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Boletim Universo EAD Agosto - 2012 - Educação a Distância

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O seu informativo sobre tecnologias aplicadas à educação do Senac São Paulo. Para mais informações, acesse http://j.mp/IVPdMb

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Boletim Universo EAD - Fevereiro 2012 - ano VIII nº 72 Página 2

Bem-vindos à era da comunicação visual, interativa e sob medida Recursos visuais cada vez mais presentes na comunicação multiplataforma transformam sinalização digital e transmídia em grandes tendências de mercado

Você pode nem ter percebido, mas já faz parte da era da sinalização digital – ou digital signage, na

origem do termo, em inglês. Ao andar de metrô, ônibus, avião ou elevador, e até mesmo em filas de supermercado, sentado em um bar ou na recepção de um consultório, todos nós, certamente, já

nos deparamos com essa modalidade de comunicação.

Com o objetivo de informar, distrair e, claro, veicular conteúdo comercial, o conceito de

sinalização digital vai além da simples utilização dos modernos equipamentos utilizados na comunicação visual – como monitores de LCD ou LED, projetores, entre outros. Isso

porque o termo envolve diversas e ilimitadas aplicações que podem ser customizadas para cada ambiente e público-alvo, incluindo animações, vídeos, gráficos e todo tipo de

conteúdo que, graças à internet, pode ser distribuído com agilidade e eficiência a diversos

pontos, de maneira simultânea.

Dessa forma, a sinalização digital é uma grande plataforma de comunicação visual, que integra os mais variados recursos e oferece flexibilidade de criação, desenvolvimento e,

inclusive, inserção. Com cada vez mais possibilidades de aplicação, o conteúdo pode ser

informativo, institucional, publicitário ou educativo e chega às telas em tempo real, por meio da internet ou mesmo de uma intranet corporativa.

“A comunicação visual é uma das mais poderosas formas de se comunicar, pois se preocupa em potencializar as informações para facilitar a compreensão em um menor

espaço de tempo”, explicaAdler Zambelli, gerente de criação e conteúdo da YMidia, empresa especializada em soluções de comunicação digital.

Zambelli, que também é professor da pós-graduação em Animação do Senac São

Paulo, afirma que todos os setores, sem exceção, podem se beneficiar com a expansão do

mercado de comunicação visual no Brasil, principalmente com a evolução da sinalização digital, que tem o objetivo de transmitir informações de forma rápida, direta, inteligente e,

se for o caso, até engraçada.

Segundo o especialista, um dos setores em que as aplicações de comunicação evoluem

sem parar é o corporativo. “Atualmente, as empresas buscam formas mais eficientes de se

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comunicar com os colaboradores . A comunicação visual está muito presente nessas soluções, com canais corporativos, intranets, murais digitais ou fazendo uso da sinalização

personalizada, de acordo com os padrões e valores de cada companhia ou marca.”

O fato é que toda essa estreita relação entre internet, comunicação, criação e dispositivos

tecnológicos também nos faz pensar no futuro da mais popular das mídias: a televisão. Porém, de acordo com Zambelli, a TV tem um lugar especial nos lares e, por isso, a

diminuição da audiência da programação aberta e o crescimento do acesso à internet não querem dizer que essa mídia perderá seu posto. “Uma mídia não vai excluir a outra, pois

elas vão se integrar e potencializar a comunicação. Com isso, a interação se tornará mais presente, incluindo desde a escolha de como, onde e quando veremos uma informação,

até, nos casos de ficção, a maneira como cada história se desenrolará”, diz.

Essa convergência citada por Zambeli é outra grande tendência, que já nasce para

promover a interação. Batizada de transmídia, a nova modalidade de comunicação permite contar, acompanhar e até ajudar a construir histórias por meio de várias mídias, integrando

TV, cinema, e-books, redes sociais, blogs e outros diversos recursos disponíveis nos

variados dispositivos tecnológicos.

