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ESCOLA ESTADUAL GRACILIANO RAMOS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SANTA HELENA2010
1
ESCOLA ESTADUAL GRACILIANO RAMOS - ENSINO FUNDAMENTAL
Rua Minas Gerais, 1251 Centro Santa Helena – PR.CEP: 85892-000 Fone: (45) 3268-2728
e-mail: shagracilianoramos@seed.pr.gov.br
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Santa Helena - Paraná
2010
2
SUMÁRIO
I – APRESENTAÇÃO...............................................................................................5
1.1 Justificativa..........................................................................................................5
1.2 Metodologia do Projeto Político Pedagógico – PPP...........................................6
II – INTRODUÇÃO....................................................................................................7
2.1 Identificação........................................................................................................7
2.2 Histórico da comunidade.....................................................................................7
2.2.1 Histórico da Instituição.....................................................................................9
2.2.2 Significado do nome.......................................................................................10
2.3 Organização do espaço Físico..........................................................................13
2.3.1 Espaço Físico Disponível...............................................................................14
2.4 Oferta de Cursos...............................................................................................14
2.5 Quadro de Pessoal...........................................................................................15
III – OBJETIVOS GERAIS......................................................................................15
3.1 Aspectos Legais e Sociais................................................................................15
IV – MARCO SITUACIONAL..................................................................................17
4.1 Contexto Situacional..........................................................................................17
4.1.1 Brasil: um país de diferenças culturais e sociais............................................17
4.1.2 Paraná: um estado de desenvolvimento........................................................18
4.1.3 Santa Helena: um município com potencial pouco explorado.......................19
4.1.4 Realidade educacional de Santa Helena.......................................................20
4.2 Contexto Situacional, Realidade Escolar e Perfil do Educando........................21
V – MARCO CONCEITUAL....................................................................................24
5.1 Concepção de Sociedade..................................................................................24
5.2 Concepção de Homem.....................................................................................25
5.3 Concepção de Conhecimento...........................................................................26
5.4 Concepção de Cultura......................................................................................26
3
5.5 Concepção de Currículo e Educação...............................................................27
5.6 Educação Inclusiva...........................................................................................29
5.7 Desafios Educacionais Contemporâneos.........................................................29
5.7.1 Educação Ambiental......................................................................................30
5.7.2 Enfrentamento à Violência.............................................................................30
5.7.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.........................................................30
5.7.4 Sexualidade...................................................................................................31
5.7.5 Educação Fiscal.............................................................................................31
5.7.6 História e Cultura Afro-Brasileira e Africana..................................................31
5.7.7 Programa de Prontidão Escolar Preventiva...................................................32
5.8 Avaliação...........................................................................................................32
5.9 Gestão Escolar..................................................................................................33
5.10 Filosofia da Escola...........................................................................................33
5.10.1 Princípios......................................................................................................34
5.11 Instâncias Colegiadas.....................................................................................35
5.11.1 Conselho Escolar.........................................................................................35
5.11.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários...............................................35
5.11.3 Conselho de Classe.....................................................................................36
5.11.4 Grêmio Estudantil.........................................................................................37
5.11.5 Representante de Classe.............................................................................38
VI – MARCO OPERACIONAL................................................................................39
6.1 Organograma....................................................................................................39
6.2 Formação de turmas e organização do tempo e espaço escolar.....................40
6.2.1 Horário de entrada e saída de aulas nos diferentes períodos.......................40
6.2.2 Distribuição das séries e turmas....................................................................40
6.3 Matriz Curricular.................................................................................................41
6.4 Forma de Gestão da Escola..............................................................................42
6.5 Programas desenvolvidos.................................................................................43
6.5.1 Sala de Apoio à aprendizagem.......................................................................43
6.5.2 Sala de Recursos............................................................................................43
6.5.3 Viva a escola..................................................................................................44
4
6.5.4 Celem - Coordenação de Línguas Estrangeiras Modernas...........................44
6.5.5 Fera Com Ciência..........................................................................................45
6.5.6 Educação Fiscal.............................................................................................45
6.5.7 Paraná Digital.................................................................................................46
6.6 Formação Continuada.......................................................................................46
6.6.1 Reuniões Pedagógicas...................................................................................47
6.6.2 Cursos e Palestras..........................................................................................47
6.6.3 Incentivo a Pesquisa.......................................................................................47
6.7 As Relações entre os Aspectos Administrativos e Pedagógicos......................47
6.7.1 A Direção........................................................................................................48
6.7.2 Equipe Pedagógica.........................................................................................51
6.7.3 Docentes.........................................................................................................56
6.7.4 Agentes Educacionais....................................................................................59
6.7.4.1 Agentes Educacionais I...............................................................................59
6.7.4.2 Agentes Educacionais II..............................................................................59
6.8 Hora Atividade...................................................................................................60
6. Avaliação............................................................................................................61
6.9.1 Avaliação dos Educandos..............................................................................61
6.9.2 Avaliação do PPP..........................................................................................62
6.10 Ações da Escola.............................................................................................62
6.10.1 Semana Cultural – Ferinha...........................................................................62
6.10.2 Feira das Ciências........................................................................................63
6.10.3 Jogos Inter séries..........................................................................................63
6.10.4 Campanha do Agasalho...............................................................................64
REFERÊNCIAS.......................................................................................................65
5
I – APRESENTAÇÃO
1.1 - Justificativa
As grandes transformações, pelas quais vem passando a sociedade,
refletem intensamente na vida das pessoas, desafiando as organizações e as
instituições à mudanças em seus propósitos, em suas políticas, em suas
estruturas e em seus procedimentos. Vivemos um período no qual há mudanças
na concepção do conhecimento, o que traz como consequência novos significados
na economia, na produção e nas inúmeras outras áreas que compõem o social. A
própria ciência tem que enfrentar agora uma difícil realidade: a relatividade do
conhecimento e seu caráter provisório contestável.
A mudança somente ocorre como produto das consciências que forem
despertadas e da vontade das pessoas em encontrar melhores caminhos.
Parafraseando Paulo Freire, na educação não existe estrada asfaltada, o caminho
se faz caminhando. E desta forma o nosso Projeto Político Pedagógico foi sendo
construída junto com a comunidade escolar.
Conforme deliberação 014/99, a elaboração do projeto político pedagógico
deve envolver toda a comunidade escolar. A existência de uma proposta
pedagógica decidida coletivamente é condição básica para o desenvolvimento da
autonomia escolar.
Este Projeto Político Pedagógico foi norteado pelos princípios contidos nas
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e das Diretrizes
Curriculares Estaduais do Estado do Paraná, ambas em observância com a Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, nº 9394/96.
Com o intuito de nortear a ação educativa desta escola, está aqui
apresentada a identidade escolar, os aspectos da organização histórica,
pedagógica e física, a oferta de cursos e o quadro de pessoal. É descrita, ainda, a
escola em sua realidade nacional, estadual e municipal, o perfil da população
atendida, a concepção de mundo, de homem e de escola, a fim de apresentar os
objetivos e elaborar o plano de ação para desenvolver de forma eficiente a ação
educativa.
6
1.2 - Metodologia do Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político-Pedagógico retrata a escola dentro da sua
individualidade, valorizando as diferenças culturais, sociais e econômicas,
percebidas dentro do âmbito escolar, visando à melhoria da qualidade de ensino,
a fim de garantir um rumo estabelecido coletivamente, que sirva de guia para a
“práxis pedagógica” e a continuidade de uma proposta de trabalho que atenda aos
interesses da comunidade.
“No sentido etimológico, o termo “projeto” vem do latim projectu, particípio
passado do verbo projicere, que significa lançar para diante. Plano, intento,
desígnio.” (FERREIRA 1975, p. 1.144). Significa que, ao construir o Projeto
Político Pedagógico a escola planeja o que pretende realizar. Na construção deste
projeto há a participação de toda a comunidade escolar na tomada de decisões,
para garantir o comprometimento de todos na execução e divulgação das metas
planejadas. “A escola que a sociedade democrática requer é aquela capaz de
implementar seu próprio Projeto Político Pedagógico, elaborado coletivamente,
devidamente atualizado, divulgado e avaliado por todos os interessados.” (VILLAS
BOAS. 2000, p. 183-184).
Este documento está sempre em construção, pois como a educação é um
processo de longo prazo, faz-se necessário que o professor sempre reveja sua
prática. “É um eterno diagnosticar, planejar, repensar, começar e recomeçar,
analisar e avaliar.” (VILLAS BOAS, 2000: p. 183-184).
A construção deste projeto contou com o coletivo de professores e
funcionários da escola através de reuniões de grupos e todo colegiado, momentos
com alunos e pais, questionamentos com educandos e suas famílias.
Realizou-se a compilação de dados do Corpo Docente, Equipe
Pedagógica e Administrativa da Escola, e, a seguir, a construção dos textos em
grupo. Todo esse processo contou com o apoio e acompanhamento da Equipe
Pedagógica do Núcleo Regional de Ensino de Toledo.
Ao final do processo, o Projeto foi apresentado à comunidade e ao
Conselho Escolar para análise e aprovação.
7
II – INTRODUÇÃO
2.1 - Identificação
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
1. Denominação da instituição
Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental
2. Endereço completo
Rua Minas Gerais, 1251
3. Bairro/Distrito
Centro
4. Município
Santa Helena
5. NRE
Toledo
6.CEP
85892-000
7. Caixa Postal 8. DDD
(45)
9. Telefone
3268-2728
10. Fax
(45) 3268-2728
11. E-mail
shagracilianoramos@seed.pr.gov.br
12. Site
www.shagracilianoramos.pr.gov.br
13. Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
14. CNPJ/MF
76.592.468/0001-84
15. Cursos autorizados/reconhecidos
Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries)
16. Autorização
Resolução nº. 1.345/81 D.O.E. 06/07/81
17. Reconhecimento
Resolução nº. 765/84 D.O.E. 09/03/84
18. Local e data
Santa Helena, 13 de abril de 2.010.
19. Assinatura
Direção
2.2 – Histórico da comunidade
O território do município de Santa Helena continha grupos populacionais
indígenas antes da presença definitiva dos europeus. Aqui habitavam grupos
como os Chiques, Cheripás e Chiriguanás.
A ocupação da área desse município deu-se em meados do século XIX,
devido à extração da erva-mate e da madeira, que foi realizada de forma
8
predatória pelas Obrages*, principalmente por aquela que foi encabeçada pelo Sr.
Domingos Barthe, a qual se instalou no Oeste do Paraná a partir de 1858.
