático ou de qualquer vantagem futura, mas em virtude da ideia da dignidade de um ser racional que não obedece à outra lei senão àquela que ele mesmo simultaneamente dá a si mesmo. [...] O que se relaciona com as inclinações e necessidades gerais do homem tem um preço venal [...], aquilo, porém, que constitui a condição só graças a qual qualquer coisa pode ser um fim em si mesma, não tem somente um valor relativo, isto é, um preço, mas um valor íntimo, isto é, dignidade”.

Kant.

Considerando o texto citado e o pensamento ético de Kant, seguem as afirmativas abaixo:

I. Para Kant, existe moral porque o ser humano e, em geral, todo o ser racional, fim em si mesmo e valor absoluto, não deve ser tomado simplesmente como meio ou instrumento para o uso arbitrário de qualquer vontade.

II. Fim em si mesmo e valor absoluto, o ser humano é pessoa e tem dignidade, mas uma dignidade que é, apenas, relativamente valiosa, por se encontrar em dependência das condições psicossociais e político-econômicas nas quais vive.

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III. A moralidade, única condição que pode fazer de um ser racional fim em si mesmo e valor absoluto, pelo princípio da autonomia da vontade, e a humanidade, enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas que têm dignidade.

IV. As pessoas têm dignidade porque são seres livres e autônomos, isto é, seres que se submetem às leis que se dão a si mesmos, atendendo imediatamente aos apelos de suas inclinações, sentimentos, impulsos e necessidades.

V. A autonomia da vontade é o fundamento da dignidade da natureza humana e de toda natureza racional e, por esta razão, a vontade não está simplesmente submetida à lei, mas submetida à lei por ser concebida como vontade legisladora universal, ou seja, se submete à lei na exata medida em que ela é a autora da lei (moral).

Das afirmativas feitas acima

a) somente a afirmação I está incorreta.

b) somente a afirmação III está incorreta.

c) as afirmações II e IV estão incorretas.

d) as afirmações II e III estão incorretas.

e) as afirmações II, III e V estão incorretas.

Resposta: c

Questão 151. (Ufsj 2013) “Liberdade significa, em sentido próprio, a ausência de oposição [...] e não se aplica menos às criaturas irracionais e inanimadas do que às racionais”.

Esse é um fragmento de texto colhido de

a) David Hume.

b) Thomas Hobbes.

c) Friedrich Nietzsche.

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d) Jean-Paul Sartre.

Resposta: b

Questão 152. (Ueg 2013) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia

a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.

b) existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.

c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.

d) surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.

Resposta: d

Questão 153. (Unioeste 2013) “... esta palavra, Filosofia, significa o estudo da sabedoria, e por sabedoria não se deve entender apenas a prudência nos negócios, mas um conhecimento perfeito de todas as coisas que o homem pode saber, tanto para a conduta da sua vida como para a conservação da saúde e invenção de todas as artes. E para que este conhecimento assim possa ser, é

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necessário deduzi-lo das primeiras causas, de tal modo que, para se conseguir obtê-lo – e a isto se chama filosofar –, há que começar pela investigação dessas primeiras causas, ou seja, dos princípios. Estes devem obedecer a duas condições: uma, é que sejam tão claros e evidentes que o espírito humano não possa duvidar da sua verdade, desde que se aplique a considerá-los com atenção; a outra, é que o conhecimento das outras coisas dependa deles, de maneira que possam ser conhecidos sem elas, mas não o inverso. Depois disto, é indispensável que, a partir desses princípios, se possa deduzir o conhecimento das coisas que dependem deles, de tal modo que, no encadeamento das deduções realizadas, não haja nada que não seja perfeitamente conhecido.”

Descartes.

“À medida que Descartes vai desenvolvendo sua ideia de um sistema reconstruído de conhecimento, vemos surgir dois componentes específicos da visão cartesiana. O primeiro é um individualismo radical: a ciência tradicional, ‘composta e acumulada a partir das opiniões de inúmeras e variadas pessoas, jamais logra acercar-se tanto da verdade quanto os raciocínios simples de um indivíduo de bom senso’. O segundo componente é uma ênfase na unidade e no sistema: ‘Todas as coisas que se incluem no alcance do conhecimento humano são interligadas’”.

Cottingham.

Considerando os textos acima, que tratam da teoria cartesiana do conhecimento, é INCORRETO afirmar que

a) a teoria cartesiana do conhecimento implica um sistema em que todos os conteúdos encontram-se intimamente relacionados.

b) a teoria do conhecimento cartesiana pretende, a partir da elaboraзгo de um mйtodo preciso, reconstruir o conhecimento em bases sуlidas.

c) a teoria do conhecimento cartesiana, que tem como objetivo a elaboração de uma ciência universal, serve-se, em certa medida, do modelo indutivista para alcançar seu objetivo.

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d) o conhecimento que se tem de cada coisa deriva de um processo no qual cada etapa pode ser conhecida sem o concurso de etapas posteriores, mas não o inverso.

e) quando determinada noção se apresenta com clareza e com distinção, o sujeito pensante entende que se encontra frente a um conhecimento verdadeiro pela própria natureza da concepção cartesiana do conhecimento.

Resposta: c

Questão 154. (Ufu 2013) A dialética de Hegel

a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, frio-calor).

b) é incapaz de explicar o movimento e a mudança verificados tanto no mundo quanto no pensamento.

c) é interna nas coisas objetivas, que só podem crescer e perecer em virtude de contradições presentes nelas.

d) é um método (procedimento) a ser aplicado ao objeto de estudo do pesquisador.

Resposta: c

Questão 155. (Ufu 2013) Para J.P. Sartre, o conceito de “para-si” diz respeito

a) a uma criação divina, cujo agir depende de princípio metafísico regulador.

b) apenas à pura manutenção do ser pleno, completo, da totalidade no seio do que é.

c) ao nada, na medida em que ele se especifica pelo poder nadificador que o constitui.

d) a algo empastado de si mesmo e, por isso, não se pode realizar, não se pode afirmar, porque está cheio, completo.

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Resposta: c

Questão 156. (Ufsj 2013) Para David Hume, “os homens são, em grande medida, governados pelo interesse” e isso é perfeitamente visível, já que

a) “tradicionalmente o interesse tem sido visto de dentro para fora, como algo que observamos em nós mesmos, mais do que alguma coisa que outros possam exibir”.

b) “mesmo quando estendem suas preocupações para além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida corrente não é muito comum olhar para além dos amigos mais próximos e dos conhecidos”.

c) “vão traduzindo a necessidade que eles têm de se relacionar a partir de um interesse particular, e isso vem somar-se à sua capacidade para a socialização para o seu próprio bem-estar”.

d) “as suas atitudes morais traduzem as suas condutas solipsistas votadas aos mais distintos interesses materiais e espirituais”.

