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1 do estudante Núm. 51 - ANO V Ago-Set/2016 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos de Professores, alunos, membros de comunidades das Escolas Públicas do Estado de SP e pensadores humanistas. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Machado e o absenteísmo eleitoral Machado de Assis: o desencanto dos eleitores. Em agosto de 1892, meditando sobre a participação nas eleições municipais, Machado de Assis, concluía: o absenteísmo era uma “moléstia”. Toda esta semana foi empregada em comentar a eleição de domingo. É sabido que o eleitorado ficou em casa. Uma pequena minoria é que se deu ao trabalho de enfiar as calças, pegar do título e da cédula e caminhar para as urnas. Muitas seções não viram mesários, nem eleitores, outras, esperando cem, duzentos, trezentos eleitores, contentaram-se com sete, dez, até quinze. Uma delas, uma escola pública, fez melhor, tirou a urna que a autoridade lhe mandara, e pôs este letreiro na porta: “A urna da 8ª seção está na padaria dos Srs. Alves Lopes & Teixeira, à rua de S. Salvador n…”. Alguns eleitores ainda foram à padaria; acharam a urna, mas não viram mesários. Melhor que isso sucedeu na eleição anterior, em que a urna da mesma escola nem chegou a ser transferida à padaria, foi simplesmente posta na rua, com o papel, tinta e penas. Como pequeno sintoma de anarquia, é valioso”. Desde sempre um problema, o absenteísmo, ou a prática costumeira dos que estão ou costumam estar ausentes, veio se juntar a outro: as “eleições a bico de pena”. Expressão usada para designar as eleições fraudulentas comumente realizadas na Primeira República, nelas o voto era a descoberto, as mesas eleitorais tinham função de junta apuradora e os resultados lavrados em ata eram na verdade determinados pela pena dos mesários indicados pelo poder local. Praticadas desde 1890, quando eleito o primeiro Congresso Constituinte Republicano, vigiram até março de 1930. No interior, trabalhadores agrícolas, estreitamente vinculados ao coronel da região, eram vítimas fáceis do sistema eleitoral, não pela dependência econômica, mas também pela subordinação às relações pessoais de obrigações e favores representadas pelo compadrio. As eleições eram controladas pelos chefes políticos regionais, geralmente fazendeiros ou comerciantes chamados de “coronéis” em alusão à patente da Guarda Nacional que compravam ou recebiam do governo central. No dia da eleição, os coronéis traziam os eleitores para os locais de votação e os deixavam nos “currais eleitorais”, vigiados por jagunços. Os eleitores raramente sabiam o nome do candidato em que votariam, o que deu origem à expressão “voto de cabresto”. Como se não bastasse, eleições fraudulentas, eram legitimadas através de conflitos armados, nos quais se envolviam jagunços contratados pelo coronel, cabos eleitorais e os próprios eleitores. Apenas depois da Revolução de outubro de 1930, foi criada a Justiça Eleitoral, e o voto passou a ser secreto. Embora acontecessem eleições no Brasil desde o Império, só uma parcela ínfima da população votava. Na República Velha, analfabetos e mulheres continuaram excluídos. E com cabresto ou a bico de pena, houve muitos que, como contou Machado, simplesmente preferiam… Abster-se! Em 2014, o absenteísmo foi gigante: cerca de 20% dos eleitores não foram às urnas e nulos e brancos, somaram 30 milhões de votos. O profundo divórcio entre o eleitor e os candidatos expressa muita coisa: desencanto, políticos despreparados, nepotismo, enfim, longa lista. Resta concluir que Machado, além de imenso escritor foi também profeta. Mary del Priore. Historiadora e escritora, com mais de 36 livros publicados e diversos prêmios nacionais e internacionais Folhetim

Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 51

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do estudante Núm. 51 - ANO V

Ago-Set/2016

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos de

Professores, alunos, membros de

comunidades das Escolas Públicas

do Estado de SP e pensadores

humanistas.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Machado e o absenteísmo

eleitoral

Machado de Assis: o

desencanto dos eleitores.

