Gestao paroquial

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No Brasil, como em muitos paises, 80% das

pessoas vivem nas cidades ao contrário de

poucas décadas atrás, quando a maior parte

vivia nas áreas rurais. Nascidas no mundo

urbano criam novo modo de pensar e de agir.

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Porém, mesmo vivendo no

centro urbano, o imaginário

agrário-pastoril acompanha a

vida de muitos.

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A cidade é uma teia de aranha tanto no seu interior como nas

suas conexões com outras cidades. Ela prospera

“organicamente”, empurrando todos os limites possíveis. Nada

de fronteiras, nada de interdições, nada de limites.C

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A cidade é hipertensa. Exerce um fascínio de luzes, cores, de múltiplas opções, de consumo.

É hibrida, dinâmica, mutável, cheia de realizações e de esperanças.

Para penetrar o coração de uma cidade, para compreender-lhe os segredos atuais tão

sutis, é preciso agir com infinita ternura e também com uma paciência, às vezes,

desesperadora.

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É urgente que a Igreja Católica no Brasil tome com seriedade o desafio de reapropriar-se da cidade.

É necessário entender a identidade e a mentalidade dos habitantes da cidade, pessoas que

vivem em meio a um mundo de informações e solicitações que vão necessariamente modificar

suas perguntas e as demandas que possam fazer à Igreja. É preciso entender a formação e organização

das comunidades: indivíduos que buscam estar juntos por causa de suas afinidades eletivas.

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EVOLUÇÃO DAS CIDADESEVOLUÇÃO DAS CIDADES

a) 5000 a.C. a 500 d.C.: estabeleceram-se grandes cidades como

Jericó, Jerusalém, Nínive, Atenas, Roma. Eram as chamadas

“polis”.

Jericó Atenas Jerusalém

EVOLUÇÃO DAS CIDADESEVOLUÇÃO DAS CIDADES

B) Na Renascença e na Idade Moderna: impuseram-se Roma,

Florença, Constantinopla, Londres, Paris como “neópolis”.

Londres Roma Constatinopla

EVOLUÇÃO DAS CIDADESEVOLUÇÃO DAS CIDADES

C) Com a Revolução Industrial, por volta de 1750: apareceram

cidades-polos como Nova Iorque, Chicago, Londres, Berlim e

Tóquio, metrópoles - verdadeiras cidades mães.

Tóquio Berlin Nova York

EVOLUÇÃO DAS CIDADESEVOLUÇÃO DAS CIDADES

D) Hoje: estão aí as megalópoles com cidades satélites e

bairros interligados uns aos outros como México, São Paulo,

Rio de Janeiro, Londres e Tóquio.

São Paulo México Rio de Janeiro

DESAFIOS DA GESTÃO DESAFIOS DA GESTÃO PAROQUIALPAROQUIAL

A) Subjetivismo

B) Individualismo

C) Autonomia

D) Novas formas de sociabilidade

E) Fim de identidades tradicionais herdadas

F) Crise da credibilidade tempo e espaço

G) O mundo da comunicação

A) SUBJETIVISMOA) SUBJETIVISMO

A cidade gira em torno de interesses. Valoriza-se a

pessoa como sujeito de suas atividades e não tanto a

geografia condicionante. O empregado cria seu mundo

de moradia à parte. Trabalha-se na fábrica, mora-se

em bairros diferentes conforme o nível social.

B) INDIVIDUALISMOB) INDIVIDUALISMO

Multiplicam-se as instituições de confinamento para marginais, para miseráveis, para anciãos, para portadores de deficiência, para doentes físicos e psíquicos, para encarcerados, fora do âmbito urbano. Cada um pensa em si e exclui quem não produz ou consome e quem não entra

no ritmo frenético da vida urbana.Para a classe média alta, os clubes tornaram-se um meio de encontrar

amigos sem ter que recebe-los em casa e depois a obrigação de pagar a visita: os clubes são reinados do individualismo disfarçado em

sociabilidade.

