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Tópicos Especiais de História da Filosofia Moderna IV/ _____________________Profa. Luciene
Roteiro de questões para orientação de estudo para a 1ª. prova (jun 2017)
Obras filosóficas centrais:
Martin HEIDEGGER. Kant e o problema da Metafísica. (Kant und das Problem der Metaphysik/ Kant et le problème de la mètaphysique. Ed. Gallimard, 1953.)
Emmanuel KANT. Crítica da Razão Pura. (Kritik der reinen Vernunft). Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994.
Heidegger propõe, nessa obra, explicar a Crítica da Razão Pura de Kant enquanto uma instauração do fundamento da metafísica: “O problema da Metafísica se acha assim elucidado como problema de uma ontologia fundamental” (KPM, p. 57 (ed. francesa).
Nesse sentido, responda as seguintes questões, explicitando-as em seus principais argumentos, tanto a partir do próprio texto de Heidegger (KPM, pp. 57 à 78) e dos trechos correspondentes na Crítica da Razão Pura de Kant, quanto a partir das explicações em sala de aula:
1.) Que significa “instaurar um fundamento” para a Metafísica?
2.) Qual o conceito de Metafísica herdado por Kant?
3.) Qual o seu sentido primário em Aristóteles?
4.) Qual o seu sentido derivado, interpretado pela tradição pós-aristotélica e como essa interpretação modifica a compreensão da essência da Metafísica?
5.) Quais os motivos que influenciaram, segundo Heidegger, a formação desse conceito e como, a partir disso, a Metafísica é compreendida por Kant?
6.) Qual a relação desse conceito na tradição com o conceito aristotélico da Próté phylosophia) e qual a ambiguidade inerente ao conceito de Metafísica desde a tradição até Kant?
7.) Por que Kant desloca o centro de gravidade da Metafísica Geral para a Metafísica Especial?
8.) Como o conceito de Metafísica, a partir de seu sentido tradicional envolto de dificuldades, é compreendido por Kant?
9.) Por que “todos os esforços em vista de “aumentar” o conhecimento puro devem ser suspensos? Que significa isso em relação à Metafísica e à Filosofia tal como foram compreendidas na tradição?10.) Por que a Metafísica é um conhecimento do ente suprassensível? Quais os três sentidos em que se pode compreender o suprassensível?
11.) Por que o método do conhecimento da Metafísica é um mero “tatear” a partir de “simples conceitos”? Que Kant quer dizer com isso? Que significam, com relação à Metafísica, as questões Quid facti? e Quid juris? ?
12.) Como, a partir desses problemas e questões, Kant põe em questão a possibilidade da Metafísica como ciência?
13.) Por que Heidegger diz que é a partir dessa questão que “toda enunciação relativa ao ente torna-se suscetível de ser provada”? Por que se pode compreender essa questão como “a virada kantiana para o transcendental”?
14.) Como as ciências positivas (ciências matemáticas da natureza) indicam para Kant, segundo Heidegger, a possibilidade de um “comportamento em relação ao ente”? Como elas dão uma indicação – e apenas uma indicação – da conexão essencial das condições existentes entre o conhecimento ôntico e o conhecimento ontológico?
15.) Explique por que o projeto da possibilidade intrínseca da Metafísica Especial se reconduz da questão da possibilidade do conhecimento ôntico para a questão da possibilidade da possibilidade do conhecimento ôntico, ou seja, para a possibilidade do conhecimento ontológico?
16.) Que significa dizer, como Heidegger, que pela primeira vez a ontologia se torna um problema, fazendo assim, a Metafísica sofrer seu primeiro abalo?
17.) Qual o sentido que Heidegger dá à chamada “revolução copernicana” de Kant? Qual sua relação com o conceito de “verdade como adequação”, da tradição, e com o conceito de “verdade como desvelamento”, de Heidegger? E por que esta é a própria “condição de possibilidade” daquela?
18.) Por que, segundo Heidegger, o conhecimento ontológico, isto é, da “talidade” (do ente enquanto tal) do ente se elabora, em Kant, na pergunta “Como são possíveis os juízos sintéticos a priori? ”? Que significa, segundo o texto, a síntese e, mais que isso, a síntese a priori?
19.) Nesse sentido, por que o desvelamento da possibilidade do conhecimento ontológico deve se tornar um esclarecimento da razão pura?
20.) Por que, segundo Heidegger, o problema da possibilidade da ontologia equivale a se interrogar sobre a possibilidade, isto é, sobre a essência da transcendência da compreensão do ser (do ente)? Nesse sentido, o que significa transcendental?
21.) Por que Heidegger contesta a interpretação da Crítica da Razão Pura como uma “teoria da experiência” ou “teoria das ciências positivas”?
22.) Que significa dizer que “a instauração do fundamento” deve investigar a síntese a priori exclusivamente nela mesma?
23.) O que efetivamente está em questão nesse ponto de partida da instauração da fundamentação da Metafísica?