Portugal, e pediu-lhe
para escrever aos leitores
do Cons(c)elho. Allan J.
Katz fala das relações
entre Portugal e os EUA
e das potencialidades e
oportunidades
resultantes de uma forte
oportunidades esultantes
de uma forte ligação
entre os dois países, não
equecendo outros
assuntos que marcam a
actualidade. Não percas
a opinião do homem que
representa a diplomacia
americana no nosso país
e aprende um pouco
mais sobre um assunto
elevada importância.
Destaques JP Porto
N.º 6 – Janeiro/Fevereiro 2011
Jornal oficial da Juventude Popular do Porto
Aproveitando a sua
passagem pela cidade do
Porto, a Juventude
Popular do Porto esteve
à conversa com o
embaixador dos EUA em
Portugal, e pediu-lhe
para escrever aos leitores
Destaques JP Porto
Entrevista ao Presidente
da JP Porto, Rodrigo
Lobo D’Ávila: «Quero
transformar a JP Porto
numa instituição de referência da cidade».
Uma entrevista que não
vais querer perder.
Destaques JP Porto
O clima de tensão que se
vive no seio do mundo
árabe domina a atenção
do mundo ocidental.
Rishi Lakhani, membro
da CPC da JP do Porto,
dá-nos a sua visão de
como "o cheiro do
Jasmin" se alastrou por
estes países e quais as
futuras consequências dos
acontecimentos
contemporâneos.
Destaques JP Porto
Destaques JP Porto
A JP Porto proporcionou
aos seus militantes,
simpatizantes a tertúlia
"Quo vadis Europa?",
com Nuno Melo, abordou
temas transversais, desde a
política e economia
europeias até à situação
nacional.
No passado dia 22 de Janeiro a JP Porto, organizou uma tertúlia que adoptou o nome «“Quo Vadis Europa”- Para onde vais Europa?». Esta tertúlia contou como orador e convidado especial o eurodeputado Dr. Nuno Melo. Nessa tarde de Inverno na cidade do Porto, mais concretamente no «Il Café Di Roma», o eurodeputado democrata-cristão trouxe à tertúlia problemas contemporâneos com os quais todos os dias nos deparamos. Os temas mais relevantes foram o estado actual de Portugal, a posição do nosso país no contexto europeu, foi igualmente debatida a mediática possível entrada do Fundo Monetário Europeu (FMI). A construção do TGV, as suas desvantagens para os portugueses que nada o iram usufruir, quer pelos seus elevados custos de construção, manutenção, trabalhadores altamente qualificados, o material seria quase todo importado - o que nos deixaria ainda mais “afundados” em dívidas e sempre sem produzir riqueza nem crescimento económico. Como também seria um erro tremendo e bastante danoso para a economia nacional e que entretanto se vai repercutir no
Nessa tarde de Inverno na cidade do Porto, mais concretamente no «Il Café Di Roma», o euro-deputado democrata-cristão trouxe à tertúlia problemas contemporâ-neos com os quais todos os dias nos deparamos. Os temas mais relevantes foram o estado actual de Portugal, a posição do nosso país no contexto europeu, foi igualmente debatida a mediática possível entrada do Fundo Monetário Europeu (FMI). A construção do TGV, as suas desvantagens para os portugueses que nada o iram usufruir, quer pelos seus elevados custos de construção, manutenção, trabalhadores altamente qualificados, o material seria quase todo importado - o que nos deixaria ainda mais “afundados” em dívidas e sempre sem produzir riqueza nem crescimento económico. Como também seria um erro tremendo e bastante danoso para a economia nacional e que entretanto se vai repercutir no aumento excessivo dos impostos, e que comprometeria em massa as gerações mais jovens. O Primeiro-Ministro foi igualmente alvo de críticas: “quem governa pensa a curto prazo”, dando como exemplo o novo Código Contributivo, que prejudica em grande escala
foram o estado actual de Portugal, a posição do nosso país no contexto europeu, foi igualmente debatida a mediática possível entrada do Fundo Monetário Europeu (FMI). A construção do TGV, as suas desvantagens para os portugueses que nada o iram usufruir, quer pelos seus elevados custos de construção, manutenção, trabalhadores altamente qualificados, o material seria quase todo importado - o que nos deixaria ainda mais “afundados” em dívidas e sempre sem produzir riqueza nem crescimento económico. Como também seria um erro tremendo e bastante danoso para a economia nacional e que entretanto se vai repercutir no aumento excessivo dos impostos, e que comprometeria em massa as gerações mais jovens. O Primeiro-Ministro foi igualmente alvo de críticas: “quem governa pensa a curto prazo”, dando como exemplo o novo Código Contributivo, que prejudica em grande escala os jovens trabalhadores. É de salientar esta frase do nosso orador Nuno Melo: “o Governo é factor de falta de credibilidade”. Após duas horas e meia desta enriquecedora conferência com um convidado de excelência, seguiu-se um Porto de
portugueses que nada o iram usufruir, quer pelos seus elevados custos de construção, manutenção, trabalhadores altamente qualificados, o material seria quase todo importado - o que nos deixaria ainda mais “afundados” em dívidas e sempre sem produzir riqueza nem crescimento económico. Como também seria um erro tremendo e bastante danoso para a economia nacional e que entretanto se vai repercutir no aumento excessivo dos impostos, e que comprometeria em massa as gerações mais jovens. O Primeiro-Ministro foi igualmente alvo de críticas: “quem governa pensa a curto prazo”, dando como exemplo o novo Código Contributivo, que prejudica em grande escala os jovens trabalhadores. É de salientar esta frase do nosso orador Nuno Melo: “o Governo é factor de falta de credibilidade”. Após duas horas e meia desta enriquecedora conferência com um convidado de excelência, seguiu-se um Porto de Honra para convívo entre o eurodeputado e a concelhia portuense e restante plateia, no Hotel Infante Sagres. Entretanto, no final da noite, iniciou-se um jantar bastante agradável, no qual se pode, uma vez mais, constatar a disponibilidade do Dr. Nuno Melo e promover o convívio de forma informal do convidado com todos os presentes.
de salientar esta frase do nosso orador Nuno Melo: “o Governo é factor de falta de credibilidade”. Após duas horas e meia desta enriquecedora conferência com um convidado de excelência, seguiu-se um Porto de Honra para convívo entre o eurodeputado e a concelhia portuense e restante plateia, no Hotel Infante Sagres. Entretanto, no final da noite, iniciou-se um jantar bastante agradável, no qual se pode, uma vez mais, constatar a disponibilidade do Dr. Nuno Melo e promover o convívio de forma informal do convidado com todos os presentes.
