Aula 1 - Aspectos Físicos, Sociais e Economicos BH

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Professora Larissa de Sousa

GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – DEC 2594

Aspectos físicos, sociais e econômicos da Bacia Hidrográfica

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

2013

REVISÃO

ETAPAS DO PLANO: DIAGNÓSTICO

CONTÉUDO DIAGNÓSTICO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Relevo

Geologia

Uso do solo

Vegetação

Clima

Intervenção antrópica

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

PARTICIPAÇÃO SOCIEDADE

EXEMPLOS

SUMÁRIO

Fórum de decisão no âmbito de cada bacia hidrográfica:

Prioridades de investimento

Fixação de níveis de cobrança

Ações a serem implementadas

Comitê de Bacia Hidrográfica

REVISANDO...

Plano de Bacia Hidrográfica

Instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos instituída

no Paraná pela Lei nº 12.726/1999;

Compatibilização entre oferta e demanda de água, em quantidade

e qualidade, para todos os pontos da bacia hidrográfica;

Aprovado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, o que lhe dá um

forte caráter participativo na sua elaboração.

Coleta e tratamento de dados;

Construção da realidade existente (“o rio que temos”)

Projeção, Cenários, Alternativas de aumento da oferta

de água e de redução da demanda

Monitoramento do Plano e Introdução de Revisões /Adaptações necessárias

Relatórios de Acompanhamento da Implementação do Plano

Construção da realidade desejada (“o rio que queremos”)

Estabelecimentos das metas do plano

Levantamento das intervenções desejadas e das fontes de recursos

necessários

Identificação das metas prioritárias

Hierarquização das intervenções e construção dos cenários do plano

Montagem de cada cenário (“o rio que podemos”)

Esquema de implementação do plano

REVISANDO...

DIAGNÓSTICO

PROGNÓSTICO

PLANO propriamente dito

Na elaboração do diagnóstico e prognóstico, deverão

ser observados os seguintes itens:

• Avaliação ambiental e socioeconômica da bacia;

• Avaliação quantitativa e qualitativa da disponibilidade

hídrica da bacia hidrográfica:

– Subsidiar o em especial o enquadramento dos

corpos de água, as prioridades para outorga de

direito de uso e a definição de diretrizes e critérios

para cobrança.

• Avaliação do quadro atual e potencial de demanda

hídrica da bacia.

ETAPAS DO PLANO

Consulta à sociedade no diagnóstico:

• Sociedade pode manifestar seus anseios, apontar os

principais conflitos, sugerir medidas adequadas à

solução dos principais problemas;

• Estruturado para ser objetivo e direto, abordando o que

realmente tem importância ou é significativo para os

objetivos propostos.

DIAGNÓSTICO

• Caracteriza a realidade presente, examinada segundo

dois componentes:

– o primeiro, estável no horizonte de planejamento –

o meio físico - e

– o segundo, mutável (população, economia, cobertura

vegetal, uso do solo) reunindo fatores ligados à ação

antrópica e às demandas por recursos hídricos,

exigindo a apreciação de sua evolução no tempo.

Ambos dando forma e conteúdo ao diagnóstico

DIAGNÓSTICO – “ o rio que temos”

Disponibilidade hídrica

Demandas hídricas

Balanço Hídrico

Usos Múltiplos da Água

Gestão de Recursos Hídricos

Caracterização Geral

Recurso Hídrico

Visão Global

Caracterização Físico-Biótica

Uso e Ocupação do Solo

Socioeconomia

Avaliação Integrada

Conclusões

Conteúdo

DIAGNÓSTICO – “ o rio que temos”

Levantamento atual da Bacia Hidrográfica de seus bens ambientais, que devem ser assim apresentados:

Mapas Diagnósticos – mapas com exatidão mínima correspondente à escala 1:250.000 e deverão ser elaborados com texto explicativo resumido, sendo:

• Rede de Drenagem

• Classe de uso – enquadramentos

• Uso do solo, mananciais e cobertura vegetal, tabela com tipo de uso e cobertura

DIAGNÓSTICO – conteúdo

• Rede de postos/pontos de quantidade e qualidade das

águas.

• Aquíferos e vulnerabilidades.

• Potencial de exploração (explorar para proveitos

econômicos)

• Áreas protegidas (Federais, Estaduais e Municipais).

