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Outubro/2015

Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Outubro/2015

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Desenvolvido por ABIMAQ/IPDMAQ

Publicado em Novembro/2014

Ficha catalográfica

Manual de instruções da norma regulamentadora NR-12.

Direitos autorais reservados unicamente aos autores.

Reprodução, no todo ou em parte, somente mediante autorização escrita expressa dos

autores.

Abimaq

São Paulo, Brasil, 2015

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AÇÕES PRIORITÁRIAS

1. Para todas as empresas: A empresa deve estar Regularizada com Registro no CREA – Capitulo 12.123, alínea “d” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. – Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 - CONFEA. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. – Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980. – Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1985 - CONFEA.

– Resolução nº 1.048, de 14 de agosto de 2013 - CONFEA. A empresa deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.30, da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966. – Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977.

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AÇÕES PRIORITÁRIAS

2. Para o parque de máquinas instaladas: Elabore o inventário das máquinas e equipamentos – Capitulo-12.153 da NR-12 - Manter o inventário atualizado com o seguinte conteúdo mínimo:

Identificação da máquina e equipamento. Descrição geral. (tipo, fabricante, modelo, características). Capacidade, produtividade, tempo de operação por dia, operadores envolvidos. Diagnóstico com relação a NR-12 (sistema de segurança). Previsão da adequação. Recursos financeiros para a adequação. Localização em planta baixa (layout).

Faça a Apreciação de Riscos

– Capitulo 12.39, alínea “a” da NR-12.

Emita ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977.

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PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO

Os prazos descritos abaixo foram publicados na

PORTARIA Nº 197, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010

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PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO

MÁQUINAS NOVAS

1. Adquiridas antes da Portaria N° 197 de 17/12/2010

Responsabilidade de quem adquiriu adequar as máquinas para atender aos requisitos e exigências contidas na NR-12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos.

2. Adquiridas depois da Portaria n° 197 de 17/12/2010

Responsabilidade do fornecedor/fabricante adequar a máquina para atender aos requisitos e exigências contidas na NR 12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos.

MÁQUINAS USADAS

1. Adquiridas antes e depois da Portaria n° 197 de 17/12/2010

Responsabilidade de quem adquiriu adequar a máquina para atender aos requisitos e exigências contidas na NR 12, conforme Portaria n° 197 de 17/12/2010. Corpo da Norma e seus Anexos.

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO (Linha do Tempo, Histórico) ............................................................................................ 12

1. ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS...................................................................................................... 27

1.1 CLT - Lei 6514 de dezembro de 1977................................................................................................ 29

1.2 Artigos da CLT - 184 – 185 – 186....................................................................................................... 30

1.3 Defesa do Consumidor – Lei nº 8.078 de 1990................................................................................ 31

1.4 OIT – Organização Internacional do Trabalho – Decreto 1.255 de 1994........................................... 33

1.5 Embargo ou Interdição........................................................................................................................ 34

1.6 Fiscalização e Penalidades................................................................................................................ 36

1.7 Responsável Técnico, Profissional de Segurança e em Medicina do Trabalho.................................. 42

2. NORMAS REGULAMENTADORAS........................................................................................................... 44

2.1 Conceito das Normas Regulamentadoras - NR ................................................................................. 45

2.2 Normas Regulamentadoras Vigentes.................................................................................................. 46

2.3 Ciclo explicativo da Norma Regulamentadora NR-12......................................................................... 49

3. DIFERENÇAS ENTRE NORMA REGULAMENTADORA, NORMA TÉCNICA E CERTIFICAÇÃO........... 50

3.1 Norma Regulamentadora.................................................................................................................... 51

3.2 Norma Técnica.................................................................................................................................... 52

3.3 Significado das Siglas das Normas..................................................................................................... 54

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3.5 Certificação – INMETRO..................................................................................................................... 57

3.6 Outras Certificações – INMETRO....................................................................................................... 61

4. NORMA REGULAMENTADORA NR-12.................................................................................................... 62

4.1 Conceito da NR-12............................................................................................................................. 63

4.2 Objetivos da NR-12............................................................................................................................ 65

4.4 Estrutura e Conteúdo da NR-12.......................................................................................................... 66

5. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS........................... 71

5.1 Ações Prioritárias............................................................................................................................... 72

5.2 Inventário das Máquinas e Equipamentos Localizados em Planta Baixa.......................................... 74

5.3 Apreciação de riscos.......................................................................................................................... 78

5.4 ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.................................................................................. 87

5.5 Término da Adequação – NR-12........................................................................................................ 96

6. PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - PRODUTOS

FABRICADOS............................................................................................................................................. 97

6.1 Adequação das Máquinas e Equipamentos....................................................................................... 98

7. EXEMPLOS DE COMPONENTES DE SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.................... 100

ÍNDICE

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8. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E SEGURANÇA, E CAPACITAÇÃO................................................ 104

8.1 Procedimentos de Trabalho e Segurança.......................................................................................... 99

8.2 Capacitação........................................................................................................................................ 102

9. SINALIZAÇÃO E MANUAIS....................................................................................................................... 116

9.1 Sinalização......................................................................................................................................... 117

9.2 Manuais.............................................................................................................................................. 123

10. DADOS ESTATÍSTICOS ............................................................................................................................. 130

11. PERGUNTAS FREQUENTES..................................................................................................................... 136

ÍNDICE

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ANEXOS

Anexo A - LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966, PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO........... 123

Anexo B - RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 – ATIVIDADES DOS PROFISSIONAIS DA

ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA................................................................................................. 163

Anexo C - LEI Nº 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977, INSTITUI A (ART) ANOTAÇÃO DE

RESPONSABILIDADE TÉCNICA ....................................................................................................................... 174

Anexo D - LEI Nº 6.514 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977, RELATIVO A SEGURANÇA E MEDICINA DO

TRABALHO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS .............................................................................................. 182

Anexo E - PORTARIA SIT Nº 3214 DE 8 DE JUNHO DE 1978, APROVA AS NORMAS

REGULAMENTADORAS – NR ........................................................................................................................... 207

Anexo F - BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT - SOBRE PROTEÇÃO DE

MÁQUINAS ......................................................................................................................................................... 211

Anexo G - RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009, DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE

RESPONSABILIDADE TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS...................................................................................................................................................

225

Anexo H - RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 - CONSOLIDA AS ÁREAS DE ATUAÇÃO,

AS ATRIBUIÇÕES E AS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL SUPERIOR

ABRANGIDAS PELO SISTEMA CONFEA/CREA.................................................................................................

262

Anexo I - ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371 DE 29/12/2009 -

REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA SEGURANÇA DE APARELHOS

ELETRODOMÉSTICOS E SIMILARES................................................................................................................

275

Anexo J - LEI Nº 6.839, DE 30 OUT 1980, DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE EMPRESAS NAS

ENTIDADES FISCALIZADORAS DO EXERCÍCIO DE PROFISSÕES................................................................

291

ÍNDICE

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Anexo K - RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA – DISPÕE SOBRE O

REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA

E AGRONOMIA....................................................................................................................................................

293

ÍNDICE

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LINHA DO TEMPO

1966 – LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 – Regula o exercício das

profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras

providências.

1973 – RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUNHO 1973 - CONFEA/CREA – Atribuições

das Atividades dos Profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

1977 – LEI Nº 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977, Institui a " Anotação de

Responsabilidade Técnica " na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura

e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional; e dá outras

providências.

1977 – LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977, Altera o Capítulo V do Titulo

II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do

trabalho e dá outras providências.

1978 – PORTARIA SIT Nº 3.214, DE 8 DE JUNHO DE 1978, Aprova as Normas

Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do

Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.

1978 - Primeira publicação da NR-12, aprovada pela Portaria GM nº 3214 de 8 de

Junho de 1978.

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1980 – LEI Nº 6.839, DE 30 OUTUBRO DE 1980 - Dispõe sobre o registro de

empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões.

1989 – RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - Dispõe sobre o

registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia.

1990 – LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 - Dispõe sobre a proteção do

consumidor e dá outras providências.

1994 – O Brasil se tornou signatário da Convenção nº 119 da OIT - Sobre

Proteção de Máquinas, por meio do Decreto nº 1.255 que adotou integralmente o

conteúdo desta convenção.

1996 – Primeira reunião entre fabricantes e usuários de prensas.

1997 – Criada Comissão de Negociação Tripartite sobre prensas - Coordenação

DRT/SP.

1998 – Assinatura do “Protocolo” de entendimento para proteção adequada de

prensas mecânicas.

1999 – Assinatura da convenção coletiva de prensas.

LINHA DO TEMPO

Page 14: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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2002 – Assinatura da convenção coletiva de trabalho nas indústrias metalúrgicas no

Estado de São Paulo.

2004 – Bancada Patronal do Estado de São Paulo é convidada a participar da

discussão da nota técnica para complementar a NR-12.

2006 – Convenção incorporando Nota Técnica nº 37 e Nota Técnica nº 16/2005.

2007 – Reuniões mensais para elaboração do texto com a participação da bancada

do Governo, empregadores e trabalhadores.

2009 – RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – Dispõe sobre a

Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá

outras providências.

2010 – PORTARIA SIT Nº 197, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2010 - Altera a Norma

Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS, aprovada pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978.

2013 – RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 - Consolida as áreas

de atuação, as atribuições e as atividades profissionais relacionadas nas leis, nos

decretos-lei e nos decretos que regulamentam as profissões de nível superior

abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

LINHA DO TEMPO

Page 15: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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2013 – PORTARIA N.º 1.893, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013 - Altera a Norma

Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma e os Anexos III e XI).

2015 – PORTARIA N.º 596, DE 07 DE MAIO DE 2015 - Altera os integrantes do

Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos – CI Máquinas, designadas por meio da Portaria n° 2026 de 23/12/2014.

2015 – PORTARIA N.º 857, DE 25 DE JUNHO DE 2015 - Altera a Norma

Regulamentadora nº 12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma).

LINHA DO TEMPO

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HISTÓRICO

NR-12 / ABIMAQ

Desde 2007 a ABIMAQ vem atuando, a partir de sua Diretoria de Tecnologia,

ativamente junto ao Grupo Técnico Tripartite do Ministério do Trabalho e Emprego –

GTT-MTE, representando a bancada patronal, numa das cadeiras da CNI, na

revisão da NR-12 (Norma Regulamentadora nº 12 - Segurança no Trabalho em

Máquinas e Equipamentos).

O MTE elaborou uma proposta de atualização da redação dessa Norma, que

pretendia contemplar os requisitos das Notas Técnicas, das resoluções da OIT e

das Normas Técnicas de Segurança Nacionais e Internacionais.

A ABIMAQ, a partir de Julho de 2009, além de consultas às Câmaras Setoriais,

abriu um canal específico para a manifestação dos fabricantes sobre o texto

proposto. Este trabalho resultou em 179, sugestões de alterações no texto

inicialmente apresentado, das quais 98 apresentaram fundamentos técnicos que a

justificavam. A maioria dessas sugestões, tecnicamente embasadas, foi atendia

pela Comissão Tripartite do MTE.

Page 17: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Apesar das iniciativas e tratativas acima, a Norma foi sancionada em dezembro de

2010, com alguns problemas na redação de itens importantes, e com prazo de

implantação muito exíguo divergente daquele proposto pela Bancado Patronal.

Atualmente a ABIMAQ está trabalhando junto com a Comissão Nacional Temática

Tripartite - CNTT - da NR-12, na revisão técnica da Norma, para um melhor

entendimento de seu conteúdo, assim como, em negociações para a possível

dilação do prazo de implantação, dando melhores condições aos fabricantes para

atender aos requisitos nela estabelecidos.

A ABIMAQ entende que neste momento de transição os órgãos de fiscalização do

Ministério do Trabalho deveriam adotar postura de orientação e não punitiva, e junto

com a bancada patronal, levou esta mensagem ao Ministro Carlos Daudt Brizola, do

Ministério do Trabalho e Emprego.

HISTÓRICO

Page 18: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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A ABIMAQ incluiu na Agenda do Plano Brasil Maior a partir do Conselho de

Competitividade Setorial de Bens de Capital a seguinte ação de Política Industrial

para o governo “Exigir dos bens de capital importados o cumprimento dos

regulamentos e normas a que estão sujeitos os bens de capital nacionais”.

A partir disso foi firmado convênio entre MTE e INMETRO para que esse faça um

regulamento específico para colocar em anuência no Siscomex, de forma a que

máquinas e equipamentos sujeitos à verificação entrem em Licença não Automática.

A ABIMAQ também conseguiu que a Linha do BNDES Moderniza BK possa ser

utilizada para adequação às Normas de Segurança. Detalhes dessa linha, e da linha

Progeren (linha de capital de giro que também pode ser usada para essa finalidade)

podem ser obtidos junto ao Departamento de Financiamento da ABIMAQ ou no sitio

do BNDES www.bndes.gov.br. Estamos trabalhando para que as taxas dessa linha

para adequação às Normas de Segurança sejam às do PSI.

HISTÓRICO

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Em 6 de fevereiro de 2014 a Confederação Nacional da Indústria - CNI protocolou

carta junto ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE propondo a adoção das

seguintes premissas:

Linha de corte temporal para as adequações de máquinas usadas.

Obrigações distintas para fabricantes e usuários.

Tratamento diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte.

Interdição de máquinas e equipamentos, mediante grave e iminente risco

devidamente comprovado, por laudo técnico circunstanciado e por ato a

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

Durante a 22ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional Tripartite Temática da NR-12

- CNTT NR-12, ocorrida nos dias 4 e 5 de agosto de 2014, na sede do M.T.E. em

Brasília, foi acordado que a bancada empresarial deveria se manifestar pontualmente

sobre a proposta governamental de republicação do texto da referida Norma.

HISTÓRICO

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Page 20: Manual de-instrucoes-da-nr-12

20

De mesma forma foi acordado que a representação governamental deveria

encaminhar a sua análise formal e pontual, da proposta protocolada pela CNI em

fevereiro de 2014, à representação empresarial.

Em audiência com o Ministro do M.T.E. Sr. Manoel Dias ocorrida em 14/08/2014, na

sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo -

SRTE/SP, a ABIMAQ reiterou o apoio e alinhamento com as premissas

apresentadas pela CNI em mensagem encaminhada ao Ministro em carta

protocolada em 06/02/2014, e enfatizou a importância de, como representante das

empresas fabricantes de máquinas e equipamentos industriais, ter cadeira própria

na CNTT NR-12.

A ABIMAQ destacou ainda a necessidade da atuação do M.T.E em conjunto com o

M.D.I.C. e Receita Federal em criar mecanismos para barrar a entrada de produtos

importados em desacordo com os requisitos da NR-12 com grave impacto nos

aspectos de segurança aos trabalhadores e aos fabricantes nacionais criando

concorrência desleal e não isonômica.

HISTÓRICO

Page 21: Manual de-instrucoes-da-nr-12

Na mesma linha, destacou a importância em rever o texto da NR-12 no que se refere

à máquinas e equipamentos industriais que se destinam à exportação que devem ser

fabricados, atendendo aos requisitos da NR-12 quando deveriam atender a legislação

do pais a que se destinam.

Em 25 de setembro de 2014 foi emitida a Portaria Interministerial nº 8 pela qual os

Ministros de Estado do Trabalho e Emprego, do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior, e da Fazenda resolvem instituir o Comitê Interministerial de

Segurança em Máquinas e Equipamentos CI Máquinas.

A Presidência da ABIMAQ/SINDIMAQ em carta PRE/138/14, datada em 27 de

outubro de 2014 e dirigida ao ministro do M.T.E. Sr. Manoel Dias, pleiteia a

oportunidade de a ABIMAQ/SINDIMAQ vir a ter assento no referido comitê.

HISTÓRICO

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Page 22: Manual de-instrucoes-da-nr-12

Na Portaria nº 2026 de 23 de dezembro de 2014, o M.T.E. designou os integrantes do

Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos – CI Máquinas. O

Comitê deverá convidar outras instituições públicas e privadas, representações de

empregadores e trabalhadores, fabricantes e importadores de máquinas, e

especialistas nos assuntos em discussão para apoiar a execução dos trabalhos e

subsidiar as deliberações, conforme disposto no artigo 6º da Portaria nº 8.

Em 7 de maio de 2015, foi editada pelo M.T.E. a Portaria n° 596 que altera os

integrantes do Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos –

CI Máquinas, designados por meio da Portaria nº 2026 de 23/12/2014.

Em 25 de junho de 2015, foi emitida pelo M.T.E. a Portaria nº 857 que altera e

incorpora novos itens na Norma Regulamentadora NR-12. Estas atualizações foram

divulgadas pela Presidência Informa da ABIMAQ, e a principal conquista foi que

Máquinas e Equipamentos comprovadamente destinados à Exportação estão isentos

do atendimento dos requisitos técnicos de segurança previstos na NR-12. As

modificações desta Norma assim como outras que ainda estão sendo discutidas foram

levadas pela ABIMAQ e pela bancada patronal na Comissão Nacional Tripartite

Temática – CNTT.

HISTÓRICO

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Page 23: Manual de-instrucoes-da-nr-12

A Presidência da ABIMAQ informa que conforme relatado durante a última Plenária

(03/09/15), o Senador Cássio Cunha Lima apresentou o DS 43/2015 (Projeto de

Decreto Legislativo) que propõe a sustação da aplicabilidade da NR-12. O projeto é

decorrente de proposta apresentada e defendida pela CNI - Confederação Nacional da

Indústria, que, segundo a entidade, representaria os interesses da indústria.

A ABIMAQ, imediatamente após tomar conhecimento do DS apresentado pelo

Senador, apresentou uma emenda ao referido DS, com o seguinte pleito:

• Que a sustação da NR-12 ocorra somente para as máquinas e equipamentos

fabricados antes da Portaria nº 197 de 17 de dezembro de 2010 e seus respectivos

prazos de extensões, ficando válida a legislação à época de sua fabricação. Nessa

data a norma foi atualizada e passou a ser efetivamente implementada e fiscalizada,

conforme dispositivos legais.

• Que a interdição de máquinas e ou autuação de empresas ocorra somente após

se comprovar o grave e iminente risco, após realização de laudo técnico pericial

elaborado por profissional com especialização em engenharia de segurança do

trabalho.

HISTÓRICO

23

Page 24: Manual de-instrucoes-da-nr-12

Às vésperas da plenária, havia sido votado e aprovado um requerimento no Senado

para que o DS tramitasse em regime de urgência. Passados alguns dias, face às

articulações da ABIMAQ, com o apoio da FPMAQ, conseguimos junto ao Senador

Cássio Cunha Lima para que o regime de urgência fosse retirado. Agora o DS voltou

para a comissão responsável no Senado e terá tramitação ordinária.

Após consulta às associadas e profundo debate sobre o tema na Plenária, foi

consenso de que a sustação irrestrita da NR-12 seria mais prejudicial do que benéfica,

até porque na ausência da NR-12, a fiscalização se regeria pela CLT, NR-03 e outros

dispositivos legais, cujos critérios de fiscalização são extremamente subjetivos, o que

aumentaria o poder dos fiscais em decidir por interditar máquinas ou autuar ou não

uma empresa.

Assim, a proposta de emenda apresentada pela ABIMAQ visa sustar os efeitos da

norma revisada para as máquinas que foram instaladas antes de 2010. Por outro lado,

a nossa proposta tem por objetivo defender os fabricantes de máquinas novas que

realizaram investimentos e adequaram os seus produtos à NR-12. É importante

ressaltar que a aplicação da norma, nos equipamentos novos, além de garantir a

segurança do trabalhador.

HISTÓRICO

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Page 25: Manual de-instrucoes-da-nr-12

No decorrer desta semana, tomamos conhecimento de que para outro projeto, com o

mesmo teor do DC que fora apresentado no Senado Federal, e que tramitava na

Câmara, o PDC 1408 de autoria do Dep Silvio Costa, também fora apresentado

requerimento de urgência na Câmara Federal pelo Deputado Alceu Moreira, que

integra a FPMAQ - Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas. O Deputado tinha o

entendimento de que a sustação irrestrita da NR-12 era de interesse de toda a

indústria. Em 09 de Setembro de 2015 foi realizada reunião de alinhamento entre o

Deputado, a CNI e ABIMAQ. Na referida reunião combinou-se que, no prazo estimado

de 10 dias, a ABIMAQ, CNI e Ministério do Trabalho deverão buscar consenso acerca

da proposta ideal para a indústria. Nos próximos dias teremos reunião conjunta com a

CNI e Ministério do Trabalho para tentar obter o apoio para a proposta defendida pela

ABIMAQ, ou seja, de sustação da NR-12 apenas para as máquinas fabricadas até

2010.

Em 07 de Outubro de 2015 a Presidência da ABIMAQ através do ABIMAQ Comunica

Especial informou que o BNDES renovou o Programa BNDES Moderniza BK, que tem

como objetivo o financiamento da modernização de máquinas e equipamentos

instalados no país.

HISTÓRICO

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Como modernização entende-se:

• A reconstrução e/ou recuperação da máquina ou equipamento, mediante a

incorporação de novas tecnologias e/ou peças e componentes que ampliem a vida útil

e/ou otimizem sua performance original, gerando um aumento da capacidade de

produção e da produtividade para a economia nacional;

• A conversão da máquina ou equipamento sem dispositivo de segurança para

adequação aos requisitos de segurança do trabalho estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e pela Norma Regulamentadora n° 12 (NR-12)

do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, e suas alterações.

HISTÓRICO

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Page 27: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 28: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

CF

CLT

NR

LI

CCT

C OIT

NT

Legenda

LI Leis Internacionais CF Constituição Federal

C OIT Convenções da Organização Internacional do Trabalho CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CCT Convenções Coletivas do Trabalho NR Norma Regulamentadora

NT Notas Técnicas do M.T.E.

SST – Hierarquia

Legislação

Page 29: Manual de-instrucoes-da-nr-12

29

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

OBRIGAÇÕES LEGAIS

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

É de obrigação legal para os empregadores a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de

1977 relativa a segurança e medicina do trabalho e outras providências,

especificamente para os fabricantes de bens de capital a seção XI – Das Máquinas

e Equipamentos, os Artigos 184, 185 e 186 da CLT.

Lei atualmente em vigor.

Veja a Lei nº 6.514/77 na íntegra no ANEXO D.

Page 30: Manual de-instrucoes-da-nr-12

30

CLT - Seção XI - Das máquinas e equipamentos

Art.184 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de

partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de

acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.

Parágrafo único. É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o

uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art.185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as

máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.

Art.186 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre

proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos,

especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas, vias de

acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego de

ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando motorizadas

ou elétricas.

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Page 31: Manual de-instrucoes-da-nr-12

31

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Código de Defesa do Consumidor Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

TÍTULO I

Direitos do Consumidor

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Art. 1.° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do

consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5.°, inciso

XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições

Transitórias.

Art. 2.° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto

ou serviço como destinatário final.

Page 32: Manual de-instrucoes-da-nr-12

32

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Código de Defesa do Consumidor Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

CAPÍTULO V

Das Práticas Comerciais

SEÇÃO IV

Das Práticas Abusivas

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em

desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou,

se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

Page 33: Manual de-instrucoes-da-nr-12

33

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

OIT – Organização Internacional do Trabalho

O Brasil em 1994 se tornou signatário da Convenção nº 119 da OIT- sobre

Proteção de Máquinas, por meio do Decreto nº1.255 que adotou integralmente o

conteúdo desta convenção. A redação da Convenção é de 1963, contendo os

mesmos conceitos empregados na NR12.

DECRETO nº 1255 : Promulga a Convenção nº 119, da Organização

Internacional do Trabalho, sobre Proteção das Máquinas, concluída em

Genebra, em 25 de junho de 1963.

Veja o conteúdo da Convenção n°119 da OIT no ANEXO F.

Page 34: Manual de-instrucoes-da-nr-12

34

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

EMBARGO OU INTERDIÇÃO

A Portaria SIT nº 199 de 17 de janeiro de 2011, estabelece a regulamentação da

NR-3 EMBARGO OU INTERDIÇÃO, abaixo reproduzida:

3.1 Embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da

constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao

trabalhador.

3.1.1 Considera-se grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho

que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à

integridade física do trabalhador.

3.2 A interdição implica a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de

serviço, máquina ou equipamento.

3.3 O embargo implica a paralisação total ou parcial da obra.

Page 35: Manual de-instrucoes-da-nr-12

35

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

3.3.1 Considera-se obra todo e qualquer serviço de engenharia de construção,

montagem, instalação, manutenção ou reforma.

3.4 Durante a vigência da interdição ou do embargo, podem ser desenvolvidas

atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco, desde

que adotadas medidas de proteção adequadas dos trabalhadores envolvidos.

3.5 Durante a paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os

empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Page 36: Manual de-instrucoes-da-nr-12

36

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES

A Portaria MTE nº 11 de 09 de janeiro de 2015 aprova a redação da NR-28

FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES, abaixo reproduzida:

28.1 FISCALIZAÇÃO

28.1.1 A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares

sobre segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto

nos Decretos n.º 55.841, de 15/03/65, e n.º 97.995, de 26/07/89, no Título VII da

CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89 e nesta Norma

Regulamentadora.

28.1.2 Aos processos resultantes da ação fiscalizadora é facultado anexar

quaisquer documentos, quer de pormenorização de fatos circunstanciais, quer

comprobatórios, podendo, no exercício das funções de inspeção do trabalho, o

agente de inspeção do trabalho usar de todos os meios, inclusive audiovisuais,

necessários à comprovação da infração.

Page 37: Manual de-instrucoes-da-nr-12

37

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

28.1.3 O agente da inspeção do trabalho deverá lavrar o respectivo auto de

infração à vista de descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares

contidos nas Normas Regulamentadoras urbanas e rurais, considerando o critério

da dupla visita, elencados no Decreto n.º 55.841, de 15/03/65, no Título VII da CLT

e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89.

28.1.4 O agente da inspeção do trabalho, com base em critérios técnicos, poderá

notificar os empregadores concedendo prazos para a correção das irregularidades

encontradas.

28.1.4.1 O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a, no

máximo, 60 (sessenta) dias.

28.1.4.2 A autoridade regional competente, diante de solicitação escrita do

notificado, acompanhada de exposição de motivos relevantes, apresentada no

prazo de 10 dias do recebimento da notificação, poderá prorrogar por 120 (cento e

vinte) dias, contados da data do Termo de Notificação, o prazo para seu

cumprimento.

Page 38: Manual de-instrucoes-da-nr-12

38

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

28.1.4.3 A concessão de prazos superiores a 120 (cento e vinte) dias fica

condicionada à prévia negociação entre o notificado e o sindicato representante da

categoria dos empregados, com a presença da autoridade regional competente.

28.1.4.4 A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada item

notificado até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da notificação.

28.1.5 Poderão ainda os agentes da inspeção do trabalho lavrar auto de infração

pelo descumprimento dos preceitos legais e/ou regulamentares sobre segurança e

saúde do trabalhador, à vista de laudo técnico emitido por engenheiro de

segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado.

Page 39: Manual de-instrucoes-da-nr-12

39

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

28.2 EMBARGO OU INTERDIÇÃO.

28.2.1 Quando o agente da inspeção do trabalho constatar situação de grave e

iminente risco à saúde e/ou integridade física do trabalhador, com base em

critérios técnicos, deverá propor de imediato à autoridade regional competente a

interdição do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o

embargo parcial ou total da obra, determinando as medidas que deverão ser

adotadas para a correção das situações de risco.

28.2.2 A autoridade regional competente, à vista de novo laudo técnico do agente

da inspeção do trabalho, procederá à suspensão ou não da interdição ou embargo.

28.2.3 A autoridade regional competente, à vista de relatório circunstanciado,

elaborado por agente da inspeção do trabalho que comprove o descumprimento

reiterado das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do

trabalhador, poderá convocar representante legal da empresa para apurar o motivo

da irregularidade e propor solução para corrigir as situações que estejam em

desacordo com exigências legais.

Page 40: Manual de-instrucoes-da-nr-12

40

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

28.2.3.1 Entende-se por descumprimento reiterado a lavratura do auto de infração

por 3 (três) vezes no tocante ao descumprimento do mesmo item de norma

regulamentadora ou a negligência do empregador em cumprir as disposições

legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, violando-as

reiteradamente, deixando de atender às advertências, intimações ou sanções e

sob reiterada ação fiscal por parte dos agentes da inspeção do trabalho.

Page 41: Manual de-instrucoes-da-nr-12

41

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

28.3 PENALIDADES.

28.3.1 As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentadores sobre segurança e

saúde do trabalhador terão as penalidades aplicadas conforme o disposto no

quadro de gradação de multas (Anexo I), obedecendo às infrações previstas no

quadro de classificação das infrações (Anexo II) desta Norma.

28.3.1.1 Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego

de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada na

forma do art. 201, parágrafo único, da CLT, conforme os valores estabelecidos no

corpo da Norma referida.

Page 42: Manual de-instrucoes-da-nr-12

42

RESPONSÁVEL TÉCNICO: • Toda indústria deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.30, da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966.

– Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977. PROFISSIONAL DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO • Quem deve ter:

– Conforme a NR-4: É necessária a Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE,

com o correspondente Grau de Risco – GR, para fins de dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT.

Para maiores informações consulte a NR-4.

CNAE DA

EMPRESA

GRAU DE

RISCO

DIMENSIONAMENTO

DOS SESMT

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Page 43: Manual de-instrucoes-da-nr-12

43

ASPECTOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Page 44: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 45: Manual de-instrucoes-da-nr-12

45

NORMAS REGULAMENTADORAS

Conceito das Normas Regulamentadoras - NR:

As Normas Regulamentadoras (NR) são publicadas e editadas pelo Ministério

do Trabalho e Emprego (MTE), e estão baseadas em leis relativas a segurança

e medicina do trabalho, contendo regras de caráter obrigatório com a finalidade

de estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança

e Saúde Ocupacional (SSO), seja diretamente, seja pela referência a normas

técnicas, ou pela incorporação de todo ou apenas parte do conteúdo destas

normas. Atualmente estão em vigor 36 Normas Regulamentadoras.

A portaria MTB nº 3.214, de junho de 1978, Aprova as Normas

Regulamentadoras NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis

do trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho.

