Tornar-se um instrumento auxiliar dagestão das águas urbanas, focado naságuas pluviais, aplicável na fase dediagnóstico para elaboração de planosou nas ações de prevenção queantecedem o período chuvoso.
OBJETIVO
O conhecimento dos pontos críticos dosistema de drenagem permite planejare priorizar as ações para a redução oueliminação dos efeitos.
• Alguns pontos, considerados críticos, estão a desafiar o tempo
e administrações municipais.
• Os pontos de ocorrência de acúmulo de escoamento sãoapontados com freqüência nos períodos de chuva
• Não têm sido listados sistematicamente os pontos de acúmulodo escoamento na bacia
• Pontos críticos do sistema de drenagem passam a constarbasicamente na memória dos que são atingidos e pelosresponsáveis na época dos acontecimentos.
• Tempo de resposta demorado, provoca o descrédito eesquecimento.
PROBLEMA
• Não existem estudos para identificar e caracterizar os pontos
críticos de drenagem urbana, principalmente na bacia
PROBLEMA
• Recursos para investimentos, operação e manutenção dosistema de drenagem urbana (tarifas)
• A drenagem, em geral, só é lembrada quando afeta a vida daspessoas
• Período de chuvas dura poucos meses, projetos são iniciados eacabam esquecidos e só retomados no ano seguinte
DIFICULDADES
A metodologia é dividida em 3 (três) fases principais:
A primeira fase busca o conhecimento e análise dadocumentação existente em poder das entidades responsáveispela drenagem urbana da cidade.
A segunda fase consiste na identificação dos pontos.
A terceira fase visa analisar os pontos identificados,classificá-losquanto às causas e, finalmente, concluir e recomendar.
METODOLOGIA
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos
Existentes
1ª Etapa - Coleta e levantamento documental nas entidades
responsáveis pela drenagem urbana (mapas, legislação, plano
diretor, etc)
2ª Etapa - Análise da documentação existente
3ª Etapa - Delimitação da área
METODOLOGIA
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
1ª Etapa - Processos de Identificação de Pontos críticos por meio
de Consulta a Documentos e Entidades (Atendimento de solicitação deserviços, Controle de tráfego de veículos, Meios de comunicação,Limpeza Urbana)
2ª Etapa– Processos de Identificação de Pontos Críticos em Campo
(Consulta a pessoas, Colaboradores, indicadores, Registro comimagens).
3ª Etapa– Identificação ou Confirmação do Sistema de DrenagemExistente em Campo
4ª Etapa – Compatibilização das informações
5ª Etapa – Cálculos
METODOLOGIA
Terceira Fase – Análise, Classificação e Conclusão
• 1ª Etapa - Análise .
• 2ª Etapa - Classificação.
• 3ª Etapa - Conclusão.
METODOLOGIA
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
1ª Etapa - Coleta de dados nas entidades responsáveis peladrenagem urbana
• SER II, SEINF da PMF• Mapa da cidade em meio magnético, (1995), uma cópia do
Mapa da cidade de Fortaleza de 1978, Mapa da DrenagemUrbana de 1978 e o Plano Diretor de Drenagem Urbana de1978.
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
• 1ª Etapa - Coleta de dados nas entidades responsáveis peladrenagem urbana
• Topografia da Área - No mapa da cidade em meio magnético(1995)
• Dados Geológicos - PDD / RMF, 1978• Sedimentos do Grupo Barreiras litologicamente muito
heterogêneos, sedimentos predominantemente areno-argilosos,considerável variação horizontal e vertical de fácies, de coresvariadas com maior incidência do vermelho e granulação fina emédia.
• Quanto à natureza do solo, segundo o mapa exploratório doEstado do Ceará, a maior parte da Região Metropolitana deFortaleza é constituída por “associação de solos com horizonteB textural, solos arenosos podzolizados, solos hidromórficos”.
