26
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Educação Inclusiva Tucuruí PNAIC - 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Sugestões para professores do Ensino Regular

Citation preview

Page 1: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM

Page 2: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

1

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

ESTADO DO PARÁ PREFEITURA DE TUCURUÍ

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Helen G. Wanderley Ferreira

DIRETORA EXECUTIVA DE ENSINO Leulina Antônio Mendanha

COORDENADORA MUNICIPAL DO PACTO

Vera Maria do Socorro Oliveira

ORIENTADORAS DE ESTUDO

1º ANO

Fabiana Cavalcante Lopes

Luzia de Sousa Barbosa

Mª Elena Nunes Meneses

2º ANO

Mª Celina Soares Pereira

Mª da Conceição Neves Marcelino

Odilene Silva Barradas

3º ANO

Francisca Arruda de Oliveira

Francinete Pereira dos Santos

Mª Santana Ferreira Guerra

Osiany Rodrigues Vieira

EDUCAÇÃO NO CAMPO

Ana Lucia Bendelaqui

Waldilene Nunes Rodrigues

Page 3: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

2

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

SUMÁRIO

1 -DEFICIENCIA FISICA .....................................................01

2 -DEFICIÊNCIA INTELECTUAL .............................................02

3 –SURDO ...................................................................... 05

4-CEGOS/BAIXA VISÃO ......................................................07

5 -ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO .................................12

6 -TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD).............13

HIPERATIVIDADE ............................................................. 15

7 -CURRÍCULO/ ADAPTAÇÃO CURRICULAR .................................17

8-DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM/DISTURBIOS DE

APRENDIZAGEM.................................................................18

REFERÊNCIAS ................................................................. 22

Page 4: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

3

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

A escola inclusiva oferece oportunidades de aprendizagens múltiplas a todos.

Não apenas as aprendizagens acadêmicas, mas aquelas que se referem à

sensibilidade pela diversidade humana, a experiência com a riqueza da diferença e o

desenvolvimento do espírito de colaboração, aspectos tão significativos na constituição

de um sujeito.

Buscamos neste caderno apresentar estratégias de ensino que possa ajudá-los

em sala de aula com crianças inclusas na Rede Municipal.

1 -DEFICIENCIA FISICA

Definição: uma variedade de condições que afeta a mobilidade e a coordenação

motora geral de membros ou da fala. Pode ser causada por lesões neurológicas,

neuromusculares e ortopédicas, más-formações congênitas ou por condições

adquiridas. Exemplos: amiotrofia espinhal (doença que causa fraqueza muscular),

hidrocefalia (excesso do líquido que serve de proteção ao sistema nervoso central) e

paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso central).

Características:

São comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor.

Às vezes o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na

motricidade oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira

de rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e material

escolar adaptados, como apontadores, suportes para lápis etc.

PARALISIA CEREBRAL

Lesão no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta

de oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer ou até dois anos após o

parto. Em 75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual.

Características:

A principal é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que

causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na coordenação motora, na força e no

equilíbrio. Pode afetar a fala.

Page 5: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

4

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Recomendações:

Para contornar as restrições de coordenação motora, use canetas e lápis mais

grossos, uma espuma em volta deles costuma resolver. Utilize folhas avulsas, mais

fáceis de manusear que os cadernos grandes e peça que os alunos se sentem na

frente. É importante que a carteira seja inclinada.

Se o aluno não consegue falar, providencie uma prancha com desenhos ou fotos

para que se estabeleça a comunicação. Ela pode ser feita com papel cartão, em que

são coladas figuras pequenas e fotos que representem pessoas e coisas significativas,

como os pais, os colegas da classe, o time de futebol, o alfabeto e palavras-chave

como: sim, não, fome, sede entrar, sair. Para informar o que quer ou sente, o aluno

aponta para as figuras e se comunica.

Podem ainda ser utilizados:

Utilizar cópia em xerox etc.

O professor ou um colega como escriba.

Letras emborrachadas/imantadas/em madeira/com velcro.

Livros didáticos e de literatura com marcadores para facilitar o passar das folhas, páginas ampliadas.

Atividades ampliadas.

Diferentes formas de representação simbólica (fotografias, figuras, desenhos, símbolos, palavras).