(Veja esta Portaria nº3.214/78 na íntegra no ANEXO E)

Page 46: Manual de-instrucoes-da-nr-12

46

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES

NR-01 – Disposições Gerais

NR-02 – Inspeção Prévia

NR-03 – Embargo ou Interdição

NR-04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

NR-05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI

NR-07 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

NR-08 – Edificações

NR-09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

NR-13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações

Page 47: Manual de-instrucoes-da-nr-12

47

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES

NR-14 – Fornos

NR-15 – Atividades e Operações Insalubres

NR-16 – Atividades e Operações Perigosas

NR-17 – Ergonomia

NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

NR-19 – Explosivos

NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

NR-21 – Trabalho a Céu Aberto

NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

NR-23 – Proteção Contra Incêndios

NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

NR-25 – Resíduos Industriais

NR-26 – Sinalização de Segurança

Page 48: Manual de-instrucoes-da-nr-12

48

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR - NORMAS REGULAMENTADORAS VIGENTES

NR-27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB

NR-28 – Fiscalização e Penalidades

NR-29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

NR-30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

NR-31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura,

Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura

NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

NR-33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação

Naval

NR-35 – Trabalho em Altura

NR-36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de

Carnes e Derivados

Page 49: Manual de-instrucoes-da-nr-12

49

ELABORAÇÃO DA NORMA

REGULAMENTADORA NR-12

GTT / CNTT ELABORAÇÃO DO

TEXTO DA NORMA

CNA CNT CNI CNC CNF

ABIMAQ

GOVERNO EMPREGADORES TRABALHADORES

GT / GET

TEXTO EM

CONSULTA

PÚBLICA

GTT / CNTT

CTPP

APRECIA AS

SUGESTÕES E A

REDAÇÃO DO

TEXTO FINAL

APROVA O TEXTO

FINAL E ENVIA PARA

PUBLICAÇÃO

GT- Grupo Temática

GET- Grupo de Estudos Tripartite

GTT- Grupo de Trabalho Tripartite

CNTT- Comissão Nacional Tripartite Temática

CTPP- Comissão Tripartite Paritária Permanente

INICÍO

CNS

CTPP ANALISA O TEXTO E

ENCAMINHA PARA O

GT / GET

CONSULTA PÚBLICA

EXECUTA A

ANÁLISE TÉCNICA

E JURIDICA NO

TEXTO E ENVIA

PARA CONSULTA

PÚBLICA

Page 50: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 51: Manual de-instrucoes-da-nr-12

51

Norma Regulamentadora

Está baseada em uma lei, ou seja, é a regulamentação de uma lei, é de caráter

obrigatório, tem a finalidade de estabelecer requisitos técnicos e legais sobre os

aspectos mínimos de segurança e saúde do trabalho. O não cumprimento pode

acarretar a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.

Para consultar as Normas Regulamentadoras acesse o site do Ministério do

Trabalho e Emprego conforme o endereço abaixo.

http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 52: Manual de-instrucoes-da-nr-12

52

Norma Técnica

É um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo

reconhecido, que fornece para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou

características para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um

grau ótimo de ordenação em um dado contexto. É de caráter voluntário e torna-se

obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo poder público.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável pela

normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento

tecnológico brasileiro. É reconhecida como único Foro Nacional de Normalização

através da Resolução do nº07 do CONMETRO, de 24/08/1992.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 53: Manual de-instrucoes-da-nr-12

53

A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades

internacionais: ISO (International Organization for Standardization), IEC

(International Electrotechnical Commission), e das entidades de normalização

regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN

(Associação MERCOSUL de Normalização).

É uma entidade privada, sem fins lucrativos, é membro fundador da ISO

(International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão

Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de

Normalização).

As normas internacionais são reconhecidas pela Organização Mundial do

Comércio - OMC como a base para o comércio internacional. As normas ISO são

voluntárias, cabendo aos seus membros decidirem se as adotam como

normas nacionais ou não. A adoção de uma norma ISO como Norma Brasileira

recebe a designação NBR ISO.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 54: Manual de-instrucoes-da-nr-12

54

Significado das siglas das normas brasileiras:

NR – Norma Regulamentadora (Regulamentação de uma lei).

NBR – Norma Técnica Brasileira (Norma técnica aprovada pela ABNT).

NBR NM – Norma Técnica MERCOSUL (Traduzida e adotada pelo Brasil).

NBR ISO – Norma Técnica Internacional (Traduzida e adotada pelo Brasil).

Significado das siglas das normas internacionais:

ISO – International Organization for Standardization (Norma Internacional).

EN – European Normalization (Normalização Européia).

IEC – Iternational Electrotechnical Commission.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 55: Manual de-instrucoes-da-nr-12

55

Principais Normas Técnicas de Segurança no Brasil para Máquinas e

Equipamentos

Normas Tipo A – Normas fundamentais de segurança: definem os conceitos,

princípios de projetos e aspectos gerais válidos para todas as máquinas.

Normas Tipo B – Aspectos e componentes de segurança.

Normas Tipo B1 – Aspectos gerais de segurança.

Normas Tipo B2 – Componentes utilizados na segurança.

Normas Tipo C – Normas de segurança por categoria de máquinas: fornecem

prescrições detalhadas de segurança a um grupo particular de máquinas.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 56: Manual de-instrucoes-da-nr-12

NBR 14009 – Segurança

de máquinas – Princípios

para apreciação de riscos.

NBR ISO 12100 – Segurança

de máquinas – Princípios

gerais de projeto –

Apreciação e Redução de

riscos.

Normas tipo A Normas tipo B Normas tipo C

NBR 13853 – Distâncias seguras

para impedir acesso a zonas de

perigo pelos membros inferiores

(prEN 811)

NBR 14154 – Segurança em

máquinas: Prevenção de partida

inesperada

(EN 1037)

NBR 14153 – Segurança de

máquinas: Parte de sistemas de

comando relacionadas à

segurança, princípios gerais de

projeto. (EN 954-1)

NBR 14152 – Segurança em

máquinas

Dispositivos de comando bi-manuais

Aspectos funcionais e princípios para

projeto. (EN 574)

NBR NM 272 – Requisitos gerais

para o projeto e construção de

proteções (fixas e móveis)

(prEN 953)

v NBR 13930 - Prensas

mecânicas - Requisitos de

Segurança

v

NBR 13536 - Máquinas

injetoras para plásticos e

elastômeros. Requisitos

técnicos de segurança para o

projeto, construção e utilização

NBR 13854 – Folgas mínimas para

evitar esmagamento de partes do

corpo humano

(EN 349)

NBR 13852 – Distâncias seguras

para impedir acesso a zonas de

perigo pelos membros superiores

(EN 294)

Normas tipo B1

Aspectos gerais de segurança

NBR NM 273 – Dispositivos de

intertravamento associados a

proteções – Princípios para projeto e

seleção

(EN 1088)

NBR 13759 – Equipamentos de

parada de emergência, aspectos

funcionais, princípios para projetos

(EN 418)

Normas tipo B2

Componentes utilizados na

segurança

v

NBR 13867 - Picadores de

Carne

- Requisitos de segurança

v

NBR 13865 - Cilindros de

massas alimentícias -

Requisitos de segurança

NBR 13862 - Transportadores

contínuos - Requisitos de

segurança para o projeto

PRINCIPAIS NORMAS DE

SEGURANÇA NO BRASIL

56

EN 60204-1 – Segurança

de máquinas –

Equipamento elétrico de

máquinas – Parte

1 Especificações para

requisitos gerais.

Page 57: Manual de-instrucoes-da-nr-12

57

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – INMETRO

INMETRO - O INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria

Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial (Conmetro), colegiado interministerial, que é o órgão normativo do

Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).

- O INMETRO é responsável pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da

Conformidade, e Programas de Avaliação da Conformidade

- Resolução Conmetro nº 04, de 02 de dezembro de 2002 Portaria nº 390, de 24

de julho de 2012.

Certificação

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 58: Manual de-instrucoes-da-nr-12

58

Certificação – Avaliação da Conformidade

A Avaliação da Conformidade é um processo sistematizado, com regras pré-

estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar

adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um

profissional atende a requisitos pré-estabelecidos em normas ou regulamentos, a

um custo adequado.

- De Primeira Parte: Declaração do fornecedor.

- De Segunda Parte: Feita pelo comprador.

- De terceira Parte: Feita por uma O.C.P - Organização Certificadora de Produto

Acreditada pelo INMETRO.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 59: Manual de-instrucoes-da-nr-12

59

Programa de Avaliação da Conformidade

RTQ – Regulamento Técnico da Qualidade

IN – Instrução Normativa

N – Norma

RAC – Regulamento de Avaliação da Conformidade

O que avaliar

Como avaliar

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 60: Manual de-instrucoes-da-nr-12

60

Certificação

OCP - Organização

Certificadora de Produto

Número de Registro

Selo INMETRO

Avaliação da

Conformidade

- OCP

Certificado Selo

INMETRO

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 61: Manual de-instrucoes-da-nr-12

61

OUTRAS CERTIFICAÇÕES - INMETRO

De acordo com a Portaria INMETRO/MDIC nº 371 de 29/12/2009, se faz

necessária a adequação de aparelhos eletrodomésticos e similares, importados ou

fabricados no país, a requisitos mínimos de segurança.

O que gera bastante confusão, pois alguns eletrodomésticos podem ser usados

na indústria passando assim a ser considerado um equipamento industrial.

Levando isso em consideração é de extrema importância verificar se o

equipamento fabricado esta na lista desta portaria para que seja feita a certificação.

Veja a portaria INMETRO/MDIC nº 371 de 29/12/2009 na íntegra no anexo J.

DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS

REGULAMENTADORAS, NORMAS TÉCNICAS E

CERTIFICAÇÕES

Page 62: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 63: Manual de-instrucoes-da-nr-12

63

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

NR-12

A NR-12 está regulamentada na Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977,

especificamente na seção XI – Das Máquinas e Equipamentos, os Art. 184, 185 e

186 da CLT.

A primeira publicação da NR-12 ocorreu em 08 de junho de 1978, pela Portaria

GM n.º 3.214.

A atualização no contexto do corpo da NR-12, foi publicada em 17 de dezembro

de 2010, pela Portaria SIT n.º 197.

O último anexo (Anexo XII) foi inserido na norma e publicado em 08 de

dezembro de 2011, pela Portaria SIT n.º 293.

A última atualização da NR-12 foi publicada pela PORTARIA N.º 1.893 DE 09 DE

DEZEMBRO DE 2013. (Alterou alguns capítulos do corpo da Norma

Regulamentadora NR-12 e os Anexos III e XI). (até o momento – Novembro/2014)

Page 64: Manual de-instrucoes-da-nr-12

64

NR-12

12.1 Esta Norma Regulamentadora NR-12 e seus anexos definem referências

técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a

integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a

prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de

utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua

fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer

título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do

disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR aprovadas pela Portaria

n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou

omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis.

12.134. É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação,

cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos que

não atendam ao disposto nesta Norma.

12.134 E proibida a fabricacao, importacao, comercializacao, leilao, locacao,

cessao a qualquer titulo e exposição de maquinas e equipamentos que não

atendam ao disposto nesta Norma.

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Page 65: Manual de-instrucoes-da-nr-12

65

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Objetivos da NR-12:

Segurança do trabalhador.

Melhorias das condições de trabalho em prensas e similares, injetoras,

máquinas e equipamentos de uso geral, e demais anexos.

Máquinas e equipamentos intrinsecamente seguros.

Conceito de falha segura.

Máquinas e equipamentos à prova de burla.

Page 66: Manual de-instrucoes-da-nr-12

66

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

ESTRUTURA DA NR-12

Anexos V, VI,VII,VIII, IX, X , XI e XII são específicos para

determinados tipos de máquinas

Anexos I , II, III e IV com

Informações complementares para atendimento

do corpo e demais anexos

Parte principal do corpo da

Norma com 19 Títulos

Page 67: Manual de-instrucoes-da-nr-12

67

TÓPICOS DA NR-12 CAPÍTULOS

1. Princípios Gerais 12.1 ao 12.5

2. Arranjos Físicos e Instalações 12.6 ao 12.13

3. Instalações e Dispositivos Elétricos 12.14 ao 12.23

4. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada 12.24 ao 12.37

5. Sistemas de Segurança 12.38 ao 12.55.1

6. Dispositivos de Parada de Emergência 12.56 ao 12.63.1

7. Meios de Acesso Permanentes 12.64 ao 12.76.1

8. Componentes Pressurizados 12.77 ao 12.84.1

9. Transportadores de Materiais 12.85 ao 12.93.1

10. Aspectos Ergonômicos 12.94 ao 12.105

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Page 68: Manual de-instrucoes-da-nr-12

68

TÓPICOS DA NR-12 CAPÍTULOS

11. Riscos Adicionais 12.106 ao 12.110

12. Manutenção, Inspeção, Preparação, Ajustes e Reparos 12.111 ao 12.115

13. Sinalização 12.116 ao 12.124.1

14. Manuais 12.125 ao 12.129

15. Procedimentos de Trabalho e Segurança 12.130 ao 12.132.1

16. Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a

qualquer Título, Exposição e Utilização

16. Projeto, Fabricação, Importação, Venda, Locação, Leilão, Cessão a

qualquer Título e Exposição.

12.133 ao 12.134

17. Capacitação 12.135 ao 12.147.2

18. Outros Requisitos Específicos de Segurança 12.148 ao 12.152

19. Dispositivos Finais 12.153 ao 12.155

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Page 69: Manual de-instrucoes-da-nr-12

69

ANEXOS

Anexo I – Distâncias de Segurança e Requisitos para o Uso de Detectores de Presença

Optoeletrônicos. (Quadros I, II, III e IV).

Anexo II – Conteúdo Programático da Capacitação

Anexo III – Meios de Acesso Permanentes

Anexo IV – Glossário

Anexo V – Motosserras

Anexo VI – Máquinas para Panificação e Confeitaria

Anexo VII – Máquinas para Açougue e Mercearia

Anexo VIII – Prensas e Similares

Anexo IX – Injetora de Materiais Plásticos

Anexo X – Máquinas para Fabricação de Calçados e Afins

Anexo XI – Máquinas e Implementos para Uso Agrícola e Florestal

Anexo XII – Equipamentos de Guindar para Elevação de Pessoas

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Page 70: Manual de-instrucoes-da-nr-12

70

Normas que Sustentam a NR-12

Normas e Convenções de conteúdo Social

Convenções Coletivas, NR-05, NR-07, NR-09

Normas de conteúdo Técnico

NR-10, NR-11, NR-13, NR-17, NR-23, NR-33

Normas de conteúdo Temático

NR-18, NR-22, NR-31, NR-32, NR-34

Normas ABNT (Referências)

NBR ISO 12100, NBR 14009, NBR 13852, NBR 14153

NORMA REGULAMENTADORA NR-12

Page 71: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 72: Manual de-instrucoes-da-nr-12

72

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Ações Prioritárias – Para todas as empresas: A empresa deve estar Regularizada com Registro no CREA – Capitulo 12.123, alínea “d” da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. – Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973 - CONFEA. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977. – Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980. – Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1985 - CONFEA. – Resolução nº 1.048, de 14 de agosto de 2013 - CONFEA. A empresa deve ter Responsável Técnico – Capitulo 12.30, da NR-12. – Lei nº 5.194, de 24 dez de 1966. – Lei nº 6.496, de 07 dez de 1977.

Page 73: Manual de-instrucoes-da-nr-12

73

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Ações Prioritárias – Para o parque de máquinas instaladas: Elabore o inventário das máquinas e equipamentos – Capitulo-12.153 da NR-12 - Manter o inventário atualizado com o seguinte conteúdo mínimo:

Identificação da máquina e equipamento. Descrição geral. (tipo, fabricante, modelo, características). Capacidade, produtividade, tempo de operação por dia, operadores envolvidos. Diagnóstico com relação a NR-12 (sistema de segurança). Previsão da adequação. Recursos financeiros para a adequação. Localização em planta baixa (layout).

Faça a Apreciação de Riscos

– Capitulo 12.39, alínea “a” da NR-12.

Emita ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – Capitulo 12.39, alínea “b” da NR-12. – Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977.

Page 74: Manual de-instrucoes-da-nr-12

74

Page 75: Manual de-instrucoes-da-nr-12

75

1º Passo

Inventário das Máquinas e Equipamentos localizados em Planta Baixa

De acordo com a NR-12 o empregador deve manter o inventário das máquinas e

equipamentos atualizado com as devidas identificações e com a localização em

planta baixa (layout), para que as mesmas sejam analisadas e adequadas

conforme a NR-12. Veja abaixo os itens da NR-12 em questão.

NR-12

12.153. O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e

equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e

localização em planta baixa, elaborado por profissional qualificado ou legalmente

habilitado.

12.153.1. As informações do inventário devem subsidiar as ações de gestão para

aplicação desta Norma.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 76: Manual de-instrucoes-da-nr-12

76

12.153.2 O item 12.153 não se aplica:

a) ás microempresas e as empresas de pequeno porte, que ficam dispensadas da

elaboração do inventário de máquinas e equipamentos;

b) a máquinas autopropelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos

estacionários utilizados em frentes de trabalho.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 77: Manual de-instrucoes-da-nr-12

INVENTÁRIO DAS MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS DA EMPRESA

77

• Exemplo de Inventário (Não esqueça de anexar a planta baixa com a localização das máquinas e equipamentos)

Identificação*

Tipo

Fabricante

Modelo

Ano de Fabricação

Capacidade

Produtividade 5

Tempo de operação por dia 16

Operadores envolvidos 2

Está Adequada à NR-12? Sim? (concluído)

Previsão de Adequação 24

Recursos Financeiros para Adequação 100.000,00

Assinatura do Responsável Data: 01/01/0001

yyyy

pç/h

Horas

por dia

Descrição Geral

Inventário das Máquinas e Equipamentos

01

Torno

xxxx

Meses

Reais

01/01/0001

Não? (vide slide 77)

Características

* Fica a critério da empresa a escolha da identificação, podendo ser usado o mesmo código que consta no

imobilizado da contabilidade

Page 78: Manual de-instrucoes-da-nr-12

78

Page 79: Manual de-instrucoes-da-nr-12

79

2º Passo

Apreciação de Riscos

A apreciação de riscos deve ser elaborada, executada por um profissional

legalmente habilitado o qual realizará a analise de riscos de todo o sistema de

segurança das e máquinas e equipamentos, analisando todo o sistema elétrico,

eletrônico, pneumático, hidráulico e mecânico. A análise de riscos é uma análise

sistemática, e tem o objetivo de informar quais são os riscos que a máquina e

equipamento oferecem, qual é a categoria do risco, quais as medidas de

prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir para controlar os riscos,

quais as possibilidades dos perigos serem eliminados, e quais são as partes da

máquina e equipamento que estão sujeitos a causar lesões e danos.

Veja a seguir os itens da NR-12 em questão.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 80: Manual de-instrucoes-da-nr-12

80

Normas para elaboração da Apreciação e Análise de Riscos

A apreciação de riscos, de maneira geral, é um processo composto por uma série de etapas

que permite, de forma sistemática, analisar e avaliar os riscos associados à máquina.

As normas técnicas oficiais e vigentes para a apreciação de riscos são: NBR ISO

12100:2013, ISO 14121, e para a categorização do sistema de segurança a NBR 14153.

NBR ISO 12100:2013 Segurança de máquinas — Princípios gerais de projeto —

Apreciação e redução de riscos

ISO/TR 14121-2:2012 - Safety of machinery - Risk assessment - Part 2: Practical guidance

and examples of methods.

NBR 14153:2013 - Segurança de Máquinas – Partes de sistemas de comando

relacionados à segurança – Princípios gerais para o projeto.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 81: Manual de-instrucoes-da-nr-12

81

INÍCIO

DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA MÁQUINA

IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO

ESTIMATIVA DOS RISCOS

AVALIAÇÃO DOS RISCOS

OS RISCOS FORAM REDUZIDOS

ADEQUADAMENTE?

PROCESSO DE REDUÇÃO DE RISCOS

NÃO

APRECIAÇÃO DE RISCOS

FIM OUTROS RISCOS

GERADOS?

ANÁLISE DE RISCO

APRECIAÇÃO DE RISCO

SIM

NÃO

SIM

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 82: Manual de-instrucoes-da-nr-12

82

CATEGORIAS

B 1 2 3 4

P1

P2

P1

S1

F1

Ponto de partida (ver 4.3.3)

S2

F2 P2

ABNT NBR 14153:2013 – Anexo B

Severidade do Ferimento Frequência e/ou tempo

de exposição ao perigo

Possibilidade de evitar o

perigo P

S1 – Ferimento leve

(normalmente reversíveis)

F1 – Raro a relativamente

frequente e/ou baixo

tempo de exposição

P1 – Possível sob

condições específicas

S2 – Ferimento sério

(normalmente irreversíveis,

incluindo a morte)

F2 – Frequente a contínuo

e/ou tempo de exposição

longo

P2 – Quase nunca

possível

Categorias preferenciais para

pontos de referência ( ver 4.2)

Categorias possíveis que requerem

medidas adicionais (ver B.1)

Medidas que podem ser

superdimensionadas para

risco relevante

Page 83: Manual de-instrucoes-da-nr-12

83

Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do

sistema b

Princípios para atingir a

segurança

B

(ver 6.2.1)

Partes de sistemas de

comando, relacionadas à

segurança e/ou seus

equipamentos de proteção,

bem como seus componentes,

devem ser projetados,

construídos, selecionados,

montados e combinados de

acordo com as normas

relevantes, de tal forma que

resistam às influências

esperadas.

A ocorrência de um defeito

pode levar à perda da função

de segurança.

Principalmente caracterizado

pela seleção de componentes.

1

(ver 6.2.2)

Os requisitos de B se aplicam.

Princípios comprovados e

componentes de segurança

bem testados devem ser

utilizados.

A ocorrência de um defeito

pode levar à perda da função

de segurança, porém a

probabilidade de ocorrência é

menor que para a categoria B.

a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança.

b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável.

ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2

Page 84: Manual de-instrucoes-da-nr-12

84

Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do

sistema b

Princípios para atingir a

segurança

2

(ver 6.2.3)

Os requisitos de B e a utilização

de princípios de segurança

comprovados se aplicam.

A função de segurança deve ser

verificada em intervalos

adequados pelo sistema de

comando da máquina.

A ocorrência de um defeito

pode levar à perda da função

de segurança entre as

verificações.

A perda da função de

segurança é detectada pela

verificação.

Principalmente caracterizado

pela estrutura.

3

(ver 6.2.4)

Os requisitos de B e a utilização

de princípios de segurança

comprovados se aplicam. As

partes relacionadas à segurança

devem ser projetadas de tal

forma que:

um defeito isolado em qualquer

dessas partes não leve à perda

da função de segurança; e

-sempre que razoavelmente

praticável, o defeito isolado seja

detectado.

Quando um defeito isolado

ocorre, a função de segurança

é sempre cumprida.

Alguns defeitos, porém não

todos, serão detectados.

O acúmulo de defeitos não

detectados pode levar à perda

da função de segurança.

Principalmente caracterizado

pela estrutura.

a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança.

b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável.

ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2

Page 85: Manual de-instrucoes-da-nr-12

85

Categoria a Resumo de requisitos Comportamento do

sistema b

Princípios para atingir a

segurança

4 (ver 6.2.5)

Os requisitos de B e a utilização de princípios de segurança comprovados se aplicam. As partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que: — um defeito isolado em

qualquer dessas partes não leve à perda da função de segurança; e

— o defeito isolado seja detectado durante ou antes da próxima demanda da função de segurança. Se isso não for possível, o acúmulo de defeitos não pode levar à perda das funções de segurança.

Quando os defeitos ocorrem, a função de segurança é sempre cumprida. Os defeitos serão detectados a tempo de impedir a perda das funções de segurança.

Principalmente caracterizado pela estrutura.

a As categorias não objetivam sua aplicação em uma sequência ou hierarquia definidas, com relação aos requisitos de segurança.

b A apreciação dos riscos indicará se a perda total ou parcial da(s) função(ões) de segurança, consequente de defeitos, é aceitável.

ABNT NBR 14153:2013 - Tabela 2

Page 86: Manual de-instrucoes-da-nr-12

86

É comum uma mesma máquina ou equipamento ter mais de uma categoria de

riscos, em diferentes partes, por isso deve ser feita análise de riscos em todo o

perímetro da máquina ou equipamento, considerando os riscos durante a operação

e manutenção.

Feita a Análise de Riscos é fundamental que se crie um plano de ação, como por

exemplo:

Quais são as categorias de risco?

Quais dispositivos serão incorporados?

Refaça o projeto do equipamento acrescentando os dispositivos de segurança

Quanto custará as modificações?

Quanto tempo levará para a adequação?

ANÁLISE DO PERIGO E

APRECIAÇÃO DE RISCOS

Page 87: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 88: Manual de-instrucoes-da-nr-12

88

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA – CREA

3º Passo

ART

O termo ART significa Anotação de Responsabilidade Técnica, é um instrumento

indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços

prestados por profissionais ou empresas.

A Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, foi instituída pela Lei n° 6.496, de

7 de dezembro de 1977, a qual estabelece que todos os contratos referentes à

execução de serviços ou obras de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou

Meteorologia deverão ser objeto de anotação no Conselho Regional de Engenharia

e Agronomia - CREA.

Veja a Lei nº 6.496/77 na íntegra no Anexo C

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 89: Manual de-instrucoes-da-nr-12

89

Quem deve emitir a ART?

Quando possuir vínculo contratual com pessoa jurídica, cabe ao profissional emitir

a ART e à empresa/instituição o pagamento do valor correspondente a esse

serviço.

Devem emitir a ART todos os profissionais legalmente habilitados que exercem

suas profissões em organizações que executam obras ou serviços de Engenharia,

Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia.

- Função da ART

Defesa da Sociedade

A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica

pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou empresas. A ART assegura

à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional

habilitado. Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade,

proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para

quem é contratado.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 90: Manual de-instrucoes-da-nr-12

90

Valorização do Profissional

A ART valoriza o exercício das profissões, confere legitimidade ao profissional ou

empresa contratado e assegura a autoria, a responsabilidade e a participação

técnica em cada obra ou serviço a ser realizado. Ao registrar a ART os direitos de

autoria de um plano ou projeto de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou

Meteorologia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros

interessados, são do profissional que os elaborar.

O registro da ART possibilita ao profissional constituir acervo técnico, que tem

grande valor no mercado de trabalho, bem como o resguarda em eventuais litígios

judiciais. A partir do registro da ART é possível ao profissional obter a Certidão de

Acervo Técnico-CAT, que certifica, para os efeitos legais, que consta dos

assentamentos do CREA a anotação das atividades técnicas executadas ao longo

de sua vida profissional.

Comprovação da Capacidade Técnico-Profissional em Licitações

A capacidade técnica de uma empresa varia em função da alteração dos acervos

técnicos dos profissionais integrantes de seu quadro técnico.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 91: Manual de-instrucoes-da-nr-12

91

Deste modo, em atendimento à Lei nº 8.666, de 1993, o atestado registrado no

CREA constituirá prova da capacidade técnico-profissional da empresa somente se

o responsável técnico indicado na Certidão de Acervo Técnico estiver a ela

vinculado como integrante de seu quadro técnico.

Importância da ART nas Instituições Públicas

Para as instituições públicas, a apresentação das ART’s pelos profissionais

autônomos, empresários ou empresas assegura que as atividades contratadas são

desenvolvidas por profissionais habilitados, uma vez que registra a

responsabilidade técnica pela obra ou serviço.

No caso dos profissionais que possuem vínculo empregatício com organizações da

Administração Pública, também deverá registrar a ART de cargo ou função técnica

ou de atividades ou de projetos específicos.

As ART’s registradas formarão o acervo técnico destes profissionais, que poderá

ser utilizado quando do exercício profissional na iniciativa privada.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 92: Manual de-instrucoes-da-nr-12

92

Valores Cobrados para ART

Os valores para o registro de ART são definidos por resolução editada pelo

Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e podem ser verificados

no site do CREA.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 93: Manual de-instrucoes-da-nr-12

93

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - CREA

O profissional legalmente habilitado responsável pela elaboração, execução da

apreciação de riscos deve recolher a ART no CREA de sua região, para que a

análise de risco esteja sob sua responsabilidade técnica, conforme a NR-12:

Item 12.39:

a) ter categoria de segurança conforme prévia análise de riscos prevista nas

normas técnicas oficiais vigentes;

b) estar sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado;

(Para compreender melhor sobre o profissional legalmente habilitado, veja no

ANEXO H a resolução nº 218 do CONFEA/CREA que Discrimina atividades das

diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia).

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 94: Manual de-instrucoes-da-nr-12

94

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - CREA

Tipos de ARTs (Art.9 da Resolução 1.025, de 2009):

I. ART de Obra ou Serviço – Relativa à execução de obras ou prestação de serviços

inerentes às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

II. ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla – Específica vários

contratos referentes à execução de obras ou à prestação de serviços em determinado

período;

III. ART de Cargo ou Função – Relativa ao vínculo contratual do profissional com a

pessoa jurídica para desempenho de cargo ou função técnica.

Para melhores esclarecimento quanto a tipificação de ARTs CLIQUE AQUI, ou

consulte a página do “CREA-SP”, entre no campo “PROFISSIONAIS” e por

final “Preenchimento de ART”.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 95: Manual de-instrucoes-da-nr-12

95

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Conforme estabelece a Resolução nº 1.025, de 2009, no Art.11 do CONFEA, fica

sujeito à participação técnica, a ART de obra ou serviço pode ser classificada da

seguinte forma:

I. ART individual, que indica que a atividade, objeto do contrato, é desenvolvida por um

único profissional;

II. ART de coautoria, que indica que uma atividade técnica caracterizada como intelectual,

objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de mesma

competência;

III. ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica caracterizada

como executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um

profissional de mesma competência;

IV. ART de equipe, que indica que diversas atividade complementares, objetos de

contrato único, são desenvolvidas em conjunto por mais de um profissional com

competências diferenciadas.

Veja a Resolução nº 1.025 na íntegra no ANEXO G.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 96: Manual de-instrucoes-da-nr-12

96

Término da Adequação: Ao terminar a apreciação de riscos, após todos os

perigos e riscos identificados e com a devida ART recolhida junto ao CREA, será

necessário elaborar um plano de ação para adequar todo o parque de máquinas

conforme a NR-12, e executar as alterações pertinentes identificadas na prévia

análise de riscos.

Importante: Todos os trabalhos de adequações e implementações executados

nas máquinas e equipamentos referentes as exigências da Norma

Regulamentadora NR-12, serão de grande valia se forem documentados tanto na

forma escrita como na forma ilustrativa, informando quais os componentes e

proteções que foram instalados, sejam no âmbito elétrico, eletrônico, mecânico,

pneumático ou hidráulico. Relatar tudo o que foi executado na máquina e

equipamento, ilustrando com fotos do antes e depois das adequações e mantê-los

juntos aos documentos de projeto da máquina e equipamento, análise de riscos e

ART, para que desta forma obtenha-se um conjunto de documentos dos quais

comprovem as adequações executadas nas máquinas e equipamentos conforme

as exigências da Norma regulamentadora NR-12.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DO

PARQUE DE MÁQUINAS INSTALADAS

Page 97: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 98: Manual de-instrucoes-da-nr-12

98

ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

As máquinas e os equipamentos e seus respectivos sistemas de segurança, seja

elétrico, eletrônico, mecânico, pneumático ou hidráulico devem ser elaborados,

projetados conforme as exigências da norma regulamentadora NR-12 e normas

técnicas oficiais vigentes. Devem possuir características mínimas de segurança as

quais são de uso geral, e características especificas para o determinado tipo de

máquina e equipamento.

