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Senso Comum e Conhecimento científico
Alguns tópicos para a sua compreensão
(o que é comum, o que os distingue)
Aspectos comuns O senso comum fornece determinadas soluções que se revelam
satisfatórias e que incentivam a investigação científica. Algumas vezes esta vem confirmar de forma lógica e racional o
que no senso comum é um saber intuitivo. Outras vezes a investigação científica refuta as crenças do
senso comum. O senso comum pode ser também um obstáculo ao
conhecimento científico, porque cria expectativas que podem manipular a investigação e a neutralidade da observação científica.
Ambos os conhecimentos surgem para resolver necessidades práticas, embora o conhecimento científico não se desenvolva apenas com esse objectivo.
Divergências do Senso comum em relação ao C.científico: A linguagem.
Utiliza termos vagos da linguagem comum, que podem designar um número indeterminado de coisas suscitando múltiplas interpretações
Utiliza termos precisos, uma linguagem técnica universal da qual faz parte a contagem e medição assim como uma simbologia que designa a constituição dos elementos que estuda.
Senso Comum/ C. Científico: a organização
Assistemático visto que acontece um pouco ao acaso e inclui saberes diversos e sem organização entre eles.
Sistemático porque é um corpo de saber organizado que se divide em áreas demarcadas pelo seu objecto de estudo. Classifica os particulares em grupos/classes, o que permite a distinção rigorosa e um saber mais especializado.
O aspecto crítico:
Crítico porque está aberto à refutação estabelecendo o campo dos factos que podem ocorrer para a teoria ser válida assim como os que não podem.
Acrítico porque segue a tradição e a prática e não é susceptível de estabelecer os seus limites de modo a poder ser refutado, daí se manter durante muitos anos.
Forma de procedimento racional:
Abrangente e generalizador (indutivo)a partir do que ocorre frequentemente retira a conclusão de que ocorre sempre e em todas as situações, sem especificar as diferenças.
Sobretudo dedutivo porque encontra certos princípios que explicam e ligam factos diversos. Esses princípios racionais são leis que podem ser aplicadas a vários factos diferentes.
Também pode ser indutivo, sobretudo nas ciências humanas como a História.
Método:
Espontâneo porque é dado e não construído, surge a partir das necessidades práticas e não é planeado metodicamente, pelo contrário surge fragmentado.
Metódico e construído. A experimentação científica obedece a hipóteses construídas racionalmente de modo a poderem ser testadas por determinados factos que as corroboram ou refutam.
Explicar:
Não é explicativo porque não apresenta razões teóricas que nos façam compreender a necessidade dos factos que aponta ou das soluções que preconiza.
É explicativo aponta as razões teóricas que permitem compreender necessidade dos factos, porque ocorrem desse modo e não de outro.
Rigor e fiabilidade:
Superficial pois permite tirar conclusões baseando-se apenas na aparência, confundindo as causas com os resultados por isso não podem ser testadas com rigor essas conclusões.
Rigoroso as várias teorias são sujeitas a testes e discussão contínua de modo a serem melhoradas ou substituídas.
Evolução:
Tem tendência a permanecer idêntico a si próprio e a prevalecer muitas vezes no erro pois se agarra às tradições.
Evoluí por tentativa e refutação, sendo as teorias menos aptas substituídas por outras mais aptas.