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PODER JUDICIÁRIO INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO NUM. 21 Nr. do Processo 0505011-60.2015.4.05.8500T Autor JOSÉ CARLOS SENA DA SILVA Data da Inclusão 30/09/2015 14:12:11 Réu INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL Última alteração FÁBIO CORDEIRO DE LIMA às 30/09/2015 14:12:11 Juiz(a) que validou FÁBIO CORDEIRO DE LIMA PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA PARA RECEBIMENTO DE NOVO JUBILAMENTO. INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO LEGAL. POSSIBILIDADE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA REFORMADA. RECURSO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Cuida-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra a sentença que julgou improcedente o seu pedido de desaposentação, sob o fundamento de que o acolhimento do pleito autoral está condicionado a devolução dos valores já recebidos a título de proventos, condição esta não admitida pelo demandante. 2. Em decisões anteriores, manifestei-me pela rejeição de pedidos idênticos. Entretanto, diante do luminar voto do Exmº Ministro Roberto Barroso no julgamento do Recurso Extraordinário nº 661.256, o qual tramita sob a sistemática de repercussão geral, revejo posicionamento anterior e acolho parcialmente o pedido formulado pelo autor. 3. Do direito à desaposentação. 3.1. O ponto em questão tem origem numa lacuna existente no sistema jurídico pátrio em relação à desaposentação, visto que o art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91 não veda explicitamente o direito de renúncia ao primeiro jubilamento. Nessa linha, por oportuno, Transcrevo trechos do voto do Ministro Roberto Barroso, quanto ao ponto: (...) Não sendo vedada pela legislação, a desaposentação é possível. No entanto, à falta de legislação específica – e até que ela sobrevenha –, a matéria sujeita-se à incidência direta dos princípios e regras constitucionais que cuidam do sistema previdenciário. Disso resulta que os proventos recebidos na vigência do vínculo anterior precisam ser levados em conta no cálculo dos proventos no novo vínculo, sob pena de violação do princípio da isonomia e do equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. (...) O INSS sustenta que o art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91, tornaria ilícita a renúncia à aposentadoria para fins de obtenção de novo vínculo, mais vantajoso, que leve em conta contribuições posteriores à concessão do benefício original. Já a cobrança de tais contribuições seria válida, justificando-se pelo componente de solidariedade inerente ao sistema. Com a devida vênia, essa construção radical não parece compatível com as normas constitucionais que tratam do tema. 31. Isso porque é a própria Constituição que estabelece uma relação direta entre a cobrança da contribuição prevista no art. 195, II, incidente sobre os rendimentos do trabalho, e o direito ao conjunto de prestações da previdência social – começando pela mais importante, que é o direito à aposentadoria. Nessas condições, não é razoável que o Poder Público pretenda fazer incidir plenamente a primeira parte do sistema – impondo aos aposentados que continuem a trabalhar o dever de recolher a contribuição social, em paridade com os demais Documento 21 - 0505011-60.2015.4.05.8500T https://creta.jfse.jus.br/cretase/cadastro/modelo/exibe_modelo_publicad... 1 de 5 03/11/2015 14:45

Acórdão Desaposentação - TRF 5 - Turma Recursal de Sergipe

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PODER JUDICIÁRIO

INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO NUM. 21Nr. do Processo 0505011-60.2015.4.05.8500T Autor JOSÉ CARLOS SENA DA SILVA

Data da Inclusão 30/09/2015 14:12:11 RéuINSS - INSTITUTO NACIONAL DESEGURO SOCIAL

Última alteração FÁBIO CORDEIRO DE LIMA às 30/09/2015 14:12:11Juiz(a) que validou FÁBIO CORDEIRO DE LIMA

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RENÚNCIA A BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA PARA RECEBIMENTO DENOVO JUBILAMENTO. INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO LEGAL. POSSIBILIDADE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIAREFORMADA. RECURSO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO.

1. Cuida-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra a sentença que julgou improcedente oseu pedido de desaposentação, sob o fundamento de que o acolhimento do pleito autoral está condicionado adevolução dos valores já recebidos a título de proventos, condição esta não admitida pelo demandante.

2. Em decisões anteriores, manifestei-me pela rejeição de pedidos idênticos. Entretanto, diante do luminarvoto do Exmº Ministro Roberto Barroso no julgamento do Recurso Extraordinário nº 661.256, o qual tramita soba sistemática de repercussão geral, revejo posicionamento anterior e acolho parcialmente o pedido formuladopelo autor.

