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SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA INTERAÇÃO SOCIAL Professor Julio Cesar de Aguiar, PhD

Sociologia geral e jurídica - Interação Social 2014

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SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA

INTERAÇÃO SOCIAL

Professor Julio Cesar de Aguiar, PhD

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Conceito de Interação Social

Interação social “é o processopelo qual agimos e reagimos emrelação àqueles que estão aonosso redor”.(Giddens, Sociologia, p. 82)

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Exemplo de Interação Social

Uma pessoa entra no elevador e encontra outra. O primeiro indivíduo diz ao segundo: – Que calor, hein? Ao que o segundo indivíduo responde: – Nem fala, ‘tá demais...! O primeiro então, observando que o elevador parou no andar do outro indivíduo, diz: Tchau! Bom dia!Ouvindo então o outro responder, já meio do lado de fora: Para você também! Tchau!

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Por que estudar o cotidiano?

• Os cientistas sociais que estudam as interações face a face nascomunidades humanas constatam que o cotidiano das pessoas ébasicamente composto por padrões comportamentais que semantêm constantes e que são frequentemente difíceis dealterar. Beber socialmente, por exemplo.

• Tais interações, por outro lado, são uma fonte de variaçãofundamental para a alteração a médio prazo de toda a vidasocial. O nerd de ontem é o jovem normal de hoje em dia.

• É sobre tais interações que os sistemas sociais mais amplos, porexemplo, as empresas, os governos, as cidades, se constroem.Ex.: as diferentes rotinas para os chamados dias úteis e os fins desemana são fundamentais para os sistemas econômicosmodernos.

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Gestos que valem por mil palavras

Nas interações face a face, gestos e outras alterações físicas são muito mais relevantes do que em situações sociais não presenciais, como as que ocorrem hoje nas chamadas ‘redes sociais’.

Ruborizar, gaguejar, baixar os olhos, e muitos outros gestos humanos são fundamentais para interpretarmos o comportamento uns dos outros e reagirmos de forma adequada.

A importância social da ‘troca de olhares’ é provavelmente devida ao fato de que sabemos que o outro sabe que estamos olhando para ele ou ela e vice-versa.

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O discurso do cotidiano

No discurso cotidiano, o contexto não verbal é fundamental para entendermos o sentido de uma conversa.

Vejam o exemplo: A: - Tenho um filho de 14 anos. B: - Ótimo! Está bem! A: Tenho um cão também. B: Oh! Sinto muito!

As falas de ‘B’ parecem sem sentido, até sabermos que se trata de um proprietário conversando com um candidato a inquilino.

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Political Correctness

O denominado ‘discurso politicamente correto’(political correctness) surgiu nos Estados Unidose consiste em uma tentativa (tida por muitoscomo artificial e exagerada) de reformar alinguagem cotidiana, naqueles aspectosconsiderados ofensivos para indivíduos dedeterminadas etnias, confissõesreligiosas, gêneros, opções sexuais, minoritáriasou de algum modo socialmente desfavorecidas.

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Coordenação Social

O tempo-espaço cotidiano é coordenado por regras sociais. Existem momentos em que espera-se de nós e dos outros que estejamos fazendo certas coisas em certos lugares.

A observância de tais regras pode ser garantida por sanções informais ou mesmo jurídicas. Exemplo: jornada de trabalho, adicional noturno.

Em ‘A Casa e a Rua’, o antropólogo Roberto DaMatta estuda a regionalização das relações sociais e jurídicas no Brasil.

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Dupla Contingência

Esperamos que coisas aconteçam (ou não aconteçam) e esperamos que pessoas ajam ou não.

Nossas expectativas sobre a ação das pessoas são mais incertas do que aquelas sobre a ocorrência das coisas. Em sociologia, diz-se então que a ação humana é marcada pela contingência.

Esperamos também que as pessoas esperem determinadas ações de nós (expectativas de expectativas). Dá-se o nome de dupla contingência à incerteza da nossa expectativa sobre as expectativas das outras pessoas sobre nossas ações.

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Dilema do Prisioneiro

Dois indivíduos suspeitos de haver cometido um crime em conjunto são presos e colocados em celas separadas. Cada um pode confessar ou calar e conhece as consequências de cada opção, a saber: a) se um deles confessa e o outro não, o que confessou é libertado e o outro pega 10 anos; b) se ambos confessam, ambos pegam 5 anos; c) se ambos ficam calados, ambos pegam 2 anos por porte ilegal de arma.Como se vê no slide seguinte, a melhor opção para cada um, independente do que o outro faz, é sempre confessar, ou seja, trair do ponto de vista deles. Assim, se A coopera (fica calado), B estará melhor se confessar (trair), pois será libertado; se A trai (confessa), B fica melhor se também trair, pois pegará 5 anos, em vez dos 10 que pegaria se ficasse calado (cooperasse).Eis o paradoxo: por que ambos agem visando o seu melhor interesse, ambos acabam pior (5 anos) do que se agissem altruisticamente (2 anos), do ponto de vista deles, claro. Esse paradoxo está presente em várias situações sociais.

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Dilema do PrisioneiroO Prisioneiro B permanece

calado (coopera)O Prisioneiro B confessa (trai)

O Prisioneiro A permanece calado (coopera)

Ambos pegam 2 anos de prisão

O prisioneiro A pega 10 anos de prisão

O prisioneiro B é libertado

O Prisioneiro A confessa (trai)

O prisioneiro A é libertado

O prisioneiro B pega 10 anos de prisão

Ambos pegam 5 anos de prisão

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