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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
MÁRCIA REBELLO BRAGA
A PERÍCIA NO PROCESSO TRABALHISTA
RIO DE JANEIRO - RJ
MÊS NOVEMBRO DE 2011
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MÁRCIA REBELLO BRAGA
A PERÍCIA NO PROCESSO TRABALHISTA
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MÁRCIA REBELLO BRAGA
A PERÍCIA NO PROCESSO TRABALHISTA
Monografia apresentada para a conclusão do curso de Pós-graduação lato sensu da Faculdade Cândido Mendes no Curso de PERÍCIAL CONTÁBIL.
Orientador: Rogério Gonçalves de Castro
RIO DE JANEIRO - RJ
MÊS NOVEMBRO DE 2011
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MÁRCIA REBELLO BRAGA
A PERÍCIA NO PROCESSO TRABALHISTA
Monografia julgada e aprovada:
Prof. Orientador Rogério Gonçalves de Castro
5
Dedico esse trabalho.
Meu marido Mauricio pela paciência em ouvir repetidamente minha leitura desta monografia e minha filha, pois deixei varias vezes de lhe dar a atenção merecida
para me dedicar ao trabalho deste texto.
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Agradeço ao orientador Rogério pela paciência.
Agradeço a minha família pelo apoio
Agradeço a DEUS por tudo em minha vida.
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“Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de chegada. Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos para sabermos o que seremos.”
Paulo Freire.
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RESUMO
A perícia contábil trabalhista é um importante ramo da contabilidade, pois
sempre que há um litígio entre empregados e empregadores de diversas espécies
(indenizações) o perito contador é requisitado para apresentar os cálculos dos itens
de indenização solicitados pela justiça do trabalho e buscar os conceitos e
entendimentos deste trabalho é um dos objetivos desta monografia que espera
contribuir para a ampliação dos conhecimentos que julgamos indispensáveis para a
devida compreensão da finalidade deste profissional da área pericial, sendo assim,
inicialmente estaremos conceituando e relatando um pouco da historia do trabalho e
da pericia do trabalho e também tratando das características da pericia no processo
do trabalho e estaremos finalizando com alguns elementos básicos para o
desenvolvimento do trabalho do perito contador possa aplicar seu trabalho na justiça
do trabalho.
Palavras-chaves:
Trabalho, perícia, perícia contábil trabalhista, direito do trabalho. .
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 11
2. REVISÃO LITERARIA 12
3. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO................................................. 21
1.1Delimitação do tema............................................................... 21
1.2Objetivo................................................................................... 21
3.3 Justificativa............................................................................ 21
4. HISTORIA DO TRABALHO............................................................... 22
4.1 ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO................................. 22
4.2 HISTORIA DO TRABALHO................................................. 23
4.3 HISTORIA DO TRABALHO NO BRASIL........................... 24
5. HISTORIA DO DIREITO DO TRABALHO......................................... 25
5.1 HISTORIA DO DIREITO DO TRABALHO........................... 25
5.2 HISTORIA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL..... 27
6. PERÍCIA............................................................................................... 32
6.1 CONCEITO DE PERÍCIA...................................................... 32
6.2 A PROVA PERICIAL FRENTE À JUSTIÇA........................ 34
7. TIPOS DE PERICIA TRABALHISTA................................................... 36
7.1 PERICIA EXTRAJUDICIAL................................................ 36
7.2 PERICIA JUDICIAL............................................................ 37
8. PERÍCIA TRABALHISTA..................................................................... 38
8.1 OBJETIVOS......................................................................... 38
8.2 COMO EFETUAR PLANO DE TRABALHO...................... 38
8.3 COMO ELABORAR PLANILHAS DE CALCULOS.......... 40
8.4 QUANDO O PERITO NÃO PODE ATUAR......................... 42
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9. CONCLUSÃO......................................................................................... 44
10.BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 45
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho terá sua natureza voltada para a explanação da origem e evolução
dos trabalhos de pericia contábil nos processos trabalhistas no Brasil.
A perícia contábil trabalhista é um importante ramo da contabilidade, pois
sempre que há um litígio entre empregados e empregadores de diversas espécies
(indenizações) o perito contador é requisitado para apresentar os cálculos dos itens
de indenização solicitados pela justiça do trabalho.
Tratando-se do processo, pode ser: judicial por iniciativa dos magistrados ou
requerimento das partes, para resolver questões segundo as leis processuais
trabalhistas e objetiva de forma especifica responsabilidades em situações de
apuração dos pleitos dos empregados nas questões dos contratos de trabalho
individual ou coletivo em relação à diferença salariais e os reflexos destas
diferenças, horas extras, periculosidade e de insalubridade dentre outros direitos dos
trabalhadores; ou pode ser extrajudicial quando é realizada fora do estado, por
necessidade e escolha de entes físicos e jurídicos particulares-privados com o intuito
de avaliar cálculos de indenização ou liquidação de verbas. Pode originar-se
também, em ações de empregadores contra empregados.
A base da pericia é identificar estas imperfeições e manifestá-la a partir de
laudos à justiça do trabalho classificando-as em três fases fundamentais:
A. Fase escritural que tem como operação o registro;
B. Fase expositiva, geral e demonstração;
C. Fase interpretativa que resulta na analise.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
Não podemos escrever sobre a pericia no processo trabalhista sem antes
apresentaremos conceitos da origem da palavra trabalho, uma breve historia
do trabalho assim como uma breve historia do trabalho no Brasil. E se vamos
escrever sobre processo trabalhista devemos também conhecer sobre o
direito do trabalho.
A partir daí podemos escrever sobre pericia apresentando inicialmente seu
conceito, quem esta habilitado a praticá-la e como e porque aplicar a pericia
nos processo de trabalhistas. O que é prova e laudo pericial. Quais os
cuidados que o perito deve ter ao apresentar seus trabalhos e os fundamentos
da perícia contábil junto à justiça do trabalho.
