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Curso Profissional de Técnico
de Apoio Psicossocial
Apoios:
Grupo Galáxia
O POTE VAZIO, TEATRO MUSI-
CAL PELO GRUPO ORIENTE DA
APPACDM DE COIMBRA.
O PATINHO FEIO, FANTOCHES,
PELOS FORMANDOS DO CURSO
TAP.
UM EPISÓDIO DE MULHERES,
TEATRO, PELOS FORMANDOS DO
CURSO TAP.
ACTUAÇÃO DO GRUPO MUSICAL
GALÁXIA
MOSTRA DE TRABALHOS DE
EXPRESSÃO PLÁSTICA DOS
FORMANDOS DO TAP
Porquê uma actividade orientada para as
artes de palco e para as artes plástica? O
curso Técnico de Apoio Psicossocial, no
âmbito da sua área de intervenção, visa for-
mar profissionais capacitados para desenvol-
verem um trabalho de ajuda no campo da
saúde, da cultura e da integração social recor-
rendo a diversas formas de intervenção, que
utilizam diversas competências, actividades,
estratégias e recursos; o trabalho com a
expressão artística é uma dessas formas.
Uma nota importante: deve-se ter presente
que, no uso terapêutico da arte, «a concep-
ção estética do trabalho, se é bonito ou
feio, não é valorizado, pois o que importa é
a criação, o processo e não o produto
final, não é preciso fazer bonito nem bem
feito, o que é preciso é ousar criar.» João
Bucho, Psicoterapias expressivas ao serviço do outro.
(Lisboa:Tuttirev)
Como se justifica um curso de
Técnico de Apoio Psicossocial? Uma
razão, que vai ao encontro daquilo que é a
situação social do nosso país, é a necessi-
dade de uma intervenção activa, de cuida-
do e de capacitação, por pessoas qualifi-
cadas e motivadas em situações de exclu-
são social. Com efeito, «pode afirmar-se
que as pessoas em situação precária
socialmente são duas vezes mais vulnerá-
veis no plano médico do que as pessoas
que não estão nesta situação (16,8% con-
tra 8,4%). O acesso aos cuidados de saú-
de, aos direitos, assim como o nível de
cobertura social, reproduzem a hierarquia
social. Neste processo de reprodução
social, o sistema de cuidados desenvolve-
se a partir de (uma organização em) espe-
cialidades ou generalista; esta distribuição
social de cuidados de saúde conduz, ou
para os serviços gerais, ou para os servi-
ços altamente especializados mas relega
(…) as populações mais desprotegidas
para os espaços de saúde da precarieda-
de, que tentam fazer face à urgência das
situações, e surgem como o último termo
de um processo de exclusão que atraves-
sa também o campo da saúde e o da pro-
tecção social, tal como atravessa o campo
urbano e o do alojamento, o campo eco-
nómico e o escolar; este processo conduz
ao fechamento dos mais pobres em circui-
tos de exclusão médica.» Gilbert Clavel, A
Sociedade da Exclusão (Porto: Porto Ed)