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HOSPITAL METROPOLITANO 2104-7001/2104-7002 CENTRO CLINICO LARANJEIRAS 3298-7300

Tabagismo

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Page 1: Tabagismo

HOSPITAL METROPOLITANO

2104-7001/2104-7002

CENTRO CLINICO LARANJEIRAS

3298-7300

Page 2: Tabagismo

TABAGISMO

Doença Altamente Contagiosa

Dr. Luziélio Alves S. Filho

Doenças do Aparelho Respiratório

Cirurgião Torácico

Prof. Coordenador do Módulo de

Sistema Respiratório da UVV

Page 4: Tabagismo

Tabagismo como doença

Classificação CID 10:

Doença

Epidêmica

Transmissível

Transtornos associados

Page 5: Tabagismo

TABACO E NICOTINA

Page 6: Tabagismo

TABACO E NICOTINA

Page 7: Tabagismo

TABACO E NICOTINA

Page 8: Tabagismo

TABACO E NICOTINA

Page 9: Tabagismo

Bases biológicas da nicotina

Bases biológicas da nicotina no SNC

Liberação de

Dopamina

Liberação de

Noradrenalina

Liberação de

Serotonina

Liberação de

Acetilcolina

Ação da

nicotina

no SNC

Page 10: Tabagismo

Dependência à nicotina

Dependência física

Dependência

psicológica Condicionamento (comportamento aprendido)

Page 11: Tabagismo

TABACO E NICOTINA

Page 12: Tabagismo

Inalação

fumaça do

cigarro

Ação nicotina

no cérebro:

10 a 19 seg

Concentração mantida nicotina

por 20 a 30 min.

Page 13: Tabagismo

Mortes pelo Cigarro

1990 2000 2020

Países desenvolvidos 1 milhão 2 milhões 3 milhões

Países em desenvolv. 1 milhão 2 milhões 7 milhões

TOTAL 2 milhões 4 milhões 10 milhões

Nº estimado de mortes de tabagismo

1990 e 2020

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Regiões

desenvolvidas

Regiões em

desenvolvimento

Mundo

me

ro d

e m

ort

es

(m

ilh

õe

s) 1990 2020

1.

be attributed to specific risk factors.

In

0

2

4

6

8

10

12

1995 2005 2015 2025

Número global de

mortes atribuíveis

ao cigarro (milhões)

Mortalidade mundial projetada

Page 14: Tabagismo

Relação com escolaridade

60

0 (analfabeto) < 6

40

20

6-12 > 12

World Bank. Patterns of tobacco use and health consequences. Geneva, Switzerland, 1997.

Page 15: Tabagismo

O MERDADO DO

TABACO E NICOTINA

Produção de tabaco, 2004 X 1000 toneladas cúbicas

Exportação de tabaco, 2004 Em – milhões de U$

American Cancer Society. Tobacco Atlas; 2nd.Ed, 2006.

Page 16: Tabagismo

O MERDADO DO

TABACO E NICOTINA

Agricultura:

maior cultura não-alimentícia do planeta

plantado em mais de 100 países

emprega 33 milhões de trabalhadores rurais, 70 milhões com atividades

indiretas

maior gerador de empregos/hectare

substituição da cultura do tabaco: processo difícil e pouco lucrativo

Page 17: Tabagismo

O MERDADO DO

TABACO E NICOTINA

Quanto custa ao governo?

Para cada R$1,00 arrecadado em impostos da indústria do tabaco, existe um gasto de R$1,57 com doenças provocadas pelo fumo

Estimativa do INCA – Ministério da Saúde

Page 18: Tabagismo

O MERDADO DO

TABACO E NICOTINA

Legislação:

pilar fundamental para conter epidemia

efetivo controle político

Ex.: aumento de 10% no preço em todo mundo = 40 milhões deixariam de fumar

intervenção nos meios de propaganda e promoção dos produtos do tabaco

Page 19: Tabagismo

As drogas que causam dependência

freqüentemente causam

Tolerância

Efeitos agradáveis

Dependência física

Page 20: Tabagismo

Ações farmacológicas

da nicotina

Os fumantes relatam efeitos positivos como prazer, estimulação e relaxamento

Melhora da atenção e rendimento das tarefas

Alívio dos estados emocionais adversos; redução da ansiedade ou estresse

Atenuação da fome

Page 21: Tabagismo

As drogas que causam dependência

freqüentemente causam

Tolerância

Efeitos agradáveis

Dependência física

Page 22: Tabagismo

Ações farmacológicas

da nicotina- abstinência

Irritabilidade, agitação

Dificuldade em concentrar-se, redução rendimento nas tarefas

Ansiedade

Fome

Distúrbios do sono

Desejo ardente ou forte necessidade de nicotina (“craving” ou compulsão)