• Suscetibilidades à erosão.

DIAGNÓSTICO – conteúdo

Condições Sócio/Econômico – descrição resumida dos

índices sociais dos municípios pertencentes à bacia

hidrográfica, bem como do desenvolvimento da região

em questão (gráficos e tabelas).

Outros aspectos relevantes aos recursos hídricos

Levantamento dos instrumentos de gestão:

• Legislações existentes.

• Planos e Programas Municipais, Estaduais, Federais e

Setoriais existentes para a Bacia Hidrográfica.

• Projetos a serem implantados (outorgas e

licenciamentos) para definição de potencial futuro de

utilização dos recursos hídricos.

DIAGNÓSTICO – conteúdo

• Quantidade de água e a velocidade de circulação em

cada etapa do ciclo depende de diversos fatores

(cobertura vegetal, topografia, geologia, altitude)

• O regime das águas e a produção de sedimentos

ocorrem em função das ações combinadas das

condições naturais e das atividades humanas.

• As características físicas (topografia, geologia, solo e

clima) colaboram para erosão potencial, enquanto as

interferências socioeconômicas se dão pelo uso e

ocupação da terra.

ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS

Aspectos do meio físico:

• Localização;

• Geologia;

• Relevo (Geomorfologia);

Indicadores socioeconômicos:

• Aspectos demográficos;

• Atividades econômicas;

• Uso e ocupação do solo;

• Índices que estimam o desenvolvimento da região.

• Vegetação;

• Clima.

ASPECTOS FÍSICOS, SOCIAIS E ECONÔMICOS

Bacia hidrográfica – reconhecimento do ambiente físico

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• Bacia Hidrográfica coleta a precipitação que cai sobre

sua superfície e conduz parte dessa água para o rio

através do escoamento superficial e do fluxo de água

subterrânea.

• Os solos, a topografia e a vegetação influenciam na

velocidade com que essa água alcança o rio.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• O relevo de uma bacia hidrográfica tem grande

influência sobre os fatores meteorológicos e

hidrológicos;

• Declividade do terreno determina velocidade do

escoamento superficial;

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

RELEVO

Quanto mais íngreme for o terreno, mais rápido

será o escoamento superficial, menor o tempo de

concentração e maiores os picos de enchentes.

• Altitude da bacia influencia na temperatura, na

precipitação e na evaporação.

Grandes variações de altitude numa bacia acarretam

diferenças significativas na temperatura média, a

qual, causa variações na evapotranspiração.

Com a elevação tem-se variações significativas de

precipitação anual.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

RELEVO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Curva hipsométrica representação gráfica do

relevo de uma bacia.

• Representa o estudo da variação da elevação dos

vários terrenos da bacia com relação ao nível do mar.

• Indica a percentagem da área de drenagem que existe

acima ou abaixo das várias elevações.

RELEVO

Importante para o planejamento e ocupação territorial;

Obtenção das cotas de curva de nível permite:

- identificação das unidades de relevo;

- reconhecimento das unidades geomorfológicas e

- identificação das áreas favoráveis ou não à ocupação;

Identificação: áreas sujeitas à inundação, encostas de

forte declive, fundos de vales dentre outras.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

GEOMORFOLOGIA

Fatores que influem na infiltração:

umidade do solo

geologia

ocupação do solo

21

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Infiltração

22

Fatores que influem na infiltração:

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• Características geológicas da bacia tem relação direta

com a infiltração, armazenamento da água no solo e

com a suscetibilidade de erosão dos solos.

• Condições de superfície do solo e constituição

geológica do sub-solo

Existência de vegetação ou impermeabilização;

Tipo de solo e sua capacidade de infiltração;

Tipos de rochas presentes.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

GEOLOGIA

Tabela – Valores típicos do coeficiente de permeabilidade.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

• Solos permeáveis (ou que apresentam drenagem livre)

permeabilidade superior a 10-7cm/s.

• Demais são solos impermeáveis ou com drenagem

impedida.

GEOLOGIA

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

USO DO SOLO

• Modificação da cobertura vegetal identificada no

padrão de saturação do solo:

• Aumento do escoamento superficial e geração de

padrões artificiais de drenagem;

• Aceleração dos processos de erosão;

• Redução da recarga d’água de rios e aqüíferos, entre

outros eventos;

Importante manutenção da cobertura vegetal para o

equilíbrio ambiental.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Não existência ou má infra-estrutura urbana, acarreta:

• efeitos diretos: inundações e destruição de

pavimentação

• e indiretos: aumento do preço dos alimentos devido à

perda de colheitas por alagamento.

