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CABEÇA E PESCOÇO
CABEÇA
1. TAMANHO: a) Macrocefalia: causada por hidrocefalia, acromegalia e
raquitismo;b) Microcefalia: pode ser congênita hereditária ou decorrente de
doença cerebral (toxoplasmose congênita)2. FORMA: derivadas do fechamento precoce de uma ou mais suturas
(cranioestenose)a) Acrocefalia ou crânio em torre (turricefalia): cabeça alongada
para cima;b) Escafocefalia: levantamento da parte mediana do crânioc) Dolicocefalia: aumento do diâmetro ântero-posterior d) Braquicefalia: aumento do diâmetro transversoe) Plagiocefalia: assimetria do crânio – saliente anteriormente
de um lado e posteriormente de outrof) Mesocéfalo: cabeça arredondada
dolicocefalia
3. POSIÇÃO E MOVIMENTO: Torcicolo: inclinação lateral da cabeça Deficiência da audição Histeria Estrabismo
Tiques: contrações repetidas de um determinado grupo de músculo
Movimentos coréicos: involuntários, súbitos, irregulares e sem intenção, que parecem fluir de uma parte do corpo pra outra
Tremores Movimentos sincrônicos da cabeça com as pulsações na
insuficiência aórtica (sinal de Musset)
4. SUPERFÍCIE E COURO CABELUDO: Inspeção e palpação do couro cabeludo para pesquisa de saliências: (tumores, cicatrizes, lesões dermatológicas, tumefações, bossas e hematomas), pontos dolorosos e análise das características e implantação dos cabelos. Avaliar a consistência e dureza da tábua óssea: osteomalácia, raquitismo e sífilis (leve afundamento pela compressão digital)
Fontanela anterior saliente e hipertensa: aumento da pressão intracraniana (meningite, hidrocefalia);
Fontanela anterior hipotensa e deprimida: desidratação
5. EXAME GERAL DA FACE:
a) Fácies b) Simetria:
Perda de simetria em tumefações ou depressões unilaterais (abscessos dentários, tumores, anomalias congênitas, paralisia facial). Atos como o de abrir a boca, franzir a testa e fechar os olhos acentua a assimetria.
c) Expressão fisionômica ou mímica facial:
Modificações por crescimento das parótidas por processo inflamatório (caxumba) ou hipertrofia das células salivares (pte com megaesôfago).
d) Lesões dermatológicas:
6. EXAME DOS OLHOS E SUPERCÍLIOS: O que pesquisar:
Dor ocular Sensação de corpo estranho Diplopia: paralisia muscular orbital/hipertensão intracraniana Fotofobia Cegueira noturna: avitaminose A/miopia Perda de visão: catarata/glaucoma Embaçamento: DM/HA
Pálpebras:
Edema Retração palpebral: encurtamento da pálpebra Epicanto: prega de pele da pálpebra superior, comum em orientais Ectrópio: pálpebra virada para fora do globo ocular Entrópio: pálpebra virada para dentro do globo ocular Equimose: mancha escura ou azulada por infiltração de sangue Xantelasma: placas amareladas Ptose palpebral uni ou bilateral: paralisia do III par (m. da pálpebra
superior), síndrome de Claude-Bernard-Horner (simpático cervical) e na miastenia gravis
Lagoftalmo (sinal de Bell): não fechamento dos olhos por paralisia do m. orbicular das pálpebras q aparece na paralisia facial periférica.
Globos Oculares:
Exoftalmia: protrusão do globo ocular - unilateral (tumores oculares e retrooculares) e bilateral (hipertireoidismo)
Enoftalmia: afundamento do globo ocular - síndrome de Claude-Bernard-Horner (geralmente unilateral) e na desidratação (geralmente bilateral)
Desvios (estrabismo): divergente (paralisia do reto medial – III nervo) ou convergente (paralisia do reto lateral – VI par)
Movimentos involuntários: nistagmo (abalos do globo ocular e oscilações rápidas e curtas de ambos os olhos – sendo mais perceptível ao se olhar de lado e para longe)
Conjuntivas
Normalmente róseas Amareladas: icterícia Pálidas: anemia Hiperemiadas: conjuntivites, infecção da córnea, irite aguda,
glaucoma agudo, hemorragia, crise de tosse intensa ou de vômitos
Esclerótica, Córnea e Cristalino
* Procurar por alterações da cor:
Amareladas na icterícia (esclerótica) Anel branco acinzentado na córnea – arco senil Anel castanho esverdeado – anel de Kayser-Fleischer na
degeneração hepatolenticular (doença de Wilson): depósito de cobre na córnea, cérebro e fígado devido a deficiência de ceruloplasmina (enzima q elimina o cobre do organismo)
Opacificação do Cristalino na catarata
* Presença de pterígio: crescimento de tecido fibrovascular em direção sobre a córnea (“carne no olho”).
