An
o 8
1 N
º 74
0 3
º tr
imes
tre
de
2013
ISSN
: 037
0694
X Revista de
Química Industrial
Revista de
Química Industrial
Artigo de Opinião
Empregabilidade. Empreendedorismo, uma nova visão profissional
Artigo Técnico
Fotodegradação do cloridrato
de propranolol na presença de
betaciclodextrina
BBCC QQ53º Congresso
Brasileiro de Química
Química: Ampliando Fronteiras
Química: Ampliando Fronteiras
Rio de Janeiro14 a 18 de outubro de 2013
Trabalhos: 14 de julho
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA
Informações: www.abq.org.br
BBCC QQCongresso Brasileiro
de Química
IMPEQUI
Simpósio Brasileirode Educação Química
Encontro Nacionalde Tecnologia Química
Simpósio Nacionalde Biocombustíveis
A Química Verdeno Universo Educacional
Teresina28 a 30 de julho de 2013Trabalhos: 2 de junho
Tecnologia de Tratamento e Recuperação de Fluidos
Maceió28 a 30 de agosto de 2013
Trabalhos: 7 de julho
Canoas24 a 26 de abril de 2013
Trabalhos: 24 de fevereiro
QQ UIENTE
Editorialo No clima do 53 Congresso Brasileiro de Química (CBQ), a ABQ e a
comunidade química recebem mais um presente: já está disponível no
portal da Revista de Química Industrial (www.abq.org/rqi) as edições
digitalizadas a partir de 1963, cobrindo assim os últimos 50 anos desta
publicação. Fruto de um intenso trabalho de digitalização de mais de 14
mil páginas, esta realidade se deve ao esforço de quatro alunos bolsistas
do Programa Institucional de Bolsas de Extensão da UFRJ (PIBEX/UFRJ)
no projeto Museu da Química Prof. Athos da Silveira Ramos:
( ) Cecília Gonçalves, Daniela Ferreira, Rodrigo www.museu.iq.ufrj.br
Costa e Ulysses Florentino. Índices de palavras-chave e autores
permitem o acesso ao conteúdo (artigos científicos, técnicos, técnico-
científicos, opinião, matérias de capa), possibilitando ainda que se possa
referenciar a revista, importante em se tratando de uma publicação
indexada.o O tema do 53 CBQ do Rio de Janeiro - Química: Ampliando
Fronteiras - é bastante amplo, mas é tratado com muita propriedade pela
nossa caríssima amiga Norma Ethel Sbarbati Nudelman, da Universidade
de Buenos Aires, que brinda aos leitores com um texto completo e
utilíssimo para nossa formação não só profissional como cidadã. Um dos
dois artigos que este número da RQI publica foca outro assunto muito
sensível ao público jovem e, de certa forma, conectado ao tema do CBQ:
a empregabilidade, escrito por quem entende muito bem deste tema. O
outro trabalho foca a degradação de fármacos, aliás assunto bem ligado
à matéria de capa do número 738 da RQI, "Contaminantes Emergentes".o Uma ampla cobertura é dada ao 11 SIMEPQUI, que fechou com
ochave de ouro seu ciclo em Teresina, e também o 6 ENTEQUI é passado
em revista, após dois anos em Maceió.
RQI: o prazer de ler uma revista de Química
do passado, do presente e do futuro!
Júlio Carlos AfonsoEditor
Da esquerda para a direita: Ulysses Florentino, Daniela Ferreira e Rodrigo Costa, alunos do Instituto de Química da UFRJ e bolsistas do PIBEX/UFRJ, digitalizam a RQI
EXPEDIENTERQI – Revista de Química Industrial (www.abq.org.br/rqi)
Órgão oficial da Associação Brasileira de Química para divulgar os eventos que promove; publicar matérias relevantes na
área de química, como entrevistas com eminentes personalidades da ciência e tecnologia em geral, artigos
técnicos, técnico‐científicos e científicos relacionados à área industrial, P&D (inclusive em escala de laboratório)
e desenvolvimento de técnicas analíticas, bem como resenhas de livros e outras publicações. A convite do Editor, a RQI também poderá publicar
artigos de opinião de pessoas convidadas.Indexada no Chemical Abstracts.
Indexada no Qualis da CAPES nas áreas de Engenharias II (B4), Engenharias III (B5), Geociências (B5),
Interdisciplinar (B4) e Química (B5).Para fins de citação, a abreviatura da revista a ser
usada é Rev. Quim. Ind.
FundadorJayme da Nóbrega Santa Rosa (1903‐1998)
EditorJulio Carlos Afonso (UFRJ)
e‐mail: [email protected]
Conselho EditorialAirton Marques da Silva (UECE)
Alvaro Chrispino (CEFET‐RJ)Cláudio José de Araújo Mota (UFRJ)
David Tabak (FIOCRUZ)Geraldo André Fontoura (Bayer e UFF)
Magda Beretta (UFBA)Maria Inez Auad Moutinho (CFQ/ABQ‐AL)
Newton Mario Battastini (SINDIQUIM)Peter Rudolf Seidl (UFRJ)
Silvana Carvalho de Souza Calado (UFPE)Viridiana Santana Ferreira‐Leitão (INT)
CoordenadorCelso Augusto Caldas Fernandes
Criação da logomarca, capa e diagramaçãoAdriana dos Santos Lopes
Comercialização/Publicidade Tel/Fax: 21 2224-4480 ‐ e‐mail: [email protected]
ImpressãoGráfica Nova Brasileira ‐ Tel: 21
e‐mail: [email protected]
Associação Brasileira de Química (www.abq.org.br)Utilidade Pública Federal: Decreto nº 33.254 de 08/07/1953
Av. Presidente Vargas, 633 sala 2208 20071‐004 – Rio de Janeiro – RJ
Tel/fax: 21 2224‐4480 ‐ e‐mail: r ‐ [email protected] www.abq.org.br
© É permitida a reprodução dos artigos e reportagens, desde que citada a fonte.
Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.Normas para envio de artigos: ver na página e no portal 29
www.abq.org.br/rqi.
ISSN: 0370-694X
Revista de Química IndustrialAno 81 Nº 740 3º trimestre de 2013
Sumário 1 Editorial.
2 Sumário.
3 Acontecendo: 53º Congresso Brasileiro de Química.
6 Capa: Química: Ampliando fronteiras.
12 Artigo de opinião: Empregabilidade. Empreendedorismo, uma nova visão profissional.
19 Acontecendo: 6º ENTEQUI.
20 Artigo técnico: Fotodegradação do cloridrato de propranolol na presença de betaciclodextrina.
24 Aconteceu na RQI.
26 Acontecendo: 11º SIMPEQUI.
3ªcapa Agenda.
3RQI - 3º trimestre 2013
Temos certeza que o congresso será o
ambiente adequado para o debate, aprimoramento e
proposição de ideias e novos caminhos na busca de
uma sociedade mais justa na oferta de qualidade de
vida para todos os cidadãos, destacando não só a
importância da Química, mas, principalmente, do
conjunto de todos os conhecimentos que,
independente da área, buscam prover o
desenvolvimento sustentável em todas as suas
vertentes.
O grande desafio da Comissão Organizadora
foi, portanto, fomentar a participação de todos os
atores envolvidos, estudantes, pesquisadores e
demais interessados no tema central, para que, ao
final do congresso, possamos declarar que nossa
missão foi cumprida.
Tal desafio tornou-se ainda maior quando da
escolha do nome do Prof. Dr. Peter Rudolf Seild
como Presidente de Honra do evento, justa
homenagem que a Regional Rio de Janeiro da ABQ
presta a este professor e pesquisador, pelos
relevantes serviços prestados em diversas
instituições de ensino e pesquisa, entre elas citamos
o Instituto Mil i tar de Engenharia - IME, a
Universidade Federal Fluminense - UFF, a
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, o
Centro de Tecnologia Mineral - CETEM, a Fundação
Carlos Chagas de Apoio a Pesquisa do Estado do
Rio de Janeiro - FAPERJ além do trabalho que vem
conduzindo sobre o tema Química Verde, bem como
sua enorme dedicação voluntaria nos quadros da
Associação Brasileira de Química.
Foi nesse contexto, com a condução da
Presidente do Congresso, Prof. Msc. Florinda do
Nascimento Cersósimo, que nós, membros da
Comissão Organizadora, nos debruçamos na
preparação de uma programação que estivesse em
total harmonia com o tema central e, também, com
os anseios dos congressistas.
Nossa primeira missão foi a indicação de um
nome para presidir a Comissão Científica, recaindo a
escolha, de forma unânime, sobre o da Dra. Sonia
A cidade do Rio de Janeiro irá abrigar, entre os dias 14
e 18 de outubro, o 53º CBQ, cujo tema central, “Química:
Ampliando Fronteiras”, demonstra toda a relevância do
evento e reafirma o compromisso da Associação Brasileira
de Química - ABQ expresso em nossa missão:
“Promover e apoiar, junto à sociedade em geral,
discussões e ações estratégicas para a difusão da
Química e áreas afins, nos campos da ciência, da
educação, da tecnologia e da inovação, por meio de
visão sistêmica e integrada ao meio ambiente e ao
desenvolvimento sustentável, visando à melhoria da
qualidade de vida.” Peter Seidl
Acontecendo
53º Congresso Brasileiro de QuímicaQuímica: Ampliando Fronteiras
Engenheiro Químico Robério Fernandes Alves de OliveiraPresidente da Comissão Organizadora
RQI - 3º trimestre 20134
Maria Cabral de Menezes pesquisadora do Centro
de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo
Miguez de Mello (CENPES-PETROBRAS) que, mais
uma, vez aceitou nosso convite e a quem
registramos nossos mais sinceros agradecimentos.
A segunda missão, não menos importante,
recaiu sobre a escolha do nome e tema da palestra
de abertura, que daria o tom das demais atividades
do programa. Mais uma vez, como ocorreu na
escolha do nome para presidir a Comissão Científica,
o nome escolhido foi o do Prof. Dr. Eduardo Falabella
d e S o u s a - A g u i a r, t a m b é m d o C E N P E S -
PETROBRAS e que, ao aceitar nosso convite para
p ro fe r i r a pa les t ra com o tema “É t i ca e
Desenvolvimento Sustentável”, também merece
nossos mais sinceros agradecimentos.
Estabelecido os elementos norteadores do
evento, foi montada a programação científica do
congresso composta por palestras internacionais e
nacionais, mesas redondas, e demais atividades: a
XIV Feira de Projetos de Química e XXI Maratona de
Química, ambas as atividades dedicadas à
participação de estudantes do ensino médio; a XXVI
Jornada Brasileira de Iniciação Científica em
Química, dedicada a estudantes de graduação; 12
minicursos; as seções de pôsteres; 6 seções de
Encontros temáticos, nas quais t rabalhos
selecionados serão apresentados oralmente; 3
encontros denominados Momento com o Autor, para
apresentação de livros; e a EXPOQUIMICA 2013
(Show-room de Produtos, Equipamentos e Serviços
de empresas privadas e instituições científicas).
Assim, durante o evento, os congressistas
poderão acompanhar três palestras internacionais
com os seguintes temas e seus palestrantes
respectivamente: A utilização de hidrogênio
como combust íve l , Prof . Dr. Juan Buss i ,
da Universidad de la Republica do Uruguai;
Conversão de biomassa por pirólise rápida, Prof. Dr.
Fabio Ribeiro, da Purdue University dos EUA; e
Abordagem CTS como alternativa para romper
fronteiras na Educação Química, Prof. Dr. Pedro
Guilherme Rocha dos Reis, da Universidade de
Lisboa em Portugal .
Já nas palestras nacionais, respeitando a
diversidade de assuntos, teremos os seguintes
temas: Educação: Que futuro nos espera?; Pré-sal:
Os novos desafios tecnológicos; Cenário energético
brasileiro: Ontem, hoje e amanhã; As emissões de
N O da produção do agrocombustível brasileiro 2
anula a redução do aquecimento global da
substituição de combustíveis fósseis?; Alimentos:
Para onde caminhamos?; Fármacos para doenças
negligenciadas.
Abertura do CBQ 2012
Roberio Oliveira
Seguindo a mesma linha de diversidade,
aplicada para a seleção dos temas das palestras,
foram selecionados os seguintes assuntos para
serem debatidos nas mesas-redondas: As
convenções internacionais na área ambiental;
Educação química inclusiva; Normalização:
Importância no cenário tecnológico e social; e
Inovação: Uma necessidade.