As fotografias representativas e pertencentes ao contexto do aluno muito contribuem para o estabelecimento da interação, da comunicação e do interesse.

2 -DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Deficiência intelectual ou atraso mental é um termo que se usa quando uma

pessoa apresenta certas limitações no seu funcionamento mental e no desempenho de

tarefas como as de comunicação, cuidado pessoal e de relacionamento social.

Page 6: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

5

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Estas limitações provocam uma maior lentidão na aprendizagem e no

desenvolvimento dessas pessoas.

A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e

realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se

comporta como se tivesse menos idade do que realmente tem.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

• Manusear livros e revistas infantis

• Histórias à vista das gravuras do livro ( histórias pequenas).

• Histórias contadas pelo educador com o apoio de fantoches.

• Fazer o reconto das histórias lidas ( professor).

• Colocar o nome do aluno e mostrar-lhe.

• Oferecer canetas, lápis colorido, giz de cera e deixa-la rabiscar livremente.

• Cantar ou recitar parlendas, poesias, músicas ou quadras, dando estímulos para que

a criança antecipe ações. EX.: parabéns pra você. Espera-se que a criança bata

palmas logo que comece a canção.

• Solicitar à criança que antecipe gestos e ações as atividades de rotina do dia. EX.:

Apanhar a lancheira na hora da merenda.

• Ajudar o aluno a identificar objetos e figuras de pessoas conhecidas.

• Trabalhar diariamente os combinados.

• Brincar de empilhar caixas vazias de embalagens diversas.

• Imitar sons e gestos sugeridos por um modelo.

• Soltar objetos dentro de uma caixa.

• Empurrar caixas de vários tamanhos com os pés.

• Enfileirar blocos, embalagens, caixas, etc.

• Saltar pequenos obstáculos.

• Bater bola no chão e agarrar em seguida.

• Encaixar blocos e cubos diversos para fazer “torres e fileiras”.

• Solicitar a criança em diferentes situações que atenda a ordens simples como pegar

um brinquedo, ninar a boneca, pega o lápis, etc.

• Rasgar folhas de revistas e tentar unir os pedaços reconstruindo as figuras.

Page 7: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

6

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

• Brincar de dar passos grandes e pequenos, para que ela adquira as noções de

dimensão espacial em relação ao próprio corpo.

• Colocar as crianças em frente ao espelho, pedindo que mostre algumas partes de seu

corpo.

• Fazê-la sentir necessidade de pedir o que deseja, dizendo o nome não apenas

apontando.

• Pedir que diga seu próprio nome ou apelido.

• Fornecer a variedade de materiais que estimulem os diferentes sentidos (visão

audição, tato, etc.) permitindo intensa manipulação.

• Valorizá-las nas suas recém adquiridas habilidades.

• Incentivar o aluno a desenvolver hábitos de higiene. EX.: lavar e secas as mãos antes

de se alimentar, escovar dentes, etc.

• Apresentar a ficha ou crachá com nome próprio.

• Levar a criança a imitar a voz dos personagens das histórias trabalhadas.

• Levar a criança a identificar figuras e objetos familiares e pessoas, inclusive a si

mesma.

MATERIAIS QUE PODEM SER USADOS

• Jogos de borracha ou plástico desmontáveis.

• Brinquedos representativos de sua realidade (carrinhos, panelinhas, bonecas,

bichinhos, etc.).

• Blocos diversos para montar.

• Cubos de diversos tamanhos.

• Lápis de cera, giz, pincéis, tintas, lápis de cor, etc.

• Espelho grande na parede.

• Brinquedos sonoros.

• Caixas com orifícios.

• Embalagens diversas, vazias.

• Fantoches.

• Bolas, bonecas, brinquedos para brincar de casinha.

• Caixas de papelão de vários tamanhos.

• Regador, brinquedos de puxar.

Page 8: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

7

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

• Copos de plástico e potes de iogurte.

• Fichas com o nome dos alunos.

• Argolas coloridas.

• Potes, garrafas, latas fechadas, contendo dentro materiais diversos (areia, arroz,

feijão, milho, etc.).

• Brinquedos coloridos e sonoros.

• Instrumentos musicais.

• Painéis com vários estímulos para exploração.

• Papeis coloridos de texturas variadas.

• Revistas e revistas infantis.

• Massa plástica, lixas, etc.

