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Fisiologia Ciclo Cardíaco Ciclo cardíaco é o ciclo completo de um batimento, que consiste na contração dos átrios, com posterior relaxamento, enquanto os átrios estão contraindo os ventrículos estão relaxados e quando os átrios se relaxam os ventrículos se contraem. Por definição são os eventos cardíacos que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte. Quantos ciclos cardíacos têm em um minuto, em média? Em média uns 80 batimentos por minuto, chamado de frequência cardíaca. O inicio de cada ciclo ocorre a partir da geração espontânea do potencial de ação no nodo sino atrial, que ao ser transmitido causa a despolarização atrial chegando ao nodo átrio ventricular ocorrendo um retardo para permitir o enchimento dos ventrículos seguindo para o sistema His-Purkinje, permitindo então a contração dos ventrículos. O coração é uma bomba, em especial quando pensamos na contração das câmaras ventriculares, então, a força cardíaca se resume basicamente na contração dos ventrículos, mais especificamente no ventrículo esquerdo. O ventrículo direito envia o sangue para o pulmão para que o sangue seja oxigenado e o ventrículo

Ciclo cardíaco

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Fisiologia do Coração

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Fisiologia

Ciclo Cardíaco

Ciclo cardíaco é o ciclo completo de um batimento, que consiste na contração dos átrios, com posterior relaxamento, enquanto os átrios estão contraindo os ventrículos estão relaxados e quando os átrios se relaxam os ventrículos se contraem.

Por definição são os eventos cardíacos que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte.

Quantos ciclos cardíacos têm em um minuto, em média? Em média uns 80 batimentos por minuto, chamado de frequência cardíaca.

O inicio de cada ciclo ocorre a partir da geração espontânea do potencial de ação no nodo sino atrial, que ao ser transmitido causa a despolarização atrial chegando ao nodo átrio ventricular ocorrendo um retardo para permitir o enchimento dos ventrículos seguindo para o sistema His-Purkinje, permitindo então a contração dos ventrículos.

O coração é uma bomba, em especial quando pensamos na contração das câmaras ventriculares, então, a força cardíaca se resume basicamente na contração dos ventrículos, mais especificamente no ventrículo esquerdo. O ventrículo direito envia o sangue

para o pulmão para que o sangue seja oxigenado e o ventrículo esquerdo envia para o corpo o sangue oxigenado. Toda oxigenação tecidual corpórea é proveniente do sangue é ejetado na aorta.

Então no coração, o ventrículo esquerdo vai bombear para oxigenar todo o corpo levando nutriente e

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oxigênio, o ventrículo direito vai bombear para o pulmão para ocorrer às trocas, para limpar o sangue.

Todos os vasos que chegam ao coração chamamos de veia. Todos os vasos que saem do coração chamamos de artéria. Saindo do coração são os vasos dos ventrículos, artéria pulmonar e aorta,

chegando ao coração são os vasos dos átrios, veia cava e veia pulmonar. O sangue que está presente no ventrículo esquerdo é um sangue rico em O₂, o

sangue que sai do ventrículo direito é rico em CO₂. O sangue que está presente no átrio esquerdo é rico em O₂ e o sangue que

chega no átrio direito é rico em CO₂. O átrio direito ou coração direito, circula sangue venoso e o átrio esquerdo ou

coração esquerdo, circula sangue arterial. Quando os ventrículos se contraem para ejeção do sangue, o sangue do

ventrículo esquerdo vai para aorta e do ventrículo direito para artéria pulmonar.

O sangue arterial chega ao átrio esquerdo e o sangue venoso pelo átrio direito. O caminho de sair da aorta e retorno através da veia cava, chamamos de

retorno venoso. A quantidade de sangue que chega aos átrios tem que ser a mesma quantidade

de sangue que saem dos ventrículos, para que o volume que fica dentro do coração, que permite que ele funcione como uma bomba, se mantenha, então a quantidade de volume sanguíneo que deixa tem que ser igual a quantidade de volume que chega.

Alteração nesta hemodinâmica causa transtornos vasculares, por exemplo, numa hemorragia perde-se sangue e o volume de saída fica diferente do volume de chegada, tendo-se então um choque cardiogênico, ou seja, o coração entra em pane por que não tem sangue o suficiente para bombear.

A quantidade de sangue que sai do ventrículo esquerdo tem que ser igual a quantidade de sangue que chega ao átrio direito e a quantidade de sangue que sai do ventrículo direito tem que ser igual a quantidade de sangue que chega ao átrio esquerdo.