Desse modo, acreditamos que poderemos
consolidar a expectativa de todos os participantes,
cobrindo diversas áreas e que, conforme
mencionado anteriormente, nos colocam em
posição de vanguarda na difícil missão de
encaminhar soluções para tantos problemas que
afligem a sociedade moderna.
Com a proximidade do início do evento e
verificando os últimos dados disponíveis, podemos
afirmar que nossas melhores expectativas foram
alcançadas, já que até o dia 15 de setembro, em
números, temos: 1512 participantes pré-inscritos
confirmados; 638 pré-inscritos nos diversos
minicursos; e 1399 trabalhos enviados, maior
número dos últimos 10 anos, tendo sido aprovados
um total de 1167.
Temos certeza que o sucesso do nosso
congresso não se deve a um único elemento, ou
nome, mais sim ao conjunto de profissionais que, de
forma voluntaria, aceitaram nossos convites para
participar nas diversas atividades, permitindo a ABQ
agregar seus nomes, competência e experiência ao
53º CBQ, sendo merecedores, também, do
agradecimento de todos nós que compomos a ABQ
e, em especial, dos membros da Comissão
Organizadora.
P o r f i m , a n t e s d e m i n h a s ú l t i m a s
considerações, quero deixar registrado meu
agradecimento a todos que compõem a Comissão
Organizadora, pelo empenho, dedicação e
profissionalismo na condução de suas respectivas
atividades ao longo do último ano, o que resultará,
com muita certeza, na promoção de um evento à
altura da melhor tradição da ABQ.
Finalizo me dirigindo a todos que estarão
conosco no 53º CBQ e que são os verdadeiros
motivadores das mudanças que toda a sociedade
anseia, solicitando que participem ativamente de
t oda a p rog ramação , t r ocando i de ias e
conhecimentos, aproveitando a oportunidade única
de interação e integração, tendo como objetivo maior
a construção de um evento que deixe o justo legado
derivado do tema central, ou seja, a Química pode e
deve ser capaz de ampliar fronteiras.
Assim, que a Cidade Maravilhosa do Rio de
Janeiro, some as suas belezas naturais e a alegria
do seu povo, a riqueza do conhecimento que cada
um de vocês trará para o congresso.
Sessão de pôsteres: cada vez maior numero de trabalhos
RQI - 3º trimestre 2013 5
RQI - 3º trimestre 20136
Tema do 53º Congresso Brasileiro de Química,
trata-se de assunto extremamente atual e com
inúmeras abordagens face aos desafios e problemas
que a humanidade vive e enfrentará ao longo deste
século. Para um tema tão abrangente, nada mais
apropriado do que uma pessoa que tenha uma visão
ampla e interdisciplinar desse tema. Por isso, a
Revista de Química Industrial teve a honra de
convidar a pesquisadora Norma Ethel Sbarbati
Nudelman, da Universidade de Buenos Aires
(Argentina), que esteve presente no 11º SIMPEQUI
(veja a matéria a esse respeito neste número da
RQI). Ela é membro titular da Divisão de Química
Orgânica e Biomolecular da IUPAC, e também do
Comitê da IUPAC “Pesquisas em Química Aplicadas
às Necessidades Mundiais”. É Autora de 6 livros e
180 publicações científicas. Norma preparou um
texto bastante didático e bem rico de informações,
pelo que a ABQ e a RQI agradecem muito
penhoradamente por esse esforço e interesse em
dirigir a palavra aos nossos caros associados e
leitores.
Na primeira pergunta, a RQI indagou a Profa.
Norma “Quais são os maiores desafios
tecnológicos para a química neste início de
século”. Sua resposta iniciou declarando que neste
novo milênio, a sociedade está sendo cada vez mais
c o n s c i e n t e d o d e s a f i o q u e c o n s t i t u i
“desenvolvimento sustentável”; isso implica em:
“habilidade para satisfazer as necessidades da
geração atual, preservando a possibilidade de
que futuras gerações possam satisfazer suas
próprias necessidades”. E prosseguiu: “Na
Reunião de Cúpula da Terra celebrada no Rio de
Janeiro (1992), pela primeira vez se estabeleceram
princípios para a preservação “do único planeta que
temos”, que tornaram-se muito evidentes para todos,
em mensagens implícitas em lemas tais como:
“Pensar globalmente, atuar localmente”, que
constituem mandatos inevitáveis para toda a
humanidade. Na Reunião de Cúpula do Rio de
Janeiro se estabeleceram dois princípios: a)
Preservar a saúde humana e o ambiente, e b)
Fazer um uso racional dos recursos e da energia.
Na segunda Conferência de Cúpula, ocorrida
em Johannesburgo (África do Sul) em 2002, o Grupo
dos 7 países mais desenvolvidos do mundo
concordaram que algo mais fazia falta para garantir
uma civilização sustentável, o que levou ao
enunciado do terceiro princípio: c)Procurar
sistemas econômicos e políticos que conduzam
a uma sociedade mais justa.”
Segundo Norma, “este último princípio é de
fundamental importância para países em
desenvolvimento, como os da região latino-
americana.” E prosseguiu: “Finalmente, na recente
Conferência (Rio+20), o tema d) erradicação da
pobreza foi reconhecido como o mais preemente do
planeta, o que está em total concordância com o
princípio anterior.” Os quatro princípios enunciados
devem constituir as prioridades mais importantes
para a sociedade atual, visto que se esses objetivos
Norma Nudelman
Química: Ampliando Fronteiras
Capa
RQI - 3º trimestre 2013
não forem alcançados, é provável que não se possa
satisfazer nenhum outro. Existem também outras
declarações de ordem internacional que são menos
conhecidas, mas que merecem ser difundidas.
Fechando esta primeira pregunta, Norma
ponderou que “Assim, na declaração dos
presidentes das Academias de Ciências dos países
do grupo ampliado dos 8 países mais poderosos aos
quais foram adicionados Brasil, China, Índia, México
e África do Sul (G8+5), são reconhecidos como as
crises mundiais principais: as mudanças climáticas
de origem antrópica e o déficit de energia, como
motores para promover em todo o planeta o acordo
para fortalecer a “redução das emisões”. Este acordo
foi proposto na Convenção de Copenhagen (United
Nations Framework Convention on Climate
Change), em Dezembro de 2009, e tem como
objetivos: a) a busca de fontes sustentáveis de
energia para satisfazer as necessidades básicas de
toda a humanidade, e b) a redução das emissões de
carbono que provocam o “efeito estufa”, produzindo
um aumento da temperatura em nível mundial, com o
consequente derretimento dos gelos polares etc..” E
concluiu: “Uma nova declaração das Academias de
Ciências, feita na chamada “Carta do Rio” (março de
2013) reconhece como os grandes desafios
mundiais das próximas décadas: a erradicação da
pobreza e o desenvolvimento sustentável que
exigem atenção aos seguintes desafios principais
em saúde , a l imen tação , água , ene rg ia ,
biodiversidade, mudanças climáticas, gestão de
desastres e, fundamentalmente, prover educação
para todos os habitantes do planeta.
A RQI colocou em pauta a seguinte pregunta:
“Em sua opinião, qual é a importância da
educação química para um futuro melhor?” Para
iniciar sua resposta, Norma afirma que “a Química, e
em particular a Química Sustentável (ou Química
Verde), tem um importante papel que é enfrentar os
desafios acima enunciados, e no cumprimento das
metas fixadas para um desenvolvimento harmônico,
contribuindo assim para a sustentabilidade da
civilização como um todo. São múltiplos os
benefícios que o desenvolvimento da ciência
química vem procurando, e a humanidade segue
procurando em cada área e em cada aspecto da vida
mater ia l - a l imentos , saúde, t ranspor te ,
comunicação, vestuário etc. - a química tem
conseguido um melhoramento notável em termos de
qualidade de vida da imensa maioria da população
do planeta. A descoberta dos antibióticos e das
vitaminas para a saúde humana, as fibras sintéticas
que popularizaram enormemente a indústria têxtil,
os produtos agroquímicos que vem colaborando
eficazmente na produção agropecuária, os materiais
poliméricos e outros novos materiais com
propriedades cada vez más específicas que
substituíram grandemente aqueles provenientes de
fontes naturais etc. são alguns poucos exemplos da
contribuição da indústria química em todos os
aspectos da vida cotidiana.”
Em seguida, Norma acrescentou: “Nas
últimas décadas, e a partir de áreas muito diferentes,
se desenvolve uma atividade muito intensa para a
recuperação de regiões contaminadas, e a
concepção de tecnologias benignas para a produção
de compostos químicos. O primeiro conceito é evitar
a produção de compostos muito contaminantes que
são empregados em grandes quantidades. Assim, a
produção de DDT e PCB foi proibida na maioria dos
países desenvolvidos. Outros princípios são utilizar
processos de baixo risco ou “tecnologias limpas”;
conceber novos produtos que não tenham impacto
significativo nos diversos ciclos dos ecossistemas;
privilegiar a utilização de fontes renováveis como
«utilizar tecnologias limpaspara a sustentabilidade»
7
8 RQI - 3º trimestre 2013
“Considero importante incrementar nos
estudantes o conhecimento e interesse em temas
tais como: aproveitamento de fontes renováveis:
transformação da biomassa como fonte alternativa
para a produção de combustíveis líquidos; uso de
fontes agrícolas para a produção de compostos de
alto valor agregado como fragrâncias, perfumes,
aditivos etc. e a utilização de hidratos de carbono
(tais como açúcar, celulose etc.) como precursores
de intermediários sintéticos e de polímeros
biodegradáveis. O desenvolvimento de métodos
alternativos de síntese química que minimizam o
consumo energético, reduzem ou eliminam o uso de
solventes orgânicos convencionais, e otimizem o
consumo de todos os reagentes utilizados é outro
dos pilares fundamentais da Química Sustentável,
que compreendem três grandes áreas: uso de
fluidos supercríticos em reações industriais de
hidrogenação e hidrogenólise; uso de reações
“tandem” como alternativa de síntese orgânica
sustentável, e a proposta de novas estratégias e
sínteses de inseticidas mais amigáveis. Por
múltiplas razões, em Química Sustentável, se
privilegiam os métodos catalíticos com respeito aos
que empregam quantidades estequiométricas, e
preferencialmente, aqueles que usam catalisadores
que possam ser recuperados. A título de exemplo, a
remoção catalítica de NOx da atmosfera e o uso de
catalisadores ácidos sólidos são aspectos distintos
da catálise em Química Sustentável. Relacionados
também com a proteção atmosférica, estão as
estratégias de subst i tu ição dos produtos
responsáveis pela deterioração da camada de
ozônio, em particular os clorofluorocarbonos.”
Em seguida, a RQI perguntou a Norma:
“Como deve ser a relação entre a ética e a
química?”
Norma começou ponderando que “Como em
toda tarefa humana, é fundamental que o
desenvolvimento científico e tecnológico seja
acompanhado de uma grande responsabilidade
moral. Nem sempre tem sido assim: são muito
conhecidos os problemas devidos à “chuva ácida” e
d o “ s m o g f o t o q u í m i c o ” , g e r a d o s p e l o
desenvolvimento industrial, (fundamentalmente
importante em algumas cidades da Inglaterra, que
provocaram danos irreversíveis na zona da Floresta
Negra). Por outro lado, devemos recordar outros
marcos que chegaram ao conhecimento do público:
em 1961, houve um grande alarme na Europa devido
a uma substância chamada talidomida, usada como
ansiolítico, que produziu sérias malformações fetais,
e em 1962, Rachael Carson escreveu a obra
“Primavera Silenciosa”, relacionado ao dano
causado pelo uso intensivo do DDT, especialmente
em insetos, aves e outras espécies do reino animal.