Durante os anos de 1924 e 1925, a região Oeste novamente chamou a
atenção das autoridades estaduais e federais, quando se deu a passagem da
Coluna Prestes por essa região. Os revolucionários, perseguidos pelas tropas
legalistas em sua retirada, queimaram uma ponte sobre o rio São Francisco Falso,
construída pela Companhia Domingos Barthe no início deste século, e que depois
desse episódio ficou conhecida como Ponte Queimada.
A passagem da Coluna Prestes provocou a desarticulação econômica da
Companhia Domingos Barthe e a falência da companhia Meyer e Annes que havia
acabado de se instalar em Santa Helena naquele período. A massa falida Meyer e
Annes foi transferida para a Allegretti & Companhia, que posteriormente foi
adquirida pela firma Imobiliária Agrícola Madalozzo Ltda., em 1952.
A partir de 1920, Santa Helena começou a receber colonos imigrantes
vindos do Rio Grande do Sul e que se instalaram próximos às margens do Rio
Paraná. Mais tarde a Imobiliária Agrícola Madalozzo criou um loteamento
chamado cidade de Santa Helena, a 11 km distante do primeiro povoado, surgindo
então a partir de 1958 a necessidade de escolarização definitiva, visto que a
migração era intensa.
Em julho de 1962 Santa Helena foi elevada a distrito do município de
Medianeira e distrito judiciário de Foz de Iguaçu. Seu franco desenvolvimento
culminou na emancipação política administrativa do município em 26 de maio de
1967, pela lei n.º 5548/67.
O município cresceu e, conforme dados do IBGE, na década de 70 chegou
a atingir mais de 60.000 habitantes, exigindo a ampliação desta escola.
Porém o anúncio da construção da barragem da Hidrelétrica de Itaipu e a
possível inundação de todo o município gerou imediata estagnação econômica,
que culminou com a desapropriação de 26.718 hectares de terras férteis e a
emigração de milhares de colonos. Isto não permitiu a construção de novas
escolas na cidade, o que faz desta, ainda hoje, a única a atender à comunidade da
sede do município, de 5ª a 8ª séries.
Desde o Censo de 2003, o município conta com aproximadamente 21 mil
9
habitantes e a Escola Estadual Graciliano Ramos continua sendo a opção da
maioria dos munícipes para escolarização de 5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental.
Além de uma agricultura forte, o município apresenta uma tendência
positiva para o turismo, em função das águas do lago de Itaipu, que formaram
recantos de lazer. As áreas alagadas levaram à indenização, pelo ICMS perdido,
na forma de royalties ao município, o que trouxe recursos para o oferecimento de
incentivos à agroindústrias, à facções têxteis, e demais empreendimentos.
Santa Helena localiza-se a 640 km da capital do estado, na micro região
Extremo-Oeste do Paraná, e está, em média, 347 metros acima do nível do mar,
sendo a área mais alta com 408 m, na localidade do IBC. O município limita-se ao
norte com Entre Rios do Oeste, ao sul com Missal, ao leste com São José das
Palmeiras e Diamante do Oeste e a oeste com a República do Paraguai através
do Lago de Itaipu.
O clima é subtropical, a média de temperaturas mais quentes é superior a
22°Celsius, e dos meses mais frios é inferior a 18°Celsius.
2.2.1 - Histórico da Instituição
A Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
séries, situa-se à Rua Minas Gerais, 1251, no Município de Santa Helena, Estado
do Paraná. Iniciou suas atividades em 1969, como Escola Rocha Pombo, mantida
pela C. N. E. C., funcionando assim até o final de 1970. Em 1971, a Escola foi
renomeada como Ginásio Graciliano Ramos, funcionando até 14 de julho de 1981,
quando foi incorporado o Grupo Escolar Marechal Deodoro da Fonseca, passando
a chamar-se Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino de 1º Grau, pela
Resolução n.º 1.345/81.
Pela Resolução n.º 765/84 a Escola tem o seu reconhecimento definitivo e
passa a chamar-se Escola Estadual Graciliano Ramos – Ensino de 1º Grau.
No dia 11 de outubro de 1998, a Escola Estadual Graciliano Ramos –
Ensino de 1º Grau passa a denominar-se Escola Estadual Graciliano Ramos –
Ensino Fundamental, conforme Resolução Secretarial n.º 3.120/98 – SEED – D.
O. E. 11/09/98.
10
Como diretores desta escola estão nomeados, cronológicamente:
Ipenor Madalozzo
Eduardo Rodrigues
Floriando Mattiello
Marcio Frighetto
Gian Franco Vezzoli
Nelson Kolling
Mario Alfredo Schwingel
Hildo Weissheimer
Osmar Manieri Carlesso
André Mine - 81/83
João Bosco Zimmermann - 84/86
Ezequias Abade Correa - 87/89
João Bosco Zimmermann - 90/95
Dulce Fátima Stürmer - 95/97
Vera Lúcia Greseler - 98/2000
Ivete Regina Polla Braun - 2001/2003
Ailton de Brito - 2004/2005
Ivete Regina Polla Braun - 2006/2008
Vilmar de Souza - 2009/2011
2.2.2 – Significado do nome
Para valorizar a cultura brasileira e motivar a comunidade escolar ao
hábito da leitura, tornando conhecido importantes escritores, através de processo
eletivo, a escola recebeu o nome do autor brasileiro GRACILIANO RAMOS DE
OLIVEIRA, que nasceu a 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo,
Alagoas. Considerado pela crítica um dos maiores romancistas brasileiros,
primeiro dos dezesseis filhos de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia
Ferro Ramos.
Dois anos depois, se muda com a família para Buíque, interior de
Pernambuco. Em 1900, quando tinha 8 anos, voltou para Alagoas. Dirige o
jornalzinho O Dilúculo, no qual publica sua primeira obra: o conto “Pequeno
11
mendigo”.
No ano de 1904 vai para o Internato em Maceió, onde permaneceu por
seis anos. Nesta época, dedica-se ao estudo do inglês, do francês, e do italiano.
Em 1910, quando sai do internato, vai para Palmeira dos Índios. A família mudara-
se de Viçosa. Nessa época Graciliano trabalha na loja do pai e, devido à profunda
paixão pela literatura, passa a escrever no Balcão da loja. No ano de 1914
Graciliano muda-se para o Rio de Janeiro, onde, sem ter cursado nenhuma
faculdade, começa a trabalhar como revisor em alguns jornais. Dentre eles o “O
correio da manhã” e “A tarde”. Assina seu trabalho com o pseudônimo de Ramos
de Oliveira.
Em 1920, fica viúvo, sua esposa morreu no parto. Responsável pelos
quatro filhos menores, nessa época Graciliano também escreve crônicas para
vários jornais. Em 1925 inicia a obra "Caetés", que seria finalizada em 1928 e
publicada em 1933.
Devido à participação ativa na vida política da cidade, é eleito prefeito em
1927. Em 7 de janeiro de 1928, Graciliano assume a prefeitura de Palmeira dos
Índios e investe em educação, pois abre três escolas. Mostra-se um excelente
administrador.
A política também ajudou Graciliano nos meios literários: seus ofícios
chamam a atenção de um editor carioca, que o convida para publicar a obra
"Caetés".
Em 1930, renuncia ao cargo de prefeito, sendo, em seguida, nomeado
diretor da Imprensa Oficial do Estado, de onde se demite em dezembro de 1931,
por motivos políticos. No ano seguinte, em Palmeira dos Índios, começa escrever
a obra São Bernardo. Boa parte dessa obra foi escrita na sacristia da igreja Matriz
da cidade.
No ano de 1934 lança a obra "São Bernardo", considerada por muitos
críticos como sua obra prima. Em 1936 lança “Angústia” considerado o romance
mais complexo de Graciliano Ramos, onde retrata a cidade de Maceió da época.
Durante o período que permaneceu na secretaria da educação
revolucionou os métodos de ensino. Devido as suas ideias, consideradas
"extremistas", foi demitido em 1936.
12
Ainda nesse ano, precisamente no dia 3 de março, foi preso sob a
acusação de ligação com o Partido Comunista. A acusação era falsa, pois
Graciliano só entraria para o PCB em 1945. Mesmo sem acusação formal ou
julgamento, foi deportado para o Rio de Janeiro, onde permanece encarcerado até
o ano de 1937. Dessa experiência resultou a obra "Memórias do cárcere".
Em 1938 publica o livro que se tornaria sua obra-prima: Vidas secas, seu
quarto e último romance, que é voltado para o drama social e geográfico de sua
região.
Em 1939 volta a assumir um cargo público, dessa vez como inspetor Federal do
Ensino Secundário. Em 1942 ganha o prêmio Filipe de Oliveira. Em 1945, com o
término da Ditadura Vargas, filia-se ao Partido Comunista. Seis anos depois é
eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores (ABDE). Em 1952 viaja
pela antiga União Soviética e parte da Europa. Dessa viagem resulta o livro
“Viagem”, publicado postumamente.
Em 1953, já de volta ao país, Graciliano Ramos, o Mestre Graça, como
era carinhosamente tratado, morre, vítima de câncer no pulmão, na cidade do Rio
de Janeiro, no dia 30 de março de 1953, aos 61 anos.
13
2.3 - Organização do espaço físico
Os recursos materiais e o espaço físico no qual atendemos os alunos
apresentam-se conforme pode ser observado na planta baixa e relatório a seguir:
14
2.3.1 - Espaço Físico Disponível
12 salas de aula;
03 banheiros masculinos;
03 banheiros femininos;
01 sala de Professores;
01 sala de estar e lanche dos professores;
01 biblioteca;
01 secretaria;
01 cozinha;
01 refeitório;
01 quadra de esporte externa sem cobertura;
01 mini-ginásio de esportes coberto, com banheiros;
02 saguões;
01 cantina;
01 sala para Almoxarifado;
01 sala de direção;
01 sala de apoio e CELEM (horários alternados);
01 sala de recursos;
01 sala de laboratório de informática;
01 sala de Equipe Pedagógica;
01 banheiro masculino para professores/funcionários;
01 banheiro feminino para professoras/funcionárias;
01 lavanderia com banheiro;
01 depósito de merenda.
2.4 – Oferta de Cursos
A Escola Estadual Graciliano Ramos oferece a II etapa do ensino
fundamental (5ª a 8ª séries) do ensino regular, ofertado a 28 turmas de
15
estudantes distribuídos nos períodos diurno e noturno, além do curso de Língua
Estrangeira Moderna CELEM – Espanhol.
