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Arte Indígena Brasileira

Arte indígena brasileira

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8ª série Fontes: http://www2.dq.fct.unl.pt/cadeiras/qpn1/proj/acabietico/resina.html http://www.historiadaarte.com.br/linha/indigenabr.html http://www.arteducacao.pro.br/hist_da_arte/hist_da_arte_prebrasil.htm PROENÇA, Graça. História da arte. Editora Ática São Paulo: 2007

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A arte dos índios brasileiros

Na época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse número caiu para aproximadamente 200 000. Mas essa brutal redução numérica não é o único fator a causar espanto nos pesquisadores de povos indígenas brasileiros. Assusta os também a verificação da ‑constante e agora já acelerada destruição das ‑ ‑culturas que criaram, através dos séculos, objetos de uma beleza dinâmica e alegre.

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Uma arte utilitária

Quando dizemos que um objeto indígena tem qualidades artísticas, podemos estar lidando com conceitos que são próprios da nossa civilização, mas estranhos ao índio. Para ele, o objeto precisa ser mais perfeito na sua execução do que sua utilidade exigiria. Nessa perfeição para além da finalidade é que se encontra a noção indígena de beleza. Desse modo, um arco cerimonial emplumado, dos Bororo, ou um escudo cerimonial, dos Desana  podem ser considerados criações artísticas porque são objetos cuja beleza resulta de sua perfeita realização.

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Uma arte utilitária

Outro aspecto importante a ressaltar: a arte indígena é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que da personalidade do indivíduo que a faz. É por isso que os estilos da pintura corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra.

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As culturas indígenas

Apesar de terem existido muitas e diferentes tribos, é possível identificar ainda hoje duas modalidades gerais de culturas indígenas: a dos silvícolas, que vivem nas áreas florestais, e a dos campineiros, que vivem nos cerrados e nas savanas.

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As culturas indígenas

Os silvícolas têm uma agricultura desenvolvida e diversificada que, associada às atividades de caça e pesca, proporciona lhes uma ‑moradia fixa. Suas atividades de produção de objetos para uso da tribo também são diversificadas e entre elas estão a cerâmica, a tecelagem e o trançado de cestos e balaios.

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As culturas indígenas

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As culturas indígenas Já os campineiros têm uma cultura menos complexa e uma agricultura

menos variada que a dos silvícolas. Seus artefatos tribais são menos diversificados, mas as esteiras e os cestos que produzem estão entre os mais cuidadosamente trançados pelos indígenas.

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Materiais

É preciso não esquecer que tanto um grupo quanto outro conta com uma ampla variedade de elementos naturais para realizar seus objetos: madeiras, caroços, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros, ossos, dentes, conchas, garras e belíssimas plumas das mais diversas aves.

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Materiais

Palmas

Cipó

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Materiais

Resina é uma secreção formada especialmente em canais de resina das plantas, de muitos dos quais, tais como, por exemplo, árvores coníferas, escoam lentamente em gotas macias, endurecendo-se em massas contínuas no ar. De outra forma pode ser obtido fazendo talhos na casca ou madeira da planta separadamente. Pode também ser extraído de quase todas as plantas pelo tratamento do tecido com álcool.

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Materiais

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Trançados

A variedade de plantas que são apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma grande variedade de utensílios, como cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas, pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em rituais religiosos, etc.

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Cerâmicas

A cerâmica destacou-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó. 

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Arte Plumária

Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas à pura busca da beleza.

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Pintura Corporal

As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas.

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Pintura Corporal

De acordo com Lévi Strauss, "as pinturas do rosto ‑conferem, de início, ao indivíduo, sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado. Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composição segundo as castas, elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas possuem assim uma função sociológica."

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Pintura Corporal

Pintam o corpo para enfeitá-lo e também para defende-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. E para revelar de quem se trata, como está se sentindo e o que pretende. As cores e os desenhos ‘falam’, dão recados. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa sorte na caça, na guerra, na pesca, na viagem. Cada tribo e cada família desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário.

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Padrões

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Materiais para a próxima aula:

Pedaço de cartolina ou papel cartão de 30cm X 30cm

Lápis de cor, canetas hidrocor ou tinta

Régua (também podem trazer esquadro ou transferidor)

Prestar atenção nas cores que os índios utilizam.