O cidadão comum começou a tomar consciência
pela primeira vez de que alguns compostos químicos
podiam se mostra perniciosos à saúde humana e/ou
ao ambiente. Algumas outras catástrofes ambientais
mais recentes são de conhecimento público pela sua
importância e impacto, sempre têm muita atenção
d a d a p e l a i m p r e n s a . ”
Prosseguindo, “Cabe assinalar que neste
século foram estabelecidos muitos acordos
internacionais para evitar os efeitos ambientais do
desenvolvimento da química, e a grande maioria dos
países é signatária de tais acordos. O Protocolo de
M o n t r e a l ( 2 0 0 0 ) r e c o m e n d o u e v i t a r o s
«interesse em temas tais como:
aproveitamento de fontes renováveis»
9RQI - 3º trimestre 2013
clorofluorocarbonos que destroem a camada de
ozônio; a Convenção de Basileia (2001), que regula
o transporte transfronteriço de produtos químicos; a
Convenção de Estocolmo (2003), que identificou a
chamada “dúzia suja”, e proibiu a produção destes
doze produtos químicos (os 12 poluentes orgânicos
persistentes - POPs); a Convenção de Rotterdam
(2004), que dá indicações precisas para o
conhecimento informado dos países importadores
de produtos químicos que, afora os 12 POPs
identificou outros 20 produtos químicos que se
revestem de uma certa periculosidade (PICs -
Procedimento de Consentimento Prévio Informado
Aplicado a Certos Agrotóxicos e Substâncias
Químicas Per igosas Objeto de Comérc io
Internacional). O SAICM (Gestão Segura e Saudável
dos Produtos Químicos – Enfoque Estratégico para
a Gestão Internacional dos Produtos Químicos) é um
acordo firmado em Dubai (2006) que busca a
sinergia entre as três Convenções: Basileia,
Rotterdam e Estocolmo); finalmente, o muito
conhecido protocolo de Kyoto, também chamado de
“créditos de carbono” pelo qual os países
desenvolvidos se comprometem a oferecer fundos a
quem desenvolve metodologias alternativas às
emissões de CO .”2
Norma finalizou afirmando que “Todos estes
acordos internacionais são reconhecimentos muito
sérios acerca da possível periculosidade de alguns
produtos químicos: é importante seu conhecimento
para não frear o desenvolvimento, e sim empregá-
los com boas práticas de segurança e proteção.”
Na sequência, a RQI perguntou: “Como está
a América Latina (particularmente, Argentina e
Brasil) em comparação com a Europa, Japão e
Estados Unidos (os países desenvolvidos) em
termos de invest imentos em ciência e
tecnologia?”
N o r m a r e s p o n d e u a f i r m a n d o q u e
“Atualmente, 98% dos compostos orgânicos
produzidos nos Estados Unidos são preparados a
partir de fontes petroquímicas, e as refinarias de
petróleo abarcam 15% da energia total usada por lá;
porém se reconhece atualmente que as fontes
agrícolas são um excelente recurso renovável para a
produção de energia e produtos químicos. Em
nossa região, a imensa riqueza de recursos naturais
apresenta um espectro inestimável de fontes
alternativas para a produção de compostos
químicos, tanto aqueles que são considerados
ma té r i a p r ima , como de med icamen tos ,
agroquímicos, aditivos alimentares etc., que
constituem a chamada “química fina” (“fine
chemicals”). Esta imensa riqueza, ainda que
grandemente inexplorada, pode contr ibuir
enormemente para o crescimento econômico da
região, ao desenvolvimento de conhecimentos e
novas habilidades em nossos jovens universitários
que promovam a capacitação individual e
contribuam para a promoção da população em
general.”
“Com respeito ao questionamento referente
“particularmente Argentina e Brasil”, creio que em
ambos os países se desenvolvem investigações
muito importantes, especialmente em biotecnologia
e outras metodologias inovadoras.
A região latino-americana depende fortemente
de sua produção agrícola-pecuária, e na maioria de
nossos países estão sendo aplicadas novas práticas
integrais de qualidade para una produção
sustentável (por exemplo, semeadura direta, manejo
integrado de pragas, desenvolvimento de espécies
geneticamente modificadas, etc.).
«novas habilidades em nossos jovens universitários que promovam a capacitação»
Para produzir em condições competitivas é
necessário o uso de agroquímicos, tais como
pesticidas, herbicidas, fertilizantes, etc. O uso
esclarecido, racional e cuidadoso destes produtos
químicos é essencial para p desenvolvimento
sustentável, a proteção ambiental e a qualidade de
vida. Deve-se destacar que os registros recentes de
estimativa de uso de pesticidas desde o início deste
século mostram que o uso de pesticidas está
diminuindo. Por exemplo, um estudo de impacto de
cultivos geneticamente modificados estima que
entre 1996 e 2006, eles ajudaram a diminuir a
utilização global de pesticidas em torno de uns 8 %. A
diminuição do emprego de pesticidas que se
produziu nos últimos anos ocorreu ainda que a
produção de al imentos por hectare tenha
aumentado, e os agricultores estão dedicando uma
maior parte do terreno para o cul t ivo de
biocombustíveis, como milho e soja, que tendem a
exigir maiores quantidades de pesticidas. A redução
total é resultado de uma melhor utilização de
inseticidas novos de baixa dose, e o surgimento de
biopesticidas e cultivos alimentares geneticamente
modificados. Se isto acontecer, espera-se que as
opções de pesticidas verdes disponíveis atualmente
ou em fase de desenvolvimento suavizem o impacto
ambiental.”
Em seguida, a RQI perguntou “O que pensa
do futuro do mundo tendo em vista dos desafios
que a humanidade deve enfrentar neste século?”
Norma fez a seguinte ponderação: “Um
informe recente das Nações Unidas revela que se a
população atual consumisse no mesmo padrão que
o cidadão comum nos Estados Unidos, seriam
necessários 5,4 planetas [Terra]!, se o padrão fosse
semelhante à Inglaterra seriam precisos 3,4
planetas, e segundo o padrão argentino, se
consumiriam 1,1 planetas... uma situação como
essa afeta totalmente a capacidade da Terra de
sustentar sua biodiversidade. É imperioso controlar
o consumo nos países desenvolvidos e evitar que
aqueles em vias de desenvolvimento copiem estilos
d e v i d a s e m e l h a n t e s a o s d o s p a í s e s
desenvolvidos.”Ela prosseguiu dizendo “Porém sou
otimista com respeito ao futuro, pois tenho grande
confiança na investigação científico-tecnológica,
sustentada e multidisciplinar, e na capacidade
inovadora de nossos jovens estudantes e
profissionais. Para dar uma base ao meu otimismo,
eu comento que Malthus havia predito que se a
população humana seguisse aumentando nesse
ritmo, por volta de 2050 não se atingiria a produção
para alimentá-la.
Contudo, o advento dos organismos
geneticamente modificados (OGM), em adição ao
descobrimento de novos agroquímicos mais
eficientes e amigáveis com o ambiente produzidos
nos últimos anos, o que se chama de “revolução
«é fundamental que o desenvolvimento
científico e tecnológico seja acompanhado
de uma grande responsabilidade moral»
verde”…, com menos hectares cultivados
que na época de Malthus, conseguiram-se
colheitas e rendimentos muito mais
elevados, o que levaram à obsolescência
a previsão maltusiana.”
Norma concluiu dizendo que “Creio
que o desafio de um desenvolvimento
sustentável para a região latino-
americana pode ser alcançado em
RQI - 3º trimestre 201310
prazos razoavelmente curtos com o esforço
articulado de diversos setores tais como acadêmico,
tecnológico, industrial, governamental etc. Nesse
sentido, a educação e a investigação desempenham
um papel fundamental, sendo imperioso colaborar
na difusão das novas tecnologias de Química
Sustentável, contribuindo para o crescimento
harmônico da região, e ao desenvolvimento de
conhecimentos e novas habilidades em nossos
jovens estudantes que promovam a capacitação
individual e contribuam ao progresso da população
em geral.”
Fechando esta entrevista, a RQI deixou um
espaço livre para que Norma Ethel pudesse
acrescentar algo mais para nossos leitores. Ela,
então, fechou seu discurso com a seguinte
colocação: “parece-me que é essencial um trabalho
cooperativo entre os distintos setores nacionais e
fundamentalmente estreitando laços de cooperação
entre nossos países. Nas Academias de Ciências
notam-se alguns pontos que podem apresentar
diferentes objetivos e alcances, por exemplo:”
avaliar virtudes e fraquezas das capacidades
científicas, tecnológicas e de inovação atuais
pa ra i den t i f i ca r p rob lemas c ien t í f i cos
relacionados ao desenvolvimento sustentável e a
erradicação da pobreza;
informar ao público e aos políticos acerca dos
grandes desafios e de suas potenciais soluções;
prover assessoramento independente aos
governos e tomadores de decisões sobre as
melhores políticas em ciência, tecnologia e
inovação. Este assessoramento pode ser provido
na forma de resumos de políticas relevantes e
relatórios curtos usando a melhor evidência
científica disponível;
participar e assessorar, em níveis nacional e
global, os processos fixados pelas Nações
Unidas e governos nacionais para a agenda de
desenvolvimento depois de 2015;
dar assistência no apoio a jovens cientistas,
promovendo seus interesses e dirigindo parte de
suas investigações para dar soluções aos
grandes desafios principais;
promover a participação da mulher na Ciência
e para resolver grandes desafios;
promover a visão de que os empreendimentos
científicos e tecnológicos pertencem a todos,
independentemente da nacionalidade, crença
religiosa, nível social, etnia, ou gênero;
facilitar uma relação coerente entre as
Academias e os projetos referentes aos grandes
desafios para promover uma maior participação,
visibilidade e ascendência desses projetos, que
incluam transpassar as barreiras para introduzir
inovação, ciência e tecnologia;
desenvolver a cultura científica global como
um grande desafio reto comum;
ajudar a elevar o nível de valorização e
compromisso do público para a ciência
comunicando, usando experiências bem
sucedidas e casos de estudo. Comunicar o papel
da ciência, da tecnologia e da inovação para
abordar os grandes desafios e a erradicação da
pobreza, usando uma linguagem que seja
facilmente compreendida pelo público em geral.”
Nota do autor: os que desejarem um contanto com
Norma Ethel Sbarbati Nudelman, devem usar os
s e g u i n t e s e n d e r e ç o s e l e t r ô n i c o s :
«produtos agroquímicos que vem colaborando
eficazmente na produção agropecuária»
RQI - 3º trimestre 2013 11
Empregabilidade. Empreendedorismo, uma Nova Visão Profissional
Frederico LealEHVUS - Coaching, Treinamentos & Assessoria - E-mail: [email protected]
Submetido em 01/09/2013; versão revisada em 09/09/2013; aceito em 12/09/2013
RESUMO: A “Empregabilidade” hoje não é somente estar capacitado para desenvolver as
funções para qual foi contratado dentro da empresa, hoje somos também exigidos para uma nova
forma de ser e de agir em sua área de atuação. Neste novo contexto espera-se que o profissional
obtenha resultados muito além das capacitações obtidas nos cursos de graduação atuais. Será
necessário que o profissional torne-se o mais efetivo para a obtenção de resultados, valendo-se de
novos conhecimentos, técnicas e habilidades e principalmente de uma nova Postura, Atitude e
Comportamento, para se aprimorar como um Líder Empreendedor, ele precisará mostrar-se
“EMPREGAVEL”.
Palavras-chave: empregabilidade; autogerenciamento; empreendedorismo.
ABSTRACT: “Employability” today is not only to be able to develop the roles for which he was hired
within the company, today we are also required to a new way of being and acting in its area of
operation. In this new context Professional is expected to get results far beyond the skills obtained
in the current degree courses. It will be necessary for the professional become the most effective for
the achievement of results, making use of new knowledge, techniques and skills and especially a
new posture, attitude and behavior to improve as an Entrepreneurial Leader, the professional will
need to show, himself, "EMPLOYABLE".
Keywords: employability; self-management; entrepreneurship.
INTRODUÇÃO
E m u m r e c e n t e e s t u d o s o b r e a
“Empregabilidade”, em várias áreas de mercado,
foi avaliado quais seriam as características mais
importantes que os profissionais deveriam possuir,
para que eles pudessem se manter “empregáveis”
na empresa por seus empregadores.
Aqui devemos entender o sentido do termo
“Empregável”, como sendo uma condição de “ser
aceito continuamente”, e refere-se a uma condição
indispensável para que o profissional mantenha-se
competitivo e em condições de “continuar a estar
empregado”, o que não quer dizer que ele está na
lista de desempregados, se não for, mas sim, que ele
tem todas as condições para não entrar nesta lista,
desenvolvendo uma nova visão como Profissional,
buscando continuamente se aprimorar dentro desta
nova qualificação exigida pelo mercado, ou de
passar a buscar novos desafios profissionais em
outra empresa que o aceitem sem esta qualificação,
o que a cada dia está se tornando mais difícil
conseguir.