Zambelli explica que o conceito não envolve apenas a adaptação de um conteúdo para plataformas diferentes. É preciso produzir desdobramentos em diversas mídias e, assim,

fazer com que o espectador acompanhe e interaja em diferentes meios. “Um dos maiores

sucessos mundiais de transmídia foi o seriado Lost. Os produtores instigaram o público a buscar informações na web para compreender a história. Foram criados vários blogs, sites

e até jogos especializados no tema, na tentativa de juntar peças da trama e desvendar tudo o que acontecia na ilha. Com isso, o telespectador não sabia diferenciar o que era

realmente da série do que era informação produzida por internautas, fato que intensificou o

clima de suspense do seriado”, lembra.

Embora o Brasil ainda não tenha grandes casos de transmídia, Zambelli cita uma produção

nacional, em exibição na Rede Globo: a novela Cheias de Charme. “Em um sábado, as

protagonistas gravaram um videoclipe para postar no YouTube. E, embora a novela não

tenha mostrado o material, a dica serviu para os espectadores. Na segunda-feira seguinte, uma personagem dizia que o vídeo tinha recebido vários acessos – fato que realmente

aconteceu e foi, inclusive, explorado peloFantástico, com novas ações ligadas à novela.”

Mas nem só de aplicações de entretenimento vive a transmídia. Para o especialista, ao

integrar plataformas e explorar novas formas de interação, é possível alcançar soluções educacionais. “Trazendo a educação para perto do aluno e ultrapassando o tempo de

estudo existente nas escolas, há como transformar o conteúdo didático em algo sempre presente e prazeroso. É possível, inclusive, levar os jogos para dentro das instituições de

ensino e as discussões em grupo para dentro de cada lar, fazendo com que a família

participe e interaja nessa construção do conhecimento”, aposta.

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 75

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“Lei da TV Paga” promete aquecer produção nacional Previsão é que nova legislação gere uma demanda de, aproximadamente, mil horas de produção nacional, colaborando com a geração de empregos e promovendo a cultura do país

Desde setembro do ano passado, quando a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei nº

12.485/11– mais conhecida como “Lei da TV Paga” –, o mercado nacional de produção não para! Isso porque, de acordo com a nova legislação, os canais de TV por assinatura que operam no país

têm de veicular uma cota semanal mínima de uma hora e dez minutos de produções nacionais.

A lei ainda impõe que tal programação seja exibida em horário nobre – das 18 às 24 horas – e que

metade do conteúdo seja fruto do trabalho de produtoras independentes brasileiras. Para 2014, a proposta é que a cota nacional aumente, totalizando três horas e meia por semana. Como

principais objetivos, a nova lei pretende fazer com que o mercado audiovisual brasileiro gere empregos, promova a cultura local e se torne mais compatível com a economia do país.

Dessa forma, profissionais ligados às diversas tarefas que envolvem uma produção só têm a comemorar. Afinal, a nova lei promete aquecer o mercado para uma infinidade de pessoas

especializadas em roteiro, animação, direção, fotografia, cinegrafia, trilha sonora, produção, edição, pós-produção, etc., sem esquecer atores, locutores, maquiadores e uma infinidade de

trabalhadores. Além disso, o desdobramento das histórias, que pode alcançar outras mídias e

plataformas, também aponta um cenário bastante promissor.

No início do ano, durante a última edição do evento RioContentmarket, Manoel Rangel, diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), comentou que o mercado audiovisual

brasileiro ainda é pequeno e representa apenas algo entre 2% e 3% do faturamento mundial do

setor. A previsão é que a nova lei gere uma demanda nacional de cerca de mil horas de produção. “Há um gargalo importante, principalmente na TV por assinatura e no cinema nacional. Para isso,

ter mais programadores comprometidos com a produção brasileira é crucial”, aponta.

Em uma entrevista concedida ao jornal O Estado de S.Paulo, Kiko Mistrorigo, vice-presidente da

Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV) e sócio da produtora TV PinGuim, explicou que três horas e meia por semana de conteúdo nacional são apenas trinta

minutos por dia, lembrando que a Discovery Kids, com a série Peixonauta, já cumpre a regra.

