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2. SUMRIO1 INTRODUO ...................................................................................................... 032 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 042.1 Nota bibliogrfica ..................................................................................... 042.2 Informaes sobre as autoras ................................................................. 042.3 Resumo do livro ....................................................................................... 052.4 Citaes ................................................................................................... 063 CONSIDERAES ............................................................................................... 094 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 10 3. 1 INTRODUO A obra est contextualizada no meioApesar da flexibilizao curricular e daO presente fichamento foi realizado com base acadmico do Direito, onde os velhos introduo de diversas disciplinas tericas nos nas recomendaes de Gustin e Dias (2006), esquemas cognitivos e os paradigmas tericos cursos, ele continua preso a uma concepoconstantes do Apndice A (p. 221). da modernidade revelam-se ineficazes parafalsa de sociedade (tida como estvel), a um identificar e compreender a heterogeneidadetipo de Direito (impositivo) do Estado e ao Esta publicao tem o sentido de compartilhar dos conflitos sociais, a complexidade daspapel dos tribunais como local privilegiado dea nova abordagem da pesquisa cientfica, novas normas, a intervenincia da economia resoluo de conflitos. cujos princpios podem ser aplicados em nos diversos setores, os valores, as outros campos do conhecimento. demandas, as expectativas da sociedade e o Para superar essas deficincias, as autoras surgimento de novas fontes de direitoconstruram roteiros metodolgicos que transnacionais. Para Miracy Barbosa de Sousa permitem ir alm dos textos convencionais e Gustin e Maria Tereza Fonseca Dias, autorascrticos, incluindo abordagens mais analticas da obra em fichamento, o ensino jurdico e melhor fundamentadas. contemporneo envelheceu-se e se esgotou.3 4. 2 DESENVOLVIMENTO2.1 Nota bibliogrficaA obra foi prefaciada pelo Professor JosMARIA TEREZA FONSECA DIAS Mestre e Eduardo Faria professor titular do Doutoranda em Direito Administrativo pela GUSTIN, Miracy B. S.; DIAS, Maria Tereza F. Departamento de Filosofia e Teoria do DireitoUFMG; Professora dos Cursos de Ps- (Re)pensando a pesquisa jurdica: teoria eda USP que sinaliza uma mudana de Graduao lato sensu do CAD/Gamas Filho, prtica. 2. Ed. rev., ampl. e atual. Beloparadigma nos estudos do Direito e da Justia, Fundao Joo Pinheiro (Escola de Governo Horizonte: Del Rey, 2006, 268p. referindo-se a uma abordagem maisProf. Paulo Neves de Carvalho) e da Escola problematizadora, crtica e interdisciplinar,de Contas Prof. Pedro Aleixo/PUC Minas; Insere-se no campo da metodologia decomo um roteiro geral de reflexes eProcuradora Geral Adjunta do Municpio de pesquisa cientfica. Apresenta um roteiro sugestes (GUSTIN; DIAS, 2006, p.3).Contagem/MG. metodolgico para a elaborao de projetos e execuo de pesquisas jurdicas. Esta 2.2 Informaes sobre as autoras segunda edio foi revisada, ampliada e atualizada com noes sobre variveis eMIRACY BARBOSA DE SOUSA GUSTIN indicadores, anlise de contedo, partesEspecialista em Metodologiapela ps-textuais do projeto e um novo modelo deUniversidade de Michigan (EUA); Ps-doutora relatrio final de pesquisa. A normalizao foi em Metodologia pela Universidade de feita com base nas normas ABNT 30/12/2005 Barcelona/CAPES; Doutora em Filosofia do e BBR 14.724. Direito e Mestre em Cincia Poltica pela UFMG; professora-adjunta de Graduao e Ps-Graduao da Faculdade de Direito da UFMG. 4 5. 