A definição de trabalho existe inclusive em dicionários como o dicionário do
Aurélio que define trabalho assim:
“Atividade física ou intelectual que visa a algum objetivo;
labor, ocupação. / O produto dessa atividade; obra. / Esforço,
empenho. / Fig. Preocupação, cuidado, aflição.” (1996,
p.1020)
Outra definição de trabalho vem do livro Direito do Trabalho de Vólia
Bomfim Cassar que diz:
“Trabalho pressupõe ação, emissão de energia,
desprendimento de energia humana, física e mental, como o
objetivo de atingir algum resultado.” (2011, p.3)
O trabalho executado por empregados tem seus direitos garantidos na
Carta Magna do Brasil através da Constituição Federal conforme descrito no
seu artigo 7º, assim como complementa o Artigo 4, 5 e 6 da Consolidação das
leis do Trabalho – CLT que diz:
Art. 4º – Considera-se como de serviço efetivo o período em
que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
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expressamente consignada.
Parágrafo único – Computar-se-ão, na contagem de tempo de
serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos
em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando
serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.
Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário
igual, sem distinção de sexo.
Art. 6º - Não se distingue entre o trabalho realizado no
estabelecimento do empregador e o executado no domicílio
do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de
emprego. (2006, p. 41 a 43)
Para o conceito de direito do trabalho buscamos como fonte o livro Direito
do Trabalho de Vólia Bomfim Cassar que diz:
“Um sistema jurídico permeado por institutos, valores, regras e
princípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e
assemelhados, aos empregadores, empresas coligadas,
tomadores de serviços, para tutela do contrato mínimo de
trabalho, das obrigações decorrentes das relações de
trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade
trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios
constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa
humana. Também é recheado de normas destinadas aos
sindicatos e associações representativas; à atenuação e
forma de solução dos conflitos individuais, coletivos e difusos,
existentes entre capital e trabalho; à estabilização da
economia social e à melhoria da condição social de todos os
relacionados.” (2011, p. 5)
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Outro conceito importante é do Dr.Cesarino Jr, um dos pioneiros do Direito
do Trabalho no Brasil que assim o denominou:
“O complexo dos princípios e leis imperativas, cujo objetivo
imediato é, tendo em vista o bem comum, auxiliar a satisfazer
convencionalmente, as necessidades vitais próprias e de suas
famílias, às pessoas físicas para tanto dependentes do
produto do seu trabalho.” (2010, p.30)
E assim então verificamos que o direito do trabalho tem sua principal
característica à proteção do trabalhador e utiliza como base para
regulamentação legal a legislação trabalhista e os trabalhos de pericia quando
assim há a necessidade com o objetivo de dirimir conflitos entre empregados
e empregadores.
A partir daí o que fica determinado em sentença ou acordo entre
empregado e empregador o trabalho de pericia que poderá ser solicitado
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Atualmente a pericia contábil é regida por um conjunto de regras e normas
definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade que dita regras para o
desenvolvimento dos trabalhos de pericia assim como determina os aspectos
pessoais deste profissional no que tange a ética.
Devemos ficar atentos as regras e normas que trata da pericia conforme
determina:
As Normas Brasileiras de Contabilidade, Resolução do Conselho
Federal de Contabilidade nº 858/99 em seus itens 13.1.1 e 13.4.1,
pericia contábil é o conjunto de procedimentos técnicos que tem por
objetivo a emissão de laudo sobre questões contábeis, mediante
exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, avaliação ou
certificação.
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De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, Resolução do
Conselho Federal de Contabilidade nº 1041/05 (2006, p.394), item
13.6.1.3, “o laudo pericial contábil é uma peça escrita, na qual o perito
contador deve visualizar, de forma abrangente, o conteúdo da pericia,
e particularizar os aspectos e as minudências que envolvam a
demanda.”
A pericia contábil trabalhista também é abordada, através da
combinação entre a Lei Processual Trabalhista – Lei Federal nº
5.587/70, com a Consolidação das Leis do Trabalho, Decreto Lei nº
5.452/43 que formam em conjunto a “Legislação Processual
Trabalhista – LPT”.
Sobre a pericia contábil as normas dos profissionais contábeis esta
registrada na NBC P2 que trata das normas profissionais do perito.
Segundo o renomado professo de contabilidade Antonio Lopes de Sá,
perícia contábil é:
“A verificação de fatos ligados ao patrimônio
individualizado visando oferecer opinião, mediante
questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames,
vistorias, indagações, investigações, avaliações,
arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento
necessário à opinião.” (2005, p. 3)
A palavra Perícia é conceituada no dicionário Aurélio, como:
1. Vistoria ou exame de caráter técnico e especializado –
Vistoria esta que deve ser realizada por profissional com
competência técnica- profissional para tanto;
2. Conhecimento, Ciência.- É uma ciência porque possui
métodos, procedimentos e técnicas que lhe são próprias.
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(1996, p. 850)
Conceituamos pericia segundo Valder Luiz Palombo Alberto em seu livro
Perícia Contabil que diz:
“Pericia é um instrumento especial de constatação, prova ou
demonstração, cientifica ou técnica, da veracidade de
situações, coisas ou fatos.” (2007, p. 3)
Alem de conceituarmos também devemos apresentar neste trabalho uma
introdução a origem da pericia que conforme pesquisa há indícios desde o
inicio da civilização quando os lideres dos hominídeos desempenhavam o
papel de juiz e legislador das normas da vida em sociedade.
Também, para que este trabalho consiga alcançar seu objetivo também é
importante escrever sobre a aplicação da pericia contábil, quem pode ser
perito, os direitos e deveres e a qualidade do trabalho do perito.
