32
HISTÓRIA DA MÍDIA NO BRASIL DISCIPLINA: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO BRASILEIRA PROF.: LAÉRCIO TORRES DE GÓES

Aula história da mídia no brasil 2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula   história da mídia no brasil 2

HISTÓRIA DA MÍDIA NO BRASIL

DISCIPLINA: S ISTEMA DE COMUNICAÇÃO BRASILEIRAPROF. : LAÉRCIO TORRES DE GÓES

Page 2: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem do Rádio

� As pesquisas de rádio foram iniciadas no século XIX junto ao avanço técnico impulsionado pela sociedade industrial.

� A partir de 1860, experimentos de James Maxwell, Heinrich Hertz e Gugliemo Marconi.

� Em Campinas - SP, entre 1893 e 1894, Padre Landell � Em Campinas - SP, entre 1893 e 1894, Padre Landell de Moura fez experiências de transmissão de voz a distância.

� O rádio nasceu como uma espécie de continuidade do telégrafo, sendo utilizado para orientar viagens de navios através de sinais emitidos por pequenas estações.

� Acabou sendo uma fonte importante de informações ao vivo sobre o naufrágio do Titanic em 1912.

Page 3: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem do Rádio

� Revela uma das principais características do rádio: imediatismo, a possibilidade de transmitir para os ouvintes os acontecimentos ao vivo.

� Durante a Primeira Guerra, foi utilizado para � Durante a Primeira Guerra, foi utilizado para fins militares.

� Foi explorado para uso comercial pelos executivos da Westinghouse, que criaram a KDKA, de Pittsburgh (EUA), em 1920.

� Programação constituída por música, publicidade e informação. Formato que deu origem a várias emissoras nos EUA e Europa.

Page 4: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem do Rádio

� Experimentações na programação, inserida no cotidiano dos ouvintes e compartilhada por familiares, vizinhos e amigos que se reuniam: músicas, noticiários e histórias narradas por locutores e atores.

� Transmissão célebre de Orson Welles em 30 de outubro de 1938, pela rádio CBS, no de outubro de 1938, pela rádio CBS, no Radioteatro Mercury, da adaptação de A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells (invasão dos marcianos).

� Credibilidade da transmissão por associar elementos do radioteatro e do radiojornalismo, com reportagens externas, opiniões de especialistas e edições extraordinárias.

Page 5: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem do Rádio

� De 1939 a 1945, várias emissoras passaram a transmitir ideologias por toda a Europa. Estações de Propaganda Negra: fascismo e nazismo.

� Possibilitou a criação de uma esfera imaginária através de imagens mentais estimuladas por palavras e sons.estimuladas por palavras e sons.

� Poder de penetração do veículo. A mensagem do rádio é recebida sem exigência da leitura, da alfabetização.

� Texto do rádio deve ter uma linguagem mais simples e objetiva, em função do público heterogêneo.

Page 6: Aula   história da mídia no brasil 2

� Oficialmente, as transmissões de rádio no Brasil ocorreram em em 7 de setembro de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência, promovidas pela Companhia Telefônica junto a Westinghouse e a Western Eletric.

� A história do rádio brasileiro pode ser considerada a partir da iniciativa de Edgar Roquette Pinto e Henry

O rádio no Brasil

partir da iniciativa de Edgar Roquette Pinto e Henry Morize, que criaram a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, atual Rádio MEC.

� Com fins educativos, a programação incluía noticiários, música erudita, debates e leitura de obras da literatura brasileira. Também aulas, conferências e palestras, distribuídas através de cursos (literatura inglesa e francesa, português, francês geografia, história natural, etc.).

Page 7: Aula   história da mídia no brasil 2

O rádio no Brasil

� Roquette Pinto percebeu a possibilidade de transmitir educação e cultura através do rádio.

� O rádio brasileiro nos anos 20 estava direcionado a uma pequena parcela da população, que ouvia a programação e contribuía com a manutenção das emissoras: Rádio Clube, Rádio Sociedade.

