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CADERNO ESPECIAL DIARIO de P P E E R R N N A A M M B B U U C C O O DOMINGO Recife, 1º de maio de 2011 EXPEDIENTE: Diretora de redação: Vera Ogando.Textos: Daniel Alves e Tânia Passos Edição: Jaqueline Andrade Edição de fotografia: Heitor Cunha. Design: Jaíne Cintra e Kelen Linck Desafios para o trânsito do amanhã “Em 1990, Pernambuco tinha uma frota de 390 mil veículos. Em 2002, alcançou a marca de um milhão de carros. E comemorou. Em menos de 10 anos quase duplicamos essa frota e agora corremos o risco de sofrer”. O depoimento do presidente do Fórum Desafios para o Trânsito do Amanhã, Laédson Bezerra, promovido pelos Diários Associados em Pernambuco, é um retrato dos desafios que todos nós temos pela frente. O que fazer diante de um cenário de catástrofe iminente? O fórum terá 10 edições até o fim do ano. Na sua primeira edição, na última quarta-feira, teve como tema as rodovias federais. Neste caderno especial, aprofundamos as questões levantadas durante o encontro. Ao final das edições, as propostas apresentadas vão ser reunidas em um documento para ser entregue às autoridades. A ideia é que cada um possa contribuir com propostas para a melhoria do trânsito. As grandes intervenções viárias, que estão em curso, dentro da infraestrutura para a Copa de 2014, são importantes, mas é preciso também desenvolver em cada um a atitude cidadã e a cultura do bem. Evitar fechar os cruzamentos, não estacionar em locais impróprios, obedecer à sinalização, descobrir as vantagens de ser educado também no trânsito. Então, sejam bem-vindos! EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS

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CADERNO

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DOMINGORecife, 1º demaio de 2011

EXPEDIENTE: Diretora de redação: Vera Ogando.Textos: Daniel Alves e Tânia Passos Edição: Jaqueline Andrade Edição de fotografia: Heitor Cunha.Design: Jaíne Cintra e Kelen Linck

Desafios para otrânsito doamanhã“Em 1990, Pernambuco tinha uma frota de 390mil veículos. Em 2002, alcançou amarca de ummilhão de carros. E comemorou. Emmenos de 10 anos quase duplicamos essa frota e

agora corremos o risco de sofrer”. O depoimento do presidente do FórumDesafios para o Trânsito do Amanhã, Laédson Bezerra, promovido pelos Diários Associados emPernambuco, é

um retrato dos desafios que todos nós temos pela frente. O que fazer diante de um cenário de catástrofe iminente? O fórum terá 10 edições até o fim do ano. Na sua primeira edição, na

última quarta-feira, teve como tema as rodovias federais. Neste caderno especial, aprofundamos as questões levantadas durante o encontro. Ao final das edições, as propostas

apresentadas vão ser reunidas emumdocumento para ser entregue às autoridades. A ideia é que cada umpossa contribuir compropostas para amelhoria do trânsito. As grandes

intervenções viárias, que estão em curso, dentro da infraestrutura para a Copa de 2014, são importantes, mas é preciso tambémdesenvolver em cada um a atitude cidadã e a cultura do

bem. Evitar fechar os cruzamentos, não estacionar em locais impróprios, obedecer à sinalização, descobrir as vantagens de ser educado tambémno trânsito. Então, sejam bem-vindos!

EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS

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desafios para o trânsito do amanhã

Já não nos contentamoscom um pavimento dequalquer jeito. É preciso

que as vias funcionem como umtapete: boa pavimentação, sinali-zação e segurança para trafegar.É pedir muito? Até bem poucotempo conviver com as rodoviasem péssimas condições pareciafazer parte da “normalidade”, masjá não é mais assim. Hoje, perce-be-se que pagamos um preço altopor serviços ruins e ninguém gos-ta disso. Não por acaso, a privati-zação das rodovias voltou ao cen-tro das discussões. O assunto foium dos temas levantados no Fó-rum Desafios do Tios do TDesaf rânsito do Ama-nhã, promovido pelos Diários As-sociados em Pernambuco, quetrouxe em sua primeira edição as

rodovias federais. Mas, afinal, pri-vatizar as estradas é a solução?

