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Apresentação1 (4)giovanna e laura. senhora e O cortiço

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José de Alencar

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Resumo A obra Senhora, de José de Alencar é dividida em quatro partes. A primeira delas, nomeada de “O preço do

casamento”, começa descrevendo uma jovem moça chamada Aurélia, rica e frequentadora de bailes da alta sociedade. Aurélia, sendo órfã e recebedora de uma grande fortuna, estava sempre acompanhada de sua parenta D. Firmina e acreditava que todos só se interessavam por ela por causa de sua beleza e do seu

dinheiro. Em um baile de costume, Aurélia começou a se questionar sobre sua educação e seu destino. Escreveu uma carta ao Sr. Lemos dando-lhe a missão de arrumar seu casamento com o atual noivo de

Adelaide Amaral, o Fernando Seixas. Seixas era pertencente a uma família de situação pouco favorável e pretendia arrumar um casamento com uma moça rica para oferecer melhores condições para sua mãe e

suas irmãs, e também para seus luxos. Lemos faz a proposta de casamento a Seixas, que mesmo sem conhecer a noiva, recebe um adiantamento do alto dote e aceita o compromisso. Quando foi apresentado à Aurélia, Seixas sente uma profunda humilhação, pois em tempos passados tinha rompido um noivado com ela para ficar noivo de Adelaide, que era mais rica. Na noite de núpcias, Aurélia chama seu então marido

de homem vendido.Na segunda parte, chamada “Quitação”, é contada a história de Aurélia. D. Emília era sua mãe e Pedro

Camargo, seu pai. Pedro era filho bastardo de um rico fazendeiro e casou-se com Emília sem conhecimento de seu pai. Anos depois, acaba morrendo e seu pai não conhece sua neta. D. Emília fica em má situação

para criar sua filha. Nesse momento, Seixas se elege como pretendente de Aurélia e assume o compromisso de se casar com ela. Porém, se arrepende por ter se apaixonado por uma moça pobre e órfã e assume

compromisso com Adelaide, moça rica na sociedade. Perto de falecer, o avô de Aurélia a procura e deixa para ela toda sua fortuna. Após a morte de sua mãe, Aurélia tem como tutor Sr. Lemos, seu tio, e como

acompanhante, D. Firmina.A terceira parte tem como título “Posse” e descreve a rotina de Aurélia e Fernando enquanto casal. Eles

vivem uma vida de aparência; desfilam de mãos dadas, trocam carinhos e gentilezas diante de bailes ou de amigos. Mas quando estão sozinhos, trocam palavras ferinas e acusações. Fernando se vê como um

escravo de Aurélia, tendo ela como sua dona e a obedece em todos os seus desejos.

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Na quarta e última parte, “Resgate”, temos os principais acontecimentos da trama. Os desejos não realizados de Aurélia e

Fernando são passados pelo autor com muito erotismo. Porém, por orgulho, Fernando e Aurélia não se deixam envolver. Podemos notar

nessa parte a visível transformação de Fernando que passa a recusar o luxo que tanto já desejara. Fernando passa então a trabalhar

dedicadamente e faz um negócio importante, em que arrecada um valor e devolve para Aurélia todo o dinheiro do dote. Ele então pede o

divórcio. Comprovada a mudança de Fernando, Aurélia lhe mostra o seu testamento escrito no dia do casamento, onde é deixada para Fernando toda sua fortuna e é declarado o seu amor por ele. O casamento então

se consuma e os dois se tornam um casal de amantes

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ContextoSobre o autor

José de Alencar nasceu no Ceará em 1829 e em 1830 muda-se para o Rio de Janeiro, junto com sua família. Aos 14 anos, mudou-se para São Paulo, onde inicia sua faculdade de Direito.

Destacou-se como um grande romancista de nossa literatura, além do romance urbano Senhora, publicou outras tendências de romance, como o romance

indianista Iracema e o romance regionalista O gaúcho. Além de escritor, foi também crítico teatral e político. Morreu aos 48 anos em 1877, na cidade do Rio de Janeiro.

Importância do livroSendo um dos últimos de Alencar, Senhora é um romance urbano que retrata o casamento por

interesse numa sociedade de aparências do século XIX, mesma época em que o autor vivia. Nessa obra pertencente à época literária do Romantismo já é possível observar características do Realismo e do Naturalismo . Através dos diálogos e discussões entre Fernando e Aurélia,

podemos notar a visão crítica que estes possuem da sociedade, onde o casamento não é apenas por amor, e mais por interesse.

Período históricoO romance pertence a segunda metade do século XIX, onde a sociedade vivia de aparências e contradições. Alencar critica a sociedade, não de uma perspectiva esperançosa de mudanças,

mas de perspectivas atuais e sem soluções aparentes. O casamento por interesse era um costume social muito criticado pelo autor.