C) AUTONOMIAC) AUTONOMIA

Devido ao crescimento urbano desordenado e à concentração excessiva de pessoas, o espaço urbano

consegue o paradoxo de gerar solidão no meio da multidão. “Vemos aqueles que não nos veem, somos

vistos por aqueles que não vemos”. Crescimento urbano desordenado. Concentração excessiva de

pessoas.

D) NOVAS FORMAS DE D) NOVAS FORMAS DE SOCIABILIDADESOCIABILIDADE

As distâncias entre bairros crescem. Os edifícios e os blocos habitacionais concentram milhares de pessoas em espaços reduzidos. Muitos não sabem

quem são os vizinhos e nem querem saber para proteger a própria privacidade. Na população concentrada verticalmente em edifícios fechados

as relações são impessoais, formais e frias.Famílias se sentem constrangidas a abandonar a casa onde nasceram,

cresceram e viram nascer e crescer seus filhos, pressionados pela transformação de seu bairro, antes residencial, para comercial ou hospitalar e clinicas médica. Partem para outro meio social desconhecido e chegam

como forasteiros.

E) FIM DE IDENTIDADES TRADICIONAIS E) FIM DE IDENTIDADES TRADICIONAIS HERDADASHERDADAS

A cidade modifica os espaços tradicionais de moradia, de comércio, de trabalho e de trânsito. Surgem bairros de mansões, condomínios fechados, centros de negócios,

centros administrativos, região boêmia, distrito industrial, conjunto habitacionais populares, cidades-dormitórios,

favelas, etc.

F) CRISE DA CREDIBILIDADE DE TEMPO E F) CRISE DA CREDIBILIDADE DE TEMPO E ESPAÇOESPAÇO

O surgimento de espaços universais como shoppings, aeroportos, hotéis cinco estrelas e certos

restaurantes fazem com que as culturas locais desapareçam.

Fabricas de três turnos, tantos serviços disponíveis de 24horas, a oferta de prazeres noturnos encurtam

para muitos o tempo de descanso.

G) MUNDO DA COMUNICAÇÃOG) MUNDO DA COMUNICAÇÃO

A praça, a casa, os lugares públicos dão precedência aos chats, aos BBs, aos provedores de internet. A

televisão e a internet tiraram as pessoas das ruas e as confinaram dentro de suas casas.

DOCUMENTO DE APARECIDADOCUMENTO DE APARECIDA

“Vivemos uma mudança de época e seu nível mais profundo é

cultural” (DAp. 44) e mudança de época implica no nascimento de

novas estruturas de pensamento e de relacionamento humano. Isto

se dá nas cidades, pois “as grandes cidades são laboratórios dessa

cultura contemporânea complexa e plural” (DAp. 509)..

DAp-44 e 509DAp-44 e 509

IGREJA E CIDADEIGREJA E CIDADE

A fim de que a ação evangelizadora, no contexto

urbano, seja eficaz é necessário que a Igreja:

- Reaproprie-se da cidade;

- Reaproprie-se da missão;

- Redescubra sua vocação missionária e peregrina.

GESTÃO PAROQUIALGESTÃO PAROQUIAL

“A paróquia como uma determinada comunidade de fiéis, sob o cuidado pastoral do pároco como seu pastor próprio, em união com o bispo diocesano” (Cân. 515), lugar da visibilização da Igreja, não

pode ser indiferente ao mundo em mudança.Faz-se necessário uma gestão paroquial nova para repensar, organizar, comandar, coordenar, controlar os paradigmas da

estrutura eclesial a fim de que respondam significativamente aos apelos atuais.

PARÓQUIA RE-ESTRUTURADA DE JEITO PARÓQUIA RE-ESTRUTURADA DE JEITO NOVONOVO

- Acolhedora e solidária;- Lugar da iniciação cristã, da educação e da celebração da fé;- Aberta à variedade de carismas, serviços e ministérios;- Comprometida com os movimentos de apostolado e atenta às distintas culturas dos habitantes (cf. EA, 41).

