Aula 00
Criminologia e Legislao Especfica p/ DEPEN - Agente Penitencirio Federal (cargo 9)
Professor: Alexandre Herculano
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 24
SUMRIO PGINA
1. Apresentao 1
2. Cronograma 3
3. Introduo 5
4. Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997 (Antitortura) 9
5. Questes propostas 13
6. Questes comentadas 17
7. Gabarito 24
Ol meus amigos (as) do Estratgia Concursos!
Meu nome Alexandre Herculano e vamos iniciar o curso de
Conhecimentos Especficos para o DEPEN - Agente Penitencirio
Federal cargo 9 (rea 3), com base no recente edital publicado. Segue o link abaixo:
http://www.cespe.unb.br/CONcursos/DEPEN_15/
Sou Analista e trabalho no Ministrio da Justia que fica em
Braslia. Alm desse, passei, tambm, para o TRT e TRF do Paran, MPU,
Polcia Civil do Rio de Janeiro (Inspetor de Polcia, Oficial de Cartrio e
Papiloscopista), Polcia Rodoviria Federal PRF, e outros. Sou formado
Aula 00 (aula demonstrativa): Lei n 9.455, de 07 de
abril de 1997 (Antitortura) parte I.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 24
em Administrao e Ps-Graduado em Gesto da Segurana Pblica e,
cursando Percia Criminal e Cincias Forenses (MBA). Atuei, na SENASP,
como Coordenador de Programas e Projetos Especiais na rea de
Segurana Pblica. Hoje atuo na rea de Planejamento em Segurana.
Como a maioria deve saber, foi publicado, recentemente, o to
esperado edital, o Cespe/UnB o organizador da seleo. No vdeo,
que estar disponvel em breve, vou falar mais sobre o concurso.
Entretanto, gostaria de ressaltar que o nosso curso ser composto de
aulas em pdf e videoaulas, ok? Nos vdeos vou focar mais
jurisprudncias, dicas, questes e outros assuntos relevantes que
surgirem durante o curso.
Meus caros, so 120 vagas mais cadastro reserva! Outra coisa,
vo corrigir 1200 redaes. Cabe lembrar, ainda, que a redao vale 80
pontos e que a nossa matria (40 questes) ter peso 2. Dessa forma,
fica notrio onde vocs devem focar mais sem deixar as outras matrias
de lado. O salrio inicial ser de R$ 5.403,95, ou seja, uma tima
remunerao!
E a esto animados? Espero que sim, pois o primado para o
sucesso nesta batalha. Quero dizer para vocs que estou nesta rea
(concurso pblico) h 11 anos, e passei por muitas dificuldades no
estudo, pois tinha que conciliar com o trabalho, o qual tinha hora para
entrar, contudo, no tinha para sair, rsrs...Era gerente de um grande
banco, cito isso, j que sei que muitos tm que fazer o mesmo, logo, digo
para vocs que possvel, acreditem!!!
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 24
No vamos perder tempo! Estudando bem essa parte, vocs
sairo na frente, j que muitos, ainda, no iniciaram os estudos!
Pessoal qualquer dvida recorram ao FRUM, ser um prazer atend-los,
ok?
Este ser o cronograma do nosso curso:
AULA CONTEDO DATA
Aula 0 Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997
(Antitortura) parte I. 24/04
Aula 1
Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997
(Antitortura) parte II. Lei n 4.898, de 09 de dezembro 1965 (Abuso de autoridade) -
parte I.
03/05
Aula 2 Lei n 4.898, de 09 de dezembro 1965
(Abuso de autoridade) - parte II. 08/05
Aula 3 Organizaes Criminosas e Lavagem de
Dinheiro. Lei no 12.850/2013. 16/05
Aula 4 Organizaes Criminosas e Lavagem de
Dinheiro. Lei no 9.613/1998. 23/05
Aula 5
Noes de Criminologia e Poltica Criminal.
Teorias penais e teorias criminolgicas
contemporneas. Mecanismos institucionais
de criminalizao: Lei penal, Justia
28/05
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 24
Criminal e Priso.
