38
processo criativo charles watson junho de 2010 globosat » novas mídias

Processo Criativo - Charles watson

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Processo Criativo - Charles watson

processo criativo charles watsonjunho de 2010

globosat » novas mídias

Page 2: Processo Criativo - Charles watson

charles watson

• Nasceu em Helensburg, Escócia (1951).

• É pintor, professor e constrói barcos.

• Estudou na Bath Academy of Art (Bath, Inglaterra - 1970/1974).

• Professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, desde 1979.

• Coordenador do Departamento de Pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, desde 1987.Charles Watson (por Felipe Félix Oliveira)

Page 3: Processo Criativo - Charles watson

charles watson

Desenvolve vários projetos entre eles:

• Brazilian Contemporary Art: banco de dados digital sobre a arte brasileira (desde 1991).

• Dynamic Encounters: curso/viagem para visitar ateliês, galerias e os principais eventos de arte contemporânea no Brasil, Europa e EUA (desde 1998).

Page 4: Processo Criativo - Charles watson

oficina de processo criativo

• Workshop sobre a essência do processo criativo.

• 48 horas de aula, divididas em 12 encontros de 4 horas.

• Os temas não ficaram restritos ao universo da arte. Questões da física e da biologia, acerca de descobertas e de evolução, também foram abordadas.

Page 5: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Jaqueline Du Pré

Page 6: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Miles Davis

Page 7: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Leonard Cohen

Page 8: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Pablo Picasso

Page 9: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Mohamed Ali

Page 10: Processo Criativo - Charles watson

gênios!

Albert Einstein

Page 11: Processo Criativo - Charles watson

A criatividade não é uma virtude que faz o indivíduo trazer coisas do nada, mas uma virtude que faz o indivíduo apostar em coisas até então “inúteis”*.

* Inútil: resposta para um problema que ainda não existe, que ainda não foi formulado.

criatividade

Page 12: Processo Criativo - Charles watson

Criatividade não é qualquer coisa ‘mutcholôca’. É preciso haver a presença de ‘não-criatividade’ para que a ‘criatividade’ seja percebida ou pensada assim. Em outras palavras, criatividade implica obrigatoriamente a existência de LIMITES.

Page 13: Processo Criativo - Charles watson

Picasso só foi Picasso porque ele lidou com limites absurdos! Os limites dele eram muito piores do que ‘prazos’ ou ‘grana’ ou ‘público’. Picasso lutou contra toda a história pregressa da arte. E foi justamente essa camisa de força que fez com que ele fosse tão genial.

Page 14: Processo Criativo - Charles watson

• Criatividade x interdisciplinaridade.

• O pensamento criativo utiliza analogias (outras áreas de conhecimento, na tentativa de resolver um problema - percepção de uma mesma estrutura em assuntos diferentes).

criatividade

Page 15: Processo Criativo - Charles watson

O mundo está cheio de respostas... As perguntas certas que ainda não foram formuladas.

“”

Page 16: Processo Criativo - Charles watson

eureka!

Arquimedes

Page 17: Processo Criativo - Charles watson

Na arte e nas outras áreas de criação humana, é o inútil que traz a evolução.

“”

Page 18: Processo Criativo - Charles watson

Um indivíduo consegue produzir inovações dentro da sua área de atuação após 10.000 horas de profundo contato com o tema.

criatividade

Page 19: Processo Criativo - Charles watson

10.000 horas de trabalho

Mozart

Page 20: Processo Criativo - Charles watson

10.000 horas de trabalho

Tiger Woods

“Tenho realmente muita sorte, mas o engraçado é que quanto mais eu pratico, mais sorte eu tenho.”

Page 21: Processo Criativo - Charles watson

As pessoas que se destacaram, em todas as áreas, fizeram suas descobertas e criações em momentos de autotelismo*.

* Autotelismo: a atividade é a finalidade, todo o resto é consequência (prazer em fazer). Aquilo que tem sentido apenas para si próprio.

autotelismo

Page 22: Processo Criativo - Charles watson

O processo criativo deve ser um fim por si só. Ninguém que se envolve em alguma atividade criativa pode ficar pensando no fim, na recompensa, porque isso automaticamente mata o processo criativo.

Page 23: Processo Criativo - Charles watson

Nessa entrega você se esquece de si mesmo, abre mão de você e assim a coisa toda flui. É por isso que uma pessoa envolvida em uma tarefa que ama esquece de horários, esquece do cansaço, esquece que está com fome: ela está totalmente envolvida no processo, a noção de passado e de futuro, de background e metas, se dissolve. A pessoa e o processo são um só e é aí que a coisa anda.

Page 24: Processo Criativo - Charles watson

autotelismo

Estavam imersos no agora, fazendo algo de que gostavam, aquilo que mais significava em suas vidas, sem nenhuma finalidade, ou, no máximo, tendo o próprio exercício como única finalidade.

Page 25: Processo Criativo - Charles watson

motivação x finalidade

O surfista não espera por uma onda que o leve até a praia, mas pela unicidade de estar um com a onda (fazer parte do todo).

Page 26: Processo Criativo - Charles watson

Para um pintor que pinta porque ama pintar, exposição é uma consequência. “Quando pinto, meu objetivo é mostrar o que encontrei, não o que estou procurando” (Pablo Picasso).

motivação x finalidade

Page 27: Processo Criativo - Charles watson

A ausência de finalidade do processo criativo tem ressonância da própria evolução biológica, que também não tem nenhuma finalidade.

motivação x finalidade

Page 28: Processo Criativo - Charles watson

Todo criador deve temer a sua criação. Porque quando você chega na obra, termina o processo criativo e tem a solução, acaba a melhor parte: o processo em si. Curiosamente, o ato criativo é um ato que leva invariavelmente à uma morte. E a morte é sempre dura. Criar é morrer o tempo todo.

Page 29: Processo Criativo - Charles watson

Phillip Petit

motivação x finalidade

Page 30: Processo Criativo - Charles watson

Andrew Wiles

motivação x finalidade

Page 31: Processo Criativo - Charles watson

Se um poeta naufragar em uma ilha deserta, ele continua escrevendo?

motivação x finalidade

Page 32: Processo Criativo - Charles watson

Há a necessidade de um grupo de “peritos” capazes de identificar e entender as inovações propostas.

“platéia”

Page 33: Processo Criativo - Charles watson

“Só existem 3 físicos capazes de saber sobre o que eu estou falando” (Albert Einstein, quando publicou a Teoria da Relatividade).

“platéia”

Page 34: Processo Criativo - Charles watson

A arte é, de certa forma, elitista.

Não necessariamente de uma elite social ou econômica, mas de acesso aos poucos que se aprofundam e alcançam os processos agudos das vanguardas.

“platéia”

Page 35: Processo Criativo - Charles watson

A arte é tão complexa quanto a física e/ou matemática.

“”

Page 36: Processo Criativo - Charles watson

A arte passou a ser qualquer coisa que um artista impregna de significado.

O significado não está no objeto, mas no observador.

A arte contemporânea tem relação direta com a evolução, uma vez que pretende questionar linguagens e dar passos adiante do que já existe.

“platéia”

Page 37: Processo Criativo - Charles watson

Como só existem 6 assuntos na história da arte, sem uma linguagem revolucionária, não há mensagem.

“”

Page 38: Processo Criativo - Charles watson

O processo criativo pressupõe:

• A existência de uma cultura que contenha regras simbólicas.

• Uma pessoa que traga inovações dentro dessa área simbólica.

• Um grupo de “peritos” que reconheçam tal inovação.

conclusão