Computador, Projetos E Transdisciplinaridade VersãO Final

Wanessa de Castro - Tecnologias Educacionais

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WANESSA DE CASTROWANESSA DE CASTROUnB UnB –– Faculdade de EducaçãoFaculdade de Educação


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Sociedade da Informação


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Educação

� Resistência à “entrada” da escola na sociedade da informação;

� A escola trabalha com dois tempos e ainda não estabeleceu um vínculo entre eles: o presente, que remete aos currículos vigentes e ultrapassados; e o futuro, que está ligado às necessidades da escola se atualizar para servir ao mundo, para lançar nele cidadãos autônomos, críticos, criativos e capazes de competirem no mercado de trabalho.


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Segundo Valente (1996) a Sociedade da Informação exige seres humanos:

� Críticos;� Criativos;� Com capacidade de pensar;� Capazes de aprender a aprender;� Com capacidade de trabalhar em grupo e de conhecer seu potencial intelectual;

� Que tenham uma visão geral dos problemas da humanidade;

� Que tenha uma visão transdisciplinar e com capacidade de aprimoramento e depuração de idéias e ações.


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Formação de professores

Para um Novo Modo de Produção do Conhecimento, um Novo Modo de Formação que avança na direção de uma Pedagogia inovadora que segundo Lacerda Santos (2001) pode responder a uma série de necessidades da educação contemporânea, tais como:


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Um Novo Modo de Formação pode proporcionar:

� a atualização contínua das fontes de informação;� o desenvolvimento de talentos e competências em diferentes áreas;

� o desenvolvimento de atitudes e valores para a convivência com autonomia, cooperação e colaboração;

� o desenvolvimento de competências e habilidades suscetíveis de permitirem o acompanhamento da evolução dos campos profissionais;

� e o surgimento de novos campos.


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Esse Novo Modo de Formação caracteriza-se, segundo Lacerda Santos (2001), por algumas premissas:

� A evolução de um modelo de formação estática para um modelo dinâmico;

� Reinvenção das relações educativas; � Estabelecimento de ligações entre campos de

conhecimento distintos, relação esta denominada interdisciplinaridade;

� Diversificação de espaços de interação com conhecimentos;

� Combate ao hermetismo no tratamento dos conteúdos pedagógicos;

� A formação deve ser percebida como uma formação apenas inicial.


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Valente (2005) destaca dois aspectos importantes em termos de formação de professores na implantação de tecnologias na educação:

� O domínio técnico e/ou pedagógico não deve acontecer de modo estanque, um separado do outro;

� O segundo aspecto diz respeito à especificidade de cada tecnologia com relação às aplicações pedagógicas. O educador deve conhecer o potencial que as tecnologias têm a oferecer e como pode ser explorado nas situações de sala de aula.


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Proposta de formação docente em informática educativa

� Abordagem da Pedagogia de Projetos

� Metodologia da pesquisa-ação


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Proposta de formação docente em informática educativa

Discussão de temas pedagógicos e modos de

utilização do computador em sala de aula

Construção de projetos pelos professores que prevejam o uso do computador como ferramenta

pedagógica

Projetos desenvolvidos com as turmas

utilizando a mesma dinâmica (com o computador como

auxiliar)

Os resultados dos projetos dos alunos são trazidos e

apresentados para a turma e os dos professores para o grupo

docente

Avaliação do processo vivenciado e dos

resultados alcançados


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Relação professor-aluno

A entrada do computador na educação gera novas relações entre professores e alunos. O docente passa de “detentor” e “transmissor” a mediador, facilitador das relações entre aprendizes e informações acessadas.