Aula 6
Noes de Criminologia e Poltica Criminal.
Processos de criminalizao e
criminalidade. Cifra oculta da criminalidade.
Sistema penal e estrutura social. Polticas
dos servios penais no Estado Democrtico
de Direito. Polticas de segurana pblica no
Estado Democrtico de Direito e
participao social. Mdia e criminalidade.
04/06
Aula 7 Lei n 12.846, de 1 de agosto de 2013
(Anticorrupo). 08/06
Aula 8
Sistema Penitencirio Federal. Lei n
11.671/2008. Decreto n 6.877/2008.
RegulamentoPenitencirio Federal.
13/06
Aula 9 Simulado 18/06
Observao importante: este curso protegido por direitos
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d
outras providncias.
Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 24
atravs do site Estratgia Concursos.
Ento vamos comear. Mas antes percam seis minutinhos para
assistir esse vdeo, tenho certeza que muitos iro se animar.
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM
Introduo
Pessoal, antes de entrar na Lei e na parte doutrinria, preciso
saber que o Brasil foi signatrio de dois tratados internacionais, em que
se obrigou a reprimir os crimes de tortura. O primeiro tratado foi a
Conveno contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruis,
Desumanos e Degradantes, de 1984. O segundo tratado foi a Conveno
Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, de 1985.
Assim, a Constituio Federal, em seu art. 5, XLIII, disps que a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a
prtica de tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo
os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, se omitirem. No se trata de crime imprescritvel, uma vez que somente so
considerados como tal o racismo e as aes de grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrtico, no se admitindo nenhuma outra exceo em nosso
ordenamento jurdico.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 24
Importante saber que tanto a CF/88 quanto a Lei de crimes
hediondos equiparam o delito de tortura a crimes hediondos, dando-
lhes o mesmo tratamento penal e processual penal. Observe que a tortura
no crime hediondo, pois no est no rol da Lei 8.072/90, mas apenas
equiparada a hediondos.
O crime de tortura, salvo excees legais, crime comum,
podendo ser praticado por qualquer pessoa, no se exigindo a condio
especial de funcionrio pblico. Fiquem atentos que isso j foi abordado
em prova, vejamos:
"(Cespe - TJ - Juiz substituto) Julgue os itens.
Sendo crime prprio, o crime de tortura caracterizado por seu sujeito
atito, que deve ser funcionrio pblico."
Gabarito: E.
Quanto competncia pode ser tanto a Justia Federal, bem como
a Estadual, mas chamo a ateno de vocs para a competncia no caso
do resultado qualificador (parte final 3, art. 1), por exemplo, uma
pessoa foi torturada em Minas Gerais, entretanto, devido aos ferimentos,
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 24
essa pessoa vem para o Distrito Federal e vem a falecer ali. Aqui aplica-se
a regra geral da competncia nos crimes qualificados pelo resultado.
Logo, caber a justia criminal do Distrito Federal julgar o processo, pois
foi no DF o local do resultado qualificador. E no caso de tortura praticada
por militar? Continua sendo a competncia da justia comum, seja
Federal ou Estadual.
Visto isso, vamos aos tipos na Lei e as devidas doutrinas e
jurisprudncias.
Falando em jurisprudncia, recentemente o Cespe cobrou uma
questo que exigia do candidato o conhecimento de informativos
recentes. Vejamos:
(2014 CESPE - MPE-AC - Promotor de Justia) A respeito dos crimes de tortura e de abuso de autoridade, julgue os itens.
A condenao de agente pblico por delito previsto na Lei de Tortura
acarreta, como efeito extrapenal automtico da sentena condenatria, a
perda do cargo, funo ou emprego pblico e a interdio para seu
exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada, segundo entendimento
do STJ.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 24
Comentrios:
Pessoal, vamos abordar vrias jurisprudncias. O Cespe no vai "brincar"
na prova de vocs! Ok? Seguindo, vejamos um julgado de onde saiu essa
questo!