Pupilas
Forma: normalmente arredondada ou levemente ovaladas Localização: normalmente centrais Tamanho: variável de acordo com a luminosidade; podem estar
dilatadas (midríase) ou contraídas (miose); se estiverem de tamanho desigual o termo é anisocoria
Reflexos: fotomotor (contração pupilar a luz), consensual (contração pupilar de um lado pela estimulação luminosa do outro) e de acomodação convergênica (contração das pupilas e convergência dos globos oculares à medida que aproxima do nariz um foco luminoso).
Movimentação Ocular: pedir ao pte para movimentar os olhos para os lados, para cima e para baixo.
Estudo da acuidade visual
Estudo do campo visual (hemianopsias-perda parcial ou completa da visão de um ou ambos os olhos)
Estudo do fundo de olho
7. EXAME DO NARIZ:
Sintomas a investigar:
Obstrução nasal: uni ou bilateral / parcial ou total / acompanhada ou não de secreção – rinite alérgica, pólipos, desvio de septo, vegetações adenoides;
Corrimento nasal: aspecto (aquoso – rinite alérgica, viroses - , purulento – sinusite, corpo estranho - , sanguinolento) e cheiro
Epistaxe: (hemorragia nasal) – traumas, pólipos,ulcerações (tuberculose/sífilis), HA, gravidez, distúrbio de coagulação;
Alterações da função olfatória:
Hiposmia (diminuição do olfato): rinite atrófica, hipertrofia de corneto;
Hiperosmia (aumento do olfato): gravidez, histeria; Cacosmia (sente mau cheiro sem razão para tal): processos
infecciosos purulentos; Parosmia (perversão do olfato): gravidez
Deformidades Patológicas:
Desvio de septo: anatômica ou traumática; Rinofima: hipertrofia tuberosa com neoformação vascular; Lesões destrutivas: lepra/blastomicose/sífilis
Inspeção externa:
Hipertrofia do nariz: acromegalia e no mixedema Nariz em sela: deformação quase sempre congênita (sífilis intra-
uterina) Lesões destrutivas neoplásicas ou inflamatórias: blastomicose e
hanseníase Rubicundez (nariz vermelho): alcoolismo, rinofima, acne rosácea,
lúpus eritematoso Batimento das asas do nariz: pneumonias e outras infecções agudas
Testar a permeabilidade de cada narina
Exame endonasal (realizado com espéculo):
Avaliar presença de sangue (epistaxe), secreções muco-purulentas (rinite catarral) e crostas escuras com odor (rinite atrófica fétida)
Avaliar a integridade do septo nasal (traumas, cirurgia, cocaína) e mucosa (pálida = rinite alérgica crônica; vermelha e edemaciada = rinite aguda infecciosa)
8. SEIOS PARANASAIS:
Palpação e percussão: frontais e maxilares (hipersensibilidade nas sinusites)
Exame de transiluminação: incidir fonte luminosa em quarto escuro nos seios
Queixa dos ptes: dor e secreção purulenta qdo assoa o nariz
9. APARELHO AUDITIVO:
Pesquisar:
Dor: processos inflamatóriso agudos e crônicos (otites) Zumbidos: rolhas de cerúmen, HA, histeria, neurinoma de acústico
(tumores do nervo auditivo) Surdez (acuidade auditiva): rolhas de cerúmen, otite crônica,
otosclerose, lesão do nervo auditivo (medicamentosa) Vertigens: labirintopatias, DM, mixedema Secreções: otites médias/externa;
Orelhas:
Observar tamanho, cor, forma, simetria e posição em relação à cabeça do pavilhão auricular, deformidades, ausências, supranumerárias, aumento ou diminuição de uma ou ambas;
Presença de nódulos úricos, tumores malignos (epiteliomas), cistos sebáceos, quelóides e tofo (gota) e hematomas;
Tubérculo de Darwin; Diferentes formas de lóbulos: colado, agregado ou solto; Implantação baixa do pavilhão auricular (ponto mais alto do
pavilhão não toca a linha imaginária que vem do canto do olho): alterações cromossômicas;
Conduto Auditivo Externo (visualização com o otoscópio):
Ver cerume, presença de sangue e pus (otite média supurado com ruptura do tímpano), corpos estranhos (surdez, prurido, dor, odor, náuse e tontura), reação inflamatória (eczema, furunculose, micose).
10.EXAME DOS LÁBIOS:
Observar:
Coloração (presença de palidez ou cianose), forma, textura e presença de lesões;
Lábio leporino: anomalia congênita mais comum; Edema: comum em alergias; Herpes labial: vesícula ou grupo de vesículas que aparecem em
pessoas saudáveis, sendo mais frequente em associação a estados febris;
Lesões ulceradas: blastomicose(infecção pulmonar causada por um fungo), leishmaniose, lesão luética primária;
Leucoplasias: mancha ou placa de aspecto esbranquiçado de causas multifatoriais entre elas o tabaco e o álcool (pré-cancerosas);
Neoplasias Múltiplas lesões telangiectásicas nos lábios: síndrome de Osler-
Weber-Rendu e de Peutz-Jeghers (autossômicas dominantes) Lesões inflamatórias da comissura labial: queilite (“boqueira”),
causada por exposição solar excessiva, deficiência nutricional, candidíase, deficiência do complexo B;
Rachaduras labiais
11.EXAME DA CAVIDADE BUCAL:
Necessita-se de uma boa iluminação, um abaixador de língua e luvas. Remover dentadura caso esteja usando.
Mucosa Oral
Condições normais: coloração róseo-avermelhada; Afecção mais encontrada: estomatites (aftosa, por monilíase =
”sapinho”, tuberculosa, sifílica e herpética) – placas brancas, múltiplas e ligeiramente elevadas;
Leucoses; Pigmentação: comum em pessoas de pele negra (normal) e em
enfermidade como doença de Addison Manchas de Koplik: manchas esbranquiçadas circundadas por uma
aréola vermelha, situadas quase sempre na bochecha – aparecem no sarampo e eclodem antes das lesões cutâneas;
Lesões na mucosa oral provocada por doenças exantemáticas (rubéola, escarlatina, varicela);
Leucoplasias; Lesões tumorais; Perfuração do palato; Má formação congênita: dentes supranumerários e lábio leporino; Manchas preto-acastanhadas pela síndrome de Peutz-Jeghers; Queilose e queilite em ptes com dentaduras inadequadas ou
associado a deficiência de riboflavina, imunodeprimidos, candidíase; Úlceras da mucosa oral + eritema grave + sufusão hemorrágica =
síndrome de Stevens-Johnson (causa medicamentosa por sulfas e antibióticos).
Língua
Análise da posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, movimentos e presença de lesões.
Língua normal: situada medialmente, de cor róseo-avermelhada, levemente úmida, superfície discretamente rugosa, com proeminências papilares em sua porção posterior e com sulcos e depressões.
Indivíduos idosos: veias da face ventral da língua mais grossa e tortuosas.
Alterações Mais Frequentes:
Língua saburrosa: acúmulo de uma substância branco acinzentada na sua superfície-“língua suja”- aparece em ptes febris, tabagistas, indivíduos desidratados e em pessoas normais, principalmente ao despertar;
Língua seca: por desidratação, respiração pela boca, febre ou ingestão de medicamento (atropina, antidepressivo);
Língua lisa: atrofia das papilas por anemia ou desnutrição proteica; qdo associado a queilite é indicativo de estado carencial;
Língua pilosa preta: “pêlos” = papilas filiformes alongadas; cor varia de amarelada a preta; pode acontecer após antibiótico terapia;
Língua de framboesa: superfície vermelho brilhante e granulosa; aparece na escarlatina;
Língua geográfica: áreas irregulares Língua escrotal: sulcos irregulares que lembram a pele que reveste o
escroto; costuma aparecer qdo há deficiência de vitamina do complexo B;
Macroglossia: aumento global da língua; aparece no hipotireoidismo, acromegalia e amiloidose;
Glossite: inflamação generalizada na língua = vermelhidão; pte queixa de dor espontânea ou desencadeada por produtos quentes;
Língua trêmula: pode aparecer em indivíduos normais,mas seu encontro nos leva a pensar em hipertireoidismo, alcoolismo e parkinsonismo;
Desvio da língua da linha mediana: acontece na hemiplegia e nas lesões do nervo hipoglosso (XII);
Lesões da Língua
Zonas de pigmentação azulada ou preta: doença de Addison
Sufusões hemorrágicas, tipo equimose: doenças sanguíneas e após traumatismos;
Leucoplasias: lesões pré-cancerosas; Aftas de lesões ulceradas: síndrome de Behçet Cicatrizes: geralmente devido a mordeduras; Placas mucosas cinzento-pérola: sífilis secundária; Candidíase: membranas brancas aderidas em mucosas
avermelhadas; Hemangioma;
12.ARTÉRIA TEMPORAL:
Palpação: Edema
Endurecimento
Calor
Ausculta
pESCOÇO
INSPEÇÃO:
Forma e volume: aumento tireóide, linfonodos, parótidas, tumorações
Posição: normal = mediana, seguindo eixo da coluna alterações = torcicolo, afecções da coluna cervical (fraturas, luxações)
Mobilidade: Movimentação ativa e passiva: flexão, extensão e rotação, lateralidade Anotar existência de contratura, resistência e dor Rigidez de nuca = sinal importante de irritação meníngea
Turgência ou ingurgitamento de jugulares: diagnóstico da hipertensão venosa, um dos sinais da insuficiência ventricular direita
Batimentos arteriais e venosos: pulsos carotídeos e venosos Pele: sinais flogísticos
fistulações de áreas que cobrem linfonodos
PALPAÇÃO:
Musculatura – contratura no torcicolo e hipertonia na síndrome meníngea
Glandula salivar (submandibular) Traquéia Tireóide Parótida: qdo aumentada de volume Vasos: frêmito Linfonodos
AUSCULTA:
Trajeto dos vasos cervicais Área da tireoide
EXAME DA TIREÓIDE:
Inspeção e Palpação:
Abordagem posterior: indicador e médio do examinador em lados contrários aos da tireoide
Abordagem anterior: polegar é q palpa a glândula Facilitada pelo ato de deglutir – a glândula se eleva qdo isso
acontece- e qdo ocorre a lateralização do pescoço (relaxamento do músculo)
Normal: tireóide palpável ou não; qdo palpável, é lisa, elástica, móvel, indolor, temperatura da pele normal e ausência de frêmito.
Alterações possíveis: bócio, processo inflamatório, neoplasias e anomalias congênitas do pescoço (cisto braquial, cisto tireoglosso, cisto dermóide, higroma cístico, costela cervical).
Se a tireóide tiver aumentada deve ser auscultada.
Bócio:
Difuso (ou hipertrofia difusa): glândula aumentada em sua totalidade; causas incluem doença de Graves, tireoidite de Hashimoto e bócio endêmico por deficiência de iodo
Nodular: pode ser único (cisto, tumor benigno ou maligno) ou multinodular (com dois ou mais nódulos podendo ser neoplásicos ou não)
Tóxicos (com hipertireoidismo) Não Tóxicos (sem hipertireoidismo): puberal e o bócio endêmico por
deficiência de iodo – presença de frêmito e sopro indica um fluxo sanguíneo aumentado e é bastante sugestivo de bócio tóxico.
EXAME DOS VASOS
Em condições normais, não se ouvem sopros, exceto o rumor venoso (comum em crianças)
Determina o aparecimento do sopro: lesões estenóticas das aa. Carótidas ou das aa. Vertebrais, estados hipercinéticos, aumento do fluxo arterial na tireoide e turbilhamento do sangue nas jugulares (sopro venoso - pode ocorrer em pessoas normais após o exercícios e em crianças, ou em condições patológicas – anemias, estado hipercinético).
Artéria carótida
a. Inspeção: pte de pé ou sentadob. Palpação: pulso carotídeo E é palpado com dedos indicador e
médio D; importante para detectar estenose ou insuficiência da valva aórtica.
c. Ausculta: pesquisa de sopros
Veia Jugular
Pulso venoso: pulsação obervada na base do pescoço, dependentes de modificações de volume nas veias jugulares internas; refletem
modificações de pressão no interior do AD (importante indicador da função cardíaca das câmaras direitas – pulso de Kussmaul)
Estado de turgência das jugulares:Normal: torna-se túrgidas apenas qdo o pte está em decúbitoPosição semi-sentado (45°) com ingurgitamento jugular: compressão da veia cava superior, insuficiência ventricular direita.
EXAME DOS LINFONODOS
Vide exame físico quantitativo
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