Resposta: b

Questão 157. (Ufsm 2013) Os filósofos Ame Naess e George Sessions propuseram, em 1984, diversos princípios para uma ética ecológica profunda, entre os quais se encontra o seguinte:

O bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana na Terra têm valor em si mesmos. Esses valores são independentes da utilidade do mundo não humano para finalidades humanas.

Considere as seguintes afirmações:

I. A ética kantiana não se baseia no valor de utilidade das ações.

II. “Valor intrínseco” é um sinônimo para “valor em si mesmo”.

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III. A ética utilitarista rejeita a concepção de que as ações têm valor em si mesmas.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) apenas I e II.

e) I, II e III.

Resposta: e

Questão 158. (Ufsj 2013) Ao declarar que “a moral e a religião pertencem inteiramente à psicologia do erro”, Nietzsche pretendeu

a) destruir os caminhos que “a psicologia utiliza para negar ou afirmar a moral e a religião”.

b) criticar essa necessidade humana de se vincular a valores e instituições herdados, já que “o Homem é forjado para um fim e como tal deve existir”.

c) denunciar o erro que tanto a moral quanto a religião cometem ao confundir “causa com efeito, ou a verdade com o efeito do que se considera como verdade”.

d) comprovar que “a moral e a religião estão no imaginário coletivo, mas para se instalarem enquanto verdade elas precisam ser avalizadas por uma ciência institucionalizada”.

Resposta: c

Questão 159. (Unimontes 2013) Muitos pensam que os mitos são lendas restritas aos povos tribais e que teriam desaparecido com a crítica do

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pensamento científico moderno. No que se refere ao mito, podemos afirmar, EXCETO

a) O mito é falso e enganador, pois o mesmo falta com a verdade.

b) O mito orienta a vida e o sentido da existência.

c) Os mitos têm como função acomodar o homem em um mundo assustador.

d) As narrativas míticas eram próprias de um mundo onde a oralidade ocupava lugar central na vida humana.

Resposta: a

Questão 160. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo.

I. “Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma vez aceita, não vejo por que razão alguém deveria justificar a sua fé...”.

II. “O homem não é a consequência duma intenção própria duma vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios para obter-se um ideal de humanidade; um ideal de felicidade ou um ideal de moralidade; é absurdo desviar seu ser para um fim qualquer”.

III. “(...) podemos estabelecer como máxima indubitável que nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na natureza humana algum motivo que a produza, distinto do senso de sua moralidade”.

IV. “A má-fé é evidentemente uma mentira, porque dissimula a total liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi que há também má-fé, escolho declarar que certos valores existem antes de mim (...).”

Os quatro fragmentos de texto acima são, respectivamente, atribuídos aos seguintes pensadores

a) Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume.

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b) Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre.

c) Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes.

d) Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche.

Resposta: b

Questão 161. (Ufu 2013) Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc.

AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61.

Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova

a) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual.

b) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento.

c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável.

d) apenas como exercício retórico.

Resposta: b

Questão 162. (Ufpa 2013) “Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de bem e de mal, de justiça e injustiça, não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais. A justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim fosse, poderiam existir num

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homem que estivesse sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sentidos e paixões.”

HOBBES, Leviatã, São Paulo: Abril cultural, 1979, p. 77.

Quanto às justificativas de Hobbes sobre a justiça e a injustiça como não pertencentes às faculdades do corpo e do espírito, considere as afirmativas:

I. Justiça e injustiça são qualidades que pertencem aos homens em sociedade, e não na solidão.

II. No estado de natureza, o homem é como um animal: age por instinto, muito embora tenha a noção do que é justo e injusto.

III. Só podemos falar em justiça e injustiça quando é instituído o poder do Estado.

IV. O juiz responsável por aplicar a lei não decide em conformidade com o poder soberano; ele favorece os mais fortes.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e II

b) I e III

c) II e IV

d) I, III e IV

e) II, III e IV

Resposta: b

Questão 163. (Ufsj 2013) Na obra “O existencialismo é um humanismo”, Jean-Paul Sartre intenta

a) desenvolver a ideia de que o existencialismo é definido pela livre escolha e valores inventados pelo sujeito a partir dos quais ele exerce a sua natureza humana essencial.

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b) mostrar o significado ético do existencialismo.

c) criticar toda a discriminação imposta pelo cristianismo, através do discurso, à condição de ser inexorável, característica natural dos homens.

d) delinear os aspectos da sensação e da imaginação humanas que só se fortalecem a partir do exercício da liberdade.

Resposta: b

Questão 164. (Ufsj 2013) Segundo David Hume, “Todo raciocínio abstruso apresenta um mesmo inconveniente”, porque

a) “pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e para nos darmos conta de sua força, precisamos dedicar-lhe um estudo tão intenso quanto o que foi necessário para sua invenção”.

b) “impregna a mente humana com conceitos do idealismo que o induzem ao holismo moderno”.

c) “justifica a disposição que a mente humana tem para se inclinar ao silogismo moderno”.

d) “convida o raciocínio a enigmáticas considerações, direcionando-o ao ceticismo quinhentista”.

Resposta: a

Questão 165. (Uel 2013)

/

Em 2012, o Vaticano permitiu o acesso do público a vários documentos, entre eles o Sumário do julgamento de Giordano Bruno e os Atos do processo de Galileu. As teorias desses estudiosos, juntamente com o Homem Vitruviano, são exemplos de uma profunda transformação no modo de conceber e explicar o conhecimento da natureza.

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Com base nos conhecimentos sobre a investigação da natureza no início da ciência moderna, particularmente em Galileu, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) A nova atitude de investigação rendeu-se ao poder de convencimento argumentativo da Igreja, a ponto de o próprio Galileu, ao abjurar suas teses, ter se convencido dos equívocos da sua teoria.

( ) A observação dos fenômenos, a experimentação e a noção de regularidade matemática da natureza abalaram as concepções que fundamentavam a visão medieval de mundo.

( ) O abandono da especulação levou Galileu a adotar pressupostos da filosofia de Aristóteles, pois esse pensador possuía uma concepção de experimentação similar à sua.

( ) O método de investigação da natureza restringia-se àquilo que podia ser apreendido imediatamente pelos sentidos, uma vez que o que está além dos sentidos é mera especulação.

( ) Uma das razões mais fortes para a condenação de Galileu foi sua identificação da imperfeição dos corpos celestes, o que contrariava os dogmas da igreja.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) V, V, V, F, F.

b) V, V, F, V, F.

c) V, F, V, F, V.

d) F, V, F, F, V.

e) F, F, V, F, V.

Resposta: d

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Questão 166. (Ueg 2013) A expressão “Tudo o que é bom, belo e justo anda junto” foi escrita por um dos grandes filósofos da humanidade. Ela resume muito de sua perspectiva filosófica, sendo uma das bases da escola de pensamento conhecida como

a) cartesianismo, estabelecida por Descartes, no qual se acredita que a essência precede a existência.

b) estoicismo, que tem no imperador romano Marco Aurélio um de seus grandes nomes, que pregava a serenidade diante das tragédias.

c) existencialismo, que tem em Sartre um de seus grandes nomes, para o qual a existência precede a essência.

d) platonismo, estabelecida por Platão, no qual se entendia o mundo físico como uma imitação imperfeita do mundo ideal.

