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Resenha-resumo da Introdução do livro Sala de Aula Interativa do professor Marco Silva

Resumo da introdução do livro Sala de Aula Interativa

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Resenha-resumo da Introdução do livro Sala de Aula Interativa do professor Marco Silva

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Marco Silva convida os críticos da interatividade, os comunicadores, teóricos da comunicação, educadores, professores e gestores de escola a dialogar a respeito de interatividade.

NÓS TAMBÉM ACEITAMOS ESTE CONVITE!

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UM CONVITE À INTERATIVIDADE E À COMPLEXIDADE

Três reações ao termo interatividade:• Aplicação oportunista de um termo da “moda”.• Estratégia de marketing (legitima a expansão globalizada do novo poderio tecno-industrial baseado na informática).• Dominação da técnica (regressão do homem à condição da máquina) – “...quanto mais se é interativo, menos se existe...o sujeito se desvanece, se indiferencia, se objetiva até mesmo na linguagem que se automatiza e nos deixa silenciados” (M. Guillaume).

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MODALIDADE COMUNICACIONAL

O esquema clássico (modalidade comunicacional massiva) se baseava na ligação unilateral EMISSOR – MENSAGEM – RECEPTOR.

Nos tempos atuais ocorre uma transição para a modalidade interativa. Reconhece-se o caráter múltiplo, complexo, sensorial, participativo do receptor, o que implica conceber a informação como manipulável.

MAIS DADOS

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CULTURA INTERATIVA A sociedade atual transita da lógica da distribuição para a lógica da comunicação. Há uma imbricação de fatores que levam ao surgimento dessa cultura: evolução de uma nova configuração tecnológica (os media interativos);a comunidade de negócios globalizada demanda e financia tecnologias informacionais para atender à necessidade de maior interação com o cliente; o social “em rede”, cada vez mais atento ao “direito à diferença” e a “liberdade de escolha”.

Têm-se aí as bases de uma conjunção complexa. A modificação estrutural da comunicação emerge dessas múltiplas interferências, dessas múltiplas causalidades.

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O HIPERTEXTO E O NOVO ESPECTADOR As novas tecnologias permitem o processamento da informação e da comunicação como hipertexto.

O hipertexto liberta o usuário da lógica unívoca, da lógica da distribuição. Ele democratiza a relação com a informação. Ele é o divisor de águas entre a comunicação massiva e a comunicação interativa.

O novo espectador aprende com a não linearidade, com a complexidade do hipertexto. Ele aprende a não aceitar passivamente o que é transmitido. Ele é mais autônomo e está consciente do caráter multimodal do texto. O novo espectador abre-se à perspectiva do pensamento complexo.

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EPISTEMOLOGIA DA COMPLEXIDADE E INTERATIVIDADE

Há uma compatibilidade entre a epistemologia da complexidade de Edgar Morin e a modalidade comunicacional (interativa) disponibilizada pelas tecnologias hipertextuais ou novas tecnologias informáticas.

Fundamenta-se na ausência de

fundamentos Abertura para mais interações, para o

mais comunicacional

COMPLEXIDADENOVO ESPECTADOR

Interações - multiplicidade e

recursividade Imobiliza o espírito linear, enriquecimento

do movimento produtor

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PERSPECTIVAS PARA A EDUCAÇÃO Prática comunicacional tradicional nas salas de aula – paradigma da simplificação e a lógica da distribuição. Desafio do nosso tempo - Uma sala de aula baseada na vivência coletiva , diferenciada, baseada na lógica da comunicação. Escolas ditas “interativas” – marketing, modismo, dominação - banalização do termo O professor deve modificar a comunicação no sentido da participação-intervenção, da bidirecionalidade-hibridação e da permutabilidade-potencialidade. O professor não transmite conhecimento. Ele disponibiliza domínios de conhecimento. Ele garante a fartura de dados e os dispõe de modo de modo a criar percursos possíveis. Os alunos constroem o conhecimento na confrontação coletiva livre e plural.

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O que os alunos (americanos) da era digital esperam de suas escolas e de seus professores ?

E NÓS?

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MAIS INFORMAÇÕES

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O QUE É INTERATIVIDADE?

