RELATÓRIO DE FISICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL I - ISOTERMA DE ADSORÇÃO

Preview:

DESCRIPTION

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS GRADUAÇÃO EM QUÍMICA INDUSTRIAL AULA Nº. 11 ISOTERMA DE ADSORÇÃOThiago Oliveira Lopes, Glauco César e Eduardo Andrade.Professora: Msc. Lílian Camargo; Disciplina: Físico-Química Experimental I Experimentos realizados nos dias 01/06/2009 e 15/05/2009.1. INTRODUÇÃO:Quando um sistema é constituído por uma fase condensada em contato com uma solução ou com uma mistura, geralmente há um aumento ou diminuição da concentração

Citation preview

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

GRADUAÇÃO EM QUÍMICA INDUSTRIAL

AULA Nº. 11

ISOTERMA DE ADSORÇÃO

Thiago Oliveira Lopes, Glauco César e Eduardo Andrade.

Professora: Msc. Lílian Camargo; Disciplina: Físico-Química Experimental I

Experimentos realizados nos dias 01/06/2009 e 15/05/2009.

1. INTRODUÇÃO:

Quando um sistema é constituído por uma fase condensada em contato com uma solução ou com uma mistura, geralmente há um aumento ou diminuição da concentração do soluto na interface líquido/sólido, esse fenômeno é denominado adsorção [2].

Se entre o adsorvato (solução) e o adsorvente (fase sólida) agirem apenas forças de van der Walls, a adsorção é considerada física ou de van der Walls. As moléculas encontram-se fracamente ligadas a superfície e os calores de adsorção são baixos, de uns poucos quilojoules no máximo, e comparam-se, assim, ao calor de vaporização do adsorvato. O aumento da temperatura produz uma diminuição notável na quantidade adsorvida [1].

Como as forças de van der Walls são iguais às que produzem liquefação, a adsorção não pode ocorrer a temperaturas muito acima da temperatura critica do adsorvato gasoso. Ainda, se a pressão do gás possuir valores próximos à pressão de vapor de equilibro apresentado pelo adsorvato liquido, então ocorrera uma adsorção mais intensa, em camadas múltiplas [1].

Quando as moléculas reagem quimicamente com a superfície, o fenômeno é denominado adsorção química. Como em ligações químicas ligações são rompidas e formadas, o calor de adsorção é da mesma ordem dos calores de reação química, variando em torno de 400 kJ. A adsorção química não procede alem da formação de uma única camada sobre a superfície do adsorvente [1].

Quando H. Freundlich estudava os fenômeno de adsorção ele chegou a seguinte conclusão [2]:

Logxm

=Log k+ 1n

Log c

Onde x é a massa da substância adsorvida, m é a massa do adsorvente sólido, c é a concentração da solução e k e n são constantes.

Para um dado sistema, a quantidade de soluto adsorvido é função da quantidade e da superfície do adsorvente, da concentração do adsorvato e da temperatura. Assim quando a adsorção

medida por

Logxm

, é dada em função do logaritmo da concentração a uma

temperatura fixa, tem-se uma reta denominada isoterma de adsorção.

Para realização dos cálculos e confecção da isoterma de adsorção será usada a relação de Freundlich que corresponde a:

X=k .m . c1n

Onde “X” corresponde a massa adsorvida (HAc), “m” a massa do adsorvente (carvão), “c” é a concentração da solução (HAc) e k e n são constantes.

Para fazer uma relação para o uso na confecção do gráfico usaremos a seguinte ferramenta matemática:

Xm

=k .c1n

LogXm

=Log k+Log c1n

LogXm

=Log k+ 1n

Log c

Fazendo uma comparação com a

equação geral da reta, y=a+bx

, temos:

y=LogXm

, a=Log k

,

b=1n

e

x=Log c.

Com esses dados podemos fazer uma regressão linear e achar a isoterma de adsorção.

2. OBJETIVO:

Estudar a adsorção sofrida pelo carvão ativado, já que o mesmo é usado em laboratórios com a simples importância de reter gases e impurezas, ou seja, sua

adsorção é de suma importância para a química experimental.