Luísa Valério
Coordenadora do Cons(c)elho
A 18 de Dezembro de 2010, no Hotel Vila Galé Porto, o Gabinete de Estudos Gonçalo Begonha (órgão de cariz nacional, responsável pela formação política da Juventude Popular), a par da concelhia anfitriã, organizou um ciclo de conferências, intitulado: “Sistemas de Governo - caso português”. Estas conferências abordaram as diferentes formas de regimes políticos, nomeadamente o parlamentarismo e as suas modalidades; o presidencialismo, as vantagens, e a exposição de breves críticas; o semi-presidencialismo, e as suas respectivas vantagens. Igualmente, de um debate sobre o sistema de governo que melhor se
abordaram as diferentes formas de regimes políticos, nomeadamente o parlamentarismo e as suas modalidades; o presidencialismo, as vantagens, e a exposição de breves críticas; o semi-presidencialismo, e as suas respectivas vantagens. Igualmente, de um debate sobre o sistema de governo que melhor se enquadra em Portugal. Igualmente, a sala “Steven Spielberg” foi palco de um debate sobre o sistema de governo que melhor se enquadra em Portugal. Nesta tarde de Dezembro, as conferências tiveram como principais oradores, André Azevedo Alves, professor auxiliar convidado na Universidade de Aveiro; Benedita Urbano,
professor auxiliar na Universidade de Aveiro; Benedita Urbano, pró-fessora universitária; Eduardo Pereira Correia, professor no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna; Luís Rocha, Director do BCP e Manuel Fontaine Campos, advogado e professor na Universidade Católica Portuguesa do Porto e autor do livro “O Direito e a Moral no Pensamento de Friedrich Hayek”. Entretanto, seguiu-se uma tertúlia proporcionada pela Juventude Popular do Porto, que teve como orador Bernardo de Sousa Macedo Mesquitella. Esta tertúlia teve como finalidade a apresentação de um projecto Inpak.com, sem fins
tertúlia teve como finalidade a apresentação de um projecto Inpak.com, sem fins lucrativos que no seu âmago “visa celebrar a parte de qualquer conceito que esteja dentro do momento enorme da responsabilidade social- Rede social online que pretende criar ferramentas com sentido ao melhoramento e quali-ficadas das instituições de solidariedade por toda a União Europeia. Coma a abertura da União Europeia, comunidades de estudantes que criam amizades por vários países, faz sentido a criação de uma plataforma que os possa unir no ramo da responsabilidade social. Coma a criação de parcerias entre empresas de carácter socialmente responsável, o Inpakt.com vai prosseguir com a criação de ferramentas gratuitas e outras disponibilizadas como (Software as a Service) que permitirá a qualquer instituição angariar desde voluntários para as causas
(Software as a Service) que permitirá a qualquer instituição angariar desde voluntários para as causas que protegem, angariar fundos para o seu bom funcionamento e criar aplicações (estendendo o Inpakt às suas necessidades).” Palavras elucidativas e claras deste jovem com espírito empreendedor. Na quadra natalícia que se avizinhava, celebrou-se um jantar de beneficência, no qual era necessário contribuir com alimentos, roupa, e/ou brinquedos para, dessa forma, a JP Porto doar a uma instituição de solidariedade de crianças e jovens.
Luísa Valério Coordenadora do Cons(c)elho
Há coisas que felizmente nunca mudam. O aspecto da Baixa, por exemplo, os seus edifícios austeros e graníticos, carregados de tanta(s) história(s), difíceis de igualar, são “traços” que nos devemos orgulhar e esforçar sempre por preservar. No entanto, durante anos, se não décadas, o centro da cidade era para a maioria dos portuenses uma espécie de cenário turístico, quase perfeito, que se via duas ou três vezes por ano (da janela de um carro). Um lugar que só enchia na noite de S. João ou que matávamos saudades na euforia dos festejos, dos títulos alcançados pelo Futebol Clube do Porto. Pouco mais. Até que se deu o milagre, e em menos de
Clube do Porto. Pouco mais. Até que se deu o milagre, e em menos de dez anos, graças à coragem e irreverência de vários empresários da restauração, da noite e da cultura, a Baixa do Porto renasceu. De centro esquecido, desinteressante e moribundo, passou a centro fulcral, dinâmico e criativo, onde finalmente apetece estar e não apenas passar. O ritmo de mudança desta zona da cidade, que em tempos dormia um sono retrógrado e perigoso, é hoje quase diário e verdadeiramente alucinante. Comecemos pela habi-tação, aqui a mudança ocorre fundamentalmente no efeito donut da cidade, ou seja o buraco apresenta
ocorre fundamentalmente no efeito donut da cidade, ou seja o buraco apresenta o centro da cidade, o esvaziamento habitacional e a deslocação das pessoas para a periferia, no entanto esta lógica modificou-se. Hoje não falta quem ambicione viver na Baixa. E os prédios degradados? Uns vão ser hotéis, outros transformar-se-ão em apartamentos para short breaks de turistas e outros ainda já foram remodelados, pela Porto Vivo, com sucesso. Em relação à cultura a oferta é variada e para todos os gostos: desde as galerias na Rua Miguel Bombarda, às programações refrescadas do Teatro Carlos Alberto, do TNSJ (Teatro Nacional