O tema polêmico trouxe à tonaa situação atual da BR-232. E apergunta que se faz é se ela tives-se sido privatizada após a sua du-plicação em 2002, estaria nas con-dições em que se encontra hoje?Menos de 10 anos depois da suaduplicação, a BR-232 apresentaproblemas de drenagem, buracosem vários trechos, placas trinca-das, acostamentos ruins e sinali-zação deficiente. Pelo menos 18pontos críticos foram identifica-dos pelo Departamento Estadualde Estradas e Rodagens (DER).

Para o engenheiro e professordas universidades Federal e Ca-tólica de Pernambuco, MaurícioPina, um dos palestrantes do fó-rum, essa é uma decisão que a so-ciedade terá que tomar. “Nin-guém gosta de pagar a mais porum serviço que é obrigação do es-tado. Mas quem paga mais usamais. A Ponte Rio/Niterói é pri-vatizada e nós não pagamos na-

da. Se ela não fosse privatizadatambém pagaríamos pela manu-tenção dela”, afirmou.

Na opinião de Maurício Pina, oestado tem pelo menos duas ro-dovias federais em condições deserem privatizadas: as BRs 232 e101. “A demanda das duas viasjustificaria uma privicaria uma privtif atização umavez que são rodovias que recebemum volume de tráfego muitogrande e a maioria de cargas pe-sadas vindas de outros estadosque danificam o pavimento”, ex-plicou o professor.

Para se ter uma ideia desse im-

pacto, o professor explica que to-das as equações feitas por insti-tuições internacionais sobre o efei-to da carga no pavimento estimaque para cada 10% do excesso depeso, aumenta o efeito elevado àquarta potência. “É um impactode 46% a mais do suportável emcima do pavimento. Então, umarodovia que duraria 10 anos, sódura metade”, explicou.

No caso das estradas federaisque cortam o estado a fiscalizaçãoiscalizaçãofdo excesso de carga praticamen-te não existe. Na Região Metropo-litana, as três balanças instaladas

na década de 1970 em Igarassu,Moreno e Ribeirão não funcio-nam há mais de 20 anos. No pos-to da balança de Moreno, as ins-talações foram ocupadas por famí-lias de sem-teto. De acordo com osuperintendente de operações doDepartamento Nacional de In-fraestrutura e Transporte (Dnit),Emerson Valgueiro, após as obrasde requalificação das BRs 232 e101, os postos serão reativados.“Temos seis unidades móveis debalança e duas fixas no interior.Vamos reativar os equipamentosna RMR”, disse.

A única via privatizada no es-tado é a do sistema viário do Pai-va. O sistema tem início a partirda ponte que atravessa o Rio Ja-boatão com 320 metros de ex-tensão. A via litorânea tem 6,2quilômetros de extensão e é com-posta de canteiro central, ciclo-via, passeio, iluminação com ca-beamento subterrâneo, passare-la para pedestres, ciclovia e mi-rantes. Conta ainda com duaspraças de pedágio posicionadasnos extremos do sistema viário,sendo uma em Itapuama, no mu-nicípio do Cabo de Santo Agos-tinho, e outra em Barra de Jan-

gada, no município de Jaboatãodos Guararapes.

Os motoristas de veículos pas-seio pagam R$ 3,70 nos dias úteise R$ 5,50 nos fins de semana e fe-riados. Outros veículos com até5 toneladas terão tarifa específi-ca. O sistema começou a funcio-nar no dia 11 de junho de 2010,já com a cobrança do pedágio.Segundo os estudos de fluxluxf o detráfego, a estimativa para o pri-meiro ano de funcionamento erade cerca de 1.800 veículos pordia. Hoje o fluxluxf o é de mais de 3mil veículos/dia. “Esse resultadosó confirma a importância desse

novo sistema viário para o desen-volvimento da região”, ressaltouIvan Moraes, gerente de opera-ções da Rota dos Coqueiros.