• Jogos diversos de montar e desmontar.

• Jogos de madeira e plásticos desmontáveis.

• Massa de modelar e argila.

• Tinta guache, aquarela, tinta de dedo, etc.

• Materiais representativos da realidade: bonecas, carrinhos, panelinhas, telefone,

espelho, banquetas, bolsas, etc.

• Bolas de diversos tamanhos e cores.

• Casinha de boneca, corda.

• Jogos simples de completar figuras.

• Caixas de papelão de variados tamanhos.

• Quebra cabeça simples.

3 -SURDO

Dicas para o professor

Procurar elaborar atividades com ilustrações (quanto mais concreto e ilustrado, melhor será a compreensão).

Procurar incentivar atividades em grupo.

Realizar atividades de dramatizações (histórias, filmes).

Oferecer atenção individualizada para a perfeita compreensão.

Estar atento ao aparelho auditivo (caso o aluno use) e revisá-lo ao início de cada aula.

Manter uma relação próxima com a família.

Os alunos com deficiências auditivas (surdos) devem ficar sempre na primeira fila na sala de aula.

Page 9: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

8

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível.

Este estudante poderá necessitar de tempo extra para responder a avaliações.

O professor deve falar com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz.

O professor deve evitar estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão.

Quando falar, não bloqueie a área à volta da boca.

Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente).

Professor, um pequeno toque no ombro do aluno poderá ser um bom sistema para lhe chamar a atenção, antes de fazer um esclarecimento.

Dicas para trabalhar com aluno surdo em sala de aula

• Para contar histórias (oralizadas) aos alunos, se você tem na sala alunos surdos ou

com deficiência auditiva, utilize recursos visuais e, ao longo da narrativa.

• Para a alfabetização, principalmente se você tem alunos surdos, não é muito

indicado que utilize o método sintético – silabação. A escrita deve estar sempre

associada ao seu significado, ou seja, a palavras, frases ou textos.

• Faça uma atividade de escrita dos nomes dos objetos da sala e, em seguida,

afixe-os nos lugares correspondentes a eles: porta, janela, lousa, etc. Faça listas

de outros objetos da escola, da casa, da cidade, do parque, da igreja, etc.

• Faça um painel com as letras do alfabeto e, na vertical, na direção da letra, peça

aos alunos que colem figuras e escrevam o nome correspondente.

• Recorte figuras de revistas, cole-as em cartolina, faça legendas que as descrevam

e pendure-as na parede da sala. Alguns dias depois, retire as legendas e peça que,

com base nas figuras, os alunos reescrevam as legendas.

• Faça um painel com rótulos de produtos. Faça a leitura desses rótulos, associando-

os á utilização dos produtos a que correspondem. Essa atividade

possibilita ao aluno surdo ampliar e especificar a linguagem por meio do

vocabulário.

• Caso haja surdos em sua turma, para auxiliar a memorização da escrita, faça

crachás com os nomes de todos, incluindo o seu, para serem usados durante a

aula.

• Para fazer um ditado, utilize desenhos, objetos, ou diga as palavras de forma bem

pausada, olhando para os alunos. Você pode também utilizar a mímica de animais:

Page 10: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

9

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

• macaco, onça, pássaro, etc; objetos: escova de dentes, peças de vestuário, livro,

etc; ações: nadar, pular, escrever, etc.

• Para escrever os nomes das cores, utilize o lápis da cor escrita. Por exemplo,

escreva vermelho com lápis vermelho, etc.

• Escreva palavras faltando letras, para que sejam completadas. A essas palavras

associe desenhos. Essa atividade chama a atenção dos alunos para o número de

letras necessário á composição das palavras.

• Faça um quebra-cabeça de palavras associando-as um desenho, pois as imagens

constituem um suporte importante no processo de aprendizagem.

• Faça palavras cruzadas com nomes de alunos da classe ou com outras palavras,

sempre associadas a uma imagem.

• Para auxiliar a escrita de textos, faça com os alunos alguns passeios pelos

arredores da escola e peça que descrevam, na modalidade escrita, o que viram.

• Para alunos que ainda não identificam as letras, o professor pode desenvolver

jogos que envolvam as letras. Por exemplo:

* Faça um alfabeto de cores: amarelo, branco, creme, dourado, etc.;

* De objetos: aliança, boneca, carroça, etc.;

* De frutas: abacate, banana, carambola, damasco, etc.;

* De nomes de pessoas, etc.;

• Para ensinar letras e números, faça em sua sala de aula um jogo de bingo.

