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1º ano: Apostila 01 / Aula 04 PLATÃO E O MUNDO DAS IDEIAS Professor Claudio Henrique Ramos Sales FILOSOFIA

Aula 04 - Platão e o mundo das idéias

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1. 1 ano: Apostila 01 / Aula 04 Professor Claudio Henrique Ramos Sales FILOSOFIA 2. Mito Uma narrativa sobre a origem dos astros, da Terra, dos homens, da morte, da sade, das raas, das guerras, enfim, de todas as coisas existentes no mundo. Do grego mythos: contar, falar, narrar, designar. Poeta-rapsodo: Autoridade 3. A Filosofia surge como uma Cosmologia, ou seja, uma explicao racional sobre a origem do mundo e sobre as causas das transformaes e repeties das coisas. Sculo VII a.C em Mileto (Turquia). 4. Filsofo Elemento Tales gua Anaximandro peiron Anaxmenes Ar ou frio Pitgoras Nmero Herclito Fogo Empdocles 4 qualidades Anaxgoras 4 sementes (4 elementos) Leucipo e Demcrito tomo 5. HERCLITO ANAXGORAS PITGORAS AVERRIS ANAXIMANDRO ANTSTENES OU XENOFONTES PARMNIDES OU XENCRATES DIGENES EPICURO HYPATIA PERIPATTICOS PLOTINO SCRATES ZOROASTRO,PTOLOMEU AGATON ALCIBADES OU ALEXANDRE EUCLIDES RAFAEL PLATO E ARISTTOTELES 6. Herclito - 540-470 a.C. Somente a mudana real, a permanncia ilusria. O mundo fluxo perptuo (devir) onde nada permanece igual a si mesmo, mas se transforma no seu contrrio. 7. O que , . O que no pode no ser. Dizer que o ser implica que ele s pode ser ele mesmo e no outro. a identidade ontolgica. Somente a identidade e a permanncia so reais e a mudana ilusria. 8. O ser sempre idntico a si mesmo, sem contradies, imutvel e imperecvel. O ordenamento csmico esttico. O devir (fluxo dos contrrios) a aparncia sensvel, mera opinio. A mudana o no-ser, o nada, o indizvel. 9. Scrates 469-399 a.C Ateniense, de vida simples. Maiutica / Dialtica. Conhece-te a ti mesmo. Sei que nada sei. Nada escreveu. 10. A fundao da metafsica 11. 12. A segunda navegao, portanto, leva ao reconhecimento da existncia de dois planos do ser: Um, fenomnico e visvel. Outro, invisvel e metafenomnico, captvel apenas com a mente, puramente inteligvel. O constitudo pela 13. Por que o Demiurgo quis gerar o mundo? Por bondade e por amor ao bem. 14. Mundo Sensvel Mundo inteligvel Diferena Identidade Aparncia Essncia Particular Universal Contingente Necessrio Relativo Absoluto Corpo (soma) Alma (psiqu) Corpreo Incorpreo Finito Infinito Dxa (opinio) Epistme (cincia) 15. A ALEGORIA DA CAVERNA 16. 17. Diagrama da Linha dividida MUNDO INTELIGVEL nesis ou episteme intuio intelectual dinoia raciocnio ou pensamento matemtico pstis e doxa crena e opinio eikasa imagens MUNDO SENSVEL 18. A ALEGORIA DA CAVERNA 19. MAS E QUANDO A EDUCAO QUE TE COLOCA NA CAVERNA? 20. O mundo das ideias no Mundo de Sofia Plato 21. Por que todos os cavalos so iguais, Sofia? Talvez voc ache que eles no so iguais. Mas existe algo que comum a todos os cavalos; algo que garante que ns jamais teremos problemas para reconhecer um cavalo. 22. Naturalmente, o exemplar isolado do cavalo, este sim flui, passa. Ele envelhece e fica manco, depois adoece e morre. Mas a verdadeira forma do cavalo eterna e imutvel. 23. Para Plato, este aspecto eterno e imutvel no , portanto, um elemento bsico fsico. Eternos e imutveis so os modelos espirituais ou abstratos, a partir dos quais todos os fenmenos so formados 24. Eu explico melhor: os pr- socrticos tinham oferecido uma explicao muito plausvel para as transformaes da natureza, sem ter de pressupor que algo efetivamente se transformava. Eles achavam que no ciclo da natureza havia partculas mnimas, eternas e constantes, que no se desintegravam. 