programações refrescadas do Teatro Carlos Alberto, do TNSJ (Teatro Nacional de S. João) e da Casa da Música, sem nunca esquecer espaços como o Teatro Sá da Bandeira ou as Estações de Metro, que ganharam protagonismo e têm sido palco de vários eventos artísticos, devolvendo à cidade um espírito intelectual, que lhe faltava. Festivais tripeiros como “Noites Ritual” no Palácio de Cristal, “Fantasporto” no Rivoli, “Porto Sounds” ou as conhecidas “40horas Non Stop, Serralves em Festa”, marcam períodos onde, hoje mais do que nunca, se respira arte. Quanto ao comércio tradicional é notável o esforço em apresentar alternativas aos consumidores, e os convites para deixar a rotina e azáfama dos centros comerciais é enorme. São exemplo disso a polivalência das Galerias Lumière, as feiras de Artesanato Urbano na Rua Galerias Paris, ou o Mercado Porto Belo, na Praça Carlos Alberto. Aterraram turistas e com eles, nas asas dos low-cost, vieram também jovens estudantes do programa Erasmus. Mas o que faz realmente do Porto uma das cidades mais desejadas é mesmo a noite. Outrora vivida em espaços fechados e concentrados na Zona Industrial, hoje a noite acontece na rua, literalmente. Durante o dia são autênticas bibliotecas, lojas vintage, cafés, restaurantes ou casas de chá, mas à noite casas como o Plano B, a Casa do Livro, Maus Hábitos ou o 3C transformam-se verdadeiramente e são
do Livro, Maus Hábitos ou o 3C transformam-se verdadeiramente e são palco de pura diversão. A movida renovada da Invicta invade Cedofeita, Passos Manuel, o túnel de Ceuta e estende-se agora até à Ribeira, com o mais recente Hard Club. Em 2007, o The New York Times já havia notado que o Porto cultivava "o gosto pelo novo", e que deixara para trás zonas na moda como a Foz e a Boavista, para dar lugar às “ruelas e calçadas (…) às pedras sujas e gastas”, num Porto cinzento por natureza, mas agora pincelado com cores mais vivas, assistindo, nos últimos anos, à recuperação do seu centro, que é como quem diz, do seu coração. Espera-se, no futuro, que no mapa da Baixa constem mais pessoas, mais sorrisos e mais sacos de compras. Mais vida e, à noite, mais luz. É desta forma que a cidade solta, finalmente, o grito do Ipiranga e se (re)afirma como sendo uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. Num misto de tradição e modernidade, a Invicta exalta hoje um centro que há muito merecia gozar e explorar. Com toda a certeza, Sérgio Godinho não poderá mais cantar que esteve quase morto no deserto, “com o Porto aqui tão perto”.
Maria Martinho
Directora-adjunta do Cons(c)elho
Um lugar que só enchia na noite de S. João ou que matávamos saudades na euforia dos
festejos, dos títulos alcançados pelo Futebol Clube do Porto. Pouco mais. Até que se deu o
milagre, e em menos de dez anos, graças à coragem e irreverência de vários empresários da
restauração, da noite e da cultura, a Baixa do Porto renasceu.
. Janeiro/Fevereiro 2011 . 3
Tradicionalmente na política Britânica, os Conservadores assumiam o poder após o Governo Trabalhista arrasarem as contas públicas (arruinando então o mandato prévio conservador!). Este ciclo vicioso está exemplificado em 1952, 1979 e recentemente, no ano passado. Ao longo do tempo os Trabalhistas dedicaram o seu tempo a difamar os seus rivais, Tories, representando-os como os “mauzões da austeridade” que professam uma ideologia política absolutamente perversa de cortes obsessivos. As eleições de Março 2010 não foram uma excepção à regra. Enquanto os Trabalhistas, especialistas em bajular as botas dos sindicatos, não assumiram grandes responsabilidades, o Governo de Cameron toma as medidas difíceis e impopulares de contenção da despesa. O Governo de coligação entre democratas Liberais e Conservadores provou,
O Governo de coligação entre democratas Liberais e Conservadores provou, nestes últimos meses, ser um governo verdadeiramente reformista e não um governo de meias – reformas. Começando pelas contas públicas, foi anunciado um corte no investimento público de vinte mil milhões de libras, cortes nos apoios sociais para aqueles que recusam trabalhar ou abusam do Estado Social. Apesar de os Trabalhistas afirmarem que cortes tão profundos viriam causar uma recessão económica (atenção que os Trabalhistas também tiveram planos já preparados para o aumento do IVA e outras medidas de natureza semelhante, durante os últimos dias antes da queda de Gordon Brown), estes cortes mereceram os elogios de grandes instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional. Consequentemente, estas políticas trouxeram ao
Internacional. Consequentemente, estas políticas trouxeram ao governo de coligação, uma das suas grandes vitórias: o rating de crédito de AAA e as taxas de juro baixíssimas que conseguiu alcançar. Embora o “Red-Ed” (Ed Miliband) tenha acusado os Conservadores de serem “o partido dos banqueiros e aristocratas”, a verdade é que foram os Conservadores que aumentaram o imposto extraordinário à banca, medida que os Trabalhistas não apoiaram. Os Tories anunciaram recentemente a sua grande reforma da Educação. Só 7% das famílias Britânicas reúnem as condições financeiras para colocar os filhos em escolas privadas (que por regra geral, proporcionam níveis de ensino mais elevados). A solução trabalhista foi simplesmente injectar uns meros milhões nas escolas públicas ao passo que, Gove (Ministro da Educação) insiste que as escolas financiados pelo Estado deviam ter mais
