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JORNAL Ano XI - Número 87 Novembro de 2015 hp://jaajrj.com.br/blogs [email protected] O jornal das lutas comunitárias e da cultura popular Abaixo Abaixo WhatsApp do JAAJ 97246-2213 Continua paralisada obra do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Jacarepaguá Lutar a favor do Planeta na sua preservação e necessidade de redução das emissões de gases do efeito estufa entre 40% e 70% de agora até 2050 para que o aquecimento global não supere os 2°C. Se essas medidas não forem adotadas, o aquecimento poderia chegar ao final do século a 4,8°C. No Rio de Janeiro, dia 29/11, haverá uma caminhada do clima em Ipanema, às 15hs. Nesta mesma data milhares de manifestações no mundo todo estarão acontecendo para pressionar os governos reunidos na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climácas de 2015, uma reunião internacional, que terá lugar em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro. Caminhada pelo Planeta Charge de Raquel Alves - 7º ano da Unidade Integrada Garriga de Menezes Maravilhas Gastronômicas Conheça os produtos de Jacarepaguá. Página 5 Cidade de Deus luta por melhoria na Educação e realiza com sucesso 1ª Parada LGBT O absurdo connua. Obra parada na Avenida Cândido Benício, no Mato Alto. Moradores querem uma data para a retomada das obras. Leia tudo na página 3 Páginas 6 e 7 David Brasil parcipou da 1ª Parada da CDD foto: César Salomão SOMOS TODOS FRANCESES E MINEIROS DE MARIANA (Rio Doce, morte silenciosa - crime ambiental)

WhatsApp do JAAJ 97246-2213 Continua paralisada obra do ...jaajrj.com.br/blogs/wp-content/uploads/2016/01/JAAJ_87_novembro.… · (Praça do Anil) •Banca do Gerson - R. Araticum,

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O jornal das lutas comunitárias e da cultura popularAbaixoAbaixo WhatsApp do JAAJ 97246-2213

Continua paralisada obra do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Jacarepaguá

Lutar a favor do Planeta na sua preservação e necessidade de redução das emissões de gases do efeito estufa entre 40% e 70% de agora até 2050 para que o aquecimento global não supere os 2°C. Se essas medidas não forem adotadas, o aquecimento poderia chegar ao final do século a 4,8°C. No Rio de Janeiro, dia 29/11, haverá uma caminhada do clima em Ipanema, às 15hs. Nesta mesma data milhares de manifestações no mundo todo estarão acontecendo para pressionar os governos reunidos na 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015, uma reunião internacional, que terá lugar em Paris de 30 de novembro a 11 de dezembro.

Caminhada pelo Planeta

Charge de Raquel Alves - 7º ano da Unidade Integrada Garriga de Menezes

Maravilhas GastronômicasConheça os produtos de Jacarepaguá. Página 5

Cidade de Deus luta por melhoria na Educação e realiza com sucesso 1ª Parada LGBT

O absurdo continua. Obra parada na Avenida Cândido Benício, no Mato Alto. Moradores querem uma data para a retomada das obras. Leia tudo na página 3

Páginas 6 e 7 David Brasil participou da 1ª Parada da CDD

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SOMOS TODOS FRANCESES

E MINEIROS DE MARIANA

(Rio Doce, morte silenciosa

- crime ambiental)

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**As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

**Todo material enviado ao E-mail, Blog e Facebook do jornal é autorizado automaticamente para a divulgação e

também não é gratificado.**Distribuição gratuita pelos bairros e comunidades da

Baixada de Jacarepaguá.

Conselho Editorial: Almir Paulo, Carlos Motta, Ivan Lima, Julio Cesar, Lourival Bonifácio, Manoel Meirelles, Maraci Soares, Marcos An-dré, Mariluce Paixão, Miguel Pinho, Néli, Pedro Ivo, Rena-to Dória, Severino Honora-to, Silvia Regina, Sônia dos

Santos, Tatiana Santiago, Val Costa e Vaneide Carmo.Coordenação Geral: Almir PauloArte e Diagramação: Jane FonsecaCoordenação de Mídia Digi-tal: Pedro Ivo

EXPEDIENTE

Para críticas, sugestões e reclamações: [email protected]

http://jaajrj.com.br/blogs Tels (21) 97119-6125 / 98050-4644

Veja os locais onde os moradores da Baixada de Jacarepaguá interessados em conhecerem os problemas de nos-sa região poderão apanhar, gratuitamente, um ou mais exemplares do Jornal Abaixo-Assinado de Jacarepaguá. Boa leitura! Estabelecimentos comerciais que passarão a ter o JAAJ todo mês:

Onde encontrar o JAAJ

Anil•Banca do Mauro - Estrada de Jacarepaguá, 6.414 (Praça do Anil)•Banca do Gerson - R. Araticum, 437 (em frente ao Mercadinho Araticum)

Camorim•Banca do Mário - Estr. do Camorim, em frente ao 635, Camorim.

Cidade de Deus•Banca do Antônio Jorge - R. Israel, 113.•Banca da Glaucia - Av. Edgar Werneck, de baixo do viaduto da Linha Amarela.•Banca do Merinho - Próxima às lojas no Conj. Da-niel-Margarida.•Banca do Rodrigo - Em frente ao Restaurante Popu-lar (Bandejão) na praça principal da CDD.•Banca do Hugo - Rua Monte Sião, 284 (em frente a padaria do conjunto da PM).

Freguesia•Banca da Eliane Freitas - Largo da Freguesia, em frente à Padaria Belém.•Banca da D. Margareth - Estr. de Jacarepaguá, 7709 (em frente a Casa do Biscoito)•Igreja Batista Quintanilha - Rua Quintanilha, 331

Gardênia Azul•Banca da Rozinere - Av. das Lagoas, 1.987 (em frente ao Bar Mengão).

Praça Seca•Banca do Alexandre e Silvana - R. Cândido Benício, 2.256, em frente à Sorveteria Diplomata•Barbearia Toledo e Amigos (barbeiro Wagner) - Rua Albano, 252/Lj. A.