Para dar inicio ao tema devemos descrever sobre dois tipos de perícia
contábil: judicial ou extrajudicial. No caso da judicial, o perito contador é
nomeado por um juiz para analisar uma determinada causa e emitir seu
parecer. No caso da perícia extrajudicial, ela serve para avaliar bens e
direitos, cálculo de indenizações, venda e compra de empresas, partilha de
bens, liquidação de haveres, divórcio. A perícia é o único meio de prova capaz
e eficaz de avaliar as questões materiais que são controvertidas durante a
ação.
A perícia judicial tem por objetivo a utilização dos conhecimentos técnicos
para auxiliar o juiz na decisão de fatos contidos nos processos onde através
da apresentação de laudos e pareceres os fatos serão esclarecidos.
Segundo o Professor Antônio Lopes de Sá o ciclo da perícia contábil judicial
compõe-se de três fases.
"Fase Preliminar
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1. A perícia é requerida ao juiz, pela parte interessada na
mesma;
2. O juiz defere a perícia e escolhe o Perito;
3. As partes formulam quesitos e indicam seus assistentes;
4. Os Peritos são cientificados da indicação;
5. Os Peritos propõem honorários e requerem depósito;
6. O juiz estabelece prazo, local e hora para início.
Fase Operacional
1. Início da perícia e diligências
2. Curso do trabalho;
3. Elaboração do laudo.
Fase Final
1. Assinatura do laudo;
2. Entrega do laudo ;
3. Levantamento dos honorários;
4. Esclarecimentos (se requeridos) .
Em todas as fases, existem prazos e formalidades a serem
cumpridas" ( 2002, p. 64 e 65).”
A partir daí então buscamos em nosso trabalho dar foco a pericia trabalhista
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que deve ser realizada por profissional qualificado, graduado em Ciências
Contábeis e com grande conhecimento das legislações trabalhistas e
jurídicas, pois o perito, nestes casos, é o apoio cientifico do juiz devendo
então ter responsabilidade moral, social e ética. Conforme Valder Luiz
Palombo Alberto em seu livro “Pericia Contábil” o conhecimento jurídico é
necessário, pois:
“No tocante a ciência jurídica, há que se voltar o perito para a
absorção de conhecimentos em três sentidos: (a) o primeiro
quanto às regras interpretativas próprias do direito, tais como
a exegese e a hermenêutica, para que possa discernir com
propriedade e precisão ate onde pode opinar tecnicamente ou
ate onde não deve opinar sobre determinada matéria cuja
tipicidade jurídica não é perfeita ou evidentemente perceptível;
(b) o segundo quanto ao conhecimento em profundidade de
roteiro legal, notadamente o processual, de seu trabalho; e (c)
o terceiro quanto à necessidade de conhecer profundamente
toda a legislação que recai sobre a matéria examinada, já que,
embora a matéria tenha especificidade técnica ou cientifica –
e por isso esta sendo examinada na pericia -, as legislações
que a elas se aplicam muitas vezes delimitam sua forma,
alcance e reflexos práticos.” (2007, p. 50)
A perícia trabalhista tem como objetivo principal o de apurar nos pleitos de
ações individuais ou coletivas em relação a indenizações salariais e
remuneratórias e reflexos dessas diferenças utilizando de pensamento lógico
para identificar o que é devido ou não nas ações trabalhistas quanto às verbas
de remuneração, gorjetas, comissões, adicionais, gratificação natalina,
duração do trabalho, períodos de descanso, férias, horas extras, fundo de
garantia do tempo de serviço, salário-família, salário-maternidade, seguro
desemprego, indenizações por ocasião da rescisão contratual, multas por
atraso ou falta de pagamentos, garantia de emprego ou estabilidades e
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demais apurações de verbas trabalhistas.
Outros fatores que devem ser abordados neste trabalho é quanto às
questões genéricas no processo trabalhista como efetuar um plano de
trabalho após receber os autos do processo, elaborar planilhas de cálculos e
laudos que é a peça escrita no qual o perito contador deve apresentar o
conteúdo da pericia realizada, apresentar prova pericial e inclusive verificar se
há algum fato que impeça o perito a executar determinada pericia
(impedimentos contidos no Artigo 134 a 137 do Código de Processo Civil).
Conforme Jose Aparecido dos Santos em seu livro “Curso de Cálculos de
Liquidação Trabalhista” a elaboração dos cálculos de liquidação é:
“A apresentação de cálculos de liquidação, seja para o juiz,
seja para uma das partes, constitui um ato de inteligência. O
seu objetivo é demonstrar a correção de todo o trabalho
realizado, o qual muitas vezes é complexo. Por esse motivo, o
laudo de calculo deve ser o mais inteligível, exato e integro
possível.” (2011, p. 625)
E para finalizar nosso trabalho estaremos apresentando alguns modelos de
planilhas de calculo de pericia trabalhista ordenando-os para a apresentação
para que demonstrem clareza e objetividade.
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3 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
3.1 Delimitação do tema
A aplicabilidade de pericia contábil nos processos trabalhistas no Brasil
apresentando sua origem e evolução.
3.1.1 Objetivo
Apresentar a relevância do perito contador na elaboração dos cálculos
contábeis das reclamações trabalhistas na justiça do trabalho e demonstrar como
se desenvolve o trabalho do perito junto à justiça do trabalho
3.1.2 Justificativa
Apresentar a relevância que a pericia tem no cenário judicial e extrajudicial.
Sob outro enfoque, apresentar que a pericia contábil trabalhista contribui para
melhor qualidade dos serviços prestados para as ações judiciais trabalhistas
assumindo papel importante na validação da escrituração, exposição e
interpretação dos fatos nos processos trabalhistas apresentando também sua
origem e sua evolução.
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4 HISTORIA DO TRABALHO
4.1 ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO
A palavra trabalho deriva do latim TRIPALIUM, espécie de instrumento de tortura
formado por três (tri) paus (palium). Deste modo o termo trabalho decorre de algo
desagradável como dor, tortura, castigo e sofrimento. Este sentido era comum aos
que executavam os trabalhos que eram os escravos e pessoas pobres, destituídas
de posses ou que não perdiam as condições de não pagar os impostos da
monarquia, senhores de terras os governantes.