Resposta: d

Questão 167. (Ufu 2013) Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas semelhantes.

HOBBES, Thomas. Leviatã Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 103.

Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que:

a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.

b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com um poder estatal pleno.

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c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de realização da isonomia entre tais homens.

d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à violência estatal.

Resposta: b

Questão 168. (Ufsj 2013) “Os leitores de jornais dizem: este partido foi destruído devido a esta ou aquela falta que cometeu. Minha política superior contesta: um partido que comete esta ou aquela falta agoniza, não possui a segurança do instinto”.

Esse comentário é emblemático e foi propalado por

a) Joaquim Barbosa, ao condenar cinco réus na sua primeira leitura no escândalo político do mensalão, que assombra o país desde 2005.

b) Friedrich Nietzsche, ao buscar a explicação para o erro da confusão entre a causa e o efeito.

c) Jean-Paul Sartre, referindo-se ao partido comunista do início do século XX.

d) Thomas Hobbes, ao defender o unipartidarismo absoluto.

Resposta: b

Questão 169. (Uel 2013) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: “Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.”

(CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.)

Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois “numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de

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primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira.”

(ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.)

Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que seu argumento

a) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos.

b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas.

c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos.

d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos.

e) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores.

Resposta: c

Questão 170. (Upe 2013) Dentre os variados aspectos do pensamento humano, existe o pensamento mítico. Sobre essa forma de pensar, leia o texto a seguir:

Um mito diz respeito, sempre, a acontecimentos passados: antes da criação do mundo, ou durante os primeiros tempos, em todo o caso faz muito tempo. Mas o valor intrínseco atribuído ao mito provém de que estes acontecimentos, que decorrem supostamente em um momento do tempo, formam também uma estrutura permanente. Esta se relaciona simultaneamente ao passado, ao presente e ao futuro.

Lévi-Strauss, C. Antropologia Estrutural Rio, 1975, p. 241

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Com relação a essa forma do pensar humano, assinale com V as afirmativas Verdadeiras e com F as Falsas.

( ) O mito é uma tentativa fracassada de explicação da realidade.

( ) O ser humano encontrou, na consciência mítica, a base para organizar um conhecimento sobre a realidade.

( ) O mito é recuperado no cotidiano do homem contemporâneo e se apresenta com uma abrangência diferente daquela que se fazia sentir no homem primitivo.

( ) A única ideia verdadeira sobre mito faz-se presente no homem moderno, quando este deseja superar a própria impotência e se tornar um ser excepcional.

( ) O mito é uma forma autônoma de pensamento, quando ligado à tarefa de esclarecer a existência humana no mundo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) V, V, V, F, F

b) F, V, V, F, V

c) F, V, F, V, V

d) V, F, F, F, V

e) F, F, F, F, V

Resposta: b

Questão 171. (Unimontes 2013) Segundo a tradição, Heráclito, também chamado “o obscuro”, era um homem reservado e de poucas palavras. Seu “riso” fora interpretado por muitos. Padre Antônio Vieira foi um desses intérpretes e, segundo ele,

a) Heráclito ria das ignorâncias humanas.

b) Heráclito ria das loucuras humanas.

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c) Heráclito ria das travessuras humanas.

d) Heráclito ria das misérias humanas.

Resposta: d

Questão 172. (Ufpa 2013) “Originalmente concebida e acionada para emancipar os homens, a moderna ciência está hoje a serviço do capital, contribuindo para a manutenção das relações de classe. A ciência e a técnica nas mãos dos poderosos [...] controlam a vida dos homens, subjuga-os ao interesse do capital. A produção de bens segue uma lógica técnica, e não à lógica das necessidades reais dos homens.”

FREITAG, B. A teoria Crítica ontem e hoje, São Paulo: Brasiliense, 1986, p.94.

A autora nos apresenta a visão da Escola de Frankfurt acerca do papel desempenhado pela ciência e pela tecnologia na moderna economia capitalista. Sobre este papel, considere as afirmativas abaixo:

I. A ciência e a técnica, além de serem forças produtivas, funcionam como ideologias para legitimar o sistema capitalista.

II. Nas mãos do poder econômico e político, a tecnologia e a ciência são empregadas para impedir que as pessoas tomem consciência de suas condições de desigualdade.

III. A dimensão emancipadora e crítica da racionalidade moderna foi valorizada na economia capitalista, pois muitas das reivindicações dos trabalhadores foram atendidas a partir do advento da tecnologia.

IV. Na economia capitalista, produz-se com eficácia o que dá lucro e não aquilo que os homens necessitam e gostariam de ter ou usar.

Estão corretas as afirmativas:

a) I e III

b) II e III

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c) III e IV

d) I, II e IV

e) II, III e IV

Resposta: d

Questão 173. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.

A questão não está mais em se um homem é honesto, mas se é inteligente. Não perguntamos se um livro é proveitoso, mas se está bem escrito. As recompensas são prodigalizadas ao engenho e ficam sem glórias as virtudes. Há mil prêmios para os belos discursos, nenhum para as belas ações.

(ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre as ciências e as artes 3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.348. Coleção Os Pensadores.)

O texto apresenta um dos argumentos de Rousseau à questão colocada em 1749, pela Academia de Dijon, sobre o seguinte problema: O restabelecimento das Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os costumes?

Com base nas críticas de Rousseau à sociedade, assinale a alternativa correta.

a) As artes e as ciências geralmente floresceram em sociedades que se encontravam em pleno vigor moral, em que a honra era a principal preocupação dos cidadãos.

b) A emancipação advém da posse e do consumo exclusivo e diferenciado de bens de primeira linha, uma vez que o luxo concede prestígio para quem o possui.

c) Os envolvidos com as ciências e as artes adquirem, com maior grau de eficiência, conhecimentos que lhes permitem perceber a igualdade entre todos.

d) O amor-próprio é um sentimento positivo por meio do qual o indivíduo é levado a agir moralmente e a reconhecer a liberdade e o valor dos demais.

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e) O objetivo das investigações era atingir celebridade, pois os indivíduos estavam obcecados em exibir-se, esquecendo-se do amor à verdade.

Resposta: e

Questão 174. (Ufsj 2013) Na filosofia de Friedrich Nietzsche, é fundamental entender a crítica que ele faz à metafísica. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que essa crítica

a) tem o sentido, na tradição filosófica, de contentamento, plenitude.

b) é a inauguração de uma nova forma de pensar sem metafísica através do método genealógico.

c) é o discernimento proposto por Nietzsche para levar à supressão da tendência que o homem tem à individualidade radical.

d) pressupõe que nenhum homem, de posse de sua razão, tem como conceber uma metafísica qualquer, que não tenha recebido a chancela da observação.