• Partindo do próprio nome da criança, criar novas palavras associando-as ás

características da criança.

• Confeccionar vários cartões com palavras que estejam sendo trabalhadas.

Obs. algumas das sugestões apresentadas, podem ser usadas com crianças com

crianças DI.

4-CEGOS/BAIXA VISÃO

O professor deve no primeiro dia de aula apresentar os ambientes da escola:

sala de aula, banheiros, quadras, corredores, sala de professor, cantina, refeitório,

biblioteca e demais instalações, para que o aluno com deficiência visual vai tateando as

paredes, móveis, corrimãos, para, assim, fazer o mapa mental do ambiente;

O aluno cego necessita do sistema Braille como sistema de leitura e escrita,

portanto, este desde a tenra idade frequenta uma sala de alfabetização Braille. Quando

o mesmo ainda não domina este código todas as disciplinas devem ser gravadas e/ou

lidas.

Page 11: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

10

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Apesar das limitações visuais é preciso lembrar que o aluno com deficiência

visual compreenderá o que lhe disser, pois a deficiência visual não implica

comprometimento mental.

No caso de não terem disponível em sua classe o método Braille, faça para eles

um alfabeto móvel. Este pode ser feito de vários materiais: madeira, papelão, rolos de

jornal, etc. As letras de rolo de jornal são produzidas assim:

• Enrole a folha de jornal na posição diagonal, mantendo-a sempre o mais apertado

possível.

• Ao terminar, passe cola na ponta que ficou solta.

• Modele então a letra – para isso, use a fita adesiva.

• Você poderá fazer também cartelas com letras em alto-relevo, usando sementes,

restos de lixa de ferro ou madeira, etc.

Torne suas aulas mais auditivas. Todos os textos utilizados devem ser lidos em

voz alta, se for necessário mais de uma vez. A compreensão e a interpretação do texto

devem ser sempre feitas oralmente, antes de ser escritas.

Baixa Visão

O aluno com baixa visão, ou seja, visão subnormal, é aquele que apresenta uma

perda significativa da visão não corrigível por tratamento clínico/ cirúrgico ou com uso

de óculos convencionais.

Recomendações:

• Especificamente para o aluno com baixa visão, a escola deve dispor de cadernos

de pautas largas e reforçadas, lápis de grafite escuro (3B, 4B, 6B), canetas de

pontas grossas e textos ampliados.

• A carteira escolar deve estar posicionada o mais próximo possível do quadro ou do

material visual que estiver sendo apresentado.

• Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações mostradas.

• Faça para o aluno um alfabeto móvel. Este pode ser feito de vários materiais: madeira, papelão, rolos de jornal etc.

• O contraste de objeto e fundo é muito importante ; cores ideais: amarelo em fundo preto, azul escuro e verde escuro, preto, verde, vermelho em fundo branco.

Page 12: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

11

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO AO ALUNO COM BAIXA VISÃO

Ensine a criança e o jovem sobre sua deficiência e sobre o que eles podem ver

ou não poder ver bem (muitas crianças não têm consciência disso).

Os alunos com baixa visão deverão trabalhar olhando para os objetos e para as

pessoas (algumas crianças apresentam comportamento de cegos, olham para o vazio.

Peça para que “olhe” o objeto ou pessoa em questão).

Incentive e ajude a desenvolver comportamentos e habilidades para participar

de brincadeiras e recreações junto com os colegas, facilitando o processo de

socialização e inclusão.

Seja realista nas expectativas do desempenho visual do estudante, encorajando-

o sempre ao progresso.

Encoraje a coordenação de movimentos com a visão, principalmente das mãos.

Oriente o estudante a procurar recursos como o computador, pois, ele se

cansará menos e aumentará sua independência. Pense nos estudantes com baixa

visão como pessoas que veem.

Use as palavras “olhe” e “veja” livremente.

Esteja ciente da diferença entre nunca ter tido boa visão e tê-la perdido após algum

tempo.

Aprenda a ignorar os comentários negativos sobre as pessoas com baixa visão.