Ate o inicio da idade media os nobres, os senhores feudais e governantes não
trabalhavam e as atividades laborais eram executadas pelos vassalos e escravos
que viviam nas terras destes nobres.
A partir dos meados da idade media os trabalhos também não eram executados
pelos nobres e pessoas abastadas financeiramente e todas as atividades físicas
eram executadas por artesãos, agricultores, pedreiros, camponeses e etc.
Foi apenas a partir do século XIV que a palavra TRABALHO ganhou a conotação
que conhecemos hoje. Foi apenas após a revolução industrial que a humanidade
teve necessidade de executar a atividade do TRABALHO em atividades mais
complexas que exigiam especializações onde algumas atividades não exigiam mais
a força física para depender da força intelectual.
Hoje, mos dicionários verificamos o seguinte verbete para a palavra TRABALHO:
“Atividade física ou intelectual que usa de algum objetivo; labor; ocupação. O produto dessa atividade; obra; esforço; emprenho.” (Aurélio, 1996, p.1020)
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4.2 HISTORIA DO TRABALHO
A origem do trabalho se confunde com a origem da palavra trabalho.
No inicio o trabalho era destinado aos escravos que sem remuneração
executavam todas as atividades que o homem necessitava.
Depois o trabalho era para produzir o que se consumia seja em roupas,
alimentos ou moradia com um único propósito de sobrevivência.
Mais tarde o trabalho era recompensado pelo escambo e ate aqui obtinha-se
trabalho através de uma simples conversa sem exigir qualquer tipo de
documentação.
Foi com a chegada da industrialização, a partir do século XIV que foi criado o
trabalho formal onde eram definidos as tarefas e a remuneração, porem ainda de
uma forma muito rudimentar onde as atividades não tinham um valor determinado ou
um período de tempo máximo ou qualquer tipo de proteção contra acidentes. As
pessoas ficavam mais de 16 horas dentro das fabricas e Ra permitido o trabalho
feminino e o trabalho infantil em qualquer tipo de trabalho pois os custos com esta
mão-de-obra era baixo e compensava para as industrias tendo em vista que
mulheres tinham uma remuneração muito menor que os homens e as crianças
ganhavam muito menos que as mulheres.
Foi a partir do final do século XIX que os trabalhadores iniciaram movimentos de
reivindicações de melhores condições de trabalho.
O trabalho se tornou “dignificante” com a ideologia de crescimento intelectual e
dignidade do trabalho braçal onde as classes pobres iam adquirindo poder aquisitivo
para a compra dos produtos industrializados.
Foi em 1932 que o australiano Elton Mayo liderou um grupo de estudos na
fabrica GE nos Estados Unidos da America sobre a valorização dos empregados e o
resultado da pesquisa foi o inicio dos direitos dos trabalhadores e projetos de
qualidade de vida dos empregados.
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4.3 HISTORIA DO TRABALHO NO BRASIL
Após a abolição da escravatura, em 1880, os trabalhos nas indústrias que
começaram a surgir, na maioria de imigrantes, não apresentavam qualquer
segurança aos trabalhadores.
Os salários recebidos eram muito baixos e chegava-se a trabalhar por 18
horas seguidas alem de estarem sujeitos a castigos físicos dos patrões.
Não havia direitos trabalhistas como férias, 13º salário, auxilio doença,
descanso semanal remunerado ou qualquer beneficio.
Na década de 30 com a política trabalhista do presidente Getulio Vargas,
influenciado pelo modo corporativista italiano, reestruturou-se a ordem jurídica
trabalhista no Brasil com o inicio da normatização do trabalho por meio de Decretos
que regulamentavam:
Criação do Departamento Nacional do Trabalho;
Férias;
Horário de trabalho;
Carteira Profissional;
Trabalho do menor;
Ministério do Trabalho;
Vara Federal do Trabalho.
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5. HISTORIA DO DIREITO DO TRABALHO
5.1 O DIREITO DO TRABALHO
A legislação do trabalho nasceu junto com a revolução industrial, pois foi a
partir deste período que surgiram as associações de classe com o intuito de
melhorar as praticas de trabalho aplicado pelos empregadores.
Jornadas de trabalho excessivas, salários miseráveis e locais de trabalho insalubres,
sem contar com a exploração do trabalhos dos jovens e mulheres. Foi assim que as
classes operarias começaram a manifestarem suas insatisfação o que culminou com
o Estado regulamentando e legitimando varias de suas reivindicações
principalmente após a publicação do Encíclica Rerum Novarum publicada em maio
de 1891 pelo Papa Leão XIII que proclamava a necessidade de união entre
empregados e empregadores. O papa dizia:
“Não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital.”
A formação do Direito do Trabalho segundo Granizo e Rothvoss foram dividas
em quatro fases com objetivo meramente didático.
1ª Fase: FORMAÇÃO – 1802 (Lei de Peel - teve o propósito de diminuir a
exploração dos trabalhadores menores de idade, proibindo o trabalho noturno e
diminuindo a jornada diurna. ) até 1848 (Manifesto Comunista - . O trabalhador
passa a perceber que seu trabalho agrega valor à mercadoria. Assim os
trabalhadores passaram a reivindicar, resistir. )
2ª Fase: INTENSIFICAÇÃO – 1848 até 1891 (Encíclica Rerum Novarum)
A partir desta fase o Direito do Trabalho já existe e começa a se intensificar.
3ª Fase: CONSOLIDAÇÃO – 1891 até 1919 (Tratado de Versailles - cada
país se comprometeu a criar normas reguladoras do Direito do Trabalho, seguindo
métodos e princípios, criou a OIT – Organização Internacional do Trabalho que
existe ate hoje)
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4ª Fase: APERFEIÇOAMENTO – 1919 ate a presente data.