Ocupação indevida, aliada a deficiência de ações de

planejamento urbano e muitas vezes carente de apoio

técnico, afetam a qualidade e as características do

escoamento superficial e sub-superficial dessa água

USO DO SOLO

• Presença de vegetação permite que grande quantidade

de água seja transpirada, reduzindo a umidade do solo

aumento da taxa de infiltração e a redução do

volume de escoamento superficial.

• Substituição de vegetação nativa (florestas, savanas e

cerrados), por outras de interesse econômico, como

pastagens, culturas perenes e anuais aumento da

vazão dos rios.

• Em relação aos outros tipos de uso da terra, a floresta

consome mais água e reduz a vazão no rio.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

• Ecossistemas florestais: parte aérea (árvores) e parte

terrestre (solos florestais), desempenham inúmeras

funções:

mitigação do clima (temperatura e umidade);

diminuição do pico do hidrograma (redução de

enchentes e recarga para os rios);

controle de erosão;

melhoramento da qualidade da água no solo e no rio;

atenuação da poluição atmosférica;

fornecimento do oxigênio e absorção do gás

carbônico, etc.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Componente Magnitudes relativas

Infiltração Floresta > Gramíneas > Área desmatada > Área

degradada

Evapotranspiração Floresta > Gramíneas > Área desmatada

Umidade do solo Área desmatada > Gramínea > Floresta

Vazão anual Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Fluxo de chuva Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Pico de cheia Área degradada > Área desmatada > Gramíneas >

Floresta

Tabela – Influência da vegetação nas componentes do ciclo hidrológico

Fonte: Cheng et al. 2002

VEGETAÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

VEGETAÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

CLIMA

Floresta

Amazônica

Cerrado

Cerrado

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

•Clima equatorial (Floresta Amazônica) chuvas

abundantes.

•Clima semi-árido (caatinga) chuvas escassas e mal

distribuídas ao longo do ano, o que provoca a existência

de rios temporários, ou seja, que secam.

•Clima tropical (cerrado) verão quente e chuvoso e

inverno com temperaturas amenas e baixo índice

pluviométrico, estação seca dura cerca de seis meses.

deficiência hídrica devido à má distribuição das

chuvas

•Clima subtropical chuvas bem distribuídas durante o

ano.

CLIMA

• Como o ciclo hidrológico pode ser alterado em uma

bacia em estado natural, através das seguintes

modificações:

a) Substituição da floresta original por área de cultivo;

b) Urbanização de uma bacia hidrográfica;

c) Construção de grandes reservatórios e lagos

artificiais.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Atividade em grupo:

• Construção de grandes lagos artificiais e desvio de

água para irrigação alteração das vazões de rios;

• Ocupação desordenada grandes alterações na

paisagem natural;

• Impactos de diferentes naturezas nos recursos

naturais:

Desmatamentos, degradação e erosão do solo,

assoreamento, contaminação dos mananciais por

agroquímicos, destruição das matas ciliares danos

ambientais e sociais de grande intensidade.

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

INTERVENÇÃO ANTRÓPICA

• Grau de urbanização;

• Crescimento populacional;

• Infra-estrutura urbana de saneamento básico:

Tratamento de água

Coleta e tratamento de esgoto

Coleta de lixo

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

• Atividade agrícola e pecuária intensa

desmatamento (supressão da vegetação ciliar), uso

indiscriminado do fogo, extração ilegal de produtos

florestais;

• Dimensões territoriais, riqueza ambiental e cultural

encontradas na Bacia Hidrográfica contribuem para

sistema produtivo extrativista, além de caça e pesca

predatória.

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

• Apropriação de novas áreas pelas forças produtivas

(ex. agricultura), realizada na maioria das vezes, sem

práticas de manejo e conservação situação de

conflito entre a sociedade e a natureza, pautada

fundamentalmente nos princípios econômicos

vigentes.

CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS

Planejamento participativo e integrado da Bacia

Hidrográfica, envolvendo o poder público, a sociedade

civil organizada e a comunidade em geral, para:

•Estabelecimento de limites e regras para uso, ocupação

do solo e manejo dos recursos naturais, visando a

ocupação sustentável do território;

•Definir ações para minimizar impactos ambientais que

degradam a Bacia criação de unidade de conservação

de uso sustentável e implantação de programa que

incentive o manejo de produtos florestais não

madeireiros.

PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE

EXEMPLOS

O diagnóstico elaborado para o Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Jordão aborda: - características gerais do meio físico e biótico; - demandas de água da bacia para diversos setores; - qualidade da água; - poluições pontuais e difusas; - balanço entre a disponibilidade e a demanda.

EXEMPLOS

PLANO DA BACIA DO RIO JORDÃO

• A Bacia Hidrográfica do Rio Jordão situa-se na Unidade Hidrográfica dos Afluentes do Médio Iguaçu.

• Envolve parcialmente 7 municípios:

– Guarapuava, Inácio Martins, Candói, Pinhão, Campina do Simão, Reserva do Iguaçu e Foz do Jordão.

• Possui uma área de 4.730,60 km² enquanto que o Estado do Paraná possui 199.880 km², ou seja, a BHJ compreende aproximadamente 2,37% da área do Estado.

ASPECTOS GERAIS

ASPECTOS GERAIS

ASPECTOS GERAIS

• Divisão em sub-bacias

PRINCIPAIS SUB-BACIAS DA BHJ

• População total dos sete municípios pertencentes a BHJ totaliza 226.138 habitantes, sendo 173.577 residentes na área urbana e 52.561 na área rural (CENSO 2000).

• Já a BHJ possui 165.363 habitantes na área rural e 21.872 habitantes na área rural, perfazendo um total de 187.235 habitantes.

CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL

• O clima predominante na BHJ é o temperado (Cfb), com uma transição entre subtropical (Cfa) e temperado na porção inferior da bacia.

• Clima subtropical: - temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC; - temperatura média no mês mais quente acima de 22ºC; - verões quentes e geadas pouco freqüentes; - tendência de concentração das chuvas nos meses de

verão, contudo sem estação seca definida.

• Clima temperado: - temperatura média no mês mais frio inferior a 18º; - temperatura média no mês mais quente inferior a 22ºC; - verões frescos e sem estação seca definida.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: CLIMATOLOGIA

• O regime da precipitação da BHJ não é bem definido, apresentando uma variabilidade muito grande de um mesmo mês de um ano para outro, podendo os máximos e mínimos totais mensais ocorrer em qualquer mês do ano.

• Essa irregularidade não permite identificar uma sazonalidade pluviométrica bem definida na bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: CLIMATOLOGIA

• A caracterização geológica da bacia é de fundamental importância, pois as formações geológicas apresentam características que guardam uma relação direta com os aqüíferos existentes.

• Os aqüíferos são distinguidos em função do tipo de interação água-rocha condicionando a circulação e o armazenamento de água.

• A BHJ encontra-se no domínio da Bacia Sedimentar do Paraná, entidade geológica regional.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: GEOLOGIA

• A BHJ é formada pela deposição de sedimentos e lavas; •Está localizada predominantemente na área do Planalto de Palmas/Guarapuava, correspondendo a 55% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: GEOLOGIA

• Os dados sobre o meio biótico foram obtidos a partir de estudos pré-existentes, tais como: – Estudos de Impacto Ambiental, inventários e relatórios

com levantamento de espécies, artigos científicos, entre outros dados secundários

FAUNA TERRESTRE

• 495 espécies de vertebrados terrestres foram registradas para a região, o que corresponde à cerca de 45,2% do total até então conhecido para o Estado do Paraná. – 81 espécies de mamíferos; – 338 de aves; – 48 de répteis; – e 28 de anfíbios.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: MEIO BIÓTICO

• A BHJ está totalmente inserida na área de domínio da Floresta Ombrófila Mista, popularmente denominada Mata de Araucária devido à presença marcante do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) em sua paisagem.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: VEGETAÇÃO

• Unidade de Proteção Integral: Parque Estadual de Santa Clara, com área de 631,58 ha, pertencente aos municípios de Candói, Foz do Jordão e Pinhão

• Unidade de Uso Sustentável:

– APA Estadual da Serra da Esperança com uma área de 206.555,82 ha, ela abrange diversos municípios, entre eles Guarapuava e Inácio Martins e ocupa uma área de aproximadamente 25.088 ha, ou seja, cerca de 5,3% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: ÁREAS PROTEGIDAS

• Unidades de Conservação Municipais, todas situadas no município de Guarapuava:

- Parque Recreativo do Jordão com uma área de 8,11 ha; - Parque Municipal Toca da Onça com uma área de 4,76 há; - e Parque das Araucárias com 75,37 ha de área.