2.5 - Quadro de Pessoal
A escola é de porte 5 e conta com a carga horária de 40 horas para
direção e 20 horas para direção auxiliar, pois funciona nos três períodos.
Há demanda de 100 horas para professores pedagogos, distribuídas em
40 horas matutino, 40 horas vespertino e 20 horas noturno.
Para ministrar as diferentes disciplinas do Ensino Fundamental (5ª a 8ª)
nas turmas distribuídas em 3 períodos, a escola possui 52 professores habilitados
nas respectivas áreas de atuação, sendo a maioria especialistas em educação.
Na equipe de Agentes Educacionais II, a escola conta com 7 (sete)
funcionários, responsáveis pela documentação da mesma, Laboratório de
Informática e Biblioteca, distribuídos nos 3 (três) períodos.
A escola conta com o auxílio de 8 Agentes Educacionais I, sendo duas
merendeiras e seis auxiliares de serviços gerais, responsáveis pela limpeza do
ambiente escolar e pela organização dos mesmos.
III - OBJETIVOS GERAIS
3.1 - Aspectos Legais e Sociais
A Escola Estadual Graciliano Ramos tem por finalidade atender ao que
dispõe as constituições Federal e Estadual e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9394/96, a fim de ministrar o ensino fundamental de 5ª a 8ª
séries. O estabelecimento oferecerá aos seus alunos serviços educacionais com
base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
16
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte do saber;
III - Ensino gratuito;
IV - A valorização dos profissionais de ensino;
V - Gestão democrática;
VI - Garantia de uma educação básica e unitária.
Embasada na construção das diretrizes curriculares estaduais do Estado
do Paraná, a Escola Estadual Graciliano Ramos procura direcionar a ação
pedagógica com o objetivo de fazer dela um local privilegiado para aprender a
viver e conviver socialmente, de forma consciente, crítica, autônoma e
participativa.
Através do levantamento de dados feito a partir do questionário realizado
com alunos e pais da comunidade escolar, observou-se que a maioria procura o
estabelecimento escolar para obter uma formação e ser um profissional bem-
sucedido, outros buscam a escola para serem orientados para a vida e
desenvolver de maneira eficiente tudo que forem realizar.
Percebe-se que o compromisso da escola para com o cidadão santa-
helenense, se faz a partir das relações sociais, vista como um centro dinâmico,
por estar inserida na sociedade, onde ocorre a construção do conhecimento, do
saber, da busca pela unidade entre ensinar e aprender.
Tem-se, assim, como pressuposto fundamental, possibilitar ao cidadão as
condições de compreensão e interpretação de seu mundo e de seu momento
histórico vivido, bem como sua participação na sociedade, atuando na cultura, na
política e nos meios de produção.
É através da interação com o projeto a ser conhecido que o sujeito
constrói representações que irão funcionar como explicações e orientá-lo por uma
lógica interna. As ideias equivocadas serão construídas e transformadas ao longo
de todo esse desenvolvimento escolar.
A educação está permeada pela estrutura social, de mundo, de homem e
de conhecimento, e determinada pelas circunstâncias que a envolvem.
“O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de
fazer coisas novas, e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram -
17
homens que sejam criadores, inventivos e descobridores”. “É formar mentes que
tenham capacidade de criticar e verificar, e que não aceitem tudo que lhes é
oferecido como coisa pronta, verdadeira e única. Devemos ser capazes de resistir
individualmente, de criticar e de distinguir.” (Piaget,1970)
IV - MARCO SITUACIONAL
4.1 - Contexto Situacional
4.1.1 - Brasil: um país de diferenças culturais e sociais
O Brasil é um país de dimensões continentais, o qual apresenta uma
riquíssima variedade cultural, fruto de uma constituição basilar pluri-étnica,
formada, inicialmente, a partir da confluência dos povos indígenas nativos, dos
conquistadores europeus, em especial portugueses, e dos povos africanos,
trazidos como escravos para trabalhar nas minas e lavouras monocultoras. Num
segundo momento, migrações de outras etnias europeias, asiáticas, árabes e
africanas somaram-se para compor o Brasil contemporâneo.
Essa região, inicialmente, habitada e dominada por povos Tupi-Guaranis,
o Brasil, a partir da conquista portuguesa, foi colônia, depois império e, a partir de
1889, República Federativa, a qual atualmente abarca 26 estados mais o Distrito
Federal. As diferenças regionais são patentes quanto à cultura, economia e
história, sendo, por um lado, positivas no que tange à diversidade; e, de outra
forma, possuem uma face negativa, especialmente quando observados os
bolsões de miséria e abandono.
A realidade educacional não foge a este panorama, não só regionalmente,
como também nas diferentes camadas sociais. Enquanto alguns possuem acesso
à informação e educação de qualidade, muitos ainda são analfabetos ou semi-
analfabetos, dificultando sua vida pessoal e profissional.
Assim, canalizar as riquezas econômicas e culturais para constituição de
uma nação justa e democrática é um dos maiores desafios brasileiros, inclusive
de seu sistema educacional, nesta que chamam a “era do conhecimento”.
Este desafio é particularmente difícil de superar, haja visto que as
18
políticas públicas para o setor, muitas vezes, não recebem os recursos
necessários e, não raramente, parte de suas verbas são contingenciadas para
pagamento de dívidas, ou, infelizmente, desviadas para outros setores.
4.1.2 - Paraná: um estado em desenvolvimento
O Estado do Paraná integra a Região Sul do Brasil. Sua ocupação,
inicialmente, deu-se no Centro-Leste, sendo as regiões Oeste, Sudoeste, Norte e
Noroeste de ocupação mais recente. A economia do Paraná, originalmente
extrativista, migrou para a agricultura e atualmente vive um processo gradual de
industrialização.
Assim como o Brasil, o Paraná revela grande diversidade cultural e social.
Alguns polos urbanos modernos contrastam com áreas ainda baseadas quase
exclusivamente na economia rural. Socialmente também há um grande vácuo
entre as classes menos favorecidas e as elites. Políticas verticalizadas, partindo
da capital, muitas vezes impedem a organização e desenvolvimento de regiões
menos privilegiadas, assim como a concentração de recursos públicos nas áreas
mais representativas politicamente impedem um desenvolvimento mais
homogêneo da economia e de setores que beneficiam a qualidade de vida, como
a saúde e a educação.
Alguns fatores positivos, no entanto, potencializam as perspectivas de
melhorias, como as universidades estaduais presentes nas diferentes regiões e a
instituição da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Um investimento
maior na valorização do magistério público estadual, a regularização da condição
dos funcionários de escolas e realização de concursos públicos também podem
ser apontados como iniciativas positivas nas melhorias do sistema educacional
estadual. Porém ainda há muito a ser feito, especialmente no que tange à
qualidade do ensino, já que o problema quantitativo vem sendo superado.
4.1.3 - Santa Helena: um município com potencial pouco explorado
Santa Helena é um município interiorano, economicamente dependente
da agropecuária e ainda pouco desenvolvido industrialmente. Por consequência,
os setores de comércio e serviços vivem as oscilações sazonais que afetam a
19
produção no setor primário. Um diferencial, quanto ao aspecto financeiro, são os
grandes orçamentos públicos, resultantes dos royalties, provenientes do
ressarcimento do ICMS perdido em razão das terras alagadas pelo reservatório
da Hidroelétrica de Itaipu.
O grande orçamento municipal confere enorme importância ao poder
público, o qual possui potencial para intervir nas diversas áreas sociais. Por um
lado, há o aspecto positivo, pois é possível realizar investimentos
transformadores, porém há o aspecto negativo, na medida em que o grande
orçamento significa poder político utilizado para a manutenção de poder, através
de práticas como clientelismo e assistencialismo.
Os gastos assistencialistas, os quais desmobilizam a iniciativa individual e
coletiva, são desserviços à comunidade, funcionando como mecanismos de
dependência e verticalização das práticas sociais e, portanto, ruindo com a já
frágil democracia que vive o município.
Quanto ao sistema educacional, percebe-se uma radical diferença entre
as séries/escolas de competência municipal e estadual. Os orçamentos são
díspares, porém não significam grande diferença qualitativa. A contratação de
estagiários para ministrar aulas nas séries iniciais é uma das práticas, assim como
a não realização de concursos públicos para o magistério e não eleição direta
para diretores.
As escolas estaduais estão localizadas na sede e em comunidades
interioranas. A Escola Estadual Graciliano Ramos é a única que atende alunos de
5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental na sede, absorvendo alunos provenientes
de cinco escolas municipais do 1º ao 5º ano. A estrutura antiga e pequena tem
gerado problemas na qualidade de ensino, assim como exige que os alunos
venham de todos os pontos da cidade, colocando-os, inclusive, em risco no
trânsito.
Por ser um município privilegiado quanto ao seu orçamento público e por
possuir uma infra-estrutura relativamente desenvolvida, Santa Helena poderia ser
um município diferenciado e produzir programas sociais e de industrialização
modelo ao Paraná e Brasil. Um maciço investimento na educação, desde as
séries iniciais até a universidade, poderia dar a Santa Helena as condições para a
20
construção de uma realidade democrática e justa. No entanto, é preciso superar
interesses particulares e envolver a comunidade num processo participativo, para
que os caminhos políticos sejam trilhados a partir das reais necessidades e
anseios populares.
4.1.4 - Realidade educacional de Santa Helena
Através da história, constata-se que a educação municipal de Santa
Helena, em seu processo administrativo, já teve vários inspetores e chefes de
departamento antes de ser instituída a Secretaria Municipal de Educação, a qual
foi constituída no ano de 1980, através da lei 283/80, quando foram criados
cargos e funções, dentre os quais o cargo de secretário municipal de Educação.
A educação municipal já esteve ligada aos municípios de Medianeira, Foz
do Iguaçu, Cascavel, Marechal Cândido Rondon; a partir do mês fevereiro de
1974 a educação municipal passou a vincular-se ao Núcleo Regional de
Educação de Toledo.
No município, além da rede de escolas municipais de educação infantil e
ensino fundamental de primeira a quarta série, há, também, seis Centros
Municipais Educação Infantil, que atendem crianças de zero a cinco anos, aí
permanecendo em período integral. Existe, também, um colégio particular, o qual
oferece desde educação infantil até o ensino médio; uma escola de ensino
especializado - APAE (entidade filantrópica); dez estabelecimentos de ensino da
rede estadual, dentre eles cinco escolas estaduais de ensino fundamental e
quatro colégios estaduais de ensino fundamental e médio; também há o
CEEBJA, o qual atende ensino fundamental e médio.