O Direito do Trabalho, mesmo com as transformações sociais, tecnológicas,
políticas e econômicas vivenciadas em todo o mundo capitalista nas últimas
décadas, se mostra essencial para a preservação das relações entre capital e
trabalho.
A partir daí ficou definido os princípios do Direito do Trabalho:
- Princípio Protetor: Que diz a respeito do in dubio pro operarium, vale a aplicação da norma mais favorável ao empregado e a observância da condição mais benéfica;
- Irresistível: Que diz que o direito trabalhista é irresistível, ou seja, o empregado não pode renunciar aos direitos que lhes são garantidos;
- Continuidade da relação de emprego: Visa a permanência da relação de trabalho, isto é, ele vive no tempo e existe da forma sucessiva.
- Primazia da Realidade: Prevalece sempre a norma escrita, o que acontece na realidade comprovadamente.
- Garantias mínimas ao trabalhador: É um sistema de proteção, pode ser com garantia mínima ou máxima.
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5.2 O DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL
No tocante à História do Direito do Trabalho no Brasil, cabe-nos observarmos
que ela tem como fonte inspiradora a Evolução do Direito do Trabalho no mundo,
posto que, o Brasil é um país novo, tendo sido descoberto no século XVI.
A primeira legislação brasileira que legisla sobre os direitos dos empregados
foi o Código Comercial de 1850 que já proporcionava a profissão de armador e
tripulantes de navios o direito a aviso prévio, indenização pela rescisão sem justa
causa e garantia do salário em caso de acidente de trabalho. Depois temos a Lei
Aurea datada de 1888 que pôs fim à escravidão no Brasil e elevou a relação de
trabalho utilizando a mão de obra anteriormente escrava para o trabalho com sua
onerosidade.
Assim entre 1888 a 1930 predominava a base empregatícia na agricultura e
não existia um movimento organizado na defesa da classe trabalhadora.
Foi em 1930 que surgiram as primeiras regras trabalhistas no Brasil mais foi a
Constituição de 1934 que deu inicio as leis trabalhistas podendo se destacar as leis
sobre o pluralismo sindical.
Ressalta-se que foi em 1943 que a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT
passou a ter vigência, reunindo varias leis esparsas.
Assim este novo texto legislativo que versa sobre o direito do trabalho e
direito processual do trabalho é a base para dirimir ou elucidar problemas relativos
ao trabalho, sendo por vezes nutridos por legislação complementar e pela própria
Constituição.
A Constituição de 1988 garantiu vários direitos dos trabalhadores tanto no
campo individual como no campo coletivo, abrangendo no artigo 7º a jornada de
trabalho de 44 horas semanais, a criação de licença paternidade entre outros. Já
sobre o direito coletivo garantiu a ampliação do direito de greve e demais direitos.
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“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
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XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
30
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
31
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. (2006, p. 46)
.
32
6. PERÍCIA
6.1 CONCEITO DE PERÍCIA CONTABIL
As Normas Brasileiras de Contabilidade – NBC T13 Perícia Contábil é:
“A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e
científicos destinado a levar à instância decisória elementos de
prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante
laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em
conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação
específica no que for pertinente.”
O termo perícia advêm do latim peritia e é um tipo de prova e significa
conhecimento adquirido pela experiência. Aurélio a define como “vistoria ou exame
de caráter técnico e especializado” (Ferreira, 1975, p. 1069).
Em nosso trabalho estaremos abordando um tema mais especifico da pericia
que é o da pericia nos processos trabalhistas e por este motivo conceituamos a
pericia trabalhista como um meio de prova documental com o objetivo principal o de
apurar nos pleitos de ações individuais ou coletivas em relação a indenizações
salariais e remuneratórias e reflexos dessas diferenças utilizando de pensamento
lógico para identificar o que é devido ou não nas ações trabalhistas quanto às
verbas de remuneração, gorjetas, comissões, adicionais, gratificação natalina,
duração do trabalho, períodos de descanso, férias, horas extras, fundo de garantia
do tempo de serviço, salário-família, salário-maternidade, seguro desemprego,
indenizações por ocasião da rescisão contratual, multas por atraso ou falta de
pagamentos, garantia de emprego ou estabilidades e demais apurações de verbas
trabalhistas. E para isso a pericia trabalhistas utiliza como base para suas
atividades, alem das NBC, a combinação da lei Processual Trabalhista, Lei Federal
nº 5587/70, com a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e com o Decreto nº
5452/43.
33
Segundo o Professor Antônio Lopes de Sá o ciclo da perícia contábil judicial
compõe-se de três fases.
"Fase Preliminar
1. A perícia é requerida ao juiz, pela parte interessada na mesma;
2. O juiz defere a perícia e escolhe o Perito;
3. As partes formulam quesitos e indicam seus assistentes;
4. Os Peritos são cientificados da indicação ;
5. Os Peritos propõem honorários e requerem depósito;
6. O juiz estabelece prazo, local e hora para início.
Fase Operacional
1. Início da perícia e diligências;
2. Curso do trabalho;
3. Elaboração do laudo.
Fase Final
1. Assinatura do laudo;
2. Entrega do laudo;
3. Levantamento dos honorários;
4. Esclarecimentos (se requeridos).
Em todas as fases, existem prazos e formalidades a serem cumpridas" (2002, p. 64 e 65).
34
6.2 A PROVA PERICIAL FRENTE À JUSTIÇA DO TRABALHO
Muitas vezes, durante os trabalhos de um processo, mo intuito de dirimir as
controvérsias dos autos, o juiz recorre ao trabalho técnico/cientifico do perito para
apresentação da prova pericial conforme definido no Código Civil - CC/2002, artigo
212:
“Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:I - confissão;II - documento;III - testemunha;IV - presunção;V - perícia.”