CARACTERÍSTICAS
Adaptação a Mudanças
“Sobrevive às mudanças, quem estiver mais
preparado e tiver mais opções”
D e n t r e a s v á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s
Artigo de Opinião
RQI - 3º trimestre 201312
mencionadas, a que mais impacta nestes
profissionais segundo os empregadores, é a sua
capacidade de “Adaptação a Mudanças”, o que
sem dúvida alguma nos dias de hoje faz muito
sentido e toda a diferença entre estarmos
empregados ou não, e que são ocasionados por
fatores inerentes ao mercado dinâmico por que
passamos, onde a cada dia temos novas situações,
novos processos, sistemas e visões de mercado,
sejam eles estabelecidos pela simples melhoria
contínua da empresa, ou da necessidade de um
posicionamento mercadológico mais agressivo,
motivado por melhores processos produtivos e
exigências competi t ivas, provocadas pela
concorrência em um mercado global caleidoscópico.
O que precisamos entender é que as
mudanças que estão acontecendo não se
restringem apenas no lado profissional, elas estão
ocorrendo também nas mais diversas áreas que o
profissional atua, e praticamente acontecendo ao
mesmo tempo, não só no ambiente de trabalho e nas
relações interpessoais, mas também na família e na
área social como um todo, o que vem a exigir dos
indivíduos uma enorme capacidade de adaptação a
este processo, em um cenário onde a velocidade e o
volume das mudanças que estão acontecendo é
enorme, nunca visto anteriormente, fazendo com
que sejamos chamados a nos adaptarmos ao
máximo de nossa capacidade, bem e rápido.
Precisamos entender primeiramente que é
nossa natureza como seres humanos termos a
tendência a evitar o novo. Isto causa “medos”, e
medo causa insegurança, já que quando estamos
em nossa estrutura já desenvolvida, nós “nos
acostumamos” a ela, e estamos no que chamamos
de “Zona de Conforto”, que nos dá tranquilidade para
prosseguirmos em nossa vida com uma “garantia” de
manutenção do cenár io em que estamos
posicionados.
Este é o primeiro cenário que encontramos
para a dificuldade de aceitarmos as mudanças de
forma tranquila, o desconhecimento do futuro, nos
causa medo, e para eu não ficar com medo, nosso
cérebro cria uma série de situações de “rebeldia”
para evitar o ter que mudar e assim dificultando a
aceitar o novo. Assim, líderes procrastinam e muitas
vezes boicotam as mudanças, por se sentirem
inseguros com os novos desafios que virão pela
frente e pelas novas situações que serão
necessárias se preparar para que mantenha a
estrutura que ele montou, e assim passa a defender
com “unhas e dentes”, o velho sistema que ele
conhece tão bem, se sente confortável e domina
totalmente.
E é aí que entra o outro cenário, aliando ao
primeiro, que é o “medo da perda do poder”, do
domínio sobre o que o profissional tem certo como
“seu”, e por isto mesmo, muitas vezes quando temos
um profissional que não tenha claro para ele o que é
“ser líder”, ele passa a se comportar como um
déspota, um “chefe”, sem avaliar perfeitamente as
novas estruturas necessárias que estão sendo
exigidas neste novo cenário que ele se recusa a
aceitar.
Portanto para que estes profissionais
possam atender a esta demanda, de se adaptarem
às mudanças, eles, além disso, precisam
necessariamente ser também os próprios agentes
desta mudança, se antecipar a elas, e gerenciar as
consequências e aproveitarem-se das vantagens
advindas das mesmas. Para tal, estes profissionais
necessitam de algumas habilidades específicas e
que embora não se fechem em si, são parte
indispensáveis ao seu portfólio profissional, se
desejar ser bem sucedido nestes ambientes de
mudança, tais como:
Autoconhecimento;
Autogerenciamento;
Qualificado à liderança;
Visão sistêmica, ecológica e de futuro;
Flexibilidade, resiliência;
Adaptabilidade a novos cenários.
E s s a s h a b i l i d a d e s a s s e g u r a m a o
profissional, melhores condições para se adaptar às
RQI - 3º trimestre 2013 13
mudanças e usufrui r de seus benefíc ios,
amenizando o impacto dos seus pontos fracos e
dificuldades e, que se forem analisados dessa forma
por estes profissionais, os processos de mudanças
não serão vistos como ameaças, mas sim como
possibilidades e pontos de melhoria contínua,
tornando-os muito mais aptos e preparados para as
novas estruturas organizacionais. Assim é
imprescindível que os modernos profissionais
aprendam a transformar essas mudanças em
oportunidades de negócios, tanto para as suas
empresas quanto para seu próprio desenvolvimento
profissional.
Perfil Profissional
“Ser Chefe é fácil, qualquer um pode ser, a chave
de ser Empregável, está em ser um Líder”
Outra característica de grande importância é
a de termos um “Perfil Profissional” ao cargo que
ocupa para a execução das funções que lhe são
atribuídas, em virtude de sabermos de antemão da
necessidade de que funções desempenhadas por
profissionais inadequados leva a desgaste,
descontinuidade na função e à insatisfação
profissional, trazendo uma grande rotatividade ou
falta de preenchimento de cargos adequadamente
por não termos exatamente o perfil ideal para a
execução das funções desejadas pelo cargo.
Este perfil necessita de ser complementado
com características que não são passadas nas
grades educacionais atuais, embora já existam
escolas e faculdades, atentas e preocupadas em
oferecerem esta demanda que o mercado está
exigindo, e iniciando um processo de adaptação e
inclusão destas necessidades em seus cursos. Mas
ainda não são o suficiente, pois a demanda destas
características é cada dia maior e dinâmica, sendo
necessár io , na ma io r ia dos casos , uma
complementação em cursos e treinamentos
paralelos. A solução encontrada para estes
profissionais, para que haja uma apropriação destas
exigências do mercado em tempo real, para que
estes profissionais se mantenham empregáveis.
De acordo com pesquisas desenvolvidas em
função das necessidades e carências encontradas,
e das funções estabelecidas atualmente, para os
cargos existentes ou que venham a ser readaptados,
pelo mercado de trabalho, podemos estabelecer e
afirmar que o profissional que deseja se manter
competitivo no atual cenário, deverá além de uma
boa formação, ter a visão e a diligência em se
desenvolver de uma forma contínua, buscando seu
aprimoramento na apropriação de características e
habilidades comportamentais de liderança, tais
como:
Ter bom relacionamento interpessoal;
Trabalhar em equipe;
Ter iniciativa;
Ser motivado e saber motivar;
Saber se comunicar em todos os níveis
hierárquicos;
Ter autoestima elevada;
Ser proativo;
Ter iniciativa;
Estas habilidades são o requerimento
mínimo para que estes novos profissionais possam
se estabelecer em um cenário e serem reconhecidos
como “Players” e aceitos pelas corporações e
empresas, e que por não encontrarem estes
profissionais dentro das demandas exigidas,
passam a desenvolver estruturas internas para a
formação de “futuros empregáveis”, utilizando para
isto das “Universidades Corporativas” e dos
processos de “Trainees” internos, onde o que se
busca nestas estruturas é a formatação do
profissional adequado às necessidades da empresa,
tendo em vista que a contratação e a dispensa
constantes de profissionais que não atendam as
expectativas da empresa, dentre outros fatores,
acabam saindo muito mais caro do que a
implantação destas estruturas. Neste processo, um
fator considerado crítico para a empregabilidade é
nas questões de “Relacionamento Pessoal”, onde as
empresas buscam profissionais que possam e
RQI - 3º trimestre 201314
saibam se relacionar em todos os níveis hierárquicos
dentro da sua estrutura organizacional, desde seus
Superiores, mas principalmente com seus Pares e
seus Liderados. É notória e de conhecimento amplo,
que a grande maioria de profissionais que perdem
seus empregos, o fazem por não conseguirem ou
por não saberem se relacionar em suas áreas de
trabalho, levando a desgastes desnecessários e
causando em muitas delas, perdas irreparáveis ao
processo.
"Profissionais são contratados pelos seus
Conhecimentos e Habilidades, mas são
dispensados por seus Comportamentos e
Atitudes”.
Estes Comportamentos e Atitudes levam a
uma grande sinergia entre as áreas da empresa,
melhorando os processos de trabalho e o
relacionamento interno, a qualidade dos produtos e
serviços oferecidos, trazendo uma automotivação e
qualidade de vida, não só do profissional, mas
principalmente de toda a hierarquia da empresa,
gerando constante inovação e criatividade na
solução de problemas.
Aprimoramento Profissional Continuado
“No futuro todos os Profissionais deverão ser
Líderes Coach”
Outro fator importante encontrado é o da
necessidade de um “Aprimoramento Profissional
Continuado”. Ele foi considerado como de suma
importância para a empregabilidade do profissional,
tendo em vista a necessidade de estar sempre em
busca de nos melhorarmos continuamente não só
como profissionais, mas principalmente como
Pessoas, e aí conseguirmos desenvolver toda a
diferença na estrutura dentro das empresas.
Sabemos, por experiência no mercado, que
muitos Profissionais, embora possuam toda uma
qualificação que o capacite a desenvolver certas
atribuições, falham em determinados momentos e
perdem a oportunidade de se manterem dentro do
mercado de trabalho, e na maioria das vezes
acabam frustrados e frustrando os planos de
desenvolvimento da Empresa, que investiram
pesado na sua contratação.
É o equívoco de achar que há uma linha de
chegada em sua formação, o que não acontece, pois
o desenvolver-se deve ser contínuo. Aqueles que
acham que já fizeram todos os cursos que
precisavam e agora se julgam com licença para
descansar, cometem um grande equívoco. "Hoje
ninguém pode estar seguro de que o conhecimento
já obtido é suficiente. São necessárias sempre
novas aprendizagens para adaptar-se a uma
realidade em permanente transformação".
As pessoas precisam esquecer o modelo
antigo, segundo o qual bastava ter determinado
curso que a missão já estava cumprida. "É
impor tante ass imi lar que a aquis ição de
competências não é um produto acabado, é um
processo e, portanto, o profissional nunca será
competente, mas sim estará à procura da
competência”.
Tudo isto passa por uma questão de
formação, onde o Profissional não pode mais pensar
simplesmente em manter-se no foco, somente com o
que lhe trouxe até onde esta, ele jamais deverá
esquecer-se que antes dele, outros tentaram e não
conseguiram ou apenas pararam no tempo, vivendo
e/ou recolhendo os louros de seus sucessos
anteriores. Na realidade podemos dizer que se trata
muito mais que isto, é comportamental, trata-se de
formar conhecimento e adquirir competência, para
que os profissionais possam situar-se em um novo
conceito de empresa, onde cada um é responsável
por suas decisões dentro do seu nível de
responsabilidades.
Podemos afirmar neste ponto que, embora
necessários, as características mencionadas
a n t e r i o r m e n t e , n ã o s ã o s u f i c i e n t e s
para as constantes demandas existentes no
mercado na busca de pro f iss iona is com
c o m p e t ê n c i a s e s p e c i a i s
RQI - 3º trimestre 2013 15
RQI - 2º trimestre 201316
e que atendam exigências cada vez maiores para os
cargos diferenciados, onde os requerimentos de
formação técnica ou de capacitação já não mais se
encaixam no processo de captação profissional que,
aliados às constantes evoluções nas relações de
trabalho, podem apresentar um cenário totalmente
novo de necessidades tanto de ordem profissionais,
mas principalmente de ordem Pessoal, para o
preenchimento e para a manutenção do grau de
“EMPREGABILIDADE” do profissional no mercado
atual.
EMPREENDEDORISMO E LIDERANÇA
Primeiramente, precisamos analisar que o
grau de exigência de um profissional para que ele
ocupasse um determinado cargo dentro de uma
empresa, era relativamente simples. Ele era
avaliado por seus Conhecimentos e pela Habilidade
para desenvolver suas funções. Qualquer outra
necessidade que houvesse a própria empresa se
encarregava de treiná-lo para o desempenho
adequado de suas tarefas, tendo em vista a falta de
qualificação e o baixo grau de necessidade que não
fosse de capacitação para seu bom desempenho,
portanto o funcionário era “CAPACITADO” a atuar
em determinado cargo para desempenhas algumas
funções.
Por outro lado, as constantes necessidades
por redução de custos e mudanças nas relações
interpessoais no trabalho devido à competição
global, fez surgir uma demanda por novos cargos,
com outras competências, ou seja, uma mão de obra
mais espec ia l i zada cada vez focada em
produtividade e atitudes para esta nova demanda no
mercado, e assim passamos a ter não mais a
capacitação, mas sim a “COMPETÊNCIA” para
atendimentos às demandas internas das empresas,
o conhecido CHA – Conhecimento, Habilidade e
Atitude.