Pechincha•Personal Studio Saúde e Fitness - Estr. do Tindiba, 185 sls 102 e 104, Pechincha.

Taquara• Banca da dona Rita de Cássia - Estr. Tindiba, 2.510•Banca do Edinho - R. dos Prazeres, 16 (em frente ao Col. Brigadeiro Schorcht).•Banca do Evaldo - Estr. do Cafundá (em frente ao Supermercado Guanabara).• Banca do José Almeida Costa - Praça Jauru, 32 (em frente ao Prezunic)•Banca do Sérgio - Estr. Rodrigues Caldas, 1.539.•Banca do Waldemar - Largo do Remi.•Centter Adrycopy - Rua Relvado, 64, Lj. A, Praça Nova Orleans.•Condomínio Jardins do Outeiro - Estr. do Outeiro Santos, 907/portaria.•Império da Belleza - Estr. do Guerenguê, 1.054.•Mercado Careca - Estr. Rodrigues Caldas esquina com a Rua Mapuá•Minimercado Salmos - Estr. do Outeiro Santos, 1.131.

Para acessar essa e outras receitas, visite o meu blog: http://cozinhadaneli.blogspot.com.br

Um beijo

e um queijo!

Cozinha da Tia Néli

Uma publicação mensal da RPC Editora Gráfica Ltda.

CNPJ 08.855.227/0001-20.

As pessoas, cada vez mais, estão se preocupando em melhorar sua alimentação para ter uma vida mais sau-dável. Em contrapartida, passam muito tempo na rua, onde dificilmente encontram uma alimentação balan-ceada. Muitas passaram a levar para o trabalho marmi-tas com alimentos mais apropriados. Daí surgiu a ideia da salada de pote, que você pode escolher o que gosta, em uma embalagem prática, e pode deixar sua marmi-ta planejada para uma semana inteira.

Salada no Pote

Passo a Passo 1. Comece pelo molho (ele deve ficar no fundo e só misturado na hora que for consumir).2. Em seguida, coloque le-gumes e verduras mais pe-sados e que podem ficar em contato com o molho (por exemplo, grão de bico, fei-jão, pepino).3. Coloque legumes e verdu-ras que não podem ficar em contato com o molho (por exemplo, tomate, ervilha, milho e etc.).4. Coloque folhas verdes, como rúcula, alface, manje-ricão e etc.5. Coloque ingredientes le-ves e cortados em pedaços pequenos, como frutas em cubinhos, por exemplo.6. Por fim, acrescente grãos pequenos e sementes, como linhaça, gergelim, chia, quinua, amêndoas la-minadas e etc.

7. Pode ser acrescentado macarrão e uma proteí-na (frango, atum e etc) de modo que se torne um prato completo.Dica de molho!Molho de Mostarda (rende uns 500ml)• 1 vidro pequeno de mos-tarda • 1/2 cebola roxa ralada• 2 colheres (sopa) salsinha picadinha• 1 colher (sopa) cebolinha verde picada• 1 colher (sopa) de orégano• 1/2 xícara de azeite• 1 colher (chá) de molho de alho• 1 colher (sopa) molho in-glês• sal e pimenta do reino a gosto• Misture tudo e coloque em um vidro na geladeira.Esse molho dá um toque especial na salada de pote, tornando-a muito apetitosa.

@Caixa Postal 70.545 Taquara/RJ - CEP 22740-971.

[email protected]

Cartas & E-mails

Jacarepaguá e seus 421 anosLi no JAAJ sobre o aniversário de Jacarepaguá. Minhas propostas para melhorias na região são: retorno de algu-mas linhas de ônibus que foram extintas, obras urgentes de saneamento básico, mais guardas de trânsito em al-guns lugares e recolhimento dos carros velhos, abando-nados nas calçadas, e de animais soltos nas ruas. Mais vigilância por parte do Juizado da Infância e Juventude nos bailes da região, além de fiscalização nas vans que, de madrugada, desligam a máquina de cartão e cobram de R$ 4,50 a R$ 5,00.

*Montanha Batera, músico e morador da Cidade de Deus.

Li a edição de setembro/2015 sobre o aniversário da Baixada de Jacarepaguá. O que dizer sobre os seus 421

anos? Que sinto um amor similar àquele que temos pe-los nossos clubes de futebol. Um amor que transcende ao lógico. Você deve está se perguntando: Como pode-mos amar o caos? Caos urbano sim, que essa politicagem medíocre nos sentenciou. Políticos que deveriam nos representar e, no entanto, estão cada vez mais apare-cendo nas listas dos delatores premiados. Ainda confio que nossa morada voltará a nos trazer aquele frescor das manhãs, como só Jacarepaguá e as Vargens traziam, e aquela paz em nossos corações como antigamente.

*Fladmir Fonseca, morador de Vargem Pequena.

Cuba – Brasil Estou com importante projeto social de formação pro-fissionalizante para jovens afrodescendentes de Jacare-paguá. Peço o interesse do Jornal Abaixo-Assinado por esse trabalho e que publique essa notícia, assim como a da inauguração, no mês de novembro, de um projeto de intercâmbio cultural Cuba–Brasil, que acontecerá no antigo restaurante Gaúcho.

*Fernando Calderón, chef e morador da Taquara.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social inaugurou (24/09) mais um Conselho Tutelar na cida-de. A 18ª unidade do município funcionará na Taquara, na Estrada do Tindiba, número 2.527. No local, serão atendidos os moradores dos bairros da Freguesia, Pe-chincha, Tanque, Taquara, Praça Seca e Vila Valqueire.

O Conselho Tutelar é um órgão responsável por fiscalizar o cumprimento dos direitos previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O Conselho é formado por cinco membros, escolhidos pela comu-nidade para um mandato de três anos. Os conselhei-

ros são responsáveis por fazer valer os direitos das crianças e dos adolescentes e dar encaminhamento adequado para a solução de problemas como discri-minação, exploração, negligência, opressão, violência e crueldade que apresentem como vítimas as crianças ou adolescentes.