Para Adler Zambelli, gerente de criação e conteúdo da YMidia e professor da pós-graduação

emAnimação do Senac São Paulo, o mercado brasileiro de produção ainda tem um grande caminho a percorrer. “Muitas vezes, as produções feitas aqui não são planejadas como um negócio lucrativo,

o que dificulta o investimento da iniciativa privada”, analisa.

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Contudo, Zambelli ressalta que o mercado brasileiro vem amadurecendo e os produtores estão mais preparados. Além disso, a receptividade com relação à produção nacional também está maior.

“Estamos em pleno crescimento e, com a nova lei, temos uma real necessidade de ampliar a produção nacional, fazendo com que o setor se fortaleça e evolua cada vez mais”, finaliza.

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 75

Muito além dos desenhos: bom roteiro é o segredo dos

quadrinhos

Senac São Paulo oferece curso a distância que visa suprir carência por profissionais capazes de planejar, criar e

produzir boas histórias

Sátiras de cunho político ou social, narrativas infantis, aventuras de super-heróis e até contos são alguns dos temas presentes no universo das histórias em quadrinhos (HQs) no Brasil, desde o século XIX. A tradição começou em 1869, com a criação de As Aventuras de Nhô-Quim &

Zé Caipora, do cartunista ítalo-brasileiro Angelo Agostini, que inovou ao publicar tirinhas nas

revistas Vida Fluminense, O Malho e Don Quixote.

Pouco depois, o sucesso da ideia impulsionou o lançamento da primeira revista nacional em quadrinhos, chamada O Tico Tico. E, apesar do forte objetivo de entreter o público, os

cartunistas brasileiros também aproveitaram a grande aceitação do formato para transmitir mensagens relevantes para o contexto histórico do país. Assim foram as charges que usaram o bom humor para enfrentar a repressão da ditadura militar, por exemplo, no semanário O

Pasquim, que trazia em seu time Ziraldo, Jaguar, Millôr Fernandes e Henfil.

Já no universo infanto-juvenil, após a consolidação dos gibis da Turma da Mônica – criados por

Maurício de Souza em 1959 – e de diversos títulos com personagens de Walt Disney, a maior inovação se deu por volta dos anos 2000, com a chegada dos clássicos japoneses, os mangás,

que tiveram uma rápida ascensão no país, especialmente entre jovens.

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Hoje, a aceitação das histórias em quadrinhos é tão grande que até mesmo cartunistas

tradicionais se renderam ao novo formato para agradar ao público. Para dimensionar um pouco, as duas editoras que dominam o gênero no Brasil, JBC e Panini, publicam cerca de 30

títulos por mês, com tiragens que variam de 10 a 15 mil exemplares por edição.

Mercado de trabalho

Apesar de ainda pouco consolidado, o mercado brasileiro de HQs não deve enxergar a concorrência internacional como um entrave. A verdade é que, com maior interesse dos

leitores, a tendência é que haja crescimento do setor no Brasil e, consequentemente, mais capacidade para absorver profissionais com formações ligadas à área.

Para o roteirista Raimundo Guimarães, criador do curso a distância Roteiro de História em

Quadrinhos, oferecido pelo Senac São Paulo, o que falta são profissionais capacitados para

produzir bons roteiros de HQs – tarefa que, segundo o especialista, é o ponto essencial para manter a fidelidade do público.

Ele conta que a qualidade da história é o que prende o leitor. “Em geral, quando alguém

compra uma revista, a primeira coisa que chama a atenção é o desenho bem feito. Porém, em

um segundo momento, é a história que vai levar o leitor a gostar ou não da publicação”, completa. Dessa forma, se o roteiro é ruim, o leitor não compra de novo. “Porém, um desenho

mediano com uma história fantástica é capaz de prender o leitor”, garante (a entrevista completa de Raimundo Guimarães está disponível no podcast Universo EAD de junho de 2008).