Em agosto de 1892, meditando sobre

a participação nas eleições

municipais, Machado de Assis,

concluía: o absenteísmo era

uma “moléstia”.

“Toda esta semana foi empregada

em comentar a eleição de domingo.

É sabido que o eleitorado ficou em

casa. Uma pequena minoria é que se

deu ao trabalho de enfiar as calças,

pegar do título e da cédula e

caminhar para as urnas. Muitas

seções não viram mesários, nem

eleitores, outras, esperando cem,

duzentos, trezentos eleitores,

contentaram-se com sete, dez, até

quinze. Uma delas, uma escola

pública, fez melhor, tirou a urna que

a autoridade lhe mandara, e pôs este

letreiro na porta: “A urna da 8ª

seção está na padaria dos Srs. Alves

Lopes & Teixeira, à rua de S.

Salvador n…”. Alguns eleitores

ainda foram à padaria; acharam a

urna, mas não viram mesários.

Melhor que isso sucedeu na eleição

anterior, em que a urna da mesma

escola nem chegou a ser transferida

à padaria, foi simplesmente posta na

rua, com o papel, tinta e penas.

Como pequeno sintoma de anarquia,

é valioso”.

Desde sempre um problema, o

absenteísmo, ou a prática costumeira

dos que estão ou costumam estar

ausentes, veio se juntar a outro: as

“eleições a bico de pena”. Expressão

usada para designar as eleições

fraudulentas comumente realizadas

na Primeira República, nelas o voto

era a descoberto, as mesas eleitorais

tinham função de junta apuradora e

os resultados lavrados em ata eram

na verdade determinados pela pena

dos mesários indicados pelo poder

local. Praticadas desde 1890, quando

eleito o primeiro Congresso

Constituinte Republicano, vigiram

até março de 1930.

No interior, trabalhadores agrícolas,

estreitamente vinculados ao coronel

da região, eram vítimas fáceis do

sistema eleitoral, não só pela

dependência econômica, mas

também pela subordinação às

relações pessoais de obrigações e

favores representadas pelo

compadrio. As eleições eram

controladas pelos chefes políticos

regionais, geralmente fazendeiros ou

comerciantes chamados de

“coronéis” em alusão à patente da

Guarda Nacional que compravam ou

recebiam do governo central. No dia

da eleição, os coronéis traziam os

eleitores para os locais de votação e

os deixavam nos “currais eleitorais”,

vigiados por jagunços. Os eleitores

raramente sabiam o nome do

candidato em que votariam, o que

deu origem à expressão “voto de

cabresto”. Como se não bastasse,

eleições fraudulentas, eram

legitimadas através de conflitos

armados, nos quais se envolviam

jagunços contratados pelo coronel,

cabos eleitorais e os próprios

eleitores.

Apenas depois da Revolução de

outubro de 1930, foi criada a Justiça

Eleitoral, e o voto passou a ser

secreto. Embora acontecessem

eleições no Brasil desde o Império,

só uma parcela ínfima da população

votava. Na República Velha,

analfabetos e mulheres continuaram

excluídos. E com cabresto ou a bico

de pena, houve muitos que, como

contou Machado, simplesmente

preferiam… Abster-se! Em 2014, o

absenteísmo foi gigante: cerca de

20% dos eleitores não foram às urnas

e nulos e brancos, somaram 30

milhões de votos. O profundo

divórcio entre o eleitor e os

candidatos expressa muita coisa:

desencanto, políticos despreparados,

nepotismo, enfim, longa lista. Resta

concluir que Machado, além de

imenso escritor foi também profeta.

Mary del Priore. Historiadora e

escritora, com mais de 36 livros

publicados e diversos prêmios

nacionais e internacionais

Folhetim

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do estudante ano V ago-set/2016

RESENHA

Professora confecciona

bonecas negras e

indígenas para

combater racismo desde

a infância

Bonecas pretas e indígenas para combater o

racismo e gerar identificação desde criança. (Foto:

Thiago Borges / Periferia em Movimento)

Por Thiago Borges no Periferia em

Movimento

Carine, uma menina negra de três

anos, ficou triste porque uma

coleguinha branca da escola disse

que seu cabelo era feio.