25. Muito bem, Sofia! Eu disse muito bem! S que eles no tinham explicao aceitvel de como estas partculas mnimas, que um dia tinham se juntado para formar um cavalo, se juntavam novamente quatrocentos ou quinhentos anos mais tarde para formar outro cavalo, novinho em folha! Ou um elefante, ou um crocodilo. 26. O que Plato quer dizer que os tomos de Demcrito nunca podem se juntar para formar um crocofante ou um eledito. E foi isto, precisamente, que colocou em marcha suas reflexes filosficas. 27. Se voc j entendeu o que estou dizendo, pode pular este pargrafo. Caso no tenha entendido, vou tentar ser mais claro: digamos que voc pegue uma caixa cheia de peas de Lego e construa um cavalo. Depois voc desmancha o que fez e recoloca as peas de volta na caixa. Voc no pode esperar obter outro cavalo apenas chacoalhando a caixa de peas. 28. Afinal, como que as peas de Lego podem produzir um cavalo por si mesmas? 29. No... voc que tem que montar o cavalo novamente Sofia. E se voc conseguir, isto significa que na sua cabea voc tem uma imagem do que seja um cavalo. O cavalo do Lego foi formado, portanto, a partir de uma imagem padro que permanece inalterada de cavalo para cavalo. 30. Voc no chegou a uma concluso semelhante sobre os cinqenta bolos iguais? 31. Vamos imaginar agora que voc caia do espao na Terra e nunca tenha visto uma padaria. Ento voc passa pela vitrine muito convidativa de uma padaria e v sobre um tabuleiro cinqenta broas exatamente iguais, todas em forma de anezinhos. 32. Suponho que, nessas condies, voc v coar a cabea e se perguntar como todas aquelas broas podem ser iguais. E bem possvel que voc perceba que um anozinho est sem um brao, o outro perdeu um pedao da cabea e um terceiro tem uma barriga maior que a dos outros. 33. Contudo, depois de pensar bem, voc chega concluso de que todas as broas em forma de anozinho tem um denominador comum. Embora nenhum deles seja absolutamente perfeito, voc suspeita que eles devem ter uma origem comum. E chega concluso de que todos foram assados na mesma frma. 34. E mais ainda, Sofia: isto desperta em voc o desejo de ver esta frma, pois fica claro que ela deve ser indescritivelmente mais perfeita e, de certa forma, mais bonita do que uma de suas frgeis e imperfeitas cpias. 35. Se voc resolveu esta questo sozinha, ento voc conseguiu resolver um problema filosfico exatamente da mesma maneira que Plato. 36. Como a maioria dos filsofos, ele tambm caiu do espao na Terra, por assim dizer. (Ele foi l para a pontinha dos finos plos do coelho). 37. Plato ficou admirado com a semelhana entre todos os fenmenos da natureza e chegou, portanto, concluso de que por cima ou por trs de tudo o que vemos nossa volta h um nmero limitado de formas. 38. A estas formas Plato deu o nome de idias. 39. Por trs de todos os cavalos, porcos e homens existe a idia cavalo, a idia porco e a idia homem. (E por causa disto que a citada padaria pode fazer broas em forma de porquinhos ou de cavalos, alm de anezinhos. Pois uma padaria que se preze geralmente tem mais de uma frma. S que uma nica frma suficiente para todo um tipo de broa). 40. Concluso 41. Plato acreditava numa realidade autnoma por trs do mundo dos sentidos. A essa realidade ele deu no nome de mundo das ideias. Nele esto as imagens padro, as imagens primordiais, eternas e imutveis, que encontramos na natureza. Esta notvel concepo chamada por ns de a teoria das ideias de Plato. 42. "O belo o esplendor da verdade". "O que mais vale no viver, mas viver bem". "Vencer a si prprio a maior de todas as vitrias". "O amor uma perigosa doena mental". "Praticar injustias pior que sofr-las". "A harmonia se consegue atravs da virtude". "Teme a velhice, pois ela nunca vem s". "A educao deve possibilitar ao corpo e alma toda a perfeio e a beleza que podem ter".