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Resumos do VIII Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana
XIV Simpósio Paulista de Educação Física (VIII CIEFMH e XIV SPEF)
Motriz, Rio Claro, v.19, n.3 (Supl.), p.S76-S381, jul./set. 2013 S307
Manifestações emocionais de alunos após
vivências da pratica do karatê Correa, F. C. R.
1; Tavares, G. H.
2; Madeira, L. P.
2;
Catib, N. O. M.2; Chao, C. H. N.
2; Trevisan, P. R. T. C.
2
1Secretaria da Educação do Estado de São Paulo 2Universidade Estadual Paulista, Rio Claro
Atualmente, existe uma aderência maior de praticantes em
artes marciais, como judô, capoeira, jiu jitsu, muay thai e, em
específico, o karatê, que possui características de origens
milenares. Esta modalidade de artes marciais tem seus
ensinamentos embasados no respeito, disciplina, autocontrole
físico e psíquico, por meio de práticas corporais de combate
individual e/ou com adversário. Há muita discussão ainda no
que diz respeito à prática de artes marciais, vinculando-se,
por muitas vezes, sua prática à violência física e ao
desenvolvimento corpóreo para o mesmo fim. Diante disso é
de suma importância incentivar e desmitificar sobre o que
permeia as práticas de artes marciais, em especifico o karatê,
levando seus ensinamentos físicos e filosóficos aos
adolescentes, possibilitando vivências corporais que possam
proporcionar ações e emoções que sejam positivas em suas
vidas. Este estudo teve como objetivo investigar as emoções
vivenciadas pelos alunos após a prática de uma aula de
karatê. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa,
caracterizado por pesquisa exploratória, desenvolvida por
intermédio de questionário contendo questões abertas como
instrumento para a coleta de dados, aplicado após os alunos
do 8º ano do Ensino Fundamental terem vivenciado uma aula
de karatê na E. E."Jardim Primavera", no município de
Cerqueira César. A amostra intencional foi composta por 23
(vinte e três) sujeitos de 10 (dez) a 15 (quinze) anos de idade,
de ambos os sexos. Os dados foram analisados
descritivamente, por intermédio da técnica de análise de
conteúdo temático e indicam que, entre as principais
expressões emocionais apontadas pelos indivíduos antes da
prática do karatê, ressaltam-se aspectos como "estresse",
"ansiedade", "desânimo", "cansaço", "insegurança",
"tristeza". Os alunos evidenciaram que a prática do karatê
proporcionou experiências corporais novas, que os mesmos
ainda não tinham vivenciado, abrangendo sensações de bem-
estar em níveis sociais, psíquicos e físicos. No que se refere
aos tipos de emoções que essa prática propiciou enfatiza-se a
"felicidade", "segurança", "liberdade", "diversão",
"ansiedade", "relaxante", "cansaço". Os níveis de ansiedade e
cansaço obtidos após a prática foram notados como
sentimentos e emoções consideradas altamente positivas e
que a prática possibilitou maior benefício psíquico e social,
do que com relação a aspectos físicos. Com base nos
resultados pode-se perceber que a prática do karatê pode
proporcionar as mais diversas emoções e sentimentos,
levando os praticantes a vivenciarem e desenvolverem
sentimentos significativos, além de participarem de atividades
corporais e exercerem a cidadania, o respeito mútuo e
praticarem outras culturas por eles ainda não vivenciados.
Sendo assim, torna-se relevante que outras reflexões sejam
estimuladas acerca dessa temática, como forma de
enriquecimento do universo da área em questão.
Motivos que levam os pais a matricularem seus
filhos na prática esportiva
Lopes, F. J.1; Zanetti, M. C.
2
1Universidade Estadual Paulista, Rio Claro 2Universidade Paulista, São José do Rio Pardo
Há uma crescente busca, desde o último século, pela
participação em iniciações esportivas. Podemos acreditar que,
isso vem arraigando nos últimos anos, pelo fato dos pais
necessitarem de atividades, que ocupem o tempo de seus
filhos, ou pela vontade das próprias crianças ou mesmo pelos
projetores, por influência da mídia, dos grandes eventos
esportivos e por razões diversas. A iniciação a prática
desportiva, deveria, e, devem ser algo espontâneo da criança,
expectativas essas que, aflorem naturalmente. Mas isso
acontece esporadicamente no meio desportivo, pois os pais na
maioria das vezes urgem seus proles a praticar uma atividade
de seu gosto, ou até mesmo, criam expectativas para que seus
filhos vejam o esporte como algo proeminente, lucrativo etc.
Assim, faz-se muito importante, os agentes (educadores
físicos, treinadores, pais, dirigentes, etc.) estarem atentos à
prática de atividade física praticada pelos jovens, criando
possibilidades para que os mesmos possam implicar suas
metas vinculadas a orientações nos programas, e, estas,
possam representar uma experiência agradável e saudável não
só enquanto atletas, más sim como pessoas. Foi elaborado
uma única questão para a condução da pesquisa, abordando 7
(sete) pais, sobre quais os motivos que levaram os mesmos a
matricular seus filhos na prática de atividades desportivas.
Percebemos que os motivos que mais levam os pais a
matricularem seus filhos no esporte foram à saúde com
44,44%, seguido da disciplina 33,33% e socialização 22,22%.
Encontramos na literatura que, "saúde" é um dos principais
motivos que levam a busca no esporte. A prática de atividade
física quando bem desenvolvida, pode também atentar-se
para a socialização. Há também os pais que veem no esporte
uma forma de educação, exercitando o físico e o mental da
criança. Confirmando esse mito há o apoio da mídia,
vinculando a ideia de educação pelo esporte sugerindo que
"quem pratica esporte não usa droga Percebe-se, que os pais
matriculam-se seus filhos nas práticas esportivas com intuito
de buscar a saúde, disciplina, socialização e outros mais.
Contanto, precisamos ser críticos no diz respeito à criança em
meio às entraves que permeiam o esporte. Pois sem dúvidas,
o esporte pode ser muito problemático para a criança se não
for bem desenvolvido e acompanhado por profissionais
competentes da área (treinadores, educadores físicos,
psicólogos, psicólogos do esporte, dirigentes).