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Jornalistas de Rádio e a Internet Um estudo sobre percepções Helder Bastos Helena Lima Nuno Moutinho Isabel Reis Universidade do Porto

Jornalistas de rádio e a internet

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Page 1: Jornalistas de rádio e a internet

Jornalistas de Rádio e a InternetUm estudo sobre percepções

Helder BastosHelena Lima

Nuno MoutinhoIsabel Reis

Universidade do Porto

Page 2: Jornalistas de rádio e a internet

Objectivo

Perceber como os jornalistas de Rádio percepcionam a influência da Internet nas práticas jornalísticas, papéis e ética

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Amostra

30 jornalistas de Rádio das quatro principais emissoras com notícias:

RDPTSFRádio RenascençaRádio Clube Português

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Metodologia• Questionário online enviado aos participantes

• Em todas as questões foi usada uma escala Likert de 5 níveis, em que 1 indica uma forte influência negativa da Internet no jornalismo e 5 indica uma forte influência positiva

• Todos os dados foram tratados estatisticamente e submetidos a modelos de regressão de forma a determinar a importância das variáveis individuais

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Questões e hipóteses

• RQ1. A Internet é considerada uma fonte de novas oportunidades em termos de valorização do trabalho, rapidez e oportunidade para alcançar e interagir com um público mais amplo?

• Sim: A Internet é considerada como tendo uma influência positiva no que respeita a esses assuntos, embora haja ambivalência nos factores rapidez e procura da informação/fonte. É uma ferramenta.

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Questões e hipóteses

• H1) Os jornalistas mais jovens são mais receptivos a aceitar a Internet e devem apreciar mais as oportunidades por ela geradas para melhorar as práticas profissionais

• Confirmado: as mulheres jornalistas e os jovens jornalistas que trabalham nas quatro principais emissoras portuguesas avaliam positivamente a influência da Internet

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Questões e hipóteses

• RQ2. Os jornalistas avaliam positivamente as mudanças provocadas pela Internet nas suas práticas profissionais, sobretudo nas funções de gatekeeper, investigação e disseminação das notícias?

• Sim: A maioria considera as mudanças positivas, mas assinala também algumas negativas como por exemplo, tornar o jornalismo numa profissão de secretária

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Questões e hipóteses• H2) A maioria dos jornalistas de Rádio portugueses

pode ter dificuldade em identificar mudanças significativas no seu papel profissional tradicional

• Parcialmente confirmado: Os jornalistas tendem a enfatizar resultados práticos imediatamente mensuráveis em vez de identificarem mudanças no seu papel tradicional

Page 9: Jornalistas de rádio e a internet

Questões e hipóteses• RQ3. Os jornalistas estarão a desenvolver uma nova

visão ética que combine os valores tradicionais e os novos?

• Resposta ambivalente: Os inquiridos não têm uma visão consensual sobre esta questão. Se por um lado, a Internet permite o acesso a fontes diversas, por outro lado, é mais difícil confirmar um maior volume de informações, em consonância com os deadline

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Questões e hipóteses

• H3a) Os jornalistas mais velhos podem resistir à mudança, podem procurar enfatizar os papéis tradicionais, e podem olhar para o mundo online como inconciliável com os seus valores tradicionais

• Não confirmado: os jornalistas mais velhos estão mais optimistas sobre a relação entre Internet e ética

Page 11: Jornalistas de rádio e a internet

Questões e hipóteses

• H3b) Utilizadores mais e menos intensivos da Internet, assim como jornalistas do sexo masculino e feminino, diferem na avaliação da credibilidade das notícias online

• Confirmado: A avaliação difere consoante o grau de utilização da Internet e o género. Os homens temem mais o efeito negativo. Os que usam mais a Internet temem menos.

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Conclusão

Os jornalistas das rádios portuguesas tendem a percepcionar a Internet mais como uma ferramenta útil que atende às necessidades e objectivos práticos da profissão (velocidade, difusão, recolha de informações, interacção)

Não tanto como um instrumento que reforça os papéis tradicionais do jornalismo (watchdogging, influência sobre a agenda política e opinião pública, análise, interpretação)