35
Prof. Olavo S. Valente SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Sistema nervoso autônomo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Sistema nervoso autônomo

Prof. Olavo S. Valente

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Page 2: Sistema nervoso autônomo

CONCEITO

Do ponto de vista funcional, pode-se dividir o Sistema Nervoso em SN Somático e SN Visceral.

O SN Somático é também denominado SN da vida de relação ou seja, que relaciona o organismo com o meio.

Parte aferente SN somático = periferia para centro.

Parte eferente SN somático = centro para periferia.

Page 3: Sistema nervoso autônomo

CONCEITO

SN Visceral, ou sistema da vida vegetativa relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais.

Importante para a integração das atividades viscerais para o controle da manutenção interna (homeostase).

Parte aferente = das vísceras para os centros superiores.

Parte eferente = dos centros para estruturas viscerais, terminando em glândulas, músculo liso ou músculo cardíaco.

Page 4: Sistema nervoso autônomo

CONCEITO

Por definição, denomina-se sistema nervoso autônomo apenas o componente eferente do sistema nervoso visceral.

Por sua vez o sistema nervoso visceral divide-se em:

Sistema nervoso simpático; Sistema nervoso parassimpático.

Page 5: Sistema nervoso autônomo

DIVISÃO DO SISTEMA VISCERAL

SN VISCERAL

AFERENTE

EFERENTESN AUTÔNOMO

Simpático

Parassimpático

Page 6: Sistema nervoso autônomo

SN VISCERAL AFERENTE

Conduzem impulsos nervosos originados em receptores situados nas vísceras (visceroceptores).

Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de penetrarem no SN central, passam por gânglios sensitivos.

No caso dos impulsos que penetram pelos nervos espinhais estes gânglios são os gânglios espinhais, não havendo pois gânglios diferentes para fibras viscerais e somáticas.

Page 7: Sistema nervoso autônomo

Ao contrário das fibras que se originam em receptores somáticos, grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tornam conscientes.

Exemplo:

Informação sobre a pressão arterial e o teor de CO2 do sangue, sem que nós possamos percebê-los.

Page 8: Sistema nervoso autônomo

Contudo muitos impulsos tornam-se conscientes manifestando-se sob a forma de sensações de sede, fome, plenitude gástrica ou em condições patológicas, dor.

A sensibilidade visceral difere da somática principalmente por ser mais difusa, não permitindo uma localização mais precisa.

Por outro lado, estímulos que determinam dor somática são diferentes dos que determinam dor visceral. A secção da pele é dolorosa mas a de uma víscera não é.

Page 9: Sistema nervoso autônomo

A distensão de uma víscera, como uma alça intestinal é muito dolorosa, o que não acontece com a pele.

Considerando-se que a dor é um sinal de alarme, estímulo adequado para provocar dor em uma região é aquele que mais usualmente é capaz de lesar esta região.

Page 10: Sistema nervoso autônomo

DIFERENÇAS ENTRE SN SOMÁTICO EFERENTE E SN VISCERAL EFERENTE (AUTÔNOMO)

Impulsos que seguem pelo SN somático eferente terminam em músculo estriado esquelético, enquanto os que seguem pelo SN autônomo terminam em músculo estriado cardíaco, músculo liso ou glândula.

Assim, o SN somático é VOLUNTÁRIO enquanto os SN autônomo e INVOLUNTÁRIO.

Page 11: Sistema nervoso autônomo

Do ponto de vista anatômico uma diferença muito importante diz respeito ao número de neurônios que ligam o Sistema nervoso central ao órgão efetuador:

SN somático = 1 neurônio (neurônio motor somático)

SN visceral = 2 neurônios (1 deles tem seu corpo dentro do SNC e o outro no sistema nervoso periférico).

Page 12: Sistema nervoso autônomo

Corpos de neurônios fora do sistema nervoso central tendem-se a se agrupar formando dilatações denominadas gânglios.

Assim, os nerônios do SN autônomo cujos corpos dos neurônios estão localizados fora do sistema nervoso central localizam-se em gânglios e são denominados neurônios pós-ganglionares.

Os que tem seu corpo localizados dentro do SNC são denominados neurônios pré-ganglionares.

Page 13: Sistema nervoso autônomo
Page 14: Sistema nervoso autônomo

Vale lembrar que nos SN somático eferente as fibras terminam em placa motora o que não existe nos SN autônomo.

Page 15: Sistema nervoso autônomo

ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Neurônios pre e pós-ganglionares são elementos fundamentais na organização da parte periférica do SN autônomo.

Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula ou no tronco encefálico.

No tronco encefálico eles se agrupam formando os núcleos de alguns nervos cranianos como o nervo vago.

Page 16: Sistema nervoso autônomo

Na medula eles ocorrem do 1º ao 12º segmentos torácicos (T1 até T12), nos dois primeiros segmentos lombares (L1 e L2), e nos segmentos S2, S3 e S4 da medula sacral.