Para Marco Silva , a interatividade é “a disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo,e, ao mesmo tempo, atentando para as interações existentes e promovendo mais e melhores interações –seja entre usuário e tecnologias comunicacionais (hipertextuais ou não), seja nas relações (presenciais ou virtuais) entre seres humanos. ³

Para André Lemos, “nossa relação com o mundo é uma relação interativa onde , a ações variadas correspondem retroações as mais diversas. Essa interação funda toda vida em sociedade”. ¹Para Alex Primo e Márcio Cassol , é necessário valorizar, na interação, “a bidirecionalidade, a comunicação contextualizada, enfim, aquilo que ocorre entre os interagentes e a evolução inventiva e criativa dos relacionamentos”. Os autores estabelecem também uma distinção entre interação reativa e interação mútua. ²

Para Roderick Sims, “interatividade é uma atividade entre dois organismos que proveja respostas adequadas às necessidades informativas de ambos”. O autor apresenta onze formas de interatividade em ambientes de aprendizagem midiáticos. 5

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O QUE É PENSAMENTO COMPLEXO?Edgar Morin

A partir do processo simplificador (todo conhecimento hierarquiza, separa, opera por seleção), o conhecimento está cada vez menos preparado para ser refletido e discutido.

A teoria da complexidade:1. Considera que conhecimento não se reduz à informação. 2. Compreende incertezas, indeterminações e fenômenos aleatórios como o

progresso do conhecimento (sistema aberto).3. Reconhece a sociedade, o conhecimento, o ser humano como um sistema

aberto.4. Percebe que a concepção do conhecimento está associada aos pressupostos

da organização, da auto-organização e da desordem.5. Compreende que o sujeito e o mundo interagem e se desenvolvem (abrindo

novas possibilidades).

Para entendermos o paradigma da complexidade, devemos entender o paradigma da simplicidade - aquele que põe ordem (leis, princípios) no universo e expulsa a desordem.

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Morin destaca três princípios interligados que podem ajudar a pensar a complexidade:1) Dialógico: permite manter a dualidade no seio da unidade. Associa ao mesmo tempo

termos complementares e antagônicos (a ordem e a desordem).2) Recursão Organizacional: “tudo o que é produzido volta sobre o que o produziu num

ciclo ele mesmo autoconstrutivo, auto-organizador e autoprodutor”3) Hologramático: não apenas a parte está no todo, mas o todo está na parte. O

indivíduo é parte constituinte da sociedade e é por ela constituído.

Para Morin, todo sistema vivo gera relações complexas, complementares, recorrentes e antagônicas. A partir deste contexto, o sujeito não é um ser passivo, mas interage no processo, sendo parte integrante como produtor e produto.

Introdução ao Pensamento Complexo

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MODALIDADES COMUNICACIONAISMODALIDADE

UNIDIRECIONALMODALIDADE INTERATIVA

MENSAGEM Fechada, imutável, linear, sequencial

Modificável

EMISSOR “Contador de histórias”, narrador que atrai o receptor

“Designer de software”, construtor de redes (não de rotas)

RECEPTOR Assimilador passivo Coautor, cocriador, manipulador da mensagem – democratização da relação

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BINÔMIOS SUGERIDOS POR ARLINDO MACHADO E MARCO SILVA

PARTICIPAÇÃO-INTERVENÇÃO – Em situação de interatividade, emissor e receptor mudam respectivamente de papel e de status, quando a mensagem se apresenta como conteúdos manipuláveis e não mais como emissão (Marie Marchand). BIDIRECIONALIDADE-HIBRIDAÇÃO – Todo emissor é potencialmente um receptor e todo receptor é potencialmente um emissor. Ocorre a dissolução de fronteiras e a fusão de suportes e linguagens. PERMUTABILIDADE-POTENCIALIDADE – O computador permite não só o armazenamento de grande quantidade de informações, mas também ampla liberdade para combiná-las (permutabilidade) e produzir narrativas possíveis (potencialidade). O sistema interativo permite ao usuário a autoria de suas ações.

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BIBLIOGRAFIA

3- SILVA, Marco. “Um convite à interatividade e à complexidade: novas perspectivas comunicacionais para a sala de aula”. In: GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.) Educação e cultura: Pensando em cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 1999. p. 135 - 167.4- SILVA, MARCO. Sala de aula interativa.

1- LEMOS, André. “Anjos interativos e retribalização do mundo. Sobre interatividade e interfaces digitais”. In: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/lemos/interac.html

2- PRIMO, Alex e CASSOL, Márcio. “Explorando o conceito de interatividade: definições e taxonomias”. In: http://www.fatecjp.com.br/Explorando%20o%20conceito%20de%20interatividade.pdf

5- SIMS. Rod. “Interactivity: A Forgotten Art?”. In: http://www2.gsu.edu/~wwwitr/docs/interact/