View
36
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL
RESUMO: artigos 154 a 199 (45 artigos);
BREVES ANOTAES (REVISO RPIDA)
CPC: o Cdigo de Processo Civil.
Foi institudo pela Lei n.o 5.869, de 11/01/1973.
Processo um instrumento, um meio de se buscar a implementao de um
direito; resolver disputa de interesses. formado por uma sequncia de
atos. Cada processo pode ter uma FORMA diferenciada e detalhes prprios
(procedimento).
TTULO V
DOS ATOS PROCESSUAIS
CAPTULO I
DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Seo I
Dos Atos em Geral
Art. 154. Os atos e termos
processuais NO dependem de forma
determinada seno quando a lei
expressamente a exigir, reputando-
se vlidos os que, realizados de
outro modo, lhe preencham a
finalidade essencial.
Pargrafo nico. Os tribunais, no
mbito da respectiva jurisdio,
podero disciplinar a prtica e a
comunicao oficial dos atos
processuais por meios eletrnicos,
atendidos os requisitos de
autenticidade, integridade,
validade jurdica e
interoperabilidade da Infra-
Estrutura de Chaves Pblicas
Brasileira - ICP - Brasil.
2o Todos os atos e termos do
processo podem ser produzidos,
transmitidos, armazenados e
assinados por meio eletrnico, na
forma da lei.
ATOS PROCESSUAIS so os atos das
partes e do juiz no processo, que
tm por objetivo a criao,
conservao, desenvolvimento,
modificao ou cessao de uma
relao jurdica. Exs: petio
inicial, contestao, conciliao,
documentos juntados; sentenas,
decises interlocutrias e
despachos; mandados (citao,
intimao, priso, alvars, carta
precatria, carta de ordem, carta
rogatria, carta de arrematao
etc.).
TERMOS PROCESSUAIS: so aqueles
atos realizados pelos serventurios
da justia e destinados
documentao do processo -> atos
ordinatrios: termo de autuao, de
juntada, de remessa, de
apensamento, de desentranhamento,
de vista, de concluso, de
recebimento, de compromisso (fiel
depositrio, curador); de audincia
(se documenta o ocorrido na
audincia), de interrogatrio
(interrogatrio do ru).
Princpio do Aproveitamento
Processual/Instrumentalidade das
Formas = se a lei impuser uma forma
determinada para um ato ou termo
processual, necessrio observ-
la.
E se no for observada? O ato ser
nulo, invlido?
Caso NO se observe, MAS o ato
atinja sua FINALIDADE, SEM PREJUZO
s partes, ser considerado vlido.
Os tribunais podero criar regras
para regulamentar a prtica e a
comunicao oficial dos atos
processuais por meios eletrnicos.
Produo, transmisso,
armazenamento e assinatura dos atos
e termos podero ser eletrnicos.
Art. 155. Os atos processuais so
pblicos. Correm, todavia, em
segredo de justia os processos:
I - em que o exigir o interesse
pblico;
II - que dizem respeito a
casamento, filiao, separao dos
cnjuges, converso desta em
divrcio, alimentos e guarda de
menores.
Pargrafo nico. O direito de
consultar os autos e de pedir
certides de seus atos restrito
s partes e a seus procuradores. O
terceiro, que demonstrar interesse
jurdico, pode requerer ao juiz
certido do dispositivo da
sentena, bem como de inventrio e
partilha resultante do desquite.
REGRA: ato processual pblico,
mas a lei diz que existem excees.
So elas:
1) Se o interesse pblico exigir o sigilo.
2) Se envolver questes ligadas a:
- casamento (ex: anulao);
- filiao (ex: reconhecimento de
paternidade);
- separao dos cnjuges;
- converso de separao em
divrcio;
- alimentos (penso alimentcia);
- guarda de menores (ex:
modificao de guarda).
Qualquer pessoa pode ir ao frum,
chegar no balco do ofcio
(cartrio judicial) e pedir um auto
de processo para consultar?
Se NO houver nenhuma restrio, ou
seja, se o processo NO estiver
coberto por segredo de justia
totalmente possvel.
E se houver a restrio e mesmo
assim um terceiro precisar saber
sobre o deslinde de uma causa? Ele
deve comprovar seu interesse
jurdico e solicitar a certido
(quem tem custo).