Na porção tóraco-lombar (T1 a T12), os neurônios pré-ganglionares se agrupam formando uma coluna muito evidente denominada coluna lateral, situadas entre as colunas anterior e posterior da medula.

Page 17: Sistema nervoso autônomo
Page 18: Sistema nervoso autônomo

O axônio do neurônio pré-ganglionar, constitui a chamada fibra pré-ganglionar, assim denominada por estar situada antes de um gânglio, onde termina fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar.

Page 19: Sistema nervoso autônomo

As fibras pós-ganglionares terminam nas vísceras em contato com glândulas, músculo liso ou músculo cardíaco.

Convém lembrar que existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções viscerais, sendo as mais importantes o hipotálamo e o chamado sistema límbico.*

*Estas áreas estão relacionadas também com certos tipos de comportamento, especialmente com o comportamento emocional

Page 20: Sistema nervoso autônomo

Impulsos gerados nessas áreas superiores são levados por fibras especiais que terminam fazendo sinapse com os neurônios pré-ganglionares do tronco encefálico e da medula espinhal.

Page 21: Sistema nervoso autônomo

Por esse mecanismo, o SN central influencia o funcionamento das vísceras.

A existências destas conexões entre as áreas cerebrais relacionadas com o comportamento emocional e os neurônios pré-ganglionares do SN autônomo ajuda a entender as alterações do funcionamento visceral que geralmente acompanham os graves distúrbios emocionais.

Page 22: Sistema nervoso autônomo

DIFERENÇAS ENTRE O SN SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

O sistema nervoso autônomo divide-se em:

Sistema nervoso simpático; Sistema nervoso parassimpático.

Esses dois sistemas diferem nos critérios anatômicos, farmacológicos e fisiológicos.

Page 23: Sistema nervoso autônomo

DIFERENÇAS ANATÔMICAS

a) posição dos neurônios pré-ganglionares:

SN simpático os neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula torácica e lombar (entre T1 e L2). Diz-se pois, que o SN simpático é tóraco-lombar.

No SN parassimpático eles se localizam no tronco encefálico (dentro do crânio) e na medula sacral (S2, S3 e S4). Diz-se pois, que o SN parassimpático é crânio-sacral.

Page 24: Sistema nervoso autônomo

b) posição dos neurônios pós-ganglionares:

No simpático, os neurônios pós-ganglionares localizam-se longe das vísceras e próximo a coluna vertebral.

No parassimpático, os neurônio pós-ganglionares localizam-se próximo ou dentro das vísceras.

Page 25: Sistema nervoso autônomo

c) tamanho das fibras pré e pós-ganglionares:

Em consequencia da posição dos gânglios, o tamanho das fibras pré e pós-ganglionares são diferentes nos dois sistemas.

No simpático a fibra pré é curta e a pós longa.

No parassimpático a fibra pré é longa e a pós é curta.

Page 26: Sistema nervoso autônomo
Page 27: Sistema nervoso autônomo

DIFERENÇAS FARMACOLÓGICAS

Dizem respeito a ação de drogas;

Sabemos que a ação da fibra nervosa sobre o órgão efetuador (músculo ou glândula) se faz por meio da liberação de um mediador químico, dos quais os mais importantes são a acetilcolina e a noradrenalina.

As fibras que liberam acetilcolina são chamadas de colinérgicas e as que liberam noradrenalina de adrenérgicas.

Page 28: Sistema nervoso autônomo

Os sistemas simpático e parassimpático diferem no que se refere à disposição das fibras adrenérgicas e colinérgicas:

As fibras pré-ganglionares tanto no simpático como parassimpáticas e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas.

Contudo, a grande maioria das fibras pós-ganglionares do simpático é adrenérgica.

Page 29: Sistema nervoso autônomo

COLINÉRGICAS

ADRENÉRGICAS

Page 30: Sistema nervoso autônomo

DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS

De modo geral, o sistema nervoso simpático tem ação antagônica ao parassimpático em um determinado órgão.

Estão afirmação não é válida em todo os órgãos.

Nas glândulas salivares os dois sistemas aumentama secreção salivar.

Melhor seria dizer que os dois sistemas agem de forma sinérgica ou seja em harmonia.

Page 31: Sistema nervoso autônomo

Uma das diferenças fisiológicas entre o simpático e o parassimpático é que este tem ações sempre localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto as ações do simpático tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos.

A base anatômica desta diferença reside no fato de que os gânglios do parassimpático estando próximo das vísceras faz com que o território de distribuição das fibras pós-ganglionares seja necessariamente restrito.

No simpático, os gânglios estão longe das vísceras e uma fibra pré faz contato com um grande número de fibras pós-ganglionares e que se distribuem a territórios consideravelmente maiores.

Page 32: Sistema nervoso autônomo

Temos assim uma reação de alarma que ocorrem em certas manifestações emocionais e situações de emergência (síndrome de Cannon), em que o indivíduo deve estar preparado para fugir ou lutar.

Page 33: Sistema nervoso autônomo
Page 34: Sistema nervoso autônomo
Page 35: Sistema nervoso autônomo

OBRIGADO