Em 2004, a Secretaria de In-fraestrutura de Pernambuco che-gou a elaborar um estudo de via-

bilidade de privatização da BR-232. De acordo com o engenhei-ro Maurício Pina, que partici-pou do estudo, o valor da tarifado pedágio estimada na épocaera de R$ 1,50. “Acho que o va-lor não seria muito diferente. A

tarifa da Ponte do Paiva é maisalta porque eles executaram aobra e estão retirando do pedá-gio os recursos para cobrir asdespesas. Na BR-232, o pedágioseria apenas para a manuten-ção”, explicou.

Único exemplo de via privatizada no estado, fluxo de veículos já superou as previsões

O excesso de peso dos caminhões é apontado como um dos vilões para a degradação da BR-101 Sul. Na foto abaixo, posto de pesagem abandonado emMoreno, na RMR

Privatizar é a saídapara asBRs?

Pedágio naPonte do Paiva

2 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 1º de maio de 2011especial

CECILIA

DESA

PEREIRA/D

P/D

.APRESS

EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS

JULIO

JACOBIN

A/D

P/D

.APRESS

depoimentos

No momento em que seprivatiza e se angaria

recursos para manter a rodoviaem bom estado, acho uma coisaboa. Porém, antes de fazer isso,precisamos de mais estudos paranão cometermos equívocos”● Simírames Queiroz -presidente do ConselhoEstadual de Trânsito

!

Especialistas debateramsobre os problemas das rodovias

Tema polêmico foidiscutido na primeiraedição do fórum sobretrânsito dos DiáriosAssociados em PE

ALCIONE FERREIRA/DP/D.A PRESS

Os exemplos de melhoriaque temos pelo Brasil

apontam para a conveniênciadesse mecanismo. As 10 melhoresrodovias federais do país têm opedágio. Além disso, paga-se poralgo que está se usando. Diferentede quando pagamos através dosimpostos, que temos descontossem mesmo usar”● César Cavalcanti - chefe doDepartamento de Arquitetura eUrbanismo (UFPE)

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Discordo

quando falam

que temos que

melhorar o

trânsito por

causa da Copa.

Devemos

melhorar

porque está

um caos”

MMMMaaaauuuurrrríííícccciiiioooo PPPPiiiinnnnaaaa,,,, professor eespecialista em trânsito

DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 1º de maio de 2011 especial 3

Seria viável a privatizaçãode estradas como a BR-232,por exemplo?Sim. Os investimentos para man-ter essa rodovia são elevados.Atualmente, as demandas sociaisestão muito grandes. Educação,saúde e segurança cada vez maisconsomem volumes maiores derecursos. As pessoas tendem areclamar que seria mais uma coi-sa para se pagar, mas é justo. Sópaga quem usa, quem não usanão paga. Está na hora de abrir-mos essa discussão sobre a BR-232. Há 9 anos ela foi duplicadae consome cada vez mais recur-sos e precisamos de uma defini-ção da fonte para isso.

Oexcessodepesodos cami-nhões é um dos principaisdestruidores das rodovias.As regras de pesagem esti-puladas para esses veículossão cumpridas?O que se fiscaliza aqui nas rodo-vias federais em Pernambuco équase nada. Tínhamos três pos-

tos: um em Igarassu, que nuncafuncionou; outro em Moreno emais um em Ribeirão, todos ina-tivos. Esses dois últimos foramdesativados em 1998 porque hou-ve uma greve de caminhoneirosna época e o sindicato deles co-locou como exigência ao gover-no o fechamento desses postos depesagem. Desde então, não háfiscalização. Com isso, um pavi-mento que era para durar dezanos, com cinco se acaba.

As estradas mal conserva-dascontribuemparaaciden-tes?Em 2005, tivemos 3.969 aciden-tes. Em 2010, foram mais de6.700. Algo em torno de 90% decrescimento em cinco anos. Te-mos que levar em consideraçãotrês elementos que provocam oacidente: o homem, a via e o veí-culo. Boa parte é causada peloser humano, por imprudência,álcool com direção. No entanto,nas estatísticas nunca aparecemas vias como provocadoras de

acidentes. Ninguém diz que arodovia estava em péssimo esta-do e que o motorista precisoudesviar de um buraco e tal fatocausou o acidente.