O Conselho Tutelar da Taquara funciona de segun-da a sexta-feira, das 9h às 18h. Nos finais de semana e feriados, a partir das 18h, o contato pode ser feito por meio de telefones celulares, sempre com um con-selheiro de plantão.

Inaugurado Conselho Tutelar da Taquara

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Editorial

Denúncia & Opinião

Editorial

Manoel Meirelles e Almir Paulo*Para decidir a favor dos interesses

da Carvalho Hosken, a Prefeitura do Rio agiu rapidamente, como se observa na construção do Centro Olímpico da Barra. Contudo, não é o que acontece quando a decisão é para atender a pessoas com ne-cessidades especiais. O que retrata essa afirmação é a obra paralisada de constru-ção do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) no Mato Alto, ao lado da Vila Olímpica Manoel Gomes Tur-bino, na Avenida Candido Benício.

Quatro anos após ter sido iniciada, a obra continua paralisada. A incompetên-cia e as desculpas até parecem um rotei-ro de filme que se inicia com a primeira visita de técnicos do Tribunal de Contas do Município (TCM), em 15 de março de 2012. Na ocasião, a obra paralisou por 67 dias em virtude de problemas que, segundo o TCM, deveriam ter sido detec-tados na fase de elaboração do projeto. Entre eles, estava a interferência da obra nas redes de CEG, Light e Oi e no traça-do da via expressa Transcarioca, então em construção. A segunda paralisação se estendeu por mais de um ano, de 23 de julho de 2012 a 1o de setembro de 2013. Naquela oportunidade, uma rede da CEG precisaria ser remanejada para a execução de parte das obras de funda-ção do CRPD, o que não ocorreu, como

Obra do Centro de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD) paralisada há quatro anos

constatou o TCM em visita no dia 25 de setembro de 2013.

Em 21 de agosto de 2015, a Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização) pu-blicou a abertura de uma nova licitação — necessária para a conclusão do traba-lho — para o dia 29 de setembro. Nessa data, porém, o Diário Oficial do Município publicou apenas o adiamento da abertura da licitação, por tempo indeterminado. A Riourbe diz que o CRPD de Jacarepa-guá teve 45% das obras executadas e foi inicialmente orçado em R$ 12,4 milhões,

mas um erro na publicação do Edital fez com que fosse licitado com valor de R$ 7,176 milhões, ou seja, deverão ser gas-tos mais R$ 6,228 milhões — e é possível que, com a alta da inflação, esse valor au-mente.

Enquanto isso, o prefeito, dizendo que terminará todas as obras antes dos Jogos Olímpicos, nada comenta sobre a retoma-da da obra da unidade do Centro de Re-ferência da Pessoa com Deficiência (CRPD de Jacarepaguá).

*Coordenação do JAAJ

Por ano, são feitos no Brasil cerca de 69 mil diagnósticos de câncer de prósta-ta. Para conscientizar homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico desse tipo de câncer, entidades médicas em todo o mundo iniciam neste mês campanha chamada Novembro Azul. O foco da campanha é conscientizar os homens para que façam o exame de próstata, principalmente aos 50 anos, “e mais ainda para aqueles que são do fator de risco, que envolve história familiar forte para câncer de próstata e homens afrodescendentes”.A doença não apresenta sintomas na fase inicial. Quando o câncer de próstata começa a dar sintomas, a doença já está avançada. O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, daí a necessidade do exame rotineiro por parte do homem.

Alerta para prevenção do câncer de próstata

Não foi acidente, foi crime ambiental!

O governo de Minas Gerais, o Governo Federal e a mineradora Samarco (controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billi-ton) não podem tratar o rompi-mento das barragens da cidade de Mariana como desastre inevitável. A lama já deixou 300 famílias desa-brigadas, mais de 300 mil pessoas sem água, 25 mil estudantes fora das escolas e deve atingir ainda mais cidades que dependem do Rio Doce.

Precisamos tratar com urgên-cia, e em primeiro plano, da irres-ponsabilidade ambiental praticada tanto pelas empresas, que aumen-tam deliberadamente as barra-gens sem qualquer tipo de pla-nejamento e com auto-inspeção, quanto pelos poderes públicos, que têm fiscalizações precárias, ao ponto de terem concedido licen-ça ambiental para a mineradora mesmo após um laudo técnico ela-borado a pedido do Ministério Pú-blico de Minas Gerais ter alertado, em 2013, sobre os riscos de rom-pimento da barragem do Fundão. Uma tragédia anunciada!

Esse grande desastre ambien-tal no país, não pode ficar impune. O Ministério Público e a Defenso-ria Pública de MG precisam agir com firmeza para coibir que mais desastres acabem com vidas em nome do lucro.

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Observatório Popular [email protected]

Juçara Braga • jornalista

Vereador Leonel BrizolaUma criança de 10 anos é assassinada por uma bala dita perdida no Complexo do Alemão, que reúne co-munidades em favelas na Zona Norte do Rio. O crime ocorreu no dia 2 de abril deste ano e a bala que matou Eduardo de Jesus Ferreira partiu do fuzil de um policial militar. Agora, sete meses depois, a Polícia Civil informa que concluiu o inquérito e não há responsáveis pelo as-sassinato do menino.

Essa situação é emblemática da violência recorrente que a sociedade brasileira sofre por parte das institui-ções de segurança que, a rigor, deveriam defendê-la. É vergonhoso que nos calemos diante do descalabro das balas ditas perdidas, invariavelmente partindo de armas de policiais militares.