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AnáliseAurélia, personagem principal do livro Senhora, de José de Alencar, participa da tríade do autor – juntamente com Lucíola e Diva – em que representa o “perfil de mulher” da sociedade brasileira

através de uma visão romântica. Através desse perfil, Alencar busca compreender os sentimentos e os motivos que os impulsionam, através do relato minucioso dos pensamentos e ações da mulher. Aurélia, sendo pobre, era frágil, meiga, compreensiva e sonhadora. Após a decepção que teve com Fernando ao ser abandonada em troca de um casamento por interesse, passa a ser fria, calculista e

temperamental. Aurélia faz questão de, por vaidade, mostrar à sociedade que é rica e dona de Fernando.

Já Fernando inicia o enredo sendo um homem extremamente interesseiro e sedutor que mesmo estando apaixonado por Aurélia, desmancha seu noivado com ela para assumir compromisso com Adelaide, que era rica. Porém, ao se casar com Aurélia e se sentir humilhado diante da situação,

ocorre uma transformação em sua personalidade. Para se transformar no par de Aurélia e completar o romance com um desfecho feliz, essa mudança de comportamento é necessária ao

enredo. Fernando passa a ser um homem compromissado com o trabalho e tem por objetivo principal devolver à Aurélia o valor correspondente ao dote que recebeu, para assim ficar livre.

Senhora faz parte da fase literária que chamamos de Romantismo. Entretanto, em várias passagens e através dos personagens do enredo, podemos notar características pertencentes ao estilo do

Realismo já se mostrando. Alencar faz uma dura crítica ao costume da época em que casamento muitas vezes não era visto como uma união de um casal apaixonado e sim como um negócio, em

que dotes são pagos.

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Personagens Aurélia Camargo: Jovem rica de 18 anos órfã, chama atenção de todos pela sua beleza e excentricidade. Muitos

moços da sociedade a desejam como esposa, porém, ela pede a seu tio que faça um acordo com Fernando Seixas e casa-se com ele. Aurélia demonstra inteligência e planejamento de suas ações, para que tudo saia

conforme seus planos.Fernando Seixas: Jovem de 18 anos que, apesar de sua família viver de maneira muito simples, tinha uma pose e

um lugar de respeito na sociedade. Interesseiro, procura casamento com uma moça rica para melhorar sua situação financeira. É servidor público. Só após o casamento com Aurélia é que começa a ocorrer uma

transformação em sua personalidade.D. Emília: mãe de Aurélia, casa-se com Pedro por amor e deixa sua família para viver esse amor.

Lemos: Irmão mais velho de D. Emília que só aparece após saber que sua sobrinha herdou uma valiosa herança. A pedido de Aurélia, arruma seu casamento com Fernando.

Pedro Camargo: filho bastardo de Lourenço Camargo, casa-se escondido de seu pai com D. Emília e morre, deixando Aurélia órfã.

D. Firmina: mora com Aurélia e a faz companhia.Adelaide: Ex-noiva de Fernando, é apaixonada por Torquato e por ele ser pobre, só consegue se casar com a

ajuda de Aurélia.Torquarto Ribeiro: moço pobre e apaixonado por Adelaide, foi muito amigo de Aurélia quando ela era pobre.

Eduardo Abreu: Apaixonado por Aurélia, paga as despesas do sepultamento de D. Emília, mesmo estando viajando.

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Aluísio Azevedo

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Resumo O romance segue claramente duas linhas mestras em seu enredo, cada uma delas girando em torno de um imigrante português. De um lado temos João Romão, o dono do cortiço, do outro Jerônimo, trabalhador braçal que se emprega como gerente da pedreira que pertence

ao primeiro.

João Romão enriquece às custas de sua obsessão pelo trabalho de comerciante, mas também por intermédio de meios ilícitos, como os roubos que pratica em sua venda e a exploração da amante Bertoleza, a quem engana com uma falsa carta de alforria. Ele se torna proprietário

de um conjunto de cômodos de aluguel e da pedreira que ficava ao fundo do terreno. Aumenta sua renda e passa a se dedicar a negócios mais vultosos, como aplicações

financeiras. Aos poucos, refina-se e deixa para trás a amante.

Miranda, comerciante de tecidos e também português, muda-se para o sobrado que fica ao lado do cortiço. No início disputa espaço com o vizinho, mas, aos poucos, os dois percebem

interesses comuns. Miranda tem acesso à alta sociedade, posição que começa a ser almejada por João Romão, este, por sua vez, tem fortuna, cobiçada pelo comerciante de tecidos que

vive às custas do dinheiro da esposa. Logo, uma aliança se estabelece entre eles. Para consolidá-la, planeja-se o casamento entre João Romão e a filha de Miranda, Zulmira. João

se livra de Bertoleza, devolvendo-a aos seus antigos donos.

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Jerônimo assume a condição de gerente da pedreira de João Romão e passa a viver no cortiço com a esposa Piedade. Sua honestidade, força e nobreza de caráter logo chamam a atenção de todos. No entanto, seduzido pela envolvente Rita Baiana,

assassina o namorado desta, Firmo. Jerônimo abandona a esposa e vai viver com Rita. Entra então em um acelerado processo de decadência física e moral, assim como sua

esposa, que termina alcoólatra.

A decadência atinge também outros moradores do cortiço. É o caso de Pombinha, moça culta que aguardava a primeira menstruação para se casar. Seduzida pela prostituta Léonie, abandona o marido e vai viver com a amante, prostituindo-se

também.