HABEAS CORPUS. CRIMES DE TORTURA (OMISSO CRIMINOSA). 1. O
pedido absolutrio, calcado no fundamento de que o paciente no teria
cincia da violncia praticada no estabelecimento em que trabalhava,
demanda inevitvel revolvimento do conjunto ftico-probatrio,
providncia de todo incompatvel com a via eleita. 2. Alm disso, a
condenao foi lastreada em farto conjunto probatrio, incluindo o
depoimento de testemunhas, que relataram ter ouvido, de suas casas,
vrios pedidos de socorro, partidos de dentro do batalho de polcia. 3.
"O Tribunal de Justia local tem competncia para decretar, como
conseqncia da condenao, a perda da patente e do posto de oficial da
Polcia Militar, tal como previsto no art. 1, 5, da Lei de Tortura (Lei n
9.455/97). No se trata de hiptese de crime militar." (HC 92181/MG,
Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 1.8.2008). 4. A condenao
por delito previsto na Lei de Tortura acarreta, como efeito
extrapenal automtico da sentena condenatria, a perda do
cargo, funo ou emprego pblico e a interdio para seu
exerccio pelo dobro do prazo da pena aplicada. Precedentes do
STJ e do STF. 5. No caso, a perda da funo pblica foi decretada na
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 24
sentena como efeito da condenao e mantida pelo Tribunal de origem,
quando do julgamento da apelao. 6. De mais a mais, embora no se
fizesse necessrio (por ser efeito automtico da condenao), o
Magistrado apontou as razes pelas quais deveria ser aplicada tambm a
pena de perda do cargo. 7. Ordem denegada.
(STJ - HC: 47846 MG 2005/0152337-2, Relator: Ministro OG
FERNANDES, Data de Julgamento: 11/12/2009, T6 - SEXTA TURMA, Data
de Publicao: DJe 22/02/2010)
Logo, meus amigos, a perda do cargo vem do efeito extrapenal
automtico, assim entendem o STJ e o STF.
Gabarito: C.
Lei n 9.455, de 07 de abril de 1997 (Antitortura)
Entrando na Lei, temos a seguinte redao no art. 1, I, constitui crime de tortura constranger algum com emprego de violncia ou
grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental. Esse inciso possui trs alneas, as quais funcionam como elemento subjetivo do
tipo, vejamos:
9 com o fim de obter informao, declarao ou confisso da
vtima ou de terceira pessoa;
9 para provocar ao ou omisso de natureza criminosa;
9 em razo de discriminao racial ou religiosa.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 24
O primeiro tipo objetivo, a doutrina classifica como tortura-
persecutria ou tortura-prova - "constranger algum com emprego de
violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental,
com o fim de obter informao, declarao ou confisso da vtima ou de
terceira pessoa". J no segundo, temos a tortura-crime - constranger
algum com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe
sofrimento fsico ou mental, para provocar ao ou omisso de natureza
criminosa, e no terceiro crime a tortura-racismo - constranger algum
com emprego de violncia ou grave ameaa, causando-lhe sofrimento
fsico ou mental, em razo de discriminao racial ou religiosa.
O bem jurdico protegido por este crime a integridade corporal
e a sade fsica e psicolgica das pessoas. No caso de o crime ser
praticado por agente pblico, tutela-se tambm, secundariamente, a
Administrao Pblica.