Entretanto o mercado é por si só muito
dinâmico, e está cada vez mais se aprimorando e
necessitando de novos complementos para sermos
mais e mais competitivos e assim novamente não
basta ter apenas competência, faz-se necessário
que o profissional tenha Conhecimento, Habilidade,
Atitude Entrega com Performance, a atual CHA EP.
Muito além das características acima, o profissional
necessita de “EMPREENDEDOR”, onde o mercado
hoje exige que ele além de ser empregado, seja
também patrão. Ele tem que ter uma visão mais
abrangente do que é ser dono de um negócio, pois é
isto que o mercado espera dele, saber gerenciar a
empresa onde trabalha como se fosse sua própria
empresa.
O in teressante é que pe lo que fo i
desenvolvido até agora, imaginamos que a figura do
Líder ´a que mais se encaixa nesta definição, mas o
que na realidade não o é. Assim muitas vezes somo
levados a confundir o Profissional Líder e o
Profissional Empreendedor, pois as figuras do líder e
do empreendedor até se confundem, já que
normalmente andam juntas. Entretanto, é
importante que entendamos que as duas qualidades
não se opõem, mas sim se complementam, e o ideal
é que o profissional saiba cultivá-las em conjunto.
T a n t o a l i d e r a n ç a q u a n t o o
empreendedorismo têm a ver com a manutenção do
poder, entretanto, o poder do empreendedor é fazer,
enquanto o do líder é influenciar, assim podemos
dizer que a liderança é a capacidade de influenciar
os outros, pois requer necessariamente da
cooperatividade, empatia e o respeito, já que o poder
do líder lhe é concedido e derivado da sua
autoridade moral reconhecida e concedida pelos
outros, enquanto que o empreendedorismo está
relacionado com a ação, através da sua capacidade
de agir sobre as coisas, inclusive sobre os outros,
como objetos da ação. Como podemos ver então, o
empreendedor é empát ico e seu poder é
conquistado pela acumulação dos atributos tais
como força, conhecimento e propriedade.
Tanto a liderança e empreendedorismo são
caracter ís t icas especí f icas de caráter, e
fundamentalmente relacionadas com os valores
RQI - 2º trimestre 2013 17
individuais de cada um, mas alinhadas com os
valores da empresa, e assim a principal virtude do
líder é a moderação, enquanto a do empreendedor é
a coragem e, tanto o líder quanto o empreendedor,
necessitam de uma sólida base de estima própria, e
a capacidade de uma elevada transcendência, que é
o virtual esquecimento do próprio ego em função de
algo maior, no caso da missão, visão da Empresa.
Tanto o Líder quanto o Empreendedor,
necessitam ter um temperamento persistente,
mantendo a motivação por longos períodos de
tempo. Apesar das adversidades que possam advir
de suas funções, o líder é mais sensível ao risco e
age mais no sentido de evitá-lo, além de ser
meticuloso. O empreendedor é mais tolerante ao
risco e enfrenta melhor as situações sob as quais
não tem muito controle.
Como vimos, o Profissional atual necessita
possuir características de Líder para no que se diz
respeito ao desenvolvimento do trabalho que lhe
compete, saber avaliar, ponderar e buscar o
consenso para a ação coletiva, quando necessário,
mas também necessita saber o momento certo de
tomar todas as decisões que lhe compete e é
esperado pelas funções de seus cargo estabelece, e
assim diante de uma oportunidade ou desafio, o
empreendedor age rapidamente, assumindo a
responsabilidade pelas decisões que toma, é o que
chamamos de LIDERANÇA SITUACIONAL OU
LÍDER EMPREENDEDOR.
Abaixo algumas características necessárias
a estes novos Profissionais que o mercado está
exigindo:
Sabem ouvir;
Estão sempre abertos ao novo;
Delegam;
Praticam feedback e o feedforward;
São sensíveis;
São assertivos
Sabem transitar pelos vários estilos de
liderança;
São excelentes negociadores;
Sabem se comunicar em todos os níveis
hierárquicos;
Trabalham em equipe;
Conseguem trabalhar sob pressão;
Possuem automotivação e influenciam seus
liderados a motivarem-se por metas e
objetivos;
Influenciam seus liderados positivamente;
Buscam o autocrescimento, o crescimento
dos liderados e o crescimento da equipe;
Não buscam os holofotes;
Caso algo não dê certo “eu errei”, caso dê
tudo certo “a equipe acertou”;
Assumem para si responsabilidades;
Trabalham com metas e objetivos claros;
São queridos pelo seu estilo;
T ê m u m c e n s o d e o r g a n i z a ç ã o e
planejamento muito bom;
Têm um censo de empreendedorismo;
Conhecem sua equipe como ninguém e
lutam por ela;
Sabem administrar conflitos;
Conseguem direcionar os interesses da
equipe aos interesses da empresa, e vice-
versa;
São justos;
Têm respeito pelas pessoas.
Existe outra característica tão ou mais
importante que as demais descritas acima, e que
mesmos bons l ideres tem di f iculdade em
desenvolver, em função de sua especificidade: trata-
se da Liderança Situacional, que é a consequência
de um profissional Empreendedor
É um estilo onde o líder, apesar de ter um
Comportamento definido e atue preferencialmente
por um Estilo seu, ele consegue transitar pelos vários
estilos de liderança, adaptando-se conforme o
contexto da situação e como ela lhe diz para atuar.
Portanto, ser um Líder Empreendedor não é
somente comandar os outros ou a uma determinada
situação, de impor suas vontades ou objetivos, sé
saber exatamente o momento de calar, de ouvir,
18 RQI - 2º trimestre 2013
de agir, de participar, de ajudar, de contribuir, de se
preparar melhor, de estar sempre em busca de
melhores formas para e de se obter algo, de estar
preparado para ajudar alguém a obter um resultado,
é torcer para que ele se dê bem no que lhe foi
proposto, e principalmente de saber "Ensinar" a ser
líder.
E esta é uma das principais características
deste novo profissional, ele precisa formar líderes,
pois como já sabemos pela PNL, “os nossos
Resultados são a congruência de nossos
Pensamentos e Comportamentos”. Portanto,
crescer acredito, precisa ser um deles, até porque,
este profissional com esta formação, não vai querer
ficar no mesmo posto o resto da vida dentro da
empresa.
Portanto, antes de qualquer coisa, este novo
Profissional necessita conhecer quais os "Valores"
pelos quais seus caminhos são guiados, e para isto,
primeiramente ele precisa "Conhecer" quais são os
próprios "Valores Pessoais", para poder prosseguir
no seu caminho. Aí eu pergunto a você que está se
candidatando a um processo de promoção ou de
uma nova vaga no mercado:
Você sabe quais são sua Missão, Visão e
os Valores que regem sua vida, tanto
p ro f i ss i ona l quan to pessoa l? Esse
conhecimento é claro para você?
Caso você ainda não tenha uma resposta
honesta para estas perguntas, não tem nada de
errado com isto, você não as tem, pois ainda não foi
posto em contato com este foco. Para isto, é só você
se preparar e buscar um autoconhecimento a
respeito destas questões, ...mas o que não pode é
ficar sem elas.
Em suma, ser um Profissional Empreendedor
é estar em um outro patamar de pensamentos,
atitudes e ações, fornecendo sempre resultados que
são incontestes, já que um líder sempre será medido
não só pelo que ele se Compromete, por sua
Responsabilidade ou por saber Confiar, mas
principalmente pela sua Capacidade de Entregar o
que lhe foi confiado.
Portanto, exorto a que você urgentemente
venha a se posicionar melhor dentro de um contexto
real de “Liderança Empreendedora”, conhecendo
muito bem suas Forças e "Pontos de Melhoria", que
estão te prejudicando a ponto de fazer você ficar
continuamente estagnado em sua função, sem sair
do lugar, sem saber o porque, …no seu emprego,
…pessoalmente, ...na sua vida.
Os Profissionais que não optarem por este
estilo de gestão, não irão sobreviver neste cenário
em que estamos inseridos.
Conquiste seu espaço no mundo de hoje,
como um "PROFISSIONAL EMPREENDEDOR"
amanhã... talvez seja tarde demais.
BIBLIOGRAFIA
Coaching - Grandes mestres ensinam como
estabelecer e alcançar resultados extraordinários na
sua vida pessoal e profissional - Editora Ser Mais – 1ª
edição – 2012;
Você S/A – As melhores Empresas para Você
Trabalhar – Abril S/A – 2012
Melhor Gestão de Pessoas – Editora Seguimento
– ago 2011
A Essência da Gestão – Franklin Covey – 2007
Os 7 Hábitos dos Gestores Altamente Eficazes –
Stephen R. Covey – Best Seller – 2005
Deixe um Legado – Paulo V. Kretly – Campus -
2009
Nota do Editor: O autor pode contatado por meio do
e-mail [email protected], pelo Facebook
(www.facebook.com/FrederidoCoach), ou pelos
telefones (12) 3622-4488/(12) 9784-0234 (EHVUS –
Coaching, Treinamentos & Assessoria).
O 6º Encontro Nacional de Tecnologia Química ‐
ENTEQUI ‐ ocorreu no Centro de Convenções Ruth
Cardoso, na cidade de Maceió, Alagoas, de 28 a 30 de
agosto de 2013, sob o Tema Central: Tecnologia de
Tratamento e Recuperação de Fluidos.
Dando seguimento à proposta de programação
apresentada no ano anterior, a Comissão Organizadora
manteve a aproximação com as empresas no sentido de
proporcionar a oportunidade aos participantes de
receber informações sobre mercado de trabalho, o que os
contratantes esperam encontrar naqueles que procuram
emprego, além de troca de conhecimento e vivência com
autores de livros do segmento.
No dia 28 de agosto foram realizados três cursos
pré‐evento, a saber: Briquetes de Bagaço de Cana‐de‐
Açúcar: uma alternativa tecnológica com maior
rendimento, ministrado por Luís Roberto Paschoal, da
UNICEP/SP; Tratamento de Águas Industriais do Setor
Sucroenergético, ministrado por Alder Flores; Requisitos
Legais Usados na Avaliação da Poluição das Águas
Superficiais e Subterrâneas, ministrado por Verônica
Santos Menezes, da Qualitex Engenharia. Na parte da
noite o Presidente da ABQ, Newton Mario Battastini,
abriu o evento que teve como momento chave a
homenagem ao Presidente de Honra do ENTEQUI, Dr.
Luiz Roberio Silva Ramos, Gerente Geral da Unidade de
Operações de Exploração e Produção de Sergipe e
Alagoas da PETROBRAS.
Em seguida o Dr. Francisco M. Miller do CENPES‐
Petrobras proferiu a palestra de abertura “Implantação
de Tecnologia mais Limpas e seus Reflexos na
Ecoeficiência da PETROBRÁS – Um Panorama Nacional”.
Após a palestra foi servido um coquetel.
Nos dois dias seguintes ocorreu a Programação
Científica com palestras, painéis e mesas redondas, seção
de apresentação de trabalhos em pôsteres e em
comunicações orais.
As palestras foram ministradas por nomes
representativos como Artur Mergulhão, da Algás, que
falou sobre Gás Natural como Integração Energética;
Júlio Inácio Holanda Tavares Neto, da Braskem, que falou
sobre Eteno Petroquímico: um motor da indústria do
plástico no Brasil; Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim,
da UFAL, que falou sobre Biohidrogênio como Futura
Fonte Complementar de Energia Sustentável; Eduardo
Cassel, da PUC‐RS, que falou sobre Tecnologia de Fluidos
Supercríticos Aplicada ao Processamento de Produtos
Naturais; Rafael Tadeu Acconcia, do Grupo Curimbaba,
que falou sobre Propantes na Estimulação de Poços de
Óleo e Gás; André Luiz Lopes Sinoti, da ANVISA, que falou
sobre Sistemas de Tratamento e Distribuição de Água
Tratada para Serviços de Hemodiálise.
Nos painéis, representantes de empresas
discorreram sobre casos de sucesso e o encaminhamento
dado por suas instituições em Tecnologia de Tratamento e
Recuperação de Efluentes Industriais. No “Momento com
o Autor” o Prof. Geraldo Lippel Sant'Anna Jr., do Instituto
de Química da UFRJ, falou sobre algumas de suas obras e
autografou livros. Dez livros foram sorteados entre os
presentes.