Oque o senhor acha dos in-vestimentos na infraestru-tura viária para a Copa doMundo?Discordo muito quando as pes-soas dizem que temos que me-lhorar o trânsito por causa da Co-pa. Sou radicalmente contra essaafirmativa. Sabe por quê? Esta-mos em uma situação de totalcaos no trânsito da cidade. Nãopodemos dizer que vamos melho-rar em razão da Copa. Devemosmelhorar porque precisamos. Cla-ro que eu entendo que o eventoé uma oportunidade de captarrecursos para isso. Afinal, serãoinvestimentos de grande porte.Barcelona é um grande exemplopois, na Olimpíada de 1992, mu-dou a estrutura e se transformouem uma nova cidade. Os equipa-mentos ficaram.

Mestre em engenharia civil com especialização na área de transporte, o professor da UFPE e daUnicap Maurício Pina foi um dos palestrantes da 1ª edição do Fórum Desafios para o Trânsito doAmanhã. Pina dedica-se aos estudos do setor há mais de 36 anos. Depois de tanto tempo acom-panhando o assunto na academia e na prática, o doutorando em engenharia civil é um dos pou-cos nomes no Recife indicado para falar sobre um dos maiores problemas das cidades brasilei-ras: o trânsito. Em entrevista ao Diario, ele deu sua opinião sobre questões polêmicas como pri-vatização das estradas, o crescimentos anual dos acidentes e Copa do Mundo.

entrevista >>Maurício Pina

“Devemosdiscutirsobrea privatização da 232”

JULIO

JACOBIN

A/D

P/D.A

PRESS

desafios para o trânsito do amanhã

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desafios para o trânsito do amanhã

Aprincipal via de acessoaos polos têxteis doAgreste do estado, a BR-

104, também conhecida como Ro-dovia das “Confecções” ou do“Jeans”, já teve a primeira etapadas obras de duplicação finaliza-da há duas semanas. Foram en-tregues pelo governo do estado21,4 quilômetros, do total de 51,7quilômetros. A BR corta os muni-cípios de Carua-ru, Santa Cruzdo Capibaribe eToritama. O res-tante da obra,iniciada em ju-nho de 2009,deverá ser fina-lizado até o fimdeste ano. Atualmente, essa rodo-via recebe cerca de 15 mil veícu-los diariamente. Em um dia desulanca, o fluxluxf o chega a 25 mil veí-culos. Duplicada, a pista suporta-rá 49 mil veículos/dia. A obra es-tá orçada em R$ 319 milhões. Mes-mo sendo uma via de escoamen-to no Agreste, não levantou ne-nhum tipo de discussão sobre pri-vatização.

A rodovia faz a interligação dospolos comerciais do Agreste, sen-do importante por cortar o esta-do no sentido Norte/Sul, ligando

o município de Caruaru aos esta-dos da Paraíba e Alagoas. Um dospalestrantes do Fórum Desafiospara o Trânsito do Amanhã, o en-genheiro e superintendente deOperações do Departamento Na-cional de Infraestrutura de Trans-porte (Dnit), Emerson Valgueiro,informou que 58% das obras estãoconcluídas. “Estamos adiantados.A nossa previsão é entregar tudoaté o fim do ano”, informou.

Essa BR representa para os mu-nicípios da região uma das maisimportantes vias de escoamentodos seus produtos, o que deverá,com o fim das obras, beneficiar

aproximada-mente um mi-lhão de pes-soas. A via tam-bém exerceum papel fun-damental noaumento doturismo e do

intercâmbio comercial e culturalentre as cidades vizinhas.