Algumas das Normas técnicas oficiais vigentes de segurança em máquinas e

equipamentos, estão ilustradas no slide 40 e estão classificadas como normas

do tipo A: definem os conceitos, princípios de projetos e aspectos gerais de

segurança, normas do tipo B (B1 e B2): Aspectos e componentes de segurança e

normas do tipo C: fornecem prescrições detalhadas de segurança a um grupo

particular de máquinas.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS

E EQUIPAMENTOS - PRODUTOS FABRICADOS

Page 99: Manual de-instrucoes-da-nr-12

99

ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Deve-se elaborar a Análise de Riscos do sistema de segurança das máquinas e

equipamentos (conforme visto no slide 61), que tem como objetivo informar quais

são os riscos que as máquinas e equipamentos oferecem, qual é a categoria do

risco, quais as medidas de prevenção ou proteção que existem, ou deveriam existir

para controlar os riscos, quais as possibilidades dos perigos serem eliminados,

quais são as partes da máquina e equipamento que estão sujeitos a causar lesões

e danos, e executar as adequações conforme a Apreciação de Riscos.

Deve conter juntamente com a Análise de Riscos a ART – Anotação de

Responsabilidade Técnica (conforme visto no slide 70), a qual responsabiliza o

profissional legalmente habilitado por sua análise.

PROCEDIMENTOS PARA ADEQUAÇÃO DAS MÁQUINAS

E EQUIPAMENTOS - PRODUTOS FABRICADOS

Page 100: Manual de-instrucoes-da-nr-12

100

Page 101: Manual de-instrucoes-da-nr-12

101

EXEMPLOS DE COMPONENTES DE

SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Page 102: Manual de-instrucoes-da-nr-12

102

EXEMPLOS DE COMPONENTES DE

SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Page 103: Manual de-instrucoes-da-nr-12

103

Cortina de luz

Calço de segurança

Comando bi manual

Pedal de acionamento

eletrônico

Botoeiras eletrônicas

de esforço zero

Sensor Indutivo

Barreiras ópticas

Relé de segurança

Contator de segurança Botão de emergência

auto-monitorado

EXEMPLOS DE COMPONENTES DE

SEGURANÇA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Page 104: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 105: Manual de-instrucoes-da-nr-12

105

Page 106: Manual de-instrucoes-da-nr-12

106

Devem ser elaborados detalhadamente, todos os procedimentos de

trabalho e segurança das máquinas e equipamentos conforme está descrito

na NR-12.

NR-12: Procedimentos de trabalho e segurança

12.130. Devem ser elaborados procedimentos de trabalho e segurança específicos,

padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, a partir da análise de

risco.

12.130.1. Os procedimentos de trabalho e segurança não podem ser as únicas medidas de

proteção adotadas para se prevenir acidentes, sendo considerados complementos e não

substitutos das medidas de proteção coletivas necessárias para a garantia da segurança e

saúde dos trabalhadores.

12.131. Ao inicio de cada turno de trabalho ou após nova preparação da máquina ou

equipamento, o operador deve efetuar inspeção rotineira das condições de operacionalidade

e segurança e, se constatadas anormalidades que afetem a segurança, as atividades devem

ser interrompidas, com a comunicação ao superior hierárquico.

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E

SEGURANÇA

Page 107: Manual de-instrucoes-da-nr-12

107

12.132. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de

trabalho devem ser planejados e realizados em conformidade com os procedimentos de

trabalho e segurança, sob supervisão e anuência expressa de profissional habilitado ou

qualificado, desde que autorizados.

12.132.1. Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de

trabalho devem ser precedidos de ordens de serviço – OS - específicas, contendo, no mínimo:

a) a descrição do serviço;

b) a data e o local de realização;

c) o nome e a função dos trabalhadores; e

d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os procedimentos de

trabalho e segurança.

PROCEDIMENTOS DE TRABALHO E

SEGURANÇA

Page 108: Manual de-instrucoes-da-nr-12

108

Page 109: Manual de-instrucoes-da-nr-12

109

Os trabalhadores envolvidos com a máquina e equipamento na operação,

manutenção, inspeção entre outras atividades devem ser capacitados,

conforme está descrito na NR-12.

NR-12: Capacitação

12.135. A operação, manutenção, inspeção e demais intervenções em máquinas e

equipamentos devem ser realizadas por trabalhadores habilitados, qualificados, capacitados

ou autorizados para este fim.

12.136. Os trabalhadores envolvidos na operação, manutenção, inspeção e demais

intervenções em máquinas e equipamentos devem receber capacitação providenciada pelo

empregador e compatível com suas funções, que aborde os riscos a que estão expostos e as

medidas de proteção existentes e necessárias, nos termos desta Norma, para a prevenção

de acidentes e doenças.

12.137. Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de dezoito anos,

salvo na condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente.

CAPACITAÇÃO

Page 110: Manual de-instrucoes-da-nr-12

110

12.138. A capacitação deve:

a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a sua função;

b) ser realizada pelo empregador, sem ônus para o trabalhador;

b) ser realizada sem ônus para o trabalhador;

c) ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com

segurança, sendo distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o

horário normal de trabalho;

d) ter conteúdo programático conforme o estabelecido no Anexo II desta Norma; e

e) ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados para este fim, com

supervisão de profissional legalmente habilitado que se responsabilizará pela adequação

do conteúdo, forma, carga horária, qualificação dos instrutores e avaliação dos

capacitados.

CAPACITAÇÃO

Page 111: Manual de-instrucoes-da-nr-12

111

12.138.1. A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno porte

podera ser ministrada por trabalhador da propria empresa que tenha sido capacitado nos

termos do item 12.138 em entidade oficial de ensino de educação profissional.

12.138.1.1 O empregador e responsavel pela capacitação realizada nos termos do item

12.138.1.

12.138.1.2 A capacitação dos trabalhadores de microempresas e empresas de pequeno

porte, prevista no item 12.138.1, deve contemplar o disposto no item 12.138, exceto a alínea

"e".

12.138.2 E considerado capacitado o trabalhador de microempresa e empresa de pequeno

porte que apresentar declaração ou certificado emitido por entidade oficial de ensino de

educação profissional, desde que atenda o disposto no item 12.138.

12.139. O material didático escrito ou audiovisual utilizado no treinamento e o

fornecido aos participantes, devem ser produzidos em linguagem adequada aos

trabalhadores, e ser mantidos à disposição da fiscalização, assim como a lista de presença

dos participantes ou certificado, currículo dos ministrantes e avaliação dos capacitados.

CAPACITAÇÃO

Page 112: Manual de-instrucoes-da-nr-12

112

12.140. Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar

conclusão de curso específico na área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial de

ensino, compatível com o curso a ser ministrado.

12.141. Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da capacitação

aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de atuação, compatível com o

curso a ser ministrado, com registro no competente conselho de classe.

12.142. A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições

estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da

capacitação.

12.142 A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas condições

estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela supervisão da

capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados nos termos do item 12.138.2.

12.142.1. Fica dispensada a exigência do item 12.142 para os operadores de injetoras com

curso de capacitação conforme o previsto no item 12.147 e seus subitens.

12.143. São considerados autorizados os trabalhadores qualificados, capacitados ou

profissionais legalmente habilitados, com autorização dada por meio de documento formal do

empregador.

CAPACITAÇÃO

Page 113: Manual de-instrucoes-da-nr-12

113

12.143.1. Até a data da vigência desta Norma, será considerado capacitado o trabalhador

que possuir comprovação por meio de registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social -

CTPS ou registro de empregado de pelo menos dois anos de experiência na atividade e que

receba reciclagem conforme o previsto no item 12.144 desta Norma.

12.144. Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que

ocorrerem modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas ou troca

de métodos, processos e organização do trabalho.

12.144.1. O conteúdo programático da capacitação para reciclagem deve atender às

necessidades da situação que a motivou, com carga horária mínima que garanta aos

trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo distribuída em no máximo

oito horas diárias e realizada durante o horário normal de trabalho.

12.145. A função do trabalhador que opera e realiza intervenções em máquinas deve ser

anotada no registro de empregado, consignado em livro, ficha ou sistema eletrônico e em sua

Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS.

CAPACITAÇÃO

Page 114: Manual de-instrucoes-da-nr-12

114

12.147. O curso de capacitação para operadores de máquinas injetoras deve possuir

carga horária mínima de oito horas por tipo de máquina citada no Anexo IX desta Norma.

12.147.1. O curso de capacitação deve ser específico para o tipo máquina em que o

operador irá exercer suas funções e atender ao seguinte conteúdo programático:

a) histórico da regulamentação de segurança sobre a máquina especificada;

b) descrição e funcionamento;

c) riscos na operação;

d) principais áreas de perigo;

e) medidas e dispositivos de segurança para evitar acidentes;

f) proteções - portas, e distâncias de segurança;

g) exigências mínimas de segurança previstas nesta Norma e na NR 10;

h) medidas de segurança para injetoras elétricas e hidráulicas de comando manual; e

i) demonstração prática dos perigos e dispositivos de segurança.

CAPACITAÇÃO

Page 115: Manual de-instrucoes-da-nr-12

115

12.147.2. O instrutor do curso de capacitação para operadores de injetora deve, no

mínimo, possuir:

a) formação técnica em nível médio;

b) conhecimento técnico de máquinas utilizadas na transformação de material plástico;

c) conhecimento da normatização técnica de segurança; e

d) capacitação específica de formação.

CAPACITAÇÃO

Page 116: Manual de-instrucoes-da-nr-12
Page 117: Manual de-instrucoes-da-nr-12

117

Page 118: Manual de-instrucoes-da-nr-12

118

SINALIZAÇÃO

SINALIZAÇÃO

12.116. As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se

encontram, devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e

terceiros sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e

manutenção e outras informações necessárias para garantir a integridade física e a

saúde dos trabalhadores.

12.116.1. A sinalização de segurança compreende a utilização de cores, símbolos,

inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de comunicação de

mesma eficácia.

12.116.2. A sinalização, inclusive cores, das máquinas e equipamentos utilizadas

nos setores alimentícios, médico e farmacêutico deve respeitar a legislação sanitária

vigente, sem prejuízo da segurança e saúde dos trabalhadores ou terceiros.

12.116.3. A sinalização de segurança deve ser adotada em todas as fases de

utilização e vida útil das máquinas e equipamentos.

Page 119: Manual de-instrucoes-da-nr-12

119

12.117. A sinalização de segurança deve:

a) ficar destacada na máquina ou equipamento;

b) ficar em localização claramente visível; e

c) ser de fácil compreensão.

12.118. Os símbolos, inscrições e sinais luminosos e sonoros devem seguir os

padrões estabelecidos pelas normas técnicas nacionais vigentes e, na falta dessas,

pelas normas técnicas internacionais.

12.119. As inscrições das máquinas e equipamentos devem:

a) ser escritas na língua portuguesa - Brasil; e

b) ser legíveis.

12.119.1. As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina ou

equipamento a que se referem, e não deve ser utilizada somente a inscrição de

“perigo”.

SINALIZAÇÃO

Page 120: Manual de-instrucoes-da-nr-12

120

12.120. As inscrições e símbolos devem ser utilizados nas máquinas e

equipamentos para indicar as suas especificações e limitações técnicas.

12.121. Devem ser adotados, sempre que necessário, sinais ativos de aviso ou de

alerta, tais como sinais luminosos e sonoros intermitentes, que indiquem a iminência

de um acontecimento perigoso, como a partida ou a velocidade excessiva de uma

máquina, de modo que:

a) sejam emitidos antes que ocorra o acontecimento perigoso;

b) não sejam ambíguos;

c) sejam claramente compreendidos e distintos de todos os outros sinais utilizados; e

d) possam ser inequivocamente reconhecidos pelos trabalhadores.

SINALIZAÇÃO

Page 121: Manual de-instrucoes-da-nr-12

121

12.122. Exceto quando houver previsão em outras Normas Regulamentadoras,

devem ser adotadas as seguintes cores para a sinalização de segurança das

máquinas e equipamentos:

a) AMARELO:

1. proteções fixas e móveis - exceto quando os movimentos perigosos estiverem

enclausurados na própria carenagem ou estrutura da máquina ou equipamento, ou

quando tecnicamente inviável;

2. componentes mecânicos de retenção, dispositivos e outras partes destinadas à

segurança;

3. gaiolas das escadas, corrimãos e sistemas de guarda-corpo e rodapé.

b) AZUL: comunicação de paralisação e bloqueio de segurança para manutenção.

SINALIZAÇÃO

Page 122: Manual de-instrucoes-da-nr-12

122

12.123. As máquinas e equipamentos fabricados a partir da vigência desta Norma

devem possuir em local visível as informações indeléveis, contendo no mínimo:

a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;

b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;

c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;

d) número de registro do fabricante ou importador no CREA; e

e) peso da máquina ou equipamento.

12.124. Para advertir os trabalhadores sobre os possíveis perigos, devem ser

instalados, se necessários, dispositivos indicadores de leitura qualitativa ou

quantitativa ou de controle de segurança.

12.124.1. Os indicadores devem ser de fácil leitura e distinguíveis uns dos outros.

Existem Normas ABNT que podem ser utilizadas como referência, dentre as quais:

- ABNT NBR 12694: Notação de Munsell

- ABNT NBR ISO 3864-1: Símbolos, Gráficos, Cores e Sinais de Segurança.

- ABNT NBR 7195: Cores de Segurança.

SINALIZAÇÃO

Page 123: Manual de-instrucoes-da-nr-12

123

Page 124: Manual de-instrucoes-da-nr-12

124

MANUAIS

MANUAIS

Os manuais das máquinas e equipamentos devem ser escritos na língua

portuguesa – Brasil, ser claros e objetivos, possuir procedimentos de utilização da

máquina ou equipamento com segurança, entre outros requisitos conforme as

exigências da NR-12.

Veja as exigências da NR-12 relacionadas aos manuais.

Manuais

12.125. As máquinas e equipamentos devem possuir manual de instruções

fornecido pelo fabricante ou importador, com informações relativas à segurança

em todas as fases de utilização.

12.126. Quando inexistente ou extraviado, o manual de máquinas ou

equipamentos que apresentem riscos deve ser reconstituído pelo empregador,

sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

Page 125: Manual de-instrucoes-da-nr-12

125

12.126.1 As microempresas e empresas de pequeno porte que não disponham de

manual de instruçoes de maquinas e equipamentos fabricados antes de 24/6/2012

devem elaborar ficha de informação contendo os seguintes itens:

a) tipo, modelo e capacidade;

b) descrição da utilização prevista para a maquina ou equipamento;

c) indicação das medidas de segurança existentes;

d) instruçoes para utilização segura da maquina ou equipamento;

e) periodicidade e instruçoes quanto as inspeçoes e manutenção;

f) procedimentos a serem adotados em situaçoes de emergencia, quando aplicavel.

MANUAIS

Page 126: Manual de-instrucoes-da-nr-12

126

12.126.1.1 A ficha de informação indicada no item 12.126.1 pode ser elaborada

pelo empregador ou pessoa designada por este.

12.127. Os manuais devem:

a)ser escritos na língua portuguesa - Brasil, com caracteres de tipo e tamanho que

possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhado das ilustrações

explicativas;

b)ser objetivos, claros, sem ambiguidades e em linguagem de fácil compreensão;

c)ter sinais ou avisos referentes à segurança realçados; e

d)permanecer disponíveis a todos os usuários nos locais de trabalho.

MANUAIS

Page 127: Manual de-instrucoes-da-nr-12

127

12.128. Os manuais das máquinas e equipamentos fabricados ou importados

a partir da vigência desta Norma devem conter, no mínimo, as seguintes

informações:

a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;

b) tipo, modelo e capacidade;

c) número de série ou número de identificação e ano de fabricação;

d) normas observadas para o projeto e construção da máquina ou equipamento;

e) descrição detalhada da máquina ou equipamento e seus acessórios;

f) diagramas, inclusive circuitos elétricos, em especial a representação

esquemática das funções de segurança;

MANUAIS

Page 128: Manual de-instrucoes-da-nr-12

128

g) definição da utilização prevista para a máquina ou equipamento;

h) riscos a que estão expostos os usuários, com as respectivas avaliações

quantitativas de emissões geradas pela máquina ou equipamento em sua

capacidade máxima de utilização;

i) definição das medidas de segurança existentes e daquelas a serem adotadas

pelos usuários;

j) especificações e limitações técnicas para a sua utilização com segurança;

k) riscos que podem resultar de adulteração ou supressão de proteções e

dispositivos de segurança;

l) riscos que podem resultar de utilizações diferentes daquelas previstas no

projeto;

MANUAIS

Page 129: Manual de-instrucoes-da-nr-12

129

m) procedimentos para utilização da máquina ou equipamento com segurança;

n) procedimentos e periodicidade para inspeções e manutenção;

o) procedimentos a serem adotados em situações de emergência;

p) indicação da vida útil da máquina ou equipamento e dos componentes

relacionados com a segurança.

12.129. No caso de máquinas e equipamentos fabricados ou importados antes

da vigência desta Norma, os manuais devem conter, no mínimo, as

informações previstas nas alíneas “b”, “e”, “f”, “g”, “i”, “j”, “k", “l”, “m”, “n” e “o” do

item 12.128.

12.129 No caso de maquinas e equipamentos fabricados ou importados antes

da vigencia desta norma, os manuais reconstituídos devem conter, no mínimo, as

informaçoes previstas nas alíneas "b", "e", "f", "g", "i", "j", "k", "m", "n" e "o“ do item

12.128.

MANUAIS

Page 130: Manual de-instrucoes-da-nr-12

130

Page 131: Manual de-instrucoes-da-nr-12

DADOS ESTATÍSTICOS

131

Estatísticas no Brasil

No ano de 2012 foram gastos aproximadamente 41 Bilhões

de Reais em processos com acidentes de trabalho

Page 132: Manual de-instrucoes-da-nr-12

DADOS ESTATÍSTICOS

132

NR 12 (Interdições)

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

1.882 1.757 2.838 2.870

4.247

6.534

10.489

8.744

Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho / MTE 2014 – Referente ao período de Janeiro a Setembro

Page 133: Manual de-instrucoes-da-nr-12

DADOS ESTATÍSTICOS

133

NR 12 (Interdições UF)

2 86 23 84 357

196

710

156 213 20 61

271

3.401

201 124 186 210 11

169 25

1.177

67 20 233

441 292 8

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Acr

e

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São

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lo

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ipe

Toca

nti

ns

Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho / MTE 2014 – Referente ao período de Janeiro a Setembro

POLO CALÇADISTA NOVA

SERRANA MG

Page 134: Manual de-instrucoes-da-nr-12

DADOS ESTATÍSTICOS

134 Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho / MTE Elaboração: Confederação Nacional da Indústria - CNI

NR 12 (Fiscalização - 2013)

Page 135: Manual de-instrucoes-da-nr-12

DADOS ESTATÍSTICOS

135

NR 12 (Fiscalização - 2013)

Fonte: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho / MTE Elaboração: Confederação Nacional da Indústria - CNI

Page 136: Manual de-instrucoes-da-nr-12

136

Page 137: Manual de-instrucoes-da-nr-12

137

PERGUNTAS FREQUENTES

Perguntas Frequentes Relacionadas a Norma Regulamentadora NR-12

1. O que é NR-12?

A Norma Regulamentadora NR-12 é a regulamentação da Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de

1977, especificamente na seção XI – Das Máquinas e Equipamentos, os Art. 184, 185 e 186 da CLT

- Consolidação das Leis do Trabalho.

A Norma Regulamentadora NR-12 e seus anexos definem referências técnicas, princípios

fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

O não cumprimento pode acarretar em aplicação das penalidades previstas na legislação

pertinente.

2. O que é Norma Técnica?

É um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece

para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou para seus

resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. É de caráter

voluntário e torna-se obrigatória quando essa condição é estabelecida pelo poder público. A ABNT é

o órgão reconhecido e responsável pela norma técnica no país.

Page 138: Manual de-instrucoes-da-nr-12

138

PERGUNTAS FREQUENTES

3. Existe alguma certificação que comprove que as máquinas e equipamentos estão

adequados conforme a NR-12? O INMETRO certifica máquina e equipamento?

Até o momento não existe Organismo Certificador acreditado pelo INMETRO para fazer análises,

testes e emitir Certificado de Conformidade para máquinas e equipamentos de uso industrial

relacionados a Norma Regulamentadora NR-12.

4. Os componentes de segurança tais como a cortina de luz, botoeiras de segurança,

scanners, entre outros, devem possuir algum tipo de certificação relacionado a NR-12?

Até o momento o INMETRO não emitiu Procedimentos e não acreditou Organismo Certificador

para emitir Certificado de Conformidade de componentes de segurança, assim como, não existem

laboratórios nacionais credenciados para a realização dos testes necessários.

Alguns países possuem certificação para componentes de segurança, e uma das alternativas para

os componentes importados é a solicitação de comprovação de Certificação por Organismos e

laboratórios internacionais.

Para componentes nacionais não existem meios de certificação local, uma das alternativas seria o

envio do componente nacional para testes e certificação em laboratório internacional.

Page 139: Manual de-instrucoes-da-nr-12

139

PERGUNTAS FREQUENTES

5. O que é Análise de Riscos? Como deve ser elaborada?

A análise de riscos é uma análise sistemática, e tem o objetivo de informar quais são os riscos que a

máquina e equipamento oferecem, qual é a categoria do risco, quais as medidas de prevenção ou

proteção que existem, ou deveriam existir para controlar os riscos, quais as possibilidades dos

perigos serem eliminados, e quais são as partes da máquina e equipamento que estão sujeitos a

causar lesões e danos. A análise de riscos está prevista no capítulo 12.39 Sistemas de Segurança

no item “a” da Norma Regulamentadora NR-12. As normas oficiais vigentes para a elaboração da

análise de riscos são ABNT NBR ISO 12100:2013, ISO/TR 14121-2:2012.

6. Todas as máquinas e equipamentos devem possuir uma Análise de Riscos?

Sim, para atender aos requisitos da NR-12 torna-se necessária elaboração de Análise de Riscos no

sistema de segurança das máquinas e equipamentos produzidos por uma empresa , assim como,

para o parque de máquinas instaladas e destinadas à produção dos Produtos ali produzidos. Toda

Análise de Riscos deve conter a ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.

Page 140: Manual de-instrucoes-da-nr-12

140

PERGUNTAS FREQUENTES

7. O que é ART? Como deve ser elaborada?

O termo ART significa Anotação de Responsabilidade Técnica, é um instrumento indispensável para

identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou serviços prestados por profissionais ou

empresas. A ART foi instituída pela Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977, a qual estabelece

que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de Engenharia, Agronomia,

Geologia, Geografia ou Meteorologia deverão ser objeto de anotação no Conselho Regional de

Engenharia e Agronomia – CREA, e está prevista no capítulo 12.39 Sistemas de Segurança no

item “b” da Norma Regulamentadora NR-12. A ART deve ser emitida no CREA de sua região.

8. Quem é o profissional legalmente habilitado para fazer Análise de Riscos e recolher a

ART?

O profissional legalmente habilitado para elaborar a análise de riscos e recolher a ART, é o

profissional com registro no CREA, e que possui em sua formação acadêmica as atribuições

necessárias para a execução do serviço em questão conforme a resolução do CONFEA – CREA .

(Veja o ANEXO H).

Page 141: Manual de-instrucoes-da-nr-12

141

9. Como os manuais devem ser elaborados e escritos? Devem estar em português?

Os manuais devem ser escritos na língua portuguesa – Brasil, e elaborados conforme prevê os

capítulos 12.125 ao 12.129 da Norma Regulamentadora NR-12.

10. As máquinas e equipamentos importados devem estar adequados conforme a NR-

12?

Sim, conforme prevê os capítulos 12.1 e 12.134 da Norma Regulamentadora NR-12.

NR-12 - Capítulo 12.134: É proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação,

cessão a qualquer título, exposição e utilização de máquinas e equipamentos que não atendam ao

disposto nesta Norma.

NR-12 - Capítulo 12.134: E proibida a fabricação, importação, comercialização, leilão, locação,

cessão a qualquer título e exposição de maquinas e equipamentos que não atendam ao disposto

nesta Norma.

PERGUNTAS FREQUENTES

Page 142: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO A

Page 143: Manual de-instrucoes-da-nr-12

143

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

Vide Decreto Lei nº 241, de 1967

Vide Decreto 79.137, de 1977

Vide Lei nº 8.195, de 1991

Vide Lei nº 12.378, de 2010

Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-

Agrônomo, e dá outras providências.

LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

O CONGRESSO NACIONAL DECRETA:

TÍTULO I

Do Exercício Profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia

CAPÍTULO I

Das Atividades Profissionais

SEÇÃO I

Caracterização e Exercício das Profissões

Page 144: Manual de-instrucoes-da-nr-12

144

Art. 1º As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas

pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes

empreendimentos:

a) aproveitamento e utilização de recursos naturais;

b) meios de locomoção e comunicações;

c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos

técnicos e artísticos;

d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e extensões

terrestres;

e) desenvolvimento industrial e agropecuário.

Art. 2º O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo,

observadas as condições de capacidade e demais exigências legais, é assegurado:

a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola superior

de engenharia, arquitetura ou agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no País;

b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País, diploma de faculdade

ou escola estrangeira de ensino superior de engenharia, arquitetura ou agronomia, bem como os

que tenham esse exercício amparado por convênios internacionais de intercâmbio;

c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e Regionais de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a escassez de profissionais de determinada

especialidade e o interesse nacional, tenham seus títulos registrados temporariamente.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 145: Manual de-instrucoes-da-nr-12

145

Parágrafo único. O exercício das atividades de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo é

garantido, obedecidos os limites das respectivas licenças e excluídas as expedidas, a título

precário, até a publicação desta Lei, aos que, nesta data, estejam registrados nos Conselhos

Regionais.

SEÇÃO II

Do uso do Título Profissional

Art. 3º São reservadas exclusivamente aos profissionais referidos nesta Lei as denominações

de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo, acrescidas obrigatoriamente, das

características de sua formação básica.

Parágrafo único. As qualificações de que trata este artigo poderão ser acompanhadas de

designações outras referentes a cursos de especialização, aperfeiçoamento e pós-graduação.

Art. 4º As qualificações de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo só podem ser

acrescidas à denominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais que

possuam tais títulos.

Art. 5º Só poderá ter em sua denominação as palavras engenharia, arquitetura ou agronomia

a firma comercial ou industrial cuja diretoria for composta, em sua maioria, de profissionais

registrados nos Conselhos Regionais.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 146: Manual de-instrucoes-da-nr-12

146

SEÇÃO III

Do exercício ilegal da profissão

Art. 6º Exerce ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços público ou privado

reservados aos profissionais de que trata esta lei e que não possua registro nos Conselhos

Regionais;

b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições discriminadas

em seu registro;

c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou empresas

executoras de obras e serviços sem sua real participação nos trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica, exercer

atribuições reservadas aos profissionais da engenharia, da arquitetura e da agronomia, com

infringência do disposto no parágrafo único do Ed. extra 8º desta lei.

SEÇÃO IV

Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades

Art. 7º As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-

agrônomo consistem em:

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais,

autárquicas, de economia mista e privada;

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 147: Manual de-instrucoes-da-nr-12

147

b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas,

transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e

agropecuária;

c) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação

técnica;

d) ensino, pesquisas, experimentação e ensaios;

e) fiscalização de obras e serviços técnicos;

f) direção de obras e serviços técnicos;

g) execução de obras e serviços técnicos;

h) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Parágrafo único. Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos poderão exercer

qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas profissões.

Art. 8º As atividades e atribuições enunciadas nas alíneas a , b , c , d , e e f do artigo anterior são

da competência de pessoas físicas, para tanto legalmente habilitadas.

Parágrafo único. As pessoas jurídicas e organizações estatais só poderão exercer as

atividades discriminadas nos Ed. extra 7º, com exceção das contidas na alínea " a ", com a

participação efetiva e autoria declarada de profissional legalmente habilitado e registrado pelo

Conselho Regional, assegurados os direitos que esta lei lhe confere.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 148: Manual de-instrucoes-da-nr-12

148

Art. 9º As atividades enunciadas nas alíneas g e h do Ed. extra 7º, observados os preceitos

desta lei, poderão ser exercidas, indistintamente, por profissionais ou por pessoas jurídicas.

Art. 10. Cabe às Congregações das escolas e faculdades de engenharia, arquitetura e

agronomia indicar, ao Conselho Federal, em função dos títulos apreciados através da formação

profissional, em termos genéricos, as características dos profissionais por ela diplomados.

Art. 11. O Conselho Federal organizará e manterá atualizada a relação dos títulos

concedidos pelas escolas e faculdades, bem como seus cursos e currículos, com a indicação das

suas características.

Art. 12. Na União, nos Estados e nos Municípios, nas entidades autárquicas, paraestatais e

de economia mista, os cargos e funções que exijam conhecimentos de engenharia, arquitetura e

agronomia, relacionados conforme o disposto na alínea " g " do Ed. extra 27, somente poderão ser

exercidos por profissionais habilitados de acordo com esta lei.

Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de

arquitetura e de agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos ao

julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem

profissionais habilitados de acordo com esta lei.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 149: Manual de-instrucoes-da-nr-12

149

Art. 14. Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos

judiciais ou administrativos, é obrigatória além da assinatura, precedida do nome da empresa,

sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que

os subscrever e do número da carteira referida no Ed. extra 56.

Art. 15. São nulos de pleno direito os contratos referentes a qualquer ramo da engenharia,

arquitetura ou da agronomia, inclusive a elaboração de projeto, direção ou execução de obras,

quando firmados por entidade pública ou particular com pessoa física ou jurídica não legalmente

habilitada a praticar a atividade nos termos desta lei.

Art. 16. Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de qualquer natureza, é

obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e legíveis ao público, contendo o nome do

autor e coautores do projeto, em todos os seus aspectos técnicos e artísticos, assim como os dos

responsáveis pela execução dos trabalhos.

CAPÍTULO II

Da responsabilidade e autoria

Art. 17. Os direitos de autoria de um plano ou projeto de engenharia, arquitetura ou

agronomia, respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros interessados, são

do profissional que os elaborar.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 150: Manual de-instrucoes-da-nr-12

150

Parágrafo único. Cabem ao profissional que os tenha elaborado os prêmios ou distinções

honoríficas concedidas a projetos, planos, obras ou serviços técnicos.

Art. 18. As alterações do projeto ou plano original só poderão ser feitas pelo profissional que

o tenha elaborado.

Parágrafo único. Estando impedido ou recusando-se o autor do projeto ou plano original a

prestar sua colaboração profissional, comprovada a solicitação, as alterações ou modificações

deles poderão ser feitas por outro profissional habilitado, a quem caberá a responsabilidade pelo

projeto ou plano modificado.

Art. 19. Quando a concepção geral que caracteriza um plano ou, projeto for elaborada em

conjunto por profissionais legalmente habilitados, todos serão considerados coautores do projeto,

com os direitos e deveres correspondentes.

Art. 20. Os profissionais ou organizações de técnicos especializados que colaborarem numa

parte do projeto, deverão ser mencionados explicitamente como autores da parte que lhes tiver

sido confiada, tornando-se mister que todos os documentos, como plantas, desenhos, cálculos,

pareceres, relatórios, análises, normas, especificações e outros documentos relativos ao projeto,

sejam por eles assinados.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 151: Manual de-instrucoes-da-nr-12

151

Parágrafo único. A responsabilidade técnica pela ampliação, prosseguimento ou conclusão de

qualquer empreendimento de engenharia, arquitetura ou agronomia caberá ao profissional ou

entidade registrada que aceitar esse encargo, sendo-lhe, também, atribuída a responsabilidade

das obras, devendo o Conselho Federal dotar resolução quanto às responsabilidades das partes já

executadas ou concluídas por outros profissionais.