� Em 1930, Getúlio Vargas instituiu a publicidade no rádio através de decreto-lei, em março de 1932.

� Com o impulso da industrialização e a publicidade, a programação foi radicalmente transformada e associada ao entretenimento.

Page 8: Aula   história da mídia no brasil 2

O rádio no Brasil

� Valorização da música brasileira, com destaque para os cantores nacionais, os programas de auditório, o radioteatro, a radionovela, o humor e o radiojornalismo.

� Ademar Casé: um dos nomes importantes para dinamização da programação do rádio. Criador do primeiro jingle da publicidade brasileira que anunciava o pão Bragança, na Rádio Phillips, a partir de fevereiro o pão Bragança, na Rádio Phillips, a partir de fevereiro de 1932.

� Produção de peças para o radioteatro baseadas em obras da literatura, adaptadas para a linguagem radiofônica, como Os Miseráveis, O Conde de Monte Cristo, Quo Vadis, Ben-Hur.

� Implantação da censura pelo Estado Novo, em 1937, por Getúlio Vargas, organizada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1939.

Page 9: Aula   história da mídia no brasil 2

O rádio no Brasil

� As emissoras recebiam diariamente uma lista com a relação de todos os assuntos que não deveriam ser veiculados, e todas as matérias eram datilografadas e arquivadas para verificação pelos censores.

� DIP organizou a propaganda do Governo Vargas. Criação da Hora do Brasil, em 1938. Divulgava atos presidenciais, notícias, informações oficiais para todo o Brasil. Modelo semelhante ao dos regimes fascistas.Brasil. Modelo semelhante ao dos regimes fascistas.

� Com a implantação da publicidade, facilitou a criação de novos quadros, contratação de cantores e músicos populares, que se apresentavam antes apenas para divulgar seu trabalho: Lupicínio Rodrigues, Orlando Silva, Francisco Alves, Aracy de Almeida, Carmem Miranda, Silvio Caldas.

� Época de Ouro: influenciador dos hábitos e costumes dos ouvintes.

Page 10: Aula   história da mídia no brasil 2

O rádio no Brasil

� Sucessos carnavalescos da década de 30 eram transmitidos pelo rádio: As Pastorinhas, Linda Morena, Mamãe eu quero, entre outras.

� Popularização dos programas de calouros e de auditório: Ary Barroso e César Ladeira.

� Rádio Nacional - fenômeno dos auditórios � Rádio Nacional - fenômeno dos auditórios assume características massivas: Paulo Gracindo, Manoel Barcelos e César de Alencar.

� Criação de ídolos do rádio. Revistas especializadas em divulgá-los (Revista do Rádio) e fãs-clubes criados em todo o país.

� Novas emissoras criadas: Phillips, Tupi, Jornal do Brasil e, em 1936, a Rádio Nacional.

Page 11: Aula   história da mídia no brasil 2

Rádio Nacional

� Rádio Nacional foi encampada por Getúlio Vargas, em 1940, como parte de seu projeto político de integração nacional.

� Investimento do governo e as verbas publicitárias possibilitaram a contratação dos melhores profissionais da época e a compra de equipamentos avançados.avançados.

� Transformada na principal emissora do país, atraindo anunciantes que associavam suas marcas à programação: Coca-Cola, Teatro Good-Year, Recital Johnson, Programa Bayer e Calendário Kolynos.

� Rádio-novela: Em 1942, foi ao ar pela Rádio Nacional, em Busca da Felicidade. Em 1945, transmitiu 14 novelas diariamente. Chegou a ter 100 atores, além de contar com os recurso da sonoplastia.

Page 12: Aula   história da mídia no brasil 2

Repórter Esso

� Principal noticiário radiofônico do país. Patrocinado pela Esso, foi ao ar em 28 de agosto de 1941 para transmitir notícias sobre a Segunda Guerra Mundial. Slogan “Testemunha ocular da história”.

� Elaborado segundo as regras e modelo dos noticiários radiofônicos norte-americanos, tendo como principal fonte a agência de notícias United Press International fonte a agência de notícias United Press International (UPI).