O aprendizado para desenvolver boas histórias e planejar as etapas de desenvolvimento de

uma HQ também é base para que os estudantes do curso atuem em outros setores, como o

publicitário e o cinematográfico, por exemplo, que carecem de bons desenvolvedores de roteiros e storyboards.

Outro crescente mercado nacional que disputa por bons roteiristas é o de desenhos animados,

que já tem produzido conteúdo de alta qualidade, inclusive no exterior. Um bom exemplo é a série Peixonauta, da TV PinGuim, veiculada em toda a América Latina pelo canal Discovery Kids.

E o sucesso do desenho levou a produtora a firmar uma parceria com a Editora Abril, transformando o projeto em um negócio multiplataforma, com o lançamento de um gibi

bimestral e de um website com atividades interativas, ambos baseados e integrados à história da animação.

Para Adler Zambelli, professor da pós-graduação em Animação do Senac São Paulo, o conceito

atual de transmídia – contar uma história por meio de várias mídias – vai além da simples

adaptação do conteúdo para diferentes plataformas. “É preciso produzir a continuidade e/ou os desdobramentos da história principal em diversas mídias e, assim, fazer com que o espectador

acompanhe e interaja por meio de diferentes veículos.”

Como Raimundo Guimarães, Zambelli também revela que sente falta de profissionais

qualificados. “A maioria chega ao mercado de trabalho com pouca bagagem. Percebo que os profissionais com formações voltadas ao design são mais bem cotados, pois têm facilidade para

propor renovações e, principalmente, soluções mais consistentes”, completa.

Zambelli explica que a graduação em Design Gráfico, por exemplo, é bem abrangente e

promove um ótimo repeertório ao aluno que pretende ingressar nas áreas de comunicação

visual e animação. “O Brasil tem ótimos cursos, inclusive livres e de especialização, que são

excelentes e lidam diretamente com animação.”

Veja, a seguir, algumas opções de cursos ligados às áreas de comunicação visual, artes e animação que o Senac São Paulo oferece nas modalidades presencial e a distância.

Roteiro de História em Quadrinhos (a distância)

Duração: 20 horas

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Próxima turma: de 14 de novembro a 21 de dezembro de 2012

Fotografia Digital (a distância)

Duração: 24 horas

Próxima turma: de 7 de novembro a 14 de dezembro de 2012

Photoshop CS5 – tratamento de imagem (a distância)

Duração: 40 horas

Próxima turma: de 17 de outubro a 14 de dezembro de 2012

Design

Cursos livres, técnicos, de graduação e pós-graduação.

Arte e cultura Cursos livres, técnicos e de pós-graduação.

Comunicação e artes Cursos de graduação, pós-graduação e extensão universitária.

Cinema, vídeo e TV Cursos livres, técnicos, de graduação e pós-graduação.

Vestibular 2013

Para os interessados em cursos de graduação, as inscrições para o vestibular 2013 poderão ser feitas até 18 de novembro. A prova será realizada em 1º de dezembro e o período de matrícula

será de 15 a 18 de dezembro.

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 75

Senac tem nova logomarca e reforça imagem da educação como

aliada da transformação

Com o slogan “Uma nova marca. A competência de sempre!”, instituição unifica identidade visual em suas 27

regionais estaduais

Inovação sempre foi uma das principais características do Senac. E, na hora de criar uma nova

logomarca, não seria diferente. Assim, o desenvolvimento da nova identidade nacional da

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instituição – adotada por suas 27 regionais – foi baseado em pesquisas realizadas com

funcionários e alunos de diferentes Estados. Os resultados apontaram o reconhecimento do Senac por seu foco no futuro educacional e na inovação como meio de contribuir com a

transformação do Brasil.

“A logomarca traz um avião de papel estilizado, formado pela junção de triângulos que, como

uma seta, aponta em direção ao novo, ao futuro. A educação é o veículo dessa transformação de vidas, possibilitando a ascensão pessoal e profissional dos brasileiros, que acompanham a

trajetória de sucesso econômico e social do país”, explica Sidney Cunha, diretor geral do Senac Nacional.

