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EBOOK ECOCIDADÃO ALIMENTAÇÃO

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Mostra o ecocidadão que há em ti!

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O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.

Iniciativa: Conceção e desenvolvimento:

ALIMENTAÇÃO

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Índice

Não desperdiçar! 3Aproveitar as sobras 6Escolher produtos da época 8Os produtos locais 9Impacto do supermercado 11Produtos biológicos? 14Reduzir o consumo de carne 16

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As despesas com alimentação ocupam

lugar de destaque no orçamento familiar.Este é também o setor de consumo com maior impactoambiental, logo seguido dos transportes. Comprar emfunção das necessidades e sem materiais supérfluos é,assim, tão importante como comprar alimentos sãos.

Não desperdiçar!

Primeiro que tudo, quando vamos às compras devemosescolher os alimentos que têm a maior validade possível.Depois, é importante assegurar que os consumimosatempadamente, de modo a evitar desperdícios.O armazenamento dos alimentos também é um fator ater em conta. Proteger as frutas da incidência direta dosol e manter as embalagens num lugar fresco e seco, aoabrigo da luz solar e do calor é essencial. Os alimentosdevem ser dispostos no frigorífico (sempre cobertos oufechados em caixas herméticas) em função da suaduração.

A zona mais fria do frigorífico (entre 0ºC e 5°C) deve serreservada para a carne e o peixe. Na zona intermédia(entre 5ºC e 7°C), podemos arrumar os pratoscozinhados, a sopa, o leite e os laticínios. Geralmente, osfabricantes preveem gavetas específicas para a fruta e oslegumes (a temperatura anda aí entre os 8ºC e os 10°C).Para a manteiga, os ovos, os molhos e as bebidas,também existem, geralmente, zonas apropriadas (entre5ºC e 15°C). O manual de utilização do aparelho teminformações sobre as zonas mais frias: geralmente, nosfrigoríficos clássicos, encontram-se no topo e, noscombinados com duas portas, na parte de baixo.

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SABIAS QUE?

Uma parte significativa das vitaminas da fruta e dos legumes está alojadana casca ou na camada imediatamente inferior. Sempre que possível,devemos evitar descascar estes alimentos, mas devem ser lavadosconvenientemente em água corrente antes de consumidos.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!

Antes de se congelar os legumes, podemos mergulhá-los em água aferver durante dois a cinco minutos (é o chamado “branqueamento” ou“escaldão”). Além de prolongar o tempo de conservação, isto mantém asua cor na altura da confeção e reduz o seu volume, o que permite ganharespaço no congelador.

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Aproveitar as sobras

E se, apesar de tudo, houver restos? Na medida dopossível, devemos congelar alguns alimentos, logo apósa confeção. Evitaremos, assim, que se estraguem.Podemos igualmente ir congelando todas as sobras decarne ou de peixe; quando tivermos quantidadesuficiente, para confecionar um empadão, por exemplo.Fazer o mesmo com restos de arroz, massa, batata eoutros legumes, aproveitando-os para uma base desopa.

Além disso, existem muitas receitas originais paraaproveitar restos de forma criativa numa refeiçãoseguinte: com pedaços de frango ou outra carne,podemos, simplesmente, preparar uma sandes; os restosde pão podem ser incorporados numas almôndegas decarne picada ou servir para engrossar molhos; os restosde cenoura não irão certamente destoar no molho doprato de esparguete do dia seguinte.

E, claro, para quem tenha uma horta ou um jardim, podesempre aproveitar para fazer composto caseiro, desdeque os resíduos alimentares não tenham gordura ououtros ingredientes cozidos.

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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR!

Juntar o puré de batata ou os legumes que tiverem sobrado à sopa etriturar tudo. Deve-se consumir no prazo de um ou dois dias.

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Escolher produtos da época

Os frutos e os legumes comprados fora da época, comoas uvas, o tomate, etc., são importados (geralmente, poravião) de países quentes nesse período, ou cultivadoslocalmente em estufas aquecidas, geralmente comrecurso a gasóleo.

Além disso, estes produtos estão, frequentemente,sobre-embalados, para ficarem mais protegidos, o querequer também maior quantidade de materiais e deenergia. Os produtos são mais caros do que habitual, e asua importação gera maior emissão de poluentes.

Assim, ao escolhermos produtos da época evitaremos aimportação de países longínquos ou o recurso a estufasaquecidas na sua região. Poderemos também tirarpartido de todo o seu sabor e valor vitamínico, além deaproveitarmos a melhor relação entre a qualidade e opreço.

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Os produtos locais

Grande parte dos camiões que circulam na estradadestina-se ao transporte de bens de consumo, deprodutos agroalimentares, animais, congelados, leite,etc. O caminho percorrido pelas mercadorias até chegarao consumidor tem aumentado cada vez mais. E já nãoimportamos só dos países vizinhos.