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
1ª Etapa - Coleta de dados nas entidades responsáveis peladrenagem urbana
.• Dados Hidrológicos - Equação das chuvas intensas para a
RMF, conforme PDD / RMF (1978), e dados de precipitação doposto da FUNCEME, Fortaleza, do período de 1974 a 2004.
• Cobertura Vegetal - A cobertura vegetal, nesta região jábastante urbanizada, possui concentração de vegetação degrande porte, basicamente nos canteiros centrais das avenidas,nas praças e parques.
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
• 1ª Etapa - Coleta de dados nas entidades responsáveis peladrenagem urbana
• Ocupação Urbana - A bacia abrange parte da área central dacidade, onde há uma concentração de edificações. Às avenidasDuque de Caxias, Heráclito Graça e Júlio Ventura sedesenvolvem atividades comerciais com adensamento medianoe com menor quantidade de edificações verticais. Nas demaisáreas, predominam zonas residenciais já adensadas, mas comedificações verticais concentradas em poucos pontos.
• Sistema Viário - O Sistema viário da bacia do Pajeú estátotalmente concluído e pavimentado. (~ 25 km).
• cobertura asfáltica / pavimentação em paralelepípedo
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
2ª Etapa - Análise da documentação existente• O PPD / RMF traz informações sobre a denominação (A-3, bacia de
vertente marítima), a descrição dos limites, o diagnóstico sobre asituação, recomendações para amenizar os problemas e a descriçãode trechos do sistema de drenagem existente.
• O PPD / RMF apresenta dados importantes com relação à hidrologia,geologia, cobertura vegetal, ocupação urbana e relaciona, inclusive,pontos críticos existentes na época, sem maiores detalhes.
• Delimitação da área• A área da bacia em relação à área do município de Fortaleza é
apresentada no mapa Bacia do Riacho Pajeú - Localização
Primeira Fase – Conhecimento e Análise dos Documentos Existentes
3ª Etapa - Delimitação da área• A área da bacia em relação à área do município de Fortaleza é
apresentada no mapa Bacia do Riacho Pajeú - Localização
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
1ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos por meio deConsulta a Documentos e Entidades
• Consulta a documentos• Pontos críticos apontados no PDU / RMF (previsão de
drenagem no mapa de 1978)
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
1ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos por meio deConsulta a Documentos e Entidades
• Atendimento de solicitação de serviços• “Alô Fortaleza”• Poucas solicitações de problemas de escoamento.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
1ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos por meio deConsulta a Documentos e Entidades
• Controle de Tráfego em Área de Fortaleza – CTAFOR,• câmaras de longo alcance e visualização em tempo real.• mantém informações a respeito• permitem não só a identificação dos pontos críticos como o
comportamento do escoamento das águas.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
1ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos por meio deConsulta a Documentos e Entidades
• Meios de comunicação• Pouco eficiente com relação ao riacho Pajeú.• Pontos críticos da drenagem foram relacionados pelos jornais
em outras áreas da cidade.
• Limpeza Urbana• A Empresa Municipal de Limpeza Urbana, EMLURB• “Pontos de lixo” visitados em campo.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
2ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos Críticos emCampo
• Consulta a pessoas• Consulta a pessoas que moram na região e a comerciantes que
possuem pontos fixos na região em duas ocasiões diferentes.• Alguns pontos não foram reconhecidos pelas pessoas da
região, apesar da indicação topográfica.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
2ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos Críticos emCampo
• Inspeção Visual• 10 pontos foram inspecionados visualmente durante eventos,
alguns durante e outros após a precipitação.• Indicadores• Caso da rua Carlos Vasconcelos com João Carvalho.• Caso av. Santos Dummont com Rodrigues Junior.• Caso da rua Senador Pompeu com a av. Duque de Caxias.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
2ª Etapa – Processos de Identificação de Pontos Críticos emCampo
• Colaboradores• Pessoas voluntárias que foram listadas com os respectivos
telefones e se dispuseram a prestar informações quandosolicitadas.
• Registro de imagens• Câmara fotográfica digital• Imagens cedidas pelo CTAFOR.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
3ª Etapa Identificação ou Confirmação do Sistema deDrenagem Existente em Campo.