• Há ainda um Corredor de Biodiversidade com uma área de aproximadamente 61.200 ha, o que representa aproximadamente 13% da área da bacia.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BACIA: ÁREAS PROTEGIDAS

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

DISTRIBUIÇÃO DO USO DO SOLO NA BHJ POR MUNICÍPIO

DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO USO DO SOLO NA BHJ CONSIDERANDO A DISTRIBUIÇÃO DO USO MISTO

• A base da economia na BHJ é a agropecuária, sendo a agricultura sua principal atividade;

• Trecho médio e inferior da BHJ apresenta maior declividade, favorecendo a erosão hídrica e, conseqüentemente o carreamento dos sedimentos para os recursos hídricos, podendo carregar, adsorvidos na sua superfície, nutrientes como fósforo e compostos tóxicos;

• As indústrias mais representativas estão localizadas principalmente nos municípios de Pinhão e Guarapuava transformando a matéria prima de origem agrícola e vegetal e gerando efluentes ricos em matéria orgânica

ECONOMIA

USINAS HIDRELÉTRICAS INSTALADAS NA BHJ

DISPOSIÇÃO ESPACIAL DAS USINAS HIDRELÉTRICAS NA BHJ

• A recreação, o turismo e o lazer estão associados a lagos, espelhos d’água e reservatórios, podendo proporcionar a prática de esportes náuticos ou empreendimentos como resorts.

• Na BHJ pode-se destacar:

– as Termas de Santa Clara localizada no município de

Candói em uma área de 121 ha, também conhecida como Estância Hidroclimática de Santa Clara.

– Lagoa das Lágrimas, o Parque do Lago, o Parque

Recreativo Municipal do Rio Jordão e diversos pesque pague localizados no município de Guarapuava

RECREAÇÃO / TURISMO / LAZER

Efluentes domésticos:

• Dos sete municípios pertencentes a BHJ:

– os municípios de Campina do Simão, Candói e Foz do Jordão: não possuem nenhum tipo de sistema de coleta de esgoto

– o município de Inácio Martins: sistema de tratamento de esgoto encontra-se fora da delimitação da bacia.

QUALIDADE DA ÁGUA

PLANO DA BACIA DO ALTO IGUAÇU E AFLUENTES DO ALTO RIBEIRA

Abrangência do Plano

• Bacias do Plano: Alto Iguaçu, Rio Açungui, Rio Capivari e Rio da Várzea;

• Área aproximada das Bacias – Bacia do Rio Açungui: 1.712 km² – Bacia do Rio Capivari: 955 km² – Bacia do Alto Iguaçu: 3.638 km² – Bacia do Rio da Várzea: 1.989 km²

• Total de municípios presente nas Bacias: 26 municípios;

• Alguns municípios: Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais e Araucária.

• População total: cerca de 2,7 milhões habitantes;

8.294 km²

ASPECTOS GERAIS

MUNICÍPIO ALTO

IGUAÇU

RIO

AÇUNGUI

RIO

CAPIVARI

RIO DA

VÁRZEA

Total

Almirante

Tamandaré

83.375 3.776 986 - 89.139

Araucária 94.099 - - 37 94.135

Campo

Largo

57.948 32.193 - - 90.141

Colombo 179.056 - 4.275 - 183.331

Curitiba 1.586.848 - - - 1.586.848

Fazenda

Rio Grande

63.031 - - - 63.031

Pinhais 102.946 - - - 102.946

Piraquara 69.628 - - - 69.628

São José

dos Pinhais

196.163 - - 1.759 197.923

Total 2.528.981 92.404 27.652 50.738 2.699.774

Populações nas Bacias do Plano (Censo 2000)

• Divisão das Bacias em 65 sub-bacias. • Rios da Várzea,

Ribeirão Claro, Estiva, Calixto e Cachoeira.