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Quando se faz uma comparação entre propagação do potencial de ação, aumento de cálcio inracelular e contração efetiva, sempre ocorrerá primeiro a depolarização do atrios (linha preta no gráfico), após a despolarização há o aumento de cálcio intracelular (linha azul no gráfico), e só depois que a concentração de cálcio intracelular aumentou é que se efetiva a contração (linha vermelha pontilhada do gráfico).

O ciclo cardíaco é composto de sístoles, que são as contrações atriais e ventriculares, e de diástoles, que são os relaxamentos atriais e ventriculares.

O controle do enchimento cardíaco, principalmente o ventricular, se dá por duas válvulas cardíacas, chamadas de válvula tricúspide, do lado direito, e válvula mitral, do lado esquerdo. Os ventrículos só se enchem quando essas válvulas estiverem abertas. Quando o ventrículo vai se contrair as válvulas tem estar fechadas.

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Explicação do Gráfico A linha de tempo designado no

gráfico é o tempo de um batimento.

As ondas geradas são pressões desenvolvidas nos átrios e nos ventrículos no decorrer do tempo desse batimento

Este gráfico pode ser dividido em 7 fases, onde a fase A está relacionada com os átrios.

Quando se avalia de B a F, está relacionado com os ventrículos, desde de sua despolarização até a repolarização.

A fase A há o aumento de pressão nos átrios, sempre que há um aumento de pressão é uma contração, ou seja, a contração dos átrios nesta fase, e o enchimento dos ventrículos.

Os átrios estavam relaxados a válvula mitral estava fechada e o átrio estava se enchendo, o ventrículo relaxou a tal ponto que a pressão interior era inferior a pressão dos átrios e por isso a válvula mitral se abre. O gatilho para abertura de todas as válvulas é a diferença de pressão.

Quando a pressão ventricular é menor que a dos atrios as válvulas tricuspede e mitral se abrem, quando a pressão nos ventrículos é maior do que a das artérias as válvulas semilunar e aórtica se abrem.

Quando a pressão do ventrículo aumenta a ponde de ficar maior do que a dos atrios , as válvulas se fecham.

Quando a pressão das artérias aumenta de forma a ficar maior que a dos ventrículos as válvulas de fecham.

Sempre as válvulas iram se fechar por diferença de pressão. Pensando no coração esquerdo, a pressão ventricular está muito baixa, entorno

de zero, se essa pressão ventricular esta baixa a pressão no átrios esta maior, então as válvulas estão abertas. O sangue que está voltando para o coração, passa passivamente, enchendo os ventrículos, até que o nodo sino atrial gere o estimulo e os átrios se contraem, quando os átrios se contraem os átrios acabem de encher os ventrículos. A contração atrial é termino do enchimento ventricular.

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Quando os átrios terminam de encher os ventrículos, começam a relaxar, e este é o gatilho para que as válvulas se fechem.

Este momento de ejeção atrial e o fechamento das válvulas se tem o fechamento de todas as válvulas, a tricúspide, a mitral, a semilunar e a aórtica, deixando todo o sangue preso nos ventrículos, gerando uma pressão que só aumenta, sem alteração do volume. Esse aumento de pressão ventrículos, sem a alteração do volume é chamada de isovolumétrica. Por exemplo, uma xuxinha de cabelo, as fibras da xuxinha são células que quando estão sendo esticadas está contraindo, mas o volume não muda.

A pressão nos ventrículos aumenta tanto que fica maior que a pressão das artérias e por isso as válvulas semilunar e aórtica se abrem. Neste momento há a ejeção do sangue que esta nos ventrículos pra as artérias, ejeção ventricular rápida.

Ainda ejeta um pouco mais, chamada de ejeção ventricular lenta. Não se consegue ejetar todo o sangue que esta no coração, possui volume

residual. O coração ejeta cerca de 70 mL e resta cerca de 60mL. Fisiologicamente tem que ficar um pouco de sangue residual.

Existem situações em que o coração não consegue ejetar de forma eficiente, que é a insuficiência cardíaca.

O coração ejeta cerca de 55%, e quando se diz, por exemplo, que a fração de ejeção estava a 20% é por que o coração não estava ejetando, então estava insuficiente.

A válvula aórtica se abriu, os ventrículos fizeram a ejeção por completo e após a contração inicia o relaxamento.

O sangue foi ejetado para as artérias, as artérias são elásticas, o sangue faz com que a pressão arterial aumente, fazendo com que a válvula aórtica se feche.

Da mesma forma que se tem a contração isovolumétrica, se tem o relaxamento isovolumétrico.

O ventrículo se relaxou a tal ponto que pressão do átrio ficou maior que a pressão do ventrículo, novamente as válvulas se abrem e o ciclo se reinicia.

Enquanto os ventrículos estão ejetando os átrios estão relaxados recebendo sangue.