É cada vez mais freqüente a utilização do perito para auxiliar o juiz nas
esferas diferentes do seu trabalho, pois ele é o diretor do processo porem não é
obrigado a deter conhecimentos em todas as áreas técnicas/cientificas e
principalmente as que fogem de sua orbita jurídica.
Nesse sentido dispõe o artigo 145 do CPC:
“Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art.
421. § 1o Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível
universitário, devidamente inscrito no órgão de classe competente,
respeitado o disposto no Capítulo Vl, Seção Vll, deste Código.
(Incluído pela Lei nº 7.270, de 1984) § 2o Os peritos comprovarão
sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante
certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. (Incluído
pela Lei nº 7.270, de 1984) § 3o Nas localidades onde não houver
profissionais qualificados que preencham os requisitos dos
parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha
do juiz. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 1984).
35
Dentre as provas periciais na justiça do trabalho a atuação do perito ocorre
para produzir provas referentes a direitos diversos e deveres das partes oriundos da
relação de emprego e as mais comuns destinam-se a elaboração dos cálculos
salariais e a apurar as eventuais diferenças.
A pericia pode acontecer na fase de instrução (quando após a contestação as partes
oferecem os elementos de prova que entendam necessário para demonstrar a
veracidade de suas alegações) ou na fase de execução (dá-se quando a apuração
final na ação se faz necessário a pedido do juiz da ação).
36
7. TIPOS DE PERICIA TRABALHISTA
7.1 PERICIA EXTRAJUDICIAL
É a pericia que ocorre fora do processo, ou seja, não é determinada pelo Juiz.
É efetuado através de consulta ao profissional da área, no caso de nosso trabalho o
profissional contador em cálculos trabalhistas que efetua cálculos em planilhas
como, por exemplo, verificando Indenizações de diversas modalidades, litígios entre
empregados e empregadores de diversas espécies. E também poderá servir para
instruir processo judicial ou tomado de decisão administrativa como quando as
partes necessitam conhecer a realidade dos fatos como, por exemplo, verificar a
média de comissões para calculo de apuração do 13º salário ou de férias.
Nesta fase a pericia muitas vezes pode ser confundida com auditoria pois há
algumas semelhanças não fosse os objetivos que são bem diversos conforme
verificamos em quadro abaixo:
ASPECTOS AUDITORIA PERÍCIATempo/Espaço Trabalho definido. Pode ser
especifico ou constante,
sendo programado em
períodos previamente
definidos.
Eventual. Surge com um
acontecimento.
É efêmero.
Atende a uma situação
estabelecida.
Abrangência Não há rigor de analise.
Admite amostra.
É analítica. Todos os fatos e
dados são experimentados.
Objeto Analisa uma situação geral. Centralizado num fato (foco).
Objetivo/Opinião Opinião relativa sobre os
dados parciais examinados.
Emite opinião técnica com
rigor de detalhes sobre a
veracidade integral de todos
os fatos examinados.
Resp. Técnica A auditoria pode ser
exercida por pessoa física
ou jurídica.
Só pode ser exercida por
pessoa física. É pessoal
Curso Básico de perícia Contábil – NEVES,Antonio Gomes das
37
7.2 PERÍCIA JUDICIAL
A perícia judicial é aquela determinada em juízo sendo, neste caso, realizada
dentro dos procedimentos processuais do Poder Judiciário, por:
Oficiais – determinadas pelo Juiz sem requerimento das partes;
Requeridas – determinas pelo Juiz com requerimento das partes;
Necessárias - quando a lei ou a natureza do fato impõe sua realização;
Facultativa – o juiz determina se houver conveniência;
Perícia de presente – realizada no curso do processo;
Perícia do futuro – visam a perpetuar fatos que podem desaparecer com o
tempo.
A perícia judicial é especifica e define-se pelo texto da lei; estabelece o artigo
420 do Código do Processo Civil – CPC na parte relativa do processo de
conhecimento que diz:
“A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.Parágrafo único - O juiz indeferirá a perícia quando:I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;III - a verificação for impraticável.”
No Código de Processo Civil – CPC, artigo 332 explica bem para que servem
esses meios de pericia:
“Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda
que não especificados neste Código, são hábeis para provar a
verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.”
Os meios de prova encontrados no CPC são:
Depoimento pessoal (tratado nos artigos 342 a 347);
Confissão (tratado nos artigos 348 a 354);
Exibição de documentos ou coisa (tratado nos artigos 355 a 363);
Prova documental (tratado nos artigos 363 a 391);
Prova testemunhal (tratado nos artigos 400 a 419);
Prova pericial (tratado nos artigos 420 a 439);
38
Inspeção judicial (tratado nos artigos 440 a 443).
8. PERÍCIA TRABALHISTA
8.1 OBJETIVOS
A perícia trabalhista tem como objetivo principal o de apurar nos pleitos de
ações individuais ou coletivas em relação a indenizações salariais e remuneratórias
e reflexos dessas diferenças utilizando de pensamento lógico para identificar o que é
devido ou não nas ações trabalhistas quanto às verbas de remuneração, gorjetas,
comissões, adicionais, gratificação natalina, duração do trabalho, períodos de
descanso, férias, horas extras, fundo de garantia do tempo de serviço, salário-
família, salário-maternidade, seguro desemprego, indenizações por ocasião da
rescisão contratual, multas por atraso ou falta de pagamentos, garantia de emprego
ou estabilidades e demais apurações de verbas trabalhistas.
Também é dever do perito trabalhista expor com clareza e circunscrição as
planilhas de cálculos, laudos e demais documentos que se faz necessário
apresentar à Justiça do Trabalho no intuito de auxiliar o magistrado no julgamento
da lide.