Educação) insiste que as escolas financiados pelo Estado deviam ter mais autonomia e independência relativamente ao seu orçamento tal como as escolas privadas. Pretende-se assim, libertar as escolas públicas dos tentáculos do Estado e abdicar a política obsessiva, centralizadora e restritiva adoptada nos últimos anos por um Governo de Esquerda. O Ministro já aprovou a fundação de 25 “free-schools”, ou seja, escolas construídas por pais, professores e até instituições de caridade que terão direito de receber financiamento por parte do Estado desde que reúnam certas condições, garantindo assim uma maior liberdade aos pais e aos professores na direcção da escola (isto sim, é o “Big- Society” pronto em acção!) Gove reconhece que não deve ser o ministro (ausente) em Whitehall a decidir o que ensinar aos jovens mas sim, os professores e os pais que estão mais presentes para o aluno. A política de descentralização não pára aqui: acontece em todas as áreas de governação como o Serviço Nacional de Saúde. Era considerado uma espécie de “suicídio político” no Reino Unido, interferir sequer no National Health Service mas Cameron e Lansley (Ministro da Saúde) não temem e avançam com planos para o remodelar. A partir de agora, os médicos de família poderão ter mais liberdade, autonomia e controlo sobre os seus orçamentos. O Governo Britânico, conseguiu salvar o NHS das medidas de austeridade e aumentou o seu financiamento em 10 mil milhões de libras. Andrew Lansley prefere no entanto o inverso de simplesmente injectar o dinheiro (uma solução tipicamente trabalhista). Isto é, executar uma
dinheiro (uma solução tipicamente trabalhista). Isto é, executar uma contenção das despesas do NHS (pois está projectado que o NHS irá precisar um aumento de financiamento todos os anos superior a 4% do que actualmente já consome) ao reduzir as burocracias impostas por Westminster e também cargos meramente formais. A terceira grande reforma é o Localism Bill. Este diploma faz com que funcionários públicos e outros grupos de voluntariado possam formar cooperativas mais facilmente. O novo diploma irá devolver novos poderes aos concelhos e estabelecer novos direitos para as populações locais incluindo matérias fiscais. Assim, incentivam-se as empresas a fomentar emprego nas suas comunidades. Esta política de descentralização radical e a entrega de poderes de 10 Downing Street ao cidadão comum (por exemplo, deixa-lo eleger o seu comissário da polícia em vez de ser nomeado por burocratas em Westminster, entre outras) e ao tornar o NHS e as escolas públicas mais autónomas, o Reino Unido está a dar caminho à intervenção cívica (O Big- Society de que Cameron tem tanto falado) dos Britânicos. Estas políticas seguidas pelo actual governo Britânico demonstram a sua vontade de fazer o que está verdadeiramente no interesse nacional. Citando Margaret Thatcher, “There is no alternative”.
Rishi Lakhani
Vogal da CPC da JP Porto
Ben Ali abandonou o poder após 23 anos de poder absoluto e países como França e Malta terão recusado conceder-lhe asilo. Tudo começou, durante o mês de Dezembro, com o suicídio de o jovem Tunisino a quem a polícia tinha confiscado a sua banca de fruta que garantia a sua subsistência. O Primeiro-ministro Tunisino Mohamed Ghannouchi assumiu os poderes presidenciais, tendo já falado à nação, a quem pediu “união e patriotismo”. Antes de Ben Ali demitir-se, anunciou eleições antecipadas para o próximo mês de Junho e todas as principais forças da oposição (incluindo as alas ideológicas mais radicais na sociedade Tunisina: os Islamistas e Comunistas) já anunciaram que iriam formar um governo de salvação nacional até as eleições. O cheiro do Jasmim chegou até ao Egipto, onde Hosni Mubarak foi
chegou até ao Egipto, onde Hosni Mubarak foi desafiado pelas massas populares a abandonar o seu governo para dar caminho a um Egipto livre e democrático e por fim ao seu Estado de Emergência que tinha durado três décadas. Os manifestantes escolheram a Praça Tahrir (Liberdade) como palco da manifestação juntamente com alguns militares (apesar dos quatro Presidentes (ditadores) que o Egipto teve, estivessem no poder graças ao exército). Isto gerou muita confusão na Casa Branca, Mubarak era, por um lado, o símbolo da estabilidade e paz no Médio Oriente, por outro, o tirano Egípcio. Obama não estava a espera de ver Cairo num caos, tinha aliás, pedido ao Congresso que votasse favoravelmente o pacote de ajuda militar destinado ao país de Mubarak. Isto levou a que os Estados Unidos reagissem de uma forma cautelosa e cuidada pedindo ao povo Egípcio
pedindo ao povo Egípcio e Mubarak que houvesse uma transição democrática pacífica e sem um banho de sangue. Mubarak acabou por ceder depois de dezoito dias de intensas manifestações e abandonou o poder. O seu Vice-presidente Omar Suleiman assumiu as funções de Presidente. A onda de protesto chegou até aos mais pobres dos países Árabes: o Iémen. Numa tentativa de não ter o mesmo destino que teve Ben Ali ou Mubarak, o Presidente Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria candidatar-se nas presidenciais de 2013 e iria “tentar” persuadir o seu filho para que o não sucedesse. Os manifestantes, tal como aconteceu no Egipto, acamparam na Praça Safir. É imporante salientar que o Iémen é um aliado vital dos Estados Unidos para combater a Al- Qaeda. A família real do Bahrain é outra vítima do Jasmim, milhares de pessoas juntaram-se também na
milhares de pessoas juntaram-se também na Praça da Pérola, na capital do país: Manama. As forças da autoridade responderam e já morreram dezenas de pessoas. Ao contrário dos seus vizinhos, a população do Bahrain não se revolta contra um regime autocrático mas contra a monarquia Sunita (a dinastia Khalifa) que governa o sultanato há 200 anos. O protesto é liderado pelo líder Xiita da oposição: Hassan Machaimaa. Os protestos na Jordânia começaram no dia 17 de Janeiro quando 200 funcionários públicos decidiram manifestar o seu descontentamento com o aumento do custo de vida. Não havia nenhuma estrutura organizada, política ou sindical por de trás destes protestos. A bola de neve foi rebolando e milhares de Jordanianos saíram às ruas no “dia das fúrias”. A Irmandade Muçulmana cujo lema é: "Deus é o único objectivo. Maomé o único líder. O Corão a única Lei. A jihad é o único caminho. Morrer pela jihad de Deus é a nossa única esperança" usou o evento como uma oportunidade para conquistar mais influência na sociedade e espalhar a sua mensagem fundamentalista e radical para causar mais distúrbios no país. Isto levou a que o Rei Abdullah decidisse empossar um novo Governo liderado por ex-general (Maruf Bakhit) que promete aumentar as liberdades individuais O país que mais sofrerá com este efeito dominó, é provavelmente, a Líbia . Muamar Kadafi é o chefe de Estado da Líbia há 42 anos. Os manifestantes exigem uma luta contra a corrupção no seio das