3. Do direito à desaposentação.

3.1. O ponto em questão tem origem numa lacuna existente no sistema jurídico pátrio em relação àdesaposentação, visto que o art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91 não veda explicitamente o direito de renúncia aoprimeiro jubilamento. Nessa linha, por oportuno, Transcrevo trechos do voto do Ministro Roberto Barroso,quanto ao ponto:

(...)

Não sendo vedada pela legislação, a desaposentação é possível. No entanto, à falta delegislação específica – e até que ela sobrevenha –, a matéria sujeita-se à incidência direta dosprincípios e regras constitucionais que cuidam do sistema previdenciário. Disso resulta que osproventos recebidos na vigência do vínculo anterior precisam ser levados em conta no cálculodos proventos no novo vínculo, sob pena de violação do princípio da isonomia e do equilíbriofinanceiro e atuarial do sistema.

(...)

O INSS sustenta que o art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91, tornaria ilícita a renúncia àaposentadoria para fins de obtenção de novo vínculo, mais vantajoso, que leve em contacontribuições posteriores à concessão do benefício original. Já a cobrança de taiscontribuições seria válida, justificando-se pelo componente de solidariedade inerente aosistema. Com a devida vênia, essa construção radical não parece compatível com as normasconstitucionais que tratam do tema.

31. Isso porque é a própria Constituição que estabelece uma relação direta entre a cobrançada contribuição prevista no art. 195, II, incidente sobre os rendimentos do trabalho, e odireito ao conjunto de prestações da previdência social – começando pela mais importante,que é o direito à aposentadoria. Nessas condições, não é razoável que o Poder Públicopretenda fazer incidir plenamente a primeira parte do sistema – impondo aos aposentados quecontinuem a trabalhar o dever de recolher a contribuição social, em paridade com os demais

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trabalhadores –, mas paralise a segunda parte, esvaziando a consequência jurídica favorávelassociada a essa forma de tributação vinculada. A invocação genérica da ideia desolidariedade não é suficiente para autorizar esse tipo de recorte ou aplicação seletiva dasnormas constitucionais.

32. De forma sintomática, aliás, esse Supremo Tribunal Federal entendeu que a incidência dacontribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores inativos dependia de expressaprevisão constitucional. Também aqui, a ideia de solidariedade não foi suficiente para seadmitir que a legislação ordinária excepcionasse a simetria então existente entrecontribuições e prestações[1]. O caso em tela envolve um tipo de exceção ainda mais sensível.No caso dos servidores, o que se admitiu foi a possibilidade de que os inativos sejam chamadosa ajudar no financiamento do caixa geral que suporta os seus benefícios e o sistema como umtodo. No presente caso, o que a Administração pretende é tratar o trabalho após aaposentadoria exatamente da mesma forma que a atividade anterior, mas apenas em relaçãoaos ônus.

33. Vale dizer: a Constituição criou uma tributação sobre os rendimentos do trabalho e umconjunto de direitos daí decorrentes. O fato de a correlação entre esses vetores não sematerializar em uma equação comutativa estrita não significa que o legisladorinfraconstitucional esteja autorizado a afastar a correspondência mínima. É isso o que ocorrequando se cria uma classe de pessoas que apenas contribuem, em igualdade de condições comos demais trabalhadores, mas não têm acesso a prestações minimamente semelhantes. Alémde não estar prevista nas normas constitucionais que tratam especificamente do tema, essetipo de disparidade seria de difícil compatibilização com a diretriz de valorização da funçãosocial do trabalho, prevista como um dos fundamentos da República e como princípiofundamental da ordem econômica.

34. Em suma: a possibilidade de renúncia a uma aposentadoria anterior para requerimento deuma nova é uma decorrência do sistema normativo em vigor, notadamente da combinaçãoentre: (i) a imunidade dos proventos do RGPS em relação à contribuição social incidente sobreos rendimentos do trabalho; (ii) a cobrança da contribuição dos aposentados que retornam aomercado de trabalho, sob o mesmo regime dos demais trabalhadores; e (iii) a inexistência debenefícios previdenciários específicos que justifiquem a incidência dessa tributação vinculada.Por tudo isso, se a legislação ordinária vedasse a desaposentação de forma expressa, a suacompatibilidade com o atual texto constitucional seria no mínimo duvidosa.