Resposta: b

Questão 175. (Ufsj 2013) “Não que acreditemos que Deus exista; pensamos antes que o problema não está aí, no da sua existência [...] os cristãos podem apelidar-nos de desesperados”.

Essa afirmação revela o pensador

a) Thomas Hobbes, defendendo o seu pensamento objetivo de que “o homem deve ser tomado como um elemento de construção da monarquia”.

b) Nietzsche, perseguindo o direito do homem de tomar posse do seu reino animal e da sua superação e de reconduzir-se às verdades implícitas nele próprio.

c) Jean-Paul Sartre, desenvolvendo um argumento, no qual chega à conclusão de que o existencialismo é um otimismo.

Page 143: pessoal.educacional.com.brpessoal.educacional.com.br/up/4660001/7250804/204... · Web viewgenerated by python-docx Questão 1. (Espm 2017) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada

d) David Hume, criticando as clássicas provas a favor da existência de Deus.

Resposta: c

Questão 176. (Ufsm 2013) Leonardo Boff inclui a generosidade como uma pilastra de um modelo adequado de sustentabilidade. Ele a caracteriza do seguinte modo: Generoso é aquele que comparte, que distribui conhecimentos e experiências sem esperar nada em troca. Já os clássicos da filosofia política, como Platão e Rousseau, afirmavam que uma sociedade não pode fundar-se apenas sobre a justiça. Ela se tomaria inflexível e cruel. Ela deve viver também da generosidade dos cidadãos, de seu espírito de cooperação e de solidariedade voluntária.

Considere as seguintes afirmações:

I. Segundo o texto, generosidade e justiça podem ser complementares uma à outra.

II. Segundo o texto, se uma sociedade é inflexível e cruel, então ela está fundada apenas sobre a justiça.

III. Já na ética aristotélica, a generosidade é uma virtude e a extravagância e a avareza são os vícios correlacionados a ela.

Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I e III.

d) apenas II e III.

e) I, II e III.

Resposta: c

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Questão 177. (Unioeste 2013) “Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que os homens vivem sem um poder comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram naquela condição que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. [...] E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis da natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos”.

Hobbes.

Considerando o texto citado e o pensamento político de Hobbes, seguem as afirmativas abaixo:

I. A situação dos homens, sem um poder comum que os mantenha em respeito, é de anarquia, geradora de insegurança, angústia e medo, pois os interesses egoísticos são predominantes, e o homem é lobo para o homem.

II. As consequências desse estado de guerra generalizada são as de que, no estado de natureza, não há lugar para a indústria, para a agricultura nem navegação, e há prejuízo para a ciência e para o conforto dos homens.

III. O medo da morte violenta e o desejo de paz com segurança levam os indivíduos a estabelecerem entre si um pacto de submissão para a instituição do estado civil, abdicando de seus direitos naturais em favor do soberano, cujo poder é limitado e revogável por causa do direito à resistência que tem vigência no estado civil assim instituído.

IV. Apesar das leis da natureza, por não haver um poder comum que mantenha a todos em respeito, garantindo a paz e a segurança, o estado de natureza é um estado de permanente temor e perigo da morte violenta, e “a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”.

V. O poder soberano instituído mediante o pacto de submissão é um poder limitado, restrito e revogável, pois no estado civil permanecem em vigor os

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direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade, bem como o direito à resistência ao poder soberano.

Das afirmativas feitas acima

a) somente a afirmação I está correta.

b) as afirmações I e III estão corretas.

c) as afirmações II e IV estão incorretas.

d) as afirmação III e V estão incorretas.

e) as afirmações II, III e IV estão corretas.

Resposta: d

Questão 178. (Uel 2013) Leia o texto a seguir.

Tudo isso ela [Diotima] me ensinava, quando sobre as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela me perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o motivo desse amor e desse desejo? A natureza mortal procura, na medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E ela só pode assim, através da geração, porque sempre deixa um outro ser novo em lugar do velho; pois é nisso que se diz que cada espécie animal vive e é a mesma. É em virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor acompanham.

(Adaptado de: PLATÃO. O Banquete 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o amor em Platão, assinale a alternativa correta.

a) A aspiração humana de procriação, inspirada por Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza física.

b) O eros limita-se a provocar os instintos irrefletidos e vulgares, uma vez que atende à mera satisfação dos apetites sensuais.

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c) O eros físico representa a vontade de conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por obras que perdurarão na memória.

d) O ser humano é idêntico e constante nas diversas fases da vida, por isso sua identidade iguala-se à dos deuses.

e) Os seres humanos, como criação dos deuses, seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite eternidade.

Resposta: c

Questão 179. (Ufsj 2013) Sobre “as qualidades úteis da mente”, descritas por David Hume, é CORRETO afirmar que

a) “são aquilo que se pode primeiramente experimentar na arte de raciocinar”.

b) “elas são retratadas no sentido vulgar, pois são diametralmente opostas ao poder e ao bom senso ou razão”.

c) “determinam que as virtudes, como a simpatia, por exemplo, tenham a força ideal a posteriori para o bem-estar das sociedades humanas”.

d) “essas virtudes formam a principal parte da moral”.

Resposta: d

Questão 180. (Unesp 2013) Uma obra de arte pode denominar-se revolucionária se, em virtude da transformação estética, representar, no destino exemplar dos indivíduos, a predominante ausência de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertação. Esta tese implica que a literatura não é revolucionária por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a “revolução”. O potencial político da arte baseia-se apenas na sua própria dimensão estética. A sua relação com a práxis (ação política) é inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente política for a obra de arte, mais reduzidos são seus objetivos de transcendência e mudança. Nesse sentido, pode haver mais potencial

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subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peças didáticas de Brecht.

(Herbert Marcuse. A dimensão estética, s/d.)

Segundo o filósofo, a dimensão estética da obra de arte caracteriza-se por

a) apresentar conteúdos ideológicos de caráter conservador da ordem burguesa.

b) comprometer-se com as necessidades de entretenimento dos consumidores culturais.

c) estabelecer uma relação de independência frente à conjuntura política imediata.

d) subordinar-se aos imperativos políticos e materiais de transformação da sociedade.

e) contemplar as aspirações políticas das populações economicamente excluídas.

Resposta: c

Questão 181. (Ufu 2013) O diálogo socrático de Platão é obra baseada em um sucesso histórico: no fato de Sócrates ministrar os seus ensinamentos sob a forma de perguntas e respostas. Sócrates considerava o diálogo como a forma por excelência do exercício filosófico e o único caminho para chegarmos a alguma verdade legítima.

De acordo com a doutrina socrática,

a) a busca pela essência do bem está vinculada a uma visão antropocêntrica da filosofia.

b) é a natureza, o cosmos, a base firme da especulação filosófica.

c) o exame antropológico deriva da impossibilidade do autoconhecimento e é, portanto, de natureza sofística.

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d) a impossibilidade de responder (aporia) aos dilemas humanos é sanada pelo homem, medida de todas as coisas.

