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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CAMPI/JEQUIÉ

Educação do campo

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Apresentação no evento Educação e Temas Contemporâneos: Políticas, Desenvolvimento Social e Cidadania, realizado no dia 30 de setembro de 2010, no Auditório Wally Salomão, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequié.

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Page 1: Educação do campo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIACAMPI/JEQUIÉ

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REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL – contexto

A crise econômica desencadeada pelos EUA no início do século XX; A ampliação do modo capitalista industrial; A aceleração das economias pós-guerra; A criação do Banco Internacional para a Reconstrução e o

Desenvolvimento (BIRD), ou “Banco Mundial”; A problemática da educação rural a partir da década de 30; O golpe militar que desencadeou 20 anos de ditadura militar; O desenvolvimento dos monopólios de terra e indústria; A influência do sistema educacional norte-americano sobre o brasileiro; A promulgação da primeira lei de Reforma Agrária para o Brasil, O Estatuto da Terra, em 1964, entre outros... MST/MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TERRA (INICIO DA

DECADA DE 80) SETOR DE EDUCAÇÃO DO MST (FINAL DA DEC. DE 80)

EDUCAÇÃO DO CAMPO NA HISTÓRIA

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MST: LUTA PELA REFORMA AGRÁRIA..., form... PROPOSTA DE EDUCAÇÃO: produções teóricas e

memória cronológica - Dossiê Escola

1. 1990: Nossa luta é nossa escola: a educação das crianças nos acampamentos e assentamentos;

2. 1991: Educação no documento básico do MST;3. 1991: O que queremos com as escolas dos assentamentos;4. 1992: Como deve ser uma escola de assentamento;5. 1992:Como fazer a escola que queremos;6. 1993: A importância da prática na aprendizagem das

crianças;

EDUCAÇÃO DO CAMPO NA HISTÓRIA

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7. 1994: Escola trabalho e cooperação;8. 1995: Como fazer a escola que queremos: o

planejamento;9. 1995: Ensino de 5 ª a 8 ª séries em áreas de

assentamento: ensaiando uma proposta10.1996: Princípios da Educação do MST ;11.1997: Pedagogia da Cooperação12.1998: Escola Itinerante em Acampamentos do MST;13. 2001: Como fazemos a escola de ensino

fundamental;14. 2001: Nossa concepção de educação e de escola

EDUCAÇÃO DO CAMPO NA HISTÓRIA

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PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO DO MST (Caderno, n. 08)

Resgate dos fundamentos pedagógicos das experiências provenientes das escola do MST;

Apresenta os princípios filosóficos e pedagógicos para a escola do MST

Síntese de 10 anos de estudos e práticas sobre a formação humana emancipatória

CADERNO BASE PARA OS PRINCÍPIOS DA ED. DO CAMPO

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INTERLOCUTORES DA PROPOSTA K. MARX – O Capital

MARIO A. MANACORDA (1978, 1979, 1990) NADEZHDA KRUPSKAYA (1986) ALEXIS LEONTIEV (1978) (Desenv. do Psiquismo)

PAULO FREIRE (1974) (Pedag. do oprimido) MOISEY PISTRAK (Fundamentos da escola do trabalho)

JOSE MARTÍ (1961) ADOLFO VAZQUEZ (Filosofia da práxis) LÊNIN (Sobre a Educação)

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PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS E FILOSÓFICOS

ESCOLA E A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

- laboratório de organização para a nova sociedade - lugar de desenvolvimento de atividades produtivas e úteis - espaço de formação de militantes - espaço de formação para democracia - espaço de capacitação para a cooperação - estímulo para as crianças e jovens permanecerem no campo - promoção da auto-organização dos educandos e educadores - professor como um militante da educação

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PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS E FILOSÓFICOS

EDUCAÇÃO E TRABALHO - capacitação para o trabalho manual e intelectual- promoção da participação coletiva da comunidade na

escola- relação afinada entre a escola, o assentamento e o MST- promoção da formação integral/omnilateral dos educandos- relação entre processo educativo e dimensão econômica,

cultural e política

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PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS E FILOSÓFICOS

PRÁXIS PEDAGÓGICA

- ter a prática como processo de ensino-aprendizagem- produzir conhecimento científico a partir da

experiência prática- ter a teoria e a prática como práxis social- ter o trabalho metodológico orientado pelas

experiências ou práticas pedagógicas- a educação deve combinar o ensino e a capacitação