4. Dos proventos já recebidos

4.1. Superado o obstáculo quanto à possibilidade de desaposentação, passa-se a análise da necessidade dedevolução ou não dos valores recebidos a título de proventos referentes ao primeiro vínculo. Como jámencionado alhures, ante a ausência de legislação específica da matéria sub judice, é necessário examinar aquestão a luz do sistema constitucional, sobretudo tendo em vista a harmonia entre os princípios da isonomia edo equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. Para tanto recorre-se, mais uma vez, ao douto voto do MinistroRoberto Barroso:

(...)

37. Com efeito, a questão que se coloca não tem a ver com a validade ou invalidade dosproventos já recebidos – cuja percepção era inequivocamente lícita segundo o vínculo entãoexistente –, e sim com a necessidade de universalização da fórmula atuarial básica oferecida atodos os segurados. Assim, da mesma forma que o Poder Público não pode, aplicando aConstituição pela metade, criar uma categoria de contribuintes destituídos dos direitos atodos reconhecidos, também não pode outorgar um regime mais vantajoso àqueles que, porcircunstâncias diversas, venham a optar pela desaposentação. É isso o que ocorreria caso osegundo vínculo pudesse ser estabelecido com desprezo aos

valores já recebidos do sistema previdenciário. A demonstração do ponto não é banal, mas

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pode ser feita tanto conceitualmente quanto por meio de uma comparação objetiva entresituações.

38. No plano conceitual, é sabido que o cálculo do benefício previdenciário é feito a partir dealgumas variáveis, a saber (i) o tempo de contribuição; (ii) a média aritmética do valor dascontribuições; (iii) a idade do segurado; e (iv) a expectativa de sobrevida. Esses elementos sãoinseridos em uma equação atuarial, cujo resultado dimensiona o montante das prestaçõesdevidas pelo Poder Público. Colocando a questão nesses termos, parece evidente que, no casoda pretensão dos postulantes a um novo vínculo, não se pode desprezar os valores que eles játenham recebido do sistema previdenciário. Essa é uma quinta variável central, presenteapenas nesses casos, e que precisa ser considerada para que todos os segurados recebamtratamento semelhante. Ainda mais quando se tem em conta que o administrado não pretendeo reconhecimento de um novo vínculo em paralelo com o primeiro, apenas com base em suasnovas contribuições, e sim de um vínculo substitutivo, calculado também com base nascontribuições passadas. É necessário computar, portanto, o proveito econômico que elas jáhaviam gerado para o particular.

39. Para confirmar o acerto da lógica empregada e facilitar a compreensão por parte dosdestinatários da decisão, é possível aplicar esse raciocínio em um comparativo hipotéticosimples. Imagine-se um segurado que se aposenta por tempo de contribuição aos 50 anos e,com base nisso, faz jus a proventos mensais no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Esseindivíduo permanece no mercado de trabalho e, admitindo-se a desaposentação, obtém umanova aposentadoria aos 65 anos, agora no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). Como énatural, o cálculo desse segundo valor é resultante das variáveis gerais acima indicadas,aplicáveis a todas as pessoas. Por isso mesmo, o valor dos proventos seria idêntico para umasegunda pessoa que haja se aposentado originalmente no mesmo momento e com os mesmosindicadores (idade, tempo total de contribuição, valor das contribuições, etc) – com adiferença de que esta última não terá recebido quaisquer proventos nos quinze anosanteriores.

40. Essa é uma diferença de tratamento quantificável, que se soma a uma outra, imaterial: otrabalhador que recebia uma aposentadoria proporcional durante todo esse período – e a elasomava a remuneração percebida pela volta à atividade – tinha uma situação financeira maisfavorável do que aquele outro que somou todo o tempo de contribuição antes de requerer umvínculo definitivo. De certa forma, o primeiro terá utilizado a Previdência como uma fonte derenda complementar, lançando-se às incertezas do mercado de trabalho com uma vantageminexistente para os demais. E aqui não se trata de condenar essa postura ou supor que eladeva ser sancionada com a obrigação de restituir valores. Cuida-se apenas de não criar umaequação atuarial favorecida para alguns em detrimento de outros, seja em um sentido ou nooutro.

(...)

53. À luz dessas considerações, a conclusão objetiva é a seguinte: no cálculo da novaaposentadoria, a idade e a expectativa de vida a serem consideradas são aquelas referentesao momento em que o primeiro vinculo foi estabelecido. Foi a partir dali, afinal, que osistema contributivo-solidário passou a custear prestações para o indivíduo. Desconsideraresse fato – permitindo a desaposentação incondicionada – seria injusto para com osaposentados que não se enquadram nessa situação peculiar. Na prática, pessoas com o mesmotempo de contribuição, em valores também iguais, receberiam prestações acumuladassubstancialmente desiguais, instituindo um privilégio atuarial injustificável.