� Transmitido até 1962 pela Rádio Nacional e transferido neste ano para Rádio Tupi até 1968.

� Responsável por uma mudança no radiojornalismo brasileiro, já que até sua apresentação a principal fonte de informação continuava sendo o jornal impresso. Síntese da notícia.

Page 13: Aula   história da mídia no brasil 2

Outros exemplos de radiojornalismo

� Grande Jornal Falado Tupi (1942): tratamento mais cuidadoso com a notícia, formatado no estilo da imprensa escrita, com destaque para as manchetes e notícias divididas por editorias.

� Globo no Ar (1944): Um das principais referências do radiojornalismo brasileiro desde a cobertura sobre a deposição de Getúlio Vargas em outubro de 1945.de 1945.

� Oposição da Rádio Globo ao Governo de Vargas. A partir de 1953, Carlos Lacerda usava o espaço contra Getúlio e Samuel Wainer, que havia criado o jornal Última Hora, em 1951.

� Transmissão das sessões da CPI contra Wainer, com comentários de Lacerda.

� Suicídio de Getúlio levou a uma comoção popular e uma revolta contra Carlos Lacerda e a Rádio Globo.

Page 14: Aula   história da mídia no brasil 2

Transformações no rádio do Brasil

� Década de 1950, início das transmissões de televisão. Muitas das produções do rádio eram adaptadas para a televisão: teleteatro, programa de auditório, de calouros, os noticiários.

� Muitos profissionais de rádio acabaram indo para o novo meio e foram fundamentais para criação de uma linguagem televisiva: Paulo criação de uma linguagem televisiva: Paulo Gracindo, Brandão Filho, Chacrinha, Nicete Bruno, Dias Gomes, Janete Clair, Chico Anysio, entre outros.

� A Era de Ouro do rádio termina com o surgimento da televisão.

� A mudança afetou a programação do rádio, já que os gastos foram reduzidos e ocorreu uma reformulação nos quadros apresentados.

Page 15: Aula   história da mídia no brasil 2

Transformações no rádio do Brasil

� Troca de astro e estrelas por discos e fitas gravadas, as novelas pelas notícias e as brincadeiras de auditório pelos serviços de utilidade pública.

� Contexto político das décadas de 60 e 70: Ditadura Militar, a Guerra Fria, censura aos meios de comunicação, surgimento de uma imprensa alternativa, a criação da TV Globo, processo de americanização da cultura brasileira.

� Primeira emissora em FM surgem neste período. Funcionavam como uma espécie de produção de música ambiente. Falava-se muito pouco, os locutores apresentavam as canções e depois retomavam a mais uma sessão de música.

� A população do Brasil, em sua maioria analfabeta e rural, encontrou no rádio a possibilidade de obter informação, de conhecer sua própria música e valorizar seus próprios ídolos.

Page 16: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem da televisão

� O termo “televisão” nasceu de um título de tese apresentada pelo cientista francês Constantin Perskyi, no Congresso Internacional de Eletricidade, em Paris, em 28 de agosto de 1900.

� Junção dos termos tele (longe) e videre (ver), do grego e do latim, respectivamente, para descrever um equipamento baseado nas para descrever um equipamento baseado nas propriedades fotocondutoras do selênio –elemento químico que possibilitava a transmissão de imagens à distância.

� A partir da segunda metade da década de 1940, a sigla TV começa a aparecer para abreviar a expressão “televisão”.

� Vários pesquisadores e cientistas contribuíram com descobertas químicas, mecânicas e eletrônicas para a criação da TV.

Page 17: Aula   história da mídia no brasil 2

Origem da televisão

� O escocês John Baiard, que levou o título de “Pai da televisão”, e o americano Charles Jenkins, ambos profissionais da mecânica, aperfeiçoassem as técnicas e tirassem proveito das descobertas para fazerem as primeiras demonstrações de transmissão de imagens ao longo da primeira metade da década de 1920.

� No dia 7 de setembro de 1927, o norte-americanoPhilo Farnsworth apresentou ao mundo a televisão eletrônica, com um sistema de secador de imagens por raios catódicos, que provava que os elétrons tinham a capacidade de formar imagens.