anos. Os manifestantes exigem uma luta contra a corrupção no seio das instituições públicas. As principais alterações ocorreram nas cidades de Al Bayda', Derna, Benghazi e Bani Walid. Kadafi reagiu ao reservar um fundo de 24 mil milhões de dólares para serem investidos na serem investidos na modernização do país para diminuir a adesão às manifestações; apreender todos aqueles que manifestavam contra o regime incluindo escritor e comentador político Jamal al-Hajji, preso no dia 1 de Fevereiro; um aumento dos salários dos funcionários públicos que apoiassem o regime de 150% e prometeu destribuir armas a população para combater aqueles que exigem liberdades básicas. O mundo está assistir acontecimentos históricos onde finalmente as grandes ditaduras do Médio Oriente começam a cair. É essencial que a transição para a democracia em todos os países seja de uma forma pacífica e que os destinos destes povos não caiam nem em movimentos políticos como a Irmandade Muçulmana ou Partidos radicais Comunistas. É crucial que os partidos moderados destes países (como a Wafd no Egipto) tomem iniciativa e lideram o caminho para uma nova era de democracia e liberdade.
Rishi Lakhani
Vogal da CPC da JP Porto
. Janeiro/Fevereiro 2011 . 5
Quando tomaste a iniciativa para avançar com a tua candidatura? Já tinhas pensado em candidatar-te para o mandato seguinte? Confesso que só pensei nisso, muito tardiamente. Se alguém me dissesse, há um ano, que um dia seria presidente da JP Porto recomendar-lhe-ia um bom psiquiatra. Esta postura mudou quando o Barbosa assumiu a impossibilidade de se recandidatar: aí o sentido de dever, conjugado com uma
recandidatar: aí o sentido de dever, conjugado com uma pequena ambição de marcar a diferença e o apoio de bons amigos começou a empurrar-me para a frente. Agora que estás eleito, que presidente te propões ser? Quais as tuas principais ideias e propostas? O mandato desta equipa tem dois principais campos de actuação: alertar para a necessidade de revitalização do Porto como pólo económico-
necessidade de revitalização do Porto como pólo económico-cultural e a transformar a JP Porto numa instituição de referência da cidade, pela produção de debate e de quadros intelectuais, pela participação nos media locais e pela colaboração com outras instituições de referência da cidade (como o são a Fundação SPES e o Hotel Infante Sagres). Quais as principais diferenças entre esta JP Porto e aquela que te foi entregue pelo
diferenças entre esta JP Porto e aquela que te foi entregue pelo André Barbosa? Se há característica que une as várias equipas da JP Porto (a actual, a do Barbosa ou a do Portocarrero) é uma visão a longo prazo da instituição. Uma visão da JP Porto como um projecto que deve crescer e melhorar continuamente a longo prazo. Por isso posso dizer que esta JP Porto é melhor e maior que as anteriores e as seguintes serão melhores e maiores que a actual. No entanto parafraseando Newton, “chegámos onde chegámos porque nos apoiamos nos ombros de grandes homens”. Os membros da tua CPC, e dos núcleos/departamentos faziam também parte da CPC anterior. O factor estabilidade é um dos pontos fortes para o sucesso? Penso que sim. A política para ter efeitos precisa de estabilidade, de normalidade e de moderação através do debate democrático. Só assim se mantem a visão a longo prazo e de melhoria continua, que referi anteriormente.
No teu mandato, concretizou-se a criação de departamentos. De
concretizou-se a criação de departamentos. De que forma, a criação destes núcleos será positiva para, a organização interna, da JP Porto? Penso que permite clarificar funções e o papel de cada dirigente e militante, o que é no mínimo complicado no formato de concelhia clássica. Exemplo da excelência dos departamentos ou núcleos é este Jornal, que tem sido dirigido de forma excelente.
O “Cons(c)elho”, jornal da JP Porto renasceu no teu mandato, consideras importante uma concelhia ter um orgão de comunicação próprio? Penso que cada concelhia é única. No entanto no caso de uma concelhia com uma história e dimensão do Porto necessita de um órgão de comunicação referência que seja o reflexo do pensamento e das preocupações da instituição e dos militantes.
Já desde o último mandato, a JP Porto tem uma maior exposição mediática na imprensa. É um sinal de bom trabalho, empenho e uma mais-valia para a concelhia? Sim. Começamos por ter uma coluna semanal no
Entrevistamos o Presidente da JP Porto, Rodrigo Lobo D’Ávila
valia para a concelhia? Sim. Começamos por ter uma coluna semanal no Semanário “Grande Porto” mas ultimamente temos também sido notícia no “Audiência” (um semanário regional) e no influente “Vida Económica”. Penso que se deve cada vez mais, à JP Porto ser vista, não como uma qualquer organização política local, mas como uma instituição respeitada da cidade. Tudo isto dá-nos escala, faz com que a nossa voz chegue a mais ouvidos e permite marcar a diferença.