A mesa redonda sobre A Revolução de Xisto e os
Impactos no Desenvolvimento Sustentável das Indústrias
e da Matriz Energética Brasileira reuniu Alexandre
Camacho, da ANP, Fabio Bello, da Braskem, e Arthur
Schmidt Nanni, da UFSC, contando como moderadora
Tereza Neuma de Castro Dantas, da UFRN.
O Encontro fechou sua permanência em Maceió,
cumprindo com os dois anos de realização. Conseguiu
abrir um canal de ligação de seus participantes com as
empresas e mostrar a esses participantes algumas obras
publicadas no Momento com o Autor. Esses pontos altos
das realizações em Maceió serão mantidos nas próximas
versões. Em 2014 e 2015 Vitória, capital do Estado do
Espírito Santo, sediará o ENTEQUI.
QQ UIENTE 6º Encontro Nacional de
Tecnologia Química
Acontecendo
19RQI - 3º trimestre 2013
Fotodegradação do cloridrato de propranololna presença de betaciclodextrina
1 1 1 2 1Maurício F. Rosa ; Francielli B. Galvan ; Viviane S. Lobo ; F. F. Dourado
1Depto. de Química, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)2Tecnologia em Processos Químicos, UTFPR
e‐mail: [email protected]
Submetido em 07/04/2013; versão revisada em 27/05/2013; aceito em 29/05/2013
Resumo
Este trabalho investigou a fotoestabililidade em solução aquosa do fármaco cloridrato de
propranolol (CP) irradiando‐se a amostra por 60 min no comprimento de onda de 300 nm,
avaliando‐se também a influência da concentração de betaciclodextrina (bCD) na cinética
do processo. Observou‐se que a cinética de degradação apresenta perfil muito semelhante
para todas as amostras, com a diminuição das bandas centradas em 234 nm e 289 nm e o
crescimento de duas bandas, centradas em 350 nm e 260 nm, além da presença de tres
pontos isosbésticos em torno de 239, 280 e 325 nm. Considerando os 30 minutos inicias as
amostras apresentaram uma cinética de primeira ordem, mas observou‐se que o efeito de
fotoproteção é dependente da concentração de bCD, sendo que a concentração de bCD 10
vezes superior à concentração do fármaco apresentou os melhores resultados.
Palavras‐chave: Fotoestabilidade, química ambiental, fármacos no ambiente.
Abstract
This study investigated the photostability of aqueous solution of the drug propranolol
hydrochloride (CP) irradiating the sample for 60 min at wavelength of 300 nm, evaluating
also the influence of the concentration of beta‐cyclodextrin (bCD) on the kinetics of the
process . It was observed that the degradation profile presents very similar for all samples
with a decrease of the bands centered at 234 nm and 289 nm and the rising of two bands
centered at 350 nm and 260 nm, and the presence of three isosbestics points around 239,
280 and 325 nm. Considering the first 30 min of irradiation the samples showed a first order
kinetics, but it was observed that the effect of photoprotection is dependent on the
concentration of bCD. The concentration of bCD 10 times the concentration of the drug
showed the best results.
Kewords: Photostability, environmental chemistry, pharmaceuticals in the environment.
INTRODUÇÃO
Muitos medicamentos utilizados para prevenir
ou combater doenças são apenas parcialmente
metabolizados, sendo, desta forma, excretados na rede
de esgoto ou no ambiente.
A contaminação de águas servidas por resíduos
de medicamentos ou seus metabólitos é um problema
emergente. Muitas vezes estas substâncias não são
completamente removidas no tratamento padrão
efetuado nas estações de tratamento, sendo, portanto,
20
Artigo Técnico
RQI - 3º trimestre 2013
re d i s t r i b u í d a s à p o p u l a çã o p e l o s i s te m a d e
abastecimento de água potável ou devolvidas ao meio
ambiente.
São encontrados, dentre outros, analgésicos,
anti‐ inflamatórios, antibióticos, psicotrópicos,
hormônios e beta‐bloqueadores. Isto significa que muitas
vezes estamos recebendo em nossa casa água tratada
livre de contaminação microbiológica, mas contendo
quantidades residuais de fármacos que estão sendo
ingeridos sem necessidade.
A presença de fármacos em ambientes aquáticos
pode comprometer a qualidade dos recursos hídricos,
alterando a biodiversidade e o equilíbrio de ecossistemas
aquáticos, fenômeno conhecido como ecotoxicologia.
Na literatura podem ser encontradas diversas
revisões sobre o assunto (HALLING‐ SORENSEN et al.,
1998; KLAVARIOTI, MANTZAVINOS, KASSINOS, 2000;
BILA & DEZOTTI, 2003; MARTINEZ, 2009; CALISTO &
ESTEVES, 2009; MELO et al.,2009; SANTOS et al., 2010).
O cloridrato de propranolol‐CP (Figura 1) é um
beta‐bloqueador adrenérgico não‐selet ivo. O
medicamento é indicado principalmente para o
tratamento de hipertensão arterial sistêmica, podendo
ser usado isoladamente ou em associação com outros
agentes anti‐hipertensivos.
FIGURA 1 ‐ Fórmula estrutural do CP
As ciclodextrinas (CD) são oligossacarídeos
cíclicos formados por unidades de glicose unidas por
ligações glicosídicas α‐1,4, formando uma estrutura
toroidal. Elas são obtidas biologicamente pela
degradação enzimática do amido pela ação da enzima
ciclodextrina glicosil transferase (CGTase), que é capaz de
hidrolisar um segmento da amilase e ligar os extremos
deste fragmento. As ciclodextrinas conhecidas são
formadas por 6, 7 ou 8 unidades de glicose, sendo
denominadas α, β e γ, respectivamente (Figura 2).
FIGURA 2 ‐ Estrutura da bCD
Por apresentarem uma cavidade em sua
estrutura as CD apresentam a capacidade de encapsular
determinadas moléculas, formando complexos de
inclusão, sendo muito empregadas na indústria
farmacêutica para aumentar a solubilidade de fármacos
pouco solúveis em água, ou então como forma de
liberação controlada (BREWSTER & LOFTSSON, 2007).
Esta inclusão também pode conferir à molécula
encapsulada alguma proteção quanto à oxidação, pH ou à
luz (fotoproteção).
Este trabalho visa estudar a fotoestabilidade do
CP em solução aquosa e verificar a influência do agente
encapsulante bCD nesta propriedade.
MATERIAIS E MÉTODOS
As amostras de análise foram preparadas
dissolvendo‐se em água um comprimido de CP 40 mg
adquirido no comércio local. A solução foi submetida ao
ultra‐som por 5 min, a fim de garantir o máximo de
solubilidade e filtrada para se retirar os resíduos
insolúveis. Esta solução filtrada foi reavolumada para 50
mL. A concentração de CP nesta solução, considerando‐se
a presença de 40 mg do principio ativo e a total
solubilização deste no meio, é de ‐3 ‐13,1 x 10 mol L .
A solução de bCD foi preparada pesando‐se a
quantidade necessária para se obter uma solução aquosa ‐2 ‐1na concentração 1,0 x 10 mol L .
As amostras que foram submetidas à irradiação
foram preparadas reunindo‐se em diferentes balões
volumétricos de 10 mL, alíquotas de 1 mL da solução‐mãe
de CP e volumes variáveis (de 1 a 8 mL) da solução‐mãe de
bCD, sendo o volume do balão completado com água
RQI - 3º trimestre 2013 21
destilada. Assim a concentração final de CP em todas as ‐4 ‐1amostras era idêntica (3,1 x 10 mol L ) e a concentração
‐3 ‐1 ‐3 ‐1de bCD variava de 1,0 x 10 mol L a 8,0 x10 mol L .
As amostras foram irradiadas por 60 min
utilizando‐se uma cubeta de quartzo com as quatro faces
polidas de 1 cm de caminho óptico e com tampa vedante.
Esta cubeta foi colocada no centro de um fotorreator
Rayonet RPR‐100 (The Southern New England Ultraviolet
Company) equipado com 8 lâmpadas com máximo de
emissão em 300 nm (potência de cada lâmpada de 32 W).
O s e x p e r i m e n t o s fo ra m a c o m p a n h a d o s p o r
espectrofotometria de UV‐vis, obtendo‐se os espectros
de absorção em intervalos de 10 min, utlizando‐se para tal
um espectrofotômetro T80+ (PG Instruments) varrendo‐
se na região de 200 a 400 nm. Para o tratamento dos
dados foi empregada a planilha eletrônica Microsoft
Excel® e os gráficos foram traçados utilizando‐se o
programa Origin® 8.0.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observando‐se os espectros de absorção verifica‐
se que todas as amostras sofrem alterações semelhantes.
As bandas localizadas em 234 e 289 nm sofrem redução
de intensidade enquanto que se observa o crescimento
de duas bandas, uma centrada em 350 nm e outra em 260
nm. São observados em todos os casos a presença de três
pontos isosbésticos centrados em 239, 280 e 325 nm, o
que nos indica que está havendo a conversão de uma
estrutura em outra sem a presença de uma terceira
forma. A Figura 3 mostra o resultado dos experimentos de ‐3 ‐1fotólise do CP na presença de 3x10 mol L de bCD. O
perfil dos demais espectros é essencialmente o mesmo
variando somente a velocidade com que ocorre o
processo de degradação.
Para se determinar as constantes cinéticas (k)
envolvidas no processo foi traçado o gráfico de ln(A /A) vs 0
tempo para todos os experimentos, acompanhando‐se o
comportamento da banda em 289 nm (Figura 4).
Observa‐se nesta figura 4 que as amostras apresentam
comportamento semelhante, ou seja, os gráficos
apresentam ajuste linear dos pontos experimentais,
indicando um processo de primeira ordem.
FIGURA 3 ‐ Espectros de absorção do CP em função do tempo de irradiação
Comparando‐se os experimentos verifica‐se que
a cinética de degradação da amostra com a presença de, ‐3 ‐1por exemplo, [bCD] = 8 x 10 mol L possui uma constante
‐3 ‐1 2de velocidade (k) da ordem de (17,8 ± 0,9) x 10 min (R =
0,99378), cerca de quatro vezes maior do que aquela
calculada para o processo com a presença de [bCD] = 3 x ‐3 ‐1 ‐3 ‐1 210 mol L , que é da ordem de (4,4 ± 0,2) x 10 min (R =
0,99260). Estes resultados mostram que a bCD confere
alguma fotoestabilização para a molécula de CP,
comportamento semelhante ao observado para
derivados azalactônicos em solução de isopropanol
(ROSA; SAVARIZ, 2005).
Figura 4: Gráficos de ln(A /A) vs tempo para todos os experimentos0
RQI - 3º trimestre 201322
Tabela 1: Constantes de velocidade (k) obtidas pelo método gráfico em função da concentração de bCD
Ao se traçar o gráfico de k vs [bCD] (Figura 5)
observa‐se que este efeito de fotoestabilização é
dependente da concentração de bCD. Verifica‐se ainda –3 ‐1que, em altas concentrações de bCD (7,0 x 10 mol L e
‐3 ‐18,0 x 10 mol L ), esta atua como um catalisador na
degradação do CP, pois as constantes de velocidade
obtidas foram superiores àquela obtida na ausência de
bCD. Apesar de, a primeira vista, ser um comportamento
contraditório, isto já foi observado por Wang et al. (2007).
CONCLUSÕES
No caso do CP o efeito de fotoproteção conferido
pela bCD é dependente da concentração desta ultima no ‐3meio. Foi observado que a concentração de 3,0 x 10 mol
‐1 ‐4 ‐1L de bCD para uma concentração de 3,1 x 10 mol L de
CP, ou seja, uma proporção 10:1, é a que confere melhor
fotoproteção.
Figura 5: Influência da concentração de bCD na constante de velocidade da reação de degradação
Concentrações maiores de b C D podem
apresentar efeito inverso, isto é, a bCD atua como um
catalisador no processo de degradação fotolítica.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a Fundação Araucária,
convenio 320/07, Projeto 9397, pelo auxílio financeiro.
REFERÊNCIAS
BILA, D.M.; DEZOTTI, M. Fármacos no ambiente. Quimica
Nova, vol. 26, n. 4, 523‐530,2003.
B R E W S T E R , M. E . ; L O F T S S O N ,T. Cyc lodextr ins as
pharmaceutical solubilizers. Advances in Drug Delivery
Reviews,vol.59,pp.645‐666,2007.
CALISTO, V.; ESTEVES, V.I. Psychiatric pharmaceuticals in the
environment. Chemosphere, vol. 77, 1257‐1274, 2009.