Page 23: Tabagismo

Sobrevida

Conclusão: Fumantes têm menor sobrevida e maior queda da função pulmonar

Fletcher C., Pero R., Br Med J. 1977 Jun 25;1(6077):1645-8.

Page 24: Tabagismo

COMPLICAÇÕES

DO TABAGISMO

Page 25: Tabagismo

COMPLICAÇÕES

DO TABAGISMO

Page 26: Tabagismo

COMPLICAÇÕES

DO TABAGISMO

Page 27: Tabagismo

COMPLICAÇÕES

DO TABAGISMO

Page 28: Tabagismo

COMPLICAÇÕES

DO TABAGISMO

Page 29: Tabagismo

PAPEL DO MÉDICO

1. Avaliação do perfil genético

Determinados por múltiplos polimorfismos genéticos:

- iniciação do tabagismo

- grau de dependência

- dificuldade de cessação

- manutenção da abstinência

Estimativa: até 60% do risco de início

70% da manutenção da dependência.

Page 30: Tabagismo

1. Avaliação do perfil genético

Principais envolvidos nos estudos, até o momento:

- polimorfismos nos genes que regulam a enzima monoaminoxidase (MAO-A e MAO-B)

- polimorfismo no gene CYP2A6 (responsável pela

transformação da nicotina em cotinina no fígado)

Page 31: Tabagismo

Principais envolvidos nos estudos, até o momento:

- polimorfismos nos genes que regulam a enzima monoaminoxidase (MAO-A e MAO-B)

- polimorfismo no gene CYP2A6 (responsável pela

transformação da nicotina em cotinina no fígado)

1. Avaliação do perfil genético

O real impacto desses conhecimentos

ainda está por ser estabelecido.

Page 32: Tabagismo

2. Intervenções motivacionais

O que faz a diferença?

- abordagem médica: acolhimento, respeito, empatia e confiança

- identificar motivação (Prochaska e DiClemente) e adaptar linguagem e propostas terapêuticas:

- pré-contemplativos: informar/orientar

- contemplativos: encorajar decisões

- preparação/ação: planejar mudanças

- manutenção: estratégias para prevenir recaídas

Page 33: Tabagismo

O que é motivação?

Estado de prontidão ou avidez para a modificação de

comportamento

Oscila pelo tempo ou pela situação.

É um estado que pode ser influenciado!

Page 34: Tabagismo

2. Intervenções motivacionais

Identificar motivação

(Prochaska e DiClemente)

adaptar linguagem e propostas terapêuticas:

- pré-contemplativos: informar/orientar

- contemplativos: encorajar decisões

- preparação/ação: planejar mudanças

- manutenção: estratégias para prevenir recaídas

Page 35: Tabagismo

2. Intervenções motivacionais

- apoio social de amigos e familiares

- treinamento de habilidades para a solução de problemas

- aconselhamento profissional: qualquer integrante da equipe multidisciplinar de saúde

Page 37: Tabagismo

4. Intervenções Farmacológicas

Taxa de sucesso imediato 40-70%

longo prazo: 20-40%

Page 38: Tabagismo

Teste de Fagerström

1. Quanto tempo após acordar você fuma o seu primeiro cigarro? ( ) até 5 min (3 pontos) ( ) 6-30 min (2 pontos) ( ) 31 e 60 min (1 ponto) ( ) após 60 min (0 ponto) 2. Você acha difícil não fumar em lugares proibidos, como igrejas, bibliotecas,

cinemas, ônibus, etc? ( ) sim (1 ponto) ( ) não (0 ponto) 3. Qual cigarro do dia traz mais satisfação? ( ) o primeiro da manhã (1 ponto) ( ) outros (0 ponto) 4. Quantos cigarros você fuma por dia? ( ) menos de 10 (0 ponto) ( ) de 11 a 20 (1 ponto) ( ) de 21 a 30 (2 pontos) ( ) mais que 31 (3 pontos)