Art. 156. Em todos os atos e
termos do processo obrigatrio o
uso do vernculo.
O que vernculo?
o nome que se d lngua nativa
de um pas ou de uma localidade.
E qual o vernculo do Brasil?
A Constituio Federal de 1988 diz
em seu artigo 13 que: a LNGUA
PORTUGUESA o idioma oficial da
Repblica Federativa do Brasil.
Portanto, no processo obrigatrio
o uso da lngua portuguesa.
Art. 157. S poder ser junto aos
autos documento redigido em lngua
estrangeira, quando acompanhado de
verso em vernculo, firmada por
tradutor juramentado.
O artigo 156 afirmou que no
processo obrigatrio o uso da
lngua portuguesa.
Hiptese: Sou parte num processo.
Tenho uma prova documental, que
est escrita em
ingls/alemo/italiano/grego. Posso
juntar este documento no processo?
Sim, posso, DESDE QUE venha
acompanhado de um verso traduzida
para o portugus. A traduo deve
estar assinada (firmada) por um
tradutor juramentado.
Seo II
Dos Atos da Parte
Art. 158. Os atos das partes,
consistentes em declaraes
unilaterais ou bilaterais de
vontade, produzem imediatamente a
constituio, a modificao ou a
extino de direitos processuais.
Pargrafo nico. A desistncia da
ao s produzir efeito depois
de homologada por sentena.
Ex. 1: autor alega e ru no
contesta. Presumem-se verdadeiros
os fatos alegados pelo autor.
Julga-se procedente, conforme o
estado do processo, e o processo
extinto.
Ex. 2: autor e ru resolvem fazer
acordo. O juiz homologa e o
processo extinto.
Quem pode desistir da ao?
O autor(a), pois foi ele(a) quem
ingressou com a ao. O processo
extinto SEM resoluo de mrito
(267, VIII, do CPC). Todavia, se
houver decorrido o prazo para o ru
responder, o autor no poder, SEM
O CONSENTIMENTO DO RU, desistir da
ao (267, 4o, do CPC).
Art. 159. Salvo no Distrito
Federal e nas Capitais dos
Estados, todas as peties e
documentos que instrurem o
processo, no constantes de
registro pblico, sero sempre
acompanhados de cpia, datada e
assinada por quem os oferecer.
1o Depois de conferir a cpia, o
escrivo ou chefe da secretaria
ir formando autos suplementares,
dos quais constar reproduo de
todos os atos e termos do
processo original.
Esse tipo de cautela evita com que
documentos de via nica/original,
que no constem em registros
pblicos, se percam. As peties
so protocolizadas, garantindo,
quele que peticionou, o
comprovante desse procedimento.
Autos suplementares -> reproduo
fiel dos autos originais. Se estes
estiverem indisponveis, os
suplementares podero sair de
cartrio.
2o Os autos suplementares s
sairo de cartrio para concluso
ao juiz, na falta dos autos
originais.
Art. 160. Podero as partes
exigir recibo de peties,
arrazoados, papis e documentos
que entregarem em cartrio.
Garantia para a parte realizou
algum ato processual.
Art. 161. defeso lanar, nos
autos, cotas marginais ou
interlineares; o juiz mandar
risc-las, impondo a quem as
escrever multa correspondente
metade do salrio mnimo vigente
na sede do juzo.
proibido escrever nas margens e
nas entrelinhas. Pode haver punio
(multa) para quem descumprir a
determinao.
Seo III
Dos Atos do Juiz
Art. 162. Os atos do juiz
consistiro em sentenas, decises
interlocutrias e despachos.
1o Sentena o ato do juiz que
implica alguma das situaes
previstas nos arts. 267 e 269
desta Lei.
2o Deciso interlocutria o
ato pelo qual o juiz, no curso do
processo, resolve questo
incidente.
3o So despachos todos os demais
atos do juiz praticados no
processo, de ofcio ou a
requerimento da parte, a cujo
respeito a lei no estabelece
outra forma.
4o Os atos meramente
ordinatrios, como a juntada e a
vista obrigatria, independem de
despacho, devendo ser praticados
Sentena -> encerra o processo com
a anlise ou no do mrito da
causa.
Deciso Interlocutria -> o juiz
decide algum questo durante o
processo, mas no a principal (que
decidida por sentena).