� Com baixo índice de resolução, a imagem gerada era vista, com bastante dificuldade, em um fio que cortava ao meio uma tela, instalada em um tubo de vidro.

Page 18: Aula   história da mídia no brasil 2

Pioneiros da transmissão da televisão

� Alemanha, governada pelo III Reich, foi o primeiro país do mundo a oferecer um serviço de televisão pública, em 22 de março de 1935.

� A Inglaterra tomou para si o título de pioneira. Em 2 de novembro de 1936, quando pioneira. Em 2 de novembro de 1936, quando inaugurou a BBC, gerando imagens com 240 linhas, trabalhou com um padrão técnico mínimo, considerado na época de “alta-definição”.

� O Butão tornou-se independente da Índia em 1949, mas o país só criou seu vínculo com a programação televisiva em junho de 1999, quando o Governo deste país budista liberou as transmissões por satélite.

Page 19: Aula   história da mídia no brasil 2

Modelo público e privado de TV

� Modelo público: a ideia de que as produções culturais deste meio, por pertencerem a um povo, não poderiam ser influenciadas por interferências comerciais ou políticas. Cada membro da nação seria encarado como cidadão, e não como consumidor ou filiado à ideologia de um partido ou governo. A Inglaterra ainda hoje mantém uma taxa a ser paga por todo usuário de serviços de rádio e TV.

� Modelo privado: Os Estados Unidos foram os primeiros a romper com o modelo público. Embora a NBC tenha estreado em 30 de abril de 1939, seguindo as diretrizes do modelo público, pouco tempo depois, no dia 1o de julho de 1941, se tornaria a primeira televisão comercial do mundo, com patrocinadores e anunciantes sustentando a programação.

� No modelo comercial, só se sustenta na grade de programação a atração que consiga audiência suficiente para garantir o retorno da publicidade de produtos ou das vendas diretas ou indiretas de mercadorias para o telespectador.

Page 20: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil

� A primeira televisão no Brasil foi inaugurada em 18 de setembro de 1950, por Assis Chateaubriand.

� Mas desde julho de 1950, a pioneira da América do Sul, a TV Tupi-Difusora, PRF-3, já realizava seus testes de transmissão em circuito fechado.

� Na data oficial da estreia da televisão brasileira, havia pouquíssimos aparelhos receptores na cidade de São Paulo – por volta de 300. Por este motivo, Assis Chateaubriand mandou instalar televisores na Praça da República, no Jockey Club e outros pontos estratégicos da cidade.

� A TV no país nasceu dentro do modelo comercial, embora não tenha tido anúncios veiculados em seu primeiro dia.

Page 21: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1950

� TV para poucos: Ao final da década de 1950, havia aproximadamente 344 mil aparelhos receptores de televisão no Brasil .

� Programação elitista: A chamada elite brasileira que tinha condições de adquirir um televisor, cultuava certos valores e referências culturais que, pretensamente, diferenciavam seu espírito do gosto popular.

� Dentro deste contexto, programas como “Grande Teatro das Segundas-Feiras” (São Paulo – 1951), “Câmera Um” (Rio de Janeiro – 1956), “TV de Vanguarda” (São Paulo – 1952) e “O Grande Teatro Tupi” (Rio de Janeiro), que apresentava um texto teatral na íntegra, toda segunda-feira, de 1956 até a metade dos anos 60, servem como exemplo desta linha.

� Espetáculos baseados em romances, filmes e telepeças estrangeiras também eram produzidos. O elenco tinha à frente Fernanda Montenegro, Nathália Timberg, Ítalo Rossi e Aldo de Maio. Sérgio Britto, Fernando Torres e Flávio Rangel faziam a direção.

Page 22: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1950

� Programas musicais: apresentados por estrelas como as cantoras Maysa, Elizeth Cardoso e Silvinha Telles;

� Shows com nomes internacionais como Edith Piaf, Louis Armstrong, Marlene Dietrich, Nat King Cole, Charles Aznavour e outros;

� Jogos e competições para a família, como os liderados por J. Silvestre e Lídia Mattos.