5. Você fuma mais freqüentemente pela manhã? ( ) sim (1 ponto) ( ) não (0 ponto) 6. Você fuma mesmo doente, quando precisa ficar de cama a maior parte do

tempo? ( ) sim (1 ponto) ( ) não (0 ponto)1. Valor de referência: > 7

Page 39: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

1. objetivo: substituição da nicotina do cigarro por meio de doses menores e seguras, reduzindo o desejo compulsivo e outros sintomas de abstinência

2. apresentação: (goma, inalador*, spray nasal*, pastilha e adesivo) são eficazes quando comparadas a placebo (A)

- melhor adesão ao tratamento: adesivo de nicotina

- formas de liberação rápida: melhores para aliviar compulsão, maior risco de dependência

- monoterapia deve ser a opção inicial

* não estão disponíveis no Brasil

Page 40: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

revisão Cochrane - OR

= 1,74 (IC95%: 1,64-1,86) em favor da abstinência quando comparada ao

placebo.

Terapia combinada

pode ser superior à monoterapia:

OR = 1,55 (IC95%: 1,17-2,05).

TRN monoterapia deve ser a opção inicial

Page 41: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

TRN - opção terapêutica mais usada

Motivos:

1. facilidade de aquisição e simplicidade do uso

2. segurança

3. bons resultados

4. amplificam bons resultados no tratamento realizado por profissionais não-médicos, beneficiando maior número de fumantes

Page 42: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

O uso da TRN em cardiopatas crônicos não eleva o risco de

eventos agudos.

Estudos sugerem que a TRN é bem tolerada nesses pacientes, não aumentando a severidade

da DCV.

Page 43: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

4.1.1GOMA

- complexo de resina e nicotina tamponados em pH alcalino: aumenta absorção na mucosa oral

- liberação de 90% da

nicotina em 20-30 minutos; pico de concentração: 90 min; biodisponibilidade ≤ 50%; 4mg para mais dependentes

- dificuldades: rigor de uso, aftas, soluço, dispepsia, doenças gengivais, periodontais e de ATM, cefaléia e náuseas

Page 44: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

4.1.2 PASTILHA

- menor rigor de uso

- mesmas queixas da goma

- absorção mais rápida

- entrada tardia no mercado nacional

- possibilidade de tratamento em portadores de próteses dentárias

- eficácia: B

Page 45: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.1Terapia de Reposição de Nicotina

4.1.3 ADESIVOS

- disponível nas doses: 7, 14 e 21 mg (21 mg – consumo imoderado, Fagerström 8-10); até 63 mg/dia

- liberação lenta e contínua (queda: 16-28 horas)

- absorção cutânea: 75% do total contido nos adesivos

- cotinina: estável por 36 horas

- dificuldades: prurido local (nos primeiros dias), eritema, edema e vesículas, insônia e pesadelos, náuseas e vômitos

Page 46: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.2 BUPROPIONA

Bupropiona

- ação: reduz transporte neuronal dos neurotransmissores - dopamina e noradrenalina - ou antagoniza receptores nicotínicos, levando à redução da compulsão pelo uso de cigarros

- embora relevante, o tratamento da co-morbidade depressiva não explica completamente o seu efeito

- eficaz quando comparado a placebo (A)

Page 47: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.2 BUPROPIONA

Bupropiona -máximo de concentração plasmática em 3 h

-liga-se fortemente às proteínas plasmáticas meia-vida é de 19 horas -metabolização hepática e excreção renal -atinge o estado de equilíbrio em cinco dias -usar 150mg/dia durante 3 dias; 300mg do 4º dia até o final do tratamento, em duas tomadas, a última até 16:00h; 12 semanas -eficácia comparada: revisão Cochrane - OR = 1,94 (IC95%: 1,72-2,19) em favor da abstinência, quando comparada ao placebo; -associação com TRN: benefício prolongado (A)

Page 48: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.2 BUPROPIONA Bupropiona

- contra-indicações:

1. absolutas: epilepsia, convulsão febril na infância, tumor do SNC, anormalidades no EEG, traumatismo craniano, uso de inibidor da MAO nos últimos 15 dias.