Dê-lhe tempo para olhar os livros e revistas, chamando a atenção para os objetos

familiares. Peça-lhes para descrever o que vê. Torne o “olhar” e “ver” uma situação

agradável, sem pressionar.

Page 13: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

12

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

OBS: Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não se

canse ou se machuque. Ela deve ser responsável pelas próprias ações.

Características de material impresso para baixa visão

- Desenhos sem muitos detalhes (muitos detalhes confundem);

- Uso de maiúsculas;

- Usar o tipo (letra) Arial;

- Tamanho de letra em torno de 20 a 24 (ou seja, ampliada);

- Usar entrelinhas e espaços;

- Cor do papel e tinta (contraste).

- Ampliação à mão: é a mais utilizada e deve seguir requisitos como tamanho, espaços

regulares, contraste, clareza e uniformidade dos caracteres.

Materiais

- Lápis 6B e/ou caneta hidrográfica preta;

- Suporte para livros;

- Guia para leitura;

- Luminária com braços ajustáveis (caso na sala a iluminação não esteja apropriada);

- Cadernos com pautas ampliadas ou reforçadas, pode ser confeccionado utilizando o

próprio caderno do aluno riscando com uma caneta hidrocor preta uma linha sim, outra

não. Como normalmente os cadernos encontrados hoje em dia as linhas são claras,

não haverá problema pois, normalmente o aluno não consegue enxergar as linhas mais

clara somente as mais escuras e ele poderá escrever no espaço entre elas (no caso

utilizando 2 linhas);

Page 14: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

13

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Para alguns alunos é necessário um espaço maior entre as linhas; como não

encontramos este tipo de caderno no mercado pode-se encadernar um maço de sulfite,

colocar uma capa e traçar as linhas, folha por folha (com lápis 6B) de acordo com a

necessidade do aluno como neste caso, 5 cm. As mães costumam colaborar quando

orientadas neste sentido.

Caso o aluno apresente além da baixa visão, uma dificuldade motora pode-se

utilizar de letras móveis em papel para que o aluno cole as letras, formando palavras,

ao invés de escrever.

Page 15: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

14

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Para evitar o cansaço de estar constantemente com o rosto sobre o caderno,

pode-se utilizar um suporte para leitura, pode ainda ser confeccionado ou ser utilizados

livros, como suporte, embaixo do caderno para que este possa ficar mais elevado.

O professor pode ainda confeccionar esta grade para facilitar a escrita do aluno

com baixa visão. Pode ser utilizado uma lâmina de radiografia, como na foto, do

tamanho da folha do caderno e com a mesma medida das linhas ou ainda em papel

cartão com cores que contrastem com o fundo branco da folha do caderno.

Pode-se ainda trabalhar com jogos pedagógicos.

OBS: O professor deverá identificar o tamanho de letra que a criança consegue

enxergar para realizar as atividades, caso contrário não se sentirá motivado a realizar

as tarefas.

Page 16: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

15

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

5 -ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Alunos com Altas Habilidades/ Superdotação, são aqueles que apresentam

notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos,

isolados ou combinados:

• Capacidade intelectual geral,

• Aptidão acadêmica específica,

• Pensamento criador ou produtivo,

• Capacidade de liderança,

• Talento especial para artes e capacidade psicomotora.

Como orientar o professor

Cabe ao professor como agente do conhecimento saber identificar as áreas de

alta potencialidade do aluno; esteja disposto a trabalhar e encontrar alternativas de

atendimento viáveis, observando como a capacidade está sendo utilizada no contexto

escolar, planejando suas atividades de ensino de forma a promover o crescimento de

acordo com os ritmos, possibilidades, interesses e necessidades de tais alunos.

• Deve ainda criar um ambiente no qual os alunos procurem aprender sempre,

conversando entre si, questionando, trocando ideias entre eles e com o professor,

e utilizando os recursos disponíveis;

• Apoiar novas ideias, encorajando os alunos a desenvolvê-las;

• Acompanhar permanentemente as experiências;

• Aceitar suas limitações, promover uma relação de confiança com os alunos;

• Ajudar o aluno diante do fracasso e incentivá-lo em seu progresso;

• Procurar conhecer bem seus alunos e estabelecer comunicações direta com eles,

mostrando-se solidário e conselheiro quando necessário.