HALLING‐SORENSEN, B.; NIELSEN, S. N.; LANZKY, P. F.;
INGERSLEV, F.; KLAVARIOTI, M.; MANTZAVINOS, D.;
KASSINOS, D. Removal of residual pharmaceuticals
from aqueous systems by advanced oxidation processes.
Environmental International, vol. 35, 402‐417, 2009.
LÜTZHOFT,H. C. H.; JORGENSEN, S. E. Ocurrence, fate and
effects of pharmaceutical substances in the
environment – a review. Chemosphere, vol. 36, 357‐393,
1998.
MARTINEZ, J. L. Environmental pollution by antibiotics and by
antibiotic resistance determinants. Environmental
Pollution, vol. 157, 2893‐2902, 2009.
MELO, S. A. S.; TROVÓ, A. G.; BAUTITZ, I. R.; NOGUEIRA, R. F. P.
Degradação de fármacos residuais por processos
oxidativos avançados. Química Nova, vol. 32, 188‐197,
2009.
ROSA, M. F.; SAVARIZ, F.C. Síntese e estudo da fotoestabilidade
de derivados azalactônicos encapsulados em beta‐
ciclodextrina. Ecletica Quimica, vol. 30, 75‐81, 2005.
SANTOS, L. H. M. L. M.; ARAUJO, A. N.; FACHINI, A.; PENA, A.;
DELERUE‐MATOS, C.; MONTENEGRO, M. C. B. S. M.
Ecotoxicological aspects related to the presence of
pharmaceuticals in the aquatic environment. Journal of
Hazardous Materials, vol. 175, 45‐95, 2010.
WANG; G.; XUE, X.; LI, H.; WU, F.; DENG, N. Journal of
Molecular Catalysis A, vol. 276, 143, 2007.
[bCD] mol L‐1 k (10‐3 min‐1) R
0 8,6 ± 0,9 0,99131
2 7,9 ± 0,6 0,98495
3 4,4 ± 0,2 0,99260
4 6,4 ± 0,3 0,99471
5 6,3 ± 0,3 0,9955
6 8,2± 0,7 0,97997
7 11,7 ± 0,8 0,99883
8 17,8 ± 0,9 0,99378
23RQI - 3º trimestre 2013
As misturas alcool-gazolina Em differntes paizes empregam-se diversos typos de misturas alcool-gazolina como carburantes, os quais contém approximadamente 5 a 2% de ethanol ou de mistura methanol-ethanol. O alcool anhydro se pôde misturar com a gazolina em qualquer proporção; o methanol necessita geralmente do emprego dum estabilisador, que é comumente o ethanol(...). Os alcooes empregados nesta classe de misturas não se podem considerar como substitutos da gazolina, mas servem para augmentar o poder anti-detonante, misturando-se ao combustível (...).
Sisal(Por Walmir A. Teixeira de
Carvalho, chimico industrial)
Das plantas texteis exoticas da classe das Monoco-Tiledoneas introduzidas no Brasil, o sisal demonstrou m a i o r c a p a c i d a d e d e adaptação, sob o ponto de vista cultural. Implantado como planta ornamental, cêdo se notou que suas fibras em tudo identicas ás proveniente do Mexico, poderiam com ellas concorrer em nosso mercado interno. Nesta suposição, e com algum proveito economico, foram ensaiadas, como plantas industriaes, culturas externas, as quaes tiveram seu maior desenvolvimento no periodo de 1914-1918, isto é, durante a última guerra mundial. A época, evidentemente, era a das mais propicias aos paizes como Brasil (...) firmando-se entre as nações productoras de fibras.
Colla para madeiras - (Por José Luiz Rangel, chimico industrial) È notável a contribuição que a chimica tem prestado ao aperfeiçoamento dos produtos destinados a collar (...). Muitas operações industriaes são simplificadas pela collagem (...). Entre as industrias que empregam largamente a collagem - e que por isto mesmo as collas nellas utilizadas representam um grande factor de sucesso, - encontram-se as de fabriação de moveis e as de aviões (...). A chimica vem, assim, prestando serviços relevantes, quer melhornado as propriedades das collas já existentes, quer produzindo novas collas de efficiencia cada vez maior. Da antiga colla de peixe até ás resinas syntheticas, é enorme o progresso verificado (...). O emprego de resinas syntheticas com o adhesivo constitue um dos mais recentes progressos introduzidos na technica da collagem das madeiras. O principal representante desta classe de collas é o producto de condensação de phenóis e formaldehydo, conhecido pelo nome generico de bakelite (...).
Comitê brasileiro na IUPAC A ABQ é, desde 1923, a representante oficial do Brasil junto |à IUPAC - International Union of Pure and Applied Chemistry, tendo mantido através de seus próprios recursos o pagamento de anuidades àquela entidade internacional até 1982. A partir desse ano, face à grande elevação dos custos das anuidades, não foi possível arcar com as despesas correspondentes. Em decorrência dessa situação, a ABQ solicitou, através de carta de 30/12/1985 ao CNPq (...) que passasse a pagar as anuidades da IUPAC. Por decisão do Conselho Deliberativo do CNPq (...) ficou aprovado que o CNPq pagaria, a partir de 1987, as anuidades da IUPAC. A ABQ foi autorizada a manter, com a IUPAC, os entendimentos necessários para regularização da situação de débito. (...) Com a aprovação oficial da IUPAC à reintegração do Brasil aos seus quadros, a ABQ convocou os residentes e/ou Representantes Credenciados da ABEQ - Associação Brasileira de Engenharia Química, da ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados e da SBQ - Sociedade Brasileira de Química para participarem da reunião de sistematização das atividades da Comunidade Química Brasileira junto à IUPAC. Nesta reunião, realizada em 24 de junho de 1988 na sede da ABQ (...) os participantes concordaram o seguinte: 1) Fica criado, a partir desta data, o COMITÊ BRASILEIRO PARA ASSUNTOS DE QUÍMICA JUNTO À IUPAC, constituído por 4 (quatro) membros, sendo um representante de cada uma das associações signatárias.
Editorial A comunidade química v e m r e s p o n d e n d o c o m entusiasmo aos nossos esforços de revitalização da Revista de Química Industrial. O número de c o n t r i b u i ç õ e s t é c n i c a s e científicas recebidas de todo o p a í s a u m e n t o u m u i t o , e começaram a chegar artigos do exterior (...). Um extenso volume de notícias também tem chegado à redação.
Aconteceu
RQI - 3º trimestre 201324
Há 75 anos atrás (ano 7, número 76, agosto de 1938)
Há 25 anos atrás (ano 56, número 666, junho de 1988)
25RQI - 3º trimestre 2013
Metais estruturais leves (por Sylvio Fróes Abreu, diretor-geral do Instituto Nacional de Tecnologia)
O titânio (...) é um metal estrutural leve, podendo em certos casos ser valioso substituto do aço em estruturas metálicas que exigem muito pequeno pêso em relação à resistência. Seu custo elevado é o maior impecilho à expansão de suas aplicações. A importância atribuída ao metal titânio provém da combinação de três propriedades: leveza, tenacidade e resistência à corrosão (...). O tiânio é largamente disseminado na
ocrista terrestre, figurando em 9 lugar na classificação de Clarke e Washington. A ilemnita ou titanato ferroso (FeO.TiO ) é o mais abundante e o principal minério de 2
titânio (...) A principal aplicação do titânio é o fabrico de pigmento branco (TiO 2
precipitado) que consome mais de 95% da producão mundial de minério de titânio. O pigmento de titânio passou a ter largo emprego na indústria a partir de 1916, dominando hoje completamente os demais pigmentos brancos (...). A grande vantagem do pigmento de titânio está no seu elevado poder de cobertura devido à oapcidade do material e sua inalterabilidade.
Bauxita, alumina e alumínioComo o Instituto Nacional de Tecnologia distingue estes produtos uns dos outros
A alumina é o material que constitui um produto intermediário entre o minério bauxita, formada na sua maior parte de alumina hidratada natural, e o alumínio, produto final da usina, obtido pela eletrólise do fluoreto de alumínio. Este fluoreto de alumínio é produzido no próprio forno pela atuação de flúor sobre a alumina. O flúor é fornecido pela criolita [Na AlF ], e a alumina 3 6
[Al O ] é obtida pelo tratamento químico da bauxita. (...) Usado correntemente é o processo Bayer, que em resumo consiste 2 3
em: dissolver a bauxita numa solução de soda cáustica; em seguida, filtrar a solução para eliminar as impurezas insolúveis; obtida a solução contendo a alumina sob a forma de aluminato de sódio, reprecipitar a alumina por meio de anidrido carbônico.
Editorial - (por Júlio Carlos Afonso, editor da RQI) Este número da RQI encontra a comunidade química nacional em grande júbilo: neste mês de outubro de 2012 a ABQ e o CBQ completam 90 anos de trajetória (...) Dentre os grandes fatos que marcam esse momento ímpar, a RQI tem a honra de presentear a todos com a entrada em seu portal (www.abq.org.br/rqi) de todas as edições digitalizadas cobrindo os últimos 25 anos (1988-2012). Fruto de dois meses de trabalho de três alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Extensão da UFRJ (PIBEX/UFRJ) no projeto "Museu da Química Prof. Athos da Silveira Ramos", trata-se do primeiro passo rumo à digitalização de todo o acervo da RQI.
As Origens da Associação Brasileira de Química.(por Julio Carlos Afonso e Nadja Paraense dos
Santos) Este trabalho descreve a criação da Associação Brasileira de Química (ABQ), a partir da fusão da Associação Química do Brasil (AQB) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Após quase dez anos de negociações e consultas, a fusão foi consumada em 12 de outubro de 1951 (...). Esse espírito de união envolvendo a nova Associação também foi expresso no reconhecimento da ABQ como entidade de utilidade pública federal em 1953. (...) Sob o argumento do mesmo espírito de união que viabilizou a instituição da ABQ, decidiu-se convalidar as realizações da AQB e da SBQ como sendo realizadas pela ABQ através de suas raízes mais novas e mais antigas, respectivamente. Isso fica muito bem espelhado através da enumeração dos CBQs.
Congresso Brasileiro de Química(por Celso Augusto C. Fernandes, gerente de eventos da ABQ)
A história do CBQ teve início em setembro de 1922 quando da realização do 1º CBQ (...). Daquela versão para a deste ano de 2012 (52º CBQ) passaram-se 90 anos e algumas diferenças: lá foram pouco mais de 200 participantes, agora se espera que ultrapasse os 2000; lá foram apresentados 72 “teses”, agora foram aprovados 1068 trabalhos de um total de 1255 recebidos. (...) Hoje, com tantas reuniões científicas específicas, o CBQ, que tem uma abrangência generalista, permanece a aglutinar muitos. Por quê? Acreditamos que a resposta esteja diretamente ligada a três fatores exclusivos: 1º) É o único evento nacional a percorrer todas as regiões brasileiras. 2º) A grande quantidade de áreas de trabalhos (...) que faz uma varredura por tudo que se produz seja nas bancadas das universidades ou nas bancadas (poucas) das empresas privadas e estatais; 3º) Os eventos paralelos que ocorrem junto ao CBQ (...) A Jornada Brasileira de Iniciação Científica (...), A Feira de Projetos de Química – Feproquim (...), A Maratona de Química.
na RQI ...
Há 1 ano atrás (ano 80, número 736, 3º trimestre de 2012)
Há 50 anos atrás (ano 32, número 376, agosto de 1963)
26 RQI - 3º trimestre 2013
A Associação Brasileira de Química e sua
Regional Piauí realizaram nos dias 28 a 30 de julho
de 2013, no Centro de Eventos do Hotel Blue Tree
Towers Rio Poty, em Teresina,o 11º Simpósio
Brasileiro de Educação Química, SIMPEQUI.a Atestando o amadurecimento em sua 11
edição, o Simpósio pela primeira vez promoveu
cursos pré-evento. Essa alternativa veio de encontro
a sugestões dadas por participantes de edições
anteriores, e a observação feita pelos profissionais
do setor de eventos da ABQ que os cursos retiravam
do programa cientifico algumas horas que poderiam
ser utilizadas para outras atividades.