2. relativas: uso concomitante de carbamazepina, cimetidina, barbitúricos, fenitoína, antipsicóticos, teofilina, corticosteróides sistêmicos, pseudo-efedrina, hipoglicemiante oral/insulina. Hipertensão arterial sistêmica não controlada.

3. dificuldades: insônia, cefaléia, boca seca, tonturas, aumento da pressão arterial.

Page 49: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.3 VARENECLINA

AÇÃO:

- agonista parcial dos efeitos da ativação do receptor nicotínico α4β2, causando alívio dos sintomas da abstinência

- ação antagonista (bloqueio dos receptores), reduzindo satisfação ao fumar e o reforço positivo naqueles que continuam fumando quando em uso da medicação

- eficácia melhor quando comparada a placebo, TRN e bupropiona.

Page 50: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.3 VARENECLINA

Nucleus accumbens

(nAcc)

Área tegmentar

ventral (VTA)

Vareniclina

Dopamina

Page 51: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.3 VARENECLINA

- concentração máxima em torno de 3 h

- estado de equilíbrio alcançado 4 dias depois da administração repetida

- metabolização mínima, excreção renal

- prescrição:

- 1º ao 3º dia: 1 cp 0,5mg, 1 vez ao dia

- 4º ao 7º dia: 1 cp 0,5mg, 12/12 h

- 8º dia até o final do tratamento: 1 cp de

1mg, 12/12 h

Page 52: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.3 VARENECLINA

- o efeito adverso mais freqüente é a náusea, que pode ser relatada por até 1/3

dos pacientes, porém, com índices de interrupção do tratamento de apenas 3%

- o uso pode estar associado a humor depressivo, agitação e ideação ou

comportamento suicida, já sendo emitidas advertências do FDA a respeito; contra-indicação absoluta: hipersensibilidade à

vareniclina ou insuficiência renal grave.

Page 53: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.3 VARENECLINA

comparada ao placebo:

Cochrane - OR = 4,07 (IC95%: 3,28-5,05), 3,53

(IC95%: 2,74-4,54), e 3,22 (IC95%: 2,43-4,27)

para contínua abstinência no 3º, 6º e 12º meses, respectivamente.

Abandono e recaída foram maiores nos grupos usando placebo.

comparada à bupropiona: Cochrane - OR = 1,66

(IC95%: 1,28-2,16)

comparada à TRN: Cochrane - OR = 1,70

(IC95%: 1,26-2,28) para contínua abstinência em 4

semanas OR = 1,40 (IC95%: 0,99-1,99)

em 52 semanas. Houve redução significativa

dos sintomas de abstinência, fissura e satisfação obtida ao fumar um cigarro (lapso).

Page 54: Tabagismo

4. Intervenções farmacológicas

4.4 OUTROS

Nortriptilina

- anti-depressivo tricíclico, inibe recaptação de noradrenalina; ação independente do efeito anti-depressivo

- iniciar com 25mg/dia, manutenção em 75 a 100mg/dia; usar por 8-12 semanas

- não recomendado em pacientes com IAM e arritmia cardíaca; contra-indicado em insuficiência hepática, epilepsia, psicose e amamentação.

Clonidina

- ação: agonista adrenoreceptor alfa-2 de ação central (anti-hipertensivo)

- eficácia comparável com TRN e bupropiona, porém, seu uso é limitado pela elevada incidência de efeitos colaterais: boca seca, sedação, sonolência, hipotensão ortostática, depressão, constipação e distúrbios do sono.

- prescrição: 0,1mg/dia, com incremento gradual até 0,4mg/dia. O paciente deve ser orientado a parar de fumar de dois a três dias após o início da medicação, que deve ser mantida durante 3-4 semanas ou até que alcance o controle dos sintomas de abstinência. Redução gradual.

Page 55: Tabagismo

5. Outras intervenções

imunoterapia

- vacinas contra a nicotina estimulam produção de anticorpos específicos que se ligam com grande afinidade à nicotina no plasma e em líquidos extracelulares, impedindo atravessar barreira hematoencefálica.