2.3 Resumo do livro Alm da Introduo, das Notas Conclusivas, Parte 3 Discute os elementos essenciais doAnexos (a) Projeto de pesquisa vertente das Referncias e dos Anexos e Apndices desenvolvimento de pesquisas no campo sociolgico-jurdica; (b) Projeto de pesquisa ilustrativos, o corpo da obra estrutura-se emjurdico, desde a definio do tema-problemavertente dogmtico-jurdica; e (c) Exemplo de trs partes, dispostas em sete captulos:e da fundamentao terica at as questionrio para acompanhamento departicularidades da montagem de um projetoegressos. Parte 1 Viso global sobre pesquisa como de pesquisa com todos os seus elementos. funoacadmicade produode Descreve ainda as peculiaridades da Apndices (a) Proposta para fichamento de conhecimento cientfico, que valoriza o papelelaborao dos relatrios de pesquisa emtextos; (b) Exemplo de resumo para da metodologia e as formas de raciocnio e deformatos de monografia, dissertao e teseparticipao em encontros cientficos; e (c) argumentao na investigao do fenmeno (Captulos 4 a 7).Exemplo de pesquisa diagnstica e anlise de jurdico. Apresenta uma nova concepo dedados. pesquisa, problematizadora, interdisciplinar Notas Conclusivas: A pesquisa jurdica no (Captulos 2 e 3). apenas um ato de reproduo de estudos eanlises ou de fontes tradicionais, mas, sim, Parte 2 Vertentes metodolgicas da de criao e constituio crtica de novas pesquisa em Cincias Sociais Aplicadas, comformas de pensar o ordenamento jurdico, as nfase nas condies e possibilidadesrelaes entre os cidados e os princpios especficas do Direito. Chama a ateno para tico-jurdicos, cuidando-se para que a Justia as novas fontes de produo do conhecimentoseja a referncia que atribua significado ao jurdico (Captulo 4). fenmeno jurdico, conferindo-lhe legitimidadee efetividade.5 6. 2.4 Citaes 1 INTRODUO 2 VISO GLOBAL SOBRE A PESQUISAAs investigaes no campo do Direitoestaro, portanto, sempre voltadas As peculiaridades do Direito, como A definio mais simples de pesquisaprocurade possibilidadesCincia Social Aplicada, reclamam uma poderia ser formulada como a procura emancipatrias dos grupos sociais e dosreflexo sobre os aspectos tericos e de respostas para perguntas ou indivduos e pelo contedo moral dessametodolgicos que lhe dizem respeito, problemaspropostosqueno emancipao. Afirma-se, assim, que opara posteriormente serem aplicados encontram solues imediatas naDireito eaproduo de seucompreenso e ao ensino da Cincia literatura especializada sobre o assunto conhecimento no se restringem Jurdica (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 2). (...) origina-se sempre de uma regulao social. (...) A produo de um indagao, de uma questo posta pelo conhecimento emancipador origina-seCabe ao cientista do Direito, um papel pesquisador, sem soluo imediata por um problema complexo que vital ede reflexo sobre o objeto de suas (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 6).que se configura a partir de uminvestigaes, no sentido de transformarfenmeno jurdico compreendido em suae redefinir o papel do Direito na A diferena entre a produo de dimenso cultural e tridimensional:sociedade (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 3). conhecimento do homem em seu ftica, axiolgicae normativa cotidiano e a produo de conhecimento (SANTOS, 2002 apud GUSTIN; DIAS, com objetivos cientficos a forma de 2006, p. 7). observao utilizada (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 7). 6 7. 3 A CINCIA JURDICA E SEU OBJETO DE5 O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA, [...] uma pesquisa inicia-se, sempre, a INVESTIGAOSEUS ELEMENTOS E FASES ESSENCIAISpartir do surgimento ou constituio deum problema terico ou prtico. O marco A cincia Jurdica contempornea apela Um problema , quase sempre, umaterico deve ser considerado desde essa razoabilidade, ao conhecimento crticoinquietao ou, at mesmo, umproblematizao inicial. Assim, o e reconceituao do ato justoobstculo, uma indignao do sujeito emreferencial terico constitui-se como (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 11) relao ao conhecimento produzido ou elemento de controle no s do s normas morais, sociais ou legisladas, problema como de toda a pesquisa 4 OPO METODOLGICAsegundo determinados contedos (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 36). discursivos. S a partir desse momento, [...] as pesquisas jurdicas, segundo as em que o sujeito se encontra em umaA teoria cientfica tudo aquilo que novas metodologias, devem ser crticassituao problemtica ou de dvida, produzido por meio da metodologia de seu prprio fazer, contextualizadas, que se pode propor o desenvolvimento cientfica, ou seja, a reproduo de dialgicas e transdisciplinares. Logo,de uma pesquisa cientfica (GUSTIN; conhecimento a partir de pesquisas no cabe restringirmos nossas fontes de DIAS, 2006, p. 33).sistemticas, organizadas e controladas investigao internalidade do Direito metodicamente. A teoria um modo de (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 30). ver os objetos cientficos controladossegundo procedimentos metodolgicos(GUSTIN; DIAS, 2006, p. 36). 