Essas balas podem atingir pessoas de qualquer classe social, mas, a maioria das vítimas está em comunidades carentes e é invisível para a sociedade. A mãe de Eduar-do conta que não havia tiroteio na localidade no mo-mento que o filho foi morto. O único tiro ouvido por ela

Neste período de crise do capital, que precisa ser devo-rado para morrer, outra realidade vem sendo construída de baixo para cima, a partir da conjunção de antigas e novas pro-postas de luta, em que as greves, passeatas e manifestações são aliadas da diversidade cultural, da singularidade, da eco-nomia solidária, da agroecologia, da territorialidade popular e do cooperativado comunitário, enfim, criticando e apontando caminhos contrários à dominação capitalista.

Em uma espécie de integração entre o local e o global, e en-tre as lutas tradicionais por moradia, alimentação e emprego e as crescentes e necessárias lutas pela igualdade de gênero, de

Nossa história, depois da vinda de Cabral, começou com o pau-brasil, em seguida foi a cana-de-açúcar, o café, o ouro, a prata. Os nossos minérios continuam saindo de graça daqui. A acumulação de capital não cessa nunca. O capitalismo não é estacionário. Sua razão de ser não é zelar pelo meio ambiente, pelo ser humano, pela vida, e sim obter lucros. Cresce em detri-mento dos ciclos naturais da vida: água, terra, ar, fauna, flora.

A riqueza deste país, que é produzida pelo povo, emigra para fora e cria a riqueza dos outros países desenvolvidos. Si-multaneamente, convém lembrar, num mesmo período, em toda América Latina, houve golpes de Estado. Presidente la-tino-americano que quis a nacionalização dos recursos natu-rais e energéticos de seu país sofreu golpe de Estado. Muitos lutaram bravamente e derramaram seu sangue (Allende no Chile), como aqui no Brasil com Getúlio Vargas, assim como foi derrubado João Goulart.

Ultimamente a discussão política lamentavelmente afas-tou-se da verdadeira questão nacional acerca da soberania, a qual se fundamenta no controle dos nossos recursos energéti-cos e minerais. Caso contrário, seremos colônia submetida aos mandos e desmandos de metrópoles estrangeiras.

A privatização da Vale do Rio Doce é o maior crime vende--pátria do século. A História do Brasil é a história desse saqueio permanente em troca de produtos manufaturados. Os dire-tores da Vale foram escolhidos (mesmo antes de sua privati-zação) a dedo pelos trustes e sob o controle do Ex-Im Bank. A superexploração do trabalho do povo brasileiro junto com a drenagem dos recursos naturais é a essência da nossa historia, é o que nos tem definido na história mundial.

Quem matou Eduardo?Uma bala perdida, uma criança pobre assassinada, um policial inocente. A Polícia Civil do Rio legitima a barbárie.

Eles ficam com o lucro e o povo com a catástrofe e a miséria

foi o que matou a criança.Apesar disso, no inquérito aberto na Divisão de Ho-

micídios da Polícia Civil, a conclusão é de que o policial teria agido em legítima defesa porque havia bandidos atirando do lado contrário. Quem acredita nisso? Cadê os bandidos que supostamente atacaram os policiais? Viraram fumaça?

A imagem publicada em O Globo no dia 04/11/2015 mostra a posição onde estariam o policial, de um lado, os supostos bandidos, de outro, com a criança exata-mente no meio. Como considerar justificável que esse policial atirasse havendo, na linha de tiro, uma criança?

O fato é que o garoto está morto, sua família enlutada e, certamente, indignada com tanta injustiça. A polícia, diante de tanta impunidade, continua autorizada a ma-tar a esmo, a multiplicar o número de balas perdidas. E nós, sociedade inerte diante de tanta barbaridade, podemos ter uma única certeza. Nosso dedo estava lá apertando aquele gatilho da arma que matou Eduardo.

Mobilizar para vencer

“O tigre não proclama sua tigritude, mas salta sobre a presa e a devora” (Wole Soyinka)

A área de Segurança e Saúde no Trabalho visa proteger e prevenir riscos e danos à vida

e à saúde dos trabalhadores, por meio de políticas públicas e ações de fiscalização. A falta de segurança no trabalho pode ser estressante e afetar a produtividade. Diversos fatores interferem na segurança do indivíduo em uma determinada atividade. Alguns são controláveis, enquanto outros estão relacionados com a qualidade do ambiente externo.

A globalização, terceirização, contratação, recessão e até mesmo desastres naturais mostram que a segurança no tra-balho pode parecer coisa do passado.

As pessoas que entraram no mercado nos últimos anos podem, na época da aposentadoria, somar mais de dez em-pregos. Quase todo mundo tem de enfrentar a falta de se-gurança em um momento ou outro, e aprender a lidar com essa situação é essencial para ter tranquilidade e evitar o es-tresse. Então, como lidar com essa incerteza? A prevenção é o melhor caminho.

Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício

Para que serve a Segurança no Trabalho?de uma atividade a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, causando morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho.

O acidente de trabalho ocorre principalmente por:I. Ato inseguro - É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, contra as normas de se-gurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir em alta velocidade.II. Condição insegura - É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desen-capados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados. Eliminando-se as condições inseguras e os atos inseguros, é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança no Trabalho.

raça e de credo. Entretanto, quando se inicia um processo de mobilização social, este passa a ter vida própria, realizando as-sim inúmeras articulações e fusões que podem inclusive fugir ao propósito e aos ideais do coletivo inicial. Por isso, a combinação e arranjos progressistas resultarão do nosso grau de consciên-cia, imaginação e perseverança diante das adversidades e possi-bilidades contextuais, na certeza de que o futuro é plural.

Desta forma, deve ser sempre possível politizar as deman-das populares no cotidiano, mostrando que a política não é uma estratégia exercida apenas por elites competentes com interesses escusos. Pois só com a luta conquistam-se direitos, mas os movimentos específicos e suas resistências não podem ficar confinados em si mesmo. Temos como aliados: as contra-dições do próprio sistema, os territórios populares, os parado-xos, os dramas, as horizontalidades da comunicação, as ações coletivas, o cotidiano de luta pela sobrevivência, a globalização alternativa, ou seja, um conjunto de espaços e pessoas que contribuem para aumentar as possibilidades de vitória. Daí a premente necessidade de propostas conjuntas entre os múl-tiplos coletivos em processo de luta por uma sociedade mais justa, igualitária e diversificada. Construindo fatos, esperança e maturidade aos que militam por mundo melhor. Como dizia Chico Science, “eu me organizando posso desorganizar; eu de-sorganizando posso me organizar”.