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A PROPOSTA DE EDUCAÇÃO “DO” CAMPO

ENCONTRO NACIONAL DE EDUCADORES/RAS DA REFORMA AGRÁRIA /ENERA (1997) – LIZIANA/GO

I Conferência Nacional: Por uma Educação Básica do Campo ( Julho de 1998) – BRASILIA Entidades promotoras: CNBB, MST, Unicef,

Unesco e UnB.ORGANIZAÇAO DA COLEÇÃO DE CADERNOS – “POR

UMA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO”(1999, 2000, 2001, 2002 2004, 2005, 2009...) – COLETIVO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DOS MOV. SOCIAIS

EDUCAÇÃO DO CAMPO NA HISTÓRIA

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DIRETRIZES PARA ED. DO CAMPO

Diretrizes Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo – Lei nº 10.172 de 09/01/2001.

“ESTAMOS NO PROCESSO DE SUA IMPLEMENTAÇÃO”

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Diretrizes Operacionais

12. Incorporar a Educação do Campo nos Planos Estaduais e Municipais de Educação assegurando a participação dos movimentos sociais no acompanhamento da sua execução.

13. Garantir a participação dos Movimentos Sociais nos Conselhos de Educação, Nacional, Estaduais e Municipais, e em outros espaços institucionais.

14. Garantir a construção coletiva do projeto político-pedagógico da Educação do Campo com a participação da diversidade dos sujeitos, tendo sempre como referência os direitos dos educandos.

15.Reconhecer as escolas dos acampamentos (escolas itinerantes), bem como a escolarização desenvolvida na Educação de Jovens e Adultos (EJA), nas diferentes experiências educativas do campo.

19. Investir na formação e na profissionalização dos educadores/das educadoras e outros profissionais que atuam no campo, priorizando os que nele vivem e trabalham

20. Criar, para os educadores e educadoras do Campo, Centros Regionais de Formação devidamente equipados.

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Projeto de desenvolvimento sustentável do campo, que se

contraponha ao latifúndio e ao agronegócio - garantindo:

A realização de uma ampla e massiva reforma agrária; demarcação das terras indígenas; O fortalecimento e expansão da agricultura familiar/camponesa; As relações/condições de trabalho, que respeitem os direitos

trabalhistas e previdenciários dos trabalhadoras e trabalhadores rurais;

A erradicação do trabalho escravo e da exploração do trabalho infantil;

O estímulo à construção de novas relações sociais e humanas, e combata todas as formas de discriminação e desigualdade fundadas no gênero, geração, raça e etnia;

A articulação campo – cidade, o local - global.

Desenvolvimento do campo onde a educação desempenhe um papel estratégico no processo de sua construção e implementação.

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DIREC 13: ABRANGÊNCIA 25 MUNICÍPIOS – “75” ESCOLAS

LOCALIDADE/ESCOLA

LOCALIDADE/ESCOLA LOCALIDADE/ESCOLA LOCALIDADE/ESCOLA

AIQUARA - 1 IRAJUBA - 2 JEQUIÉ – 19 + 6 EXT PLANALTINO - 1

APUAREMA - 1 IRAMAIA – 1 + 6 EXT JITAÚNA - 1 SANTA INÊS - 4

BARRA DO ROCHA - 2 ITAGI - 3 LAFAIETE COITINHO - 1 UBATÃ - 6

CRAVOLÂNDIA - 1 ITAGIBÁ - 1 + 3 EXT LAJEDO DO TABOCAL - 1

DÁRIO MEIRA - 2 ITAQUARA - 2 MANOEL VITORINO - 1

IBIRATÁIA - 2 ITIRUÇU - 4 MARACÁS - 3

IPIAÚ - 9 JAQUAQUARA - 5 MIRANTE - 1

ESCOLAS: MUNICÍPIOS, DISTRITOS E POVOADOS

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PROBLEMÁTICAS DA EDUCAÇAO DO CAMPO

 

rotatividade dos professores formação do professor urbanocêntrica

educação disvinculada da realidade local infraestrura precária das escolas

precariedade do transporte escolar desvalorização da cultura campesina

políticas públicas incipientes e contraditórias não valorização do professor do campo

ausência de gestão especializada em ed. campo o professor como ser apolítico

desconhecimento das diretrizes operacionais (...)

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