Como avalias o trabalho feito, ao longo destes dois anos, pela actual CPN? Excelente! O trabalho da actual CPN é virado para resultados reais e desenvolve-se em duas fases. Primeiro discussão interna sobre um determinado problema a que se segue a acção pública, quer sobre a forma de comunicado ou outra actuação pública ou acção na Assembleia da República através do nosso Micha, que muito bem nos representa. Só assim é que podemos influenciar realmente a sociedade e contribuir para a mudança. A política não deve assentar, como alguns desejam nos três pilares da bandeira na mão, slogan vazio na
alguns desejam nos três pilares da bandeira na mão, slogan vazio na boca e ar na cabeça. Para este tipo de política, tão desejado por alguns (poucos), mais vale ir a um jogo de futebol.
A que se deve na tua opinião a actual taxa de desemprego jovem? Por onde passa a resolução deste problema? Deve-se sobretudo à falta de qualidade do ensino e à falta de qualquer objectivo prático de muitos dos cursos actuais. Um pequeno passo para a resolução deste problema seria, tornar obrigatório a publicação das taxas de
problema seria, tornar obrigatório a publicação das taxas de empregabilidade de cada curso e uma maior aposta no ensino profissional.
Qual é o significado de tantas revoluções nos países árabes e em que medida vão afectar o mundo islâmico? Achas possível haver uma abertura à democracia por parte do mundo árabe? Penso que ainda é muito cedo para saber. No entanto a democracia no mundo ocidental, é o resultado de um processo histórico, que se arrasta ao longo de 2500 anos. Não se deve ao facebook e ao
. Janeiro/Fevereiro 2011 . 7
se arrasta ao longo de 2500 anos. Não se deve ao facebook e ao youtube como parece que alguns jornalistas pensam. Para além disso nos anos 60 e 70 tivemos várias revoltas semelhantes a estas no mundo islâmico (Iraque, Líbia, Afeganistão, Irão), que levou á queda das monarquias que governavam estes países. Algum destes países se tornou mais democrático? Não me parece. De que forma é que estas revoltas vão afectar o mundo ocidental? O mundo ocidental não sei. Mas sei que terão péssimas consequências para Portugal. Vê-se agora o belo resultado da
péssimas consequências para Portugal. Vê-se agora o belo resultado da política externa “pseudo-maquievalista” de Sócrates. Não é preciso ser-se um génio para perceber que fazer acordos-comerciais com países a um passo de uma guerra civil não é inteligente.
Que mensagem deixas aos nossos leitores? Que participem. De uma forma mais activa ou menos activa, mas que participem. Acima de tudo que contribuam para a criação de algo benéfico para a sociedade e que façam política pela positiva.
The relationship between
the United States and
Portugal goes back more
than 200 years – which
may seem like the blink of
an eye for Europeans but
encompasses nearly the
entire history of our still-
young nation.
Following the American
Revolutionary War,
Portugal was among the
first countries to recognize
the independence of the
United States. Our first
president, George
Washington, established
United States. Our first
president, George
Washington, established
formal diplomatic
relations in 1791 by
naming David Humphreys
as our first ambassador to
Portugal.
Many other men – and
one woman – have
represented the U.S. in
Portugal over the last two
centuries, a list I was
privileged to join in April
2010 when I arrived at the
Embassy in Lisbon. As
chief of our mission, I also
2010 when I arrived at the
Embassy in Lisbon. As
chief of our mission, I also
oversee the U.S. Consulate
in the Azores, which is the
oldest continuously
operating U.S. Consulate in
the world, having
represented our interests
there since 1795.
It is not just diplomatic ties
that bind our two countries
together, however.
Almost two million
Portuguese-Americans
make up part of the fabric
of U.S. society.
Portuguese-Americans
make up part of the fabric
of U.S. society.
Immigrants who settled in
Massachusetts, New
Jersey, New York, and
Rhode Island, as well as
California and Hawaii,
brought with them not
just the sound of the
Portuguese language, but
also the taste of pastel de
nata and bacalhau. The
food and culture of
Portugal are part of the
rich diversity of the
United States.
As U.S. Ambassador, I am
working to strengthen our
relationship by ensuring
that we work together on
shared issues and that, on
those rare occasions when
we disagree, we hear each
other out like friends and
find common ground.
One of the important
instruments of
cooperation between our
two nations is the
Agreement on
Cooperation and Defense,
which our governments
signed in 1995. That
agreement established the
U.S.-Portugal Standing
Bilateral Commission,
which brings together
senior American and
Portuguese officials twice
each year to discuss ways
to improve collaboration.
When I participated in my
first meeting of the
Bilateral Commission in
July 2010, I saw that the
Commission had been the
mechanism through which
we had achieved many
successes, including
resolving issue related to
the presence of the US Air
successes, including
resolving issue related to
the presence of the US Air
Force at Lajes Field on
Terceira Island in the
Azores.
Based on these successes,
we have decided to make
the Bilateral Commission
even more important by
giving it a higher profile,
and expanding the range
of issues that it will
address. In short, it is a
way for Portugal and the
U.S. to discuss, negotiate,
and enhance cooperation.
The Bilateral Commission
will meet again in
Washington in May, and
some of the issues we
expect to address will
include security, bilateral
cooperation, science and
environmental research,
trade and investment
promotion, and justice and
law enforcement.
One of the most
important issues we face
today, of course, is the
global economic
slowdown and the
challenges it creates for
our economies. People
are facing difficult times in
Porto, just as they are in
Portland, Oregon. Parents
on both sides of the
Atlantic worry about
losing their jobs, while
their children wonder if
their hopes and dreams
will evaporate.