Lançada em 5 de agosto, acompanhada do slogan “Uma nova marca. A competência de sempre!”, a nova logomarca contou com uma ampla campanha de comunicação, desenvolvida pela agência Ogilvy. Divulgada nacionalmente nas páginas do Senac nas redes sociais e em

diversas emissoras de TV aberta e por assinatura, a campanha também incluiu ações de pré-

lançamento, com o teaser “Vem mudança por aí!”.

Desenvolvida pela agência Packaging Brands – escolhida pela segunda vez como a Agência de Design do Ano pelo Prêmio Colunistas 2011 –, a arte da nova logomarca representa inovação e

flexibilidade. Concebida nas cores azul e laranja, o objetivo é remeter a imagem à liberdade de escolha do futuro, à criatividade de quem se transforma por meio da educação e à leveza da

simplicidade que possibilita o voo empreendedor.

Seguindo as tendências mundiais de modernização, a ideia também foi evitar o quadrado – que

sugere rigidez e baixa mobilidade. Dessa forma, a nova identidade visual fortalece o compromisso de promover a inclusão social por meio da educação e de impulsionar o desenvolvimento social e

econômico em todas as regiões em que o Senac atua.

Desde que a logomarca nacional anterior foi criada, em 1969 – a pioneira é de 1946 –, esta é a

primeira vez que a mudança de identidade é unificada nacionalmente. Ao longo desses anos, apenas os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo

desenvolveram e adotaram logomarcas diferentes. Até março de 2013, as 27 regionais do Senac

terão a nova identidade aplicada em todos os materiais e sinalizações.

Comunicação visual Para quem tem interesse em comunicação visual, vale a pena visitar o Centro Universitário Senac

- Campus Santo Amaro, de 9 a 20 de outubro. Durante esse período, acontecerá a mostraComunicação Visual 2012, que reunirá diversas produções de alunos da área de design. A

exposição estará aberta das 8 às 22 horas, com acesso gratuito aos interessados.

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 75

Crescimento do mercado nacional de artes visuais promete

beneficiar todos os setores

Adler Zambelli aborda diversas questões relacionadas à comunicação visual e comenta como este crescente

mercado pode colaborar com o surgimento de novos postos de trabalho

Diante do atual bombardeio de informações, as ferramentas de comunicação visual têm sido

aliadas cada vez mais presentes e eficientes na sociedade. Para falar sobre a importância desse crescente mercado no Brasil, nossa entrevista é com Adler Zambelli, gerente de criação e

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conteúdo da YMidia, empresa especializada em soluções de comunicação digital.

Especializado em tecnologia da informação (PUC-SP) e graduado em rádio e TV (Universidade

Cruzeiro do Sul), Zambelli é professor do Senac São Paulo desde 2009, onde atualmente leciona as disciplinas Roteiros e Projetos na pós-graduação emAnimação e Direção de Arte, Ilustração

Vetorial e Grafismo Eletrônico nos cursos de graduação em Design Digital eAudiovisual.

Com mais de 12 anos de carreira, atuando em emissoras e produtoras de TV e cinema, Zambelli

tem ampla experiência na criação de conteúdo e em animação, incluindo conhecimentos dos processos tradicional, 2D, 2D digital, 3D, stop motion etc. Confira!

Universo EAD – Na sua opinião, qual é a importância da arte e da comunicação visual para a sociedade?

Adler Zambelli – A comunicação visual é uma das mais poderosas formas de se comunicar, pois se preocupa em potencializar informações para facilitar a compreensão em um menor espaço de

tempo. A imagem atinge o receptor instantaneamente e, em conjunto com a informação,

podemos passar muito mais que o proposto, de forma eficiente. Um ótimo exemplo é a placa de trânsito PARE, que transmite muitas informações em segundos. A forma hexagonal já se destaca

em relação às demais placas redondas, e a cor vermelha informa perigo. Assim, ao unirmos tais características à palavra escrita, informamos: parada obrigatória e perigo, num piscar de olhos.