NOVAS POSTURAS DO NOVAS POSTURAS DO PADRE-GESTORPADRE-GESTOR

1 - OBSERVADOR ATENTO E 1 - OBSERVADOR ATENTO E

DISCRETODISCRETO

Conhecer com precisão, objetividade a realidade

organizacional paroquial para estabelecer diretrizes, deixando

claras as regras e suas expectativas a quem delegar

responsabilidades.

2 - EMPÁTICO2 - EMPÁTICO

Estar emocionalmente aberto para novas relações. Não perder a visão de que a paróquia deve ser antes de tudo uma

família, a família de Deus. Acolher novas pessoas com seus carismas e

qualificações, abrindo espaço para elas entre os que já lotearam o espaço

pastoral da paróquia.

3 - EXCELENTE OUVINTE3 - EXCELENTE OUVINTE

Compreender as motivações humanas, seus interesses,

as diferenças entre as pessoas, a natureza e a

complexidades das relações.

4- EMOCIONALMENTE FLEXÍVEL4- EMOCIONALMENTE FLEXÍVEL

Saber conviver bem com as diferenças individuais e culturais de valores e atitudes a fim de respeitar a pluralidade e diversidade sociais. Muitos dos que

assumem uma paróquia encontram uma realidade cristalizada, com histórias antigas e pessoas resistentes ao novo. O pároco necessitará de

habilidade para imprimir seu estilo e estabelecer novas e eficientes dinâmicas.

5- BOM PENSADOR ANALÍTICO E 5- BOM PENSADOR ANALÍTICO E SISTÊMICOSISTÊMICO

Percepção e inteligência na compreensão das múltiplas variáveis e dos processos

organizacionais. Precisará definir áreas a serem evangelizadas,

definir grupos de evangelização, estabelecer metas e alvos, bem

como ter subsídios.

6- PACIENTE E PERSEVERANTE6- PACIENTE E PERSEVERANTE

Saber lidar com as incertezas, para tolerar a ambiguidade e

as resistências muito comuns nos processos de

mudança, isto é, ser resiliente.

7- BOM EDUCADOR7- BOM EDUCADOR

Estimular, incentivar as pessoas a incorporarem novos conhecimentos,

desenvolverem novas atitudes, trabalharem em equipes, revelando

seus talentos e democratizando suas conquistas. Descobrir novos lideres comprometendo-os em seu campo

especifico de ação.

8 - INTELIGENTE E CRIATIVO8 - INTELIGENTE E CRIATIVO

Ser criativo para a percepção de oportunidades, combinação inusitada e producente de recursos, elaboração de

soluções alternativas para problemas existentes. Saber planejar. Saber trabalhar em equipe. Investir nas

pastorais e na infraestrutura da paróquia. Investir em materiais humanos (formação técnica, pastoral, teológica,

espiritual dos agentes). Modernizar a paróquia, oferecendo um espaço atraente aos fiéis.

9 - DISCIPLINADO E BOM 9 - DISCIPLINADO E BOM ADMINISTRADOR DO TEMPOADMINISTRADOR DO TEMPO

Cumpridor de rotinas e prazos e uso inteligente de

recursos no projeto de consultoria.

10 – MÍSTICO E CULTIVADOR DE UMA 10 – MÍSTICO E CULTIVADOR DE UMA ESPIRITUALIDADE PRÓPRIA DE SEU ESPIRITUALIDADE PRÓPRIA DE SEU

MINISTÉRIOMINISTÉRIO

Deixar-se conduzir pelo Espírito de Deus e beber sempre deste poço para realizar sua missão sempre com

novo ardor, com entusiasmo, contagiando os outros, mais do que com palavras com seu testemunho de

seguidor primeiro do Mestre Jesus, o Bom Pastor que dá a vida pelo seu rebanho.

Muito agradecido Muito agradecido por sua participação.por sua participação.

Côn. Edson OrioloEmail: edsonoriolo@uol.com.br