Carlos MottaProfessor de Geografia

Data: 23 de novembro de 2015 (segunda--feira) – das 10 às 15h. Local: Auditório da OAB Barra da Tijuca- Avenida das Américas 3959, loja 217 a 222, Marapendi Shopping – Barra da Tijuca.Organização: OAB-BARRA/RJ - Comissão de Acidente de Trabalho e o Instituto Brasileiro - SLS de Saúde Ocupacional.Inscrições: (21) 3178-2169 – 99997-2169 – <[email protected]>

PROJETO FÓRUM Estratégias para o Desenvolvimento de uma Cultura de Prevenção de Acidentes do Trabalho no Setor da Construção

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http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] Comunidade em Luta

Maraci Soares

Hoje, volto a denunciar o abandono de animais nos bair-ros de Jacarepaguá, principalmente nos locais das obras da Transolímpica, realizadas pela Prefeitura.

Continuo atenta a esse absurdo. Locais afastados como Colônia, Curicica, Pau da Fome e bairros vizinhos estão sendo escolhidos para o abandono de animais. Os “donos” os dei-xam, e não se intimidam em praticar este crime. Uma prática imperdoável e cruel.

Os animais correm risco de vida, sem alimento, água e cuidados. Muitos estão sendo atropelados ao tentarem atra-vessar ruas movimentadas de Jacarepaguá, Sem contar os maus-tratos por parte de pessoas insensíveis e desumanas.

Nenhuma autoridade, prefeito, governador ou parla-

Professor Lourival Bonifácio

Vaneide Carmo

Em Defesa dos Animais

Prédio na Rua Paturi, no bairro do Tanque, abandonado há 13 anos e ocupado há 1 ano e 7 meses.

O mês de outubro foi de luta intensa pela garantia de um chão para morar

em Jacarepaguá.

Famílias em luta por moradia são despejadas de terreno na Colônia e

de prédio no Tanque

Falta ação dos governos e políticos na proteção aos animais

mentares, age para inibir essas ações. E o que estão fazendo os órgãos competentes responsáveis pela questão? Onde está a Zoonose e a Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais – Sepda? Omissão total! As instituições protetoras de animais estão sem apoio e condições de assumir tais responsa-bilidades, e fazem o que podem. Todavia, não devem se calar diante desses fatos. Essa é uma questão de saúde pública e requer uma política de proteção e segurança em defesa dos animais.

Lembro aos desinformados que é proibido manter animais em gaiolas em pet shops.

Importante: Não comprem animais, ADOTE um.Procure informação sobre as feiras na cidade.Vacine seu animal de estimação contra raiva e outras

doenças.Este mês haverá vacinação. Informe-se sobre o local mais

próximo de sua casa.Maus-tratos é crime. Denuncie sempre.

Um grupo de moradores de uma comunidade da Colônia Juliano Moreira tentou se apossar de um ter-reno próximo ao Hospital Álvaro Ramos. Em menos de trinta dias, cortaram árvores, fizeram alicerces e construíram suas modestas casas. Com o auxílio do Disque-Denúncia, a Prefeitura não quis saber das ca-rências dos moradores e agiu rapidamente contra os ocupantes: tratores e caminhões entraram em ação, demolindo as construções. Estivemos no local, mas ninguém quis se pronunciar sobre o fato. Pertences de moradores ficaram amontoados e jogados na calçada.

Quase uma semana depois, no dia 23 de outubro, houve uma reintegração de posse de um prédio de sete andares na rua Paturi, 73, Tanque. De acordo com um dos ocupantes, que não quis se identificar, a ocupação ocorreu há um ano e sete meses. E disse mais: “O pré-dio foi construído há treze anos. Estava abandonado e servia para a prostituição e violência. Nós ocupamos o espaço e limpamos para moradia. Somos 39 famílias que viemos da Baixada Fluminense e da comunida-de do Batô.” Segundo a Oficial de Justiça que estava acompanhando o caso, a ordem da desocupação é da 3a Vara Cível de Jacarepaguá. Durante a ação judicial, a rua Paturi ficou interditada entre as ruas Lívio Barreto e Iriju, o que causou grande engarrafamento no trânsito na redondeza.

Casas demolidas por tratores da Prefeitura na Colônia.

Prestigie os Agricultores da Baixada de Jacarepaguá.

Faça feira semanalTodos os sábados, das 8 às 13h,

na Praça Prof. Camisão, no Largo da Freguesia.

A Baixada de Jacarepaguá teve seis produtos classificados para a final do prê-mio Maravilhas Gastronômicas do Esta-do do Rio de Janeiro, terceira edição em 2015, com o objetivo de valorizar a cultu-ra do gosto regional. Assim, a premiação reconhece quem planta e produz no território, lugar de sabor, memória e conhecimento. Esta edição apresentou 12 categorias, de-finidas a partir do contexto sócio-econômico, ambiental, histórico e cultural do Estado: Da Água, Cachaças, Cafés, Cervejas, Conservas, Doces e Compotas, Embutidos, La-ticínios, Mel, Pastas e Patês, Queijos e Da Terra. A divul-gação dos vencedores nas categorias, a ser realizada na cerimônia de premiação, ocorrerá na primeira semana de dezembro.

Os produtos de nossa região que estão na finalís-sima:• Banana Agroecológica (Da Terra) de Vargem Gran-de.• Bertalha Agroecológica (Da Terra) do Pau da Fome. • Cerveja Búzios Brava IPA (Cervejas) de Curicica.