Em muitos colégios esse caso

poderia passar batido, mas onde a

professora Cristiane Palheta dá

aula – o Centro de Educação

Infantil (CEI) Parque Cocaia,

localizado no Grajaú, Extremo

Sul de São Paulo.

“A coleguinha não falou por

implicância, e sim porque sentia

mesmo isso. Não significa que é

racismo, mas a reprodução das

referências que se tem”, explica

Cristiane.

A educadora mediou uma

conversa entre as duas crianças

sobre a beleza de cada uma e

envolveu toda a turminha no

assunto.

“É difícil desconstruir isso porque

toda o modelo de beleza que se

tem é de uma mulher branca,

loira, de cabelos longos, e mesmo

no ambiente educacional essas

questões não são discutidas”, diz

Cristiane.

A falta dessas referências em

escolas onde até 80% dos

estudantes são negros ou pardos

incomodou Cristiane, que

começou a confeccionar bonecas

pretas e indígenas para gerar

identificação entre seus alunos e

combater o racismo desde a

infância.

É sobre esse trabalho que vamos

falar em mais uma reportagem do

“Cultura ao Extremo”, projeto

realizado com apoio do programa

Agente Comunitário de Cultura

da Secretaria Municipal de

Cultura de São Paulo que tem o

objetivo de mapear e visibilizar as

manifestações culturais no

Extremo Sul.

Para saber mais e participar

também, clique na imagem abaixo

ou responda ao questionário no

final da matéria.

Quem sou eu?

Cristiane, 30 anos, nasceu em

Castanhal (PA), município com

186 mil habitantes. Aos 10 anos,

ela e as duas irmãs mais velhas

foram trazidas para São Paulo

pela mãe, que trabalhava como

doméstica para juntar e dinheiro e

buscar os filhos deixados com

parentes no Norte do País.

Apesar da origem, foi em São

Paulo que Cristiane firmou sua

identidade. Com antepassados

negros e indígenas, aqui ela não

era reconhecida como

afrodescente por conta dos

cabelos e lábios finos.

“Porém, até então eu também não

me reconhecia como indígena.

Grande parte da minha família se

parece comigo, mas ninguém

sabia direito sobre nossas raízes

nem admitia porque até hoje no

Pará existe uma imagem ruim do

índio. Ninguém quer ser

indígena”, explica.

Também devido à conotação ruim

que a imigração dos povos

andinos ganhou na cidade,

Cristiane muitas vezes era

chamada de “boliviana” por conta

de sua aparência.

Muitos questionamentos de

Cristiane começaram a ser

respondidos em 2004, quando

ingressou na faculdade de

Pedagogia.

A experiência nas salas de aula

foi essencial para o conhecimento

interior de Cristiane, que contou

com outro fator importante: a

vivência no Extremo Sul de São

Paulo.

Criada na Vila Califórnia, durante

a graduação ela encontrou o atual

marido Robson Oliveira – mais

conhecido como Robsoul, rapper

e professor –, com quem se casou

um ano antes da formatura e se

mudou para o Jardim Shangrilá,

no Grajaú.

O interesse por saber mais sobre a

ancestralidade e a existência de

terras indígenas tão próximas de

casa motivaram uma visita de

Cristiane à aldeia Tenondé Porã,

em Parelheiros. Lá, foi acolhida,

se integrou às atividades da

comunidade e recebeu um nome

guarani: Jaxuka Mirim.

Foram quase três décadas para

Cristiane afirmar sua identidade.

De volta às salas de aula, onde

80% dos estudantes eram negros e

pardos, ela queria diminuir esse

processo entre seus alunos.

Entretanto, como abordar assuntos

tão complexos com crianças de

até três anos idades em um

sistema de ensino que prioriza as

referências europeias?