ASPECTOS GERAIS

CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

Climatologia

• Tipo Cfb – subtropical mesotérmico úmido, sem estação seca, com verões suaves e invernos relativamente frios.

• Regularidade na distribuição da pluviometria associada às baixas temperaturas no inverno.

• Médias térmicas variam de 12,9ºC, no mês mais frio a 22,5ºC no mês mais quente, com temperatura média de 16,4ºC.

• Verões frescos sem estação seca e ocorrência de freqüentes geadas no inverno.

• Áreas de ocupação dinâmica: reflexo sobre as vazões são evidentes pela alteração da condição natural de escoamento.

• Elementos que causam alterações nas vazões: - desmatamentos (modificação dos hidrogramas de cheias, com picos mais pronunciados devido ao aumento das áreas impermeáveis); - implantação e operação de reservatórios; - transposição de vazões; - e captações para usos múltiplos (caráter mais consuntivo).

CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA DE ESTUDO

• A demografia das bacias na área de abrangência do Plano é fortemente condicionada pela evolução populacional de Curitiba e da sua região metropolitana;

• Taxa de urbanização: 91,2% (no ano de 2000), fenômeno este relacionado ao adensamento do município pólo e à conurbação metropolitana.

• Ocupação irregular: 903 áreas, abrangendo mais de 89,5 mil domicílios, sendo que 58,5 mil em Curitiba 2,1% do total das áreas urbanas dos municípios Metropolitanos.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

• Principais atividades econômicas da RMC: indústria de transformação (indústria química, metalúrgica, mecânica e materiais de transporte e elétrico, produtos alimentares, bebidas, entre outras).

• Expansão de atividades relacionadas aos serviços e ao comércio: investimentos na área industrial e fortalecimento da posição de metrópole regional com a implantação de equipamentos comerciais (shoppings, hipermercados, atividades de ensino, serviços imobiliários, serviços médicos, eventos e feiras, etc.)

ECONOMIA

ECONOMIA

• Maior concentração do setor terciário da RMC está localizado no município de Curitiba: 80% dos estabelecimentos e dos empregos formais. • Na agricultura destaca-se o plantio de olerícolas, grãos (milho e feijão) e fruticultura. • A criação de animais também é uma atividade econômica desenvolvida na RMC, porém, em menor escala.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DE MANANCIAIS

• Destacam-se: - Parque Estadual das Lauráceas, APA de Guaraqueçaba e APA da Escarpa Devoniana maiores extensões territoriais; - APAs do Irai, Piraquara, Pequeno, Verde e Passaúna, além das Unidades Territoriais de Planejamento de Quatro Barras, Pinhais, Guarituba, Itaqui e Campo Magro conservação de áreas de manancial de abastecimento de água.

• Maior parte das unidades de conservação está concentrada na região da Serra do Mar necessidade de proteção dos remanescentes da Mata Atlântica.

• RMC abriga 22 áreas de proteção da biota (exceto os parques municipais e Reservas Particulares de Proteção Natural);

AQUÍFERO KARST

• Duas características diferenciam o aqüífero Karst das demais unidades aqüíferas:

- potencial de extração de grandes vazões por poço, superiores a 100m³/h constituído por um conjunto de 23 poços. - grande fragilidade de explotação, tendo em vista limitantes de ordem geotécnica, em áreas ocupadas, e de ordem ambiental, nas demais áreas, com elevado potencial de conflito.

• Manancial importante, como reserva estratégica, com uma produção potencial suficiente para substituir o principal manancial superficial - o reservatório do Iraí, em situações emergenciais.

• Principais causas da deterioração da qualidade da água na bacia: efluentes domésticos e industriais.

• Sistema de esgotamento sanitário insatisfatório: apenas 57,6% da população urbana da RMC possui sistema de coleta de esgoto e destes 87,2% tem o seu esgoto tratado, com uma eficiência média de 70%.

QUALIDADE DA ÁGUA

• De modo geral, qualidade ambiental dos recursos hídricos muito deteriorada na bacia do Alto Iguaçu, com poucas perspectivas de atenuação a curto e médio prazos;

• Concentrações populacionais excessivas em algumas das

sub-bacias do Alto Iguaçu, trazendo problemas e custos significativas para a infraestrutura de recursos hídricos;

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES