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Espanha - Confed Cup (2013)

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Análise ao finalista vencido da final da Confed Cup (2013). Será o final da "era" de "La Roja" ou apenas um percalço?

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Futebol – Relatórios e Tácticas

Observação da Espanha

Jogo: Espanha 0x0 Itália (7x6 após grandes penalidades) – Taça das Confederações 2013 – Meia-final Jogo 2

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Jogo: Espanha 0x0 Itália (7x6 após grandes penalidades) – Taça das Confederações 2013 – Meia-final Jogo 2

ANÁLISE INDIVIDUAL: Casillas -> Resgatado por Del Bosque, é mais forte dentro dos postes do que fora deles. Experiente e muito concentrado. Valdés -> De todos presentes na Taça das Confederações, é o melhor no jogo com os pés, fora da baliza é fraco e dentro dos postes é muito ágil. Reina -> É o terceiro guarda-redes, não é muito forte em nenhum dos aspectos, mas é melhor fora dos postes que Valdés. Piqué -> Alto, forte a ler o jogo, seguro e chega quase sempre com perigo à área adversária. Ramos -> É mais duro que Piqué, menos elegante, mas mais agressivo, mais rápido e muitas vezes transporta o jogo. Albiol -> Dos três centrais é o mais fraco, é alto e rápido mas tecnicamente é pouco evoluído. Arbeloa -> Não é um mago a atacar mas é consistente a defender, protege-se bem não dando muita largura ao jogo da equipa. Azpilicueta -> Tal como Arbeloa, não é tão forte a atacar como a defender, mas é mais perspicaz e ataca melhor que o lateral do Real Madrid. Alba -> Faz o corredor esquerdo a alta velocidade, ataca muito, é rápido, bom tecnicamente mas deixa muito espaço nas costas. Monreal -> É mais defensivo que Alba, protegendo-se melhor, mas falta o resto, não tem a profundidade de Alba. Javi Martínez -> É um autentico “pau para toda a obra”, preenche todo o meio-campo com classe, com qualidade e elegância, é alto. Busquets -> Tem alguns golpes teatrais mas é o pêndulo defensivo da equipa, equilibra e alia a isso enorme competência na circulação. Xavi -> Sem a frescura de outros tempos, lê como ninguém os movimentos da equipa e joga quase de olhos fechados, não falha um passe. Iniesta -> É, de longe, o mágico da equipa, todo o jogo passa por si, para onde ele vai a bola vai atrás. Simulações corporais, dribles em que a bola não descola do pé ou passes magistrais, são algumas das soluções que “Don Andrés” mais usa. Fábregas -> É mais utilizado no tridente ofensivo mas é na posição onde desfila Xavi que melhor actua, constrói muito bem o jogo e tem golo. Cazorla -> É um pequeno artista, tem um toque de bola que não engana. Visão de jogo acima da média e boa meia-distância. Pedro -> É muito vertical, é uma pulga que se cola nas costas dos defesas a uma velocidade estonteante. Tem golo e marca em quase todas as finais onde joga. Mata -> Cola a bola ao pé e ninguém a vê mais até ele soltar. É pouco vertical, gosta de andar mais solto e faz passes magistrais. Silva -> Tal como Mata, é menos vertical, menos explosivo, é mais de drible curto, de bola no pé, de diagonal e de assistir. Navas -> O herói da meia-final, é explosivo, igualmente vertical e de finta fácil, os seus cruzamentos são venenosos. Fernando Torres -> Dos 3 avançados é o que tem menos golo, mas é o que trabalha mais para a equipa, sacrifica-se muito e joga pouco parado, está sempre em movimento. David Villa -> Melhor marcador da história de “La Roja”, é um autentico furador de redes, forte a segurar a bola, no drible e a aparecer nas costas das defesas. Soldado -> É um puro “9”, garante golos e eficácia, não é muito lutador.

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COMO JOGAM – GERALMENTE: Jogam num sistema com 4 defesas, 3 médios e 3 avançados. Tem um enorme ADN de posse de bola fruto da presença em grande número de jogadores do Barcelona (6 no onze inicial). Um grande guarda-redes (Iker Casillas), dois centrais (Piqué e Ramos) forte com bola, um lateral mais defensivo (Arbeloa) e um mais ofensivo (Alba). Um médio defensivo mais denunciado (Busquets), um médio que não chega tantas vezes ao ataque para finalizar (Xavi), um médio que desequilibra (Iniesta), um extremos mais vertical (Pedro) e outro mais de diagonais, de procurar jogo interior (no caso, David Silva) e um avançado móvel (Fernando Torres).