7 8. 6 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA [...] vale a referncia pesquisa-ao, Atualmente, h uma tendncia ano s por sua adequao ao campo priorizar a anlise de contedo como Uma das principais pesquisas de aplicado, mas muito especialmente aoprocedimentoprioritrio das campo o estudo de caso. (...) Podem- campo do Direito. Essa estratgia investigaes de cunho terico. (...) se realizar, no estudo de caso, ametodolgica, como as demais tcnicas Podemser consideradostipos observao, entrevistas formais erelacionadas com investigaes sociaisespecficos de anlise de contedo: as informais, procedimentos de anlise de aplicadas, tem referncia emprica e histrias de vida, a anlise de discurso, grupo, dispositivos sociomtricos, desenvolvida em estreita correlao com a anlise das mensagens da mdia, o anlise de documentos, de relaes,uma ao ou com a soluo deexame de documentos, estudo de entre outros (GUSTIN; DIAS, 2006, p.problemas grupais ou coletivos legislaes, de jurisprudncias, estudos 104).(GUSTIN; DIAS, 2006, p. 106). histricos etc. (GUSTIN; DIAS, 2006,p. 109)A pesquisa-ao favorece a resoluode problemas coletivos, transformaesTodas as vezes que se desenvolve umade realidades emergentes e a produo pesquisa terica, o procedimento dede conhecimento. (...) O conhecimento anlisedecontedotorna-seproduzido revertido em benefcio noimprescindvel (GUSTIN; DIAS, 2006,s da equipe pesquisadora mas tambmp. 109).da equipe de participantes da situaoinvestigada (GUSTIN; DIAS, 2006, p.106)8 9. 3 CONSIDERAESO que determina o tipo ou espcie de disciplina Metodologia da Pesquisa Jurdi- Se a indagao do pesquisador puder ser res- pesquisa o contedo do problema ca, mesmo sendo uma disciplina em constru- pondida por meio de simples consultas a li- posto, sua hiptese e seus objetivos, no o e com pouco material didtico disponvel,vros, revistas ou jornais, sem o uso de meto- os procedimentos utilizados (GUSTIN; segundo as autoras, cabe refletir sobre o es-dologia sistemtica de investigao, verificvel DIAS, 2006, p. 110).tatuto epistemolgico da Cincia Jurdica emediante procedimentos racionais e crticos, promover o aprofundamento das discusses ento a pesquisa ser mero aprofundamento 8 NOTAS CONCLUSIVAS sobre o seu contedo no curso de Direito.de estudo sobre certo tema e no investiga-o cientfica. Mas isso no quer dizer que a H muito que se fazer, h muito a se A metodologia da pesquisa jurdica pode de-pesquisa cientfica seja o nico caminho para revelar no campo da cincia jurdica. senvolver-se de dois modos distintos: pela te- a produo de conhecimento. Existe tambm Quer sejam pesquisas histricas,oria, cabendo-lhe apresentar os debates so-o conhecimento proporcionado pelo prprio sociolgicas, antropolgicas quer sejam bre a fundamentao do conhecimento cien-ser humano em seu cotidiano, ao se aproxi- dogmticas, a todas elas existe umtfico, com base na metodologia das Cincias mar do seu mundo para conhec-lo e espao ainda promissor de produo, deSociais Aplicadas; e pela prtica, procurandotransform-lo. recriao e de (re)pensamento (...) Emdescrever os elementos principais do projeto conjunto, deveremos, por meio dee da prpria pesquisa cientfica e orientando investigaes cientficas, (re)pensar o a composio e a transformao de relatrios fenmeno jurdico e sua conexo com o finais em monografias, dissertaes e teses mundo da vida e das relaes efetivas de Direito. de justia e de cidadania democrtica (GUSTIN; DIAS, 2006, p. 168). 9 10. 4 BIBLIOGRAFIAA obra fichada faz uma aproximao desse GUSTIN, Miracy B. S.; DIAS, Maria Tereza F.(Re)pensando a pesquisa jurdica: teoria e conhecimento do senso comum com o conhe- prtica. 2. Ed. rev., ampl. e atual. Belo cimento cientfico e mostra que, em Direito, a Horizonte: Del Rey, 2006, 268p.pesquisa no pode descrever algo de formaSANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso neutra e inflexvel, pois no a norma em si osobre as cincias. 13 ed. Porto (PT):Afrontamento, 2002, 59p. que interessa, mas, sim, o fenmeno jurdico. Este livro de Gustin e Dias (2006) bsico e indispensvel compreenso da pesquisa, es- pecialmente no incio dos trabalhos. Traz con- sigo uma nova proposta de estatuto cientfico e se apresenta como um manual detalhado que orienta, passo a passo, a composio de um relatrio de pesquisa, observando as ten- dncias contemporneas da Metodologia de Pesquisa Jurdica, no mbito das Cincias Sociais Aplicadas. 10