Na publicidade, a comunicação visual é utilizada de forma mais fervorosa. Não basta dizer o que é o produto e do que ele é feito. Para obter resultados, é preciso passar mais informações por

meio da composição visual, como sensações e indicações de status ou grupos sociais dos consumidores.

Hoje, diante do bombardeio de informações, a comunicação visual se torna cada vez mais presente e eficiente na sociedade. Os celulares, por exemplo, passam inúmeras informações aos

usuários apenas com ícones – basta uma rápida olhada à tela para saber quantas mensagens ou ligações recebemos.

Quanto à arte, embora defini-la seja algo muito complexo, sabemos que se trata de uma poderosa forma de expressão da sociedade. Atualmente, temos uma demanda crescente por

soluções que exigem uma comunicação visual forte, trabalhada e, por consequência, mais eficiente. Nesse ponto, a arte começa a ficar mais visível, pois, a cada dia que passa, os

profissionais buscam melhores formas de atingir resultados e, ao mesmo tempo, se diferenciar.

Um bom exemplo é a tecnologia, que deixou de explorar apenas recursos técnicos para oferecer

interfaces mais simples e agradáveis ao usuário. A Apple explora muito isso e, quando falarmos em celulares, percebemos ainda mais essa “disputa” tecno-visual, se assim posso dizer.

Resumindo, temos uma tela pequena para passar muitas informações de forma leve, objetiva e –

por que não? – bela!

Assim, a comunicação visual foi e será cada vez mais fundamental para a sociedade e, na minha opinião, a arte se aproveitará disso para se manifestar, como sempre o fez. Afinal, onde existe

comunicação, existe uma forma da arte se expressar, seja de maneira implícita ou explícita.

Universo EAD – Como você vê o atual cenário mundial para os profissionais da área?

Adler Zambelli – Vejo com bons olhos, pois a comunicação visual não representa apenas objetividade e agilidade nas informações; ela também transmite modernização. Hoje, com o

mercado competitivo e globalizado, as soluções visuais são imprescindíveis. Podemos tomar como

base a evolução dos sistemas operacionais, que saíram das linhas de códigos para ícones e janelas, e agora, com smartphones e tablets, utilizam navegação por toque e voz. Outro exemplo

são as faturas, que evoluíram de um simples extrato com boleto para algo que mais se assemelha a um fôlder, repleto de informações, dicas de consumo, códigos em QR e, claro, o

boleto a ser pago.

Universo EAD – E no Brasil, o setor está acompanhando o ritmo? Por quê?

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Adler Zambelli – Algumas áreas acompanham esse ritmo e, inclusive, se destacam: a

publicidade, grande vencedora de prêmios internacionais, e o cinema, que vem crescendo de forma primorosa. Entretanto, outras áreas ainda sofrem com a concorrência internacional. Os

seriados e as animações, por exemplo, lutam contra os enlatados americanos, que dominam as grades dos canais fechados e abertos.

Universo EAD – Houve um tempo em que atuar com comunicação visual e artes, especialmente no Brasil, era algo visto como não promissor para grande parte da sociedade. Na sua opinião,

quais foram os principais pontos que alicerçaram a mudança dessa percepção? Adler Zambelli – Eu credito ao fator cultural. A família é o pilar de informações que norteia o

futuro educacional e profissional de cada criança. Até pouco tempo, trabalhar era muito mais importante que estudar, mas isso vem mudando de geração para geração. Hoje, os jovens ficam

mais tempo nas escolas e iniciam a vida profissional durante a faculdade. Com isso, vemos uma

discussão familiar mais aberta, que pontua não só o fator profissão versus salário, mas também questões como bem-estar, aptidão e prazer, entre outras.

É claro que não é uma realidade presente em todo o país. Mas contribui para uma mudança na

forma como a sociedade enxerga as profissões “não tradicionais”. Outro fator é que a

comunicação visual está cada vez mais presente em várias áreas, o que possibilita o surgimento de novos postos de trabalho. A área de engenharia, por exemplo, tem uma grande necessidade

de profissionais de comunicação visual, especialmente na hora de apresentar projetos de forma clara para o cliente.