Quando a válvula aórtica se fecha o ventrículo continua relaxado, mas a válvula mitral ainda esta fechada. E num segundo momento as duas válvulas estão fechadas, onde só haverá relaxamento, chamado de relaxamento isovolumétrico, até um ponto que a pressão ventricular fica inferior a pressão atrial, nesse momento há a despolarização. Abriu a válvula, os átrios já estão cheios de sangue, pois esta recebendo sangue que estão vindo do corpo, já passa sangue para o ventrículo, enchimento passivo, por que o átrio ainda não contraiu.

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Outra explicação do gráfico anterior. Quando se tem contração de

ventrículo, queda de pressão, aumento de volume.

Quando se tem um aumento de volume, tem relaxamento de ventrículo para o seu enchimento.

Alça pressão-volume É um gráfico que vai relacionar a

pressão dos ventrículos, com o seu volume.

Tem um volume máximo ventricular e se aumente a pressão, ocorre contração. Se a contração não altera o volume, é uma contração isovolumétrica.

A partir do momento que essa contração começa a diminuir volume, ocorre a ejeção ventricular.

No momento pós ejeção, começa ter um relaxamento, novamente sem alteração no volume, ou seja, uma relaxamento isovolumétrico.

No final de B a pressão ventricular esta muito baixa, então começa o aumento de volume ventricular

A- Volume sistólico final B- Abertura da valva mitral C- Final da diástole D- Abertura da valva aórtica. A área interior do gráfico, se calculada, nos dá o Trabalho cardíaco. Trabalho em fisiologia é a força x o volume, ou seja, a relação entre a

força do coração esta fazendo e o volume que ele esta ejetando, então é a eficiência cardíaca.

Bulhas cardíaca

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São os sons que escutamos durante a aferição de pressão. Temos dois importantes sons que são possíveis de se escutar, os dois de

amplitude maior especificados no gráfico são os que escutamos em adultos.

Em criança consegue-se escutar três sons. O primeiro som que escutamos é a pressão sistólica, é quando a válvula

mitral e a tricúspide se fecham. Quando escutamos Tum-Tum, o primeiro Tum é da mitral e o segundo Tum é da tricúspide, pois a tricúspide fecha um pouquinho após a mitral.

Os dois juntos é o primeiro som que escutamos. Passa-se um tempo, e se escuta o segundo Tum-Tum, que são

provenientes da válvula aórtica e semilunar, novamente a aórtica se fecha primeiro que a semilunar, então o primeiro Tum é da aórtica e o segundo da semilunar.

Pulso Normalmente a palpação do pulso é uma das primeiras fontes

de informação acerca da ação cardíaca, Por estarsincronizado com o ciclo cardíaco (embora defasado), o pulsoperiférico nos permite saber, por exemplo, a frequênciacardíaca.

Não se pode sentir o pulso com o dedão, pois pode-se sentir o próprio pulso, por isso deve-se sentir a pulsação com o indicador e o dedo médio.

Na pulsação consegue-se sentir a frequência cardíaca. Quando o coração ejeta nas artérias, ela se estica e apesar dessa pressão

sofrer variações, gera uma onda. Essa onda é sentida em todas as artérias. Por isso é possível sentir a frequência cardíaca em qualquer artéria.

Não se pode medir a frequência cardíaca no pescoço, pois pode causa uma hipotenção cardíaca.

PRESSÃO DIASTÓLICA É a pressão que precede o relaxamento, ocorre no momento exato antior

a contração. Pode ser enfluenciada pela resistência periférica e pela frequência

cardíaca.

Mecanismo de FRANK-STARLING. OTTO FRANK e ENERST HENRY STARLING descreveram uma

teoria de funcionamento cardíaco chamada de teoria de Frank-Starling, onde define a eficiência da contração.

“A lei do coração é, pois, a mesma do músculo esquelético, a saber, a energia mecânica liberada na passagem do estado relaxado para o de

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contração depende da área das superfícies quimicamente ativas, isto é, do comprimento das fibras musculares.” Nas palavras de Starling.

O coração possui um posicionamento de fibras adequado, quando essa sobreposição é perfeita a contração é melhorada, ou seja, existe um relaxamento adequado para uma contração adequada.

Por exemplo a xuxinha de cabelo, quando mais eu a estico, com mais força ela volta.

Quanto maior o relaxamento a ponto de deixar o coração com a sobreposição dos sítios de aquitina e miosina de forma adquada, melhor será a eficiência de contração.

Mas se esticar muito a xuxinha, vai chegar um ponto em que a xuxinha não vai suporta.

Então existe um ponto adequado. 1:01:57