Quanto consumao, o crime se consuma no momento em que
so empregados os meios que implicam violncia (choques, afogamentos,
etc.) ou a grave ameaa, isto , com a produo do resultado
naturalstico, pois o tipo penal exige, como elemento normativo
extrajurdico, que do constrangimento resulte sofrimento fsico ou mental,
independentemente de lograr obter a informao, declarao ou confisso
da vtima ou terceira pessoa; ou de provocar ao ou omisso de
natureza criminosa.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 24
J no art. 1, II, da Lei da chamada tortura-castigo. Assim, dispe
que constitui tortura submeter algum, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violncia ou grave ameaa, a intenso
sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de carter preventivo. Pena recluso de 2 a 8 anos. A integridade corporal ou a sade mental da pessoa sujeita a
guarda, poder ou autoridade de outrem so a objetividade jurdica,
quanto ao tipo objetivo, a ao nuclear tpica consubstancia-se no verbo
submeter, isto , reduzir obedincia, sujeitar, subjugar algum que se
encontre sob sua guarda, poder ou autoridade. O crime praticado
mediante o emprego de violncia ou grave ameaa. No entanto, no
qualquer violncia ou grave ameaa que configura a tortura, mas, sim,
aquela que provoque intenso sofrimento fsico ou mental, isto , uma
dor profunda na vtima. Convm notar que a tortura, no caso,
empregada como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de carter
preventivo. Este crime se consuma no momento em que a vtima
submetida a intenso sofrimento fsico ou mental. Tentativa, em tese,
admissvel, quando, empregada a violncia ou grave ameaa, a vtima
no vem a padecer de sofrimento, por circunstncias alheias vontade do
agente.
(...)
Meus caros, essa foi s nossa aula demonstrativa para vocs
verem como ser o curso. As videoaulas sero gravadas durante o curso,
todas atualizadas. Em breve ser postada a videoaula demonstrativa.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 24
Na prxima aula vou continuar de onde eu parei, e vamos fazer
mais questes sobre a Lei n 9.455/90 (Antitortura), alm disso,
iniciaremos os estudos sobre Lei n 4.898/65 (Abuso de autoridade).
Vamos, agora, fazer algumas questes. Grande abrao e bons
estudos!
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 24
Questes propostas
1) (2015 CESPE - Defensor Pblico Federal de Segunda Categoria) Em relao aos crimes contra a f pblica, aos crimes
contra a administrao pblica, aos crimes de tortura e aos crimes
contra o meio ambiente, julgue o item a seguir.
Caracteriza uma das espcies do crime de tortura a conduta
consistente em, com emprego de grave ameaa, constranger
outrem em razo de discriminao racial, causando-lhe sofrimento
mental.
2) (2014 CESPE - Juiz de Direito Substituto TJ) Considerando as leis que tratam da tortura, julgue os itens.
O crime de tortura que resulta em leso corporal de natureza
grave ou gravssima punvel conforme as penas previstas para
esse delito, acrescidas das referentes ao delito de leso corporal
grave ou gravssima.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 24
3) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Considere que um policial civil, aps infligir sofrimento mental
mediante privao do sono, exija que o acusado de roubo
reconhea determinado homem como sendo seu comparsa. Nessa
situao, o referido policial no cometeu o delito de tortura, mas
de constrangimento ilegal em concurso material com crcere
privado.
4) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Por se tratar de crime prprio, o crime de tortura caracterizado
pelo fato de o agente que o pratica ser funcionrio pblico.
5) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de
tortura, quando tinha o dever de evit-la ou apur-la, ser punido
com as mesmas penas do autor do crime de tortura.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 24
6) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia
Avaliador) A respeito dos crimes contra a f pblica, contra a
administrao pblica, de tortura e de abuso de autoridade, julgue
os itens subsecutivos.
O crime de tortura considerado crime comum, uma vez que no
se exige qualidade ou condio especial do agente que o pratica,
ou seja, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse
crime.
7) (CESPE - 2004 - Polcia Federal - Escrivo da Polcia Federal -
Regional) Em cada um dos itens a seguir apresentada uma
situao hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um agente de polcia civil foi condenado a 6 anos de recluso pela
prtica de tortura contra preso que estava sob sua autoridade.
Nessa situao, o policial condenado deve perder seu cargo
pblico e, durante 12 anos, se-lhe- vedado exercer cargos,
funes ou empregos pblicos.
8) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polcia) Determinado
policial militar efetuou a priso em flagrante de Luciano e o
conduziu delegacia de polcia. L, com o objetivo de fazer
Luciano confessar a prtica dos atos que ensejaram sua priso, o
policial responsvel por seu interrogatrio cobriu sua cabea com
um saco plstico e amarrou-o no seu pescoo, asfixiando-o. Como
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 24
Luciano no confessou, o policial deixou-o trancado na sala de
interrogatrio durante vrias horas, pendurado de cabea para
baixo, no escuro, perodo em que lhe dizia que, se ele no
confessasse, seria morto. O delegado de polcia, ciente do que
ocorria na sala de interrogatrio, manteve-se inerte. Em
depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial
lhe provocara intenso sofrimento fsico e mental.
Considerando a situao hipottica acima e o disposto na Lei
Federal n. 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.
O delegado no pode ser considerado coautor ou partcipe da
conduta do policial, pois o crime de tortura somente pode ser
praticado de forma comissiva.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 24
Questes comentadas
1) (2015 CESPE - Defensor Pblico Federal de Segunda Categoria)
Em relao aos crimes contra a f pblica, aos crimes contra a
administrao pblica, aos crimes de tortura e aos crimes contra o
meio ambiente, julgue o item a seguir.
Caracteriza uma das espcies do crime de tortura a conduta consistente
em, com emprego de grave ameaa, constranger outrem em razo de
discriminao racial, causando-lhe sofrimento mental.
Comentrios:
Isso mesmo, trata-se do terceiro crime do art. 1, I - a tortura-racismo -
constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa,
causando-lhe sofrimento fsico ou mental, em razo de discriminao
racial ou religiosa.
Gabarito: C.
2) (2014 CESPE - Juiz de Direito Substituto TJ) Considerando as leis que tratam da tortura, julgue os itens.
O crime de tortura que resulta em leso corporal de natureza grave ou
gravssima punvel conforme as penas previstas para esse delito,
acrescidas das referentes ao delito de leso corporal grave ou gravssima.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 24
Comentrios:
Vamos estudar mais sobre isso na prxima aula. Aqui temos a tortura
qualificada, a qual ter uma pena diferenciada. Vejamos:
"Art. 1(...) 3 Se resulta leso corporal de natureza grave
ou gravssima, a pena de recluso de quatro a dez anos; se
resulta morte, a recluso de oito a dezesseis anos."
Gabarito: E.
3) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Considere que um policial civil, aps infligir sofrimento mental mediante
privao do sono, exija que o acusado de roubo reconhea determinado
homem como sendo seu comparsa. Nessa situao, o referido policial no
cometeu o delito de tortura, mas de constrangimento ilegal em concurso
material com crcere privado.
Comentrios:
Fica notrio que a atitude do policial vai ao encontro do Art. 1, I, a.
Vejamos:
"Art. 1 Constitui crime de tortura:
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 24
I - constranger algum com emprego de violncia ou grave ameaa,
causando-lhe sofrimento fsico ou mental:
a) com o fim de obter informao, declarao ou confisso da
vtima ou de terceira pessoa; (...)"
Vamos ver, tambm, que por se tratar de uma agente pblico caber uma
aumento da pena de um sexto at um tero.
Gabarito: E.
4) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Por se tratar de crime prprio, o crime de tortura caracterizado pelo fato
de o agente que o pratica ser funcionrio pblico.
Comentrios:
O Cespe gosta de cobrar essa parte na prova. Vimos durante a aula que a
banca j cobrou a mesma questo em outro concurso. O crime de tortura
crime comum, logo, no exige uma condio especial do agente, ok?
Gabarito: E.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 24
5) (2014 CESPE TJ CE - Execuo de Mandados) Julgue os itens, luz do disposto nas leis que definem os crimes resultantes
de preconceitos de raa ou de cor e os crimes de tortura.
Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura,
quando tinha o dever de evit-la ou apur-la, ser punido com as
mesmas penas do autor do crime de tortura.
Comentrios:
No so punidos com as mesmas penas. Para alguns autores trata-se da
tortura privilegiada pois a pena de deteno e poder ser de um a
quatro anos. Vejamos:
"Art. 1 (...) 2 Aquele que se omite em face dessas condutas,
quando tinha o dever de evit-las ou apur-las, incorre na pena de
deteno de um a quatro anos."