VII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes

A VII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes já tem data marcada: será entre os dias 6 e 8 de dezembro. Uma fei-ra com produção agrícola da Baixada do Fluminense, Norte Fluminense, Sul Fluminense e da cidade do Rio de Janeiro. Produtores de Jacarepaguá terão stand de seus produtos. O local será o já tradicional Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro. Por iniciativa do vereador Renato Cinco, do PSOL-RJ, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro apro-vou o Projeto de Lei de que “reconhece como de interesse cultural e social para o município a Feira Estadual da Re-forma Agrária Cícero Guedes, realizada no Largo da Carioca”. O PL foi vetado pelo prefeito, mas a Câmara derrubou o veto. Agora, o Projeto será promulgado e vai virar Lei.

Produtos da Baixada de Jacarepaguá no Projeto Maravilhas Gastronômicas

• Cerveja Fraga Blonde (Cervejas) de Vargem Pequena. • Cerveja IRADA! Posto 12 (Cervejas) de Curicica.• Conserva de Jiló da Itália in Barattolo (Conservas) do Re-creio dos Bandeirantes.É a prova que Jacarepaguá tem Agricultura e produtos de primeira e de qualidade!

Feira com produtos dos assenta-mentos da Reforma agrária no Estado do Rio de Janeiro e dos

quintais urbanos da cidade do Rio.

Foto

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letim

do

MST

-RJ

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Charge do aluno Tiago Jesus do Projeto Autonomia do C.E. Prof. Teófilo M.da Costa.

Educação

A Educação no Rio de Janeiro passa por um proces-so chamado Reestruturação, que está tirando o sono de muita gente. Trata-se de uma estratégia, a meu ver, economicista. Desta forma, perde-se o foco porque Educação não é mercadoria. Imagine que esta tal rees-truturação estabelece que uma escola será somente de Educação Infantil, outra Casa de Alfabetização, outra Pri-mário Carioca e outra Ginásio Carioca. Uma família que tem dois filhos na mesma escola, onde o mais velho leva o mais novo, terá que se virar porque as crianças estuda-rão em escolas diferentes.

Esta mudança estabelece também a permanência do 6º Ano Experimental. Sabe o que é isso? Na proposta da prefeitura, o mesmo professor lecionará Português, Ma-temática, Ciências, História e Geografia sem estar habili-tado para todas essas disciplinas.

A comparação é mais ou menos esta: se você não dei-xaria um ortopedista operar seu coração, por que seu fi-lho pode ter aula de matemática se o professor não está habilitado para tal? Pense nisso. A Educação é responsa-bilidade de todos nós.

Depois de muita pressão, a Secretaria Municipal de Educação diz que a Reestruturação está suspensa para 2016. Muitos professores e pais dos estudantes têm nos procurado por verem que ela continua de maneira dis-farçada. Temos ido a muitas escolas e conversado com Coordenadores de Cres e Diretores, mas, isso não basta. É preciso que estejamos todos atentos. Os pais são os fiscais mais próximos da educação de seus filhos.

Frases & Pensamentos“Melhor professor nem sempre é o de mais saber e,

sim, aquele que, modesto, tem a faculdade de manter o respeito e a disciplina da classe”. (Cora Coralina)

“Se deres um peixe a um homem faminto, vai alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vai

alimentá-lo toda a vida”. (Lao-Tsé)

“O professor medíocre conta. O bom professor explica. O professor superior demonstra. O grande

professor inspira”. (William Arthur Ward)

“Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina”. (Confúcio)

Educação não é

mercadoria

Lutar é preciso! Essa disposição partiu de dois grupos de moradores da Cidade de Deus que querem a melhoria da qualidade da Educação na comunidade. As mães das crianças matriculadas na creche, que funciona no Ciep Luiz Carlos Prestes, e os pais dos alunos da Escola Munici-pal Augusto Magne estão dispostos, se for o caso, a pro-testarem na porta da Prefeitura ou da 7ª CRE – Coordena-doria Regional de Educação. Pela permanência das cinco turmas da creche no Ciep Luiz Carlos Prestes

As mães das crianças matriculadas na creche deste Ciep estão insatisfeitas com o posicionamento antidemo-crático da professora Sônia Marques, coordenadora da 7ª CRE, que simplesmente decidiu, sem consultar ninguém, nem mesmo as mães, pelo fechamento do atendimento às crianças do maternal I e II, com idades entre 2 e 3 anos. Isso significa a perda de 50 a 75 vagas para 2016. Essa de-cisão será parte da Reestruturação da Rede Municipal?

No entanto, a ONG CDD Acontece fez, recentemente, uma pesquisa e constatou que há centenas de crianças entre 2 e 3 anos na comunidade. Os dados confirmam a necessidade da manutenção das vagas na creche. Por-tanto, a alegação da 7ª CRE de que não há demanda para creche nessa idade é fantasiosa. Como uma burocrata, fe-chada num gabinete, onde funciona a 7ª CRE, pode decidir o que é melhor para a comunidade, sem debater com os pais, e diminuir o número de turmas da creche no Ciep Luiz Carlos Prestes?

Os moradores da Cidade de Deus estão reivindicando a construção de uma nova creche ou EDI – Espaço de De-senvolvimento Infantil que atenda à modalidade berçário, não existente hoje na comunidade.Pela climatização na Escola Municipal Augusto Magne

Quando começaram as obras de climatização da Esco-la Municipal Augusto Magne, todos comemoraram: mães, direção, professores e alunos. Foi uma alegria! Era o fim do sofrimento de muitos anos sem ar-condicionado nas oito salas da escola e, também, do barulho provocado pe-los antigos ventiladores de teto.

Entretanto, a alegria durou pouco, no final de 2014, as obras terminaram e a Light instalou o poste e a caixa de

Vereador Reimont*

Obrigado pela Preferência!Ambiente climatizado, TV, Cortes atualizados

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Cidade de Deus em luta pela melhoria da Educaçãoluz, mas não ligou o sistema de ar-condicionado.

