IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO PARA A SAÚDE PÚBLICA Tuberculose Influenza VariolaEbola Botulismo...

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IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO

PARA A SAÚDE PÚBLICAPARA A SAÚDE PÚBLICA

TuberculoseTuberculose InfluenzaInfluenza VariolaVariola EbolaEbola BotulismoBotulismo

Chikungunya

NOTIFICAÇÃO

O conhecimento do perfil de ocorrência de doenças e agravos está na dependência da existência de serviços de vigilância epidemiológica bem estruturados, com condições de captar, consolidar e analisar as informações acerca do processo saúde-doença em uma determinada área geográfica, adotando as medidas pertinentes ao seu controle e eliminação.

NOTIFICAÇÃO

Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.

A notificação compulsória é a principal fonte de vigilância epidemiológica, a partir da qual se desencadeia o processo informação – decisão - ação.

LegislaçãoPortaria n.º 104, de 25 de Janeiro de 2011

(DOU de 26/01/2011, pág. 37-38)

“Art. 6º A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.”.

Portaria n.º 124, de 24 de Janeiro de 2011(DO do Estado da Bahia de 26/01/2011, pág. 22-26)

“Art. 5º A notificação ….

Parágrafo único. As doenças e eventos constantes no Anexo II a esta Portaria devem ser registrados no SINAN (Sistema de

Informação de Agravos de Notificação), obedecendo as normas e rotinas estabelecidas para o Sistema...”

Legislação

LegislaçãoPortaria n.º 3.535/GM, 2 de setembro de 1998(DOU de 14/10/1998, pág. 53-54)

• “2.1 – Os Centros de Alta Complexidade em Oncologia

devem...

• 2.3 – Os Centros devem dispor e manter em funcionamento

o Registro Hospitalar de Câncer (RHC), conforme as normas

técnico-operacionais preconizadas pelo Ministério da

Saúde”

Por que a notificação é compulsória?

A notificação é um instrumento indispensável para

planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção,

e permitir que se avalie o impacto das intervenções.

Deixar de notificar gera a perpetuação de situações graves.

A notificação compulsória está prevista no Código penal

Brasileiro: Decreto –Lei nº 2.848, de 07/12/40

InfluenzaInfluenza

A quem notificar?

Vigilância EpidemiológicaTem a finalidade de conhecer a ocorrência de doenças e de outros

agravos considerados prioritários, seus fatores de risco e suas tendências, além de planejar, executar e avaliar medidas de proteção e controle.

A Vigilância Epidemiológica é atribuição Esfera Federal – Ministério da Saúde Esfera Estadual – Secretaria Estadual de Saúde Esfera Municipal – Secretaria Municipal de Saúde

Critérios para seleção de notificação de doenças/agravos

• Magnitude• grandes contingentes populacionais incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos

• Potencial de disseminação • poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de

infecção colocando sob risco a saúde coletiva

• Transcendência • severidade - taxas de letalidade, hospitalização, sequelas • relevância social – subjetiva / valor dado pela sociedade – sensação de

medo/repulsa ou indignação• relevância econômica – restrições comerciais, força de trabalho, absenteísmo

escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários

Critérios para seleção de notificação de doenças/agravos

• Vulnerabilidade• disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e controle da

doença, levando a uma atuação efetiva dos serviços de saúde

• Compromissos internacionais • Cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, eliminação ou

erradicação de doenças, firmados pelo governo brasileiro

• Regulamento Sanitário Internacional• eventos considerados de Emergência de Saúde Publica de Importância

Internacional - ESPII

• Epidemias, surtos e agravos inusitados• Eventos de saúde que implicam em disseminação de doenças, objetivando

delimitar a área de ocorrência, elucidar diagnóstico, tomar medidas de controle aplicáveis

Núcleo Hospitalar de Epidemiologia

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética)