6 -TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO (TGD)

Nessa classificação, estão incluídas cinco categorias diagnósticas:

Transtorno Autista,

Transtorno de Rett,

Transtorno Desintegrativo da Infância,

Transtorno de Asperger,

Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação.

Page 17: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

16

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Transtorno Autista

É uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a

capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer

relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente —

segundo as normas que regulam essas respostas).

Características

Atenção passageira por um curto tempo para a maioria das atividades, ainda que

possa gastar um longo tempo enfocado em uma atividade de seu próprio interesse. Habilidades motoras, de memória e de solução de problemas não-verbais são

desenvolvidas numa proporção normal ou relativamente avançada, quando comparadas às habilidades de linguagem e sociais.

Uma tendência a brincar só ou se engajar em brincadeira ativa com outras crianças, mas não em sentar-se em paralelo ou em brincadeira interativa.

Uma maneira de trazer os pais aos itens de interesse ao invés de apontar, vocalizar ou utilizar o olhar fixo de olhos coordenados.

Dificuldade de imitar ações. Episódios de risos ou choros sem razão aparente. Fala como eco (responde perguntas papagueando-as de volta). A habilidade de às vezes parecer surda, ainda que ouça sons distantes quando são

particularmente conhecidos. Uma preferência por repetição (brinquedos alinhados, ordenação, assistir guia de

pré-estreia ou canal de previsão do tempo). Demora na comunicação. Começam a falar tarde - quando falam. Usualmente não verbaliza antes dos 3 anos de idade. Apresenta sons estereotipados, repetitivos e sem funcionalidade. Usa gestual. Não interagem. Prejuízo na sociabilização. Preferem se isolar. Interesse (frequente) por objetos mecânicos. Gira bizarramente. Apego inadequado a objetos. Comportamentos e fala estereotipado. Fobias. Marcha ( andar) estereotipado ( nas pontas dos dedos). Memória seletiva ( só o que ele tem interesse). Decoram com facilidade Dificuldade de comunicação e interação social.

Page 18: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

17

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Eles são agitados. Têm horror de fugir à rotina. Não conseguem olhar nos olhos de outras pessoas. Fuga da realidade, Retraimento para o mundo interior, Indiferença à presença das pessoas, Dificuldades em estabelecer relações sociais.

Orientações para professores • É importante que o professor verifique com alguma frequência que o aluno esteja

acompanhando o assunto da aula.

• Além disto, é aconselhável, também, que este aluno:

*Sente o mais próximo possível do professor.

*Seja requisitado como ajudante do professor algumas vezes.

• Use agendas e calendários, listas de tarefas e listas de verificação.

• Seja ajudado para poder trabalhar e concentrar-se por períodos cada vez mais

longos.

• Seja estimulado a trabalhar em grupo e a aprender a esperar a vez.

• Aprenda a pedir ajuda.

• Tenha apoio durante o recreio onde, por exemplo, poderá dedicar se a seus

assuntos de interesse, pois caso contrário poderá vagar,

• Dedicar-se a algum assunto inusitado ou ser alvo de brincadeiras dos colegas.

• Seja elogiado sempre que for bem sucedido.

• Faça uma lista dos comportamentos que precisam de limites, estabeleça

prioridades e aposte na coerência.

• A resistência à tentativa de colocação de limites é normal, mas o mais frequente é

que esta resistência diminua e a criança passe a adotar rapidamente padrões mais

adequados de comportamento.

• Uma criança autista, alfabetizada e acompanhando uma sala regular, é importante

planejar apenas em curto prazo, enfrentando um pequeno desafio de cada vez.

Assim é possível analisar o resultado de cada passo, dimensionar uma possível

mudança de estratégia, recuar um pouco quando necessário e avançar mais no

que for possível.

• Planejar em longo prazo pode ser um erro muito comprometedor com este tipo de

criança. Portanto, como em muitas outras coisas, devemos evitar a ansiedade e o

exagero de expectativas.

Page 19: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

18

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

HIPERATIVIDADE

A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção,

pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos.

Principais consequências do TDAH

• Baixo desempenho escolar

• Dificuldades de relacionamento

• Baixa autoestima

• Interferência no desenvolvimento educacional e social

Sugestão Pedagógica: TDAH

• Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).

• Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem ou perto da mesa do professor.