De cada vez que adquirimos bananas da Costa doMarfim, ou laranjas de Marrocos, ou peixe fresco daÍndia, estamos a pagar também o seu transporte. Oscamiões-frigoríficos podem, além disso, emitir gasesrefrigerantes, com efeito de estufa e influência nacamada de ozono em caso de fugas.

O transporte de produtos alimentares é responsávelpela emissão de dióxido de carbono e outros gases comefeito de estufa. Aqui ficam alguns exemplos:

• uma tonelada de batatas produzida e vendidalocalmente (numa área de 25 quilómetrosquadrados) gera cerca de três quilos de dióxido decarbono equivalente (CO2-equivalente);

• uma tonelada de mangas (ou de maçãs) oriundas daÁfrica do Sul e transportadas por avião (a cerca dedez mil quilómetros de distância) gera 3,2 toneladasde CO2-equivalente;

• uma tonelada de laranjas transportadas da Tunísiapara a Europa central de avião gera 1,2 toneladas deCO2-equivalente.

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A solução é comprar produtos locais: reduz o impactoambiental decorrente do transporte e favorece aeconomia nacional.

É certo que recorrer aos centros comerciais ou aoshipermercados é cada vez mais frequente. No entanto,do ponto de vista ambiental, deve ter-se emconsideração o impacto da sua atividade. Regra geral, asgrandes superfícies comerciais são vorazes em recursos,nomeadamente na utilização de solo e no consumo deenergia e água. Além disso, a maioria destes espaçosnem sempre é bem servida de transportes públicos, oque exige a deslocação de carro, com os associadosgastos energéticos e emissão de poluentes. Em vez denos deslocarmos de carro até ao hipermercado, porquenão optar pelo comércio local? Muitas vezes, poderemosconseguir poupar algum dinheiro e estaremoscertamente a ter um impacto ambiental menor.

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IMPACTO DO SUPERMERCADO:

Impacto local

Quando o consumo se concentra no hipermercado emvez de no comércio local, quem vive nas redondezas docentro comercial é afetado por um aumento de ruído,maior risco de acidentes e tráfego intenso devido àsdescargas de mercadoria, recolha de resíduos emovimento dos clientes. A qualidade do ar também seressente.

Por outro lado, a necessidade de transporte de bens,muitas vezes de longe, faz crescer o número de veículos(em particular os pesados) sobretudo nas imediações docentro comercial, o que contribui enormemente para asemissões de gases poluentes. Aumenta também o usode transporte particular para chegar à zona comercial.

Impacto global

Transportar e distribuir bens em larga escala, sobretudoalimentos que vêm de longe para a nossa mesa,prejudica a biodiversidade e o ambiente, o que resultaem particular do efeito sobre o equilíbrio climáticocausado pela emissão de gases com efeito de estufa.Incide também no consumo energético, necessário paraa manutenção do supermercado. Em causa está,portanto, o equilíbrio do nosso planeta.

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Por serem um espaço de grande produção de resíduos,os hipermercados têm de separar enormes quantidadesde plástico, vidro, papel/cartão, lâmpadas e baterias,entre outros. Devem também levar a cabo medidas parareduzir o uso do papel e dos materiais usados emprateleiras e exigir aos seus fornecedores que tenhamem conta o tamanho e a conceção das embalagens, demodo a diminuir a quantidade de resíduos gerada.Devem optar, também, por detergentes com a máximabiodegradabilidade e implementar sistemas detratamento das águas usadas com vista à reutilizaçãonoutros fins, como autoclismos, espaços exteriores, etc.

Assim sendo: o hipermercado ou a mercearia daesquina? Trata-se de uma opção que devemos ponderarde acordo com cada situação específica: aliás, muitasvezes, pode demonstrar-se rentável do ponto de vista dapoupança de tempo e dinheiro fazer compras mais pertode casa, sobretudo se nos dermos conta de quetrazemos sempre mais qualquer coisa que não estava nalista quando nos deslocamos ao hipermercado.

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SABIAS QUE?

A escolha de produtos locais frescos e/ou da época ajuda a diminuir aemissão de gases com efeito de estufa e de outros poluentes. O uso detransportes é menor, e nem sempre é preciso refrigerá-los!

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Produtos biológicos?

No que diz respeito à fruta e aos vegetais, muitas vezesas cadeias de distribuição são obrigadas a cumprirdeterminados parâmetros, muitas vezes estéticos,recorrendo, por exemplo, a produtos químicos paraconseguir o aspeto desejado. Acontece que,frequentemente, super e hipermercados rejeitam muitosprodutos devido a falhas relacionadas com o tamanho oucom a forma do produto, por exemplo. Isto gera práticasambientalmente nocivas, como o abuso de fertilizantes epesticidas.

Quem se preocupa com estas questões pode optar porprodutos de agricultura biológica, que não recorre apesticidas, o que reduz o impacto negativo sobre o solo,a água e o ar.