A educação no município de Santa Helena conta com a ação do Ministério
Público e do Conselho Tutelar para efetivação do ECA - Estatuto da Criança e do
Adolescente.
O município também conta com o Departamento de Cultura, no qual
funciona a Escola de Artes e Ofícios, com aulas de balé, jazz, dança
contemporânea, pinturas em tecido, oficina de teatro, curso de língua estrangeira,
violão e teclado.
Mantém-se a tradição da Festa Nacional do Costelão, Festa do Padroeiro
21
Santo Antônio, Festa do Colono e do Motorista, Carnaval e atividades do Centro
de Tradições Gaúchas - CTG. Também funciona no município uma associação de
artesãos, no qual são realizados trabalhos artesanais diversos.
Realizam-se, ainda, atividades diversas envolvendo os clubes de mães e
Damas, sendo elas artesanais, culinárias, sociais, entre outras. Com o Clube dos
Idosos são realizadas atividades esportivas, culturais e recreativas, promovendo
uma melhor interação e valorização destas pessoas com a sociedade.
4.2 - Contexto Situacional, Realidade Escolar e Perfil do Educando
A Escola atende atualmente aproximadamente 820 alunos, divididos em
três turnos e de acordo com a série que frequentam.
Destacam-se alguns problemas que interferem no processo de ensino e
aprendizagem, entre os mesmos pode-se destacar: grande número de alunos
trabalham no contra-turno, ajudando seus pais nos mais diversos afazeres; e
outros que trabalham em atividades autônomas, como engraxates, vendedores de
picolé, cortadores de grama, capinadores de lotes, babás, acompanhantes de
idosos, etc. Há, ainda, os que estudam a noite, trabalhando em período integral
em mercados, lanchonetes, oficinas mecânicas, industrias de confecção, etc.
Um número considerável de alunos frequentam o TIM – Trabalho
Integrado com Menores, no contra-turno, onde desenvolvem atividades
esportivas, culturais e reforço escolar, melhorando sua auto-estima.
Em pesquisa, no ano de 2009, entre os alunos, sobre a importância dos
estudos, 51% acreditam que os estudos servem para ajudá-los no futuro, 34%
buscam uma formação para encontrar um emprego e 13% querem adquirir novos
conhecimentos.
Quanto à pretensão em continuar estudando, 65% diz que pretendem
concluir uma faculdade, 13% enquanto puderem estudar, 3% até trabalhar e
menos de 1% pretende fazer mestrado.
Oitenta e três por cento dos alunos responderam que estudam por
vontade própria, enquanto 10% se dizem obrigados pelos pais, responsáveis ou
Ministério Público. A taxa elevada de alunos que estão na escola por gostarem
22
dela e não como imposição é indicativo positivo e demonstra que a escola é um
local agradável aos educandos, os quais sentem o desejo de aprender.
Perguntados sobre o que mais gostam na escola, 22% responderam que
gostam das aulas, 16% da quadra de esportes, 10% gostam de tudo (colegas,
professores e atividades) e 30% disseram gostar mais do intervalo para o lanche
e recreação; isto traz a reflexão do quanto este momento é importante para os
estudantes.
Questionados os alunos sobre quem realiza tarefas escolares, 65%
responderam que realizam às vezes, 32% sempre fazem as tarefas e somente
1,1% respondeu que nunca as realiza. A partir deste dado percebemos que um
número elevado de alunos se preocupa com as atividades escolares, sendo
aceitável o primeiro dado apresentado, pois consideramos que, quando há real
necessidade de envolvimento, o aluno realiza suas tarefas.
Quanto ao acompanhamento nas tarefas em casa, 47% responderam que
não recebem ajuda de ninguém, 20% recebem ajuda da mãe, 17% dos irmãos e
9% do pai. Percebemos que a maioria de nossos alunos realizam suas tarefas
sem auxílio de ninguém, demonstrando um alto grau de independência.
Quando não estão na escola, 31% dos alunos assistem à televisão, 15%
praticam esportes, 12% estudam e outros 12% brincam. O dado apresentado
demonstra o alto índice de alunos que permanecem diante da televisão, que
infelizmente não é uma boa influência para nossos adolescentes, especialmente
por suprimir o tempo de estudo em casa. Apresenta também um considerável
número de alunos que praticam atividades esportivas, importantes para sua
formação.
Um percentual de 71% dos alunos pratica atividades extra-escolares,
como cursos de computação, treinamento esportivo, cursos de violão, aulas de
balé e dança, o que vem demonstrar a necessidade da busca em aperfeiçoar
talentos e preencher o tempo com atividades que desenvolvam outras
potencialidades.
Questionados se são cumpridores com todos os deveres escolares, 60%
responderam que sim, 28% responderam que às vezes e 11% que não.
Consideramos o índice positivo, pois a grande maioria é responsável, o que nos
23
permite acreditar que estamos desenvolvendo cidadãos conscientes e
cumpridores de sues deveres.
Referente ao cuidado com o prédio escolar, 89% respondeu que procura
preservar a escola e apenas 11% não cuida do ambiente escolar. Sabemos que
este dado demonstra a importância que a escola exerce na vida de nossos
educandos; e, pelo número elevado apresentado, a grande maioria valoriza a
escola.
Oitenta e nove por cento dos alunos dizem respeitar os professores e
funcionários e 9% disseram que não respeitam, refletindo a boa educação
recebida pela maioria dos alunos, enquanto um número reduzido demonstra
rebeldia além do normal aceitável. Um número de 58% considera os professores
como sendo bons, 19% dizem que são ótimos e 23% não respondeu.
As aulas são consideradas boas por 56% dos alunos, enquanto 18% as
consideram ótimas e 4% as consideram regulares.
As avaliações são consideradas difíceis para 27% dos alunos, para 21%
são fáceis, 13% regulares e os demais não responderam.
Quanto à participação nas atividades escolares, 76% dos alunos diz que
participam, 21% às vezes participa e 2% diz que pouco participam.
Quanto à preferência pelas aulas, 20% diz que gostam mais das aulas de
Educação Física, 14% de Geografia , 12% de História; as demais disciplinas
obtiveram números inferiores de preferência.
As disciplinas em que encontram maior dificuldade são: Matemática com
33%, Português com 23%, diminuindo o grau de dificuldade nas demais. Estes
índices podem ser comprovados pelo número de alunos que apresentam baixo
rendimento nestas disciplinas.
Perguntados sobre o que fazem para melhorar o seu desempenho, 54%
dos alunos responderam que estudam mais, 27% dizem que prestam mais
atenção e 3% pede ajuda aos colegas. Demonstram com isso sua preocupação
com a aprendizagem e revelam as várias saídas encontradas para resolver as
dificuldades.
Quanto a merenda escolar preferida, os gostos apresentaram-se bem
variados, revelando índices equilibrados, apontando 16% para cachorro-quente,
24
11% macarronada e 8% biscoito. Percebe-se a preferência por alimentos com alto
grau de calorias, típico do paladar da maioria dos adolescentes e que precisa ser
melhorada através da oferta de alimentos saudáveis, a fim de tornarem-se
habituais entre os adolescentes.
Dos estudantes, apenas 22% utilizam o transporte escolar, enquanto 78%
vêm para a escola de bicicleta ou a pé, demonstrando que a maioria dos alunos
mora próximo à escola.
Através da análise do perfil da classe estudantil dessa escola, percebe-se
que a missão da Escola Estadual Graciliano Ramos é grandiosa, visto que os
educandos são crianças e adolescentes em formação e precisam de
acompanhamento para desenvolver hábitos saudáveis, tornando-se cidadãos
honrosos.
V - MARCO CONCEITUAL
5.1 - Concepção de Sociedade
Quando se questiona o sentido da escola, sua função social e a natureza
do trabalho educativo, enquanto docentes, é preciso entender a sociedade em
que estamos inseridos.
Para Severino 1998, a sociedade é um agrupamento tecido por uma série
de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências
individuais do homem, havendo uma interdependência de todas as formas de vida
humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições
sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e o jeito específico do
homem realizar sua humanidade sendo que:
"A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do
grupo e recolhe a contribuição que o poder de cada indivíduo engendra e oferece
a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si". (Pinto,
1994).
25
A sociedade é a mediadora do saber e da educação presente no trabalho
concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a
partir das contradições sugeridas pelo processo de transformação da base
econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis
que regem o desenvolvimento da sociedade.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado a
hegemonia ideológica? Uma sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por
profundas desigualdades de todo tipo: classe, etnia, gênero, religião, etc. - que
foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto,
somente aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia
pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto dos membros da
sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida.
5.2 - Concepção de Homem
Nesta sociedade está o homem, ser natural e social, que age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades para além dela. Nesse processo de
transformação, o homem envolve múltiplas relações em determinado momento
histórico, assim como acumula experiências e em decorrência produz
conhecimento. Através de sua ação intencional e planejada, mediada pelo
trabalho, produz bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes
formas pelo próprio homem, conforme Saviani (1992).
Vê-se então que "o homem necessita produzir continuamente sua própria
existência. Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza e tem que adaptar a
natureza a si, isto é, transformá-la pelo próprio trabalho".
O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro "... é aquele que
na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-
a e a reorganiza, superando a condição de objeto, caminha na direção da
emancipação participante da história coletiva". Partindo desse pressuposto o
26
homem constitui-se num ser histórico.
5.3 - Concepção de Conhecimento
O conhecimento é produzido nas relações sociais e através dele é que se
busca explicitar as relações entre os homens e a natureza.
Conforme Veiga, (1995) o conhecimento envolve as concepções de
homem, de mundo e das condições sociais que o geram e assim mudam a forma
dele interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola,
cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do
trabalho nas suas relações.
O conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e generalizações,
sendo, portanto, objeto de trabalho do professor. Para Boff (2000), "conhecer
implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar a consciência e
capacidade de conceitualização. O ato de conhecer representa caminho
privilegiado para a compreensão da realidade, a realidade somente se transforma
se houver a conversão do conhecimento em ação".
Todo conhecimento, na medida em que se constitui no sistema de
significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo
conhecimento está estreitamente vinculado com relações de poder (Thomas
Tadeu, 1999).
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões
culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais
produzidas e coladas pelos meios de comunicação de massa e em práticas de
gestão públicas, nas quais aparecem de forma destacada as produções culturais
em sua dimensão material e não o material.
5.4 - Concepção de Cultura
A cultura é resultado de todo produção humana, segundo Saviani (1992),
“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,
os meios de sua subsistência”. Ao fazer disso seu processo de transformação da
27
natureza, cria um mundo humano (o mundo da cultura).