Despacho -> ato de expediente, para
que o processo tenha andamento.
Ex: Tio teve o nome negativado
indevidamente por um mercado. Pediu
danos morais. Ao apreciar a ao,
o juiz mandou citar o ru, para
contestar (despacho). O ru
contestou, afirmando que o Juzo
no tem competncia para decidir a
causa. O juiz decide que tem
competncia (deciso
interlocutria). No final, a ao
julgada procedente, pois o autor
tinha razo em suas alegaes
(sentena).
de ofcio pelo servidor e revistos
pelo juiz quando necessrios.
Art. 163. Recebe a denominao de
acrdo o julgamento proferido
pelos tribunais.
Sentena: deciso final em 1.o
grau.
Acrdo: deciso final em 2.o
grau.
Art. 164. Os despachos, decises,
sentenas e acrdos sero
redigidos, datados e assinados
pelos juzes. Quando forem
proferidos, verbalmente, o
taqugrafo ou o datilgrafo os
registrar, submetendo-os aos
juzes para reviso e assinatura.
nico. A assinatura dos juzes,
em todos os graus de jurisdio,
pode ser feita eletronicamente,
na forma da lei.
Quem que despacha, decide,
sentencia, enfim, julga em 1.o e
2.o graus?
O juiz!
Todos os atos de que participa, so
por ele feitos, datados e
assinados.
Atualmente existe a assinatura
digital.
Art. 165. As sentenas e acrdos
sero proferidos com observncia
do disposto no art. 458; as
demais decises sero
fundamentadas, ainda que de modo
conciso.
Art.458: relatrio + fundamentos +
dispositivo.
Seo IV
Dos Atos do Escrivo ou do Chefe de Secretaria
Art. 166. Ao receber a petio
inicial de qualquer processo, o
escrivo a autuar, mencionando o
juzo, a natureza do feito, o
nmero de seu registro, os nomes
das partes e a data do seu
incio; e proceder do mesmo modo
quanto aos volumes que se forem
formando.
Petio inicial -> Autuao
Juzo,
Natureza do feito,
Nmero de registro,
Nomes das partes,
Data de incio.
Art. 167. O escrivo numerar e
rubricar todas as folhas dos
autos, procedendo da mesma forma
quanto aos suplementares.
Pargrafo . s partes, aos
advogados, aos rgos do
Ministrio Pblico, aos peritos e
s testemunhas facultado
rubricar as folhas
correspondentes aos atos em que
intervieram.
Tanto os autos originais quanto os
suplementares, tero as fls.
numeradas e rubricadas.
A assinatura ao final do ato
sempre necessria. Demais folhas:
facultado rubricar.
Art. 168. Os termos de juntada,
vista, concluso e outros
semelhantes constaro de notas
datadas e rubricadas pelo
escrivo.
Existem carimbos padronizados para
a juntada, vista e concluso. Esses
recursos auxiliam na agilidade dos
trabalhos.
Art. 169. Os atos e termos do
processo sero datilografados ou
escritos com tinta escura e
indelvel, assinando-os as pessoas
que neles intervieram. Quando
estas no puderem ou no quiserem
firm-los, o escrivo certificar,
nos autos, a ocorrncia.
1o vedado usar abreviaturas.
2o Quando se tratar de processo
total ou parcialmente eletrnico,
os atos processuais praticados na
presena do juiz podero ser
produzidos e armazenados de modo
integralmente digital em arquivo
eletrnico inviolvel, na forma
da lei, mediante registro em
termo que ser assinado
digitalmente pelo juiz e pelo
escrivo ou chefe de secretaria,
bem como pelos advogados das
partes.
3o No caso do 2o deste artigo,
eventuais contradies na
transcrio devero ser
suscitadas oralmente no momento
da realizao do ato, sob pena de
precluso, devendo o juiz decidir
de plano, registrando-se a
alegao e a deciso no termo.
nico. vedado usar
abreviaturas.
Atualmente, so digitados ou
manuscritos (ex: certides de
oficiais de justia no verso dos
mandados).
Analfabetos: impresso digital.
Indelvel = que no pode ser
apagada; durvel.