A agricultura biológica é praticada segundo regras muitoexigentes. O agricultor, para obter um certificado para osseus produtos, deve respeitar algumas regras,nomeadamente:

• não usar pesticidas sintéticos ou adubos químicos;

• o impacto ambiental deve ser o mínimo possível;

• não deve usar organismos geneticamentemodificados;

• a criação de gado deve ter em conta o bem-estar e asaúde dos animais; deve ainda ter em atenção asnecessidades comportamentais de cada espécie;

• cuidados veterinários segundo um enquadramentoespecífico.

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A agricultura biológica é, pois, um modo de produçãomuito claramente definido e com uma legislação bemprecisa. A aplicação destas técnicas é submetida acontrolos rigorosos, desde o campo até ao seu prato.Não confundir produção biológica com descrições muitovagas e não controladas, como “produto do campo”,“cem por cento natural”, “sem adubo”, entre outros.Devemos procurar o logótipo da Eurofolha, que setornou obrigatório na rotulagem dos produtos deagricultura biológica da União Europeia desde julho de2010.

A produção integrada consiste noutro método de cultivo,sobretudo usado na produção frutícola, que recorre omenos possível a tratamentos químicos para lutar contradoenças e parasitas. Nestes produtos, apenas podem serusados fitofármacos aconselhados em produçãointegrada.

Tanto a agricultura biológica como a produção integradarenunciam a pesticidas nocivos, pelo que não poluem ossolos e as águas de superfície. Eis um ponto muitopositivo para o ambiente e para a saúde das plantas, dosanimais e das pessoas. Dos dois sistemas, a agriculturabiológica vai, mesmo assim, um pouco mais longe.

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Reduzir o consumo de carne

Um prato de carne à mesa já foi um luxo de apenasalguns, que o reservavam para ocasiões especiais. Nosúltimos 50 anos, os hábitos alimentares alteraram-se, ehoje é um alimento básico da maioria das dietas.

O aumento do consumo da carne não é homogéneo emtodos os países. As diferenças entre as naçõesdesenvolvidas e as que se encontram em vias dedesenvolvimento são evidentes. No mundoindustrializado, em 1964, este consumo era de 62 quilospor pessoa, num ano. Já em 1997, atingiu os 88 quilos.As zonas mais pobres do planeta também alteraram osseus hábitos alimentares, mas não atingiram estesvalores.

A relação entre o consumo de carne e o poder decompra mostra que os mais ricos são os que maisconsomem. A nível mundial, estima-se que comamoscerca de 40 quilos de carne, individualmente e por ano.Segundo o Instituto Nacional de Estatística, cadaportuguês consome anualmente, em média, 44,6 quilosde carne de suíno, 35 quilos de carne de animais decapoeira e 17 quilos de carne de bovino.

Certo é que uma boa parte das terras cultiváveis servepara produzir a alimentação do próprio gado destinadoaos matadouros e vendido a baixo custo. Em 1999, maisde 37 por cento da superfície terrestre eram ocupadospor culturas, pastagens, e dois terços do consumo deágua eram devidos à agricultura. Em Portugal, cerca de46 por cento do uso agrícola do solo são dedicados apastagens permanentes.

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ATENÇÃO!

De acordo com a Roda dos Alimentos, adolescentes e adultos ativos, nocontexto de uma dieta equilibrada, não devem exceder o consumo de135 gramas de carne por dia.

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A cultura intensiva de cereais não se justifica só pelasnecessidades nutricionais do ser humano, mas tambémpelas quantidades de carne (sobretudo vermelha)consumida. Ora, a produção intensiva consome grandesquantidades de energia fóssil, direta ou indiretamente(para a produção de fertilizantes e de pesticidas e para asmáquinas agrícolas), além de que produz emissões degases com efeito de estufa: óxido nitroso (N2O) tem umpotencial de aquecimento global 310 vezes superior aodo dióxido de carbono, por exemplo, e o metano,emitido pelos ruminantes, é, por sua vez, 21 vezes mais˝potente˝ do que o dióxido de carbono.

Em Portugal, o setor agrícola é o segundo responsávelpelas emissões de gases com efeito de estufa, logo aseguir ao setor de energia, que inclui os transporte. Estaatividade está na base de quase metade das emissõestotais de metano e de cerca de três quartos dasemissões de óxido nitroso. Estas provêm da aplicação deadubos, corretivos de solo e do próprio estrume geradopelos animais.

Em suma, a produção de carne sobrecarrega o planeta.Ao reduzirmos o consumo não só estaremos a cuidar danossa saúde como a fazer uma opção mais ecológica:ajuda a libertar as terras para a agricultura e permitedesenvolver uma agricultura biológica menos poluente.

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SABIAS QUE?

Segundo o Projeto do Estudo e Reflexão sobre Desperdício Alimentar(PERDA), desenvolvido pelo Centro de Estudos e Estratégias para aSustentabilidade, Portugal perde ou desperdiça cerca de um milhão detoneladas de alimentos por ano, 32 mil dos quais em casa.

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CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO:CONSUMO ECOLÓGICO

Poupar o ambiente e a carteira© 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.