• Encorajar frequentemente, elogiar e ser afetuoso, para que os alunos não desanimem facilmente.

• Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam

necessárias e valorizadas. • Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.

• Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer

oportunidades sociais.

• Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, ou outras obrigações.

• Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa).

• Colocar limites claros e objetivos; tendo uma atitude disciplinar equilibrada e

proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a

desenvolver um comportamento adequado.

Page 20: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

19

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

• Fornecer instruções claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de

distrações.

• Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar como

recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e o

controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.

• Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas experiências

envolvem muitas sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e

provavelmente irá precisar de tempo extra para completar a tarefa.

• Reconhecer que os alunos com TDAH necessitam de aulas diversificadas,

modificando o programa para que o aluno sinta conforto.

• Substituir as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a

atenção do aluno. Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula

(informática, experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de

criar, construir e explorar).

• Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras pré-

definidas e que todos devem cumpri-las.

• As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela

metade, o que é muito comum.

• Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz

em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta

própria.

• Elogiar o bom comportamento e as produções, ajudando a elevar sua autoestima.

• Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola.

7 -CURRÍCULO/ ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Adaptações curriculares constituem conjunto de modificações que se realizam

nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e

metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos.

Page 21: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

20

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

A escola inclusiva deve atender ao pluralismo cultural do seu alunado e buscar

respostas individuais para as necessidades especiais individuais. Se antes cabia ao

aluno com deficiência se adaptar a escola, agora, dentro da concepção da escola

inclusiva, é ela quem deve se adaptar.

As adequações curriculares são entendidas como aquelas possibilidades

educacionais que permitem o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem

frente aos diferenciados ritmos e processos de construção do conhecimento. Não se

constitui em um novo currículo, mas em um “[...] currículo dinâmico, alterável, passível

de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos”, definindo um

planejamento pedagógico baseado em critérios que estabelecem o que, como e

quando o aluno deve aprender e ser avaliado e quais as formas de organização de

ensino mais eficientes para o processo de aprendizagem (brasil, 1999, p.33).

Adaptações permanentes

As adaptações mantêm-se durante grande parte ou todo o percurso escolar do aluno.

Adaptações temporárias

- Exigem modificações parciais do currículo escolar, adaptando-o às características do aluno num determinado momento do seu percurso escolar. -Problemas ligeiros ao nível do desenvolvimento das funções superiores: desenvolvimento motor, perceptivo, linguístico e sócio emocional. -Problemas ligeiros relacionados com a aprendizagem da leitura, da escrita e do cálculo.

8 -DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM/DISTURBIOS DE APRENDIZAGEM

O aprendizado é um processo bastante complexo e exige um conjunto de pré-

requisitos para que o indivíduo esteja preparado para assimilar e usar o que está lhe

sendo ensinado.

A aprendizagem escolar depende de alguns aspectos, tais como:

Dislexia

É uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura,

Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva. Não tem como causa falta de interesse,

de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou

auditiva como causa primária.

Page 22: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

21

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Sinais da dislexia na idade escolar

• Dificuldade na aquisição de habilidades linguísticas;

• Dificuldade com análise e síntese de um som de uma palavra;

• Pobre reconhecimento de rimas e aliteração;

• Desatenção e dispersão;

• Dificuldade na coordenação motora fina;

• Dificuldade na coordenação motora grossa;

• Desorganização geral;

• Dificuldades visuais;

• Confusão entre esquerda e direita;

• Dificuldade em manusear mapas e dicionários;

• Dificuldade com uma segunda língua;

• Dificuldade na linguagem e na fala, com vocabulário pobre;

• Problemas de conduta;

• Dificuldade de copiar de livros ou da lousa;

• Dificuldade na leitura;

• Dificuldade de memória de curto termo;

• Dificuldade na matemática e em desenho geométrico;

• Disnomias (incapacidade em nomear pessoas ou objetos);

• Emocional afetado;

• Grande desempenho em provas orais.