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Contexto Sobre o autor

Aluísio Azevedo foi o melhor representante da tendência naturalista do Realismo brasileiro. Em seu esforço de conhecimento da realidade, explicitava a vida humana mesmo em seus aspectos mais sórdidos: a baixeza, a exploração, a

desonestidade e o crime.

Importância do livro Na literatura brasileira, O Cortiço é o romance mais exemplar da estética realista-

naturalista. Nele, pode-se perceber com clareza a visão que os naturalistas tinham das reações sociais no desejo de enriquecimento que toma João Romão, e

ainda a imagem que os naturalistas faziam das relações pessoais no envolvimento amoroso entre Jerônimo e Rita Baiana.

Período histórico O romance foi escrito em um período de profundas transformações na paisagem

urbana do Rio de Janeiro, captadas ali com o registro cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real.

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Análise

O romance de Aluísio Azevedo segue de perto as determinações do chamado “romance experimental”, conceito elaborado pelo escritor francês Émile Zola. Segundo o conceito, a realidade é observada de

uma perspectiva científica que se distancia da idealização romântica e mostra um retrato fiel da sociedade, mesmo de seus aspectos mais sórdidos – postura artística denominada então de “belo

horrível”. A busca pelo registro fidedigno orienta o narrador no sentido da reprodução da linguagem das personagens com toda a riqueza da oralidade e das gírias do tempo. Nota-se ainda um aspecto

fundamental da narrativa realista-naturalista: o interesse pela miséria, pela pobreza. Além de traços presentes na tendência naturalista do realismo, como a sexualização do enredo e a animalização das

personagens.

Pode-se dizer que O Cortiço segue o figurino naturalista em duas linhas de exposição de comportamento humano. A trajetória de João Romão apresenta a visão naturalista das relações sociais, enquanto a de Jerônimo indica a perspectiva adotada pela escola no que diz respeito às relações pessoais. Nos dois casos, evidenciam-se patologias que definem os desvios morais das

personagens.

A ambição de João Romão não é condenada, afinal, ele apenas se aproveita das oportunidades oferecidas pela sociedade capitalista então nascente. Ocorre que, nele, a vontade de prosperar

transforma-se em doença, em “febre de possuir”. Sua falta de escrúpulos é tamanha, que passa a explorar a companheira Bertoleza até o ponto da saturação, quando a troca por uma companhia que

promete frutos mais lucrativos.

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No retrato das relações sociais, o sobrado cumpre um papel fundamental, principalmente no contraste com o cortiço: este reúne os tipos miseráveis, enquanto aquele representa a riqueza

das elites. Ficam assim representadas as diferenças sociais. Mas é bom observar que tanto em um ambiente quanto no outro o padrão moral é o mesmo, caracterizado pela baixeza e

pelo domínio dos instintos.

Jerônimo sintetiza a visão naturalista do envolvimento amoroso. Na verdade, não se trata de amor, já que os naturalistas não consideravam esse sentimento, tomando-o apenas como

uma máscara para a verdadeira motivação da aproximação entre casais, o instinto natural de preservação da espécie. Assim, o que une Jerônimo a Rita Baiana é o desejo sexual: o

português se rende aos encantos da mulata brasileira, circunstância que mostra a sedução que a terra exótica exerce sobre o colonizador espantado.

A queda moral de Jerônimo também possui explicação ligada ao ambiente: o sol dos trópicos abate a vontade de trabalhar e o homem se entrega aos prazeres. Sua pureza original é

superada por seus instintos, e ele se torna preguiçoso e dado à luxúria. O fato de a mesma decadência atingir Piedade e Pombinha confirma a tese de que a tendência à frouxidão de

costumes se dá em função do ambiente.

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Personagens- João Romão: português ambicioso, torna-se dono da venda, do cortiço e da pedreira. Explora a

amante Bertoleza, mas acaba se casando com Zulmira por motivos financeiros. - Bertoleza: escrava que se pensa alforriada, trabalha para João Romão e é sua amante.

- Miranda: português, morador do sobrado ao lado do cortiço. É casado com Estela, mas tem um casamento infeliz, mantido apenas por razões financeiras.

- Estela: esposa de Miranda, é infiel ao marido. - Zulmira: filha de Estela e de Miranda, casa-se com João Romão, que busca ascensão social através

do casamento. - Jerônimo: português trabalhador e honesto, torna-se administrador da pedreira de João Romão.

Acaba se envolvendo com Rita Baiana e deixando de lado os princípios. - Rita Baiana: mulata sedutora, é amiga de todos no cortiço. Tinha um caso com Firmo, depois se

envolveu com Jerônimo. - Piedade: esposa dedicada de Jerônimo, acaba se entregando a bebida depois que o marido a

abandona para ficar com Rita Baiana. - Firmo: amante de Rita Baiana, é assassinado por Jerônimo.

- Pombinha: moça que discreta e educada que termina entregue à prostituição.

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Fonte : http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/

Laura Marie nº16 Giovanna Forestieri nº7

Professora Orientadora : Teresa Kashino2ºB