Resposta: a

Questão 182. (Ufpa 2013) “Pode-se referir à consciência, à religião e tudo o que se quiser como distinção entre os homens e os animais; porém, esta distinção só começa quando os homens iniciam a produção dos seus meios de vida [...].

A forma como os indivíduos manifestam a sua vida reflete muito exatamente o que são. O que são coincide portanto com a sua produção, isto é, com aquilo que produzem como com a forma como produzem.”

Marx, K. Ideologia Alemã, Lisboa: Editora Presença, 1980, p. 19.

Considerando que, segundo Marx, a maneira de ser do homem depende de alguns fatores, identifique, no conjunto de fatores listados abaixo, os que, na visão do citado filósofo, distinguem o ser humano:

I. os respectivos modos de produção.

II. a própria produção de sua vida material.

III. a forma de utilidade dos objetos produzidos em sociedade.

IV. o estado de desenvolvimento de sua consciência depende de sua história de vida.

V. a produção dos meios de subsistência tendo em vista o bem comum da sociedade.

Os fatores estão corretamente identificados em:

a) I e II

b) II e IV

c) III e IV

d) II e V

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e) I, III e V

Resposta: a

Questão 183. (Unioeste 2013) “... a função própria do homem é um certo modo de vida, e este é constituído de uma atividade ou de ações da alma que pressupõem o uso da razão, e a função própria de um homem bom é o bom e nobilitante exercício desta atividade ou a prática destas ações [...] o bem para o homem vem a ser o exercício ativo das faculdade da alma de conformidade com a excelência, e se há mais de uma excelência, em conformidade com a melhor e a mais completa entre elas. Mas devemos acrescentar que tal exercício ativo deve estender-se por toda a vida, pois uma andorinha só não faz verão (nem o faz um dia quente); da mesma forma, um dia só, ou um curto lapso de tempo, não faz um homem bem-aventurado e feliz”.

Aristóteles.

Considerando o texto citado e o pensamento ético de Aristóteles, seguem as afirmativas abaixo:

I. O bem mais elevado que o ser humano pode almejar é a eudaimonia (felicidade), havendo uma concordância geral de que o bem supremo para o homem é a felicidade, e que bem viver e bem agir equivale a ser feliz.

II. A eudaimonia (felicidade) é sempre buscada por si mesma e não em função de outra coisa, pois o ser humano escolhe o viver bem como a mais elevada finalidade e por nada além do próprio viver bem.

III. Definindo a eudaimonia (felicidade) a partir da função própria da alma racional e do exercício ativo das faculdades da alma em conformidade com a excelência (virtude) conclui-se que, aos seres humanos, só é possível levar uma vida constituída por momentos de felicidade decorrentes da satisfação dos desejos e paixões que não se subordinam à atividade racional.

IV. A eudaimonia (felicidade) é um certo modo de vida constituído de uma atividade ou de ações por via da razão e conforme a ela, sendo o bem melhor

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para o homem o exercício ativo das faculdades da alma em conformidade com a excelência (virtude), que deve estender-se por toda a vida.

V. A excelência (virtude) humana, como realização excelente da tarefa humana, reside no exercício ativo da racionalidade, pois a função própria de um homem bom é o bom e nobilitante exercício desta atividade ou na prática destas ações em conformidade com a virtude, sendo este o bem humano supremo e a última finalidade desiderativa humana.

Das afirmativas feitas acima

a) somente a afirmação I está incorreta.

b) somente a afirmação III está incorreta.

c) as afirmações III e V estão corretas.

d) as afirmações I e III estão corretas.

e) as afirmações II, III e IV estão corretas.

Resposta: b

Questão 184. (Unioeste 2013) “Através dos princípios de um direito natural preexistente ao Estado, de um Estado baseado no consenso, de subordinação do poder executivo ao poder legislativo, de um poder limitado, de direito de resistência, Locke expôs as diretrizes fundamentais do Estado liberal.”

Bobbio.

Considerando o texto citado e o pensamento político de Locke, seguem as afirmativas abaixo:

I. A passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil, segundo Locke, é realizada mediante um contrato social, através do qual os indivíduos singulares, livres e iguais dão seu consentimento para ingressar no estado civil.

II. O livre consentimento dos indivíduos para formar a sociedade, a proteção dos direitos naturais pelo governo, a subordinação dos poderes, a limitação do poder

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e o direito à resistência são princípios fundamentais do liberalismo político de Locke.

III. A violação deliberada e sistemática dos direitos naturais e o uso contínuo da força sem amparo legal, segundo Locke, não são suficientes para conferir legitimidade ao direito de resistência, pois o exercício de tal direito causaria a dissolução do estado civil e, em consequência, o retorno ao estado de natureza.

IV. Os indivíduos consentem livremente, segundo Locke, em constituir a sociedade política com a finalidade de preservar e proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e da força comum de um corpo político unitário, os seus inalienáveis direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade.

V. Da dissolução do poder legislativo, que é o poder no qual “se unem os membros de uma comunidade para formar um corpo vivo e coerente”, decorre, como consequência, a dissolução do estado de natureza.

Das afirmativas feitas acima

a) somente a afirmação I está correta.

b) as afirmações I e III estão corretas.

c) as afirmações III e IV estão corretas.

d) as afirmação II e III estão corretas.

e) as afirmações III e V estão incorretas.

Resposta: e

Questão 185. (Unimontes 2013) Deleuze e Guattari entendem a filosofia como possibilidade de instauração do caos. Nesse sentido, a filosofia é capaz de criticar a si mesma e também às outras formas de pensar e agir. Com relação à filosofia, podemos afirmar:

a) A filosofia não é um conhecimento absoluto e não permite uma atitude crítica sobre todos os saberes. A filosofia impõe verdades e não permite que se recriem os espaços de discussões.

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b) A filosofia não é um conhecimento exato, uma atitude desprovida de crítica sobre todos os saberes. A filosofia não impõe verdades, mas cria e recria constantemente espaços de discussões.

c) A filosofia não é um conhecimento acabado, mas uma atitude crítica sobre todos os saberes. A filosofia não impõe verdades, mas cria e recria constantemente espaços de discussões.

d) A filosofia não é um conhecimento, mas uma atitude dogmática sobre todos os saberes. A filosofia impõe verdades e exclui as pessoas dos espaços de discussões.

Resposta: c

Questão 186. (Unioeste 2013) “Quando dizemos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser. Escolher isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos. Se a existência, por outro lado, precede a essência e se quisermos existir, ao mesmo tempo em que construímos a nossa imagem, esta imagem é válida para todos e para a nossa época. Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade”.

Sartre.

Considerando o texto citado e o pensamento sartreano, é INCORRETO afirmar que

a) o valor máximo da existência humana é a liberdade, porque o homem é, antes de mais nada, o que tiver projetado ser, estando “condenado a ser livre”.