Periodicidade de notificação

Imediata (≤ 24 horas) para

* * Semanal

MS

SES

SMS

1 a. Acidente de trabalho com exposição a material biológico

X

b. Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes

X

2 Acidente por animal peçonhento X 3 Acidente por animal potencialmente

transmissor da raiva X

4 Botulismo XX X 5 Cólera XX X 6 Coqueluche XX 7 a. Dengue - Casos X b. Dengue - Óbitos XX X 8 Difteria X 9 Doença de Chagas Aguda XX 10 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) X 11 a. Doença Invasiva por "Haemophilus

Influenza" XX

b. Doença Meningocócica XX 12 Doenças com suspeita de disseminação

intencional: a. Antraz pneumônico b. Tularemia c. Varíola

XX

X

13

Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a. Arenavírus b. Ebola c. Marburg d. Lassa e. Febre purpúrica brasileira

XX

X

14 Esquistossomose X 15 Evento de Saúde Pública (ESP) que se

constitua ameaça à saúde pública (ver definição no Art. 2º desta portaria)

X

X

X

16 Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação

XX X

17 Febre Amarela XX X 18 Febre de Chikungunya XX X 19 Febre do Nilo Ocidental e outras

arboviroses de importância em saúde pública

X

X

X

20 Febre Maculosa e outras Riquetisioses XX X 23 Hantavirose XX 24 Hepatites virais X

PORT. Nº 1.271 PORT. Nº 1.271

de 06/06/2014de 06/06/2014

PORT. Nº. 1.271 PORT. Nº. 1.271

de 06/06/2014de 06/06/2014

Núcleo Hospitalar de Epidemiologia

*Informação adicional: Notificação imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS; Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou SMS (Secretaria Municipal de Saúde) A notificação imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.

25 HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

X

26 Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV

X

27 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

X

28 Influenza humana produzida por novo subtipo viral

XX X

29 Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados)

X

30 Leishmaniose Tegumentar Americana X 31 Leishmaniose Visceral X 32 Leptospirose X 33 a. Malária na região amazônica X b. Malária na região extra Amazônica XX X 34 Óbito:

a. Infantil b. Materno

X 35 Poliomielite por poliovirus selvagem XX X 36 Peste XX X 37 Raiva humana XX X 38 Síndrome da Rubéola Congênita XX X 41 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda XX X 42 Síndrome Respiratória Aguda Grave

associada a Coronavírus a. SARS-CoV b. MERS-CoV

XX

X

43 Tétano: a. Acidental b. Neonatal

X

44 Tuberculose X 45 Varicela - Caso grave internado ou óbito XX 46 a. Violência: doméstica e/ou outras

violências X

b. Violência: sexual e tentativa de suicídio

X

Nº DOENÇA OU AGRAVO (Ordem alfabética)

Periodicidade de notificação

Imediata (≤ 24 horas) para

* * Semanal

MS SES SMS

PORT. Nº. 125 PORT. Nº. 125 de 24/01/2011de 24/01/2011

Notificar o evento sob o Regulamento Sanitário Internacional

Evento de potencial importância de saúde pública internacional, incluindo aqueles por causa ou fonte desconhecida

Doenças de notificação obrigatória

• Varíola• Poliomielite por

poliovirus selvagem• Influenza humana por

novo subtipo• SARS

Doenças avaliadas pelo instrumento de decisão

• Cólera• Peste • Febre Amarela• Febres Hemorrágicas Virais

(Ebola, Lassa e Marburg)• Outras doenças de

interesse nacional/regional

Algoritmo

•Impacto na saúde pública•Inusitado e/ou inesperado•Propagação internacional•Restrição: viagem ou comercio

Anexo II: algoritmo de decisão para avaliação e Anexo II: algoritmo de decisão para avaliação e notificação de eventosnotificação de eventos

Sistemas de Informação em Saúde

• Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

• Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)

• Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC)

• Sistema de informações Hospitalares (SIH-SUS)

• Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS)

• Registro Hospitalar de Câncer (RHC)

OportunidadeOportunidade

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

FidedignidadeFidedignidade

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

ConsistênciaConsistência

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

CompletaCompleta

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

RelevanteRelevante

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

PrecisãoPrecisão

CA

RA

CTER

ISTICA

S DA

INFO

RM

ÃO

Diagrama de Controle da Doença Meningocócica. Diagrama de Controle da Doença Meningocócica. Estado da Bahia, 2010 e 2011. Estado da Bahia, 2010 e 2011.