Art. 21. Sempre que o autor do projeto convocar, para o desempenho do seu encargo, o

concurso de profissionais da organização de profissionais, especializados e legalmente habilitados,

serão estes havidos como corresponsáveis na parte que lhes diga respeito.

Art. 22. Ao autor do projeto ou a seus prepostos é assegurado o direito de acompanhar a

execução da obra, de modo a garantir a sua realização de acordo com as condições,

especificações e demais pormenores técnicos nêle estabelecidos.

Parágrafo único. Terão o direito assegurado neste artigo, ao autor do projeto, na parte que lhes

diga respeito, os profissionais especializados que participarem, como corresponsáveis, na sua

elaboração.

Art. 23. Os Conselhos Regionais criarão registros de autoria de planos e projetos, para

salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 152: Manual de-instrucoes-da-nr-12

152

TÍTULO II

Da fiscalização do exercício das profissões

CAPÍTULO I

Dos órgãos fiscalizadores

Art. 24. A aplicação do que dispõe esta lei, a verificação e fiscalização do exercício e

atividades das profissões nela reguladas serão exercidas por um Conselho Federal de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de ação.

Art. 24. A aplicação do que dispõe esta lei e a fiscalização do exercício das profissões nela

referidas serão, para a necessária harmonia e unidade de ação reguladas pelo Conselho Federal

de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). (Redação dada pelo Decreto Lei nº 620, de

1969)

Art. 24. A aplicação do que dispõe esta lei, a verificação e fiscalização do exercício e

atividades das profissões nela reguladas serão exercidas por um Conselho Federal de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia (CREA), organizados de forma a assegurarem unidade de ação. (Revigorado pelo

Decreto-Lei nº 711, de 1969).

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 153: Manual de-instrucoes-da-nr-12

153

Art. 25. Mantidos os já existentes, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia promoverá a instalação, nos Estados, Distrito Federal e Territórios Federais, dos

Conselhos Regionais necessários à execução desta lei, podendo, a ação de qualquer deles,

estender-se a mais de um Estado.

§ 1º A proposta de criação de novos Conselhos Regionais será feita pela maioria das

entidades de classe e escolas ou faculdades com sede na nova Região, cabendo aos Conselhos

atingidos pela iniciativa opinar e encaminhar a proposta à aprovação do Conselho Federal.

§ 2º Cada unidade da Federação só poderá ficar na jurisdição de um Conselho Regional.

§ 3º A sede dos Conselhos Regionais será no Distrito Federal, em capital de Estado ou

de Território Federal.

CAPÍTULO II

Do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

SEÇÃO I

Da instituição do Conselho e suas atribuições

Art. 26. O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, (CONFEA), é a

instância superior da fiscalização do exercício profissional da engenharia, da arquitetura e da

agronomia.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 154: Manual de-instrucoes-da-nr-12

154

Art. 27. São atribuições do Conselho Federal:

a) organizar o seu regimento interno e estabelecer normas gerais para os regimentos

dos Conselhos Regionais;

b) homologar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais;

c) examinar e decidir em última instância os assuntos relativos no exercício das

profissões de engenharia, arquitetura e agronomia, podendo anular qualquer ato que não estiver

de acordo com a presente lei;

d) tomar conhecimento e dirimir quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais;

e) julgar em última instância os recursos sobre registros, decisões e penalidades

impostas pelos Conselhos Regionais;

f) baixar e fazer publicar as resoluções previstas para regulamentação e execução da

presente lei, e, ouvidos os Conselhos Regionais, resolver os casos omissos;

g) relacionar os cargos e funções dos serviços estatais, paraestatais, autárquicos e de

economia mista, para cujo exercício seja necessário o título de engenheiro, arquiteto ou

engenheiro-agrônomo;

h) incorporar ao seu balancete de receita e despesa os dos Conselhos Regionais;

i) enviar aos Conselhos Regionais cópia do expediente encaminhado ao Tribunal de

Contas, até 30 (trinta) dias após a remessa;

j) publicar anualmente a relação de títulos, cursos e escolas de ensino superior, assim

como, periodicamente, relação de profissionais habilitados;

k) fixar, ouvido o respectivo Conselho Regional, as condições para que as entidades de

classe da região tenham nele direito a representação;

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 155: Manual de-instrucoes-da-nr-12

155

l) promover, pelo menos uma vez por ano, as reuniões de representantes dos Conselhos

Federal e Regionais previstas no Ed. extra 53 desta lei;

m) examinar e aprovar a proporção das representações dos grupos profissionais nos

Conselhos Regionais;

n) julgar, em grau de recurso, as infrações do Código de Ética Profissional do

engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, elaborado pelas entidades de classe;

o) aprovar ou não as propostas de criação de novos Conselhos Regionais;

p) fixar e alterar as anuidades, emolumentos e taxas a pagar pelos profissionais e

pessoas jurídicas referidos no Ed. extra 63.

q) promover auditoria e outras diligências, inquéritos ou verificações sobre o

funcionamento dos Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade.

(Incluída pelo Decreto Lei nº 620, de 1969)

q) promover auditoria e outras diligências, inquéritos ou verificações sobre o

funcionamento dos Conselhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e

regularidade. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969).

q) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis.

(Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Parágrafo único. Nas questões relativas a atribuições profissionais, decisão do Conselho

Federal só será tomada com mínimo de 12 (doze) votos favoráveis.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 156: Manual de-instrucoes-da-nr-12

156

Art. 28. Constituem renda do Conselho Federal:

a) um décimo da renda bruta dos Conselhos Regionais;

a) a parcela a que se refere art. 36, da renda bruta arrecadada pelos Conselhos

Regionais; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 620, de 1969)

a) um décimo da renda bruta dos Conselhos Regionais; (Revigorado pelo Decreto-Lei

nº 711, de 1969).

b) doações, legados, juros e receitas patrimoniais;

c) subvenções.

Art. 28 Constituem renda do Conselho Federal: (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

I - quinze por cento do produto da arrecadação prevista nos itens I a V do art. 35;

(Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

II - doações, legados, juros e receitas patrimoniais; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

III - subvenções; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

IV - outros rendimentos eventuais. (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

SEÇÃO II

Da composição e organização

Art. 29. O Conselho Federal será constituído por 18 (dezoito) membros, brasileiros,

diplomados em Engenharia, Arquitetura ou Agronomia, habilitados de acordo com esta lei,

obedecida a seguinte composição:

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 157: Manual de-instrucoes-da-nr-12

157

a) 15 (quinze) representantes de grupos profissionais, sendo 9 (nove) engenheiros

representantes de modalidades de engenharia estabelecida em termos genéricos pelo Conselho

Federal, no mínimo de 3 (três) modalidades, de maneira a corresponderem às formações técnicas

constantes dos registros nele existentes; 3 (três) arquitetos e 3 (três) engenheiros-agrônomos;

b) 1 (um) representante das escolas de engenharia, 1 (um) representante das escolas

de arquitetura e 1 (um) representante das escolas de agronomia.

§ 1º Cada membro do Conselho Federal terá 1 (um) suplente.

§ 2º O presidente do Conselho Federal será eleito, por maioria absoluta, dentre os seus

membros.

§ 3º A vaga do representante nomeado presidente do Conselho será preenchida por seu

suplente.

Art. 30. Os representantes dos grupos profissionais referidos na alínea " a " do Ed. extra 29 e

seus suplentes serão eleitos pelas respectivas entidades de classe registradas nas regiões, em

assembleias especialmente convocadas para êste fim pelos Conselhos Regionais, cabendo a cada

região indicar, em forma de rodízio, um membro do Conselho Federal.

Parágrafo único. Os representantes das entidades de classe nas assembleias referidas neste

artigo serão por elas eleitos, na forma dos respectivos estatutos.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 158: Manual de-instrucoes-da-nr-12

158

Art. 31. Os representantes das escolas ou faculdades e seus suplentes serão eleitos por

maioria absoluta de votos em assembleia dos delegados de cada grupo profissional, designados

pelas respectivas Congregações.

Art. 32. Os mandatos dos membros do Conselho Federal e do Presidente serão de 3 (três)

anos.

Parágrafo único. O Conselho Federal se renovará anualmente pelo têrço de seus membros.

CAPÍTULO III

Dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

SEÇÃO I

Da instituição dos Conselhos Regionais e suas atribuições

Art. 33. Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) são

órgãos de fiscalização do exercício das profissões de engenharia, arquitetura e agronomia, em

suas regiões.

Art. 34. São atribuições dos Conselhos Regionais:

a) elaborar e alterar seu regimento interno, submetendo-o à homologação do Conselho

Federal.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 159: Manual de-instrucoes-da-nr-12

159

b) criar as Câmaras Especializadas atendendo às condições de maior eficiência da fiscalização

estabelecida na presente lei;

c) examinar reclamações e representações acerca de registros;

d) julgar e decidir, em grau de recurso, os processos de infração da presente lei e do

Código de Ética, enviados pelas Câmaras Especializadas;

e) julgar em grau de recurso, os processos de imposição de penalidades e multas;

f) organizar o sistema de fiscalização do exercício das profissões reguladas pela

presente lei;

g) publicar relatórios de seus trabalhos e relações dos profissionais e firmas registrados;

h) examinar os requerimentos e processos de registro em geral, expedindo as carteiras

profissionais ou documentos de registro;

i) sugerir ao Conselho Federal médias necessárias à regularidade dos serviços e à

fiscalização do exercício das profissões reguladas nesta lei;

j) agir, com a colaboração das sociedades de classe e das escolas ou faculdades de

engenharia, arquitetura e agronomia, nos assuntos relacionados com a presente lei;

k) cumprir e fazer cumprir a presente lei, as resoluções baixadas pelo Conselho Federal,

bem como expedir atos que para isso julguem necessários;

l) criar inspetorias e nomear inspetores especiais para maior eficiência da fiscalização;

m) deliberar sobre assuntos de interesse geral e administrativo e sobre os casos comuns

a duas ou mais especializações profissionais;

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 160: Manual de-instrucoes-da-nr-12

160

n) julgar, decidir ou dirimir as questões da atribuição ou competência, das Câmaras

Especializadas referidas no artigo 45, quando não possuir o Conselho Regional número suficiente

de profissionais do mesmo grupo para constituir a respectiva Câmara, como estabelece o artigo

48;

o) organizar, disciplinar e manter atualizado o registro dos profissionais e pessoas

jurídicas que, nos termos desta lei, se inscrevam para exercer atividades de engenharia,

arquitetura ou agronomia, na Região;

p) organizar e manter atualizado o registro das entidades de classe referidas no artigo

62 e das escolas e faculdades que, de acordo com esta lei, devam participar da eleição de

representantes destinada a compor o Conselho Regional e o Conselho Federal;

q) organizar, regulamentar e manter o registro de projetos e planos a que se refere o

artigo 23;

r) registrar as tabelas básicas de honorários profissionais elaboradas pelos órgãos de

classe.

s) autorizar o presidente a adquirir, onerar ou, mediante licitação, alienar bens imóveis.

(Incluída pela Lei nº 6.619, de 1978)

Art. 35. Constituem renda dos Conselhos Regionais:

a) as taxas de expedição das carteiras profissionais e de registros; (Vide Del 711, de

1966)

b) as multas aplicadas de conformidade com a presente lei; (Vide Del 711, de 1966)

c) doações, legados, juros e receitas patrimoniais;

d) subvenções.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 161: Manual de-instrucoes-da-nr-12

161

Art. 35 - Constituem renda dos Conselhos Regionais: (Redação dada pela Lei nº 6.619, de

1978)

I - anuidades cobradas de profissionais e pessoas jurídicas; (Incluído pela Lei nº 6.619,

de 1978)

II - taxas de expedição de carteiras profissionais e documentos diversos; (Incluído pela

Lei nº 6.619, de 1978)

III - emolumentos sobre registros, vistos e outros procedimentos; (Incluído pela Lei nº

6.619, de 1978)

IV - quatro quintos da arrecadação da taxa instituída pela Lei nº 6.496, de 7 de

dezembro de 1977;

(Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

V - multas aplicadas de conformidade com esta Lei e com a Lei nº 6.496, de 7 de

dezembro de 1977;

(Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

VI - doações, legados, juros e receitas patrimoniais; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

VII - subvenções; (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

VIII - outros rendimentos eventuais. (Incluído pela Lei nº 6.619, de 1978)

Art. 36. Da renda bruta proveniente da arrecadação das taxas e multas referidas nas alíneas

" a " e " b " do artigo anterior, o Conselho Regional recolherá um décimo ao Conselho Federal, de

acordo com o artigo 28.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 162: Manual de-instrucoes-da-nr-12

162

Parágrafo único. Os Conselhos Regionais destinarão anualmente a renda líquida provinda da

arrecadação das multas a medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico e cultural do

engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo.

Art. 36. Cada Conselho Regional recolherá ao Conselho Federal a parcela de 15% (quinze

por cento) da renda bruta proveniente da arrecadação das taxas e multas referidas nas alíneas "a"

e "b" do artigo anterior. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 620, de 1969)

Art. 36. Da renda bruta proveniente da arrecadação das taxas e multas referidas nas alíneas

" a " e " b " do artigo anterior, o Conselho Regional recolherá um décimo ao Conselho Federal, de

acordo com o artigo 28. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969).

Art. 36 - Os Conselhos Regionais recolherão ao Conselho Federal, até o dia trinta do mês

subsequente ao da arrecadação, a quota de participação estabelecida no item I do art. 28.

(Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Parágrafo único - Os Conselhos Regionais poderão destinar parte de sua renda líquida,

proveniente da arrecadação das multas, a medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico e

cultura do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo. (Incluído pela Lei nº 6.619, de

1978).

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 163: Manual de-instrucoes-da-nr-12

163

SEÇÃO II

Da composição e organização

Art. 37. Os Conselhos Regionais serão constituídos de brasileiros diplomados em curso

superior, legalmente habilitados de acordo com a presente lei, obedecida a seguinte composição:

a) um presidente, eleito por maioria absoluta pelos membros do Conselho, com mandato

de 3 (três) anos;

b) um representante de cada escola ou faculdade de engenharia, arquitetura e

agronomia com sede na Região;

c) representantes diretos das entidades de classe de engenheiro, arquiteto e

engenheiro-agrônomo, registradas na Região de conformidade com o artigo 62.

Parágrafo único. Cada membro do Conselho terá um suplente.

Art. 38. Os representantes das escolas e faculdades e seus respectivos suplentes serão

indicados por suas congregações.

Art. 39. Os representantes das entidades de classe e respectivos suplentes serão eleitos por

aquelas entidades na forma de seus Estatutos.

Art. 40. O número de conselheiros representativos das entidades de classe será fixado nos

respectivos Conselhos Regionais, assegurados o mínimo de um representante por entidade de

classe e a proporcionalidade entre os representantes das diferentes categorias profissionais.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 164: Manual de-instrucoes-da-nr-12

164

Art. 41. A proporcionalidade dos representantes de cada categoria profissional será

estabelecida em face dos números totais dos registros no Conselho Regional, de engenheiros das

modalidades genéricas previstas na alínea " a " do artigo 29, de arquitetos e de engenheiros-

agrônomos, que houver em cada região, cabendo a cada entidade de classe registrada no

Conselho Regional um número de representantes proporcional à quantidade de seus associados,

assegurando o mínimo de um representante por entidade.

Parágrafo único. A proporcionalidade de que trata este artigo será submetida à prévia

aprovação do Conselho Federal.

Art. 42. Os Conselhos Regionais funcionarão em pleno e, para os assuntos específicos,

organizados em Câmaras Especializadas correspondentes às seguintes categorias profissionais:

engenharia nas modalidades correspondentes às formações técnicas referidas na alínea a do Ed.

extra 29, arquitetura e agronomia.

Art. 43. O mandato dos conselheiros regionais será de 3 (três) anos e se renovará,

anualmente pelo terço de seus membros.

Art. 44. Cada Conselho Regional terá inspetorias, para fins de fiscalização, nas cidades ou

zonas onde se fizerem necessárias.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 165: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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CAPÍTULO IV

Das Câmaras Especializadas

SEÇÃO I

Da Instituição das Câmaras e suas atribuições

Art. 45. As Câmaras Especializadas são os órgãos dos Conselhos Regionais encarregados

de julgar e decidir sôbre os assuntos de fiscalização pertinentes às respectivas especializações

profissionais e infrações do Código de Ética.

Art. 46. São atribuições das Câmaras Especializadas:

a) julgar os casos de infração da presente lei, no âmbito de sua competência profissional

específica;

b) julgar as infrações do Código de Ética;

c) aplicar as penalidades e multas previstas;

d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de

direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região;

e) elaborar as normas para a fiscalização das respectivas especializações profissionais;

f) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações

profissionais, encaminhando-os ao Conselho Regional.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 166: Manual de-instrucoes-da-nr-12

166

SEÇÃO II

Da Composição e organização

Art. 47. As Câmaras Especializadas serão constituídas pelos conselheiros regionais.

Parágrafo único. Em cada Câmara Especializada haverá um membro, eleito pelo Conselho

Regional, representando as demais categorias profissionais.

Art. 48. Será constituída Câmara Especializada desde que entre os conselheiros regionais

haja um mínimo de 3 (três) do mesmo profissional.

CAPÍTULO V

Generalidades

Art. 49. Aos Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais, compete, além da direção do

respectivo Conselho, sua representação em juízo.

Art. 50. O conselheiro federal ou regional que durante 1 (um) ano faltar, sem licença prévia, a

6 (seis) sessões, consecutivas ou não, perderá automaticamente o mandato passando este a ser

exercido, em caráter efetivo, pelo respectivo suplente.

Art. 51. O mandato dos Presidentes e dos conselheiros será honorífico.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

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167

Art. 52. O exercício da função de membro dos Conselhos por espaço de tempo não inferior a

dois terços do respectivo mandato será considerado serviço relevante prestado à Nação.

§ 1º O Conselho Federal concederá aos que se acharem nas condições desse artigo o

certificado de serviço relevante, independentemente de requerimento do interessado, dentro de 12

(doze) meses contados a partir da comunicação dos Conselhos.

§ 2º VETADO

§ 2º Será considerado como serviço público efetivo, para efeito de aposentadoria e

disponibilidade, o tempo de serviço como Presidente ou Conselheiro, vedada, porém, a contagem

comutativa com tempo exercido em cargo público. (mantido pelo CN)

Ed. extra 53. Os representantes dos Conselhos Federal e Regionais reunir-se-ão pelo

menos uma vez por ano para, conjuntamente, estudar e estabelecer providências que assegurem

ou aperfeiçoem a aplicação da presente lei, devendo o Conselho Federal remeter aos Conselhos

Regionais, com a devida antecedência, o temário respectivo.

Art. 54. Aos Conselhos Regionais é cometido o encargo de dirimir qualquer dúvida ou

omissão sobre a aplicação desta lei, com recurso " ex ofício ", de efeito suspensivo, para o

Conselho Federal, ao qual compete decidir, em última instância, em caráter geral. (Revogado pelo

Decreto Lei nº 620, de 1969)

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

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168

Art. 54. Aos Conselhos Regionais é cometido o encargo de dirimir qualquer dúvida ou

omissão sobre a aplicação desta lei, com recurso " ex ofício ", de efeito suspensivo, para o

Conselho Federal, ao qual compete decidir, em última instância, em caráter geral. (Revigorado

pelo Decreto-Lei nº 711, de 1969).

TÍTULO III

Do registro e fiscalização profissional

CAPÍTULO I

Do registro dos profissionais

Art. 55. Os profissionais habilitados na forma estabelecida nesta lei só poderão exercer a

profissão após o registro no Conselho Regional, sob cuja jurisdição se achar o local de sua

atividade.

Art. 56. Aos profissionais registrados de acordo com esta lei será fornecida carteira

profissional, conforme modelo, adotado pelo Conselho Federal, contendo o número do registro, a

natureza do título, especializações e todos os elementos necessários à sua identificação.

§ 1º A expedição da carteira a que se refere o presente artigo fica sujeita à taxa que for

arbitrada pelo Conselho Federal.

§ 2º A carteira profissional, para os efeitos desta lei, substituirá o diploma, valerá como

documento de identidade e terá fé pública.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 169: Manual de-instrucoes-da-nr-12

169

§ 3º Para emissão da carteira profissional os Conselhos Regionais deverão exigir do

interessado a prova de habilitação profissional

e de identidade, bem como outros elementos julgados convenientes, de acordo com instruções

baixadas pelo Conselho Federal.

Art. 57. Os diplomados por escolas ou faculdades de engenharia, arquitetura ou agronomia,

oficiais ou reconhecidas, cujos diplomas não tenham sido registrados, mas estejam em

processamento na repartição federal competente, poderão exercer as respectivas profissões

mediante registro provisório no Conselho Regional.

Art. 58. Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho Regional,

exercer atividade em outra Região, ficará obrigado a visar, nela, o seu registro

CAPÍTULO II

Do registro de firmas e entidades

Art. 59. As firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral,

que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma estabelecida nesta lei,

só poderão iniciar suas atividades depois de promoverem o competente registro nos Conselhos

Regionais, bem como o dos profissionais do seu quadro técnico.

§ 1º O registro de firmas, sociedades, associações, companhias, cooperativas e

empresas em geral só será concedido se sua denominação for realmente condizente com sua

finalidade e qualificação de seus componentes.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

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§ 2º As entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista que tenham

atividade na engenharia, na arquitetura ou na agronomia, ou se utilizem dos trabalhos de

profissionais dessas categorias, são obrigadas, sem quaisquer ônus, a fornecer aos Conselhos

Regionais todos os elementos necessários à verificação e fiscalização da presente lei.

§ 3º O Conselho Federal estabelecerá, em resoluções, os requisitos que as firmas ou

demais organizações previstas neste artigo deverão preencher para o seu registro.

Art. 60. Toda e qualquer firma ou organização que, embora não enquadrada no artigo

anterior tenha alguma seção ligada ao exercício profissional da engenharia, arquitetura e

agronomia, na forma estabelecida nesta lei, é obrigada a requerer o seu registro e a anotação dos

profissionais, legalmente habilitados, delas encarregados.

Art. 61. Quando os serviços forem executados em lugares distantes da sede da entidade,

deverá esta manter, junto a cada um dos serviços, um profissional devidamente habilitado naquela

jurisdição.

Art. 62. Os membros dos Conselhos Regionais só poderão ser eleitos pelas entidades de

classe que estiverem previamente registradas no Conselho em cuja jurisdição tenham sede.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

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171

§ 1º Para obterem registro, as entidades referidas neste artigo deverão estar legalizadas, ter

objetivo definido permanente, contar no mínimo trinta associados engenheiros, arquitetos ou

engenheiros-agrônomos e satisfazer as exigências que forem estabelecidas pelo Conselho

Regional.

§ 2º Quando a entidade reunir associados engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos,

em conjunto, o limite mínimo referido no parágrafo anterior deverá ser de sessenta.

CAPÍTULO III

Das anuidades, emolumentos e taxas

Art. 63. Os profissionais e pessoas jurídicas registrados de conformidade com o que

preceitua a presente lei são obrigados ao pagamento de uma anuidade ao Conselho Regional, a

cuja jurisdição pertencerem.

§ 1º A anuidade a que se refere este artigo será paga até 31 de março de cada ano.

§ 2º O pagamento da anuidade fora desse prazo terá o acréscimo de 10% (dez por

cento), a título de mora.

§ 3º O pagamento da anuidade inicial será feito por ocasião do registro.

§ 1º - A anuidade a que se refere este artigo será devida a partir de 1º de janeiro de cada

ano. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

§ 2º - O pagamento da anuidade após 31 de março terá o acréscimo de vinte por cento,

a título de mora, quando efetuado no mesmo exercício. (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

§ 3º - A anuidade paga após o exercício respectivo terá o seu valor atualizado para o

vigente à época do pagamento, acrescido de vinte por cento, a título de mora. (Redação dada pela

Lei nº 6.619, de 1978)

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 172: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Art. 64. Será automaticamente cancelado o registro do profissional ou da pessoa jurídica que

deixar de efetuar o pagamento da anuidade, a que estiver sujeito, durante 2 (dois) anos

consecutivos sem prejuízo da obrigatoriedade do pagamento da dívida.

Parágrafo único. O profissional ou pessoa jurídica que tiver seu registro cancelado nos termos

deste artigo, se desenvolver qualquer atividade regulada nesta lei, estará exercendo ilegalmente a

profissão, podendo reabilitar-se mediante novo registro, satisfeitas, além das anuidades em débito,

as multas que lhe tenham sido impostas e os demais emolumentos e taxas regulamentares.

Art. 65. Toda vez que o profissional diplomado apresentar a um Conselho Regional sua

carteira para o competente "visto" e registro, deverá fazer, prova de ter pago a sua anuidade na

Região de origem ou naquela onde passar a residir.

Art. 66. O pagamento da anuidade devida por profissional ou pessoa jurídica somente será

aceito após verificada a ausência, de quaisquer débitos concernentes a multas, emolumentos,

taxas ou anuidades de exercícios anteriores.

Art. 67. Embora legalmente registrado, só será considerado no legítimo exercício da

profissão e atividades de que trata a presente lei o profissional ou pessoa jurídica que esteja em

dia com o pagamento da respectiva anuidade.

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PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 173: Manual de-instrucoes-da-nr-12

173

Art. 68. As autoridades administrativas e judiciárias, as repartições estatais, paraestatais,

autárquicas ou de economia mista não receberão estudos, projetos, laudos, perícias, arbitramentos

e quaisquer outros trabalhos, sem que os autores, profissionais ou pessoas jurídicas; façam prova

de estar em dia com o pagamento da respectiva anuidade.

Art. 69. Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ou serviços

técnicos e para concursos de projetos, profissionais e pessoas jurídicas que apresentarem

prova de quitação de débito ou visto do Conselho Regional da jurisdição onde a obra, o serviço

técnico ou projeto deva ser executado.

Art. 70. O Conselho Federal baixará resoluções estabelecendo o Regimento de Custas e,

periodicamente, quando julgar oportuno, promoverá sua revisão.

TÍTULO IV

Das penalidades

Art. 71. As penalidades aplicáveis por infração da presente lei são as seguintes, de acordo

com a gravidade da falta:

a) advertência reservada;

b) censura pública;

c) multa;

d) suspensão temporária do exercício profissional;

e) cancelamento definitivo do registro.

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PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 174: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Parágrafo único. As penalidades para cada grupo profissional serão impostas pelas

respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas, pelos Conselhos Regionais.

Art. 72. As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos

profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a gravidade

da falta e os casos de reincidência, a critério das respectivas Câmaras Especializas.

Art. 73. As multas são estabelecidas em função do maior salário-mínimo vigente no País e

terão os seguintes valores, desprezadas as frações de mil cruzeiros:

a) multas de um a três décimos do salário-mínimo, aos infratores dos artigos 17 e 58 e

das disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade;

b) multas de três a seis décimos do salário-mínimo às pessoas físicas, por infração da

alínea " b " do artigo 6º, dos artigos 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do artigo 64;

c) multas de meio a um salário-mínimo às pessoas jurídicas, por infração dos artigos 13,

14, 59/60 e parágrafo único do artigo 64;

d) multa de meio a um salário-mínimo às pessoa físicas por infração das alíneas " a ", " c

" e " d " do artigo 6º;

e) multas de meio a três salários-mínimos às pessoas jurídicas, por infração do artigo 6º.

Art. 73 - As multas são estipuladas em função do maior valor de referência fixado pelo Poder

Executivo e terão os seguintes valores, desprezadas as frações de um cruzeiro: (Redação dada

pela Lei nº 6.619, de 1978)

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 175: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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a) de um a três décimos do valor de referência, aos infratores dos arts. 17 e 58 e das

disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade; (Redação dada pela Lei nº

6.619, de 1978) (Vide Lei nº 6.496, de 1977)

b) de três a seis décimos do valor de referência, às pessoas físicas, por infração da

alínea b do art. 6º, dos arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do art. 64; (Redação dada pela Lei

nº 6.619, de 1978)

c) de meio a um valor de referência, às pessoas jurídicas, por infração dos arts. 13, 14,

59 e 60, e parágrafo único do art. 64; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

d) de meio a um valor de referência, às pessoas físicas, por infração das alíneas a, c e d

do art. 6º; (Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

e) de meio a três valores de referência, às pessoas jurídicas, por infração do art. 6º.

(Redação dada pela Lei nº 6.619, de 1978)

Parágrafo único. As multas referidas neste artigo serão aplicadas em dobro nos casos de

reincidência.

Art. 74. Nos casos de nova reincidência das infrações previstas no artigo anterior, alíneas

"c", "d" e " e" , será imposta, a critério das Câmaras Especializadas, suspensão temporária do

exercício profissional, por prazos variáveis de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e, pelos Conselhos

Regionais em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Art. 75. O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e escândalos

praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime considerado infamante.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 176: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Art. 76. As pessoas não habilitadas que exercerem as profissões reguladas nesta lei,

independentemente da multa estabelecida, estão sujeitas às penalidades previstas na Lei de

Contravenções Penais.

Art. 77. São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a

presente lei, os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia nas respectivas Regiões.

Art. 78. Das penalidades impostas pelas Câmaras especializadas, poderá o interessado,

dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da notificação, interpor recurso que terá

efeito suspensivo, para o Conselho Regional e, no mesmo prazo, deste para o Conselho Federal.

§ 1º Não se efetuando o pagamento das multas, amigavelmente, estas serão cobradas

por via executiva.

§ 2º Os autos de infração, depois de julgados definitivamente contra o infrator,

constituem títulos de dívida líquida e certa.

Art. 79. O profissional punido por falta de registro não poderá obter a carteira profissional,

sem antes efetuar o pagamento das multas em que houver incorrido.

TÍTULO V

Das disposições gerais

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177

Art. 80. Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,

autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituem serviço público federal,

gozando os seus bens, rendas e serviços de imunidade tributária total (Ed. extra 31, inciso V,

alínea a da Constituição Federal) e franquia postal e telegráfica.

Art. 80. O Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura e Agronomia constitui serviço

público federal descentralizado sob forma autárquica, gozando os seus bens, rendas e serviços,

bem como os dos CREAs, que lhe são subordinados, de imunidade tributária (art. 20, inciso III,

alínea "a" e seu § 1º, da Constituição do Brasil). (Redação dada pelo Decreto Lei nº 620, de 1969)

Art. 80. Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,

autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituem serviço público federal,

gozando os seus bens, rendas e serviços de imunidade tributária total (Ed. extra 31, inciso V,

alínea a da Constituição Federal) e franquia postal e telegráfica. (Revigorado pelo Decreto-Lei nº

711, de 1969).

Art. 81. Nenhum profissional poderá exercer funções eletivas em Conselhos por mais de dois

períodos sucessivos.