Universo EAD – Você acredita que a popularização da internet contribuiu com os avanços da comunicação visual na sociedade moderna?

Adler Zambelli – Certamente, em vários aspectos! Primeiro, interligando o mundo e facilitando a troca de conhecimento. Segundo, multiplicando inúmeras vezes o alcance da comunicação e,

respectivamente, o seu resultado. Terceiro, promovendo a competição em um nível nunca feito

antes, o que, em consequência, impulsionou os estudos e as buscas por melhores soluções.

Universo EAD – De que maneira a comunicação visual contribui com os avanços das mídias e da sociedade em geral?

Adler Zambelli – A comunicação visual impulsionou bastante a forma como as mídias são hoje. Se analisarmos a televisão dos anos 1970 e a chegada da MTV, nos anos 1980, veremos uma

mudança na proposta do canal de TV, com estética e linguagem próprias, diferentes do modelo

existente. Conforme a comunicação se tornava mais dinâmica, os atributos existentes em videoclipes começaram a ser mais presentes em outras emissoras e a linguagem televisiva foi se

adaptando e modernizando. As vinhetas evoluíram, os pacotes gráficos de apoio à comunicação verbal se tornaram mais comuns e até as matérias dos telejornais receberam mais informações,

seja com gráficos e ilustrações ou com textos abaixo da tela com outras manchetes. Por outro

lado, os jogos se desenvolveram e trouxeram avanços para a linguagem gráfica que, aos poucos, também foram assimilados pela TV e pelo cinema.

Além disso, a internet também ajudou a pulverizar conteúdo, expondo uma forma de leitura não

linear, somada à interatividade já existente nos jogos. Com a entrada dos dispositivos móveis e

sua evolução, pudemos escolher o que ver, quando ver e como ver.

Hoje, as mídias estão convergindo de forma impressionante, e o que temos de resultado é um show de informação visual. Ao assistirmos uma etapa da Fórmula 1, por exemplo, podemos ver a

corrida na TV, acompanhar gráficos de telemetria no tablet e conversar sobre os pilotos com

amigos por mensagens no celular. Ou seja, a comunicação visual contribuiu para a construção da linguagem existente nas mídias de hoje.

Universo EAD – Além da área de comunicação, que outros setores podem se beneficiar com o

crescimento do mercado de artes visuais no Brasil?

Adler Zambelli – Todos os setores, sem exceção, podem se beneficiar, principalmente com a evolução da sinalização digital (digital signage), que explora a comunicação visual integrando-a

com os ambientes e informando pessoas, além de servir, em alguns casos, como solução artística. Presente em vários locais, como elevadores, shoppings, prédios e supermercados, a

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sinalização digital permite transmitir informações de forma rápida, direta, inteligente e, se for o

caso, até engraçada.

Outra área que destaco é a comunicação empresarial. Atualmente, as empresas buscam formas mais eficientes de se comunicar com colaboradores e a comunicação visual está muito presente

nessas soluções, seja com canais corporativos, intranets, murais digitais ou sinalização

personalizada, de acordo com os padrões e valores de cada companhia ou marca.

Universo EAD – Na área de educação a distância, qual é o papel da comunicação visual? Adler Zambelli – Em uma sala de aula presencial, o professor já tem inúmeros desafios para

atrair a atenção dos alunos e ainda fazer com que a aula tenha um ótimo rendimento. Na

educação a distância, essa questão é ainda mais evidente. Por isso, a comunicação visual tem um papel fundamental nessa modalidade, pois o professor tem de sintetizar o conteúdo e, ao mesmo

tempo, deixá-lo atrativo e de fácil compreensão. E essa necessidade não fica restrita à elaboração do conteúdo, mas também na plataforma em que o aluno navega para buscar as

informações, que tem de ser simples e direta, além de informar claramente onde ele pode baixar

aulas, textos e arquivos específicos.