One of the silver linings in
the dark cloud is
innovation, a concept with
which Portuguese and
Americans are quite
familiar and something
that will help us ensure a
better tomorrow.
O embaixador norte-americano em Portugal deu ao Cons(c)elho a honra da sua opinião. Neste
artigo, Allan J. Katz fala das relações entre Portugal e os Estados Unidos da América e outros
assuntos de interesse.
. Janeiro/Fevereiro 2011 . 9
familiar and something
that will help us ensure a
better tomorrow.
In the U.S., President
Obama hopes to
encourage innovation by
increasing funding in areas
like biomedical research,
information technology,
and clean energy. And
Portugal, through its
investment in education,
research, and development
though the Foundation of
Science and Technology,
has taken a similar route.
The windmills that can be
seen on hilltops
throughout Portugal are a
constant reminder how
innovation in one area,
renewable energy, is
already paying off. The
leadership Portugal has
taken is something from
which we Americans can
learn.
In the United States, one
of our greatest challenges
is to break our
dependence on imported
oil. As part of that effort,
President Obama has set a
goal of putting one million
electric cars on our roads
by 2015.
I am proud to say that
American auto
manufacturers have
developed the most
cutting-edge electric
vehicle technology in the
world. That innovation is
now being exported to the
world. Portugal, for its
part, has taken significant
steps to encourage the use
of electric cars by
developing a nationwide
electric-vehicle-charging
infrastructure. And the
Azorean government has
electric-vehicle-charging
infrastructure. And the
Azorean government has
also initiated a program of
its own to promote the
use of electric cars, and we
are working closely with
them to encourage them
to use American
technology.
In addition to
collaborating in areas like
science and technology,
the U.S. and our partners,
including Portugal,
continue to work together
on issues of national
security to ensure that our
principles and way of life
are not threatened by
people who wish to do us
harm.
The most obvious area of
security cooperation
between our two countries
is in Afghanistan, where,
as NATO allies, our
troops work side-by-side
to ensure security and
support development.
International security
cooperation, however,
extends well beyond
Afghanistan and into areas
that are just as critical for
protecting American and
Portuguese citizens.
The world today is facing
serious transnational
threats that cut across
countries and legal
systems. The threat of
international terrorism
compels us to be vigilant.
We must cooperate on
every level. We have seen
how terrorists and
criminals in one country
can set up bases in
another country and
operate in still another
country. Transnational
another country and
operate in still another
country. Transnational
crime is a fact of life in
today’s interconnected
world.
This year marks the tenth
anniversary of the
September 11 attacks, an
event that fundamentally
changed the way we view
the world and caused us to
implement measures to
ensure that such a tragedy
never happens again.
Much has been
accomplished over the last
decade and there is reason
to be optimistic that
recent events in Egypt,
Tunisia, and elsewhere in
the region may signal the
beginning of a new, more
positive chapter in world
history. But we cannot
close our eyes to real
threats facing the United
States and Europe.
The U.S. and its European
allies, including Portugal,
have been working
together to establish
formal mechanisms for
sharing information that
could be crucial to
preventing terrorism and
other serious crimes. In
doing so, we must respect
the privacy rights of our
citizens. The concept of
personal privacy is
important in both Europe
and the United States.
The fundamental nature
of privacy is embedded
throughout the U.S.
Constitution, and it is
protected by a variety of
laws and regulations.
Given the threats facing
the world today, working
together to share
could be crucial to
preventing terrorism and
other serious crimes. In
doing so, we must respect
the privacy rights of our
citizens. The concept of
personal privacy is
important in both Europe
and the United States.
The fundamental nature
of privacy is embedded
throughout the U.S.
Constitution, and it is
protected by a variety of
laws and regulations.
Given the threats facing
the world today, working
together to share
necessary information is
critically important, but we
will do so in a way that
strikes a proper balance
between protecting lives
and protecting privacy.
Respect for the rights of
the individual is just one
of many values the people
of the U.S. and the people
of Portugal share. These
values form the basis of
our long history of
cooperation on a wide
range of areas. We have
been NATO allies for
more than 60 years and
have been friends even
longer.
As Ambassador, I look
forward to enhancing the
excellent relations between
our two countries, and I
particularly enjoy
interacting with groups
like the Popular Youth of
Porto.
We have great
opportunities ahead of us
to strengthen our
relationship, and much of
the hard work we are
doing today will be carried
forward and brought to
more than 60 years and
have been friends even
longer.
As Ambassador, I look
forward to enhancing the
excellent relations between
our two countries, and I
particularly enjoy
interacting with groups
like the Popular Youth of
Porto.
We have great
opportunities ahead of us
to strengthen our
relationship, and much of
the hard work we are
doing today will be carried
forward and brought to
fruition by people like you,
the leaders of tomorrow.
The future of the
transatlantic relationship is
bright not just because of
the ideas and projects we
are working on today, but
because there are young
people in the United
States and Portugal who
are willing and able to
move that relationship
forward and build on the
foundation that has been
laid over the past 200-plus
years.
A entrada em vigor em
Janeiro de 2011 do Código
Contributivo veio colocar
um novo desafio às já
fragilizadas empresas e
também aos trabalhadores.
Com efeito, num ano
onde ainda não se
vislumbra o fim de uma
das crises económicas
mais profundas desde os
inícios do século XX, a
entrada em vigor de um
Código que alarga a base
de incidência das
contribuições para a
segurança social e aumenta
as taxas de contribuições,
não é certamente uma
medida de apoio à
competitividade empre-
sarial.
medida de apoio à
competitividade empre-
sarial.