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b) totalmente posto sob o domínio do que ele é, ao homem é atribuída a total responsabilidade pela sua existência e, sendo responsável por si, é também responsável por todos os homens.

c) o existencialismo sartreano é uma moral da ação, pois o homem se define pelos seus atos e atos, por excelência, livres, ou seja, o “homem não é nada além do conjunto de seus atos”.

d) o homem é um “projeto que se vive subjetivamente”, pois há uma natureza humana previamente dada e predefinida, e, portanto, no homem, a essência precede a existência.

e) por não haver valores preestabelecidos, o homem deve inventá-los através de escolhas livres, e, como escolher é afirmar o valor do que é escolhido, que é sempre o bem, é o homem que, através de suas escolhas livres, atribui sentido a sua existência.

Resposta: d

Questão 187. (Ufsj 2013) “A soberania é a alma do Estado, e uma vez separada do corpo os membros deixam de receber dela seu movimento”.

Esse fragmento representa o pensamento de

a) Hume em sua memorável defesa dos valores do Estado e da sua ligação direta com a sua “alma”, tomada aqui por intransferível soberania.

b) Hume e a descrição da soberania na perspectiva do sujeito em termos de impressões e ideias, que a partir daí cria um Estado humanizado que dá movimento às criações dos que nele estão inseridos.

c) Nietzsche, em sua mais sublime interpretação do agón grego. Ao centro daquilo que ele propôs como sendo a alma do Estado e onde a indagação sobre o lugar da soberania, no permanente desafio da necessária orquestração das paixões, se faz urgente.

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d) Hobbes e o seu conceito clássico de soberania, entendido como o princípio que dá vida e movimento ao corpo inteiro do Estado, por sua vez criado pelo artifício humano para a sua proteção e segurança.

Resposta: d

Questão 188. (Ueg 2013) O surgimento da filosofia entre os gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente processo de racionalização da vida na cidade, em que o ser humano abandona a verdade revelada pela codificação mítica e passa a exigir uma explicação racional para a compreensão do mundo humano e do mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se:

a) a concepção política expressa em A República, de Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar sob um regime político oligárquico.

b) a criação de instituições universitárias como a Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles.

c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos como legado a recusa de uma fé inabalável na razão humana e a crença de que sempre devemos acreditar nos sentimentos.

d) a recusa em apresentar explicações preestabelecidas mediante a exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um fundamento racional.

Resposta: d

Questão 189. (Ufsj 2013) O Círculo de Viena foi um importante marco para a filosofia e, exemplarmente, propôs que,

a) antes de ser classificado de percepção extrema ou subjetividade, todo e qualquer dado deve ser sistematicamente analisado.

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b) em qualquer evento, existe algo de subjetivo e isso é disfarçado pelas extraordinárias extensões no mundo metafísico.

c) para ser aceita como verdadeira, uma teoria científica deveria passar pelo crivo da verificação empírica.

d) no limite do que o sujeito pode perceber e do que é exatamente o objeto há um abismo de possibilidades e é nisso que consiste a importância da metafísica.

Resposta: c

Questão 190. (Unioeste 2013) “I. Objeção: o conhecimento colocado em ideias deve ser todo uma pura visão Não duvido que meu leitor, neste momento, deve estar apto para pensar que eu tenho estado todo este tempo construindo apenas um castelo no ar, e estar pronto para dizer: ‘Qual é o propósito de tudo isto? O conhecimento, você afirma, é apenas a percepção de acordo ou desacordo de nossas ideias: mas quem sabe o que estas ideias podem ser? Se isto for verdadeiro, as visões de um entusiasta e os raciocínios de um homem sóbrio deverão ser igualmente evidentes. Não consiste em verificar o que são as coisas, de sorte que um homem observa apenas o acordo de suas próprias imaginações e se expressa em conformidade com isso, sendo, pois, tudo verdadeiro, tudo certeza. Tais castelos no ar serão fortalezas da verdade como as demonstrações de Euclides. Uma harpa não constitui um centauro: revelamos, por este meio, um conhecimento tão certo e tão verdadeiro como o que afirma que o quadrado não é um círculo.

‘Mas para que serve todo este conhecimento refinado das próprias imaginações dos homens que pesquisam a realidade das coisas? Não importa o que são as fantasias dos homens, trata-se apenas do conhecimento das coisas a ser capturado; unicamente este valoriza nossos raciocínios e mostra o predomínio do conhecimento de um homem sobre o outro, dizendo respeito às coisas como realmente são, e não de sonhos e fantasias’.

II. Resposta: não exatamente, onde as ideias concordam com as coisas A isto respondo: se nosso conhecimento de nossas ideias termina nelas, e não vai além disso, onde há algo mais para ser designado, nossos mais sérios

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pensamentos serão de pouco mais uso que os devaneios de um cérebro louco; e as verdades construídas deste modo não pesam mais que os discursos de um homem que vê coisas claramente num sonho e com grande segurança as expressa. Mas espero, antes de terminar, tornar evidente que este meio de certeza, mediante o conhecimento de nossas ideias, vai um pouco além da pura imaginação; e acredito que será mostrado que toda a certeza das verdades gerais pertencentes a um homem não se encontra em nada mais.”

Locke.

“Aristóteles e Locke consideram que o conhecimento se realiza por graus contínuos, partindo da sensação até chegar às ideias. [...] Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão.”

Marilena Chauí.

Considerando os textos acima que versam sobre a noção de conhecimento moderna e, especificamente, sobre a noção de conhecimento em Locke, é INCORRETO afirmar que

a) a teoria do conhecimento de John Locke se caracteriza por criticar fortemente a ideia de que o conhecimento funda-se em ideias inatas.

b) é possível, segundo Locke, construir uma ciência mesmo que as ideias formadoras de seu corpo de conhecimento não concordem com as coisas mesmas.

c) a teoria do conhecimento de Locke pretende demonstrar uma tese: nosso conhecimento é fundado na experiência sensível e na experiência interna.

d) verdades derivadas de ideias que não encontram nenhum referencial em sensações, pelo menos em sua base, não passam de devaneios da imaginação.

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e) acordo ou desacordo de nossas ideias, segundo Locke, produz o conhecimento que temos do mundo e quanto mais precisa for esta relação, mais próximos estaremos da verdade.

Resposta: b

Questão 191. (Ufu 2013) Autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à qual ela é para si mesma a sua lei (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomia é, portanto: não escolher senão de modo a que as máximas da escolha estejam incluídas simultaneamente, no querer mesmo, como lei universal.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986, p. 85.

De acordo com a doutrina ética de Kant:

a) O Imperativo Categórico não se relaciona com a matéria da ação e com o que deve resultar dela, mas com a forma e o princípio de que ela mesma deriva.

b) O Imperativo Categórico é um cânone que nos leva a agir por inclinação, vale dizer, tendo por objetivo a satisfação de paixões subjetivas.

c) Inclinação é a independência da faculdade de apetição das sensações, que representa aspectos objetivos baseados em um julgamento universal.

d) A boa vontade deve ser utilizada para satisfazer os desejos pessoais do homem. Trata-se de fundamento determinante do agir, para a satisfação das inclinações.