54. A aplicação da fórmula ora descrita, ao revés, faz com que o segundo benefício,resultante da desaposentação, seja intermediário em relação às duas situações extremas. Tal

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conclusão decorre da aplicação matemática da solução proposta, tendo em vista a fórmula dofator previdenciário. Como é natural, o resultado dependerá das variáveis de cada casoconcreto (idade na primeira aposentadoria, tempo de contribuição, valor médio dos saláriosde contribuição). Ainda assim, assumindo que a média dos salários de contribuição tenha semantido constante, é possível estabelecer um termo de comparação nítido entre adesaposentação sem condicionantes e o modelo aqui cogitado:

Variável Aposentadoria originalem 2006

Desaposentação em2014, incondicionada

Desaposentação em2014, no modeloproposto

Idade 53 61 53

Tempo de contribuição 35 43 43

Expectativa desobrevida

26 20,9 26

Fator previdenciário 0,684 1,112 0,853

Variação no valor dobenefício

+ 62,57 +24,7

55. Ou seja, assumindo que o valor das contribuições tenha permanecido pelo menos similar, oaumento no tempo de contribuição fará com que a segunda aposentadoria seja mais elevadado que a primeira auferida pelo mesmo segurado. Será inferior, contudo, àquela que seriapercebida por outro indivíduo que, com a mesma base contributiva, obtenha um primeiro edefinitivo vínculo. A razão da diferença é objetiva: um deles vem recebendo valores hádeterminado número de anos, ao passo que o outro passará agora à condição de beneficiário.Não há razão constitucionalmente válida para equiparar essas duas situações, o que seria tãoanti-isonômico quanto admitir que a cobrança das novas contribuições possa se dar semqualquer contrapartida efetiva.

56. Veja-se que não há, aqui, nenhuma dose de inovação normativa, mas tão somente ainterpretação do regime vigente à luz dos seus fundamentos constitucionais. O que se fez foiisolar o sentido dos fatores idade e expectativa de vida, tal como já constam da legislação,tendo em vista a função que desempenham na graduação dos benefícios sob a lógica de umsistema contributivo-solidário. Esse é um componente absolutamente básico em qualquersistema previdenciário.

Nada mais a acrescentar a tais ensinamentos.

5. Ante o exposto, conheço e DOU PARCIAL PROVIMENTO ao recurso inominado para declarar o direito da parteautora à desaposentação e, como consequência, determino: 1) implantação de novo jubilamento, considerandopara tanto a soma das contribuições efetuadas antes e depois da cessação de aposentadoria anterior, com datade início do benefício (DIB) na data da citação destes autos; 2) o cálculo dos proventos do novo vínculo deveconsiderar para os fatores idade e expectativa de vida os mesmos valores utilizados ao momento de aquisiçãoda primeira aposentadoria.

Cálculos a serem reelaborados pelo setor de cálculos judiciais do juízo de origem nos termos do Manual deCálculos da Justiça Federal e consoante os novos parâmetros aqui estabelecidos, obedecida a prescriçãoquinquenal, bem assim observado o teto do juizado.

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Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO:

Vistos, relatados e discutidos estes autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais daSeção Judiciária de Sergipe DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso autoral pelos fundamentos expostos nostermos do voto médio deste Relator, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Vencida,integralmente, a 3ª Relatoria e parcialmente a 1ª Relatoria que vota pela manutenção integral da sentença.

Participaram do julgamento os Juízes Federais: Edmilson da Silva Pimenta (Suplente da 1ªRelatoria), Fábio Cordeiro de Lima (Presidente e Relator), Marcos Antonio Garapa de Carvalho (Titular da3ª Relatoria).

FÁBIO CORDEIRO DE LIMA

Juiz Federal - 2ª Relatoria da TRSE

[1] Sobre a sequência normativa determinada pela edição de emendas, v. STF, AgRg no RE 424.055, DJ05.05.2006, Rel. Min. Joaquim Barbosa: “(...) É inconstitucional a cobrança, após o advento da EC 20/1998, decontribuição previdenciária sobre os proventos de inativos e pensionistas, conforme jurisprudência firmada nesteSupremo Tribunal Federal. Essa orientação aplica-se até o advento da Emenda Constitucional 41/2003, cujo art. 4ºfoi declarado constitucional por esta Corte, no julgamento das ADIs 3105 e 3128. (…).

Visualizado/Impresso em 03 de Novembro de 2015 as 14:43:49

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