8.2 COMO EFETUAR UM PLANO DE TRABALHO
O cronograma de trabalho é uma ferramenta de trabalho que o perito deve
lançar mão e deve ser claro e nele constar todas as etapas para a execução dos
trabalhos de pericia onde ele poderá se basear para cumprir os prazos conforme
muito bem organiza no quadro abaixo o autor Gil Moura em seu livro Perícia
Contábil Judicial e Extrajudicial da editora Freitas Bastos.
ITEM ATIVIDADE AÇÕES/PROCEDIMENTOS
1 Carga ou recebimento do
processo.
Após receber a intimação do Juiz, quando for o caso, retirar
o processo do Cartório.
2 Leitura do processo Conhecer os detalhes acerca do objeto da pericia,
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realizando a leitura e o estudo dos autos.
3 Aceitação do processo Após estudo e analise dos autos, constatando-se que há
impedimento, não havendo interesse do perito ou não
estando habilitado para fazer a pericia, devolver o processo
justificando o motivo da escusa. Aceitando o encargo da
perícia, proceder ao planejamento.
4 Proposta de honorários Com base na relevância, no vulto, no risco e na
complexidade dos serviços, entre outros, estimar as horas
para cada fase do trabalho, considerando ainda a
qualificação do pessoal que participará dos serviços, o prazo
para entrega dos trabalhos e a confecção de laudos
interprofissionais.
5 Assistentes técnicos Uma vez aceita a participação do assistente técnico, ajustar
a forma de acesso do mesmo aos trabalhos.
6 Diligências Com base no conteúdo do processo nos quesitos, preparar
o(s) Termo (s) de Diligência (s) necessário(s).
7 Viagens Programar as viagens, quando necessárias.
8 Pesquisa de legislação Com base no conteúdo do processo, definir as pesquisas, os
estudos e o catálogo da legislação pertinente.
9 Programa de trabalho Exame de documentos pertinente à perícia; exame de livros
contábeis, fiscais, societários e outros, análise contábeis a
serem realizadas; entrevistas, vistorias, indagações,
investigações, informações necessárias; laudos
interprofissionais e pareceres técnicos; cálculos,
arbitramento, mensurações e avaliações a serem
elaborados; preparação e redação do laudo pericial.
10 Revisões técnicas Proceder a revisão final do laudo para verificar eventuais
correções, bem como verificar se todos os anexos citados
no laudo estão em ordem lógica e corretamente
enumerados.
11 Prazo suplementar Diante da expectativa de não concluir o laudo no prazo
determinado pelo juiz, requerer por petição prazo
suplementar.
12 Entrega do Laudo Pericial Devolver os autos do processo e peticionar requerendo a
juntada do laudo e levantamento ou arbitramento dos
honorários. Havendo necessidade de prazo suplementar, em
função da não execução da pericia no prazo inicialmente
estipulado, requerer prazo suplementar antes do vencimento
do primeiro prazo e replanejar os trabalhos.
40
8.2 COMO ELABORAR PLANILHAS DE CÁLCULOS
As planilhas de cálculos são outra ferramenta que o profissional da pericia
pode e deve utilizar criando modelos e adaptando-os a cada processo de acordo
com o pedido da ação.
Apresentaremos aqui um modelo básico elaborado para acompanhar a
petição inicial.
Modelo:
Horas extras com reflexo sobre outras verbas.
Dados para elaboração da conta:
Período contratual: 12/09/2008 a 20/04/2010
Jornada de trabalho: 07h00min as 18h45min, com intervalo de 1 hora (2ª a
6ª feira). Aos sábados 07h00min as 12h00min sem intervalo.
Evolução salarial: R$800,00 ate fevereiro/2009; R$920,00 ate
fevereiro/2010; R$1.050,00 ate o final do contrato.
Outras informações: Aviso prévio concedido de forma indenizada e férias
gozadas no período de 20/11/2009 a 19/12/2009.
Apuração das horas extras, conforme horários alegados: 2ª a 6ª feira
(18h45min – 07h00min – 01h00min x 5 dias = 53h45min trabalhadas por
semana); sábado (12h00min – 7h00min = 5 horas trabalhadas).
Total da semana: 58h45min ( 58,75 em centésimo de hora). 58,75 –
44h00min x 4,34 semanas = 64h02min por mês (média)
41
Dados iniciais:
mês/anosalário mensal
salário hora
horas extras
h.extras com 50% valor
fator DSReF
valor DSReF
set/08 800,00 3,64 40,55 60,83 221,20 0,19 42,02out/08 800,00 3,64 64,02 96,03 349,20 0,15 52,38nov/08 800,00 3,64 64,02 96,03 349,20 0,25 87,30dez/08 800,00 3,64 64,02 96,03 349,20 0,19 66,35jan/09 800,00 3,64 64,02 96,03 349,20 0,19 66,35fev/09 800,00 3,64 64,02 96,03 349,20 0,17 59,36
mar/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,19 76,30abr/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,15 60,24mai/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,24 96,38jun/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,20 80,32jul/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,15 60,24
ago/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,19 76,30set/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,20 80,32out/09 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,19 76,30nov/09 920,00 4,18 40,55 60,83 254,38 0,25 63,59dez/09 920,00 4,18 24,78 37,17 155,44 0,19 29,53jan/10 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,24 96,38fev/10 920,00 4,18 64,02 96,03 401,58 0,17 68,27
mar/10 1.050,00 4,77 64,02 96,03 458,33 0,16 73,33abr/10 1.050,00 4,77 42,68 64,02 305,55 0,25 76,39
Correção monetária e cálculo do FGTS:
mês/ano índice corr.monetária
vl.horas extras
corrigido vlr DSReF
DSReF corrigido
FGTS + 40%
11,02%
