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Ensino-aprendizagem em Ensino-aprendizagem em contextos mediados por contextos mediados por novas tecnologias novas tecnologias Claudio de Paiva Franco (UFMG) Ana Carolina Simões Cardoso (UFRJ) Nadja Naira Salgueiro Silva (UFRJ) Juliana Anunciação Almeida (UFRJ)

Quem sao os nativos digitais? Uma proposta de compreensao a luz da complexidade

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Apresentação realizada no 18 InPLA, PUC-SP, 2011.

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Ensino-aprendizagem em contextos Ensino-aprendizagem em contextos mediados por novas tecnologiasmediados por novas tecnologias

Claudio de Paiva Franco (UFMG)Ana Carolina Simões Cardoso (UFRJ)

Nadja Naira Salgueiro Silva (UFRJ)Juliana Anunciação Almeida (UFRJ)

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Quem são os nativos digitais? Quem são os nativos digitais? Uma proposta de compreensão à Uma proposta de compreensão à

luz da complexidadeluz da complexidade

Claudio de Paiva Franco (UFMG)

Apresentação disponível em:http://claudiofranco.com.br

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Objetivos

• Analisar, sob a perspectiva da complexidade, as características de um grupo de alunos pertencentes à geração de nativos digitais.

• Oferecer, fundamentado no paradigma da complexidade, uma alternativa para entender, sob um ângulo multidimensional, os comportamentos e experiências desses alunos em contextos de aprendizagem de inglês mediados por novas tecnologias.

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Fudamentação teórica

• Teoria do caos/complexidade (BRIGGS e PEAT, 1989, 2000; CAMERON e LARSEN-FREEMAN, 2008; CAPRA, 2006; FINCH, 2001, 2004; GLEICK, 1987; HARSHBARGER, 2007; LARSEN-FREEMAN, 1997, 2000, 2002, 2007, 2006, 2008, 2009; LEFFA, 2006, 2009; LORENZ, 2001; MALLOWS, 2002; MORIN, 1999, 2007, 2008; PAIVA, 2002, 2005, 2006, 2008, 2009; PALAZZO, 1999; VAN LIER, 1996; WALDROP, 1992)

• Nativos digitais (PRENSKY, 2001, 2010)

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Metodologia de pesquisa

• Paradigma interpretativista;

• Pesquisa narrativa;

• Instrumentos etnográficos de geração de dados.

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Instrumentos de pesquisa

• Questionário on-line com perguntas abertas e fechadas.

Objetivo: traçar o perfil dos participantes.

• Narrativa multimídiaObjetivo: conhecer as memórias narradas pelos participantes sobre a aprendizagem de língua inglesa em contextos mediados pela Internet.

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Contexto de pesquisa• A instituição de ensino: localizada no Rio de

Janeiro e é uma autarquia federal do MEC.

• O ensino de inglês na instituição: prioriza a habilidade de leitura, sob a concepção sócio-interacional. A carga horária é de três tempos semanais de 45 minutos cada um, distribuídos em dois dias.Utilizou-se a plataforma Moodle para desenvolver um componente on-line de inglês.

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Participantes

• 37 alunos de duas turmas da 2a série do EM:Turma 1: 23 alunosTurma 2: 14 alunos

• 23 alunos responderam ao questionário;

• 12 alunos escreveram a narrativa multimídia.

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Perfil dos participantes (1/4)

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Perfil dos participantes (2/4)

Média: 3 horas/dia

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Perfil dos participantes (3/4)

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Perfil dos participantes (4/4)

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Ánálise dos dadosQuem são os nativos digitais?

Características e padrões de comportamento

1. Sensíveis às condições iniciais1. Sensíveis às condições iniciais

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2. Imprevisíveis - uma pequena alteração pode 2. Imprevisíveis - uma pequena alteração pode provocar mudanças inesperadasprovocar mudanças inesperadas

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3. Auto-organizáveis - os nativos digitais 3. Auto-organizáveis - os nativos digitais são sensíveis ao contexto/ feedback e se são sensíveis ao contexto/ feedback e se auto-regulam auto-regulam

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4. Não-lineares e dinâmicos - os nativos digitais não 4. Não-lineares e dinâmicos - os nativos digitais não realizam uma atividade por vez; eles são “multitask”realizam uma atividade por vez; eles são “multitask”

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5. Adaptáveis - os nativos digitais têm a capacidade de 5. Adaptáveis - os nativos digitais têm a capacidade de seleção natural e reagem ativamente às variações no seu seleção natural e reagem ativamente às variações no seu ambienteambiente

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Considerações finais (1/2)• Os nativos digitais não devem ser vistos apenas como

aqueles que nasceram depois do início da década de 90. Assim como em todo sistema humano, os nativos digitais são:complexos – realizam múltiplas interações, provocam transformações e podem gerar um sistema novo, até mesmo completamente diferente do sistema antigo;

imprevisíveis – são sensíveis às condições iniciais e podem apresentar comportamento ou reagir diferente do previsto (caóticos);

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Considerações finais (2/2)adaptativos – reagem às variações no seu ambiente, comportando-se, ao longo do tempo, de acordo com a sua necessidade de organização;

auto-organizáveis – são sensíveis ao meio e se auto-regulam, criando suas próprias finalidades;

dinâmicos – realizam várias atividades ao mesmo tempo e mudam ao longo do tempo;

não-lineares – não seguem uma ordem específica.

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Referências (1/2)BRIGGS, J.; PEAT, F. D. Turbulent mirror: an illustrated guide to chaos theory and the science of wholiness. New York: Harper and Row, 1989._____________________. A sabedoria do caos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000. CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 2006a._________. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 2006b.FREITAS, M. T. A. “A pesquisa na perspectiva sócio-histórica: um diálogo entre paradigmas”. 26ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós Graduação e

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luz da complexidadeluz da complexidade

Claudio de Paiva Franco (UFMG)

Apresentação disponível em:http://claudiofranco.com.br