Art. 82. VETADO

Art.82. As remunerações iniciais dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos,

qualquer que seja a fonte pagadora, não poderão ser inferiores a 6 (seis) vezes o salário-mínimo

da respectiva região. (mantido pelo CN)

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 178: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Art. 83. Os trabalhos profissionais relativos a projetos não poderão ser sujeitos a

concorrência de preço, devendo, quando fôr o caso, ser objeto de concurso. (Revogado pela Lei nº

8.666,de 21.6.93)

Art. 84. O graduado por estabelecimento de ensino agrícola, ou industrial de grau médio,

oficial ou reconhecido, cujo diploma ou certificado esteja registrado nas repartições competentes,

só poderá exercer suas funções ou atividades após registro nos Conselhos Regionais.

Parágrafo único. As atribuições do graduado referido neste artigo serão regulamentadas pelo

Conselho Federal, tendo em vista seus currículos e graus de escolaridade.

Art. 85. As entidades que contratarem profissionais nos termos da alínea " c " do artigo 2º são

obrigadas a manter, junto a eles, um assistente brasileiro do ramo profissional respectivo.

TÍTULO VI

Das disposições transitórias

Art. 86. São assegurados aos atuais profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia e

aos que se encontrem matriculados nas escolas respectivas, na data da publicação desta lei, os

direitos até então usufruídos e que venham de qualquer forma a ser atingidos por suas

disposições.

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 179: Manual de-instrucoes-da-nr-12

179

Parágrafo único. Fica estabelecidos o prazo de 12 (doze) meses, a contar da publicação

desta lei, para os interessados promoverem a devida anotação nos registros dos Conselhos

Regionais.

Art. 87. Os membros atuais dos Conselhos Federal e Regionais completarão os mandatos

para os quais foram eleitos.

Parágrafo único. Os atuais presidentes dos Conselhos Federal e Regionais completarão seus

mandatos, ficando o presidente do primeiro desses Conselhos com o caráter de membro do

mesmo.

Art. 88. O Conselho Federal baixará resoluções, dentro de 60 (sessenta) dias a partir da data

da presente lei, destinadas a completar a composição dos Conselhos Federal e Regionais.

Art. 89. Na constituição do primeiro Conselho Federal após a publicação desta lei serão

escolhidos por meio de sorteio as Regiões e os grupos profissionais que as representarão.

Art. 90. Os Conselhos Federal e Regionais, completados na forma desta lei, terão o prazo de

180 (cento e oitenta) dias, após a posse, para elaborar seus regimentos internos, vigorando, até a

expiração deste prazo, os regulamentos e resoluções vigentes no que não colidam com os

dispositivos da presente lei.

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 92. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 24 de dezembro de 1966; 145º da Independência e 78º da República.

H. CASTELLO BRANCO

L. G. do Nascimento e Silva

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 27.12.1946 e retificado no DOU de 4.1.1967

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 180: Manual de-instrucoes-da-nr-12

180

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 92. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 24 de dezembro de 1966; 145º da Independência e 78º da República.

H. CASTELLO BRANCO

L. G. do Nascimento e Silva

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 27.12.1946 e retificado no DOU de 4.1.1967

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 181: Manual de-instrucoes-da-nr-12

181

Partes mantidas pelo Congresso Nacional, após veto

presidencial, do projeto que se transformou na Lei nº

5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exercício

das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-

Agrônomo e dá outras providências.

LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:

Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL manteve e eu promulgo, nos termos da parte final do § 3º do artigo 62,

da Constituição Federal os seguintes dispositivos da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966:

"Art. 52 ......................................................... .........................................

§ 2º Será considerado como serviço público efetivo, para efeito de aposentadoria e disponibilidade, o tempo de serviço

como Presidente ou Conselheiro, vedada, porém, a contagem comutativa com tempo exercido em cargo público.

Art. 82. As remunerações iniciais dos engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, qualquer que seja a fonte

pagadora, não poderão ser inferiores a 6 (seis) vezes o salário-mínimo da respectiva região.

Brasília, 20 de abril de 1967; 146º da Independência e 79º da República.

A. COSTA E SILVA

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 24.4.1967

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966,

PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO

Page 182: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO B

Page 183: Manual de-instrucoes-da-nr-12

183

Discrimina atividades das diferentes

modalidades profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA, usando das

atribuições que lhe conferem as letras "d" e "f", parágrafo único do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24

DEZ 1966,

CONSIDERANDO que o Art. 7º da Lei nº 5.194/66 refere-se às atividades profissionais do

engenheiro, do arquiteto e do engenheiro agrônomo, em termos genéricos;

CONSIDERANDO a necessidade de discriminar atividades das diferentes modalidades

profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, para fins

da fiscalização de seu exercício profissional, e atendendo ao disposto na alínea "b“ do artigo 6º e

parágrafo único do artigo 84 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,

Rio de Janeiro, 29 de Junho de 1973.

Prof. FAUSTO AITA GAI Eng.º. CLÓVIS GONÇALVES DOS SANTOS

Presidente 1º Secretário

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 184: Manual de-instrucoes-da-nr-12

184

RESOLVE:

Art. 1º Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente às diferentes

modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível superior e em nível médio, ficam

designadas as seguintes atividades:

Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica;

Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação;

Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica;

Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria;

Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico;

Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;

Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica;

Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica;

extensão;

Atividade 09 - Elaboração de orçamento;

Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade;

Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico;

Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico;

Atividade 13 - Produção técnica e especializada;

Atividade 14 - Condução de trabalho técnico;

Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou

manutenção;

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 185: Manual de-instrucoes-da-nr-12

185

Atividade 16 - Execução de instalação, montagem e reparo;

Atividade 17 - Operação e manutenção de equipamento e instalação;

Atividade 18 - Execução de desenho técnico.

Art. 2º Compete ao ARQUITETO OU ENGENHEIRO ARQUITETO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

edificações, conjuntos arquitetônicos e monumentos, arquitetura paisagística e de interiores;

planejamento físico, local, urbano e regional; seus serviços afins e correlatos.

Art. 3º Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

aeronaves, seus sistemas e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações

industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; infraestrutura aeronáutica; operação, tráfego e

serviços de comunicação de transporte aéreo; seus serviços afins e correlatos;

Art. 4º Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR:

I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,

referente a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; locação

de:

a) loteamentos;

b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem;

c) traçados de cidades;

d) estradas; seus serviços afins e correlatos.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 186: Manual de-instrucoes-da-nr-12

186

II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a

arruamentos, estradas e obras hidráulicas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 5º Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares; irrigação e

drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos

naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesa sanitária; química agrícola; alimentos;

tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos, laticínios, vinhos e destilados); beneficiamento

e conservação dos produtos animais e vegetais; zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes

e corretivos; processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; parques

e jardins; mecanização na agricultura; implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia;

bromatologia e rações; economia rural e crédito rural; seus serviços afins e correlatos.

Art. 6º Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou ao ENGENHEIRO DE GEODÉSIA E

TOPOGRAFIA ou ao ENGENHEIRO GEÓGRAFO:

I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,

referentes a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos;

elaboração

de cartas geográficas; seus serviços afins e correlatos.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 187: Manual de-instrucoes-da-nr-12

187

Art. 7º Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e

CONSTRUÇÃO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de

abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e

irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 8º Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA,

MODALIDADE ELETROTÉCNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à

geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e

máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos.

Art. 9º Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA,

MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e

telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e

correlatos.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 188: Manual de-instrucoes-da-nr-12

188

Art. 10 Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e

inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia,

defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia;

processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na

floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e

correlatos.

Art. 11 Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GEÓLOGO:

I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº 4.076, de 23 JUN 1962.

Art. 12 Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE

AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE

AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos

mecânicos e eletromecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de

utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.

Art. 13 Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL E

DE METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE METALURGIA:

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 189: Manual de-instrucoes-da-nr-12

189

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

processos metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria metalúrgica,

beneficiamento de minérios; produtos metalúrgicos; seus serviços afins e correlatos.

Art. 14 Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à

prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea; beneficiamento

de minérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 15 Compete ao ENGENHEIRO NAVAL:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

embarcações e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações industriais e

mecânicas relacionadas à modalidade; diques e porta-batéis; operação, tráfego e serviços de

comunicação de transporte hidroviário; seus serviços afins e correlatos.

Art. 16 Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes a

dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas petrolíferas, transporte e industrialização do

petróleo; seus serviços afins e correlatos.

Art. 17 Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL

MODALIDADE QUÍMICA:

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 190: Manual de-instrucoes-da-nr-12

190

I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à

indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e

instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais; seus serviços afins e

correlatos.

Art. 18 Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água, esgoto e

resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus serviços afins e

correlatos.

Art. 19 Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE ALIMENTOS:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à

indústria de alimentos; acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e abastecimento

de produtos alimentares; seus serviços afins e correlatos.

Art. 20 Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à

indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços afins e correlatos.

Art. 21 Compete ao URBANISTA:

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 191: Manual de-instrucoes-da-nr-12

191

I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução,

referentes a desenvolvimento urbano e regional, paisagismo e trânsito; seus serviços afins e

correlatos.

Art. 22 Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO:

I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao

âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que

enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 23 Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO:

I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao

âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que

enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 24 Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO:

I - o desempenho das atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao

âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta Resolução, desde que

enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 192: Manual de-instrucoes-da-nr-12

192

Art. 25 Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe

competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas, as

disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam acrescidas

em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.

Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades constantes desta

Resolução.

Art. 26 Ao já diplomado aplicar-se-á um dos seguintes critérios:

I - àquele que estiver registrado, é reconhecida a competência concedida em seu

registro, salvo se as resultantes desta Resolução forem mais amplas, obedecido neste caso, o

disposto no artigo 25 desta Resolução.

II - àquele que ainda não estiver registrado, é reconhecida a competência resultante dos

critérios em vigor antes da vigência desta Resolução, com a ressalva do inciso I deste artigo.

Parágrafo único - Ao aluno matriculado até à data da presente Resolução, aplicar-se-á,

quando diplomado, o critério do item II deste artigo.

Art. 27 A presente Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 28 Revogam-se as Resoluções de nº 4, 26, 30, 43, 49, 51, 53, 55, 56, 57, 58, 59, 67, 68,

71, 72, 74, 76, 78, 79, 80, 81, 82, 89, 95, 96, 108, 111, 113, 120, 121, 124, 130, 132, 135, 139, 145,

147, 157, 178, 184, 185, 186, 197, 199, 208 e 212 e as demais disposições em contrário.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 -

Atividades dos profissionais da Engenharia,

Arquitetura e Agronomia.

Page 193: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO C

Page 194: Manual de-instrucoes-da-nr-12

194

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

Vide Lei nº 6.994, de 1982

Decreto nº 88.147, de 1983

Vide Lei nº 12.378, de 2010

Institui a " Anotação de Responsabilidade Técnica " na prestação de serviços de

engenharia, de arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho

Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de uma Mútua de

Assistência Profissional; e dá outras providências.

LEI No 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977.

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta

e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de

quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia

fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).

Art. 2º A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo

empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.

§ 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho

Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).

Page 195: Manual de-instrucoes-da-nr-12

195

§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART ad referendum do

Ministro do Trabalho

Art 3º A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea " a "

do art. 73 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e demais cominações legais.

Art 4º O CONFEA fica autorizado a criar, nas condições estabelecidas nesta Lei, uma

Mútua de Assistência dos Profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, sob sua

fiscalização, registrados nos CREAs.

§ 1º - A Mútua, vinculada diretamente ao CONFEA, terá personalidade jurídica e

patrimônio próprios, sede em Brasília e representações junto aos CREAs.

§ 2º - O Regimento da Mútua será submetido à aprovação do Ministro do Trabalho, pelo

CONFEA.

Art 5º A Mútua será administrada por uma Diretoria Executiva, composta de 5 (cinco)

membros, sendo 3 (três) indicados pelo CONFEA e 2 (dois) pelos CREAs, na forma a ser

fixada no Regimento.

Art 6º O Regimento determinará as modalidades da indicação e as funções de cada

membro da Diretoria Executiva, bem como o modo de substituição, em seus impedimentos e

faltas, cabendo ao CONFEA a indicação do Diretor-Presidente e, aos outros Diretores a

escolha, entre si, dos ocupantes das demais funções.

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 196: Manual de-instrucoes-da-nr-12

196

Art 7º Os mandatos da Diretoria Executiva terão duração de 3 (três) anos, sendo gratuito

o exercício das funções correspondentes.

Art 8º Os membros da Diretoria Executiva somente poderão ser destituídos por decisão

do CONFEA, tomada em reunião secreta, especialmente convocada para esse fim, e por

maioria de 2/3 (dois terços) dos membros do Plenário.

Art 9º Os membros da Diretoria tomarão posse perante o CONFEA.

Art 10 O patrimônio da Mútua será aplicado em títulos dos Governos Federal e Estaduais

ou por eles garantidos, Carteiras de Poupança, garantidas pelo Banco Nacional da Habitação

(BNH), Obrigações do Tesouro Nacional, imóveis e outras aplicações facultadas por lei, para

órgãos da mesma natureza.

Parágrafo único - Para aquisição e alienação de imóveis, haverá prévia autorização do

Ministro do Trabalho.

Art 11 Constituirão rendas da Mútua:

I - 1/5 (um quinto) da taxa de ART;

Il - uma contribuição dos associados, cobrada anual ou parceladamente e recolhida,

simultaneamente, com a devida aos CREAS;

III - doações, legados e quaisquer valores adventícios, bem como outras fontes de renda

eventualmente instituídas em lei;

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 197: Manual de-instrucoes-da-nr-12

197

IV - outros rendimentos patrimoniais.

§ 1º - A inscrição do profissional na Mútua dar-se-á com o pagamento da primeira

contribuição, quando será preenchida pelo profissional sua ficha de Cadastro Geral, e

atualizada nos pagamentos subseqüentes, nos moldes a serem estabelecidos por Resolução

do CONFEA.

§ 2º - A inscrição na Mútua é pessoal e independente de inscrição profissional e os

benefícios só poderão ser pagos após decorrido 1 (um) ano do pagamento da primeira

contribuição.

Art 12 A Mútua, na forma do Regimento, e de acordo com suas disponibilidades,

assegurará os seguintes benefícios e prestações:

I - auxílios pecuniários, temporários e reembolsáveis, aos associados comprovadamente

necessitados, por falta eventual de trabalho ou invalidez ocasional;

II - pecúlio aos cônjuges supérstites e filhos menores dos associados;

III - bolsas de estudo aos filhos de associados carentes de recursos ou a candidatos a

escolas de Engenharia, de Arquitetura ou de Agronomia, nas mesmas condições de carência;

IV - assistência médica, hospitalar e dentária, aos associados e seus dependentes, sem

caráter obrigatório, desde que reembolsável, ainda que parcialmente;

V - facilidades na aquisição, por parte dos inscritos, de equipamentos e livros úteis ou

necessários ao desempenho de suas atividades profissionais;

VI - auxílio funeral.

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 198: Manual de-instrucoes-da-nr-12

198

§ 1º - A Mútua poderá financiar, exclusivamente para seus associados, planos de férias

no país e/ou de seguros de vida, acidentes ou outros, mediante contratação.

§ 2º - Visando à satisfação do mercado de trabalho e à racionalização dos benefícios

contidos no item I deste artigo, a Mútua poderá manter serviços de colocação de mão-de-obra

de profissionais, seus associados.

§ 3º - O valor pecuniário das prestações assistenciais variará até o limite máximo

constante da tabela a ser aprovada pelo CONFEA, nunca superior à do Instituto Nacional de

Previdência Social (INPS).

§ 4º - O auxílio mensal será concedido, em dinheiro, por períodos não superiores a 12

(doze) meses, desde que comprovada a evidente necessidade para a sobrevivência do

associado ou de sua família.

§ 5º - As bolsas serão sempre reembolsáveis ao fim do curso, com juros e correção

monetária, fixados pelo CONFEA.

§ 6º - A ajuda farmacêutica, sempre reembolsável, ainda que parcialmente, poderá ser

concedida, em caráter excepcional, desde que comprovada a impossibilidade momentânea de

o associado arcar com o ônus decorrente.

§ 7º - Os benefícios serão concedidos proporcionalmente às necessidades do assistido e,

os pecúlios, em razão das contribuições do associado.

§ 8º - A Mútua poderá estabelecer convênios com entidades previdenciárias,

assistenciais, de seguros e outros facultados por lei, para atendimento do disposto neste

artigo.

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 199: Manual de-instrucoes-da-nr-12

199

Art 13 Ao CONFEA incumbirá, na forma do Regimento:

I - a supervisão do funcionamento da Mútua;

II - a fiscalização e aprovação do Balanço, Balancete, Orçamento e da prestação de

contas da Diretoria Executiva da Mútua;

Ill - a elaboração e aprovação do Regimento da Mútua;

IV - a indicação de 3 (três) membros da Diretoria Executiva;

V - a fixação da remuneração do pessoal empregado peIa Mútua;

VI - a indicação do Diretor-Presidente da Mútua;

VII - a fixação, no Regimento, da contribuição prevista no item II do art. 11;

VIII - a solução dos casos omissos ou das divergências na aplicação desta Lei.

Art. 14 Aos CREAs, e na forma do que for estabelecido no Regimento, incumbirá:

I - recolher à Tesouraria da Mútua, mensalmente, a arrecadação da taxa e contribuição

previstas nos itens I e II do art. 11 da presente Lei;

Il - indicar os dois membros da Diretoria Executiva, na forma a ser fixada pelo Regimento.

Art. 15 Qualquer irregularidade na arrecadação, na concessão de benefícios ou no

funcionamento da Mútua, ensejará a intervenção do CONFEA, para restabelecer a

normalidade, ou do Ministro do Trabalho, quando se fizer necessária.

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 200: Manual de-instrucoes-da-nr-12

200

Art. 16 No caso de dissolução da Mútua, seus bens, valores e obrigações serão

assimilados pelo CONFEA, ressalvados os direitos dos associados.

Parágrafo único - O CONFEA e os CREAs responderão, solidariamente,

pelo déficit ou dívida da Mútua, na hipótese de sua insolvência.

Art 17 De qualquer ato da Diretoria Executiva da Mútua caberá recurso, com efeito

suspensivo, ao CONFEA.

Art 18 De toda e qualquer decisão do CONFEA referente à organização, administração e

fiscalização da Mútua caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Ministro do Trabalho.

Art 19 Os empregados do CONFEA, dos CREAs e da própria Mútua poderão nela se

inscrever, mediante condições estabelecidas no Regimento, para obtenção dos benefícios

previstos nesta Lei.

Art 20 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições

em contrário.

Brasília, em 7 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.

ERNESTO GEISEL

Arnaldo Prieto Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.12.1977

LEI Nº 6.496/77 QUE INSTITUIU A ART -

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Page 201: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO D

Page 202: Manual de-instrucoes-da-nr-12

202

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu

sanciono a seguinte Lei:

Art . 1º - O Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo

Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:

CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

SEÇÃO I

Disposições Gerais

Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho,

relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências.

Page 203: Manual de-instrucoes-da-nr-12

203

Art .154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não

desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria,

sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios

em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de

convenções coletivas de trabalho.

Art .155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e

medicina do trabalho:

I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos

preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;

II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais

atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território

nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;

III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das

decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e

medicina do trabalho.

Art .156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua

jurisdição:

I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do

trabalho;

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 204: Manual de-instrucoes-da-nr-12

204

II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste

Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam

necessárias;

III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes

deste Capítulo, nos termos do art. 201.

Art . 157 - Cabe às empresas:

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a

tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional

competente;

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art .158 - Cabe aos empregados:

I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções

de que trata o item II do artigo anterior;

Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo

anterior;

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 205: Manual de-instrucoes-da-nr-12

205

b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Art .159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a

outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orientação às

empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.

SEÇÃO II

Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição,

Art .160 - Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e

aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de

segurança e medicina do trabalho.

§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas

instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,

prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.

§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do

Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 206: Manual de-instrucoes-da-nr-12

206

Art .161 - O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço competente

que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento,

setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na decisão, tomada

com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para

prevenção de infortúnios de trabalho.

§ 1º - As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às

medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.

§ 2º - A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da

Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade

sindical.

§ 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados

recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria

de segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.

§ 4º - Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem,

após determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do

estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o

prosseguimento de obra, se, em conseqüência, resultarem danos a terceiros.

§ 5º - O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo

técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição. § 6º - Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou

embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 207: Manual de-instrucoes-da-nr-12

207

SEÇÃO III

Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas

Art .162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do

Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina

do trabalho.

Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do

risco de suas atividades;

b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa,

segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;

c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de

trabalho;

d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em

segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.

Art .163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

(CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos

estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 208: Manual de-instrucoes-da-nr-12

208

Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o

funcionamento das CIPA (s).

Art .164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados, de

acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o

parágrafo único do artigo anterior.

§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles

designados.

§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em

escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente

os empregados interessados.

§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano,

permitida uma reeleição.

§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,

durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da

CIPA.

§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o

Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art .165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer

despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar,

técnico, econômico ou financeiro.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 209: Manual de-instrucoes-da-nr-12

209

Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à

Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste

artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

SEÇÃO IV

Do Equipamento de Proteção Individual

Art . 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de

proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,

sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de

acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art . 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a

indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

SEÇÃO V

Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

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Art . 168 - Será obrigatório o exame médico do empregado, por conta do empregador.

§ 1º - Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá

investigação clínica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.

§ 2º - Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros exames

complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou

aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer.

§ 3º - O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades e

operações insalubres e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será repetida a cada

dois anos. § 4º - O mesmo exame médico de que trata o § 1º será obrigatório por ocasião da

cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo Ministério do

Trabalho, desde que o último exame tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.

§ 5º - Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à

prestação de primeiros socorros médicos.

Art .169 - Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em

virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de

conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.

SEÇÃO VI

Das Edificações

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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Page 211: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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Art .170 - As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita

segurança aos que nelas trabalhem.

Art .171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito, assim

considerada a altura livre do piso ao teto.

Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as condições de

iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho, sujeitando-se tal

redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e medicina do trabalho.

Art .172 - 0s pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem depressões

que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.

Art .173 - As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a queda

de pessoas ou de objetos.

Art .174 - As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas

e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e de

higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se em perfeito estado

de conservação e limpeza.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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Page 212: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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SEÇÃO VII

Da Iluminação

Art .175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou

artificial, apropriada à natureza da atividade.

§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de

evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

§ 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a

serem observados.

SEÇÃO VIII

Do Conforto Térmico

Art .176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço

realizado.

Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não preencha as

condições de conforto térmico.

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Page 213: Manual de-instrucoes-da-nr-12

213

Art . 177 - Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de

instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para

o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e

recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações

térmicas.

Art . 178 - As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas

dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

SEÇÃO IX

Das Instalações Elétricas

Art .179 - O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as medidas

especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas, em qualquer das fases de

produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.

Art .180 - Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar

instalações elétricas.

Art .181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas devem

estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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SEÇÃO X

Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Art .182 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:

I - as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de

trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a

que estão sujeitas a operação e a manutenção desses equipamentos, inclusive exigências de

pessoal habilitado;

II - as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais,

inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais de

armazenagem e os equipamentos de proteção individual;

III - a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos

de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa

ou nociva à saúde das substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das

recomendações de primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo

padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias armazenados ou

transportados.

Parágrafo único - As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se, também, no

que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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Art.183 - As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar

familiarizados com os métodos raciocinais de levantamento de cargas.

SEÇÃO XI

Das Máquinas e Equipamentos

Art.184 - As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de partida e

parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do trabalho,

especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.

Parágrafo único - É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso de

máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art .185 - Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as máquinas

paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.

Art .186 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e medidas

de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à proteção

das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos de

grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção

exigidas quando motorizadas ou elétricas.

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SEÇÃO XII

Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão

Art .187 - As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão

deverão dispor de válvula e outros dispositivos de segurança, que evitem seja ultrapassada a

pressão interna de trabalho compatível com a sua resistência.

Parágrafo único - O Ministério do Trabalho expedirá normas complementares quanto à

segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, especialmente quanto ao

revestimento interno, à localização, à ventilação dos locais e outros meios de eliminação de

gases ou vapores prejudiciais à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários à

execução segura das tarefas de cada empregado.

Art .188 - As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de segurança, por

engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério do Trabalho, de conformidade

com as instruções que, para esse fim, forem expedidas.

§ 1º - Toda caldeira será acompanhada de "Prontuário", com documentação original

do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos, detalhes, provas e

testes realizados durante a fabricação e a montagem, características funcionais e a pressão

máxima de trabalho permitida (PMTP), esta última indicada, em local visível, na própria

caldeira.

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217

§ 2º - O proprietário da caldeira deverá organizar, manter atualizado e apresentar,

quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual serão

anotadas, sistematicamente, as indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos e

quaisquer outras ocorrências. § 3º - Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão

deverão ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de

segurança do trabalho.

SEÇÃO XIII

Das Atividades Insalubres ou Perigosas

Art .189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua

natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à

saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do

agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Art .190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres

e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de

tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do

empregado a esses agentes.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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Page 218: Manual de-instrucoes-da-nr-12

218

Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do

organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes,

alérgicos ou incômodos.

Art .191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos

limites de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que

diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade,

notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma

deste artigo.

Art .192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância

estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional

respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do

salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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219

Art .193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação

aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,

impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco

acentuado. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um

adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe

seja devido.

Art .194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará

com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das

normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Art .195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as

normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho

ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais

interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em

estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as

atividades insalubres ou perigosas.

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220

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja

por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma

deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do

Trabalho. § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do

Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.

Art .196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou

periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos

quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11.

Art .197 - Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos locais

de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição,

recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a

padronização internacional.

Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste artigo

afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou cartazes, com advertência quanto aos

materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.

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SEÇÃO XIV

Da Prevenção da Fadiga

Art .198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode

remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor

e da mulher.

Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material

feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros

aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos,

que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.

Art .199 - Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao

trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da

tarefa exija que trabalhe sentado.

Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão à sua

disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

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222

SEÇÃO XV

Das Outras Medidas Especiais de Proteção

Art .200 - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às

normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou

setor de trabalho, especialmente sobre:

I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual

em obras de construção, demolição ou reparos;

II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos,

bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;

III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto

à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de

poeiras, gases, etc. e facilidades de rápida saída dos empregados;

IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com

exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra-fogo,

diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de

acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;

V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a

céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento profilaxia de endemias;

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Page 223: Manual de-instrucoes-da-nr-12

223

VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações

ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao

ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou atenuação

desses efeitos limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de

seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade

controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam

necessárias;

VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações

sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais,

refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável,

condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos

industriais;

VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de

perigo.

Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que se

referem este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito adotadas pelo

órgão técnico.

LEI Nº 6.514/77 - RELATIVO A SEGURANÇA E

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224

SEÇÃO XVI

Das Penalidades

Art . 201 - As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão

punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de referência previsto no artigo 2º,

parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do

trabalho com multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o mesmo valor.

Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego

de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor

máximo."

Art . 2º - A retroação dos efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de

insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo 196 da Consolidação das Leis do

Trabalho, com a nova redação dada por esta Lei, terá como limite a data da vigência desta

Lei, enquanto não decorridos 2 (dois) anos da sua vigência.

Art . 3º - As disposições contidas nesta Lei aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores

avulsos, as entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos

das respectivas categorias profissionais.

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§ 1º - Ao Delegado de Trabalho Marítimo ou ao Delegado Regional do Trabalho,

conforme o caso, caberá promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e

medicina do trabalho em relação ao trabalhador avulso, adotando as medidas necessárias

inclusive as previstas na Seção II, do Capítulo V, do Título II da Consolidação das Leis do

Trabalho, com a redação que lhe for conferida pela presente Lei.

§ 2º - Os exames de que tratam os §§ 1º e 3º do art. 168 da Consolidação das Leis

do Trabalho, com a redação desta Lei, ficarão a cargo do Instituto Nacional de Assistência

Médica da Previdência Social - INAMPS, ou dos serviços médicos das entidades sindicais

correspondentes.

Art. 4º - O Ministro do Trabalho relacionará o artigos do Capítulo V do Título II da

Consolidação das Leis do Trabalho, cuja aplicação será fiscalizada exclusivamente por

engenheiros de segurança e médicos do trabalho.

Art . 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogados os artigos

202 a 223 da Consolidação das

Leis do Trabalho; a Lei nº 2.573, de 15 de agosto de 1955; o Decreto-lei nº 389, de 26 de

dezembro de 1968 e demais disposições em contrário.

Brasília, em 22 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º República.

ERNESTOGEISEL

Arnaldo Prieto Este texto não substitui o publicado no DOU de 2312.1977.

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PROVIDÊNCIAS.

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ANEXO E

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227

PORTARIA SIT Nº 3214 DE 8 DE JUNHO DE

1978, APROVA AS NORMAS

REGULAMENTADORAS – NR

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

PORTARIA N.º 3.214, 08 DE JUNHO DE 1978 (DOU de 06/07/78 - Suplemento)

“Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V,

Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a

Segurança e Medicina do Trabalho”

O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto

no art. 200, da consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de

22 de dezembro de 1977, resolve:

Art. 1º Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação

das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR - 1 - Disposições Gerais

NR - 2 - Inspeção Prévia

NR - 3 - Embargo e Interdição

NR - 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT

Page 228: Manual de-instrucoes-da-nr-12

228

NR - 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR - 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI

NR - 7 - Exames Médicos

NR - 8 - Edificações

NR - 9 - Riscos Ambientais

NR - 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade

NR - 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

NR - 12 - Máquinas e Equipamentos

NR - 13 - Vasos Sob Pressão

NR - 14 - Fornos

NR - 15 - Atividades e Operações Insalubre

NR - 16 - Atividades e Operações Perigosas

NR - 17 - Ergonomia

NR - 18 - Obras de Construção, Demolição, e Reparos

NR - 19 - Explosivos

NR - 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis

NR - 21 - Trabalhos a Céu Aberto

NR - 22- Trabalhos Subterrâneos

NR - 23 - Proteção Contra Incêndios

NR - 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho

NR - 25 - Resíduos Industriais

NR - 26 - Sinalização de Segurança

PORTARIA SIT Nº 3214 DE 8 DE JUNHO DE

1978, APROVA AS NORMAS

REGULAMENTADORAS – NR

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229

NR - 27 - Registro de Profissionais

NR - 28 - Fiscalização e Penalidades

Art. 2º As alterações posteriores, decorrentes da experiência e necessidade, serão baixadas

pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.

Art. 3º Ficam revogadas as Portarias MTIC 31, de 6-4-54; 34, de 8-4-54; 30, de 7-2-58; 73, de

2-5-59; 1, de 5-1-60; 49, de 8-4-60; Portarias MTPS 46, de 19-2-62; 133, de 30-4-62; 1.032,

de 11-11-64; 607, de 20-10-65; 491, de 10-9-65; 608, de 20-10-65; Portarias MTb 3.442, 23-

12-74; 3.460, 31-12-75; 3.456, de 3-8-77; Portarias DNSHT 16, de 21-6-66; 6, de 26-1-67; 26,

de 26-9-67; 8, de 7-5-68; 9, de 9-5-68; 20, de 6-5-70; 13, de 26-6-72; 15, de 18-8-72; 18, de 2-

7-74; Portaria SRT 7, de 18-3-76, e demais disposições em contrário.