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Computador na educaçãoSegundo Masetto (2000) o surgimento da informática e da telemática proporciona:

� oportunidade de entrar em contato com as mais novas e recentes informações, pesquisas e produções científicas de todo o mundo, em todas as áreas; � a oportunidade de desenvolver a auto-aprendizagem e a interaprendizagem a distância a partir de microcomputadores localizados nos mais diversos locais;


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Computador na educação� o surgimento de novas formas de se construir o conhecimento e produzir seus próprios trabalhos;

� a integração de movimento, luz, som, imagem, filme, vídeo em novas apresentações de resultados de pesquisa e assuntos e temas para as aulas;

� a possibilidade de orientação dos alunos tanto em sala de aula como em outros períodos;

� e possibilita o desenvolvimento da criticidade, da curiosidade, da criatividade, da ética e da autonomia.


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Computador na educação

Moran (2004) sugere que educar com qualidade implica em ter acesso e competência para organizar e gerenciar as atividades didáticas em, pelo menos, quatro espaços:


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1. Uma nova sala de aula:

Com professores bem remunerados e bem formados, equipada com TV, VCR, DVD e, no mínimo, um ponto de Internet para acesso a sites em tempo real pelo professor ou pelos alunos quando necessário, além de equipamentos de projeção que possibilitem o uso de simulações, vídeos, jogos, páginas Web ao vivo, visualização dos trabalhos dos alunos pela turma toda, webquest, etc. Nesta nova sala de aula o papel do professor deve ser repensado. Ele passa a ser um organizador, um facilitador, um mediador que se coloca à disposição dos alunos no processo de seleção, interpretação e transformação das informações acessadas em conhecimento.


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2. O espaço do laboratório conectado:

Enquanto não se realiza o ideal de todas as salas de aula com computadores suficientes e conectados às redes de comunicação instantânea, o professor precisa se organizar para planejar aulas no laboratório de informática para o aluno se familiarizar com a máquina e seus comandos, utilizando diferentes estratégias pedagógicas, seja conectando-se à Internet para fazer pesquisas, divulgar trabalhos, etc., seja usando softwares educativos com objetivos bem delineados, seja usando jogos e/ou simulações que visem ao alcance das metas propostas no currículo.


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3. A utilização de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA):

Após o conhecimento das informações básicas, pelos alunos, de como pesquisar e de como utilizar os AVA, pode-se iniciar a utilização das estratégias a distância combinando momentos presenciais com atividades de pesquisa, comunicação e produção a distância, podendo-se realizar essas atividades de forma individual, em pequenos grupos ou todos juntos, de forma colaborativa. Neste ponto Moran (2004) ressalta que o educador deve adquirir a competência de combinar a gestão dos tempos virtuais a distância com os tempos presenciais. Os ambientes virtuais devem servir de complemento às atividades presenciais.


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4. Inserção em ambientes experimentais e profissionais (prática-teoria-prática):

Ampliar o conceito de integração entre reflexão e ação, teoria e prática. Inserir os alunos em ambientes próximos à sua realidade, ambientes em que as informações e os conhecimentos trabalhados sejam contextualizados e os alunos se sintam familiarizados com o que estão estudando. Isto pode ser feito por meio de cases, projetos de trabalho, etc.


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Novas formas de aprender

Os novos tempos trazem consigo a urgência de novos paradigmas. As formas de comunicação e relacionamento das pessoas estão mudando, se ampliando. Os modos de aprendizado também. Já existem estudos que comprovam que estas mudanças estão gerando novas estruturas cerebrais nas crianças e jovens que se relacionam de forma diferenciada da tradicional.


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Novas formas de aprender

☺ Eixo central do processo educativo – a aprendizagem.

☺ Professores e alunos devem conhecer o processo de metacognição = conscientização de seus próprios processos mentais.


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Transdisciplinaridade

Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) na educação –trabalho de uma multiplicidade de dimensões.

Segundo Pais(2002) a articulação dessas dimensões resulta em um entrelaçamento que formará um rizoma em que é impossível estabelecer uma hierarquia entre os saberes.


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� Pais(2002) - um conceito é transdisciplinar quando ele tem a propriedade qualitativa de transitar e de ser do interesse de diversas áreas disciplinares.