“O currículo escolar é totalmente

eurocentrista, os livros de

formação tanto para professores

quanto para alunos só trazem

pessoas brancas, então não era

possível que uma criança

construísse uma identidade

folhetim

Page 3: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 51

3

do estudante ano V ago-set/2016

positiva de sua etnia com base

nisso”, diz ela.

Quem somos nós?

O Brasil tem duas leis (a 10.639,

de 2003, e a 11.645, de 2008), que

determinam o ensino da História e

Cultura Afro-brasileira e Indígena

nas escolas.

Entretanto, na prática, a leis ainda

não são cumpridas ou se resumem

a atividades nos dias do Índio ou

da Consciência Negra.

Segundo a ONG Centro de

Estudos das Relações de Trabalho

e Desigualdades (CEERT), que

promove o Prêmio Educar pela

Igualdade, os melhores resultados

são obtidos em ações individuais

de professores como Cristiane.

Com a falta de brinquedos de

referências indígenas ou africanas,

a educadora resolveu fazer ela

mesma: foram meses assistindo

vídeos na internet, pesquisando

hábitos e símbolos, e desenhando

croquis até confeccionar com

retalhos de pano uma bonequinha

guarani.

Quando a boneca ficou pronta,

Cristiane levou à Tenondé Porã

para receber a aprovação da Jerá

Guarani, uma das lideranças

femininas da aldeia.

“Eu não queria me apropriar

indevidamente dessas referências.

Também tomei cuidado em fazer

bonecas indígenas com grafismos

específicos de cada povo, nada

genérico, porque buscamos

justamente combater esses

estereótipos”, diz.

Em 2012, Cristiane levou a

boneca para o CEI pela primeira

vez. Contou histórias, deixou que

as crianças brincassem, mas ainda

estava insatisfeita. Com o próprio

dinheiro, comprou outros

brinquedos guaranis e fez bonecas

maiores e pretas, além das

indígenas.

Em 2013, uma colega apresentou

a Cristiane as bonecas Abayomi,

feitas com pedaços de roupas

pelas mães para acalmar os filhos

nos navios negreiros durante o

translado entre a África e o Brasil,

onde serviriam como escravos.

Desde então, as bonecas passaram

a acompanhar histórias sobre

princesas e guerreiros africanos,

apresentando outros parâmetros

para os pequeninos.

Apesar da aceitação pelas

crianças, a professora já enfrentou

resistência de pais, responsáveis e

educadores de outras escolas.

Além disso, sem apoio do poder

público, ela depende da doação de

retalhos ou tira dinheiro do

próprio bolso para comprar os

materiais que precisa.

“Minha maior conquista é trazer

uma outra referência para as

crianças, que podem escolher uma

boneca parecida com elas”,

conclui. “As bonecas são um

instrumento de luta contra o

racismo”. Carine, a menina do

começo da matéria, agradece.

Outras Ilustrações de Bonecas e possibilidades.

Fonte: GELEDES

folhetim

Page 4: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 51

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do estudante ano V ago-set/2016

EDUCAÇÃO

Uma Aula

de

Africanidade

Visita de Mamadou Diawara

"Eu achei a vinda do Mamadou

aqui na escola muito legal, ele

trouxe objetos de seu país da

África, nós tiramos várias

dúvidas, mas não nos saimos

muito bem nas perguntas, eu tinha

tantas perguntas mas na hora

fiquei com vergonha, espero que

quando vê-lo de novo eu esteja

preparado para fazer minhas

perguntas.

Ele é uma pessoa legal, divertida e

o melhor tem uma família que o

ama e filhos que gostam dele, e a

maior felicidade é a família, então

não importa de onde ele veio e

como ele vive essa distância, o

importante é que ele é feliz.

Então, não foi mais legal porque

eu não consegui perguntar, mas

foi importante para mim ter

conhecido ele, espero que ele

tenha gostado..."

Eduardo Duarte - 9ºA

E. E. Instituto Maria Imaculada

"Mamadou é um homem

diferente, ele tem dois filhos com

o mesmo nome, uma coisa que eu

achei interessante foi que as

mesmas músicas ou estilos

musicais que escutamos no Brasil

eles também escutam no país dele.