Art. 4º As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão decididos pela Secretaria de

Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

ARNALDO PRIETO

PORTARIA SIT Nº 3214 DE 8 DE JUNHO DE

1978, APROVA AS NORMAS

REGULAMENTADORAS – NR

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ANEXO F

Page 231: Manual de-instrucoes-da-nr-12

231

Proteção das Máquinas

CONVENÇÃO N. 119

I Aprovada na 47ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra — 1963),

entrou em vigor no plano internacional em 21.4.65.

II Dados referentes ao Brasil:

a) aprovação = Decreto Legislativo n. 232, de 16.12.91, do Congresso Nacional;

b) ratificação = 16 de abril de 1992;

c) promulgação = Decreto n. 1.255, de 24 de setembro de 1994;

d) vigência nacional = 16 de abril de 1993.

“A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração da Repartição Internacional do

Trabalho e

tendo-se aí reunido a 5 de junho de 1963, em sua quadragésima sétima sessão;

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 232: Manual de-instrucoes-da-nr-12

232

Após haver decidido adotar diversas proposições relativas à proibição de venda, locação e

utilização das máquinas desprovidas de dispositivos de proteção apropriados, questão que

constitui o quarto ponto da ordem do dia da sessão;

Após haver decidido que essas proposições tomariam a forma de uma convenção

internacional,

Adota, neste vigésimo quinto dia do mês de junho de mil novecentos e sessenta e três, a

seguinte convenção que será denominada ‘Convenção sobre a Proteção das Máquinas,

1963’:

PARTE I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. I — 1. Todas as máquinas, novas ou de segunda mão, movidas por forças não-humanas

serão consideradas máquinas para os fins de aplicação da presente convenção.

2. A autoridade competente em cada país determinará se e em que medida as máquinas,

novas ou de segunda mão, movidas pela força humana apresentam perigos para a

integridade física dos trabalhadores e devem ser consideradas máquinas para fins de

aplicação da presente convenção. Estas decisões deverão ser tomadas após consulta às

organizações mais representativas de empregadores e de trabalhadores interessados. A

iniciativa da consulta poderá ser tomada por qualquer dessas organizações.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

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233

3. As disposições da presente convenção:

a) só se aplicarão aos veículos rodoviários ou ferroviários em movimento na medida em que

estiver em causa a segurança dos operadores;

b) só se aplicarão às máquinas agrícolas móveis na medida em que estiver em causa a

segurança dos trabalhadores cujo emprego esteja em conexão com essas máquinas.

PARTE II VENDA, LOCAÇÃO, CESSÃO A QUALQUER OUTRO TÍTULO E EXPOSIÇÃO.

Art. II — 1. A venda e a locação de máquinas, cujos elementos perigosos, especificados nos

parágrafos 3 e 4 do presente artigo, estiverem desprovidos de dispositivos de proteção

apropriados, deverão ser proibidas pela legislação nacional e ou impedidas por outras

medidas igualmente eficazes.

2. A cessão a qualquer outro título e a exposição de máquinas cujos elementos perigosos,

especificados nos parágrafos 3 e 4 do presente artigo, estiverem desprovidos de dispositivos

de proteção apropriados, deverão, na medida determinada pela autoridade competente, ser

proibidas pela legislação ou impedidas por outras medidas igualmente eficazes. Entretanto a

retirada provisória, durante a exposição de uma máquina, de dispositivos de proteção, para

fins de demonstração, não será considerada como uma infração à presente disposição, com a

condição de que as precauções apropriadas sejam tomadas para proteger as pessoas contra

qualquer risco.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 234: Manual de-instrucoes-da-nr-12

234

3. Todos os parafusos de meia rosca, parafusos de fixação, e chaves, assim como outras

peças que formem saliências nas partes móveis das máquinas que forem suscetíveis

igualmente de apresentarem perigo para as pessoas que entrarem em contato com as

mesmas, quando estiverem em movimento, deverão ser desenhados, embutidos ou

protegidos a fim de prevenir esses perigos.

4. Todos os volantes, engrenagens, cones ou cilindros de fricção, excêntricos, polias, correias,

correntes, pinhões, roscas sem fim, bielas e corrediças, assim como os trastes (inclusive as

extremidades) e outras peças de transmissão que forem suscetíveis igualmente de apresentar

perigo para as pessoas que entrarem em contato com esses elementos, quando estes

estiverem em movimento, deverão ser desenhados ou protegidos a fim de prevenir estes

perigos. Os controles das máquinas deverão ser desenhados ou protegidos, a fim de prevenir

qualquer perigo.

Art. III — 1. As disposições do artigo 2 não se aplicarão às máquinas ou a suas partes

perigosas especificadas naquele artigo que:

a) oferecem, em virtude da sua construção, segurança idêntica à que apresentariam

dispositivos de proteção apropriados;

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CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 235: Manual de-instrucoes-da-nr-12

235

b) são destinados a ser instalados ou colocados de maneira que, em virtude de sua instalação

ou colocação, ofereçam segurança idêntica à que apresentariam dispositivos de proteção

apropriados.

2. A proibição de venda, locação, transferência a qualquer outro título ou exibição de

maquinaria prevista nos parágrafos 1 e 2 do artigo 2 não se aplica a máquinas que, pelo

simples motivo de que sejam desenhadas de tal maneira que os requisitos dos parágrafos 3 e

4 daquele artigo não estejam plenamente preenchidos durante as operações de manutenção,

de lubrificação, de mudança de peças e regulagem, se tais operações puderem ser realizadas

de conformidade com as normas de segurança usuais.

3. As disposições do artigo 2 não prejudicarão a venda ou a cessão, a qualquer outro título,

das máquinas para armazenagem, destruição ou recondicionamento. Entretanto, tal

maquinaria não será vendida, alugada, ou transferida a qualquer outro título ou exibida após

ser armazenada ou recondicionada, a não ser que esteja protegida de conformidade com as

referidas disposições.

Art. IV — A obrigação de aplicar as disposições do artigo 2 deverá recair sobre o vendedor, o

locador, a pessoa que cede a máquina a qualquer outro título ou o expositor, assim como, nos

casos apropriados, de conformidade com a legislação nacional, sobre os respectivos

mandatários. O fabricante que vende, aluga, cede a qualquer outro título ou expõe as

máquinas, terá a mesma obrigação.

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CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 236: Manual de-instrucoes-da-nr-12

236

Art. V — 1. Todo membro poderá prever uma derrogação temporária às disposições do artigo

2.

2. As condições e a duração desta derrogação temporária, que não pode ultrapassar três anos

a partir da entrada em vigor da presente convenção para o membro interessado, deverão ser

determinadas pela legislação nacional ou por outras medidas igualmente eficazes.

3. Para fins de aplicação do presente artigo, a autoridade competente deverá consultar as

organizações mais representativas de empregadores e trabalhadores, interessados assim

como, se for o caso, as organizações dos fabricantes.

Art. VI — 1. A utilização das máquinas, das quais qualquer dos elementos perigosos, inclusive

as partes móveis (zona de operação), está sem os dispositivos de proteção apropriados,

deverá ser proibida pela legislação nacional ou impedida por outras medidas igualmente

eficazes. Entretanto, quando esta interdição não puder ser plenamente respeitada sem

impedir a utilização da máquina, ela deve, não obstante, aplicar-se na medida em que esta

utilização o permitir.

2. As máquinas deverão ser protegidas de maneira que a regulamentação e as normas

nacionais de segurança e de higiene de trabalho sejam respeitadas.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 237: Manual de-instrucoes-da-nr-12

237

Art. VII — A obrigação de aplicar as disposições do artigo 6 deverão recair sobre o

empregador.

Art. VIII — 1. As disposições do artigo 6 não se aplicam às máquinas ou aos elementos das

máquinas, que, em virtude de sua construção, de sua instalação ou de sua colocação,

ofereçam segurança idêntica à que apresentariam dispositivos de proteção apropriados.

2. As disposições do artigo 6 e do artigo 11 não prejudicarão as operações de manutenção, de

lubrificação, de mudanças das partes móveis ou de regulagem das máquinas ou elementos de

máquinas, efetuadas de conformidade com as normas usuais de segurança.

Art. IX — 1. Todo membro poderá prever uma derrogação temporária às disposições do artigo

6.

2. As condições e a duração desta derrogação temporária, que não poderá ultrapassar três

anos a partir da entrada em vigor da presente convenção, para o membro interessado,

deverão ser determinados pela legislação nacional ou por outras medidas igualmente

eficazes.

3. Para os fins de aplicação do presente artigo, a autoridade competente deverá consultar as

organizações mais representativas de empregadores e de trabalhadores interessados.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 238: Manual de-instrucoes-da-nr-12

238

Art. X — 1. O empregador deverá tomar as medidas para pôr os trabalhadores ao corrente da

legislação nacional relativa à proteção das máquinas e deverá informá-los, de maneira

apropriada, dos perigos provenientes da utilização das máquinas, assim como das

precauções a serem tomadas.

2. O empregador deve estabelecer e manter os ambientes em condições tais que os

trabalhadores que lidem com as máquinas de que trata a presente convenção não corram

perigo algum.

Art. XI — 1. Nenhum trabalhador deverá utilizar uma máquina sem que os dispositivos de

proteção de que é provida estejam montados. Não poderá ser solicitado a qualquer

trabalhador que utilize uma máquina sem que os dispositivos de proteção de que é provida

estejam montados.

2. Nenhum trabalhador deverá tornar inoperantes os dispositivos de proteção de que seja

provida a máquina que utilizar. Os dispositivos de proteção de que seja provida uma máquina

destinada a ser utilizada por um trabalhador não devem ser tornados inoperantes.

Art. XII — A ratificação da presente convenção não prejudicará os direitos dos trabalhadores

provenientes das legislações nacionais de previdência social ou de seguro social.

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Page 239: Manual de-instrucoes-da-nr-12

239

Art. XIII — A disposição da presente parte da convenção que se relaciona com as obrigações

dos empregadores e dos trabalhadores aplicar-se-á, se a autoridade competente assim o

decidir, e na medida por ela fixada, aos trabalhadores independentes.

Art. XIV — Para os fins de aplicação da presente parte desta convenção, o termo

‘empregador’ designa igualmente, quando for o caso, o mandatario do empregador no sentido

que lhe dê a legislação nacional.

PARTE IV MEDIDAS DE APLICAÇÃO

Art. XV — 1. Todas as medidas necessárias, inclusive medidas que prevejam sanções

apropriadas, deverão ser tomadas para assegurar a aplicação efetiva das disposições da

presente convenção.

2. Todo membro que ratificar a presente convenção compromete-se a encarregar os serviços

de inspeção apropriados do controle da aplicação de suas disposições ou de verificar que seja

assegurada uma inspeção adequada.

Art. XVI — Qualquer legislação nacional que efetivar as disposições da presente convenção

deverá ser elaborada pela autoridade competente após consulta às organizações mais

representativas de empregados e empregadores interessados, assim como, ocorrendo o

caso, às organizações de fabricantes.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

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PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 240: Manual de-instrucoes-da-nr-12

240

PARTE V CAMPO DE APLICAÇÃO

Art. XVII — 1. As disposições da presente convenção aplicar-se-ão a todos os setores da

atividade econômica, a menos que o membro que ratificar a convenção não restrinja a

aplicação por uma declaração anexa à sua ratificação.

2. No caso de uma declaração que restrinja assim a aplicação das disposições da presente

convenção:

a) as disposições da convenção devem aplicar-se, ao menos, às empresas ou aos setores de

atividade econômica que a autoridade competente, após consulta aos serviços de inspeção

do trabalho e às organizações mais representativas de empregadores e empregados

interessados, considere como grandes utilizadores de máquinas; a iniciativa de consulta

poderá ser tomada por qualquer das referidas organizações;

b) O membro deverá indicar, nos relatórios a serem submetidos por força do artigo 22 da

Constituição da Organização Internacional do Trabalho, quais foram os progressos realizados

com vistas à maior aplicação das disposições da convenção.

3. Todo membro que fizer uma declaração de conformidade com o parágrafo 1 acima, poderá,

a qualquer momento, anulá-la, total ou parcialmente, por uma declaração posterior.

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Page 241: Manual de-instrucoes-da-nr-12

241

PARTE VI DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. XVIII — As ratificações formais da presente convenção serão comunicadas ao Diretor-

Geral da Repartição Internacional do Trabalho e por ele registradas.

Art. XIX — 1. A presente convenção não obrigará senão aos Membros da Organização

Internacional do Trabalho cuja ratificação tenha sido registrada pelo Diretor-Geral.

2. Ele entrará em vigor doze meses depois que as ratificações de dois Membros tiverem sido

registradas pelo Diretor-Geral.

3. Em seguida, esta convenção entrará em vigor para cada Membro doze meses depois da

data em que sua ratificação tiver sido registrada.

Art. XX — 1. Todo Membro que tiver ratificado a presente convenção poderá denunciá-la no

fim de um período de dez anos depois da data da entrada em vigor inicial da convenção, por

ato comunicado ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho e por ele registrado.

A denúncia não terá efeito senão um ano depois de ter sido registrada.

BRASIL TORNA-SE SIGNATÁRIO DA

CONVENÇÃO Nº 119 DA OIT- SOBRE

PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 242: Manual de-instrucoes-da-nr-12

242

2. Todo Membro que, tendo ratificado a presente convenção, dentro do prazo de um ano

depois da expiração do período de dez anos mencionado no parágrafo precedente, não fizer

uso da faculdade de denúncia prevista no presente artigo, será obrigado por novo período de

dez anos e, depois disso, poderá denunciar a presente convenção no fim de cada período de

dez anos, nas condições previstas no presente artigo.

Art. XXI — 1. O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho notificará a todos os

Membros da Organização Internacional do Trabalho o registro de todas as ratificações que lhe

forem comunicadas pelos Membros da Organização.

2. Notificando aos Membros da Organização o registro da segunda ratificação que lhe for

comunicada, o Diretor-Geral chamará a atenção dos Membros da Organização para a data

em que a presente Convenção entrar em vigor.

Art. XXII — O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho enviará ao Secretário-

Geral das Nações Unidas, para fim de registro, conforme o art. 102 da Carta das Nações

Unidas, informações completas a respeito de todas as ratificações, declarações e atos de

denúncia que houver registrado conforme os artigos precedentes.

Art. XXIII — Cada vez que julgar necessário, o Conselho de Administração da Repartição

Internacional do Trabalho apresentará à Conferência Geral um relatório sobre a aplicação da

presente Convenção e examinará se é necessário inscrever na ordem do dia da Conferência

a questão de sua revisão total ou parcial.

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PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 243: Manual de-instrucoes-da-nr-12

243

Art. XXIV — 1. No caso de a Conferência adotar nova convenção de revisão total ou parcial

da presente convenção, e a menos que a nova convenção disponha diferentemente:

a) a ratificação, por um Membro, da nova convenção de revisão acarretará, de pleno direito,

não obstante o art. 17 acima, denúncia imediata da presente convenção quando a nova

convenção de revisão tiver entrado em vigor;

b) a partir da data da entrada em vigor da nova convenção de revisão, a presente convenção

cessará de estar aberta à ratificação dos Membros.

2. A presente convenção ficará, em qualquer caso, em vigor, na forma e no conteúdo, para os

Membros que a tiverem ratificado e que não tiverem ratificado a convenção de revisão.

Art. XXV — As versões em francês e em inglês do texto da presente convenção fazem

igualmente fé."

Texto extraído do livro “Convençoes da OIT” de Arnaldo Süssekind, 2ª edição, 1998. 338p.

Gentilmente cedido pela Ed. LTR.

Segurança e Saúde no Trabalho

http://www.oitbrasil.org.br/node/477

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PROTEÇÃO DE MÁQUINAS

Page 244: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO G

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2013 – CONFEA / CREA

Page 245: Manual de-instrucoes-da-nr-12

245

RESOLUÇÃO Nº 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009.

Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade

Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá

outras providências.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA –

Confea, no uso das atribuições que lhe confere a alínea "f" do art. 27 da Lei nº 5.194,

de 24 de dezembro de 1966, e

- Considerando os arts. 8º, 12, 19, 20, 21, 59 e 67 da Lei nº 5.194, de 1966,

que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-

Agrônomo, e dá outras providências;

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 246: Manual de-instrucoes-da-nr-12

246

- Considerando os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de

1977, que institui a Anotação de Responsabilidade Técnica na execução de obras e na

prestação de serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

- Considerando os arts. 30 e 72 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que

regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para

licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências;

- Considerando o art. 11, § 1º, do Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de

2004, que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá

prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de

2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da

acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá

outras providências;

- Considerando a Lei nº 5.700, de 1º de janeiro de 1971, que dispõe sobre a

forma de registro e a apresentação dos símbolos nacionais e dá outras providências;

- Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre

a proteção do consumidor e dá outras providências;

- Considerando a Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre

a arbitragem;

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 247: Manual de-instrucoes-da-nr-12

247

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

- Considerando o Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009, que dispõe

sobre a simplificação do atendimento público prestado ao cidadão, ratifica a dispensa

do reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a “Carta de

Serviços ao Cidadão” e dá outras providências,

RESOLVE:

Art. 1º Fixar os procedimentos necessários ao registro, baixa, cancelamento

e anulação da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, ao registro do atestado

emitido por pessoa física e jurídica contratante e à emissão da Certidão de Acervo

Técnico – CAT, bem como aprovar os modelos de ART e de CAT, o Requerimento de

ART e Acervo Técnico e os dados mínimos para registro do atestado que constituem

os Anexos I, II, III e IV desta resolução, respectivamente.

CAPÍTULO I

DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 2º A ART é o instrumento que define, para os efeitos legais, os

responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços relativos às

profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

Page 248: Manual de-instrucoes-da-nr-12

248

Art. 3º Todo contrato escrito ou verbal para execução de obras ou prestação

de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea fica sujeito ao

registro da ART no Crea em cuja circunscrição for exercida a respectiva atividade.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao

vínculo de profissional, tanto a pessoa jurídica de direito público quanto de direito

privado, para o desempenho de cargo ou função técnica que envolva atividades para

as quais sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas profissões

abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.

Seção I

Do Registro da ART

Art. 4º O registro da ART efetiva-se após o seu cadastro no sistema eletrônico

do Crea e o recolhimento do valor correspondente. § 1º O início da atividade profissional sem o recolhimento do valor da ART

ensejará as sanções legais cabíveis. § 2º Após o recolhimento do valor correspondente, os dados da ART serão

automaticamente anotados no Sistema de Informações Confea/Crea – SIC.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 249: Manual de-instrucoes-da-nr-12

249

§ 3º O SIC mencionado no parágrafo anterior é o banco de dados que

consolida as informações de interesse nacional registradas no Sistema Confea/Crea.

Art. 5º O cadastro da ART será efetivado pelo profissional de acordo com o

disposto nesta resolução, mediante preenchimento de formulário eletrônico, conforme o

Anexo I, e senha pessoal e intransferível fornecida após assinatura de termo de

responsabilidade.

Art. 6º A guarda da via assinada da ART será de responsabilidade do

profissional e do contratante, com o objetivo de documentar o vínculo contratual.

Art. 7º O responsável técnico deverá manter uma via da ART no local da obra

ou serviço.

Art. 8º É vedado ao profissional com o registro cancelado, suspenso ou

interrompido registrar ART.

Art. 9º Quanto à tipificação, a ART pode ser classificada em:

I – ART de obra ou serviço, relativa à execução de obras ou prestação de

serviços inerentes às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

II – ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que

especifica vários contratos referentes à execução de obras ou à prestação de serviços

em determinado período;

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 250: Manual de-instrucoes-da-nr-12

250

III – ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para

desempenho de cargo ou função técnica.

Art. 10. Quanto à forma de registro, a ART pode ser classificada em:

I – ART complementar, anotação de responsabilidade técnica do mesmo

profissional que, vinculada a uma ART inicial, complementa os dados anotados nos

seguintes

casos:

a) for realizada alteração contratual que ampliar o objeto, o valor do contrato

ou a atividade técnica contratada, ou prorrogar o prazo de execução; ou

b) houver a necessidade de detalhar as atividades técnicas, desde que não

impliquem a modificação da caracterização do objeto ou da atividade técnica

contratada.

II – ART de substituição, anotação de responsabilidade técnica do mesmo

profissional que, vinculada a uma ART inicial, substitui os dados anotados nos casos

em que:

a) houver a necessidade de corrigir dados que impliquem a modificação da

caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada; ou

b) houver a necessidade de corrigir erro de preenchimento de ART.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 251: Manual de-instrucoes-da-nr-12

251

Art. 11. Quanto à participação técnica, a ART de obra ou serviço pode ser

classificada da seguinte forma:

I – ART individual, que indica que a atividade, objeto do contrato, é

desenvolvida por um único profissional;

II – ART de coautoria, que indica que uma atividade técnica caracterizada

como intelectual, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um

profissional de mesma competência;

III – ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica

caracterizada como executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto

por mais de um profissional de mesma competência;

IV – ART de equipe, que indica que diversas atividades complementares,

objetos de contrato único, são desenvolvidas em conjunto por mais de um profissional

com competências diferenciadas.

Art. 12. Para efeito desta resolução, todas as ARTs referentes a determinado

empreendimento, registradas pelos profissionais em função de execução de outras

atividades técnicas citadas no contrato inicial, aditivo contratual, substituição de

responsável técnico ou contratação ou subcontratação de outros serviços, devem ser

vinculadas à ART inicialmente registrada, com o objetivo de identificar a rede de

responsabilidades técnicas da obra ou serviço.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 252: Manual de-instrucoes-da-nr-12

252

Seção II

Da Baixa da ART

Art. 13. Para os efeitos legais, somente será considerada concluída a

participação do profissional em determinada atividade técnica a partir da data da baixa

da ART correspondente.

Parágrafo único. A baixa da ART não exime o profissional ou a pessoa jurídica

contratada das responsabilidades administrativa, civil ou penal, conforme o caso.

Art. 14. O término da atividade técnica desenvolvida obriga à baixa da ART de

execução de obra, prestação de serviço ou desempenho de cargo ou função.

Art. 15. Para efeito desta resolução, a ART deve ser baixada em função de

algum dos seguintes motivos:

I – conclusão da obra ou serviço, quando do término das atividades técnicas

descritas na ART;

II – interrupção da obra ou serviço, quando da não conclusão das atividades

técnicas descritas na ART, de acordo com os seguintes casos:

a) rescisão contratual;

b) substituição do responsável técnico; ou

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 253: Manual de-instrucoes-da-nr-12

253

c) paralisação da obra e serviço.

Art. 16. A baixa da ART deve ser requerida ao Crea pelo profissional por meio

eletrônico e instruída com o motivo, as atividades concluídas e, nos casos de baixa em

que seja caracterizada a não conclusão das atividades técnicas, a fase em que a obra

ou serviço se encontrar.

Art. 17. A baixa de ART pode ser requerida ao Crea pelo contratante ou pela

pessoa jurídica contratada por meio de formulário próprio, conforme o Anexo III, desde

que instruída com informações suficientes que comprovem a inércia do profissional em

requerê-la.

§ 1º No caso previsto no caput deste artigo, o Crea notificará o profissional

para manifestar-se sobre o requerimento de baixa no prazo de dez dias corridos.

§ 2º O Crea analisará o requerimento de baixa após a manifestação do

profissional ou esgotado o prazo previsto para sua manifestação.

Art. 18. O Crea manifestar-se-á sobre o requerimento de baixa de ART por

não conclusão das atividades técnicas após efetuar análise do pedido e eventual

verificação das informações apresentadas.

§ 1º O requerimento será deferido somente se for verificada sua

compatibilidade com o disposto nesta resolução.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 254: Manual de-instrucoes-da-nr-12

254

§ 2º Compete ao Crea, quando necessário, solicitar documentos, efetuar

diligências ou adotar outras providências necessárias ao caso para averiguar as

informações apresentadas.

§ 3º Em caso de dúvida, o processo será encaminhado à câmara

especializada competente para apreciação.

Art. 19. Deverá ser objeto de baixa automática pelo Crea:

I – a ART que indicar profissional que tenha falecido ou que teve o seu

registro cancelado ou suspenso após a anotação da responsabilidade técnica; e

II – a ART que indicar profissional que deixou de constar do quadro técnico da

pessoa jurídica contratada.

Parágrafo único. A baixa da ART por falecimento do profissional será

processada administrativamente pelo Crea mediante apresentação de cópia de

documento hábil ou de informações acerca do óbito.

Art. 20. Após a baixa da ART, o motivo, as atividades técnicas concluídas e a

data da solicitação serão automaticamente anotados no SIC.

§ 1º No caso de rescisão contratual ou falecimento do profissional, deverá ser

anotada no SIC a data do distrato ou do óbito.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 255: Manual de-instrucoes-da-nr-12

255

§ 2º No caso em que seja apresentado documento comprobatório, também

será anotada no SIC a data da conclusão da obra ou serviço.

Seção III

Do Cancelamento da ART

Art. 21. O cancelamento da ART ocorrerá quando:

I – nenhuma das atividades técnicas descritas na ART forem executadas; ou

II – o contrato não for executado.

Art. 22. O cancelamento da ART deve ser requerido ao Crea pelo profissional,

pela pessoa jurídica contratada ou pelo contratante, e ser instruído com o motivo da

solicitação.

Art. 23. A câmara especializada competente decidirá acerca do processo

administrativo de cancelamento da ART.

§ 1º Compete ao Crea averiguar as informações apresentadas e adotar as

providências necessárias ao caso.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 256: Manual de-instrucoes-da-nr-12

256

§ 2º No caso em que a atividade técnica descrita na ART caracterizar assunto

de interesse comum a duas ou mais especializações profissionais, o processo será

apreciado pelas câmaras especializadas competentes e, em caso de divergência,

encaminhado ao Plenário do Crea

para decisão.

§ 3º O Crea deverá comunicar ao profissional, à pessoa jurídica contratada e

ao contratante o cancelamento da ART.

Art. 24. Após o cancelamento da ART, o motivo e a data de cancelamento

serão automaticamente anotados no SIC.

Seção IV

Da Nulidade da ART

Art. 25. A nulidade da ART ocorrerá quando:

I – for verificada lacuna no preenchimento, erro ou inexatidão insanáveis de

qualquer dado da ART;

II – for verificada incompatibilidade entre as atividades desenvolvidas e as

atribuições profissionais do responsável técnico à época do registro da ART;

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257

III – for verificado que o profissional emprestou seu nome a pessoas físicas ou

jurídicas sem sua real participação nas atividades técnicas descritas na ART, após

decisão transitada em julgado;

IV – for caracterizada outra forma de exercício ilegal da profissão;

V – for caracterizada a apropriação de atividade técnica desenvolvida por

outro profissional habilitado; ou

VI – for indeferido o requerimento de regularização da obra ou serviço a ela

relacionado.

Art. 26. A câmara especializada relacionada à atividade desenvolvida decidirá

acerca do processo administrativo de anulação da ART.

§ 1º No caso da constatação de lacuna no preenchimento, erro ou inexatidão

dos dados da ART, preliminarmente o Crea notificará o profissional e a pessoa jurídica

contratada para proceder às correções necessárias no prazo de dez dias corridos,

contados da data do recebimento da

notificação.

§ 2º No caso em que a atividade técnica descrita na ART caracterizar assunto

de interesse comum a duas ou mais especializações profissionais, o processo será

apreciado pelas câmaras especializadas competentes e, em caso de divergência,

encaminhado ao Plenário do Crea para decisão.

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§ 3º O Crea deverá comunicar ao profissional, à pessoa jurídica contratada e

ao contratante os motivos que levaram à anulação da ART.

Art. 27. Após a anulação da ART, o motivo e a data da decisão que a anulou

serão automaticamente anotados no SIC.

Seção V

Da ART de Obra ou Serviço

Art. 28. A ART relativa à execução de obra ou prestação de serviço deve ser

registrada antes do início da respectiva atividade técnica, de acordo com as

informações constantes do contrato firmado entre as partes. § 1º No caso de obras públicas, a ART pode ser registrada em até dez dias

após a liberação da ordem de serviço ou após a assinatura do contrato ou de

documento equivalente, desde que não esteja caracterizado o início da atividade. § 2º É vedado o registro da ART relativa à execução de obra ou à prestação

de serviço concluído, cuja atividade técnica tenha sido iniciada após a data de entrada

em vigor desta resolução. Revogado pela Resolução 1.050, de 13 de dezembro de

2013.

Art. 29. A coautoria ou a corresponsabilidade por atividade técnica, bem como

o trabalho em equipe para execução de obra ou prestação de serviço obriga ao registro

de ART, vinculada à ART primeiramente registrada.

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Art. 30. A subcontratação ou a subempreitada de parte ou da totalidade da

obra ou do serviço obriga ao registro de ART, da seguinte forma:

I – o profissional da pessoa jurídica inicialmente contratada deve registrar ART

de gestão, direção, supervisão ou coordenação do serviço subcontratado, conforme o

caso;

II – o profissional da pessoa jurídica subcontratada deve registrar ART de obra

ou serviço relativa à atividade que lhe foi subcontratada, vinculada à ART de gestão,

supervisão, direção ou coordenação do contratante.

Parágrafo único. No caso em que a ART tenha sido registrada indicando

atividades que posteriormente foram subcontratadas, compete ao profissional substituí-

la para adequação ao disposto no inciso I deste artigo.

Art. 31. A substituição, a qualquer tempo, de um ou mais responsáveis

técnicos pela execução da obra ou prestação do serviço obriga ao registro de nova

ART, vinculada à ART anteriormente registrada.

Art. 32. Compete ao profissional cadastrar a ART de obra ou serviço no

sistema eletrônico e efetuar o recolhimento do valor relativo ao registro no Crea em cuja

circunscrição for exercida a atividade, nos seguintes casos:

I – quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por

pessoa física ou jurídica;

II – quando o profissional for o proprietário do empreendimento ou

empresário.

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Art. 33. Compete ao profissional cadastrar a ART de obra ou serviço no

sistema eletrônico e à pessoa jurídica contratada efetuar o recolhimento do valor

relativo ao registro no Crea em cuja circunscrição for exercida a atividade, quando o

responsável técnico desenvolver atividades técnicas em nome da pessoa jurídica com a

qual mantenha vínculo.

Seção VI

Da ART de Obra ou Serviço de Rotina

Art. 34. Caso não deseje registrar diversas ARTs específicas, é facultado ao

profissional que execute obras ou preste serviços de rotina anotar a responsabilidade

técnica pelas atividades desenvolvidas por meio da ART múltipla.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao

serviço de rotina executado por profissional integrante do quadro técnico de pessoa

jurídica.

Art. 35. Para efeito desta resolução, a atividade técnica relacionada à obra ou

ao serviço de rotina pode ser caracterizada como aquela que é executada em grande

quantidade ou de forma repetitiva e continuada.

Parágrafo único. Poderá ser objeto de ART múltipla contrato cuja prestação

do serviço seja caracterizada como periódica.