“Não dão explicação à comunidade escolar. Temos uma ótima escola, com professores dedicados, mas quere-mos melhorá-la, para elevarmos a qualidade do ensino. As crianças e os professores sofrem com o intenso calor nas salas, o que prejudica a aprendizagem”, desabafa Claudia Santana, 47 anos, mãe da aluna Ana Beatriz.

Os pais dos alunos querem resolver essa situação antes do próximo verão. Para isso, fizeram um abaixo--assinado. “Não se preocupam, porque não têm filhos na escola. Estive com as professoras Leila e Ana Lúcia, asses-soras na 7ª CRE, que me informaram que não há prazo para a Light resolver o problema. A culpa é da Secretaria Municipal de Educação e da 7ª CRE, que não pressionam a companhia. Estudar numa sala quente, abafada, com um calor insuportável prejudica a qualidade do ensino. Vamos pressionar agora pra valer”, afirma Cabral, avô do aluno Yan Kayo, 6 anos, do 1º ano do Ensino Fundamental.

As palavras da aluna Ana Beatriz Santana resumem bem o sentimento de todos. “Quando faz muito calor, é impossível estudar. O ventilador faz muito barulho, e não ouvimos a professora. Na verdade, não estudamos nada nesses dias. Queremos nossa escola em boas condições, porque é melhor para a nossa formação.”

Parabéns Ana Beatriz!

É comum vermos as pessoas fazendo confusão com Por-centagem, principalmente porque em geral a preocupação é com o valor, ao invés de se observar que percentual aquele valor representa. Vamos a dois exemplos:1. Se uma pessoa compra uma mercadoria por um valor de R$ 50,00 e vende por R$ 100,00, seu lucro é de 100%, pois o lucro é o que se ganha sobre o valor do custo da mercado-ria. Mas na hora de dar um desconto, o desconto máximo pode ser de 50%, pois o desconto é dado sobre o valor final da mercadoria( custo + lucro). Logo, se der um desconto de 50% nessa mercadoria, você estará vendendo pelo preço que pagou a mercadoria, que foi de R$ 50,00. Mais que 50% de desconto, venderá por um valor menor que o valor que você comprou a mercadoria, tendo assim um prejuízo.

2. Quando você vai comprar o “simples” pão francês, se você pode comprar em um local onde o quilograma desse pão custa R$ 6,00, é compra em outro que o quilograma custa R$ 9,00, não estará pagando apenas mais R$ 3,00/ kg, ESTARÁ PAGAN-DO 50% À MAIS. Já pensou se o seu salário aumentasse 50%?

Cálculo para Achar o Percentual de Aumento ou Desconto:

Dividir o Valor Final pelo Valor Inicial :• Se o resultado for maior que 1, houve um aumento cujo percentual foi o que passou de 1.• Se o resultado for menor que 1, houve um desconto cujo percentual é a diferença entre 1 e o valor encontrado.No exemplo do pão: 9 : 6 = 1,5 x 100 = 150% (logo o au-mento foi de 50%)

Matemática no Dia a Dia • Professor Alessandro Silveira

“ A Importância da Porcentagem em Tempos de Crise”

Ana Beatriz, Cláudia e Cabral na luta pela Escola Augusto Magne

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Doces Caseiros

#Ocupa Vila Autódromo

Desde a década de 1990, a Vila Au-tódromo vem resistindo a repetidas ameaças de remoção, apesar das pesadas investidas da Prefeitura contra a comuni-dade. Depois de editar decretos desapro-priando mais de 50 casas na Vila Autódro-mo, todas já destinadas por lei à moradia popular, a Prefeitura protagonizou, no dia 3 de junho, novo episódio de desres-peito e violência contra os moradores da região. A demolição de uma das casas

O Sarau Poesia da Esquina, da Cida-de de Deus, fez aniversário no dia 8 de novembro. São poetas e poetisas que declamam, cantam e discutem o destino da literatura na periferia. É também um ponto de encontro de músicos, cantores e escritores, sempre na última terça-feira de cada mês. Enfim, uma reunião de ami-gos e gente que faz ARTE POPULAR.

Parabéns do JAAJ!

Sarau Poesia da Esquina

incluída no decreto foi impedida pela re-sistência dos habitantes e da Defensoria Pública. Porém, a qualquer momento, as tentativas de remoção forçada podem re-começar.

Como forma de reafirmar o direito de permanecer, evitando nova ação violenta da Prefeitura, os moradores, com a ajuda de alguns parceiros da Vila Autódromo e em parceria com o Comitê Popular Rio da Copa e Olimpíadas, lançaram o Ocupa Vila Autó-dromo, uma agenda de atividades culturais na comunidade, para aclamarem, juntos, que querem um #Rio sem Remoções, com um grande #Viva à Vila Autódromo.• Dia 21/11 – II Festival Cultural #Ocupa Vila Autódromo.

Um sucesso a Primeira Parada LGBT da Cidade de Deus, realizada no dia 1º de no-vembro. O evento reuniu cerca de três mil pessoas, que caminharam pelas ruas da co-munidade num clima de paz, animação e alegria.

A Parada, que primou pela organização, começou na quadra do Lazer e terminou, à noite, na quadra da GRES Mocidade Unida da Cidade de Deus, e contou com a presença da cantora Tati Quebra Barraco e de David Brazil.

“Momento histórico para todos nós! A Cidade de Deus progrediu. As pessoas ainda desconhecem a importância política deste evento. Estou feliz de poder presenciar tan-ta alegria, organização e mostrar a luta pela

Maravilhosa Parada LGBT da Cidade de Deus

Ivan Paulo

igualdade e contra o preconceito”, senten-ciou o jovem Rodrigo Felha, que é morador, cineasta e diretor do Grupo Arteiros.

Infelizmente, assim como no carnaval, a Parada LGBT não ocupou a rua principal da comunidade, a Edgar Werneck, como outras na cidade do Rio de Janeiro, uma vez que o fechamento da via não foi autorizado pela CET-RIO. Essa postura, por parte da com-panhia, responsável pela liberalização das vias públicas para eventos dessa natureza, demonstra preconceito contra a Cidade de Deus. A atitude merece explicação.