O trecho da obra já concluídovai da saída de Caruaru até o en-troncamento da PE-145, no aces-so a Fazenda Nova. O restante dotrajeto até o distrito de Pão deAçúcar, em Taquaritinga do Nor-te, segue em andamento. Dois via-dutos também já foram entre-gues. “A duplicação dará outra vi-da ao tráfego dessa importanterodovia. Os viadutos também evi-tarão os semáforos”, afirmou apresidente do DER-PE, Éryka Lyka LÉr una.

No alto, duplicação do viaduto em Caruaru. Acima, na 408, facilidade para a Copa

Hoje,via temfluxo

diáriode15mil

veículos.Metaé

chegara25mil

O futuro da realização daCopa do Mundo em Pernam-buco passa pelas obras de du-plicação da BR-408. Parece exa-gero, mas não é. A pista é oprincipal acesso à Cidade daCopa. Afinal, ela é ligada aoprincipal corredor viário doestado, interagindo com a BR-232, o Terminal Integrado dePassageiros (TIP) e com o sis-tema metroviário metropoli-tano, além de permitir a co-nexão com a BR-101, no Reci-fe. Apesar de ter começado aobra de duplicação no mes-mo período da BR-104, em ou-tubro de 2009, a BR-408 sóconcluiu aproximadamente27% das suas obras. Duranteo Fórum no Diario de Per-nambuco foi discutida a ne-cessidade de mais rapidez naduplicação dessa rodovia.

A BR-408 é uma das quatrorodovias federais que estãotendo as obras executadas pe-lo estado, mas parte dos re-cursos é da União. O enge-nheiro e superintendente deOperações do Dnit, EmersonValgueiro, que acompanha ostrabalhos, informou que a pre-visão de conclusão da BR-408é para maio de 2012, mas re-velou que os trabalhos preci-sarão ser agilizados.

“Devemos dar maior anda-mento. Essa via é importantís-sima não só para a Copa de2014, mas também para a mo-bilidade do nosso trânsito”,disse Valgueiro. A duplicaçãoda rodovia vai beneficiar osmunicípios de Recife, Jaboa-tão dos Guararapes e Nazaréda Mata (RMR) e Carpina, naZona da Mata Norte.

Rodoviado JeansduplicadaPrimeira etapa da obrafoi entregue há duassemanas. Até o final doano, será concluída

Acesso àCidadeda Copa

saibamais+

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4 DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 1º de maio de 2011especial

RICARDO

FERNANDES/DP/D

.APRESS

EDVALDO RODRIGUES/DP/D.A PRESS

BR-104

Total de quilômetrosduplicados

51,7(58% concluído)

Investimento

R$ 319 milhões

Atualmente: Médiade carros/dia

20 mil

Após duplicação

49 mil veículos/ dia

Trecho e obras prontas

21,4 km

Início da obraJunho de 2009

Previsão de finalizaçãoFinal de 2011

BR-408

Quilômetros duplicados

19,7 km (27% concluídos)

Investimento

R$ 120 milhões

Média de carros/dia

15 mil

Após duplicação

30 mil

Início da obraOutubro 2009

Previsão de finalizaçãoMaio de 2012

Fonte: DER-PE

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saibamais+

DIARIOddddeeeePPPPEEEERRRRNNNNAAAAMMMMBBBBUUUUCCCCOOOO - Recife, domingo, 1º de maio de 2011 especial 5

Aobra de requalificaçãoda 4ª perimetral, no tre-cho urbano da BR-101,

também chamado de contornodo Recife, está orçada em R$ 450milhões. O trecho de 42km vai re-ceber um corredor exclusivo deônibus nos padrões do BRT (Trans-porte Rápido por Ônibus). O cor-redor de ônibus sairá do quilôme-tro 41, em Igarassu, e se estende-rá até o km 83, em Prazeres, Jaboa-tão dos Guararapes. De acordocom a Secretaria de Transportesdo estado, a licitação do projetoexecutivo será aberta no dia 10de maio e a expectativa é que atésetembro seja dado início à licita-ção da obra, a partir do projeto bá-sico. A meta é deixar pronta a 4ªperimetral até 2013.