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Art. 36. As atividades técnicas relacionadas a obra ou serviço de rotina que

poderão ser registradas via ART múltipla serão objeto de relação unificada. § 1º A câmara especializada manifestar-se-á sempre que surgirem outras

atividades que possam ser registradas por meio de ART múltipla. § 2º Aprovada pela câmara especializada, a proposta será levada ao Plenário

para apreciação. § 3º Após aprovação pelo Plenário do Crea, a proposta será encaminhada ao

Confea para apreciação e atualização da relação correspondente.

Art. 37. A ART múltipla deve relacionar as atividades referentes às obras e

aos serviços de rotina contratados ou desenvolvidos no mês calendário.

Art. 38. A ART múltipla deve ser registrada até o décimo dia útil do mês

subsequente à execução da obra ou prestação do serviço de rotina, no Crea em cuja

circunscrição for exercida a atividade.

Art. 39. É vedado o registro de atividade que tenha sido concluída em data

anterior ou iniciada posteriormente ao período do mês de referência a que corresponde

a ART múltipla.

Art. 40. Compete ao profissional cadastrar a ART múltipla no sistema

eletrônico e efetuar o recolhimento do valor relativo ao registro no Crea em cuja

circunscrição for exercida a atividade, nos seguintes casos:

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I – quando o profissional for contratado como autônomo diretamente por

pessoa física ou jurídica; ou

II – quando o profissional for o proprietário do empreendimento ou

empresário.

Art. 41. Compete ao profissional cadastrar a ART múltipla no sistema

eletrônico e à pessoa jurídica efetuar o recolhimento do valor relativo ao registro no

Crea da circunscrição onde for exercida a atividade, quando o responsável técnico

desenvolver atividades em nome da pessoa jurídica com a qual mantenha vínculo.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao

registro da ART múltipla de execução de obra ou prestação de serviço de rotina

desenvolvido por profissional integrante do quadro técnico de pessoa jurídica de direito

público.

Seção VII

Da ART de Obra ou Serviço que Abrange Circunscrições de Diversos Creas

Art. 42. A ART relativa à execução de obras ou à prestação de serviços que

abranjam circunscrições de diversos Creas deve ser registrada antes do início da

respectiva atividade técnica, de acordo com as informações constantes do contrato

firmado entre as partes, da seguinte forma:.

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I – a ART referente à execução de obras ou à prestação serviços que

abranjam mais de uma unidade da federação pode ser registrada em qualquer dos

Creas onde for realizada a atividade;

II – a ART referente à prestação de serviço cujo objeto encontra-se em outra

unidade da federação pode ser registrada no Crea desta circunscrição ou no Crea onde

for realizada a atividade profissional;

III – a ART referente à execução de obras ou à prestação de serviços

executados remotamente a partir de um centro de operações deve ser registrada no

Crea em cuja circunscrição se localizar o centro de operações.

Seção VIII

Da ART de Cargo ou Função

Art. 43. O vínculo para desempenho de cargo ou função técnica, tanto com

pessoa jurídica de direito público quanto de direito privado, obriga à anotação de

responsabilidade técnica no Crea em cuja circunscrição for exercida a atividade. § 1º A ART relativa ao desempenho de cargo ou função deve ser registrada

após assinatura do contrato ou publicação do ato administrativo de nomeação ou

designação, de acordo com as informações constantes do documento comprobatório

de vínculo do profissional com a pessoa jurídica.

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§ 2º Somente a alteração do cargo, da função ou da circunscrição onde for

exercida a atividade obriga ao registro de nova ART. § 3º É vedado o registro da ART de cargo ou função extinta, cujo vínculo

contratual tenha sido iniciado após a data de entrada em vigor desta resolução.

Art. 44. O registro da ART de cargo ou função de profissional integrante do

quadro técnico da pessoa jurídica não exime o registro de ART de execução de obra ou

prestação de serviço – específica ou múltipla.

Art. 45. O registro da ART de cargo ou função somente será efetivado após a

apresentação no Crea da comprovação do vínculo contratual.

Parágrafo único. Para efeito desta resolução, o vínculo entre o profissional e a

pessoa jurídica pode ser comprovado por meio de contrato de trabalho anotado na

Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, contrato de prestação de serviço,

livro ou ficha de registro de empregado, contrato social, ata de assembléia ou ato

administrativo de nomeação ou designação do qual constem a indicação do cargo ou

função técnica, o início e a descrição das atividades a serem desenvolvidas pelo

profissional.

Art. 46. Compete ao profissional cadastrar a ART de cargo ou função no

sistema eletrônico e à pessoa jurídica efetuar o recolhimento do valor relativo ao

registro no Crea da circunscrição onde for exercida a atividade.

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CAPÍTULO II

DO ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL

Art. 47. O acervo técnico é o conjunto das atividades desenvolvidas ao longo

da vida do profissional compatíveis com suas atribuições e registradas no Crea por

meio de anotações de responsabilidade técnica.

Parágrafo único. Constituirão o acervo técnico do profissional as atividades

finalizadas cujas ARTs correspondentes atendam às seguintes condições:

I – tenham sido baixadas;

II – não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que

comprove a execução de parte das atividades nela consignadas.

Art. 48. A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é

representada pelo conjunto dos acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu

quadro técnico.

Parágrafo único. A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica

varia em função da alteração dos acervos técnicos dos profissionais integrantes de seu

quadro técnico.

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Seção I

Da Emissão de Certidão de Acervo Técnico

Art. 49. A Certidão de Acervo Técnico – CAT é o instrumento que certifica,

para os efeitos legais, que consta dos assentamentos do Crea a anotação da

responsabilidade técnica pelas atividades consignadas no acervo técnico do

profissional.

Art. 50. A CAT deve ser requerida ao Crea pelo profissional por meio de

formulário próprio, conforme o Anexo III, com indicação do período ou especificação do

número das ARTs que constarão da certidão.

Parágrafo único. No caso de o profissional especificar ART de obra ou serviço

em andamento, o requerimento deve ser instruído com atestado que comprove a

efetiva participação do profissional na execução da obra ou prestação do serviço,

caracterizando, explicitamente, o período e as atividades ou as etapas finalizadas.

Art. 51. O Crea manifestar-se-á sobre a emissão da CAT após efetuar a

análise do requerimento e a verificação das informações apresentadas. § 1º O requerimento será deferido somente se for verificada sua

compatibilidade com o disposto nesta resolução. § 2º Compete ao Crea, quando necessário e mediante justificativa, solicitar

outros documentos ou efetuar diligências para averiguar as informações apresentadas.

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Art. 52. A CAT, emitida em nome do profissional conforme o Anexo II, deve

conter as seguintes informações:

I – identificação do responsável técnico;

II – dados das ARTs;

III – observações ou ressalvas, quando for o caso;

IV – local e data de expedição; e

V – autenticação digital.

Parágrafo único. A CAT poderá ser emitida pela Internet desde que atendidas

as exigências de análise de documentação relativa ao caso especifico.

Art. 53. A CAT é válida em todo o território nacional. § 1º A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados técnicos

qualitativos e quantitativos nela contidos, bem como de alteração da situação do

registro da ART. § 2º A validade da CAT deve ser conferida no site do Crea ou do Confea.

Art. 54. É vedada a emissão de CAT ao profissional que possuir débito

relativo a anuidade, multas e preços de serviços junto ao Sistema Confea/Crea,

excetuando-se aqueles cuja exigibilidade encontrar-se suspensa em razão de recurso.

Art. 55. É vedada a emissão de CAT em nome da pessoa jurídica.

Parágrafo único. A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional

da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado

como integrante de seu quadro técnico.

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Art. 56. A CAT deve conter número de controle para consulta acerca da

autenticidade e da validade do documento.

Parágrafo único. Após a emissão da CAT, os dados para sua validação serão

automaticamente transmitidos ao SIC.

Seção II

Do Registro de Atestado

Art. 57. É facultado ao profissional requerer o registro de atestado fornecido

por pessoa física ou jurídica de direito público ou privado contratante com o objetivo de

fazer prova de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em

características, quantidades e prazos.

Parágrafo único. O atestado é a declaração fornecida pela contratante da

obra ou serviço, pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, que atesta a

execução de obra ou a prestação de serviço e identifica seus elementos quantitativos e

qualitativos, o local e o período de execução, os responsáveis técnicos envolvidos e as

atividades técnicas executadas.

Art. 58. As informações acerca da execução da obra ou prestação de serviço,

bem como os dados técnicos qualitativos e quantitativos do atestado devem ser

declarados por profissional que possua habilitação nas profissões abrangidas pelo

Sistema Confea/Crea.

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Parágrafo único. No caso em que a contratante não possua em seu quadro

técnico profissional habilitado, o atestado deverá ser objeto de laudo técnico.

Art. 59. O registro de atestado deve ser requerido ao Crea pelo profissional

por meio de formulário, conforme o Anexo III, e instruído com original e cópia, ou com

duas cópias autenticadas, do documento fornecido pelo contratante. § 1º Para efeito desta resolução, somente será objeto de registro pelo Crea o

atestado emitido sem rasuras ou adulteração, e que apresentar os dados mínimos

indicados no Anexo IV. § 2º O requerimento deverá conter declaração do profissional corroborando a

veracidade das informações relativas à descrição das atividades constantes das ARTs

especificadas e à existência de subcontratos ou subempreitadas. § 3º Será arquivada no Crea uma das vias do atestado apresentado.

Art. 60. O atestado que referenciar serviços que foram parcialmente

concluídos deve explicitar o período e as etapas executadas.

Art. 61. O atestado que referenciar serviços subcontratados ou

subempreitados deve estar acompanhado de documentos hábeis que comprovem a

anuência do contratante original ou que comprovem a efetiva participação do

profissional na execução da obra ou prestação do serviço, tais como trabalhos técnicos,

correspondências, diário de obras ou documento equivalente.

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Art. 62. No caso de obra própria, o atestado deve estar acompanhado de

documento público que comprove a conclusão da obra ou serviço expedido pela

prefeitura, por agência reguladora ou por órgão ambiental, entre outros.

Art. 63. O Crea manifestar-se-á sobre o registro do atestado após efetuar a

análise do requerimento e a verificação dos dados do atestado em face daqueles

constantes dos assentamentos do Crea relativos às ARTs registradas. § 1º O requerimento será deferido somente se for verificada sua

compatibilidade com o disposto nesta resolução. § 2º Compete ao Crea, quando necessário e mediante justificativa, solicitar

outros documentos ou efetuar diligências para averiguar as informações apresentadas. § 3º Em caso de dúvida, o processo será encaminhado à câmara

especializada competente para apreciação. § 4º Em caso de dúvida quando a atividade técnica descrita na ART

caracterizar assunto de interesse comum a duas ou mais especializações profissionais,

o processo será apreciado pelas câmaras especializadas competentes e, em caso de

divergência, encaminhado ao Plenário do Crea para decisão.

Art. 64. O registro de atestado será efetivado por meio de sua vinculação à

CAT, que especificará somente as ARTs a ele correspondentes. § 1º A veracidade e a exatidão das informações constantes do atestado são

de responsabilidade do seu emitente.

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§ 2º A CAT à qual o atestado está vinculado é o documento que comprova o

registro do atestado no Crea. § 3º A CAT apresentará informações ou ressalvas pertinentes em função da

verificação do registro do profissional e da pessoa jurídica à época da execução da

obra ou da prestação do serviço, bem como dos dados do atestado em face daqueles

constantes dos assentamentos do Crea relativos às ARTs registradas. § 4º O atestado registrado constituirá prova da capacidade técnico-profissional

da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver ou venha ser a

ela vinculado como integrante de seu quadro técnico por meio de declaração entregue

no momento da habilitação ou da entrega das propostas.

Seção III

Da Inclusão ao Acervo Técnico de Atividade Desenvolvida no Exterior

Art. 65. É facultado ao profissional, brasileiro ou estrangeiro, registrado no

Crea, que executou obra, prestou serviços ou desempenhou cargo ou função no

exterior, requerer a inclusão desta atividade ao seu acervo técnico por meio do registro

da ART correspondente, desde que tenha sido realizada após sua diplomação em

curso técnico de nível médio ou de nível superior nas profissões abrangidas pelo

Sistema Confea/Crea.

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Parágrafo único. O profissional terá o prazo de um ano para requerer a

inclusão ao acervo técnico de atividade desenvolvida no exterior, contados da data de

registro no Crea ou de sua reativação após entrada no país.

Art. 66. A inclusão ao acervo técnico de atividade desenvolvida no exterior

deve ser requerida ao Crea por meio de formulário, conforme o Anexo III, e instruída

com cópia dos seguintes documentos:

I – formulário da ART, assinado pelo responsável técnico e pelo contratante,

indicando o nível de participação e as atividades desenvolvidas pelo profissional; e

II – documento hábil que comprove a efetiva participação do profissional na

execução da obra ou prestação do serviço, indicando explicitamente o período, o nível

de atuação e as atividades desenvolvidas, tais como trabalhos técnicos,

correspondências, diário de obras, livro de ordem, atestado emitido pelo contratante ou

documento equivalente. § 1º O Crea dispensará a assinatura do contratante na ART caso seja

apresentada cópia do contrato ou de documento equivalente que comprove a relação

jurídica entre as partes. § 2º Os documentos em língua estrangeira, legalizados pela autoridade

consular brasileira, devem ser traduzidos para o vernáculo por tradutor público

juramentado.

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Art. 67. O requerimento de inclusão ao acervo técnico será analisado para

verificação da documentação apresentada, das atribuições do profissional e da

atividade descrita, em função da legislação brasileira em vigor à época de sua

execução.

Parágrafo único. Compete ao Crea, quando necessário e mediante

justificativa, solicitar outros documentos para averiguar as informações apresentadas.

Art. 68. A câmara especializada competente decidirá sobre o requerimento de

registro da ART após a verificação das informações apresentadas. § 1º O requerimento será deferido somente se for verificada sua

compatibilidade com o disposto nesta resolução. § 2º Após o deferimento, o profissional será comunicado para efetuar o

recolhimento do valor relativo ao registro da ART. § 3º No caso em que a atividade técnica descrita na ART caracterizar assunto

de interesse comum a duas ou mais especializações profissionais, o processo será

apreciado pelas câmaras especializadas competentes e, em caso de divergência,

encaminhado ao Plenário do Crea para decisão.

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Page 274: Manual de-instrucoes-da-nr-12

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CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 69. É facultado ao profissional requerer por meio de fomulário, conforme

o Anexo III, certidão que relaciona as ARTs registradas no Crea em função do período

ou da situação em que se encontram.

Art. 70. As cópias dos documentos exigidos nesta resolução devem ser

autenticadas em cartório ou objeto de conferência atestada por servidor do Crea, desde

que apresentados os respectivos originais.

Art. 71. Compete ao Crea, sempre que necessário, averiguar as informações

apresentadas e adotar as providências necessárias ao caso.

Art. 72. Os critérios e os procedimentos para regularização de obra ou serviço

concluído sem a anotação de responsabilidade técnica serão objeto de resolução

específica.

Art. 73. Os valores de registro e de serviços disciplinados nesta resolução

serão objeto de legislação específica.

Art. 74. Os Anexos I, II, III e IV serão atualizados anualmente pelo plenário do

Confea, após deliberação da comissão permanente que tem como atribuição a

organização do Sistema. § 1º Para fins de atualização dos Anexos I, II, III e IV, o Crea deve encaminhar

ao Confea proposta justificada até 30 de maio de cada ano.

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§ 2º O disposto neste artigo também se aplica ao manual de procedimentos

para preenchimento da ART, emissão de CAT e registro de atestado.

Art. 75. As tabelas auxiliares relacionadas no manual de procedimentos serão

atualizadas rotineiramente a partir de proposta justificada encaminhada pelos Creas,

após deliberação da comissão permanente que tem como atribuição a organização do

Sistema.

Parágrafo único. As propostas para atualização das tabelas auxiliares serão

analisadas em caráter prioritário pela unidade organizacional do Confea responsável

pela elaboração de normas e procedimentos.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 76. O Crea terá até a data de início da vigência desta resolução para

promover a adaptação de suas rotinas administrativas aos novos procedimentos

previstos para a anotação de responsabilidade técnica e a composição do acervo

técnico, de acordo com as diretrizes fixadas pelo

Confea.

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Page 276: Manual de-instrucoes-da-nr-12

276

Parágrafo único. Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, o Crea

deverá adotar as seguintes providências:

I – instituir plano de comunicação para divulgar aos profissionais os

procedimentos que serão alterados ou implantados a partir da vigência desta

resolução;

II – reformular os atos administrativos que contrariem as novas disposições;

III – aprovar outros atos administrativos que se façam necessários para o

cumprimento desta resolução.

Art. 77. O Crea terá o prazo de doze meses após a entrada em vigor desta

resolução para implantar a infraestrutura tecnológica necessária e adaptar seu sistema

corporativo aos novos procedimentos eletrônicos previstos para a anotação de

responsabilidade técnica e a composição do acervo técnico, de acordo com as

diretrizes fixadas pelo Confea, quais sejam:

I – registro, baixa, cancelamento e anulação de ART;

II – emissão de certidão de acervo técnico;

III – registro de atestado;

IV – inclusão ao acervo técnico de atividade desenvolvida no exterior;

V – consulta às ARTs registradas e às CATs emitidas;

VI – anotação no SIC das informações referenciadas nesta resolução.

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Page 277: Manual de-instrucoes-da-nr-12

277

§ 1º Até que a implantação da infraestrutura tecnológica e a adaptação do

sistema corporativo do Crea se efetivem, os novos procedimentos previstos para o

registro e a baixa da ART poderão ser disponibilizados ao profissional por meio de

formulário impresso nos moldes dos anexos desta resolução. § 2º Até que a integração ao SIC se efetive, o sistema corporativo do Crea

deverá disponibilizar aos interessados serviço de consulta aos documentos

eletronicamente registrados e emitidos. § 3º Até que a implantação da infraestrutura tecnológica e a adaptação do

sistema corporativo do Crea se efetivem, a CAT poderá ser emitida manualmente e

assinada pelo presidente ou por empregado do Crea, desde que conste da certidão

referência expressa a esta delegação.

Art. 78. O registro de ART manualmente preenchida somente será efetivado

com a apresentação ao Crea da via assinada e do comprovante do pagamento do valor

correspondente.

Parágrafo único. Será vedado ao Crea registrar ART manualmente preenchida

a partir de 1º de janeiro de 2011, ressalvados casos específicos devidamente

justificados e autorizados pelo Plenário do Confea.

Art. 79. O profissional terá o prazo de um ano para requerer ao Crea, nos

termos da Resolução nº 394, de 17 de março de 1995, a Anotação de

Responsabilidade Técnica relativa a obra ou serviço concluído que tenha sido iniciado

antes da entrada em vigor desta resolução. *

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

CREA - DISPÕE SOBRE A ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 278: Manual de-instrucoes-da-nr-12

278

Parágrafo único. O prazo estabelecido no caput deste artigo será contado da

data de entrada em vigor desta resolução. *

Art. 79. O profissional terá o prazo de vinte e quatro meses para requerer ao

Crea, nos termos da Resolução nº 394, de 17 de março de 1995, a Anotação de

Responsabilidade Técnica relativa a obra ou serviço concluído e a cargo ou função

extinta que tenha sido iniciada até 31 de dezembro de 2011. **

Art. 79. O profissional terá até o dia 31 de dezembro de 2012 para requerer

ao Crea, nos termos da Resolução nº 394, de 17 de março de 1995, a Anotação de

Responsabilidade Técnica relativa a obra ou serviço concluído e a cargo ou função

extinta.

Parágrafo único. (REVOGADO) (NR)

Art. 79. O profissional terá até o dia 31 de dezembro de 2013 para requerer

ao Crea, nos termos da Resolução nº 394, de 17 de março de 1995, a Anotação de

Responsabilidade Técnica relativa a obra ou serviço concluído e a cargo ou função

extinta. (NR) Revogado pela Resolução 1.050, de 13 de dezembro de 2013.

Art.80. Os novos procedimentos previstos para a anotação de

responsabilidade técnica serão obrigatórios somente para as ARTs registradas de

acordo com os formulários constantes do Anexo I.

RESOLUÇÃO N° 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009 – CONFEA/

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TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 279: Manual de-instrucoes-da-nr-12

279

Parágrafo único. Os novos procedimentos para análise de acervo técnico

serão obrigatórios para todas as ARTs, independentemente da data de registro,

ressalvadas aquelas indicadas em requerimento protocolizado no Crea até a data de

entrada em vigor desta resolução.

Art. 81. Esta resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2010.

Art. 82. Revogam-se as disposições em contrário das Resoluções nos 430,

de 13 de agosto de 1999, e 444, de 14 de abril de 2000, e na íntegra as Resoluções

nos 317, de 31 de outubro de 1986, 394, de 17 de março de 1995, 425, de 18 de

dezembro de 1998, e 1023, de 30 de maio de 2008, as Decisões Normativas nos 15, de

2 de janeiro de 1985, 58, de 6 de outubro de 1995, e 64, de 30 de abril de 1999, e

demais disposições em contrário.

Brasília, 12 de novembro de 2009.

Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo

Presidente

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TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

Page 280: Manual de-instrucoes-da-nr-12

280

Valores Cobrados para ART

Os valores para o registro de ART são definidos por resolução editada pelo Conselho

Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e podem ser verificados no site do

CREA.

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TÉCNICA E O ACERVO TÉCNICO PROFISSIONAL, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

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ANEXO H

RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 – CONFEA / CREA

Page 282: Manual de-instrucoes-da-nr-12

282

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – CONFEA

RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013

Consolida as áreas de atuação, as

atribuições e as atividades profissionais

relacionadas nas leis, nos decretos-lei e

nos decretos que regulamentam as

profissões de nível superior abrangidas

pelo Sistema Confea / CREA.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA - CONFEA, no uso das

atribuições que lhe confere a alínea "f" do art. 27 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro

1966, e

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ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL

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Page 283: Manual de-instrucoes-da-nr-12

283

- Considerando que compete exclusivamente ao Confea baixar e fazer publicar

as resoluções previstas para regulamentação e execução da lei, bem como proceder a

consolidação e o estabelecimento das atribuições dos profissionais por ele abrangidos,

conforme o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946;

- Considerando a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o

exercício das profissões de engenheiro e de engenheiro agrônomo;

- Considerando a Lei nº 4.076, de 23 de junho de 1962, que regula o exercício

da profissão de geólogo;

- Considerando a Lei nº 6.664, de 26 de junho de 1979, que disciplina a

profissão de geógrafo;

- Considerando a Lei nº 6.835, de 14 de outubro de 1980, que dispõe sobre o

exercício da profissão de meteorologista;

- Considerando o Decreto nº 23.196, de 12 de outubro de 1933, que regula o

exercício da profissão agronômica;

- Considerando o Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o

exercício das profissões de engenheiro e de agrimensor;

- Considerando o Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946;

- Considerando a Lei nº 4.643, de 31 de maio de 1965, que determina a inclusão

da especialização de engenheiro florestal na enumeração do art. 16 do Decreto-Lei nº

8.620, de 1946;

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ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL

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Page 284: Manual de-instrucoes-da-nr-12

284

- Considerando a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a

especialização em nível de pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho;

- Considerando o disposto na Constituição Federal, art. 5º, inciso XIII, que

preconiza “e livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as

qualificações profissionais que a lei estabelecer”; e

- Considerando o disposto na Constituição Federal, art. 5º, inciso XXXVI, que

preconiza “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa

julgada”;

RESOLVE:

Art. 1º Consolidar as áreas de atuação, as atribuições e as atividades dos

Engenheiros Agrônomos ou Agrônomos, Engenheiros Civis, Engenheiros Industriais,

Engenheiros Mecânico Eletricistas, Engenheiros Eletricistas, Engenheiros de Minas,

Engenheiros Geógrafos ou Geógrafos, Agrimensores, Engenheiros Geólogos ou

Geólogos e Meteorologistas, nos termos das leis, dos decretos-lei e dos decretos que

regulamentam tais profissões.

Art. 2º As áreas de atuação dos profissionais contemplados nesta resolução são

caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na

realização dos seguintes empreendimentos:

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Page 285: Manual de-instrucoes-da-nr-12

285

I - aproveitamento e utilização de recursos naturais;

II - meios de locomoção e comunicações;

III - edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus

aspectos técnicos e artísticos;

IV - instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e

extensões terrestres; e

V - desenvolvimento industrial e agropecuário.

Art. 3º As atividades dos profissionais citados no art. 1º desta resolução são as

seguintes:

I - desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais,

paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;

II - planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras,

estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção

industrial e agropecuária;

III - estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e

divulgação técnica;

IV - ensino, pesquisa, experimentação e ensaios;

V - fiscalização de obras e serviços técnicos;

VI - direção de obras e serviços técnicos;

VII - execução de obras e serviços técnicos;

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Page 286: Manual de-instrucoes-da-nr-12

286

VIII - produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Art. 4º O exercício das atividades e das áreas de atuação profissional elencadas

nos arts. 2º e 3º correlacionam-se às seguintes atribuições:

I - ensino agrícola em seus diferentes graus;

II - experimentações racionais e científicas referentes à agricultura, e, em geral,

quaisquer demonstrações práticas de agricultura em estabelecimentos federais, estaduais

e municipais;

III - propagar a difusão de mecânica agrícola, de processos de adubação, de

métodos aperfeiçoados de colheita e de beneficiamento dos produtos agrícolas, bem

como de métodos de aproveitamento industrial da produção vegetal;

IV - estudos econômicos relativos à agricultura e indústrias correlatas;

V - genética agrícola, produção de sementes, melhoramento das plantas

cultivadas e fiscalização do comércio de sementes, plantas vivas e partes vivas de

plantas;

VI - fitopatologia, entomologia e microbiologia agrícolas;

VII - aplicação de medidas de defesa e de vigilância sanitária vegetal;

VIII - química e tecnologia agrícolas;

IX - reflorestamento, conservação, defesa, exploração e industrialização de

matas;

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Page 287: Manual de-instrucoes-da-nr-12

287

X - administração de colônias agrícolas;

XI - ecologia e meteorologia agrícolas;

XII - fiscalização de estabelecimentos de ensino agronômico reconhecidos,

equiparados ou em via de equiparação;

XIII - fiscalização de empresas agrícolas ou de indústrias correlatas;

XIV - barragens;

XV - irrigação e drenagem para fins agrícolas;

XVI - estradas de rodagem de interesse local e destinadas a fins agrícolas;

XVII - construções rurais, destinadas a moradias ou fins agrícolas;

XVIII - avaliações e perícias;

XIX - agrologia;

XX - peritagem e identificação, para desembaraço em repartições fiscais ou para

fins judiciais, de instrumentos, utensílios e máquinas agrícolas, sementes, plantas ou

partes vivas de plantas, adubos, inseticidas, fungicidas, maquinismos e acessórios e, bem

assim, outros artigos utilizados na agricultura ou na instalação de indústrias rurais e

derivadas;

XXI - determinação do valor locativo e venal das propriedades rurais, para fins

administrativos ou judiciais, na parte que se relacione com a sua profissão;

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Page 288: Manual de-instrucoes-da-nr-12

288

XXII - avaliação e peritagem das propriedades rurais, suas instalações,

rebanhos e colheitas pendentes, para fins administrativos, judiciais ou de crédito;

XXIII - avaliação dos melhoramentos fundiários;

XXIV - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de obras de

drenagem e irrigação;

XXV - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção de edifícios, com

todas as suas obras complementares;

XXVI - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das estradas de

rodagem e de ferro;

XXVII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras de

captação e abastecimento de água;

XXVIII - trabalhos de captação e distribuição da água;

XXIX - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras

destinadas ao aproveitamento de energia e dos trabalhos relativos às máquinas e

fábricas;

XXX - o estudo, projeto, direção, execução e exploração de instalações

industriais, fábricas e oficinas;

XXXI - o estudo, projeto, direção e execução das instalações das oficinas,

fábricas e indústrias;

XXXII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras relativas

a portos, rios e canais e das concernentes aos aeroportos;

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Page 289: Manual de-instrucoes-da-nr-12

289

XXXIII - o estudo, projeto, direção, fiscalização e construção das obras

peculiares ao saneamento urbano e rural;

XXXIV - projeto, direção e fiscalização dos serviços de urbanismo;

XXXV - assuntos de engenharia legal;

XXXVI - assuntos legais relacionados com suas especialidades;

XXXVII - perícias e arbitramentos;

XXXVIII - fazer perícias, emitir pareceres e fazer divulgação técnica;

XXXIX - trabalhos topográficos e geodésicos;

XL - o estudo e projeto de organização e direção das obras de caráter

tecnológico dos edifícios industriais;

XLI - o estudo, projeto, direção e execução das instalações de força motriz;

XLII - a direção, fiscalização e construção das instalações que utilizem energia

elétrica;

XLIII - o estudo, projeto, direção e execução das instalações mecânicas e

eletromecânicas;

XLIV - o estudo, projeto, direção e execução de obras relativas às usinas

elétricas, às redes de distribuição e às instalações que utilizem a energia elétrica;

XLV - a direção, fiscalização e construção de obras concernentes às usinas

elétricas e às redes de distribuição de eletricidade;

XLVI - vistorias e arbitramentos;

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Page 290: Manual de-instrucoes-da-nr-12

290

XLVII - o estudo de geologia econômica e pesquisa de riquezas minerais;

XLVIII - a pesquisa, localização, prospecção e valorização de jazidas minerais;

XLIX - o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços de

exploração de minas;

L - o estudo, projeto, execução, direção e fiscalização de serviços da indústria

metalúrgica;

LI - reconhecimentos, levantamentos, estudos e pesquisas de caráter físico-

geográfico, biogeográfico, antropogeográfico e geoeconômico e as realizadas nos

campos gerais e especiais da Geografia, que se fizerem necessárias:

a) na delimitação e caracterização de regiões, sub-regiões geográficas

naturais e zonas geoeconômicas, para fins de planejamento e organização físico-

espacial;

b) no equacionamento e solução, em escala nacional, regional ou

local, de problemas atinentes aos recursos naturais do País;

c) na interpretação das condições hidrológicas das bacias fluviais;

d) no zoneamento geo-humano, com vistas aos planejamentos geral e

regional;

e) na pesquisa de mercado e intercâmbio comercial em escala regional

e inter-regional;

f) na caracterização ecológica e etológica da paisagem geográfica e

problemas conexos;

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Page 291: Manual de-instrucoes-da-nr-12

291

g) na política de povoamento, migração interna, imigração e

colonização de regiões novas ou de revalorização de regiões de velho povoamento;

h) no estudo físico-cultural dos setores geoeconômicos destinados ao

planejamento da produção;

i) na estruturação ou reestruturação dos sistemas de circulação;

j) no estudo e planejamento das bases físicas e geoeconômicas dos

núcleos urbanos e rurais;

k) no aproveitamento, desenvolvimento e preservação dos recursos

naturais;

l) no levantamento e mapeamento destinados à solução dos

problemas regionais;

m) na divisão administrativa da União, dos Estados, dos Territórios e

dos Municípios.