Dessa forma as primeiras atividades foram
dois minicursos de 4 horas. Gestão em Segurança
de Laboratórios, ministrado pelo Prof. Roberio
Fernandes Alves de Oliveira, consultor da QHSET
Consultoria, e Química Verde – Princípios e
Aplicações, ministrado pelo Prof. Dr. Estevão Freire,
pesquisador da Escola de Química da UFRJ. De
fato, tais minicursos tiveram uma resposta bastante
positiva em numero de inscritos participantes.o O 11 SIMPEQUI tem sido um evento
diferenciado, pois desde a sua criação teve um
aumento do número de participantes e de trabalhos
r e c e b i d o s e m r e l a ç ã o à s e d i ç õ e s
anteriores. Após os dois anos de realização em Natal
em 2010 e 2011, quando da opção de fazê-lo em
Teresina, a Diretoria da ABQ recebeu algumas
criticas daqueles que achavam que Teresina era
distante, não tinha apelo turístico, e que o SIMPEQUI
teria dificuldades de continuar o seu processo de
crescimento.
Pois bem: no ultimo ano em Natal houve 305
participantes e 186 trabalhos. Em Teresina (2012),
foram 325 participantes e 225 trabalhos. Agora, em
2013, o SIMPEQUI teve 342 participantes e 325
trabalhos, dos quais 263 foram aceitos; todos esses
números são os recordes atuais deste evento. O
evento mais uma vez contou com representantes de
todas as regiões do país, demonstrando que se
institucionalizou no contexto dos eventos de
Ensino/Educação de Química no país, estando entre
os três maiores em numero de participantes e de
t r a b a l h o s r e c e b i d o s d e s s a á r e a .
A partir das 18 horas do dia 28 um conjunto
abriu a noite com algumas músicas do período da
Bossa Nova, seguindo-se a Solenidade de Abertura.
A mesa, além dos representantes da ABQ e do
Evento, Professores Alvaro Chrispino, Roberio
Oliveira e Cleide Leite, compareceram o Reitor da
UFPI, Prof. Dr. José de Arimateia Dantas Lopes, do
Presidente do CRQ-XVIII Região, Prof. Dr. José
Riberio dos Santos Junior e da Presidente da
Estevão Freire e os integrantes da Secretaria
Mesa de abertura do 11º SIMPEQUI
Acontecendo
A Química desbrava fronteiras e tabus11º
IMPEQUI
FAPEPI, Profa. Dra. Barbara Olimpia Ramos de
Melo. Para a palestra de abertura foi convidada a
Profa. Dra. Norma Ethel Sbarbati Nudelman da
Universidade de Buenos Aires, especialista em
Química Sustentável que palestrou, para um
auditório lotado. Após sua palestra os participantes
foram convidados para uma confraternização, sendo
servido um coquetel.
Em 29 de julho a Programação Científica
iniciou-se com a apresentação da metade dos
trabalhos aprovados, sendo apresentados em
formato de pôsteres. Seguindo-se a mesma, a seção
de Comunicações Orais, com a apresentação de
cinco trabalhos escolhidos entre os aceitos para o
evento, com destaque para um participante da
Universidade Autônoma de Tabasco no México.
Ainda na parte da manhã foi ministrada a
palestra do Prof. Dr. Reinaldo Camino Bazito da USP
que falou sobre A Química Verde no contexto
mundial. Na parte da tarde, o evento retomou a
Programação com a palestra do Prof. Dr. Alvaro
Chrispino sob o tema “O que pensam professores e
alunos sobre tecnologia e sustentabilidade: uma
visão CTS”. Seguindo-se a palestra ocorreram dois
painéis de debates sob os temas Alternativas para
qualificação/formação do profissional e Química
Verde no Universo Educacional. Participaram das
apresentações os professores Airton Marques da
Silva da UECE, Sérgio Henrique Bezerra de Sousa
Leal da UFABC, Alvaro Chrispino do CEFET-RJ,
Carla Eiras da UFPI e Estevão Freire da EQ-UFRJ.
Como moderadores atuaram os professores
Geraldo Eduardo da Luz Júnior da UESPI e Edson
Cavalcanti da Silva Filho da UFPI
No dia 30, pela manhã, nova seção de
pôsteres com o restante dos trabalhos aceitos, e em
sequência nova seção de Comunicações Orais com
a apresentação de mais c inco t raba lhos
selecionados.
Ainda na parte da manhã foi ministrada a
palestra Escola Brasileira de Química Verde com o
Prof. Dr. Peter Rudolf Seidl da UFRJ. A parte da tarde
foi aberta pelo Prof. Dr. Sérgio Henrique Bezerra de
Sousa Leal da UFABC, que palestrou sob o tema
Docência em Química: Quais conhecimentos são
necessários para ensinar?
Em seguida, novo painel sob o tema O ensino
semipresencial. Como funciona? reuniu os
professores Antonio Magalhães da UFC, Francisco
das Chagas Alves de Lima da UESPI e Rosa Lina
Gomes Pereira da Silva da UFPI. O moderador foi o
Prof. Júlio Carlos Afonso, da UFRJ e Editor da RQI.
A Solenidade de Encerramento marcou o fim
deste SIMEPQUI memorável. É muito importante
destacar que a comunidade cientifica do Piauí se
mobilizou para a realização dos dois eventos na
cidade de Teresina. Em 2013 o SIMPEQUI foi
motivo de varias matérias jornalísticas.
RQI - 3º trimestre 2013 27
Norma Nudelman faz palestra de abertura para
auditório lotado
Reinaldo Bazito em sua palestra
Mesa sobre a Química
Verde no universo
educacional
28 RQI - 3º trimestre 2013
Não há testemunho mais marcante, do que
ver que pessoas (especialmente alunos vindos de
regiões pouco conhecidas), que jamais tinham tido a
oportunidade de participar de um evento de nível
nacional, se emocionaram e viveram intensamente
um evento acima de qualquer expectativa e
experiência que tiveram antes. I s s o
demonstra como foi de rara felicidade a decisão da
ABQ de realizar o SIMPEQUI em Teresina, claro
exemplo de que como a in ter ior ização e
regionalização da Química são capazes de ações
transformadoras e impactantes nas comunidades
participantes, permitindo com isso o cumprimento da
missão a que se propunha o evento. Na qualidade de oeditor desta revista, sou testemunha de que o 11
SIMPEQUI será uma experiência a ser guardada na
memória desses participantes para sempre.
As fotos abaixo ilustram bem o que se relatou
acima. São autores de diferentes cidades, de
diferentes estados e regiões do Brasil, que
compartilharam de um momento único de discussão
de suas realidades, ocorrida nas sessões de
pôsteres.
Nos anos de 2014 e 2015 o SIMPEQUI
permanecerá no Nordeste, sendo realizado na
cidade de Fortaleza, mais precisamente no Centro
de Eventos do Hotel Ponta Mar, na Praia do Meireles.
A Comissão Organizadora local já trabalha na
expectativa de que tenhamos um numero ainda
maior de trabalhos e participantes, permanecendo
assim na estatística de crescimento que o evento ojamais deixou de ter. Em 2014 o 12 SIMPEQUI será
de 6 a 8 de agosto saindo pela primeira vez em 12
anos do mês de julho por causa da Copa do Mundo e
do FORTAL, que é realizado naquela cidade toda a
última semana do mês de julho. O tema central será
“Sustentabilidade no Ensino”. Não percam essa
preciosa oportunidade de vivenciarem o que há de
mais moderno em termos de Educação Química no
país. Até lá.
Silvio Fernandes (IFPE), Arthur Alcântara (IF
Sertão PE), Alessandra Freitas (UFPI) e Alexandre Barbosa (IF Sertão PE), a partir da esquerda (sessão de pôsteres do dia 29 de julho)
Sílvio Fernandes (IF Sertão PE), Glaucia Maria (IFPI), Cecília Corres (UFPA) e Mariane Gama (UFPA), da esquerda para a direita (sessão de pôsteres do dia 30 de julho)
Fábio Batista (IFPI), Sanuel Rodrigues (IFPI) e Mayara Gomes
(UESPI), a partir da esquerda (sessão de pôsteres do dia 29 de julho)
Da esquerda para a direita: Maria Inês Melecchi (CMPA), Anne Katiúscia (IFCE), Keyla Costa (IFCE) e Adriana Barreto (IFS Aracaju). Abaixo, Pedro Sanches (IFSUL) e Giovanni Saboia (CMPA) . (sessão de pôsteres de 30 de julho)
Nielson Furtado (IFPI, Parnaíba) e Francisca das Chagas (IFPI, Picos), (sessão de pôsteres do dia 29 de julho)
Eventos Nacionais
8ª Escola de EletroquímicaSão Paulo, SP, 7 a 14 de dezembro de 2013Info: www.usp.br/escoladeeletroquimica
15° Simpósio de Iniciação Científica e TecnológicaSão Paulo, SP, 9 e 10 de dezembro de 2013Info: e-mai: [email protected]
Encontro Nacional de Jogos e Atividades Lúdicas em Ensino de QuímicaGoiânia, GO, 29 a 31 de janeiro de 2014Info: www.jalequim.com.br
7° Simpósio Brasileiro Biocombustiveis ‐ BIOCOMCuiabá, MT, 23 a 25 de abril de 2014Info: www.abq.org.br/biocom
12° Simpósio Brasileiro de Educação Química ‐SIMPEQUIFortaleza, CE, 6 a 8 de agosto de 2014Info: www.abq.org.br/simpequi
Eventos Internacionais
12th International Conference on Frontiers of Polymers and Advanced Materials Auckland, Nova Zelandia, 8 a 13 de dezembro de 2013Info: www.icfpam2013.com
17th International Carbohydrate SymposiumBangalore, India, 12 a 17 de janeiro de 2014Info: www.ics2014bangalore.in
International Conference on Applied Chemistry 2014Suva, Fiji, 5 a 7 de março de 2014Info: www.fnu.ac.fi
15th International Conference on Polymers and Organic ChemistryTimisoara, Romania, 10 a 13 de junho de 2014info: e‐mail: [email protected]
13th International Congress on Pesticide ChemistrySan Francisco, EUA, 10 a 14 de agosto de 2014Info: www.iupac2014.org
1. O texto deve ser digitado em fonte Arial corpo 11, espaçamento 1,5 e margem 2,5 cm. O número de laudas deve se situar entre 6 e 10, no máximo ,incluindo figuras, tabelas e referências. O arquivo do texto deve estar no formato .doc, .docx ou .rtf.2. No alto da primeira página devem constar os nomes dos autores, por extenso, e suas respectivas instituições de vínculo. O autor responsável pelo trabalho deve incluir um e‐mail de contato.3. A estrutura do artigo deverá conter:3.1) Resumo e Abstract, limitados a 100 palavras cada. Logo após o resumo, incluir até três palavras‐chave, e após o abstact, até três keywords. 3.2) Introdução. 3.3) Materiais e métodos. 3.4) Resultados e discussão. 3.5) Conclusões. 3.6) Referencias.4. As figuras e/ou tabelas devem ser enviadas em arquivos separados com extensão .jpeg ou .gif com até 2 Mb. A identificação desses arquivos deve estar
em harmonia com o nome do arquivo do texto a que se referem. No texto do artigo, deve‐se assinalar onde as figuras e/ou tabelas devem ser inseridas.5. A nomeclatura dos compostos químicos deve seguir as normas da IUPAC.6. As referências devem seguir as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR A B N T 1 4 7 2 4 : 2 0 1 1 – v e j a , p o r exe m p l o , http://www.bu.ufsc.br/ccsm/vancouver.html)7. Os artigos devem ser submetidos exclusivamente por meio eletrônico para o seguinte endereço [email protected]. 8. O artigo será apreciado por avaliadores designados pelo editor da RQI, com competência na área em que se insere o trabalho submetido. O autor será informado da decisão (aceito, recusado, precisa de revisão) com a maior brevidade possível. Uma vez aceito em definitivo, a publicação se dará em uma das 3 edições da RQI subsequentes.
INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS TÉCNICOS, TÉCNICO‐CIENTÍFICOS E CIENTÍFICOS
Agenda
SINDIQUIM/RSSINDIQUIM/RS
SINDICATO DAS INDÙSTRIAS QUÎMICAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Avenida Assis Brasil, 8787 – Sistema FIERGS/CIERGS
Fone: (51) 3347-8758 – Fax: (51) 3331-5200 – CEP 91140-001 – Porto Alegre – RS
e-mail: [email protected] – site: www.sindiquim.org.br
Conduzindo o desenvolvimento da
Indústria Química do Rio Grande do Sul
Atualmente nossas indústrias estão comprometidas com a
sustentabilidade do planeta através da Química Verde que provém
da natureza e de onde surge a química para o nosso cotidiano.