Mamadou trouxe coisas do País

dele para que pudéssemos ver,

uma dessas coisas era um pano

que as mulheres do país dele usam

na cabeça, outra coisa era um tipo

de brinco mas que não precisa

furar a orelha, etc. Ele usa roupas

diferentes e um chapéu muito

interessante, foi uma coisa

diferente porque nunca tinha visto

um estrangeiro como Mamadou,

um coisa que achei diferente

também foi o fato de que na

cidade dele só tem 20 pessoas que

tem carro, o resto anda de

bicicleta para se locomover, o

nome da cidade é Djennée..."

Gabriel Alves Pereira – 9ºA

E. E. Instituto Maria Imaculada

"Eu achei super interessante a

visita, pois com isso posso

aprender mais sobre as culturas e

posso também mostrar um pouco

da minha cultura.

Aprendi muitas coisas como

quantas esposas lá podem ter,

sobre os esportes que eles

praticam, sobre a população local

de onde Mamadou mora, ele nos

mostrou bastante de si e de sua

cultura.

Lá em Djennée, sua cidade toda

feita de barro, tudo parece muito

legal, se o Prof. Valter não tivesse

falado dessa cidade não

saberíamos que ela existia.

Fiquei também muito chocada ao

saber que existem muitas pessoas

lá e apenas 20 pessoas tem carro

próprio, sei que lá talvez isso não

seja muito importante, mas aqui

no Brasil é muito comum e em

toda esquina tem um ou mais

carros.

Achei bem legal isso, pois

pudemos aprender muitas coisas e

ainda poderemos aprender muito

mais coisas que não sabemos.

Gostei também das coisas que ele

trouxe como um brinco feito de

ouro que é bem importante lá, o

brinco é bem diferente e não é

preciso furar a orelha..."

Giovana Pereira Ernandes 9ºA

E. E. Instituto Maria Imaculada

folhetim

Page 5: Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 51

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do estudante ano V ago-set/2016

POESIA

STHEFANNY

Eu sou dessas pessoas,

Que te chamam a atenção,

Que te faz sorrir,

Que te faz sentir emoção!

Eu sou dessas pessoas,

Que te faz pensar,

Que te dificulta à conquista,

Que te faz imaginar como

amar!

Eu sou dessas pessoas,

Que está sempre ocupada,

Que está sempre sendo

desejada,

Que está sempre sendo

cobiçada!

Eu sou dessas pessoas,

Que sabe o que quer,

Que sabe aonde chegar,

Que sabe como continuar

Eu sou dessas pessoas,

Que mesmo longe, se faz

presente

Que mesmo pouco, se faz

muito,

Que mesmo apressada, faz

caprichado!

Eu sou dessas pessoas,

Que fica sumida e não sai da

sua mente,

Que não te procura,

Que sabe como te fazer

contente!

Eu sou dessas pessoas,

Que acontecem uma vez na

vida,

Que te faz sentir querida,

Que te coloca medo na

minha partida!

Eu sou dessas pessoas,

Que o tempo não me alcança,

Que o corpo se conserva,

Que a alma nunca se cansa!

Eu sou dessas pessoas,

Que se encontram no meio

das crianças,

Que se encontram no intuito

de ajuda,

Que nunca sai das suas

lembranças!

Eu sou dessas pessoas,

Que nasce e morre todos os

dias,

Que procura a receita do

amor,

Que desperta todas as

fantasias!

Eu sou dessas pessoas,

Que se perdem com um

desprezo,

Que não voltam com um

beijo,

Que se matam com um

arremesso!

Eu sou dessas pessoas,

Que DEUS ilumina,

Que se transformam em anjo,

Que se chama STHEFANNY,

minha menina !!

Prof. Rinaldo do Nascimento – Matemática/ Física – E. E. Com.

Miguel Maluhy, Engenheiro Cívil, pós

graduado em gestão ambiental e

Tecnólogo na SABESP da

Divisão Polo de Manutenção

Pirajussara – MOUP

folhetim