No nosso sistema a adsorção será em função do ácido acético em diferentes concentrações.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL [2]:

Foi colocado 20 g de carvão ativo num béquer, o carvão foi lavado com água destilada, filtrado e seca em estufa a 120°C por uma hora. O carvão foi retirado da estufa e esfriado em dessecador. O carvão permaneceu no dessecador por duas semanas (intervalo entre as duas aulas em que se realizou o experimento).

Ao mesmo tempo estavam sendo preparadas soluções de Ácido Acético (4mol/L) e Hidróxido de sódio (1mol/L). A solução de hidróxido foi padronizada com um padrão primário, biftalato de potássio, e a de ácido acético com a solução de NaOH.

Na segunda aula do experimento a turma foi divida em três grandes grupos. Cada grande grupo realizou duas das diluições de ácido acético programadas, que seriam:

Amostra 1 2 3 4 5 6

HAc 50 25 10 5 2 1

Água 50 75 90 95 98 99

[ ] final (M) 2 1 0,4 0,2 0,08

0,04

Ficamos com as amostras 5 e 6.

Foram pesados dois erlenmeyer com 2 g do carvão ativado seco na aula anterior e as soluções de ácido acético, por nós, diluídas foram viradas no erlenmeyer. Esperou-se 60 minutos, logo após foi filtrado o carvão e guardadas as soluções ácidas do filtrado.

Dessas soluções foram tiradas alíquotas de 10 mL e tituladas com uma solução de NaOH (0,5 mol/L) recém preparada e padronizada.

2

Os cálculos foram realizados e compartilhados com os outros grupos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Por questão de logística, os resultados das amostras 1 e 2 não haviam sido computados até a data desse relatório. Portanto os valores finais ficaram, todas as massa estão em gramas:

Amostra mHAc inicial mHAc final m

3 0,2402 0,2042 2

4 0,1201 0,1133 2

5 0,048 0,0306 2

6 0,024 0,0153 2

Amostra X Log (X/m) Log (c)

3 0,0360 -1,7447 -0,3979

4 0,0068 -2,4685 -0,6990

5 0,0174 -2,0605 -1,0969

6 0,0087 -2,3615 -1,3979

Utilizando o software Origin © 5.0, foi feito os seguintes gráficos:

Gráfico 1 – regressão linear dos dados encontrados

Gráfico 2 – regressão polinomial de segunda ordem dos dados encontrados.

Gráfico 2 – regressão polinomial de terceira

ordem dos dados encontrados

Os coeficientes de regressão linear e polinomial de 2ª e de 3ª ordem encontrados foram, respectivamente, 0,52938; 0,78909 e 1. Demonstrando assim que os resultados encontrados descrevem, visivelmente uma equação de terceiro grau.

5. CONCLUSÃO:

O esperado para uma

isoterma de adsorção é um comportamento

linear, ou próximo da linearidade, mas o

encontrado não só foi um comportamento

3

polinomial, como foi polinomial de terceira

ordem.

Apesar dos dados completamente

anômalos encontrados há possíveis

explicações para os erros.

Em primeiro lugar, o prazo de 2

semanas em que o carvão ficou em estufa e

a solução de ácido acético ficou estocada,

não como garantir uma possível

contaminação ou perda de padrão.

Em segundo, a mistura de dados

entre os grupos, não uma forma de confiar

cegamente nos dados compartilhados e nem

nos padrões realizados pelos grupos

parceiros.

Em terceiro o rearranjo do grande

grupo para a segunda aula, a falta de

compatibilidade de elementos e até mesmo

a incompetência de diversas pessoas

afetaram seriamente o experimento.

Ou seja, esses diversos erros

analíticos causaram esses dados

alienígenas, sem um conhecimento prévio

do comportamento de uma isoterma, esse

experimento seria dado como verdadeiro.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

[1] Adaptado de: “Fundamentos de Físico-Química”; CASTELLAN. Gilbert; traduzido de “Physical Chemistry” por SANTOS, Cristina Maria Pereira e FARIA Roberto de Barros; Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Ed. LTC; 2001.

[2] Adaptado de: “Apostila de Físico-Química Experimental I e II”; SILVA, Valmir Jacinto.

4