Vacinação

0

2

4

6

8

10

12

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

2012 Média Limite Superior

Fonte: Banco Paralelo/DIVEP/SESAB

*Dados parciais até S.E. 28 (13/07/2013)

Relatório de casos Relatório de casos notificados, Estado notificados, Estado

das Bahia.2014das Bahia.2014

população infectada

indivíduos sem sintomatologia

clínica

indivíduos com sintomatologia clínica

a sintomatologia não molesta o indivíduo

a sintomatologia molesta o indivíduo

não solicita ou não consegue assistência médica

solicita atenção médica

não se estabelece a suspeita

estabelece-se a suspeita

caso não notificado caso notificado

Moraes et al. (1985)

• Desconhecimento da obrigação da notificação• Supõe que outra pessoa ou instituição fará a notificação• Desconhece quais doenças devem ser notificadas• Desconhece como e a quem notificar• Acredita que só deve notificar o caso confirmado • Acredita que é um procedimento meramente burocrático• Demanda tempo para preencher o formulário de notificação• Preocupação de que a notificação vá expor o paciente• Receio de quebra do sigilo profissional• Desconfiança de que o poder público vá realmente adotar medidas pertinentes.

Limitações em relação aos profissionais de saúdeLimitações em relação aos profissionais de saúdeSistem

a de Vigilância

Modos de aperfeiçoar um Sistema de Vigilância Modos de aperfeiçoar um Sistema de Vigilância

• Aumentar a sensibilização dos profissionais

• Simplificar a notificação

• Ampliar a rede notificante

• Implantar a notificação ativa

• Retroalimentação do Sistema (feedback)

• Operar em sistema “on line”

Novos desafios Novos desafios

                                                              

                                                               

                             

Doenças Emergentes / ReemergentesDoenças Emergentes / Reemergentes

Doenças emergentes São doenças novas, desconhecidas da população. São causadas por vírus ou

bactérias nunca antes descritos, ou por mutações de um vírus/bactéria já existente.

Podem ainda ser causadas por um agente que só atingia animais, e que agora afeta também os seres humanos. Nesse conceito, temos a AIDS, como a mais importante doença emergente, já que era completamente desconhecida no mundo , até a década de 80

Doenças reemergentes Doença já conhecida, cuja incidência esteja aumentando em dado lugar ou

entre uma população específica.

É preciso levar em consideração fatores específicos de cada doença e o local onde ela aparece

TuberculoseTuberculoseEbolaEbola

Cryptosporidiosis

Lyme BorreliosisReston virus

Venezuelan Equine Encephalitis

Dengue haemhorrhagic

feverCholera

E.coli O157

West Nile Fever

Typhoid

DiphtheriaE.coli O157

EchinococcosisLassa feverYellow fever

Ebola haemorrhagic

fever

O’nyong-nyong fever

Human Monkeypox

Cholera 0139Dengue

haemhorrhagic fever

Influenza A(H5N1)

Cholera

RVF/VHF

nvCJD

Ross River virus

Equine morbillivirus

Hendra virus

BSE

Multidrug resistant Salmonella

E.coli non-O157

West Nile Virus

Malaria

Nipah VirusReston Virus

Legionnaire’s Disease

Buruli ulcer

Doenças Emergentes e ReemergentesDoenças Emergentes e Reemergentes1996 a 20051996 a 2005

Obrigado!

Mª do Carmo Corbacho3116-0079 e 81816540pctbahia@gmail.com

Juarez DiasJuarez.dias@ufba.br

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