• Baseada na documentação existente• Indicação de drenagem (bocas-de-lobo, tampas, deformações)• Confirmando e cadastrando• Condições de funcionamento.• Dificuldade de visualização.
• Escoamento nas bocas-de-lobo em período seco e odores.
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
4ª Etapa – Compatibilização das informações
• Mapa básico (AutoCad)• Superposição das informações.• Lista prévia constando de 25 pontos
5ª Etapa – Cálculos• Delimitação da área de contribuição de cada ponto crítico• delimitação da área de contribuição de cada quarteirão para delimitar o
contorno da área de cada ponto.• Traçado o trajeto mais longo do escoamento• Cotas máximas e mínimas dentro da área de contribuição.• Vazão afluente, Capacidade de escoamento da infraestrutura
Segunda Fase – Identificação dos Pontos Críticos
• 1ª Etapa - Análise .
• 2ª Etapa - Classificação.
• 3ª Etapa - Conclusão.
Análise dos Resultados Classificação dos Pontos Críticos
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
79%
33%
46%
21%
Categorias de problemas
Categoria dos Pontos Críticos
Subdimensionamento
Execução inadequada
Interferência no Sistema
Estado de conservação
Análise dos Resultados Classificação dos Pontos Críticos
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%79%
8%
17%
8%
21%25%
21%
Tipos
Tipos de problemas
N° reduzido bocas de lobo
Desnível sarjeta/sarjetão
Espessura do capeamento
Boca c/ entrada reduzida
Obstrução de canaletas
Obstrução de b. de lobo
Deformação do Pavimento
88%
80%
48%44%
40% 42%
12%8%
4%0% 0%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
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Def
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Perc
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al
Processos
Processo de Identificação na bacia do riacho Pajeu
% de cada processo
Conclusões
• O Plano de Diretor de Drenagem Urbana, apesar de ter sidoelaborado há mais de vinte anos, é um instrumento de grandeimportância para a tomada de decisões futuras devido àsinformações que o mesmo contém, entretanto o necessita deurgente atualização.
• O PDD / RMF, apesar de existir há bastante tempo, não é umdocumento de fácil acesso.
• O Mapa e o cadastro da drenagem urbana de Fortaleza não éatualizado há vários anos.
Conclusões
• Grande parte do conhecimento do sistema de drenagemexistente está na memória dos autores dos projetos e dosexecutores da drenagem urbana.
• O Sistema de Controle de Tráfego em Área é um instrumentode potencial muito elevado se estiver sintonizado com outrossistemas públicos, principalmente para estudo da solução dosproblemas causados pelo excedente do escoamento quandoconsegue visualizar os referidos escoamentos por meio dasimagens, contudo não se revela uma fonte de informação tãoeficiente devido à sua restrita área de abrangência,especificidade e custo elevado.
Conclusões
• A desinformação associada à lenta resposta das autoridadesaos problemas de drenagem provoca a grande falta decredibilidade no sistema de atendimento a reclamações econseqüente ineficiência do mesmo quanto a sua capacidadede fornecer dados para a identificação de pontos críticos.
• Os meios de comunicação usados como instrumentos dereivindicação da população, pela força que têm, podem sermais eficientes na identificação destes pontos.
Conclusões
• Os dados da coleta de resíduos sólidos não informamdiretamente a ocorrência dos problemas, mas, sem ainformação dos pontos de acúmulo de resíduos indevidamenteacondicionados, torna mais difícil a avaliação dos problemas.
Conclusões
• A consulta às pessoas se mostra muito eficiente mesmoquando a informação é obtida de forma verbal. Comoinstrumento de identificação, se mostra bastante objetiva.
• A inspeção visual permite a constatação dos pontos de formainquestionável, entretanto não fica materializada e é dificultadatanto pela forma imprevisível das precipitações como peloacesso ao local pela interferência no tráfego em torno da região
atingida.