Se o processo for todo eletrnico,
ou, parcialmente, os atos
processuais praticados na presena
do juiz (ex: audincia) podero ser
produzidos e armazenados
digitalmente. O termo tambm
conter assinatura digital. Se
houver qualquer problema na
transcrio do termo, deve ser
feita interveno oral. Aps o
registro da ocorrncia, o juiz
decide.
O nico a repetio do 1o .
Art. 170. lcito o uso da
taquigrafia, da estenotipia, ou de
outro mtodo idneo, em qualquer
juzo ou tribunal.
Taquigrafia: mtodo abreviado ou
simblico de escrita, feita a mo,
geralmente com o uso de lpis ou
caneta.
Estenotipia: mquinas prprias na
composio dos taquigramas (sinais
simples, que abreviam a escrita,
tornando-a extremamente rpida).
Art. 171. No se admitem, nos atos
e termos, espaos em branco, bem
como entrelinhas, emendas ou
rasuras, salvo se aqueles forem
inutilizados e estas expressamente
ressalvadas.
Atos: celebrados pelas partes e
pelo juiz. Termo: confeccionado
pelo serventurio.
proibido: espaos em
branco/entrelinhas/emendas/rasuras.
permitido:
- espaos em branco ->
inutilizados;
- entrelinhas/emendas/rasuras ->
ressalvadas.
CAPTULO II
DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
Seo I
Do Tempo
Art. 172. Os atos processuais
realizar-se-o em dias teis, das
6 (seis) s 20 (vinte) horas.
1o Sero, todavia, concludos
depois das 20 (vinte) horas os
atos iniciados antes, quando o
adiamento prejudicar a diligncia
ou causar grave dano.
2o A citao e a penhora podero,
em casos excepcionais, e mediante
autorizao expressa do juiz,
realizar-se em domingos e
feriados, ou nos dias teis, fora
do horrio estabelecido neste
artigo, observado o disposto no
art. 5o, inciso XI, da Constituio
Federal.
3o Quando o ato tiver que ser
praticado em determinado prazo,
por meio de petio, esta dever
ser apresentada no protocolo,
dentro do horrio de expediente,
nos termos da lei de organizao
judiciria local.
Em qual horrio deve ser realizado
um ato processual?
Em dias teis, das 6h s 20h.
E se um ato, por exemplo, uma
audincia, uma inspeo judicial,
teve seu incio s 17h30min e no
terminou at s 20h?
Pensando com bom senso na
celeridade processual, na economia
de atos, na adequao e no
aproveitamento, tal ato deve ser
concludo aps o horrio (que uma
formalidade), por ser medida mais
vantajosa; evitando a repetio e
despesas. Ademais, nada impede que
possa at mesmo prejudicar a
diligncia ou causar grave dano.
O advogado, ao pedir
citao/penhora, de praxe, requer
que o oficial de justia realize a
diligncia com as prerrogativas do
2o, do art. 172, do CPC.
O protocolo das peties no deve
ser feito nos plantes judicirios.
Art. 173. Durante as frias e nos
feriados no se praticaro atos
processuais. Excetuam-se:
I - a produo antecipada de
Nos recessos e feriados no se
praticam atos processuais, exceto:
- cautelar de produo antecipada
de provas;
provas (art. 846);
II - a citao, a fim de evitar o
perecimento de direito; e bem
assim o arresto, o sequestro, a
penhora, a arrecadao, a busca e
apreenso, o depsito, a priso, a
separao de corpos, a abertura de
testamento, os embargos de
terceiro, anunciao de obra nova
e outros atos anlogos.
Pargrafo nico. O prazo para a
resposta do ru s comear a
correr no primeiro dia til
seguinte ao feriado ou s frias.
- citao urgente;
Arresto, sequestro, penhora,
arrecadao, busca e apreenso,
depsito, priso, separao de
corpos, abertura de testamento,
embargos de terceiro, nunciao de
obra nova e OUTROS ATOS
SEMELHANTES.
Art. 174. Processam-se durante as
frias e no se suspendem pela
supervenincia delas:
I - os atos de jurisdio
voluntria bem como os necessrios
conservao de direitos, quando
possam ser prejudicados pelo
adiamento;
II - as causas de alimentos
provisionais, de dao ou remoo
de tutores e curadores, bem como
as mencionadas no art. 275;
III - todas as causas que a lei
federal determinar.