A Equipe do JAAJ faz aqui um convite especial para que o Poesia da Esquina assine uma coluna divulgando os eventos, publicando poemas e entrevistando os talentos da cultura da Cidade de Deus, da região e da periferia carioca.

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De 30/11 a 02/12/2015 no CAp-UERJ (Auditório)Rua Santa Alexandrina, 288, Rio Comprido

Inscrições gratuitas para ouvintes até 25/11, através de envio de men-sagem contendo nome completo, instituição e endereço eletrônico para [email protected]. Informação de toda a programação no Blog do JAAJ.

I Jornada Científica “Políticas Públicas de Qualificação Profissional & EJA: Dilemas e Perspectivas”

Dia 02/12 às 17h30 - Lançamento do livro “O PROEJA no Colégio Pedro II: formação e qualificação docente em questão” de Bruno Miranda Neves pela RPC Editora, no encerramento da I Jornada.

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http://jaajrj.com.br/blogs - www.facebook.com/jornalabaixoassinadodejacarepagua - [email protected] 8História & Cultura

Yakaré Upá Guá Professor Val Costa

*professor e pesquisador Renato DóriaA História do Brasil é pouco generosa ao narrar as ex-

periências dos trabalhadores e da classe operária. Estra-nhamente, episódios marcantes da história do movimento operário brasileiro permanecem esquecidos, em especial as experiências radicalizadas por protestos operários. É o caso da greve de novembro de 1918, que continua esquecida pela população carioca.

A grande imprensa da época, com medo de um levante operário generalizado, batizou o movimento de “grave” e “complô subversivo”. A polícia fechou sindicatos e prendeu diversos sindicalistas revolucionários, acusados de “conspira-rem” para transformar a greve em uma insurreição operária: em Bangu, 3.600 operários pararam os trabalhos. Em Deodo-ro, 2.000! Na Zona Oeste foram mais de 5.000 operários em greve. Alguns destes provavelmente moravam nos bairros Madureira, Cascadura e Jacarepaguá.

Houve confrontos entre operários e a polícia. O exérci-to foi acionado e explosões ocorreram em alguns pontos da cidade: o campo de São Cristóvão foi sitiado por soldados e apenas o bonde de Cascadura circulava por ali. Em Jacare-páguá, uma bomba estourou na av. Candido Benício e uma

Jornal do Brasil - de 19 de novembro de 1918.

As terras que hoje pertencem ao atual Instituto Mu-nicipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, anterior-mente chamado de Colônia Juliano Moreira, faziam parte do Engenho de Nossa Senhora dos Remédios. A devoção à Nossa Senhora dos Remédios foi introduzida em Portugal, no século XIII, pelos religiosos franceses da Ordem Hos-pitalar da Santíssima Trindade. A finalidade era resgatar escravos da África e do Oriente Médio.

Em 1664, os proprietários do Engenho de Nossa Se-nhora dos Remédios, os irmãos João e Tome Silva, cons-truíram uma pequena capela nessas terras. No mesmo lo-cal, em 19 de outubro de 1862, foi inaugurada uma igreja com o mesmo nome do engenho. Com projeto do alemão

Theodoro Marx (arquiteto oficial do Império), a cerimônia de inauguração teve a presença do Imperador D. Pedro II. O templo é apontado como um dos poucos exemplares, no Rio de Janeiro, da fase neoclássica da arquitetura bra-sileira. A igreja está protegida pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) desde 1972.

Na Mesorregião das Baixadas Litorâneas, popularmen-te conhecida por Região dos Lagos, existe uma igreja com o mesmo nome do templo da Colônia. Ela fica no Municí-pio de Arraial do Cabo, próxima à praia dos Anjos. A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios de Arraial foi construída em 1506. Nesse templo foi celebrada a primeira missa em recinto fechado do Brasil. Arraial do Cabo foi o ponto de

desembarque da expedição de Américo Vespúcio, que construiu uma casa de barro e pedra no bairro da Rama. Neste local foi criada a primeira feitoria do Brasil. Vespúcio desembarcou em terras fluminenses em 1503. Estava com 24 homens, 12 canhões e diversas armas menores. O ob-jetivo era construir uma fortaleza, que eles chamaram de Sururu. Vestígios da mesma ainda podem ser encontrados no local onde foi erguida, entre o porto e a Praia do Forno.

Templo localizado na Colônia possui igreja homônima na

Região dos Lagos

Instituto Histórico da Baixada de Jacerepaguá

pessoa foi presa; em Bangu e Deodoro, as fábricas foram to-madas pelos soldados da Vila Militar de Realengo.

Estavam os operários exagerando? Talvez não. As con-dições de vida nas fábricas têxteis durante a Primeira Repú-blica eram terríveis! Não havia leis trabalhistas, indenização por acidente de trabalho nem aposentadoria por tempo de serviço! As jornadas de trabalho eram abusivas, verdadeiros moinhos de gente que sugavam a vida dos operários que lá trabalhavam: menores eram escravizados, mulheres eram humilhadas e abusadas pelo capataz. Na fábrica de Bangu,

o trabalho era sinônimo de escravidão e miséria, dizia um jornal operário da época. Em Deodoro, na fábrica Sapopem-ba, greves foram organizadas pelos operários para exigir a redução da jornada de trabalho dos menores de idade, que trabalhavam sob um regime de 16 horas, sem descanso.

A greve de novembro de 1918 uniu esforços de uma clas-se operária bastante diversificada e foi uma resposta contra toda uma situação de miséria, exploração e humilhação a que eram submetidos os trabalhadores de fábricas de teci-dos do Rio de Janeiro da Primeira República.

Os operários da Zona Oeste e a greve de novembro de 1918 no Rio de Janeiro

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios - Arraial do Cabo

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