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Jogo: Espanha 0x0 Itália (7x6 após grandes penalidades) – Taça das Confederações 2013 – Meia-final Jogo 2

Organização ofensiva (Ataque): Mantém a sua filosofia de posse, de circulação. Para isso, Busquets cai mesmo para a zona dos centrais, acelerando e abrindo espaço para a 1º fase de construção e sendo um pilar importante nesta mesma tarefa. Os laterais sobem e são eles que assumem movimentos verticais para ganhar a linha de fundo, o que não acontece muitas vezes mas, quando acontece, é por norma Jordi Alba quem o faz. Xavi e Iniesta tem uma amplitude muito grande de movimentos e uma liberdade grande para andarem soltos e para atraírem para eles a posse da bola, onde eles estão, é onde a Espanha joga. Torres é pouco fixo, vagueando um pouco por toda a frente de ataque, normalmente em movimentos diagonais (dentro e fora), enquanto Pedro consegue movimentos diagonais nas costas da defesa, a grande velocidade (ter atenção ás costas dos centrais) enquanto Silva procura mais as zonas interiores, aproximando-se de Xavi e Iniesta para circular, para ter bola, é quase um falso ala pois está na faixa muitas poucas vezes. Com Pedro sobre a direita, a Espanha disfarça a pouca rodagem ofensiva de Arbeloa, com Silva é quase uma faixa sem acção - um foge para dentro, o outro não ataca. São mais perigosos quando jogam pelo corredor central (jogo interior fortíssimo), ou seja, onde andar Iniesta que para além de ser, hoje, o seu melhor construtor de jogo é o seu maior desiquilibrador através de aproximações que faz ao corredor esquerdo, por meio de dribles, simulações corporais ou passes certeiros. Formam quase sempre triângulos permitindo ao portador da bola ter 2 ou 3 soluções para tabelar e continuar em posse (aproximação facilita a tabela). São inspirados no futebol total, quero eu dizer, estão em constantes trocas posicionais o que confunde as marcações e feito a grande intensidade provoca desgaste no adversário. Iniesta e Alba protagonizam uma jogada que muitas vezes fazem no Barça com a entrada do segundo, num movimento diagonal não tão acentuado, na área recebendo um passe picado de Iniesta e rematando muitas vezes de primeira. Dos centrais, Ramos é o que assume mais uma postura ofensiva no jogo, tentando sair a jogar, Piqué fica mais atrás e procura controlar mais a bola parado.

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Jogo: Espanha 0x0 Itália (7x6 após grandes penalidades) – Taça das Confederações 2013 – Meia-final Jogo 2

Organização defensiva (Defesa): Organizam-se estruturalmente em 4x1x4x1 ou em 4x1x3x2, muitas vezes utilizando as duas disposições no mesmo momento defensivo. No 4x1x4x1, Torres é o primeiro opositor, segue-se Pedro, Xavi, Iniesta e Silva, entre a linha média e defensiva, está Sergio Busquets. O 4x1x3x2, é feito com a subida de um dos 4 homens que está na linha que joga nas costas de Torres (no 4x1x4x1), com o alargamento do sector intermédio. Busquets joga entre os 3 homens da linha intermédia e os defesas. Alba dá muito espaço nas costas, algo a explorar com uma bola longa (muitas vezes utilizado pela Itália), enquanto que Arbeloa é mais comedido a atacar, defendendo melhor. Busquets é muitas vezes o homem que é obrigado a cair para uma das faixas (não o fazendo muitas vezes, caí mais para o meio dos centrais ou sair na pressão ao portador da bola). Algo a explorar ainda pode ser os 2 para 1 com o Arbeloa que não é muito forte. Em posse, se virarmos muito o flanco, rapidamente pelo ar ou pelo chão vamos desequilibrar uma equipa que cai muito para o lado do portador da bola. Acrescentar ainda que a lentidão de alguns jogadores, que são duros de rins, ou seja, um jogador mais rápido, mais versátil na mudança de velocidade (como o Giaccherini) pode fazer estragos. Para levar de vencida a Espanha exige-se que neste momento de jogo haja muita velocidade, muita frieza na decisão e que se aguente muito a pressão alta exercida sobre o portador da bola que eles fazem, procurando ao máximo e incansavelmente que o adversário acabe por cometer um erro. Nos cruzamentos efectuados, em efeito para entre os centrais, que por norma não estão muito juntos e abrem um espaço que um avançado mais felino saberá aproveitar.

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Transição ofensiva (após a recuperação da posse de bola): A transição pode ser feita de forma lenta, exceptuando quando a Pedro consegue desmarcar-se e a Espanha procura sair com um passe mais longo, algo muito pouco usual na equipa Espanhola. Normalmente a bola é conduzida para qualquer um dos homens do miolo. Referi que era feita de forma lenta, não é porque não jogadores com capacidade de explosão mas sim porque é feita em bloco e começando em constantes trocas de bola e posicionais. Silva fica mais próximo dos médios e o Pedro procura posição mais central.