O artigo aponta as causas que
podem ser propostas durante as
frias e que no se suspendem.
Art. 175. So feriados, para
efeito forense, os domingos e os
dias declarados por lei.
Feriados: domingos e dias que a lei
estabelecer.
Seo II
Do Lugar
Art. 176. Os atos processuais
realizam-se de ordinrio na sede
do juzo. Podem, todavia, efetuar-
se em outro lugar, em razo de
deferncia, de interesse da
justia, ou de obstculo arguido
pelo interessado e acolhido pelo
juiz.
REGRA: realizao de atos no frum.
EXCEO: praticados em local
diverso. Ex: reforma no prdio
principal; parte que no pode se
locomover e precisa ser ouvida,
etc.
CAPTULO III
DOS PRAZOS
Seo I
Das Disposies Gerais
Art. 177. Os atos processuais
realizar-se-o nos prazos
prescritos em lei. Quando esta for
omissa, o juiz determinar os
prazos, tendo em conta a
complexidade da causa.
A lei, via de regra, estabelece os
prazos. Quando omissa, o juiz,
levando em conta a complexidade da
causa, estipula o prazo.
Art. 178. O prazo, estabelecido
pela lei ou pelo juiz, contnuo,
no se interrompendo nos feriados.
Tanto o prazo legal, quanto o
judicial, corre sem interrupo.
Art. 179. A supervenincia de
frias suspender o curso do
prazo; o que lhe sobejar
recomear a correr do primeiro
dia til seguinte ao termo das
frias.
Se houver frias forenses os prazos
ficam suspensos, ou seja, no
primeiro dia til aps o trmino
das frias, o prazo continua o seu
curso (Prossegue de onde parou! No
inicia do zero!).
Art. 180. Suspende-se tambm o
curso do prazo por obstculo
criado pela parte ou ocorrendo
qualquer das hipteses do art.
265, I e III; casos em que o prazo
ser restitudo por tempo igual ao
que faltava para a sua
complementao.
Outras causas de suspenso de
prazo:
- obstculo criado pela parte;
- morte ou perda da capacidade
processual de:
parte,
representante legal,
procurador;
- exceo de incompetncia:
juzo,
cmara
tribunal,
- suspeio/impedimento do juiz;
Art. 181. Podem as partes, de
comum acordo, reduzir ou prorrogar
o prazo dilatrio; a conveno,
porm, s tem eficcia se,
requerida antes do vencimento do
prazo, se fundar em motivo
legtimo.
1o O juiz fixar o dia do
vencimento do prazo da
prorrogao.
2o As custas acrescidas ficaro
a cargo da parte em favor de quem
foi concedida a prorrogao.
Dilatrios: Tambm chamado de
prazos prorrogveis, so os que
decorrem de normas de natureza
dispositiva, isto , normas que
permitem parte dispor do prazo
para a prtica de determinado ato.
Ex: as partes, conjuntamente, pedem
ao juiz, um prazo de 10 dias para
que seja possvel celebrarem uma
avena e, assim, encerrar o
processo. Ocorre que, dentro desse
prazo, elas no conseguiram findar
a negociao. Podem, ento,
requerer ao juiz, por exemplo, a
prorrogao por igual perodo para
que concluam o trato.
Art. 182. defeso s partes,
ainda que todas estejam de acordo,
reduzir ou prorrogar os prazos
peremptrios. O juiz poder, nas
comarcas onde for difcil o
transporte, prorrogar quaisquer
prazos, mas nunca por mais de 60
dias.
Pargrafo nico. Em caso de
calamidade pblica, poder ser
excedido o limite previsto neste
artigo para a prorrogao de
prazos.
Peremptrios: prazos fatais ou
improrrogveis, so os que decorrem
de normas cogentes, imperativas ou
de ordem pblica. Os prazos
peremptrios no podem ser objeto
de conveno. Os prazos
peremptrios no podem ser
modificados. Ex: contestao (15
dias), recurso agravo de
instrumento (10 dias).
Art. 183. Decorrido o prazo,
extingue-se, independentemente de
declarao judicial, o direito de
praticar o ato, ficando salvo,
porm, parte provar que o no
realizou por justa causa.
1o Reputa-se justa causa o evento
imprevisto, alheio vontade da
parte, e que a impediu de praticar
o ato por si ou por mandatrio.