Isto ao arrepio da OCDE,
que tinha recomendado
em Setembro a redução
das contribuições para a
Segurança Social, como
forma de aumentar a
competitividade das
exportações. No entanto,
a este aumento acresce
ainda o pagamento de 5%
de contribuição para a
segurança social sobre o
valor das prestações de
serviços pagas a
trabalhadores inde-
pendentes, nas situações
em que 80% ou mais do
valor da actividade do
trabalhador independente
em que 80% ou mais do
valor da actividade do
trabalhador independente
seja prestada ao mesmo
grupo económico.
Este facto corresponderá,
ou a um brutal incremento
do custo de contratação de
colaboradores, com os
efeitos já referidos, ou a
uma significativa redução
da remuneração dos
trabalhadores
independentes, se a
empresa lograr neles
repercutir o novo encargo.
Neste caso, o efeito será
brutal, dado que a redução
de 5% acresce a um
significativo aumento das
taxas e da base de
incidência das
significativo aumento das
taxas e da base de
incidência das contri-
buições devidas pelos
trabalhadores inde-
pendentes.
Em consequência, é
evidente a inconveniência
desta nova regula-
mentação, em especial
pelo impacto na
competitividade das
empresas e pela redução
grave do rendimento
disponível de largos
sectores mais fragilizados
da população.
O facto do pagamento
daquela contribuição
suplementar ser anual e se
sentir apenas em 2012,
não nos deverá alhear do
suplementar ser anual e se
sentir apenas em 2012,
não nos deverá alhear do
problema, mas antes
pugnar por enfrentar de
frente a sua causa, revendo
com urgência a legislação
laboral.
José Manuel Azevedo Especialista em finanças
. Janeiro/Fevereiro 2011 . 11
O tango de quem
não sabe dançar
O romance durou pouco
tempo e o tango acabou
mal. O PSD nunca se
mostrou muito convicto
em deixar o PS conduzir a
dança e os socialistas
mexeram-se ao ritmo
trapalhão típico de quem
dança com pés de
chumbo, pisando de vez
os calos do parceiro com a
apresentação de mais um
PEC. Para piorar, o
governo socialista
esqueceu-se de que o
tango se dança a dois e
ignorou o PSD, exibindo-
se numa dança
confrangedora e solitária
no palco comunitário para
os desconfiados líderes
europeus que, tentando
colocar a União no ritmo
certo e vendo Portugal
num tom cada vez mais
desafinado, levaram as
mãos à cabeça num grande
desespero.
Agora resta esperar pelas
alternativas que se
avizinham. Será o SP
capaz de contrariar a
lógica e vencer eleições
novamente? Será o PSD
capaz de apresentar uma
proposta coerente ao país,
que dê esperança aos
portugueses cada vez mais
angustiados e que
convença os mercados
internacionais cada vez
mais desconfiados?
No meio de tudo isto,
resta saber que papel terá
o CDS. A coerência é uma
marca que ninguém pode
retirar ao partido. Os
avisos feitos acabaram, na
maioria dos casos, por
estar certos. As propostas
foram muitas vezes,
colocar a União no ritmo
certo e vendo Portugal
num tom cada vez mais
desafinado, levaram as
mãos à cabeça num grande
desespero.
Agora resta esperar pelas
alternativas que se
avizinham. Será o PS
capaz de contrariar a
lógica e vencer eleições
novamente? Será o PSD
capaz de apresentar uma
proposta coerente ao país,
que dê esperança aos
portugueses cada vez mais
angustiados e que
convença os mercados
internacionais cada vez
mais desconfiados?
No meio de tudo isto,
resta saber que papel terá
o CDS. A coerência é uma
marca que ninguém pode
retirar ao partido. Os
avisos feitos acabaram, na
maioria dos casos, por
estar certos. As propostas
foram muitas vezes,
embora algumas
demasiado tarde,
reconhecidas como
importantes e valiosas,
pelos partidos do bloco
central. O CDS faz parte
do núcleo da política
construtiva que se faz em
Portugal. Hoje, mais do
que nunca, ninguém pode
fazer de conta que o CDS
não interessa.
avisos feitos acabaram, na
maioria dos casos, por
estar certos. As propostas
foram muitas vezes,
embora algumas
demasiado tarde,
reconhecidas como
importantes e valiosas,
pelos partidos do bloco
central. O CDS faz parte
do núcleo da política
construtiva que se faz em
Portugal. Hoje, mais do
que nunca, ninguém pode
fazer de conta que o CDS
não interessa.
A tanga em que já
ninguém acredita
Ninguém mais tem
dúvidas de que este é um
governo de tangas. Da
boca de cada um dos seus
elementos, sai uma
mentira
Directora
Marta Esteves
Directora-Adjunta
Maria Martinho
Coordenação
Luísa Valério
Colaboraram nesta
edição: Allan J. Katz
José Manuel Azevedo
Mendes e Manu
Rishi Lakhani
Rodrigo Lobo D’Ávila
Contacto
Conferência “Os
Sistemas de Governo”,
em parceria com o
Gabinete de Estudos
Gonçalo Begonha.
Tertúlia e jantar de
beneficência.
Tertúlia "Quo vadis
Europa?”, com Nuno
Melo.
Debate sobre as
“Juventudes Partidárias”,
na Escola Secundária
Clara de Resende.
Tertúlia “Porto, a
Cidade”, no Club Café C3
mentira com a mesma
frequência com que o seu
governo apresenta um
PEC. A situação é
insustentável e, só a muito
custo, se pode acreditar
que os portugueses alguma
vez mais confiarão o seu
voto a José Sócrates.
Mas o que esperar do
partido da alternância?
O seu líder já apresentou
tantas caras que o povo
português dificilmente
saberá aquela que ele
levará até às urnas. Sim,
porque se o partido do
governo é fraco nas
propostas que apresenta, o
PSD é fraco a apresentar
propostas que animem.
Quo vadis, Portugal?~
Marta Esteves Directora do Cons(c)elho