Assim, todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema
de significação, é cultural. Portanto ao mesmo tempo em que se tornam visíveis
manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observa-se o
predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios de
comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacada as produções
culturais em sua dimensão material e não-material.
5.5 - Concepção de Currículo e Educação
Neste momento surge à organização curricular, por sua natureza e
especificidade, precisa contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas
a concepção de cultura. Na escola e sua prática há a necessidade de trabalhar as
culturas populares de forma a levá-los a produção de uma cultura erudita, como
afirma Saviani (1994), "a mediação da escola, instituição especializada para
operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura
popular a curto e dito, só no papel político fundamental”.
Ao respeitar a diversidade cultural e valorizar a cultura popular e erudita, a
escola deve aproveitar essa diversidade para fazer dela um espaço motivador,
aberto e democrático.
Na atual conjuntura nacional e estadual faz-se necessário evidenciar,
nesta cultura popular e erudita, os temas que contemplem os desafios
educacionais contemporâneos como: Educação do Campo, Educação Ambiental,
História e Cultura Afro, Educação Indígena, História do Paraná, Gênero, entre
outros.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens,
situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Segundo Pinto (1994), a educação é um processo histórico de criação do
homem para a sociedade e, simultaneamente, de modificação da sociedade para
benefício do homem. É processo pela sua dimensão histórica, representa o ser
humano no mundo; é um fato existencial; é um fato social, pelas relações que
28
movem a sociedade; é intencional, porque pretende formar o humano em um
libertador, porque, segundo Boff (2000), se faz necessário desenvolver uma
educação que nos abra para uma democracia integral.
Desta forma, a educação visa atingir três objetivos: a apropriação dos
instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e social e orientar
sua vida; a apropriação do conhecimento científico, político, cultural acumulado
pela comunidade ao longo da história, a fim de satisfazer suas necessidades; e a
apropriação dos instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a
educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento daquele que dela
necessita, para constituir-se e transformar a sociedade.
Cabe à sociedade organizada, através de suas instâncias administrativas,
como MEC, SEED, SMED e Escolas, sistematizar o conhecimento acumulado ao
longo do processo histórico, através dos currículos escolares e propostas
pedagógicas, que servem de fundamentação básica, norteando a prática
educativa do professor no dia-a-dia, em sala de aula, levando o educando a
refletir sobre a sua cidadania e capacidade de transformação da sociedade
vigente.
É na escola que acontece a transmissão dos saberes historicamente
acumulados, e dos saberes que regem e intermedeiam as relações sociais. A
escola não é neutra, é um espaço onde a classe hegemônica procura manter o
'status quo' através de políticas desenvolvidas pelo sistema econômico mundial e,
a escola pública, procura superar esse paradigma, revelando-se como uma
possibilidade de articular novas relações para os sujeitos que dela fazem parte.
Dessa forma, é almejada uma escola que exerça seu papel na construção da
democracia social e política, com novas relações internas e externas, uma vez
que se articula com plano macro e micro de sua realidade, ou seja, uma escola
em sua totalidade e materialidade, onde currículo não atenda interesses de
terceiros, e sim da comunidade escolar.
A escola pública deve assegurar para o educando um espaço físico de
boa qualidade e adequado para atender todos os alunos, professores formados e
habilitados, livros didáticos, merenda escolar, bem como o acesso às informações
29
necessárias para uma boa educação escolar.
5.6 – Educação Inclusiva
Segundo a Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e
práticas em Educação Especial, toda criança tem direito fundamental à educação,
e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de
aprendizagem, toda criança possui características, interesses, habilidades e
necessidades de aprendizagem que são únicas; sistemas educacionais deveriam
ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no
sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e
necessidades; aquelas com necessidades especiais devem ter acesso à escola
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades; escolas regulares que possuem tais
orientações inclusivas constituem os meios mais eficazes de combater atitudes
discriminatórias criando-se uma comunidade acolhedora, construindo uma
sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas
provêm uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimora a eficiência, e
em última instancia, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Entende-se por inclusão a participação de todos pelo todo, com todos.
Não é uma teoria da moda, mas uma atitude de vida, uma expressão de
sociedade e cidadania, é algo que se vive, intensa e conscientemente, contínua e
tenazmente, concreta e francamente, para fazer acontecer uma elevação da
dignidade de todos os sujeitos, seres humanos. (Martins, 2006, página 34)
5.7 – Desafios Educacionais Contemporâneos
Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem
uma historicidade, por vezes fruto das contradições da sociedade capitalista,
outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso, prementes
na sociedade contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois
estão presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de
30
educandos e educadores.
A abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos
escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visa propiciar o
resgate da função social da escola.
5.7.1 – Educação Ambiental
Visa implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da
Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade
de vida e para a compreensão das relações entre o ser humano e o meio bio-
físico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores. Assim como,
subsidiar os educadores para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica
das questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento
pedagógico e orientados pelas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná, construir a identidade da Educação
Ambiental na escola pública.
5.7.2 - Enfrentamento à Violência
Visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a
violência e, assim, transformar a escola em espaço onde o conhecimento toma o
lugar da força. O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação
continuada dos profissionais da educação sobre as causas da violência e suas
manifestações, bem como a produção de material de apoio didático-pedagógico.
Para isso estão sendo construídos cadernos temáticos, ofertados grupos de
estudos aos educadores, oficinas à comunidade escolar e aplicadas pesquisas
nas escolas. Ainda com vistas a construir suportes que viabilizem o
Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED tem buscado parceria com outras
instituições e participado da construção do Plano Estadual de Enfrentamento à
Violência.
5.7.3 - Prevenção ao uso indevido de drogas
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que
requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de
31
pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais.
Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são
instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse
desafio educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em
nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação
ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
5.7.4 – Sexualidade
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e
cultural, precisa ser discutida na escola - espaço privilegiado para o tratamento
pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. O trabalho educativo com
a Sexualidade insere-se nas diversas disciplinas do currículo por meio dos
conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
Essa perspectiva considera os referenciais de classe, raça/etnia, gênero e
diversidade sexual. O desafio é subsidiar teórico-metodologicamente os
professores e as professoras da rede estadual, por meio da formação continuada
e da produção de materiais de apoio pedagógico.
5.7.5 - Educação Fiscal
A Educação Fiscal objetiva o fortalecimento do pleno exercício da
cidadania, promovendo o intercâmbio de experiências, para que ocorra o
fortalecimento da participação dos municípios na execução do Programa Nacional
de Educação Fiscal – PNEF, de forma ética e democrática, contribuindo para o
pleno exercício da cidadania, com vistas à justiça social e ao bem comum.
5.7.6 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana
Busca promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura
da população paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes
africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e tem por objetivos
desenvolver ações de formação continuada para os/as educadores/as, produzir
material didático-pedagógico para subsidiar a comunidade escolar, bem como
32
promover o diálogo permanente com as Secretarias Estaduais e Municipais,
grupos e entidades representativas dessas discussões.
5.7.7 – Programa de Prontidão Escolar Preventiva
O programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP - se estabelece nas
escolas públicas do Paraná com o intuito de criar procedimentos padrão de
proteção aos educadores e educandos, através de atividades preventivas de
treinamento continuado, envolvendo toda a comunidade escolar, e, em especial,
os alunos e professores, em sala de aula.
Referenciado pela Instrução nº 02-2010, o PEP orienta sobre como
proceder em casos que ameacem a integridade física de quaisquer componentes
do coletivo escolar, de forma a garantir ações corretas e sincronizadas.
5.8 - Avaliação
Para a concretização do processo de ensino e aprendizagem, é preciso
realizar a verificação periódica, tanto da aprendizagem do educando, quanto das
metodologias do ensino, como, ainda, do funcionamento do sistema, com o
objetivo de constatar a qualidade do processo; desta forma a escola acompanha o
andamento das ações pedagógicas, através de reuniões de estudo e análise,
reflexões, cursos e outros momentos que possibilitem avaliar a caminhada dentro
do período e dar condições, ao professor, de tomar decisões quanto ao
aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, possibilitando novas
alternativas para o planejamento do sistema de ensino.
Essa escola entende a avaliação como sendo um processo contínuo,
processual e participativo. O estudante é avaliado pelo desempenho geral e
globalizado, mas acompanhado no processo, em seu ritmo participativo e
produtivo, visto que a avaliação decorre da forma pela qual o ser humano
apreende a realidade e como age sobre ela.
Um dos aspectos mais importantes, tanto do ponto de vista da forma,
como do conteúdo, é redimensionar o uso da avaliação quando esta não obtém
resultados satisfatórios. Avaliar o educando em diferentes oportunidades e
33
diversificar as formas de avaliação possibilita um resultado mais satisfatório do
processo de ensino e aprendizagem.
5.9 – Gestão Escolar
O foco da Gestão Escolar é a organização do trabalho pedagógico, a
ação do diretor e o papel do pedagogo na escola, para efetivação da organização
escolar, dentro de uma perspectiva democrática na rede pública do Paraná.
Entendemos que o objetivo da Gestão Escolar é valorizar os princípios de
uma escola pública, de qualidade e democrática.
A gestão democrática da educação é, hoje, um valor já consagrado no
Brasil e no mundo, embora ainda não totalmente compreendido e incorporado à
prática social global e à prática educacional brasileira e mundial. É indubitável sua
necessidade para a construção de uma sociedade mais justa, humana e
igualitária. É indubitável sua importância como fonte de humanização (Ferreira,
2000, p.167).
5.10 - Filosofia da Escola
Apesar de a escola ser determinada por outras circunstâncias, deve
contribuir para transformar a realidade social (no sentido de uma ampliação de
liberdade, da comunicação e colaboração entre os homens e mulheres).
A escola deve propiciar condições para exercer cidadania, não apenas
como o direito legal, mas como participação efetiva na sociedade. Na busca de
uma sociedade ética, solidária, que busca igualdade social e valoriza o ser, acima
do ter, que através de ações pedagógicas realiza uma educação de qualidade e
combate o uso de drogas, da discriminação racial, promovendo a paz, o respeito e
a solidariedade. Entretanto faz-se necessário uma constante atualização teórica e
metodológica, para que se possa formar o ser humano em sua plenitude.
Deseja-se que, através da ação educativa, os alunos possam construir e
reconstruir seus conhecimentos, transformando sua realidade social e familiar.