2o Verificada a justa causa o
juiz permitir parte a prtica
do ato no prazo que lhe assinar.
Aps o decurso do prazo, a parte
fica impedida de praticar o ato.
Gera-se a PRECLUSO! Exceo: se
comprovar que no o realizou POR
SI, OU POR SEU PATRONO, por
circunstncias alheias sua
vontade (JUSTA CAUSA).
O juiz analisa a justificativa e
decide o prazo para a prtica do
ato pela parte.
Art. 184. Salvo disposio em
contrrio, computar-se-o os
prazos, excluindo o dia do comeo
e incluindo o do vencimento.
1o Considera-se prorrogado o
prazo at o primeiro dia til se o
vencimento cair em feriado ou em
dia em que:
I - for determinado o fechamento
do frum;
II - o expediente forense for
encerrado antes da hora normal.
2o Os prazos somente comeam a
correr do primeiro dia til aps a
intimao (art. 240 e pargrafo
nico).
Na contagem dos prazos processuais,
o primeiro dia excludo e o
ltimo (o do vencimento)
includo.
Mas e se o vencimento cair num dia
em que no h expediente (sbado,
domingo, feriado), ou se, por algum
motivo, o frum acaba sendo fechado
antes do encerramento normal de
expediente?
O prazo prorrogado para o
primeiro dia til seguinte.
Ex: fui intimada a me manifestar no
processo, sobre um documento que a
parte contrrio anexou nos autos.
Quando o prazo comea a correr?
A partir do primeiro dia til aps
a intimao.
Art. 185. No havendo preceito
legal nem assinao pelo juiz,
ser de 5 (cinco) dias o prazo
para a prtica de ato processual a
cargo da parte.
muito usual!
Se a lei no menciona prazo, nem o
juiz, o prazo de 5 dias. Ex:
ao de investigao de
paternidade o rgo pblico
envia o laudo, que juntado no
processo. O juiz determina a
intimao da parte para que se
manifeste. A lei no diz quanto
tempo ter a parte para cumprir
esse ato. O juiz tambm se omite.
O prazo de 5 dias.
Art. 186. A parte poder renunciar
ao prazo estabelecido
exclusivamente em seu favor.
Se posso, exclusivamente, utilizar
um determinado prazo, tambm posso
abrir mo dele. Ex: tenho o
direito de recorrer de uma
deciso, mas j adianto que no
recorrerei. Estou, portanto, me
desfazendo de um prazo que poderia
ser usado.
Art. 187. Em qualquer grau de
jurisdio, havendo motivo
justificado, pode o juiz exceder,
por igual tempo, os prazos que
este Cdigo lhe assina.
Tanto em primeira instncia, em
segunda, nos Tribunais Superiores,
se houver motivo plausvel, o
juiz, pode exceder por tempo
idntico, os prazos fixados no
CPC.
Art. 188. Computar-se- em
qudruplo o prazo para contestar e
em dobro para recorrer quando a
parte for a Fazenda Pblica ou o
Ministrio Pblico.
Se a Fazenda Pblica ou o MP
(Unio, Estado, Municpio) forem
RUS, tero o prazo para contestar
multiplicado por 4, e para
recorrer, multiplicado por 2.
Art. 189. O juiz proferir:
I - os despachos de expediente, no
prazo de 2 (dois) dias;
II - as decises, no prazo de 10
(dez) dias.
O juiz tambm tem o dever de
cumprir suas obrigaes no prazo.
O magistrado deve despachar em 2
dias e decidir (sentena, deciso
interlocutria) em 10.
Art. 190. Incumbir ao
serventurio remeter os autos
conclusos no prazo de 24 horas e
executar os atos processuais no
prazo de 48 horas, contados:
I - da data em que houver
concludo o ato processual
anterior, se lhe foi imposto pela
lei;
II - da data em que tiver cincia
da ordem, quando determinada pelo
Os autos devem ser remetidos ao
juiz em 24 horas.
Demais atos devem ser cumpridos
pelos funcionrios em 48 horas:
- a partir do momento que concluiu
ato anterior;
- a partir do momento que tomar
cincia da ordem que deve cumprir
(a cincia da ordem feita por
certido do funcionrio);
juiz.