�Vidal, Maia e Santos (2002) -transdisciplinaridade é a coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinares do sistema de ensino em torno de uma axiomática geral.


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� Hernández (1998) - a transdisciplinaridade representa uma concepção da pesquisa baseada num marco de compreensão novo e compartilhado por várias disciplinas, que vem acompanhado por uma interpretação recíproca das epistemologias disciplinares. A cooperação, nesse caso, dirige-se para a resolução de problemas e se cria a transdisciplinaridade pela construção de um novo modelo de aproximação da realidade do fenômeno que é o objeto de estudo.


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Fernando Hernández (1998)

“A transdisciplinaridade vinculada ao currículo integrado implica criar novos objetos de conhecimento para fazer do conhecimento algo ‘efetivo’ que permita continuar aprendendo e converta, de novo, a atividade do ensino numa aventura social e intelectual. Os projetos de trabalho podem servir como facilitadores dessa travessia”


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Pedagogia de Projetos

Vidal, Maia e Santos (2002) – “um projeto de trabalho articula-se em torno de um determinada eixo temático, que pode ser uma pergunta ou um conjunto de perguntas significativas para a classe, a definição de um conceito ou problema posto. O seu desenvolvimento supera, assim, os limites de uma matéria e cria um ambiente estimulador para a construção do conhecimento a partir da coleta, tratamento e articulação das informações oriundas de diversas disciplinas”.


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Pedagogia de Projetos

Hernández (2000) – “os projetos de trabalho significam, do meu ponto de vista, um enfoque do ensino que tenta ressituar a concepção e as práticas educativas na escola, e não simplesmente readaptar uma proposta do passado, atualizando-a.”


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O que poderia ser um projeto de trabalho (Hernández, 1998)

1. Um percurso por um tema-problema que favorece a análise, a interpretação e a crítica (como contraste de pontos de vista);

2. Onde predomina a atitude de cooperação, e o professor é um aprendiz, e não um especialista (pois ajuda a aprender sobre temas que irá estudar com os alunos);

3. Um percurso que procura estabelecer conexões e que questiona a idéia de uma versão única da realidade;

4. Cada percurso é singular, e se trabalha com diferentes tipos de informação;


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O que poderia ser um projeto de trabalho (Hernández, 1998)

5. O docente ensina a escutar; do que os outros dizem, também podemos aprender;

6. Há diferentes formas de aprender aquilo que queremos ensinar (e não sabemos se aprenderão isso ou outras coisas);

7. Uma aproximação atualizada aos problemas das disciplinas e dos saberes;

8. Uma forma de aprendizagem na qual se leva em conta que todos os alunos podem aprender, se encontrarem o lugar para isso;

9. Por isso, não se esquece que a aprendizagem vinculada ao fazer, à atividade manual e à intuição também é uma forma de aprendizagem.


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Lacerda Santos (2003)

O projeto de aprendizagem construído em torno do uso do computador abre espaço para uma plena utilização desta tecnologia como meio de aprendizagem, inserida em um contexto mais amplo de diálogo com outras tecnologias, tanto materiais quanto intelectuais. Segundo o autor, interagindo com os alunos/cursistas, o professor/mediador libera-se da tarefa de ensinar o uso do computador e do peso de ter de mostrar-se excelente em tal uso, para aprender juntamente com seus pares discentes. A gestão dessa relação torna-se, portanto, tarefa muito simples e envolvente, constituindo interessante instrumento de formação continuada do professor.


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“É justamente como um poderoso instrumento de apoio à ação docente, à formação continuada e à sua evolução neste contexto de complexidade que a pedagogia de projetos surge como uma estratégia eficiente e eficaz para a gestão das relações educativas”.

Gilberto Lacerda dos Santos


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WANESSA DE [email protected]

Mestre em Educação e Comunicação

2008

Technology

Computador, Projetos E Transdisciplinaridade VersãO Final