Tornando-se sujeitos capazes de pensar, contestar e expressar suas ideias de
34
maneira clara. Para isto faz-se necessário a inserção de conhecimentos
científicos e culturais relevantes, relacionados com a prática, a fim de trazer
benefícios para todos e mudanças para a sociedade.
Baseada na construção das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná,
a Escola Estadual Graciliano Ramos procura direcionar a ação pedagógica, com o
objetivo de fazer dela um local privilegiado para aprender a viver e conviver com
êxito, com qualidade, com autonomia e democracia. Sendo a educação um
processo de contínua evolução, busca-se atender às necessidades e expectativas
de cada estudante, considerando-o no grupo.
5.10.1 - Princípios
A Escola Estadual Graciliano Ramos atende seus educandos oferecendo-
lhes serviços educacionais com base nos seguintes princípios, regidos pela
Constituição Federal e respeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente:
I - Igualdade de condições para acesso e permanência na escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte do saber;
III - Ensino gratuito;
IV - A valorização dos profissionais de ensino;
V - Gestão democrática;
VI - Garantia de uma educação básica e unitária.
Como a lei estabelece oferecer igualdade de condições para acesso e
permanência no ambiente escolar, a Escola Estadual Graciliano Ramos busca
oferecer um ensino de qualidade onde todos os alunos são respeitados e
atendidos na sua individualidade.
Assumindo o Programa FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente)
do governo Estadual que visa acompanhar a frequência dos alunos, diminuindo a
evasão escolar, garantindo a permanência dos menores na escola.
Buscando a valorização dos profissionais da educação, observando as
determinações da Secretaria de Estado da Educação, a escola busca orientar aos
35
profissionais quanto ao aperfeiçoamento profissional permanente e valoriza a
prática pedagógica dos profissionais envolvidos no processo ensino
aprendizagem, pois a formação de cidadãos capazes de participar da vida
socioeconômica, política e cultural do país estão atrelados a diversos fatores,
entre eles formação do professor, condições de trabalho e remuneração.
5.11 - Instâncias Colegiadas
5.11.1 - Conselho Escolar
Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o
objetivo de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios relativos a sua ação,
organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da
legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional
traçadas pela SEED.
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e
a qualidade do seu funcionamento.
Auxilia na decisão de casos escolares diferentes dos habituais, como
alunos com problemas de indisciplina.
5.11.2 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
A APMF acompanha o desenvolvimento da proposta pedagógica,
sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do
estabelecimento de ensino, para deferimento ou não.
Observa as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à
utilização das dependências da Unidade Escolar para realização de eventos
próprios do estabelecimento de ensino.
Estimula a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por
esses segmentos.
36
Registra em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários
de bens da associação.
Aplica as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,
comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à
Direção da instituição.
Mobiliza a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização
enquanto órgão representativo para que esta comunidade expresse suas
expectativas e necessidades.
5.11.3 - Conselho de Classe
Órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação a cada classe, formado pelo colegiado de
professores, equipe pedagógica e direção para deliberar sobre o rendimento
escolar, dificuldades individuais e sugestões de como resolvê-las. Reúne-se
ordinariamente a cada bimestre, em datas previstas no calendário escolar, e
extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir.
Permite a discussão do trabalho pedagógico em sua especificidade, de
forma espontânea e natural, pois discute o resultado do aluno, a relação
estabelecida entre professor/aluno/conteúdo, num momento de análise e decisão
para a tomada de novos rumos do processo educativo.
São atribuídos ao Conselho e Classe os seguintes objetivos:
I – emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-
aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe
Pedagógica;
II - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento
escolar;
III – propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,
tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento
com os alunos na classe;
IV – estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
37
consonância com o plano curricular do estabelecimento de ensino;
V – colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos
planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;
VI – decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a
apuração dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo
estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até
então.
5.11.4 - Grêmio Estudantil
É o órgão máximo de representação dos estudantes, expressa a vontade
coletiva dos estudantes, sua representação no cotidiano escolar, pois oportuniza o
debate de ideias na conquista de direitos e observância de deveres garantindo a
participação na tomada de decisões de interesse do corpo discente.
A participação dos alunos nas decisões além de defender os anseios
desses, permite o exercício da liderança que vivenciada desde a idade estudantil
oportuniza a formação de cidadão consciente de sua função na sociedade e
capaz de interferir no mundo, buscando a construção de uma sociedade justa e
solidária.
Os representantes do Grêmio Estudantil são eleitos pelo voto secreto e o
processo de eleição é precedido de debate dos candidatos, com explanação dos
programas, garantindo um momento de reflexão na participação política do
momento vivenciado.
O Grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o
interesse dos estudantes e tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e
sociais. Entre as atribuições, desenvolve anualmente um Plano que busca
estabelecer metas a serem perseguidas durante o ano letivo:
* Incentiva atividades culturais literárias, artísticas e desportivas;
* Promove a cooperação entre administradores, funcionários, professores
e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
* Realização de intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições;
* Luta pela democracia permanente na escola, através do direito de
38
participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
5.11.5 - Representante de Classe
Todas as turmas são representadas por um professor responsável
escolhido durante Reunião Pedagógica e este professor orientará e defenderá os
interesses da turma em todos os momentos que o exigirem.
Cabe ao professor Responsável pela turma realizar a escolha do líder
junto aos colegas de classe orientando a eleição do mesmo. O líder tem a função
de representar os interesses de sua turma em decisões, reuniões, atividades
culturais e esportivas ou eventos sediados pela instituição. Ele é o “porta voz” da
sua turma.
39
VI - MARCO OPERACIONAL
6.1 Organograma
40
6.2 Formação de turmas e organização do tempo e espaço escolar
As turmas são organizadas após a matrícula que é realizada de maneira
democrática, por ordem de chegada dos pais ou responsáveis que a realizam, os
quais escolhem o turno no qual desejam estudar, sendo a turma ordenada do 1
(um) ao 30 (trinta) nas 5ª séries e do 1 (um) ao 40 (quarenta) nas demais séries
do Ensino Fundamental.
6.2.1. Horário de entrada e saída das aulas nos diferentes períodos
Turno Matutino:
Horário de entrada: 07h25
Horário de saída: 11h40
1ª aula 2ª aula Intervalo 3ª aula 4ª aula 5ª aula7h25 8h15 9h05 9h20 10h10 10h55
Turno Vespertino:
Horário de entrada: 13h15
Horário de saída: 17h30
1ª aula 2ª aula 3ª aula Intervalo 4ª aula 5ª aula13h15 14h05 14h55 15h45 16h00 16h45
Turno Noturno:
Horário de entrada: 19h
Horário de saída: 23h
1ª aula 2ª aula Intervalo 3ª aula 4ª aula 5ª aula19h 19h45 20h30 21h15 21h30 22h15
6.2.2. Distribuição das séries e turmas
Número de
turmas
Matutino Vespertino Noturno
28
5ª - A, B, C 5ª – D,E, F, G 5ª H6ª - A, B, C 6ª - D, E, F 6ª G7ª - A, B, C 7ª - D, E, F 7ª G8ª - A, B, C 8ª - D, E 8ª F
41
6.3 - Matriz Curricular
A matriz curricular da Escola Estadual Graciliano Ramos foi atualizada em
novembro de 2005. A partir de então ficou assim:
MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIES
ESCOLA ESTADUAL GRACILIANO RAMOS – ENSINO FUNDAMENTALEntidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5/8 SER TURNO: MATUTINO
Município: 2371 – Santa Helena Núcleo: ToledoAno de Implantação: 2006 Implantação: SimultâneaMódulo: 40 SEMANAS
5ª 6ª 7ª 8ª
BASE
NACIONAL
COMUM
Ciências 3 3 3 4Arte 2 2 2 2
Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso 1 1
Geografia 3 3 3 3Historia 3 3 4 3Língua Portuguesa
4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTEDIVERSIFICAD
A
L.E.INGLÊS 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
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6.4 – Forma de gestão da escola
A Escola oportuniza espaços para discussão e participação de todos,
professores, diretores, coordenadores pedagógicos, especialistas, funcionários,
pais, alunos e representantes da comunidade que estejam interessados na escola
e melhoria do processo ensino-aprendizagem, na tomada de decisões,
estabelecimento de objetivos e solução de problemas.
Conforme política da Secretaria Estadual de Educação do Estado do
Paraná, a gestão escolar, concentra-se em três vertentes para democratização
das escolas públicas, segundo formulado por Heloísa Lück (et.alii) no livro “A
escola participativa”: o trabalho do gestor”:
a) “participação da comunidade escolar na seleção dos diretores da
escola;
b) criação de um colegiado/conselho escolar que tenha tanto autoridade
deliberativa quanto poder decisório;
c) repasse de recursos financeiros às escolas e consequentemente
aumento de sua autonomia.”(LÜCK, FREITAS, GIRLING E KEITH,
1998: p.13).
Segundo determinação da SEED, a eleição é a maneira mais democrática
de escolha do gestor escolar, pois os profissionais que convivem no dia-a-dia
saberão escolher aquele que melhor atenda aos seus anseios, enquanto
educadores da escola.
O Conselho Escolar composto por pessoas dos diferentes segmentos da
escola e sociedade organizada, sob a presidência da direção da escola, participa
diretamente da tomada de decisão sobre assuntos de ordem administrativa ou
pedagógica, descentralizando o poder na hora de estabelecer princípios e
direcionar o trabalho da escola.
Os recursos da SUDE são aplicados pela comunidade escolar na
aquisição de bens e materiais conforme as necessidades da escola para propiciar
um ensino de qualidade.
“O objetivo primeiro da atividade de gestão das escolas é criar as
43
condições para que os professores promovam a aprendizagem dos alunos (...)”
(GLATTER, 1992, p.159). Buscando oportunizar que o processo ensino-
aprendizagem se efetive e, a gestão escolar oportunize a reflexão, construção e
reconstrução coletiva do Projeto Político Pedagógico.
A reflexão e discussão coletiva das ações oportunizam a construção de
uma proposta pedagógica voltada para os anseios da comunidade escolar,
buscando a promoção da democracia. Pois a verdadeira revolução somente
ocorre quando todos os segmentos estiverem organizados e todos buscarem o
mesmo objetivo: a construção de uma escola mais democrática, autônoma,
participativa e de qualidade.
6.5 – Programas desenvolvidos
6.5.1 - Sala de apoio à aprendizagem
Participam à Sala de Apoio à aprendizagem alunos com defasagem em
Matemática e Português, da 5ª série, encaminhados pelo professor regente das
disciplinas em questão.