� No esporte, o futebol começava a firmar, já neste período, seu estreito elo com a TV.

� Os programas de entrevistas, shows de variedade e humor, a exemplo de “Noite de Gala”, também se consolidaram neste período.

Page 23: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1960

� Segundo a Associação Brasileira de Indústria Elétrica (Abinee), em 1960, havia 621.919 aparelhos de TV no país.

� Classe média como telespectadora. Uma nova geração de estudantes e profissionais, saída da classe média, questionava sistematicamente os valores ditos pequeno-burgueses, tomando como referência cultural o universo popular: audiência dos grandes festivais de o universo popular: audiência dos grandes festivais de Música Popular Brasileira televisionados.

� Os jovens, chamados, na época, de alienados, tinham a opção de ouvir iê-iê-iê e baladas junto à “Turma da Jovem Guarda” e programas similares.

� Estreia das telenovelas diárias, com alto teor melodramático e conservador.

� Os shows de humor e música, herança do teatro de revista e da chanchada, também se consolidaram na década de 1960.

Page 24: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1970/1980

� Segundo o Censo do IBGE, em 1970 existiam 4.250.404 aparelhos de televisão no Brasil. Em 1980, já eram 14.142.924. A família brasileira possuía, então, mais televisores em casa do que geladeiras (12.697.296 geladeiras – Censo 80).

� A televisão consolidou sua linguagem independente dos meios que � A televisão consolidou sua linguagem independente dos meios que antes lhe deram suporte estético e formal (rádio, cinema, literatura, teatro), passando a dirigir-se à massa.

� A TV no Brasil torna-se mais industrial e competitiva, esperando da audiência respostas rápidas – positivas ou negativas – para os produtos (programas) que oferece.

Page 25: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1970/1980

� Fase áurea da telenovela: ficaram para trás os dramalhões do tipo “capa-e-espada”, situados em países e condados longínquos (típicos da autora Glória Magadan, referência nos anos 60). Novelas ambientadas em contextos contemporâneos, com gente como a gente: “Selva de Pedra”, de Janete Clair, no capítulo 152, em 4 de outubro de 1972, Clair, no capítulo 152, em 4 de outubro de 1972, obteve 100% de audiência.

� Era da Comunicação de Massa: muitos programas eram elaborados para atingir telespectadores específicos . Os chamados programas do “mundo cão”, de cunho policial e/ou assistencialista, com tintas sensacionalistas e bizarras, também ganharam força neste período: “O Povo na TV”.

Page 26: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1990/2000

� Nos anos 1990, o aparelho de TV já era o eletrodoméstico mais vendido no país.

� Com o advento do videocassete e dos videogames nos anos 1980, a televisão tradicional começava a sentir uma sutil perda de audiência.perda de audiência.

� Com a chegada da TV por assinatura e da Internet nos anos 1990, a TV foi obrigada a rever suas ações.

� Pouco a pouco, foi tornando-se mais popular para atender àqueles que, por questões sócio-financeiras, não tinham como acessar o serviço pago de televisão.

Page 27: Aula   história da mídia no brasil 2

Televisão no Brasil nos anos 1990/2000

� TV por assinaturas: a partir de 1993, através das operadoras TVA, Multicanal e Net Brasil. Dentro deste novo conceito, cada canal ofereceria um tipo de programação para agradar a um público específico.

� A Music Television americana (MTV), ao abrir sua filial brasileira em 1990, tornou-se a precursora da era da segmentação no país.filial brasileira em 1990, tornou-se a precursora da era da segmentação no país.

� TV Digital: implantada em cima do modelo aberto de televisão, amplia a descentralização da produção televisiva, possibilitando novas abordagens sobre o que vem a ser entretenimento, informação e educação.

� Convergência da televisão com a Internet - TV Digital um novo meio de comunicação?