Características na leitura e escrita dos disléxicos

Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t: h-n; i-j; m-n;v-u etc.;

Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: f-v; t-d; p-b;

Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; p-b; b-q; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e;

Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som- mos; sal-las; pal-pla;

Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou menos similar ou criação de palavras , porém com diferente significado: soltou-salvou; era-ficava;

Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso por fama , casa por casaco;

Repetições de sílabas, palavras ou frases;

Page 23: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

22

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder a linha ao ler;

Excessiva fixação do olho na linha;

Soletração defeituosa; reconhece letras isoladamente; porém, sem poder organizar a palavra com um todo, ou então lê a palavra sílaba por sílaba, ou ainda lê o texto ” palavra por palavra”;

Problemas de compreensão;

Leitura e escrita em espelho em casos excepcionais;

Ilegibilidade;

A CRIANÇA DEVE SER ENCAMINHADA PARA AVALIAÇÃO COM PSICOLOGO,

FONOAUDIOLOGO E PSICOPEDAGOGA.

Como trabalhar com o disléxico

• Treino da linguagem + fala + leitura do disléxico

• Ressalte os acertos, ainda que pequenos, e não enfatize os erros;

• Valorize o esforço e interesse do aluno;

• Atribua-lhe tarefas que possam fazê-lo sentir-se útil;

• Evite usar a expressão "tente esforçar-se" ou outras semelhantes, pois o que ele

faz é c que ele é capaz de fazer no momento;

• Fale francamente sobre suas dificuldades sem, porém, fazê-lo sentir-se inca paz,

mas auxiliando-o a superá-las;

• Respeite o seu ritmo, pois a criança com dificuldade de linguagem tem problemas

de processamento da informação.

• Ela precisa de mais tempo para pensar, para dar sentido que ela viu e ouviu;

• Um professor pode elevar a autoestima de um aluno.

Disgrafia/ Disortografia

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma

incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve

muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra

ilegível.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma Disortografia amontoando

letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos digráficos que possuem

Disortografia.

Page 24: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

23

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento

intelectual.

Características:

Lentidão na escrita

Letra ilegível

Escrita desorganizada

Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.

Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.

Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou

ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda

da folha.

Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas,

omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários

à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).

Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita

alongada ou comprida.

O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.

Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:

Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra

dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e

números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para

escrever.

Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as

grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da

dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à

escrita.

O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de

algumas destas citadas acima.

Discalculia

Falha na aquisição e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos

matemáticos, transcrever números e sinais erradamente, no momento em que resolve

Page 25: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

24

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

um problema matemático, pode estar associada à dificuldade com processamento de

linguagem (dislexia).

Características

Lentidão no trabalho: não assimila os mecanismos necessários para resolução

da tarefa como: tabuada decorada, sequências decoradas;

Problemas com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma

operação na folha de papel, gasta muito espaço ou faz contas “apertadas” num

cantinho da folha;

Dificuldade em lidar com operações básicas: soma, subtração, multiplicação e

divisão;

Dificuldade na memória de curto e longo prazo, tabuadas, fórmulas;

Dificuldade em lidar com grande quantidade de informação de uma vez só;

Confusão de símbolos (= + - : . < >).

Sugestões para o professor:

Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada;

Uso de caderno quadriculado;

Provas com questões claras e diretas, reduzindo o número de questões;

Fazer prova sozinho, sem limite de tempo e com um tutor para certificar que

entendeu as questões;

Fazer prova oralmente, desenvolvendo as expressões mentalmente e ditando

para que alguém transcreva;

Moderar a quantidade de lição de casa;

Passar exercícios repetitivos e cumulativos;

Incentivar a visualização do problema, com desenhos;

Page 26: Educação Inclusiva   Tucuruí PNAIC -  2014

25

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – Educação Inclusiva - SEMEC/Tucuruí-PA.

REFERÊNCIAS

Lopes, Fabiana Cavalcante. Adaptações Curriculares. Disponível em: <http://fabiannalopes40.blogspot.com.br>. Acesso em:10 de Jun. de 2014.

Manhani. Lourdes P.de Souza. Et al. Uma caracterização sobre distúrbios de

aprendizagem. Disponível em: <.http://www.abpp.com.br/artigos/58.htm>. Acesso

em:10 de Jun. de 2014.

A Criança Disléxica. Disponível em:<http://www.dislexia.org.br> Acesso em: 20 de Maio

de 2014.

Santos, Célia. Atendimento pedagógico baixa visão. Disponível

em:<http://dvsepedagogia.blogspot.com.br/2010/06/atendimento-ao-aluno-com-baixa-

visao_30.html> Acesso em: 10 de Maio de 2014.