As dificuldades individuais apontadas pelos professores regentes são
trabalhados pelo professor da sala de apoio com outras metodologias e atividades
lúdica, onde o aluno experimenta formas diferenciadas visando a superação da
dificuldade.
Os educandos participam em contra-turno da sala de apoio, com carga
horária de 4 aulas, duas vezes por semana.
6.5.2 - Sala de recursos
A sala de recursos busca atender a todos os educandos com necessidades
educacionais especiais (Transtornos Funcionais Específicos, dificuldade de
aprendizagem e ou deficiências) que afetam o relacionamento no processo de
aprendizagem, a escola encaminha esses alunos para a Sala de Recursos, onde,
sob a orientação de professora com especialização, fará a avaliação no contexto
escolar, onde permitirá o diagnóstico de uma necessidade educativa que afeta o
44
aprendizado do aluno, oportunizando um atendimento individualizado.
Esses alunos são encaminhados para a sala de recursos, onde sob a
orientação de professor(a) especialista em Educação Especial, que avalia as
necessidades, para então realizar um trabalho especifico.
O atendimento ocorre de forma diferenciada, em pequenos grupos, ou,
muitas vezes, individualizado, com cronograma elaborado, para ser possível o
trabalho com as dificuldades específicas de cada educando.
6.5.3 – Viva a Escola
O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas
realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto
Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e
de sua realidade.
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os
seguintes objetivos:
- Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da
Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes
atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados,
além do turno escolar;
- Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em
atividades pedagógicas de seu interesse;
- Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar: a
interação com colegas, professores e comunidade.
6.5.4 - CELEM – Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna
A fim de oportunizar o aprendizado de uma nova língua, a escola oferece o
Programa do CELEM – Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna,
contemplando o ensino da Língua Estrangeira de Espanhol, organizado em 2
turmas, sendo uma de 1º ano e uma de 2º ano. A escolha desta língua objetiva
facilitar o intercâmbio cultural entre as nações vizinhas.
Com metodologia própria orientada pelo NRE, as aulas são ministradas nos
períodos da manhã e da tarde, por professora habilitada, e são ofertadas a
45
estudantes que participam das mesmas no contra-turno.
6.5.5 – Fera com Ciência
O projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) e o projeto Educação
Com Ciência se configuraram, nos últimos anos, como atividades integradoras de
grande expressão educacional. O Projeto FERA, desde seu lançamento em 2004,
mobilizou milhares de estudantes, professores, artistas e representantes da
comunidade em suas atividades artístico-culturais. Em todas as etapas, o Festival
alcançou seus objetivos de propiciar o enriquecimento na formação de alunos e
professores e o aprimoramento da expressão de sua criatividade. Da mesma
forma, o Projeto Educação Com Ciência ofereceu aos estudantes paranaenses,
em todas as suas edições, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza
científica e tecnológica, incentivando a curiosidade e a pesquisa. Ambos os
Projetos, programas pioneiros na Educação do Paraná, estimularam o
aprendizado de conteúdos curriculares e a produção cultural e despertaram na
comunidade educacional o interesse pela cultura, pela arte e pela ciência,
fortalecendo-a para estender o conhecimento adquirido a todos os domínios da
vida.
Por tudo isso, levando em conta os resultados significativos dos projetos,
e buscando avanços ainda maiores, em 2008, a Secretaria de Educação do
Paraná propôs a integração desses dois grandes projetos educacionais, surgindo
assim o FERA COM CIÊNCIA.
6.5.6 – Educação Fiscal
O programa de educação fiscal tem como objetivos sensibilizar o cidadão
para a função socioeconômica do tributo; oferecer aos cidadãos conhecimentos
sobre administração pública; incentivar o acompanhamento da aplicação dos
recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado
e o cidadão.
O objetivo do programa é promover e institucionalizar a educação fiscal
para o pleno exercício da cidadania. Bem como, sensibilizar o cidadão para a
função socioeconômica do tributo, levando conhecimentos aos cidadãos sobre
46
administração pública e incentivando acompanhamento pela sociedade da
aplicação dos recursos públicos.
6.5.7 – Paraná Digital
O Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da
Educação, está buscando com o Programa "Paraná Digital" e com o Projeto
"Portal Dia-a-Dia Educação" difundir o uso pedagógico das Tecnologias da
Informação e Comunicação - TIC com a ampliação das Coordenações Regionais
de Tecnologia na Educação e com o repasse de computadores, com
conectividade e a criação de um ambiente virtual para Criação, Interação e
Publicação de dados provenientes das Escolas Públicas do Estado do Paraná.
Sendo assim, a Assessoria de Tecnologia da Informação - ATI, da Secretaria de
Estado da Educação - SEED, está desenvolvendo ações que visam levar, por
meio de uma rede de computadores, o acesso às Tecnologias da Informação e
Comunicação - TIC aos professores e alunos da Rede Pública de Educação
Básica do Paraná.
6.6 – Formação Continuada
Visando a valorização dos Profissionais da Educação são ofertados
eventos de formação continuada a: professores, pedagogos, diretores,
secretários, merendeiras, inspetores, bibliotecários e auxiliares de serviços gerais
são os profissionais que compõem o nosso público alvo. Também são ofertados
eventos para representantes da comunidade escolar, APMF (Associação de Pais,
Mestres e Funcionários) e Grêmio Estudantil, considerando o contido na LDB
9394/96, em seus artigos 67, 80 e 87, bem como na Lei Nacional nº 10172/2001 –
Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de Educação.
A formação de professores implica uma reflexão sobre o próprio
significado do processo educativo, na sua relação com o processo mais amplo de
constituição e desenvolvimento histórico-social do ser humano.
Assim, pensar a capacitação dos profissionais da educação no contexto
político e social, implica em preparar esse profissional para os desafios da
47
chamada globalização e/ou re-estruturação produtiva do capitalismo.
6.6.1 – Reuniões Pedagógicas
Os encontros pedagógicos realizados regularmente durante o ano letivo,
conforme previsto em calendário escolar ou em eventuais necessidades e, são
promovidos para discussão de temas relevantes e questões educacionais,
conforme exige a situação escolar do momento e de acordo com as orientações
da Seed, visando elaborar coletivamente ações que oportunizem a resolução de
problemas, planejar e organizar atividades pedagógicas a serem desenvolvidos
pela comunidade escolar.
6.6.2 - Cursos, Palestras e Capacitações
A escola incentiva à participação dos professores em cursos promovidos
pelo NRE, SEED e Universidades da região. Buscando através dessas ações,
promover o desenvolvimento profissional, objetivando o crescimento da prática
educativa.
Estabelece parcerias com as instituições de ensino da região, como a
Unioeste entre outras, organizando fórum de debates, oficinas, seminários e
palestras sobre temas relevantes a pratica educativa contemplando os anseios
dos professores.
6.6.3 – Incentivo à Pesquisa
A pesquisa e a produção de artigos, publicações, experiências
pedagógicas são orientados pela Equipe Multidisciplinar do Núcleo Regional de
Educação e pela Equipe Pedagógica desta instituição procurando contemplar os
Programas oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação, tais como: Projeto
Folhas, OAC, APC – Ambiente Pedagógico Colaborativo, Proinfo, PDE, Fera,
Com ciência, Paraná Digital, entre outros.
6.7 – As relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos
Todos os profissionais envolvidos na educação devem atuar com
48
responsabilidade e conhecimento, buscando sempre melhorar em suas ações.
As equipes diretiva, administrativa e pedagógica devem exercer suas
atribuições em conjunto, ou seja, em harmonia, realizando um trabalho coletivo,
porém, respeitando a diversidade de cada função. Devem buscar clareza das
concepções de homem, sociedade e, principalmente de educação, e as relações
que estas estabelecem com o trabalho e o poder, analisando como a sociedade
está organizada e, conhecendo os objetivos do ser humano que se pretende
formar na escola pública.
6.7.1. A direção
A direção administra a escola em conjunto com o conselho escolar,
coordenando a execução do plano de trabalho de todos os segmentos, motivando
e articulando as diversas atividades internas e externas do estabelecimento,
promovendo a integração entre todos.
Com competência, a direção gerencia os recursos financeiros
descentralizados e acompanha todos os aspectos pedagógicos.
A direção exerce função de líder participativo, por isso é capaz de dividir o
poder de decisão dos assuntos escolares com toda a equipe.
É competência da direção e direção auxiliar
- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
- Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da
posse;
- Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto
Político Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo
Conselho Escolar;
- Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
- Implementar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
49
- Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino
e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
- Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
- Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
- Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
- Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após,
encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
- Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste
com os órgãos da administração estadual;
- Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar;
- Deferir os requerimentos de matrícula;
- Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de
acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação
para homologação;
- Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente
e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos
discentes;
- Assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-
atividades estabelecidos;
- Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico-administrativa no âmbito escolar;
50
- Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e
abertura ou fechamento de cursos;
- Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e
encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;
- Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,
quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente
relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
- Presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
- Definir horário e escalas de trabalho da equipe dos agentes
educacionais I e II;
- Articular processos de integração da escola com a comunidade;
- Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento
de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as
instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
- Organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação - Pró-funcionário, no horário de trabalho,
correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática
Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado de
Educação, contida no Plano de Curso;
- Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
- Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância
sanitária e epidemiológica;
- Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico da língua Estrangeira Moderna, pelos Centro de línguas
51
estrangeiras modernas - CELEM;
- Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e
Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
- Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
- Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação /MEC - FNDE;
- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
6.7.2. Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares
definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em
consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de
Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em
Pedagogia.
É de competência da equipe pedagógica
- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
- Orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico, em uma perspectiva democrática;
- Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da
52
educação escolar;
- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
- Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente
junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
- Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
- Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e
dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
- Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos,
trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de
ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
- Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
53
escolar;
- Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
- Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros
e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
- Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a
partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento
de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando
ações e projetos de incentivo à leitura;
- Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
- Coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
- Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação
da Secretaria de Estado da Educação;
- Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às
atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
- Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação - Pró-funcionário, tanto na organização do
54
curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos
funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
- Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
- Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
- Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
- Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos
didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de
classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e
progressão parcial, conforme legislação em vigor;
- Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de
dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;
- Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de
Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência, sendo esta
específica para Educação de Jovens e Adultos;
- Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
- Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
- Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,
visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação
55
Especial, se necessário;
- Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
- Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
- Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
- Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
- Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de
informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho
pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
- Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino
extracurricular plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna;
- Acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando
visitas regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de
Escola Base para as Escolas Itinerantes);
- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos
para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
- Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos,
na modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de
ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida
autorização);
- Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
56
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- Elaborar seu Plano de Ação;
- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
6.7.3. Docentes
A fim de bem realizar o processo educativo, promover mudanças sociais e
garantir formação dos cidadãos, os educadores devem elaborar coletivamente
ações de intervenção, acompanhamento e avaliação do trabalho realizado.