LII - a organização de congressos, comissões, seminários, simpósios e outros

tipos de reuniões, destinados ao estudo e à divulgação da Geografia;

LIII - levantamentos geológicos, geoquímicos e geofísicos;

LIV - estudos relativos a ciências da terra;

LV - trabalhos de prospecção e pesquisa para cubação de jazidas e

determinação de seu valor econômico;

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ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL

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Page 292: Manual de-instrucoes-da-nr-12

292

LVI - ensino das ciências geológicas nos estabelecimentos de ensino secundário

e superior;

LVII - relatório circunstanciado, nos termos do inciso IX do art. 16, do Decretolei

nº 1.985, de 29 de janeiro de 1940 (Código de Minas);

LVIII - dirigir órgãos, serviços, seções, grupos ou setores de Meteorologia em

entidade pública ou privada;

LIX - julgar e decidir sobre tarefas científicas e operacionais de Meteorologia e

respectivos instrumentais;

LX - pesquisar, planejar e dirigir a aplicação da Meteorologia nos diversos

campos de sua utilização;

LXI - executar previsões meteorológicas;

LXII - executar pesquisas em Meteorologia;

LXIII - dirigir, orientar e controlar projetos científicos em Meteorologia;

LXIV - criar, renovar e desenvolver técnicas, métodos e instrumental em

trabalhos de meteorologia;

LXV - introduzir técnicas, métodos e instrumental em trabalhos de Meteorologia;

LXVI - pesquisar e avaliar recursos naturais na atmosfera;

LXVII - pesquisar e avaliar modificações artificiais nas características do tempo;

LXVIII - atender a consultas meteorológicas e suas relações com outras ciências

naturais.

RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 – CONFEA/

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ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL

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Page 293: Manual de-instrucoes-da-nr-12

293

Parágrafo único. Os profissionais citados no art. 1º desta resolução poderão

exercer qualquer outra atividade que, por sua natureza, se inclua no âmbito de suas

profissões.

Art. 5º Compete exclusivamente ao Sistema Confea/Crea definir as áreas de

atuação, as atribuições e as atividades dos profissionais a ele vinculados, não possuindo

qualquer efeito prático e legal resoluções ou normativos editados e divulgados por outros

conselhos de fiscalização profissional tendentes a restringir ou suprimir áreas de atuação,

atribuições e atividades dos profissionais vinculados ao Sistema Confea/Crea.

Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 14 de agosto de 2013.

Eng. Civ. José Tadeu da Silva

Presidente

Publicada no D.O.U, de 19 de agosto de 2013 – Seção 1, pág. 149 e 150

RESOLUÇÃO N° 1.048, DE 14 DE AGOSTO DE 2013 – CONFEA/

CREA - CONSOLIDA AS ÁREAS DE ATUAÇÃO, AS ATRIBUIÇÕES E

ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS PROFISSÕES DE NÍVEL

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Page 294: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO I

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A

PORTARIA INMETRO/MDIC nº 371 DE 29/12/2009

Page 295: Manual de-instrucoes-da-nr-12

295

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL- INMETRO

1 Orientações Gerais sobre a

Portaria Inmetro/MDIC 371 de 29/12/2009 Requisitos de Avaliação da Conformidade para Segurança

de Aparelhos Eletrodomésticos e Similares

Do que trata a Portaria Inmetro/MDIC 371/2009?

O objetivo da regulamentação estabelecida pela Portaria Inmetro/MDIC n.o 371, de

29/12/2009, é a adequação dos aparelhos eletrodomésticos e similares, importados ou

fabricados no país, a requisitos mínimos de segurança.

A Portaria 371/2009 do Inmetro é baseada em normas internacionais da IEC (International

Eletrotechnical Commission) para eletrodomésticos e similares e tem o objetivo de aumentar

a segurança do usuário desses aparelhos.

Page 296: Manual de-instrucoes-da-nr-12

296

A obrigatoriedade da certificação aumentará a segurança porque, para receber o selo de

identificação da conformidade, os aparelhos serão submetidos a testes de laboratórios e os

fabricantes terão a linha de produção auditada periodicamente. Atualmente, existem 13

laboratórios no Brasil autorizados a fazer a avaliação de acordo com os critérios determinados

pelo Inmetro, mas os ensaios podem ser realizados também por laboratórios no exterior, desde

que esses sejam acreditados pela Coordenação-Geral de Acreditação (Cgcre) ou por um

Organismo de Acreditação signatário do Interamerican Accreditation Cooperation – IAAC, do

European Cooperation for Accreditation – EA ou International Laboratory Accreditation Cooperation

– ILAC.

A nova regulamentação ampliou a lista de eletrodomésticos com certificação compulsória

edeixa de fora aqueles que integram o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), porque já são

avaliados dentro do programa de avaliação da eficiência energética inclusive quanto aos aspectos

de segurança.

Um processo de certificação, dentro das regras do Inmetro, pode levar entre três e seis meses

para ser concluído. O tempo exato dependerá da complexidade do produto e/ou de uma eventual

adequação a ser implementada para o atendimento às normas e regulamentos aplicáveis. Por

esta razão, é de extrema importância que todos os envolvidos iniciem o processo de atendimento

ao novo regulamento do Inmetro imediatamente.

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 297: Manual de-instrucoes-da-nr-12

297

Que aparelhos estão abrangidos pela Portaria Inmetro/MDIC 371/2009?

Para consulta, segue uma relação exemplificativa com alguns dos principais equipamentos incluídos na Portaria n°371/2009.

A lista completa pode ser obtida pela análise das normas mencionadas no regulamento, disponível

em: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC001519.pdf

Equipamentos

Máquinas de cozinha

Liquidificador

Centrifuga para alimentos

Batedeira

Faca elétrica

Espremedor de frutas

Torradeira

Panelas elétricas

Marmita elétrica

Cafeteiras

Máquina de pão

Iogurteira Elétrica

Fritadeiras e Frigideiras Elétricas

Grills e Grelhas

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 298: Manual de-instrucoes-da-nr-12

298

Aparelhos para cuidado da pele ou cabelo e

cortadores de cabelo

Aparelho para permanente de cabelo

Barbeador

Chapa térmica (alisadora / chapinha / prancha)

Depiladores

Ferro de enrolar cabelo

Máquina de corte de cabelo

Sauna facial

Secador de cabelo

Máquinas de cozinha para uso comercial

Misturadores

Liquidificadores

Fatiadores elétricos

Assadores rotativos

Chapas elétricas

Liquidificadores

Moedores de grãos

Amassadeiras, com capacidade menor ou igual a 40

kg de massa

Batedeiras, com capacidade menor ou igual a 18

litros

Cilindros sovadores, laminadores e automáticos, com

comprimento de rolo menor ou igual a 500 mm

Modeladoras de massa, com comprimento de rolo

menor ou igual 400 mm

Equipamentos

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 299: Manual de-instrucoes-da-nr-12

299

Máquinas de

autoatendimento

Maleiro / armário elétrico de bagagem

Máquina elétrica de diversão / vídeo game / pinball (fliperama)

Máquina de engraxar sapatos

Máquina elétrica de bilhar

Máquina elétrica de boliche

Máquina elétrica de preparação e venda de bebidas

Máquina elétrica para venda de comida embalada (snacks) e bebida (refrigerantes,

sucos, etc.)

Vaporizadores Aromatizador elétrico

Repelente elétrico de insetos (Vaporizador)

Jardinagem

Assoprador elétrico para a limpeza de jardins

Cortador e/ou aparador elétrico de grama

Roçadeira elétrica

Tesoura elétrica para corte de grama

Toalete

Aquecedor elétrico de água para ducha ou chuveiro

Assento aquecido para banheiro

Cabine elétrica de banho

Dispensador elétrico de papel-toalha / papel higiênico

Dispensador elétrico de sabão

Equipamentos

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 300: Manual de-instrucoes-da-nr-12

300

Umidificação

Umidificador elétrico com uso associado com aquecimento, ventilação ou sistema

de ar condicionado

Umidificador elétrico

Desumidificador

Motores e Comandos

Elétricos

Motor elétrico para portão de garagem

Comando elétrico ou motor elétrico para portas / portas dobráveis / portas giratórias

/ portas de rolamento / janelas / claraboias / coberturas móveis e similares

Comando elétrico ou motor elétrico para toldos / cortinas / grades / telas de

projeção / venezianas e similares

Uso em animais

Alimentador de ração animal

Aparelho elétrico de aquecimento para criação e reprodução animal

Equipamento elétrico para choque em animais

Máquina elétrica de ordenha

Máquina elétrica de pescaria

Alimentador de ração animal

Ferramentas

Ferramenta elétrica de corte de plástico

Ferramenta elétrica de marcação (gravação)

Ferramenta elétrica de solda de conduite

Ferro / pistola de solda

Pistola de ar quente

Pistola de cola quente

Pistola de dessoldar

Equipamentos

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 301: Manual de-instrucoes-da-nr-12

301

Higiene Oral Escova de dente elétrica

Irrigador oral elétrico

Limpeza

Aparelho elétrico para limpeza à vapor de superfícies

Aspirador de Pó / Vassoura Elétrica

Limpador elétrico por alta pressão ou por vapor

Máquina de limpeza de estofamento / Máquina de limpeza de carpetes

Máquina elétrica de limpeza de tecidos à vapor

Aquecimento (geral)

Aparelho elétrico para aquecimento de sauna

Aquecedor elétrico de ambiente

Aquecedor elétrico de camas d’agua

Aquecedor elétrico de piso acarpetado

Aquecedor elétrico fixo ou portátil de imersão

Aquecedor elétrico para aquário e similares (fontes, lâminas d'água...)

Aquecedor elétrico para dreno de telhado

Aquecedor para óleo e gás com conexão elétrica

Folha / Chapa flexível para aquecimento de ambientes

Equipamentos

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 302: Manual de-instrucoes-da-nr-12

302

Equipamentos

Dispositivos

Domésticos

Carregador de pilhas e baterias (A, AA, AAA, C, D, 9V e 12 V)

Churrasqueira elétrica para uso externo

Cobertores e lençóis elétricos

Eletrificadores de cercas

Enceradeira / Polidora

Ferro de passar roupa

Filtro e/ou ionizador elétrico de ar

Máquina de costura

Piso aquecido

Relógio elétrico / despertador elétrico (excluído rádio relógio)

Trituradores de lixo alimentar

Exterminador elétrico de insetos

Aspirador de pó elétrico (seco e úmido) para uso comercial e industrial

Máquina elétrica de tratamento e/ou limpeza de piso para uso comercial e industrial

Máquina elétrica para limpeza de carpete com spray para uso comercial e industrial

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 303: Manual de-instrucoes-da-nr-12

303

Adegas*

Congelador / Conservador de uso comercial*

Fogão e Fornos Elétricos *

Forno de microondas de uso comercial *

Lavadora de louça *

Lavadora de louça de uso comercial*

Secadoras de roupa*

Motocompressores (para refrigerador, ar condicionado, etc.)*

Aquecedores híbridos de acumulação* e Bombas de Calor*

Banheira de Hidromassagem*

*Equipamentos com entrada em vigor no 2° prazo. Ver itens abaixo

Equipamentos

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 304: Manual de-instrucoes-da-nr-12

304

Quais aparelhos estão excluídos da Portaria Inmetro/MDIC 371/2009?

Estão excluídos do escopo do regulamento:

Os destinados exclusivamente para fins industriais;

Os destinados a serem utilizados em locais onde prevalecem condições especiais, como atmosfera

explosiva (poeira, vapor ou gás);

Os aparelhos de áudio e vídeo e equipamentos eletrônicos similares (cobertos pela norma IEC 60065);

Os aparelhos para fins médicos (cobertos pela norma IEC 60601);

As ferramentas elétricas portáteis operadas a motor (cobertos pela norma IEC 60745);

Os computadores pessoais e equipamentos similares (cobertos pela norma IEC60950);

As ferramentas elétricas semi-estacionárias operadas a motor (cobertos pela norma IEC 61029);

Aparelhos de exposição da pele à radiação UV e IR abrangidos pela norma NBR IEC 60335-2-27;

Aparelhos de massagem abrangidos pela norma IEC 60335-2-32.

Projetores e equipamentos similares abrangidos pela IEC 60335-2-56.

Os aparelhos que já estejam contemplados por Programas de Avaliação da Conformidade específicos já

implementados pelo Inmetro, como a seguir descritos:

o Bebedouros;

o Fogões a gás de uso doméstico;

o Chuveiros elétricos;

o Aparelhos de refrigeração de uso doméstico;

o Condicionadores de ar (janela e split);

o Máquinas de lavar roupa;

o Ventiladores de teto;

o Ventiladores de mesa.

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 305: Manual de-instrucoes-da-nr-12

305

Aparelhos que já estejam contemplados por outros Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro e

em fase de implementação:

o Centrífugas;

o Fornos elétricos comerciais abrangidos pelas normas IEC 60335-2-36 e IEC 60335-2-42;

o Fornos de micro-ondas abrangidos pela norma IEC 60335-2-25;

o Motobombas abrangidas pelas normas IEC 60.335-2-41 e IEC 60.335-2-51;

PRAZO MEDIDA

1º de julho 2011

Fabricantes e importadores de aparelhos

eletrodomésticos não poderão mais fabricar e

importar equipamentos fora das exigências.

1º de julho de 2012 Fabricantes e importadores de aparelhos

eletrodomésticos não poderão mais comercializar

para o atacado/varejo produtos fora do padrão.

1º de janeiro de 2013 O comércio atacadista/varejista não poderá mais

vender aparelhos eletrodomésticos fora do padrão.

Quais são os prazos de adequação?

A implementação da regulamentação está estabelecida em 3 prazos diferenciados:

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 306: Manual de-instrucoes-da-nr-12

306

Há aparelhos com prazo diferenciado?

Sim. São eles:

Fogões elétricos, fornos elétricos (exceto os abrangidos pelas normas IEC 60335-2-36 e IEC 60335-2-42);

Fornos de micro-ondas abrangidos pela norma IEC 60335-2-90;

Banheiras de hidromassagem;

Compressores abrangidos pela norma IEC 60335-34;

Secadoras de roupa;

Máquinas de lavar louça;

Adegas;

Congeladores e conservadores comerciais;

Bombas de calor;

Aquecedores híbridos de acumulação.

Os novos prazos, para esses aparelhos, são:

- 01 de julho de 2012 – Fabricantes e Importadores

- 01 de julho de 2013 – Comercialização por fabricantes e importadores

- 01 de janeiro de 2014 – Comercialização no mercado nacional

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SIMILARES

Page 307: Manual de-instrucoes-da-nr-12

Dúvidas sobre a importação de aparelhos regulamentados pela Portaria Inmetro/MDIC 371/2009?

A partir de 01/07/2011, produto cuja Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM esteja contemplada na

Portaria Inmetro/MDIC 371/2009, deve ser registrado em Licença de Importação (LI), previamente ao

embarque, no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).

- Se o produto já estiver certificado, basta apresentar às agências do Banco do Brasil o Certificado de

Conformidade do Produto em seu nome, emitido por um Organismo de Certificação acreditado pela Cgcre;

- Se o produto ainda não estiver certificado, o importador deve proceder à certificação do mesmo conforme

requisitos anexos à Portaria Inmetro/MDIC 371/2009 (ver página 7 deste Guia); 307

Como certificar os aparelhos? As regras estão descritas nos Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC) anexos à Portaria Inmetro/MDIC 371/2009 e em Portaria complementar. Para certificar o produto, o fabricante/importador deve selecionar um dentre os Organismos de Certificação

de Produtos acreditados pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre). A lista de Organismos acreditados pode ser acessada em:

http://www.inmetro.gov.br/organismos/consulta.asp?seq_tipo_relacionamento=5 No campo ‘escopo’, digite: "aparelhos eletrodomesticos". Será exibida uma relação com os organismos acreditados para atuar neste programa: ao clicar no nome de

um deles, será aberta uma página com os contatos.

O órgão anuente para esses produtos é o Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex),

através das agências do Banco do Brasil S.A.

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DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 308: Manual de-instrucoes-da-nr-12

308

- Excepcionalmente, na importação de partes e peças, abrangidas pela Portaria Inmetro/MDIC 371/2009,

destinadas exclusivamente à montagem de produtos sujeitos ou não à avaliação da conformidade compulsória,

a empresa importadora poderá apresentar o Certificado de Conformidade do Produto em seu nome ou em

nome de empresa estrangeira, desde que o certificado esteja acompanhado de documento formal da empresa

estrangeira autorizando o uso do seu certificado pela empresa importadora.

Neste último caso, o detentor estrangeiro do certificado deve manter atualizada a lista das empresas

importadoras autorizadas a utilizar o seu certificado junto ao OCP responsável pela certificação;

- Se o produto importado não estiver abrangido pela Portaria Inmetro/MDIC 371/2009, mas mesmo assim,

seu NCM tenha caído em licenciamento não automático com exigência de apresentação de Certificado de

Conformidade do Produto, o importador poderá solicitar ao Inmetro, através do link

http://www.inmetro.gov.br/qualidade/decProdutos.asp, a Declaração de Liberação para Importação de

Produtos, que deve ser apresentada ao Banco do Brasil;

- A Declaração de Liberação para Importação do Inmetro também poderá ser solicitada pelo importador nos

casos relacionados no Artigo 1º da Portaria Inmetro/MDIC 199/2011 (www.inmetro.gov.br/legislacao).

Na solicitação da Declaração de Liberação para Importação de Produtos, deverão ser anexados, no sistema,

o Extrato da Licença de Importação e informações técnicas (por exemplo, catálogo com foto) para análise da

equipe do Inmetro responsável pela anuência de importação.

A Declaração de Liberação para Importação de Produtos deverá ser apresentada às agências do Banco do

Brasil, que operacionalizam a anuência pelo Decex, para que a LI seja deferida.

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PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 309: Manual de-instrucoes-da-nr-12

309

Atenção

Os importadores cujas mercadorias abrangidas na Portaria Inmetro/MDIC 371/2009 tenham conhecimento

de embarque (B/L) no exterior datado até o dia 30/06/2011, deverão apresentar às agências do Banco do

Brasil a B/L para liberação dos produtos, sem a necessidade de apresentação do certificado de

conformidade emitido pelo Organismo acreditado pelo Inmetro.

O importador, cuja mercadoria abrangida na Portaria Inmetro/MDIC 371/2009 tenha sido embarcada no

exterior a partir do dia 01/07/2011, deverá realizar o registro da LI e, no desembaraço aduaneiro, apresentar

o Certificado de Conformidade do Produto, emitido por Organismo acreditado pela Cgcre.

http://www.inmetro.gov.br /ouvidoria/index.asp ou 0800 285 1818

Ainda tem dúvidas? Entre em contato com a Ouvidoria do Inmetro

Caso você não tenha encontrado as informações que procurava sobre a certificação

compulsória de eletrodomésticos e similares ou, ainda, tenha sugestões para melhorar este

documento, entre em contato com a Ouvidoria do Inmetro:

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE A PORTARIA INMETRO/MDIC 371

DE 29/12/2009 - REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

PARA SEGURANÇA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS E

SIMILARES

Page 310: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO J

Page 311: Manual de-instrucoes-da-nr-12

LEI Nº 6.839, DE 30 OUT 1980, DISPÕE SOBRE O

REGISTRO DE EMPRESAS NAS ENTIDADES

FISCALIZADORAS DO EXERCÍCIO DE PROFISSÕES

LEI Nº 6.839, DE 30 OUT 1980

Dispõe sobre o registro de empresas nas entidades

fiscalizadoras do exercício de profissões.

O Presidente da República.

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente

habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para a

fiscalização do

exercício das diversas profissões, em razão da atividade básica ou em relação àquela pela qual

prestem serviços a terceiros.

Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

JOÃO FIGUEIREDO

Presidente da República

Murillo Macêdo

Publicada no D.O.U. DE 03 NOV 1980 - Seção I - Pág. 2.881.

311

Page 312: Manual de-instrucoes-da-nr-12

ANEXO K

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989

Page 313: Manual de-instrucoes-da-nr-12

313

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989.

Dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos

Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia.

O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA, no

uso da atribuição que lhe confere a letra "f" do artigo 27, combinado com o estabelecido

no § 3º do artigo 59 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966,

- Considerando que, face ao disposto nos artigos 59 e 60 da citada Lei, a pessoa

jurídica que se organize para prestar ou executar serviços ou obras de Engenharia, Arquitetura

ou Agronomia, ou que mantenha seção ligada ao exercício de uma dessas profissões, está

sujeita à fiscalização profissional pelos Conselhos Regionais;

- Considerando o disposto nos artigos 1º, 2º e 3º da Lei nº 6.496/77;

- Considerando o disposto na Lei nº 6.839/80;

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Page 314: Manual de-instrucoes-da-nr-12

314

- Considerando que as Leis nº 4.076/62, 6.664/79 e 6.835/80 incluíram Geólogos,

Geógrafos e Meteorologistas no âmbito da fiscalização do Sistema CONFEA/CREAs,

respectivamente;

- Considerando que cabe aos Conselhos Regionais, na forma do disposto nas letras

"h“ e "o" do artigo 34 da Lei nº 5.194/66, de 24 DEZ 1966, processar, organizar, disciplinar e

manter atualizado o registro de pessoas jurídicas, em suas jurisdições;

- Considerando o decidido pelos acórdãos do Supremo Tribunal Federal, proferidos

nos Recursos Extraordinários nº 105.052, 107.751 e 108.864, bem como nos Embargos

opostos no Recurso Extraordinário nº 107.751,

RESOLVE:

Art. 1º A pessoa jurídica que se constitua para prestar ou executar serviços e/ou

obras ou que exerça qualquer atividade ligada ao exercício profissional da Engenharia,

Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia enquadra-se, para efeito de

registro, em uma das seguintes classes:

CLASSE A - De prestação de serviços, execução de obras ou serviços ou

desenvolvimento de atividades reservadas aos profissionais da Engenharia, Arquitetura,

Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia;

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Page 315: Manual de-instrucoes-da-nr-12

315

CLASSE B - De produção técnica especializada, industrial ou agropecuária, cuja

atividade básica ou preponderante necessite do conhecimento técnico inerente aos

profissionais da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia;

CLASSE C - De qualquer outra atividade que mantenha seção, que preste ou execute

para si ou para terceiros serviços, obras ou desenvolva atividades ligadas às áreas de

Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia.

§ 1º - As empresas públicas e sociedades de economia mista serão enquadradas,

para o registro, nas classes estabelecidas neste artigo, conforme a atividade desenvolvida.

§ 2º - Uma pessoa jurídica pode ser enquadrada simultaneamente em mais de uma

das classes relacionadas neste artigo.

§ 3º - As pessoas jurídicas enquadradas na classe "C" deverão proceder ao registro

da seção técnica mantida na mesma.

Art. 2º Os órgãos da administração direta, as autarquias e as fundações de direito

público, que tenham atividades na Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou

Meteorologia ou se utilizem dos trabalhos dessas categorias, deverão, sem qualquer ônus para

os CREAs, fornecer todos os elementos necessários à verificação e fiscalização do exercício

profissional.

Art. 3º O registro de pessoa jurídica é ato obrigatório de inscrição no Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia onde ela inicia suas atividades profissionais

no campo técnico da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia.

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Page 316: Manual de-instrucoes-da-nr-12

316

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

§ 1º - O registro de pessoa jurídica enquadrada nas classes de que trata o artigo 1º

será efetivado após análise e aprovação da documentação constante do artigo 8º, pagamento

das taxas devidas e da anuidade do ano do registro, bem como da constatação da regularidade

junto ao CREA de todos os profissionais do quadro técnico da empresa e/ou seção que exerça

atividades nas áreas discriminadas no "caput" do artigo.

§ 2º - A pessoa jurídica enquadrada na classe "C", para efeito de registro, estará

sujeita ao pagamento de anuidade diferenciada fixada em Resolução que disciplina as

anuidades e taxas.

Art. 4º A pessoa jurídica enquadrada em qualquer uma das classes do Art. 1º só terá

condições legais para o início da sua atividade técnico-profissional, após ter o seu registro

efetivado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Parágrafo único - A pessoa jurídica que não requerer o seu registro, no prazo de 60

(sessenta) dias a contar do arquivamento de seus atos constitutivos nos órgãos competentes,

será notificada para que, em 30 (trinta) dias, promova a sua regularização perante o CREA, sob

pena da competente autuação por exercício ilegal da profissão.

Art. 5º A atividade da pessoa jurídica, em região diferente daquela em que se

encontra registrada, obriga ao visto do registro na nova região.

§ 1º - O visto exigido neste artigo pode ser concedido para atividade parcial dos

objetivos sociais da requerente, com validade a ela restrito.

Page 317: Manual de-instrucoes-da-nr-12

317

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

§ 2º - No caso em que a atividade exceda de 180 (cento e oitenta) dias, fica a pessoa

jurídica, a sua agência, filial ou sucursal, obrigada a proceder ao seu registro na nova região.

Art. 6º A pessoa jurídica, para efeito da presente Resolução, que requer registro ou

visto em qualquer Conselho Regional, deve apresentar responsável técnico que mantenha

residência em local que, a critério do CREA, torne praticável a sua participação efetiva nas

atividades que a pessoa jurídica pretenda exercer na jurisdição do respectivo órgão regional.

Art. 7º Os Conselhos Regionais, atendendo às peculiaridades de cada região, e de

acordo com as condições das atividades neles desenvolvidas pelas pessoas jurídicas, poderão,

através de atos próprios, fixar casos de dispensa de registro.

Art. 8º O requerimento de registro deve ser instruído com os seguintes elementos:

I - Instrumento de constituição da pessoa jurídica, devidamente arquivado, registrado

em órgão competente, bem como suas modificações subseqüentes até a data da solicitação do

Registro no CREA.

II - Indicação do ou dos responsáveis técnicos pelas diversas atividades profissionais,

bem como dos demais profissionais integrantes do quadro técnico da pessoa jurídica.

III - Prova do vínculo dos profissionais referidos no item anterior com a pessoa

jurídica, através de documentação hábil, quando não fizerem parte do contrato social.

IV - Comprovante de solicitação da ART de cargos e funções de todos os

profissionais do quadro técnico da pessoa jurídica.

Page 318: Manual de-instrucoes-da-nr-12

318

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Art. 9º Só será concedido registro à pessoa jurídica cuja denominação for condizente

com suas finalidades e quando seu ou seus responsáveis técnicos tiverem atribuições

coerentes com os objetivos sociais da mesma.

Art. 10 As pessoas jurídicas registradas na forma desta Resolução, sempre que

efetuarem alterações nos seus objetivos, no seu quadro técnico ou na atividade de seus

profissionais, deverão, no prazo de 30 (trinta) dias, comunicar ao CREA.

Parágrafo único - Serão efetivadas novas ARTs, caso haja alterações nas atividades

dos profissionais do seu quadro técnico.

Art. 11 Somente ao profissional habilitado é facultado constituir-se em firma

individual para a prestação de serviços profissionais, ou execução de obras, desde que proceda

o registro no CREA, nos moldes desta Resolução.

Art. 12 A responsabilidade técnica por qualquer atividade exercida no campo da

Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia é sempre do

profissional dela encarregado, não podendo, em hipótese nenhuma, ser assumida pela pessoa

jurídica.

Art. 13 Só será concedido registro à pessoa jurídica na plenitude de seus objetivos

sociais de sua ou dos objetivos de suas seções técnicas, se os profissionais do seu quadro

técnico cobrirem todas as atividades a serem exercitadas.

Parágrafo único - O registro será concedido com restrições das atividades não

cobertas pelas atribuições dos profissionais, até que a pessoa jurídica altere seus objetivos ou

contrate outros profissionais com atribuições capazes de suprir aqueles objetivos.

Page 319: Manual de-instrucoes-da-nr-12

319

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Art. 14 As qualificações de Engenheiro, Arquiteto, Engenheiro Agrônomo, Geólogo,

Geógrafo, ou Meteorologista só poderão constar da razão social ou denominação de pessoa

jurídica, se estas forem compostas exclusivamente por profissionais que possuam aqueles

títulos.

Art. 15 As palavras Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia e

Meteorologia só poderão constar em denominação ou razão social de pessoas jurídicas, cuja

direção for composta, na sua maioria, de profissionais habilitados.

Art. 16 O registro de pessoas jurídicas deverá ser alterado quando:

I - Ocorrer qualquer alteração em seu instrumento constitutivo;

II - Houver a baixa da responsabilidade técnica do(s) profissional(is) dela

encarregado(s).

Parágrafo único - Será procedida simples averbação no registro quando houver alteração

que não implique mudança dos objetivos sociais, da Direção da pessoa jurídica, da

denominação ou razão social ou da responsabilidade técnica.

Art. 17 A responsabilidade técnica de qualquer profissional por pessoa jurídica fica

extinta, devendo o registro ser alterado, a partir do momento em que:

I - for requerido ao Conselho Regional, por escrito, pelo profissional ou pela pessoa

jurídica, o cancelamento desse encargo;

II - for o profissional suspenso do exercício da profissão;

Page 320: Manual de-instrucoes-da-nr-12

320

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

III - mudar o profissional de residência para local que, a juízo do Conselho Regional,

torne impraticável o exercício dessa função;

IV - tiver o profissional o seu registro cancelado;

V - ocorram outras condições que, a critério do CREA, possam impedir a

efetiva prestação da assistência técnica.

Confea – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia LDR - Leis

Decretos, Resoluções

§ 1º - A pessoa jurídica deve, no prazo de 10 (dez) dias, promover a substituição do

responsável técnico.

§ 2º - Quando o cancelamento da responsabilidade técnica for de iniciativa da pessoa

jurídica, deve esta, no seu requerimento, indicar o novo responsável técnico, preenchendo os

requisitos previstos nesta Resolução, e os documentos pertinentes.

§ 3º - A baixa de responsabilidade técnica requerida pelo profissional só pode ser

deferida na ausência de quaisquer obrigações pendentes em seu nome, relativas ao pedido,

junto ao Conselho Regional.

Art. 18 Um profissional pode ser responsável técnico por uma única pessoa jurídica,

além da sua firma individual, quando estas forem enquadradas por seu objetivo social no artigo

59 da Lei nº 5.194/66 e caracterizadas nas classes A, B e C do artigo 1º desta Resolução.

Page 321: Manual de-instrucoes-da-nr-12

321

RESOLUÇÃO Nº 336, DE 27 DE OUTUBRO DE 1989 - CONFEA –

DISPÕE SOBRE O REGISTRO DE PESSOAS JURÍDICAS NOS

CONSELHOS REGIONAIS DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E

AGRONOMIA

Parágrafo único - Em casos excepcionais, desde que haja compatibilização de tempo

e área de atuação, poderá ser permitido ao profissional, a critério do Plenário do Conselho

Regional, ser o responsável técnico por até 03 (três) pessoas jurídicas, além da sua firma

individual.

Art. 19 A infração a qualquer dispositivo desta Resolução sujeita o infrator às

penalidades previstas no artigo 73 da Lei nº 5.194/66, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Art. 20 A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 21 Revogam-se a Resolução nº 247/77 e demais disposições em contrário.

Brasília, 27 OUT l989.

FREDERICO V. M. BUSSINGER

Presidente

SÉRGIO SILVA DOS SANTOS

1º Secretário

Publicada no D.O.U., de 16 NOV 1989 - Seção I - Págs. 20.800 e 20.801.