Gabarito: E.
6) (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judicirio - Oficial de Justia
Avaliador) A respeito dos crimes contra a f pblica, contra a
administrao pblica, de tortura e de abuso de autoridade, julgue
os itens subsecutivos.
O crime de tortura considerado crime comum, uma vez que no se
exige qualidade ou condio especial do agente que o pratica, ou seja,
qualquer pessoa pode ser considerada sujeito ativo desse crime.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 24
Comentrios:
Isso mesmo, no Brasil o crime de tortura, tipificado na Lei 9.455/97, em
regra, delito comum, isto , pode ser praticado por qualquer pessoa
(no exigindo qualidade ou condio especial do torturador).
Gabarito: C.
7) (CESPE - 2004 - Polcia Federal - Escrivo da Polcia Federal -
Regional) Em cada um dos itens a seguir apresentada uma
situao hipottica, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um agente de polcia civil foi condenado a 6 anos de recluso pela prtica
de tortura contra preso que estava sob sua autoridade. Nessa situao, o
policial condenado deve perder seu cargo pblico e, durante 12 anos, se-
lhe- vedado exercer cargos, funes ou empregos pblicos.
Comentrios:
Para resolver essa questo, necessrio o conhecimento do artigo 1,
5 da Lei 9.455/97, vejamos:
"Art. 1 - (..) 5 A condenao acarretar a perda do cargo,
funo ou emprego pblico e a interdio para seu exerccio
pelo dobro do prazo da pena aplicada"
Gabarito: C.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 24
8) (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polcia) Determinado
policial militar efetuou a priso em flagrante de Luciano e o
conduziu delegacia de polcia. L, com o objetivo de fazer
Luciano confessar a prtica dos atos que ensejaram sua priso, o
policial responsvel por seu interrogatrio cobriu sua cabea com
um saco plstico e amarrou-o no seu pescoo, asfixiando-o. Como
Luciano no confessou, o policial deixou-o trancado na sala de
interrogatrio durante vrias horas, pendurado de cabea para
baixo, no escuro, perodo em que lhe dizia que, se ele no
confessasse, seria morto. O delegado de polcia, ciente do que
ocorria na sala de interrogatrio, manteve-se inerte. Em
depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial
lhe provocara intenso sofrimento fsico e mental.
Considerando a situao hipottica acima e o disposto na Lei
Federal n. 9.455/1997, julgue os itens subsequentes.
O delegado no pode ser considerado coautor ou partcipe da conduta do
policial, pois o crime de tortura somente pode ser praticado de forma
comissiva.
Comentrios:
Negativo pessoal, o Delegado omitiu-se e tinha o dever de evitar,
vejamos trechos da lei:
"Art. 1 Constitui crime de tortura:
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 24
I - constranger algum com emprego de violncia ou
grave ameaa, causando-lhe sofrimento fsico ou mental:
a) com o fim de obter informao, declarao ou
confisso da vtima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ao ou omisso de natureza
criminosa;
c) em razo de discriminao racial ou religiosa;
II - submeter algum, sob sua guarda, poder ou
autoridade, com emprego de violncia ou grave ameaa, a
intenso sofrimento fsico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de carter preventivo.
Pena - recluso, de dois a oito anos.
1 Na mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de segurana a sofrimento fsico ou
mental, por intermdio da prtica de ato no previsto em lei
ou no resultante de medida legal.
2 Aquele que se omite em face dessas condutas,
quando tinha o dever de evit-las ou apur-las, incorre
na pena de deteno de um a quatro anos."
Gabarito: E.
00000000000
00000000000 - DEMO
Agente Penitencirio Federal cargo 9 (rea 3) DEPEN Parte Especfica - Teoria e Exerccios
Prof. Alexandre Herculano Aula 00
Prof. Alexandre Herculano www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 24
Gabarito
1-C 2-E 3-E
4-E 5-E 6-C
7-C 8-E
00000000000
00000000000 - DEMO