- vacinas em estudo: Nic-VAX®, TA-Nic® e Nic-Qb®

- atualmente nas fases II/III do ensaio clínico: parecem ser seguras, bem toleradas e representar método terapêutico e preventivo potencialmente efetivo

- materiais de auto-ajuda e aconselhamento breve: bons resultados; devem ser aplicados por todos os profissionais de saúde

- aconselhamento intensivo individual e em grupo: bons, sem evidências de qual é melhor

- tratamento via internet: evidências iniciais positivas, aguarda novas investigações

- associação de atividade física orientada: sem benefício no longo prazo

Page 56: Tabagismo

5. Outras intervenções

- acupuntura, hipnoterapia, terapia a laser, eletro-estimulação e avaliação de risco

biomédico (mensuração de COex e espirometria): ainda não existem evidências científicas de que estes

métodos aumentem a taxa de cessação do tabagismo

- tratamento por telefone (helplines/quitlines): há evidências

indiretas que demonstram resultados positivos; aguarda novas investigações

Page 57: Tabagismo

Situações especiais

- mulheres: atenção especial ao risco de depressão, reforço nas orientações para evitar ganho de peso, reforçar intervenções motivacionais

- gestante: aconselhamento breve e treinamento de habilidades como parte da rotina do pré-natal (A), tentar parar sem medicação (sempre que possível); se necessitar de medicação: goma de nicotina (C)

- médico: a baixa adesão a qualquer forma de abordagem (exceto farmacológica) dificulta acompanhamento; recomendar controle de situações com alto nível de estresse

Page 58: Tabagismo

Situações especiais

criança e adolescente

- abordar pais durante consultas dos filhos pode auxiliar na cessação (B), porém, há poucas evidências de resultados com farmacoterapia e intervenções cognitivo-comportamentais em crianças (D).

- Adolescentes devem ser abordados separadamente de adultos (D).

Page 59: Tabagismo

Situações especiais

- Idoso - fatores dificultadores - depressão - insegurança quanto à auto-eficácia - oportunidades reduzidas - convivência com jovens fumantes - superação do balanço decisório - menor requisição social e médica para deixar de fumar - menor procura por serviços de saúde médicos e

odontológicos - maior risco de interações medicamentosas - maior grau de dependência - redução da importância dada aos benefícios da cessação

Page 60: Tabagismo

Situações especiais

- portador de co-morbidades psiquiátricas: respondem a intervenções para a cessação do tabagismo, portanto, devem receber o tratamento da população geral; história de depressão maior não parece ser um fator de risco independente para falência do tratamento do tabagismo, desde que abordada adequadamente.

- recaída: quando ocorre, avaliar imediata prontidão para nova tentativa; reforçar treinamento de habilidades (A). A postura do profissional deve ser de acolhimento, flexível, não impondo elevadas expectativas, não confrontando e evitando julgamentos.

Page 61: Tabagismo

Situações especiais

preditores de sucesso

preditores de sucesso

- presença de companheiro(a) não-fumante

- internação hospitalar por doença relacionada ao tabaco recente

- alto grau inicial de motivação para deixar de fumar

Page 62: Tabagismo

E quando o paciente interna?

Hospitalizado

- intervenção hospitalar com duração superior a 15 minutos, associada ao suporte ambulatorial com duração superior a um mês, aumenta a taxa de cessação do tabagismo (OR: 1,81; CI95%: 1,54-2,15) (A)

- intervenção da enfermagem durante a internação,

seguida de acompanhamento por algumas semanas após a alta, em geral por telefone, também aumenta a taxa de cessação (A)

- combinação do aconselhamento com adesivo 6-12

semanas após a alta hospitalar aumenta a cessação em relação ao aconselhamento isolado durante a internação (A)

Page 63: Tabagismo

Paciente hospitalizado

-identificar e registrar os fumantes por ocasião da admissão hospitalar

- caracterizar o padrão de tabagismo - identificar o estágio de motivação para deixar de

fumar - prover aconselhamento individualizado sobre a

cessação do tabagismo - prover assistência para não fumar durante a

internação - identificar e tratar a síndrome de abstinência - oferecer atenção especial para o uso de medicamentos

em cardiopatas, idosos e outros grupos especiais, devido aos efeitos adversos e às interações medicamentosas

- prover assistência após a alta, no mínimo por telefone, por pelo menos quatro semanas

Page 64: Tabagismo

SAIA DESTA CILADA

Page 66: Tabagismo

VOLTE A RESPIRAR

Page 67: Tabagismo

HOSPITAL METROPOLITANO

2104-7001/2104-7002

CENTRO CLINICO LARANJEIRAS

3298-7300