Elaborar o Plano de Trabalho Docente conforme as diretrizes curriculares
nacionais e estaduais, seguindo proposta pedagógica da Escola Estadual
Graciliano Ramos, de maneira a estimular os educandos, utilizando
adequadamente os espaços e materiais disponíveis, respeitando sempre o
processo de aquisição do conhecimento individual. O docente deve junto com a
equipe pedagógica analisar o resultado do desempenho do aluno e (re) planejar
quando necessário, implementando projetos de recuperação de conteúdos com
vista a assegurar o sucesso a todos os discentes.
Ressalta-se que o docente deve buscar aprimoramento constante, ter um
perfil inovador, de coragem, compromissado, disponível, criativo, com postura
interdisciplinar, sempre desenvolvendo um planejamento estratégico.
Compete ao professor docente
- Participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto
Político-Pedagógico deste estabelecimento de ensino, construído de forma
coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;
- Elaborar, com equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular
deste estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
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- Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto
Político-Pedagógico deste estabelecimento de ensino;
- Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
- Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
- Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
- Proceder a avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no
Projeto Político-Pedagógico deste estabelecimento de ensino;
- Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do ano letivo;
- Participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoio especializados da Educação Especial, se necessário;
- Participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
- Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
- Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório
em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
- Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na
escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de
58
cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
- Participar de reuniões e encontros para planejamento e
acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da
Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e Contra turno, a fim de
realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;
- Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura e pesquisa
e criação artística;
- Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na
busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo
educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões
tomadas, as quais serão registradas assinadas em ata;
- Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
- Zelar pela frequência do aluno ao estabelecimento, comunicando
qualquer irregularidade à equipe pedagógica;
- Cumprir calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aulas e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
- Cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as as
estudos, pesquisas e planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
- Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da
equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no
estabelecimento de ensino;
- Participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
da escola com as famílias e a comunidade;
- Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
59
- Dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
- Comparecer neste estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
6.7.4 - Agentes educacionais
6.7.4.1 - Agentes educacionais I
Compete aos agentes educacionais I tem ao seu encargo os serviços de
conservação, manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar,
sendo coordenados e supervisionados pela direção.
São responsáveis pelo zelo do ambiente físico e de suas instalações,
preservando o patrimônio escolar os que atuam na limpeza, organização e
preservação do ambiente escolar. E os profissionais que atuam na cozinha são
responsáveis pela seleção e preparo da merenda escolar, observando os
cuidados básicos de higiene, além de zelar pelo ambiente da mesma.
6.7.4.2 - Agentes educacionais II
A função de agentes educacionais II, é exercida por profissionais que
atuam nas áreas da secretaria, biblioteca, e laboratório de informática.
Os profissionais que atuam na secretaria do estabelecimento são
responsáveis pela organização burocrática de toda a documentação escolar, ou
seja, por todo o registro escolar: registro de documentação de alunos, matrícula,
60
transferência e conclusão de curso, processo escolar individual. São responsáveis
pela correspondência do estabelecimento, pela guarda e expedição de toda a
documentação escolar e, atendimento ao público, sendo seu trabalho coordenado
e supervisionado pela direção.
Ao agente educacional lI que atua na biblioteca, cabe a ele cumprir e
fazer-se cumprir o regulamento da biblioteca, organizar o acervo de livros,
revistas, gibis, vídeos, etc. além de atender a comunidade escolar.
E ao agente educacional II que atua no laboratório de informática cabe a
ele cumprir e fazer cumprir o regulamento do mesmo, auxiliar o corpo discente e
docente no manuseio de materiais e equipamentos de informática, zelar pela
conservação e manutenção do deste.
6.8 - Hora Atividade
Conforme consta na Lei de Diretrizes e Bases – LDB, artigo 67, Inciso V,
a hora atividade é um período reservado aos estudos, planejamentos e
avaliações, incluído na carga horário de trabalho no seu loca de exercício.
Oportuniza-se nesses horários, momentos de compartilhar textos sobre
temas que auxiliam no cotidiano escolar, planejamento e preparação de material
para aulas com atividades diferenciadas, organização de atividades referentes
aos seus conteúdos, tornando o ensino e aprendizagem mais eficaz.
A partir da orientação da Secretaria de Estado da Educação e do Núcleo
Regional de Educação foi implantado na escola a hora-atividade concentrada,
para os professores das mesmas disciplinas possam estar juntos para estudarem
e trocarem experiências.
Esse momento também é utilizado pela equipe pedagógica para estarem
trabalhando junto aos professores na resolução de problemas e auxiliando-os em
suas ações pedagógicas, bem como, orientando-os a respeito dos educandos
com dificuldades de aprendizagem e com necessidades educacionais especiais.
61
6.9 – Avaliação
6.9.1 - Avaliação dos educandos
Os critérios estabelecidos para avaliar são valorizar o crescimento
gradativo e respeitar o ritmo e as qualidades de cada aluno, isto é avaliação
processual e diagnóstica. O aluno pode ser avaliado através de atividades
escritas, pesquisas, oralidade, experimentação, desenhos, maquetes, exposição
individual ou em grupo e auto-avaliação, desta forma é atendida ao determinado
pela deliberação 07/1999, em seu artigo terceiro, parágrafos 1, 2 e 3.
O acompanhamento deve ser constante e permanente para que o
professor possa perceber as dificuldades logo que surgirem e propor atividades
que levem o educando a superá-las, recuperando-se concomitantemente ao
processo.
São considerados os resultados obtidos durante o ano letivo, num
processo continuo, cujo resultado bimestral produzirá a média final, baseada na
seguinte fórmula:
1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB _________________ = 6,0
4
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%
das 800 horas anuais exigidas pela LDB, e rendimento igual ou superior a 6,0;
exceto os educandos aprovados por Conselho de Classe.
A avaliação é registrada em documentos próprios, como o Registro de
Classe e os Relatórios Finais. Os resultados são comunicados aos alunos
através de boletins que são entregues aos pais em assembléias para tal
finalidade.
O aluno que não obtém rendimento dentro da média anual exigida, tem a
possibilidade de recuperar a sua nota através de recuperação concomitante, feita
através de trabalhos em grupo, pesquisas, palestras, estudos individuais,
interpretação de texto, resolução de problemas, aulas expositivas síntese e
análise de textos, avaliações que ocorrem concomitantemente às suas aulas.
Ao final de cada bimestre é realizado Conselho de Classe, composto por
professores, equipe pedagógica e direção, que acompanham o desenvolvimento
62
do processo de avaliação. No final do ano letivo o Conselho Final decide sobre
casos especiais.
6.9.2 – Avaliação do PPP
O Projeto Político Pedagógico terá avaliação permanente, com revisão
anual, envolvendo a comunidade escolar.
6.10 – Ações da escola
Buscando o enriquecimento curricular a escola propicia diferentes
atividades que oportunizam diversas estratégias de aprendizagem que visam
auxiliar no desenvolvimento integral do aluno, buscando a socialização e o
aprimoramento nos aspectos cognitivos, culturais, esportivos e oportunizem a
valorização do ser humano, desenvolvendo a solidariedade e o amor ao próximo.
6.10.1 – Semana Cultural - Ferinha
Objetiva aproximar o educando da Arte, despertando seu interesse em
participar, desprendidamente, de eventos culturais e produzir cultura.
Anualmente no primeiro bimestre a escola realiza o Festival de artes
interno onde todos os alunos tem a oportunidade de participar de apresentações
artísticas e culturais, orientadas pelos professores da turma. Os melhores
trabalhos são inscritos do FERA regional promovido pela Secretaria Estadual de
Educação.
As atividades desenvolvidas pelo Ferinha na escola são:
• dança;
• interpretação musical;
• declamação de poesias;
• teatro;
• desfiles temáticos (ex. Material reciclado);
• desenhos;
• esculturas.
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Participam também das exposições artistas da cidade como: pintores,
escultores entre outros.
No contra-turno, os alunos que desejarem e dispõem de tempo, participam
de oficinas de dança, teatro, coral, pintura em tela, confecção de trabalhos com
E.V.A.,
Confecção de máscaras, capoeira e trabalhos em palha.
6.10.2 - Feira das Ciências
Objetiva inserir o aluno no ambiente de pesquisa científica, suas
metodologias e rigores.
No segundo bimestre a escola realiza a amostra cultural e científica – Feira
das Ciências - da qual todas as turmas participam sob a orientação do professor
responsável pela turma, onde são expostos os resultados dos trabalhos e projetos
desenvolvidos em sala de aula.
A organização e exposição dos trabalhos fica a critério de cada turma que
buscam orientação do professor sobre o assunto a ser desenvolvido ou que
desejarem aprofundar. Após a pesquisa e confecção do material a ser exposto os
alunos elaboram a apresentação do mesmo para ser exposto no dia da Feira.
Os melhores trabalhos são selecionados e os melhores são inscritos para o
Projeto da Secretaria Estadual de Educação – Com ciência.
6.10.3 - Jogos inter séries
Objetiva desenvolver o espírito de trabalho em equipe, através da
competição saudável, além de reconhecer habilidades nos alunos.
No terceiro bimestre os alunos participam de momentos de
confraternização e integração onde são desenvolvidas atividades físicas e
intelectuais (xadrez) dedicado aos alunos.
Os alunos são orientados pelos professores de turma e a organização a
critério dos professores de educação física em consonância com a Equipe
Pedagógica e direção da escola, os jogos buscam oferecer a todos os alunos um
momento de descontração e a oportunidade de demonstrar o respeito pelo
adversário, buscando demonstrar na prática os valores trabalhados.
64
6.10.4 - Campanha do Agasalho
Objetivando ajudar ao necessitado, permite a observação das disparidades
sociais e formas de intervir nesta realidade.
Demonstrando um sentimento de amor ao próximo, especialmente as
pessoas mais necessitadas e ensinando a repartir, a escola organiza no mês de
junho a Campanha do Agasalho.
Os agasalhos – roupas, calçados, colchões e cobertores arrecadados são
distribuídos aos alunos carentes da escola e a Provopar do município que repassa
as Pastorais que necessitam dos mesmos.
65
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avaliação. In:VEIGA, Passos A. e REZENDES (Orgs). Escola: Espaço de
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23.doc
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66
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Pedagógico. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2000.
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