Page 28: Aula   história da mídia no brasil 2

Telejornalismo no Brasil

� Assis Chateaubriand, fez questão de colocar no ar, no dia seguinte ao da inauguração, em 19 de setembro de 1950, o primeiro telejornal brasileiro, intitulado “Imagens do Dia”. Sem hora certa para entrar, o programa narrava assuntos sobre imagens que haviam sido filmadas ao longo do dia e durava o tempo que elas rendessem.

Busca de linguagem própria: “Repórter � Busca de linguagem própria: “Repórter Esso”, na TV Tupi, em 1o de abril de 1952. Com notícias abastecidas pela Agência Nacional e pela United Press, o noticiário, que entrava no ar às 19h45, começou a criar um público cativo. A linguagem deste programa ainda estava muito centrada na figura do locutor, herança do rádio.

� O “Repórter Esso” teve o mérito estilístico de trazer para o jornalismo televisivo o gosto pelas frases curtas, concisas e sem adjetivação. Em 31 de dezembro de 1970, foi ao ar pela última vez.

Page 29: Aula   história da mídia no brasil 2

Telejornalismo no Brasil

� O “Jornal de Vanguarda”, criação de Fernando Barbosa Lima, que estreou em 2 de outubro de 1963, na TV Excelsior, foi aquele que traduziu para a televisão a expressão do jornalismo, independentemente do rádio e dos impressos.

� Original e revolucionário, o programa trouxe o tom informal à notícia. Introduziu a figura do comentarista especializado e do colunista social, Introduziu a figura do comentarista especializado e do colunista social, reinterpretando notícias com gosto de humor e crônica.

� Se pensarmos em termos de forma e estilo, os telejornais, até hoje, têm no “Jornal de Vanguarda” a grande referência, respeitadas as evoluções técnicas e tecnológicas. Após o Ato Institucional nº 5 (AI-5) e o recrudescimento da censura militar ao jornalismo, Fernando Barbosa Lima retirou o jornal do ar, em 1968.

Page 30: Aula   história da mídia no brasil 2

Telejornalismo no Brasil

� O “Jornal Nacional” (01/09/1969), da TV Globo, por exemplo, pode ser citado como o primeiro telejornal a ser exibido em rede e ao vivo.

� Na era da segmentação, merece destaque a Globonews (15/10/1996), o primeiro canal de notícias 24 horas no ar da América Latina.notícias 24 horas no ar da América Latina.

� O “TJ Brasil”, que estreou no SBT em 4 de setembro de 1988, teve o mérito de trazer para a bancada do telejornal o primeiro jornalista a assumir a figura de âncora: Boris Casoy. Ele apresentava o jornal, comentava a notícia, entrevistava do estúdio e opinava, deixando clara a postura editorial do programa.

Page 31: Aula   história da mídia no brasil 2

Publicidade na TV

� Garotas-propagandas: Desde seus primeiros meses, em 1950, a TV contava com esse tipo de comercial.

� Ao longo dos primeiros 15 anos da TV, era muito comum os nomes dos programas trazerem em si as marcas de seus patrocinadores: “Teatrinho Trol”, “Espetáculos Tonelux”, “Gincana Kibon”, “Tele-Rio Times Square”, “Jornal da Panair”. Esta prática foi sendo deixada de lado, uma vez que limita o patrocínio a uma única fonte.lado, uma vez que limita o patrocínio a uma única fonte.

� Até 1961, os intervalos comerciais eram muito extensos. Por vezes, o telespectador era exposto a mais de meia hora de anúncios. Naquele ano, um decreto governamental limitou a três minutos o intervalo comercial.

� Os comerciais filmados, embora já existissem na década de 1950, ganharam força nas décadas seguintes, quando a televisão deixou de dar a primazia à programação “ao vivo”.

Page 32: Aula   história da mídia no brasil 2

Bibliografia

� SPAGNOLO, Isabel. Rádio e memória. In: LAIGNIER, Pablo; FORTES, Rafael (org.). Introdução à História da Comunicação. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.

� WERNECK, Rogério Sacchi de F.. Televisão. In: LAIGNIER, Pablo; FORTES, Rafael (org.). Introdução à História da Comunicação. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.