Universo EAD – Como você avalia a demanda de serviços ligados à comunicação visual na educação a distância? É um mercado crescente para os profissionais?

Adler Zambelli – As instituições estão investindo na comunicação e a oferta de cursos a distância é crescente. Com o desenvolvimento de novas mídias e tecnologias, todo esse conteúdo tem de

ser periodicamente reestruturado, ampliado e disponibilizado para os alunos, o que intensifica a

demanda por serviços e profissionais da área de comunicação visual.

Universo EAD – Desde a era do rádio, há casos de sucesso de cursos a distância que usam mídias populares para levar conteúdo a estudantes de diversas partes. A popularização da

internet levou a modalidade além e, hoje, temos aulas ministradas até via Facebook. Você

acredita que a convergência da TV com as novas mídias possa ser, no futuro, uma nova forma de oferecer conteúdo didático? A transmídia deverá transformar também a maneira como estudamos

e aprendemos? Adler Zambelli – A TV tem um lugar especial dentro dos lares. A diminuição da audiência da

programação aberta e o crescimento do acesso à internet não querem dizer que a TV perderá esse posto. Até porque o equipamento também permite navegar na internet, ver vídeos no

YouTube ou jogar videogame até a hora em que um programa começa para, só então, assistir ao

canal aberto.

Se analisarmos com calma, podemos ver que a pessoa navegou pela internet, jogou em um

console (Xbox, Playstation, etc.) e assistiu à TV, tudo no mesmo aparelho. Com isso, não só acredito que essa convergência possa favorecer a educação a distância, como também, e mais

importante: poderemos integrar a família ao aprendizado.

Universo EAD – Muito se fala na importância de bons roteiros como alicerce para qualquer

produção de sucesso. O Brasil já tem bons profissionais? Adler Zambelli – O Brasil tem crescido na produção de roteiros para TV e cinema. Analisando a

produção de telenovelas, que antes tinham liderança exclusiva da Rede Globo, agora já temos o SBT e a Record produzindo com bons resultados – sem contar as novelas, séries e minisséries da

Rede Globo que são vendidas no mundo inteiro.

O cinema nacional também cresce. As produções ganham cada vez mais evidência e a procura

por esses cursos está aumentando. É claro que, comparado ao mercado americano, ainda estamos longe do número de produções. Mas, com osestímulos do governo, o setor tende a se

fortalecer e evoluir.

Universo EAD – Que cursos você indica para profissionais que desejam atuar com comunicação

visual e animação? Adler Zambelli – A graduação em Design Gráfico é bem abrangente e promove uma ótima

bagagem ao aluno que pretende entrar nessas áreas. No Brasil, temos ótimos cursos, inclusive

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livres e de especialização, que são excelentes e lidam diretamente com animação.

Universo EAD – Cursos livres também podem ajudar profissionais que desejam “testar” a área?

Adler Zambelli – Certamente. Muitos procuram trabalho antes da formação, por precisar de dinheiro para completar os estudos, e esses cursos podem auxiliá-los a achar vagas, inclusive na

área em que pretendem atuar.

Universo EAD – Com relação aos profissionais que atuam com histórias em quadrinhos, você

acredita que o mercado de animação também possa absorvê-los? Adler Zambelli – Sim. Na verdade, sempre foi assim. O início do cinema foi algo extremamente

técnico e a entrada desses profissionais, como Winsor McCay, ajudou na construção dessa linguagem narrativa. Para fazer uma animação, você precisa de roteiristas, desenhistas,

animadores e diretores. Logo, todos esses profissionais conseguem atuar facilmente nesse tipo

de produção.

Universo EAD – E no futuro? O que podemos esperar de toda essa convergência? Adler Zambelli – Interação! Uma mídia não vai excluir a outra, elas vão se integrar e potencializar

a comunicação. Com isso, a interação se tornará mais presente, incluindo desde a escolha de

como, onde e quando ver uma informação, até, nos casos de ficção, a maneira como cada história se desenrolará.

Essa matéria integra o Boletim Universo EAD - ano VIII nº 75