Com um tráfego de 35 mil a55 mil veículos, o trecho do con-torno do Recife é um dos maisproblemáticos. Além do tráfegointenso, a via se encontra em pés-simo estado de conservação. Emvários trechos o pavimento apre-senta fissuras e trincas. A manu-tenção ocasional da operação ta-pa-buraco é um paliativo que sópiora quando os buracos voltama abrir. A sinalização é precáriae o canteiro central é muitas ve-zes usado como ponto de retor-no irregular.

Pelo projeto da Secretaria deTransportes de Pernambuco, a ro-dovia terá o pavimento requalifi-cado ao longo do contorno emcerca de 40 km. O canteiro centralserá usado para implantação dasestações de embarque no padrãodo BRT: pagamento antecipado eembarque no nível da porta deentrada, a exemplo do metrô. Nopercurso será implantado aindaum elevado nas proximidades dareitoria da UFPE até a BR -232.

Com a implantação de uma fai-xa exclusiva para ônibus, a viaserá alargada. Além da faixa doônibus haverá outras três faixaspara os veículos. O projeto tam-bém prevê dois viadutos: um so-bre o viaduto da Caxangá e ou-tro próximo ao Posto da PolíciaRodoviária Federal nas imedia-ções do Colégio Militar. Corredor que deixará o trânsito fluir sairá de Igarassu e seguirá até Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes

O custo da obra de recuperaçãoda BR-232 está estimado em R$100 milhões. A rodovia apresentaproblemas estruturais, que já ha-viam sido identificados em 2004em um relatório feito pelo Depar-tamento Nacional de Infraestru-tura e Transporte (Dnit). Outro re-latório feito por técnicos da USP,

também havia apontado proble-mas estruturais na via. De acordocom o superintende de operaçõesdo Dnit, Emerson Valgueiro, porcausa disso o órgão não oficializouicializouofo recebimento da rodovia federalque havia sido entregue ao estadopara as obras de duplicação.

“Nós pedimos para que fossem

feitos os reparos, mas isso nuncaocorreu e os problemas se agrava-ram”, afirmou Emerson Valguei-ro. As obras de recuperação da BR232 estão dentro do cronogramada Secretaria de Transportes dePernambuco. De acordo com apresidente do Departamento Es-tadual de Estradas e Rodagens

(DER), Éryka Luna, foram identi-ficados 1icados 1f 8 pontos críticos da rodo-via. Segundo ela, o maior proble-ma é de drenagem. “Estamos fa-zendo obras emergenciais de ma-nutenção, mas o problema maiorde drenagem só será resolvidocom a recuperação da via que vaiser licitada neste mês”, apontou.

As obras de recuperação serãorealizadas da saída do Recife atéCaruaru (um trecho de 130 km).A estimativa é que a obra, previs-ta para ser iniciada em 2012 sejarealizada até 24 meses. “Depoisda recuperação, o estado vai ten-tar receber os recursos que foraminvestidos”, afirmou Éryka Luna.

Umcorredor paraônibus

Orçada em R$ 450Orçada em R$ 450milhões, requalificaçãoda BR-101 inclui viapara coletivos notrecho urbano

Os problemas estruturais da 232

RICARDO

FERNANDES/DP/D

.APRESS

GOVERDO DO ESTADO DE PE/DIVULGAÇÃO

desafios para o trânsito do amanhã

BR 101 (4ª perimetral )

R$ 450milhões é o custo estimadopara a obra

2 viadutosserão construídos paraimplantação do corredor BRT

1 elevadoserá implantado entre areitoria da UFPE e a BR 232

42 kmserá o trecho do corredor doBRT de Igarassu a Jaboatãodos Guararapes

BR 232

2002Conclusão da duplicação

R$ 500 micusto de execução da obra

R$ 100 micusto da requalificação

2012Previsão do início das obrasde restauração

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Crescer tantoquantoanossaeconomia,sóaconfiançadonossopovo.

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Crescimento do PIB em 2010 (sobre 2009)

ChinaChina BrBrasilasil PPernambucernambucoo

10,3% 9,3%7,5%

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