Transição defensiva (após a perda da posse de bola): Não são uma equipa que perca muitas bolas quando estão em construção, perdem-na sim, no momento de finalização ou quando o passe sai mal direccionado na zona de definição das jogadas, ou seja, no último passe, não perdendo para adversário, mas sim involuntariamente colocando-o do lado de fora das 4 linhas. Quando a perdem, são uma equipa muito agressiva na recuperação e se o adversário demorar recuperam-na facilmente quase sempre colocando 2 ou 3 unidades em cima do portador da bola, evitando assim que a construção do adversário seja lenta. Correm muito quando perdem a bola e não baixam logo, bem pelo contrário, sobem para procurar incansavelmente recuperar a posse. Nota mais uma vez para, neste momento, uma bola para a faixa esquerda de defesa espanhola, onde não deve estar o Jordi Alba, pode ser muito útil, bem aproveitado com uma variação rápida de jogo.

Pontapé-de-baliza a favor: Duas formas de ser batido: curto para os centrais ou Busquets e começam numa construção mais lenta com um bloco mais baixo e subindo naturalmente com a aproximação das linhas mais adiantados ou então longo para um espaço vazio nas costas da defesa adversária ou ainda na direcção de “El Niño” Torres.

Pontapé-de-baliza contra: Sobem muito o seu bloco, colocando quase sempre a equipa toda dentro do meio-campo adversário, mais uma vez alertar para o espaço nas costas da defesa, agora no geral, pois está muito subida e expõem-se muito para pressionar o adversário na sua saída mais curta.

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Cantos ofensivos: Não é uma equipa que coloque muita gente na área – elementos (Busquets, Torres, Piqué e Ramos). Xavi é quase sempre dono e senhor das bolas paradas, cruza tenso, nomeadamente para Piqué e Ramos. Os 4 jogadores que “residem” dentro da área adversária tem movimentações semelhantes, um movimento diagonal de aproximação à baliza. Do lado de fora da área, está Silva ou Pedro na zona de aproximação a Xavi, o que não estiver na tal zona de aproximação ao cobrador, está sobre o lado onde é batido o canto na entrada da área, o mesmo acontece com Iniesta do lado oposto.

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Cantos defensivos: Fazem marcação mista, com a colocação dos jogadores mais altos – Busquets, Piqué, Ramos e Torres – bem como jogadores de menor estatura – Silva e Arbeloa numa marcação ao homem (jogadores mais perigosos com os mais altos). Xavi está entre a linha de jogadores que defendem ao homem e Iker Casillas, fazendo uma movimentação vertical, aproxima-se do 1º poste. Iniesta fica na entrada da área, precavendo um possível canto curto e Pedro na frente da linha de marcação ao homem. Alba fica na meia-lua.

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Livres laterais ofensivos: Mais uma vez Xavi é quem vai bater, a Espanha volta a colocar os mesmos 4 homens na área, pode ainda incluir Pedro ao primeiro poste (já foi lá colocado). Ramos quando Xavi para bola está em fora-de-jogo mas recua rápido para conseguir ainda tentar desviar a bola voltando a acompanhar a defesa adversária. Busquets ao primeiro poste, Torres na zona de penálti e Ramos nas costas de Piqué. Silva, Pedro e Iniesta fora da área mas na “periferia”. Arbeloa e Alba atrás protegendo alguma saída rápida. Além de bombear a bola para a área, podem sair curto com a aproximação de Silva.

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Livres laterais defensivos: Novamente com uma marcação mista (ao homem e zonal). Iniesta na barreira, Alba e Xavi já dentro de área (zonal), e Pedro e Silva do lado exterior da área, perto da meia-lua (zonal). Piqué, Ramos, Arbeloa, Busquets e Torres numa marcação aos homens mais perigosos, de forma individual, ou seja, ao homem. Os centrais e Busquets com os jogadores mais perigosos jogo aéreo. Aconselhável é colocar um homem forte no jogo aéreo, num movimento diagonal (fora para dentro) contrastando com o de toda a sua equipa (movimento vertical) para confundir a marcação individual (preferencialmente que o jogador que o faça seja marcado por Arbeloa ou Torres). Deixam muito espaço nas costas uns dos outros, principalmente entre o 2º e o 3º elemento quando vão a baixar para a zona de Casillas.

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Livres directos ofensivos: Tem dois marcadores quase que especializados na matéria, Xavi e Sérgio Ramos. Um vai batendo no clube (Xavi) outro tem menos hipóteses (Ramos). Um bate mais colocado, em efeito, em jeito (Xavi) o outro usa mais a força bruta, um remate mais potente mas menos preciso (Ramos). A juntar a estes dois jogadores ainda pode o Silva, menos provável, mas mais em jeito também.