Resposta: a

Questão 192. (Ufsj 2013) “A Filosofia a golpes de martelo” é o subtítulo que Nietzsche dá à sua obra Crepúsculo dos ídolos Tais golpes são dirigidos, em particular, ao(s)

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a) conceitos filosóficos e valores morais, pois eles são os instrumentos eficientes para a compreensão e o norteamento da humanidade.

b) existencialismo, ao anticristo, ao realismo ante a sexualidade, ao materialismo, à abordagem psicológica de artistas e pensadores, bem como ao antigermanismo.

c) compositores do século XIX, como, por exemplo, Wolfgang Amadeus Mozart, compositor de uma ópera de nome “Crepúsculo dos deuses”, parodiada no título.

d) conceitos de razão e moralidade preponderantes nas doutrinas filosóficas dos vários pensadores que o antecederam e seus compatriotas e/ou contemporâneos Kant, Hegel e Schopenhauer.

Resposta: d

Questão 193. (Unioeste 2013) “Nada indigna mais uma cabeça filosófica do que ouvir dizer que, de agora em diante, toda filosofia tem de ficar aprisionada nos grilhões de um único sistema. Nunca esse espírito se sentira maior do que ao ver diante de si a infinidade do saber. Toda a sublimidade de sua ciência consistiria justamente em nunca poder perfazer-se. No instante em que ele próprio acreditasse ter perfeito seu sistema, ele se tornaria insuportável para si mesmo. Nesse mesmo instante, deixaria de ser criador e se reduziria a um instrumento de sua criatura. […] nada pode ser mais pernicioso para a dignidade da filosofia que a tentativa de forçá-la a entrar nos limites de um sistema teórico universalmente válido”

Schelling.

Considerando o texto acima, é INCORRETO afirmar que

a) a filosofia tem, além de seu aspecto teórico, um aspecto prático ligado à criação de sistemas.

b) a dignidade da filosofia está em colocar-nos diante de um horizonte infinito de conhecimento.

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c) a filosofia, enquanto atividade criadora humana, tem inúmeras possibilidades de expressão teórica.

d) a filosofia é uma atividade que não deve atingir um acabamento definitivo por meio de um sistema teórico.

e) a filosofia, para a grandeza do espírito humano, deve realizar um sistema teórico universal, perfeito e definitivo.

Resposta: e

Questão 194. (Unioeste 2013) “Não é fácil definir se a ideia dos poemas homéricos, segundo a qual o Oceano é a origem de todas as coisas, difere da concepção de Tales, que considera a água o princípio original do mundo; seja como for, é evidente que a representação do mar inesgotável colaborou para a sua expressão. Em todas as partes da Teogonia, de Hesíodo, reina a vontade expressa de uma compreensão construtiva e uma perfeita coerência na ordem racional e na formulação dos problemas. Por outro lado, a sua cosmologia ainda apresenta uma irreprimível pujança de criação mitológica, que, muito mais tarde, ainda age sobre as doutrinas dos “fisiólogos”, nos primórdios da filosofia “científica”, e sem a qual não se poderia conceber a atividade prodigiosa que se expande na criação das concepções filosóficas do período mais antigo da ciência”

Werner Jaeger.

Considerando o texto acima sobre o surgimento da filosofia na Grécia, seguem as afirmativas abaixo:

I. O surgimento da filosofia não coincide com o início do uso do pensamento racional.

II. O surgimento da filosofia não coincide com o fim do uso do pensamento mítico.

III. Tales de Mileto, no século VI a.C., ao propor a água como princípio original do mundo, rompe, definitivamente, com o pensamento mítico.

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IV. Mitos estão presentes ainda nos textos filosóficos de Platão (século IV a.C.), como, por exemplo, o mito do julgamento das almas.

V. Os primeiros filósofos gregos, chamados “pré-socráticos”, em sua reflexão, não se ocupavam da natureza (Physis).

Das afirmativas feitas acima

a) apenas a afirmação V está correta.

b) apenas as afirmações III e V estão corretas.

c) apenas as afirmações II e IV estão corretas.

d) apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.

e) apenas as afirmações I, III e V estão corretas.

Resposta: d

Questão 195. (Ufu 2013) A atividade intelectual que se instalou na Grécia a partir do séc. VI a.C. está substancialmente ancorada num exercício especulativo-racional. De fato, “[...] não é mais uma atividade mítica (porquanto o mito ainda lhe serve), mas filosófica; e isso quer dizer uma atividade regrada a partir de um comportamento epistêmico de tipo próprio: empírico e racional”.

SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-socráticos Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998, p. 32.

Sobre a passagem da atividade mítica para a filosófica, na Grécia, assinale a alternativa correta.

a) A mentalidade pré-filosófica grega é expressão típica de um intelecto primitivo, próprio de sociedades selvagens.

b) A filosofia racionalizou o mito, mantendo-o como base da sua especulação teórica e adotando a sua metodologia.

c) A narrativa mítico-religiosa representa um meio importante de difusão e manutenção de um saber prático fundamental para a vida cotidiana.

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d) A Ilíada e a Odisseia de Homero são expressões culturais típicas de uma mentalidade filosófica elaborada, crítica e radical, baseada no logos.

Resposta: c

Questão 196. (Ufsj 2013) Thomas Hobbes afirma que “Lei Civil”, para todo súdito, é

a) “construída por aquelas regras que o Estado lhe impõe, oralmente ou por escrito, ou por outro sinal suficiente de sua vontade, para usar como critério de distinção entre o bem e o mal”.

b) “a lei que o deixa livre para caminhar para qualquer direção, pois há um conjunto de leis naturais que estabelece os limites para uma vida em sociedade”.

c) “reguladora e protetora dos direitos humanos, e faz intervenção na ordem social para legitimar as relações externas da vida do homem em sociedade”.

d) “calcada na arbitrariedade individual, em que as pessoas buscam entrar num Estado Civil, em consonância com o direito natural, no qual ele – o súdito – tem direito sobre a sua vida, a sua liberdade e os seus bens”.

Resposta: a

Questão 197. (UEG GO/2013)

Ganhar mais de 40 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos é fácil. Determine que todas as escolas de seu país descubram os alunos de 3 a 13 anos que mais de destacam nas aulas de Educação Física. Separe-os da família e interne-os em escolas de esportes até a idade adulta. Distribua-os entre os esportes olímpicos em que têm mais chances de medalha olímpica. Esse é, pelo menos o modelo que funcionou para a China nos jogos de Pequim.

ESPECIAL OLIMPÍADAS. Época, Globo, ed. 536, 25 ago. 2008. p. 153.