Conclusões
• O registro de imagens é um excelente processo deidentificação, pois permite de forma materializada a informação,porém sofre as mesmas restrições da inspeção visual.
• O uso de colaboradores na informação de eventos é um bomprocesso em substituição ou complementação à inspeçãovisual.
• Os processos são complementares e deverão ser associados adados hidrológicos e analisados por meio de cálculos.
Conclusões
• Pontos críticos identificados na bacia do Pajeú que ainda hojepermanecem sem solução e que já foram identificados a maisde vinte anos, poderão continuar causando danos, por algumtempo, a não ser que haja uma mudança muito acentuada napolítica de gestão da drenagem urbana na cidade de Fortaleza,pois, nesta bacia, os investimentos, mesmo com soluçõesestruturais, já não ocorrem há bastante tempo e, caso não hajamobilização da sociedade continuarão sem solução.
Conclusões
• A bacia do riacho Pajeú, urbanizada e de infra-estruturaconsolidada, que possui pontos críticos de alagamento nosistema de microdrenagem, pode indicar a situação em que seencontram as outras bacias da cidade menos assistidas pelopoder público.
• Cerca de 80% dos pontos críticos, no caso da bacia do Pajeú,estão relacionadas ao subdimensionamento.
Conclusões
• Aproximadamente 33% dos pontos críticos estão relacionados aexecuções inadequadas, onde uma parcela devendo-se à açãodo poder público que, para resolver o problema dapavimentação, executa capeamentos sucessivos ao longo dosanos, que elevam o greide e tornam a pista de rolamento maiselevada que o passeio, reduzindo a seção das sarjetas eprovocando seu transbordamento. A outra parcela se deve àação de particulares que, ao rebaixar o passeio para uso comoestacionamento de veículos, ou executar rampas de acessosobre a sarjeta, reduzem ou eliminam sua seção provocandoproblemas de acúmulo.
Conclusões
• Apesar de receberem grande quantidade de resíduos,principalmente papéis e plásticos devido à atividade docomercio ambulante e materiais de propaganda das lojas, assarjetas do centro da cidade atendem ao excedente doescoamento superficial sem grandes prejuízos as atividades. Assecções são constantes e sofrem poucas interrupções porconta de seu estreitamento.
• A obstrução de sarjetões do tipo canaletas é bastante elevada,tornando-os ineficientes para a fim da qual foram executados.
Conclusões
• As bocas-de-lobo apresentam poucos problemas de obstruçãoconsiderando o tipo e freqüência da manutenção sistema dedrenagem.
• A manutenção do sistema de drenagem, no caso da bacia doriacho Pajeú, é corretiva.
Recomendações
• Atualizar tecnicamente os documentos, mapas de drenagem dacidade e projetos para meios mais modernos de representação,inserindo as alterações ocorridas ao longo do tempo, fazendo arespectiva compatibilidade com os mapas oficiais atuais;
•• Organizar e disponibilizar acervo técnico relativo à drenagem
urbana em biblioteca e meio magnético acessível a qualquercidadão com custos relativos às cópias;
• Promover a atualização do Plano Diretor de Drenagem Urbana;
Recomendações
- Executar identificação dos pontos críticos das demais bacias dacidade, hierarquizar as soluções e incluir no planejamentoorçamentário anual;
• Melhorar o sistema de divulgação das formas de reivindicaçãodo cidadão com relação aos problemas estruturais dos sistemaspúblicos;
Recomendações
Ampliar a função do sistema de Controle de Tráfego de Área –CTAFOR, ou similar, para coleta de dados sobre o sistema dedrenagem urbana.
• Exercer maior fiscalização sobre a execução de rampas sobre asarjeta ou rebaixamentos para estacionamentos.
• Estabelecer programas de desobstrução do sistema dedrenagem nos meses que antecedem os períodos das chuvas.
• Aumentar a capacidade de infiltração nas áreas pertencentesao poder público como estacionamentos e praças, com aadoção de técnicas como pavimentos permeáveis, reservatóriosde detenção e outras.