Pargrafo nico. Ao receber os
autos, certificar o serventurio
o dia e a hora em que ficou ciente
da ordem, referida no no II.
Art. 191. Quando os litisconsortes
tiverem diferentes procuradores,
ser-lhes-o contados em dobro os
prazos para contestar, para
recorrer e, de modo geral, para
falar nos autos.
Mltiplos autores ou rus com
advogados diferentes: o prazo
contado em dobro.
Art. 192. Quando a lei no marcar
outro prazo, as intimaes somente
obrigaro a comparecimento depois
de decorridas 24 (vinte e quatro)
horas.
Ex: fui intimada hoje s 18h para
ser testemunha em uma audincia
amanh, s 9h perante a Vara nica
da Comarca. Tenho obrigao de
comparecer? A lei processual civil
no aponta um prazo diferenciado
para esse tipo de intimao. Por
isso, no tenho obrigao, j que
fui comunicada em cima da hora.
Seo II
Da Verificao dos Prazos e das Penalidades
Art. 193. Compete ao juiz
verificar se o serventurio
excedeu, sem motivo legtimo, os
prazos que este Cdigo estabelece.
O juiz fiscaliza o servio
daqueles que esto sob sua
jurisdio.
Art. 194. Apurada a falta, o juiz
mandar instaurar procedimento
administrativo, na forma da Lei de
Organizao Judiciria.
Se constatada a falta, um
procedimento administrativo
aberto internamente.
Art. 195. O advogado deve
restituir os autos no prazo legal.
No o fazendo, mandar o juiz, de
ofcio, riscar o que neles houver
escrito e desentranhar as
alegaes e documentos que
apresentar.
O advogado pode fazer carga dos
autos. O que no permitido,
deixar de devolv-los dentro do
prazo. Pode haver consequncias!
Art. 196. lcito a qualquer
interessado cobrar os autos ao
advogado que exceder o prazo
legal. Se, intimado, no os
devolver dentro em 24 (vinte e
quatro) horas, perder o direito
vista fora de cartrio e incorrer
em multa, correspondente metade
do salrio mnimo vigente na sede
do juzo.
Ex: sou parte num processo, ou um
terceiro (assistente), por exemplo,
e quero ter acesso aos autos no
balco. Acontece que o processo
est indisponvel, pois o advogado
da outra parte fez carga e no
devolveu. Informo meu advogado, que
peticiona no processo requerendo a
devoluo dos autos. Se o advogado
no fizer a devoluo em 14 aps
ser intimado, ele no mais ter
Pargrafo nico. Apurada a falta,
o juiz comunicar o fato seo
local da Ordem dos Advogados do
Brasil, para o procedimento
disciplinar e imposio da multa.
direito a fazer carga (levar os
autos com ele) e ser condenado
multa de s.m.
Art. 197. Aplicam-se ao rgo do
Ministrio Pblico e ao
representante da Fazenda Pblica
as disposies constantes dos
arts. 195 e 196.
Da mesma forma que o advogado deve
obedecer aos prazos, no retendo os
autos, o promotor e o advogado
pblico, tambm.
Art. 198. Qualquer das partes ou o
rgo do Ministrio Pblico poder
representar ao presidente do
Tribunal de Justia contra o juiz
que excedeu os prazos previstos em
lei. Distribuda a representao
ao rgo competente, instaurar-se-
procedimento para apurao da
responsabilidade. O relator,
conforme as circunstncias, poder
avocar os autos em que ocorreu
excesso de prazo, designando outro
juiz para decidir a causa.
Posso fazer uma representao
contra o magistrado ao presidente
do TJSP, Ivan Sartori, em razo de
o juiz ter descumprido os prazos
legais. Inicia-se um procedimento
para apurao de responsabilidade.
O relator tem o direito de ordenar
que os autos venham at ele para
que ele apure se realmente houve
excesso. Ao analisar, ele pode
decidir passar a causa para que
outro juiz a julgue.
Art. 199. A disposio do artigo
anterior aplicar-se- aos
tribunais superiores na forma que
dispuser o seu regimento interno.
Da mesma forma que um juiz de 1.o
grau pode sofrer um procedimento
para apurao de responsabilidade,
um tribunal superior (ex: STJ, TSE)
tambm!
Recommended