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O trecho da reportagem da revista Época enfoca o esforço nacional chinês para obter sucesso nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em termos comparativos, os atuais estudos de História Antiga atestam que na Grécia, berço dos jogos, existia grande competitividade entre as cidades-Estados. Filosoficamente, esse espírito competitivo dos helenos atesta que:

a) a preparação física, intelectual e cidadã dos jovens gregos era feita em conjunto, portanto, uma vitória esportiva também representava um triunfo moral.

b) a realidade dos Jogos Olímpicos da Antiguidade Clássica difere muito das Olimpíadas modernas, não sendo possível traçar nenhum tipo de comparação entre elas.

c) o estabelecimento de modalidades, como arco e flecha e tiro ao alvo, em que a concentração é mais importante do que a força, preserva o espírito olímpico.

d) o lema “o importante é competir” não foi levado em consideração durante a preparação dos atletas olímpicos chineses.

Resposta: a

Questão 198. (UEMG/2013)

O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo.

Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:

a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino.

b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.

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c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos.

d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental.

Resposta: a

Questão 199. (UEL PR/2013)

Leia o texto a seguir.

O modo de comportamento perceptivo, através do qual se prepara o esquecer e o rápido recordar da música de massas, é a desconcentração. Se os produtos normalizados e irremediavelmente semelhantes entre si, exceto certas particularidades surpreendentes, não permitem uma audição concentrada, sem se tornarem insuportáveis para os ouvintes, estes, por sua vez, já não são absolutamente capazes de uma audição concentrada. Não conseguem manter a tensão de uma concentração atenta, e por isso se entregam resignadamente àquilo que acontece e flui acima deles, e com o qual fazem amizade somente porque já o ouvem sem atenção excessiva.

(ADORNO, T. W. O fetichismo na música e a regressão da audição. In: Adorno et all. Textos escolhidos São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.190. Coleção Os Pensadores.)

As redes sociais têm divulgado músicas de fácil memorização e com forte apelo à cultura de massa. A respeito do tema da regressão da audição na Indústria Cultural e da relação entre arte e sociedade em Adorno, assinale a alternativa correta.

a) A impossibilidade de uma audição concentrada e de uma concentração atenta relaciona-se ao fato de que a música tornou-se um produto de consumo, encobrindo seu poder crítico.

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b) A música representa um domínio particular, quase autônomo, das produções sociais, pois se baseia no livre jogo da imaginação, o que impossibilita estabelecer um vínculo entre arte e sociedade.

c) A música de massa caracteriza-se pela capacidade de manifestar criticamente conteúdos racionais expressos no modo típico do comportamento perceptivo inato às massas.

d) A tensão resultante da concentração requerida para a apreciação da música é uma exigência extramusical, pois nossa sensibilidade é naturalmente mais próxima da desconcentração.

e) Audição concentrada significa a capacidade de apreender e de repetir os elementos que constituem a música, sendo a facilidade da repetição o que concede poder crítico à música.

Resposta: a

Questão 200. (ENEM/2013)

Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz.

CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias.Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).

A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na

a) imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.

b) abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo.

c) alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca.

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d) cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático.

e) mobilização do povo e na autoridade do parlamento.

Resposta: b

Questão 201. (UEG GO/2013)

CERTIFICO, a pedido da requerente que, no Diário Oficial da União, de 09 de janeiro de 1979, consta a homologação a seguir transcrita do Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação e Cultura: PROCESSOS Nºs MEC-248.003/78 – CNMC 00142 – COMISSÃO NACIONAL DE MORAL E CIVISMO. Nos termos e para efeitos do parágrafo 1º do art. 10 do Decreto nº 68.065, de 14 de janeiro de 1971, HOMOLOGO o parecer da Comissão Nacional de Moral e Civismo, favorável, do ponto de vista da moral e do civismo, à obra didática intitulada EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA, de autoria da professora LURDES DE BORTOLI GROTH, ficha nº 07/78. Brasília, 05 de janeiro de 1979.

BORTOLI, Lurdes de. Educação moral e cívica. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979. (Folha preliminar).

O texto citado é uma certidão de homologação autorizando a publicação de um livro didático de educação moral e cívica, disciplina integrante da grade curricular do ensino básico brasileiro até a década de 1980. No contexto histórico da época da publicação da certidão, ela possibilita mostrar que o Estado brasileiro apresentava relações de poder marcadas por

a) estratégias autoritárias de controle social, restringindo a pluralidade teórica e ideológica nos livros didáticos.

b) práticas neoliberais, copiando os modelos norte-americanos de controle da produção didática escolar.

c) uma intensa racionalização administrativa decorrente da extrema especialização acadêmica dos funcionários públicos.

d) uma preocupação apenas burocrática com a produção didática, considerada inofensiva para a política ideológica vigente à época.

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Resposta: a

Questão 202. (UNICAMP SP/2013)

A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.

O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois

a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.

b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.

c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.

d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.

Resposta: a

Questão 203. (UEG GO/2013)

As suposições imediatas apontavam para um castigo divino. O Deus vingador que destruíra Sodoma e Gomorra demonstrava mais uma vez a sua cólera perante os pecados dos homens. A Europa recordava a orgulhosa Lisboa que dominara o comércio mundial e via-se castigada pelo mau uso que fizera de sua riqueza.

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DEL PRIORE, Mary. O mal sobre a Terra. Rio de Janeiro: Topbooks, 2003. p. 150.

A citação refere-se ao terremoto de Lisboa, que arrasou a capital portuguesa em 1º de novembro de 1755. Essa visão de que o terremoto foi um castigo divino expressa uma concepção de

a) conhecimento geológico incompatível com o secularismo iluminista.

b) divindade incompatível com o Deus misericordioso do catolicismo romano.

c) moralidade portuguesa marcada pela tolerância à diversidade religiosa e sexual.

d) natureza interligada ao sagrado, típica de uma concepção mecanicista do Universo.

Resposta: a

Questão 204. (UEG GO/2013)

O movimento cartista (1838-1848) foi uma das primeiras manifestações coletivas do movimento operário inglês. Entre suas reivindicações, estavam o voto universal e secreto, o pagamento aos deputados e as eleições anuais para o Parlamento. Em fevereiro de 1848, houve a revolução que derrubou a monarquia liberal francesa e foi realizada essencialmente pela burguesia e pelo proletariado. Ao relacionar estes acontecimentos históricos com a teoria da luta de classes de Karl Marx, pode-se afirmar:

a) a Revolução de 1848 foi uma revolução burguesa que instaurou uma nova organização estatal que, posteriormente, reprimiu o movimento operário, manifestando o que Marx denominou de “contrarrevolução”.

b) a Revolução de 1848 foi uma revolução policlassista que gerou um regime socialista democrático, o que Marx considerou como modelo e primeira experiência de via pacífica para o comunismo pluralista.

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c) a Revolução de 1848 foi uma revolução proletária que constituiu a primeira forma daquilo que Marx denominou “ditadura do proletariado” e que seria repetida na Comuna de Paris de 1871 e na Revolução Russa de 1917.

d) o movimento cartista foi a primeira expressão política do movimento comunista internacional e teve em Karl Marx o seu principal ideólogo e ativista, sendo a base da criação da Associação Internacional dos Trabalhadores.

Resposta: a