set/08 1,018967835 221,18 225,38 42,02 42,82 30,04out/08 1,016420685 349,20 354,93 52,38 53,24 45,72nov/08 1,014778773 349,20 354,36 87,3 88,59 49,61dez/08 1,012602690 349,20 353,60 66,35 67,18 47,13jan/09 1,010742923 349,20 352,95 66,35 67,06 47,04fev/09 1,010287283 349,20 352,79 59,36 59,97 46,23
mar/09 1,008823576 401,58 405,12 76,3 76,97 54,00abr/09 1,008378772 401,58 404,94 60,24 60,74 52,16mai/09 1,007926213 401,58 404,76 96,38 97,14 56,21jun/09 1,007265447 401,58 404,50 80,32 80,9 54,36jul/09 1,006207923 401,58 404,07 60,24 60,61 52,04
ago/09 1,006009739 401,58 403,99 76,3 76,76 53,84set/09 1,006009739 401,58 403,99 80,32 80,8 54,3out/09 1,006009739 401,58 403,99 76,3 76,76 53,84nov/09 1,005473821 254,36 255,75 63,59 63,97 35,82
42
dez/09 1,005473821 155,44 156,29 29,53 29,69 20,83jan/10 1,005473821 401,58 403,78 96,38 96,91 56,08fev/10 1,005473821 401,58 403,78 68,27 68,64 52,91
mar/10 1,004678116 458,33 460,47 73,33 73,68 59,82abr/10 1,004678116 305,55 306,98 76,39 76,74 42,98
SOMAS 7216,45 1399,17 964,96
Reflexos das horas extras pela média
época verbasmédia
H.E. devido sal.hora valor ind.corr. corrigidoFGTS +
40%
dez/08 13º sal./08 (04/12) 96,03 32,01 3,64 116,40 1,012602690 118,12 13,23dez/09 13º sal./09 96,03 96,03 4,18 401,58 1,005473821 403,99 45,25abr/10 13º sal./10 (05/12) 96,03 40,01 4,77 190,97 1,004678116 191,86 21,49abr/10 av.prév.ind. 96,03 96,03 4,77 458,33 1,004678116 460,47 51,57nov/09 fér.08/09 + 1/3 96,03 128,01 4,18 535,31 1,005473821 538,52 60,31abr/10 fér.prop (08/12)+1/3 96,03 85,34 4,77 407,30 1,004678116 409,20 0
SOMAS 2.122,16 191,85
8.4 QUANDO O PERITO NÃO PODE ATUAR
O perito deve estar atendo as situações que impedem que ele efetue suas
atividades como perito devendo estar isento de qualquer situação que comprometa
sua independência e a imparcialidade dos fatos e atos que devera praticar.
Também é fato de impedimento conforme trata o artigo 424 do CPC:
Art . 424. O perito pode ser substituído quando: .....................................................................................................II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado. Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
Quando o perito é nomeado deve efetuar a recusa por escrito conforme
43
determina o artigo 134, 135,138 e 423 do CPC e também na NBC P2 a
indicações das razões que impedem o profissional de atuar.
Quando o perito não expressa a incapacidade de cumprir com a nomeação do
Juiz fica sujeito ao impedimento ou suspeição de atuar como perito na ação
em questão ou ate mesmo sofrer sanções e responder civil e criminalmente
por erro, dolo e má-fé.
O perito não deverá ser nomeado perito em processos em que ele for:
Parte;
Testemunha ou mandatário da parte;
Advogado da parte;
Cônjuge ou parenta da parte;
Funcionário de direção ou administração da parte;
Amigo intimo ou inimigo capital da parte;
Credor ou devedor da parte;
Herdeiro ou empregador da parte.
9. CONCLUSÃO
44
Neste trabalho podemos verificar a evolução do trabalho ao longo do tempo e
a evolução ocorrida quando os trabalhadores manifestaram sua indignação quantos
à exploração de suas atividades pressionando assim os governos a lhes conceder
diretos que foram incorporados a justiça criando então a justiça do trabalho. A partir
daí o perito contador ganha espaço, pois as atividades de cálculos de direitos como
horas extras e seus reflexos, férias, 13º salário, adicional noturno, multas por atraso
no pagamento assim como calculo de juros deve ser efetuado por profissional
concluindo-se que a atividade de pericia nos cálculos trabalhistas, seja judicial ou
extrajudicial, exige um profissional com conhecimento especifico na área trabalhista.
É relevante destacar a importância do profissional em pericia contábil
trabalhista, pois este tem a responsabilidade de apresentar a justiça de forma
coerente, clara e organizada o que lhe foi solicitado pelo juiz ou uma das partes nos
litígios trabalhistas e também deve ser integro ao ponto de não efetuar um trabalho
quando verifica que há impossibilidades éticas e profissionais que assim impedem
de atuar como perito.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
45
MAGALHÃES, Antonio de Deus; LUNKES, Irtes Cristina. Pericia contábil nos
processos cível e trabalhista: o valor informacional da contabilidade para o
sistema judiciário. São Paulo: Atlas,2008
PISTORI, Gerson Lacerda. Historia do direito do trabalho – um breve olhar
sobre a idade média. São Paulo: LTR, 2007
MOURA, Gil. Pericia contábil judicial e extrajudicial. 2. ed. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos, 2007
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 5. ed. Niterói: Impetus, 2011
SANTOS, dos José Aparecido. Curso de cálculos de liquidação trabalhista. 2. ed.
Curitiba: Juruá. 2011
HOOG, Wilson Alberto Zappa. Prova pericial. 9.ed. Curitiba: Juruá. 2011
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Manual esquemático de direito e processo do
trabalho. 16.ed. São Paulo: Saraiva. 2008
ALBERTO, Vader Luiz Palombo. Pericia contábil. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2007
CANUTO, Raimundo. Cálculo trabalhista passo a passo. 5. ed. Leme: Mundo
Jurídico, 2011
ALMEIDA de, André Luiz Paes. Direito do trabalho – material, processual e
legislação especial. 8.ed. São Paulo: Rideel, 2010
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23. ed. São
Paulo: Cortez, 2008
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