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TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001
Cód - 042 (Versão 02)
ATA DA 2.870ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
Aos onze dias dos mês de maio de 2016, às 9h50min, no Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, realizou-se a 2.870ª sessão (ordinária) do Tribunal de Contas do Município de São
Paulo, sob a presidência do Conselheiro Roberto Braguim, presentes os Conselheiros Maurício
Faria, Vice-Presidente, João Antonio, Corregedor, Edson Simões e Domingos Dissei, o
Secretário-Geral Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, a Subsecretária-Geral Roseli de Morais
Chaves, o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo e o Procurador Carlos
José Galvão. A Presidência: "Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos." Dispensada a leitura e entregues cópias, previamente, aos
Conselheiros, foram postas em discussão as atas das Sessões Ordinárias 2.861ª, 2.865ª, 2.866ª e
2.867ª, as quais foram aprovadas, assinadas e encaminhadas à publicação. Preliminarmente, a
Corte registrou as seguintes presenças em Plenário: Senhor João Ladislau Rosa, Secretaria
Municipal da Saúde; Senhora Patrícia Sales, Empresa de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Município de São Paulo; Senhora Camila Rodrigues, Serviço Funerário do
Município de São Paulo; Senhor Marcos Paulo Campos Ferreira, Dal Pozzo Advogados; Senhora
Lídia Valério Marzagão, Aprobato Machado Advogados; Senhora Stéfani Fuoco, estudante de
Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A seguir, o Conselheiro Presidente
Roberto Braguim deu conhecimento ao Egrégio Plenário do Relatório Oficial de Atividades da
Presidência, bem como das correspondências e ofícios recebidos e enviados, no período de 4 a 10
de maio de 2016: 04.05 – Presidiu, relatou e julgou processos nas Sessões Plenárias Ordinárias
de nºs 2.868ª e 2.869ª. 05.05 – Participou da Abertura do Workshop: Inovações na Pavimentação
Asfáltica, na Escola de Contas; 05.05 – Recebeu a visita de cortesia do Senhor Luís Cláudio
Rodrigues Ferreira, do Editor e Presidente da Editora Fórum; 06.05 – Participou da
Comemoração alusiva ao Dia das Mães; 10.05 – Participou, acompanhado do Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria e do Conselheiro Corregedor João Antonio, de reunião com o
Vereador Antonio Donato, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Além dos despachos
habituais, o Presidente participou de reuniões administrativas com Conselheiros e Órgãos
Técnicos desta Corte e emitiu ofício ao Senhor Antonio Barbalho, Gerente da Prática Global de
Energia e Indústrias Extrativas Região da América Latina e do Caribe, agradecendo ao convite
para participar como palestrante no painel "Riscos e Mecanismos para Mitigação" do Fórum
Modelos de Negócios para Eficiência Energética em Iluminação Pública, a realizar-se em 1º de
junho, e indicando o Dr. Ricardo Epaminondas L. O. Panato, Chefe da Assessoria Jurídica de
Controle Externo desta Egrégia Casa, para representá-lo. A seguir, o Conselheiro Presidente
assim se pronunciou: "Com pesar, participo o falecimento da Senhora Maria Lira da Silva, mãe
da Servidora Maria do Socorro Lira Lopes Melo, lotada na Escola de Contas, ocorrido ontem, dia
10 de maio. A Presidência, em nome do Colegiado e de todos os servidores desta Corte, enviou
ofício de condolências à família enlutada. A palavra aos Senhores Conselheiros para qualquer
comunicação à Corte." Conselheiro Edson Simões: "Como Relator das Contas da Fundação do
Museu de Tecnologia de São Paulo, solicito marcação de Sessão Extraordinária para o dia 15 de
junho." Conselheiro Domingos Dissei: "Senhor Presidente. Vou fazer uso da palavra. Gostaria
de fazer um comentário. Os fatos foram noticiados na imprensa sobre a ciclovia do Rio. A
ciclovia do Rio de Janeiro foi construída sob o Regime Diferenciado de Contratações Públicas
(RDC). Uma modalidade nova e até o nosso Tribunal de Contas está enfrentando isso. Eu tenho
algumas dúvidas. Vou deixar as minhas dúvidas e vou expor aos Senhores Conselheiros. Temos
poucos, ainda, em São Paulo, na modalidade RDC. No Rio de Janeiro, foi um erro de cálculo e
de projeto. É o que está sendo noticiado e não existe um laudo final. Por exemplo, em São Paulo,
nos RDCs que fizemos, existe um seguro de risco de engenharia e de projeto. Não sei como está
funcionando aqui no Tribunal de Contas. Estou levantando essa dúvida para que possamos
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verificar se existem seguros dessas obras. No RDC, como funciona um acidente desses? Num
erro de cálculo como vai funcionar? Se tiver uma sequência lógica, como vai funcionar? Eu não
tenho nenhum processo de RDC em meu poder, mas eu gostaria de saber como funciona dentro
do Tribunal. Lá, tudo indica que foi um erro de cálculo no projeto e não levaram em conta uma
série de ações. Ali tem uma situação peculiar de onda, maré, etc., que a engenharia devia ter
levado em conta e não levou. Daí a importância, Senhor Presidente, como eu sempre falo, do
nosso convênio com o CREA. Está caminhando?" Conselheiro Presidente Roberto Braguim:
"Nós estamos esperando uma resposta do CREA." Conselheiro Domingos Dissei: "Isso é
importante porque no exato momento nós ficaremos sabendo também de todas as RTs que foram
envolvidas e todos os responsáveis por tudo: pelo projeto de arquitetura, pela concepção
arquitetônica, toda a parte de cálculo estrutural, hidráulica, elétrica, etc. No mesmo momento,
nós temos acesso a tudo isso. Isso é muito importante. Sei que está dando encaminhamento. Só
estou dizendo da importância desse fato. É só essa dúvida que eu ia levantar para que nós
possamos ter atenção nesse sentido. Em segundo lugar, eu vou aqui parabenizar o Conselheiro
João Antonio pelo curso da Escola de Contas, a toda a diretoria da escola, em especial o
engenheiro Amândio, que coordenou sobre a pavimentação. Eu sei que Vossa Excelência esteve
lá. Eu não pude comparecer de manhã. O Conselheiro, também, Diretor da Escola de Contas,
esteve. É de suma importância para que possamos avançar nesse sentido porque essa proposta
que vai sair, existe um grupo de trabalho, pelo que tomei conhecimento, e que vai fazer uma série
de propostas. Esse é o objetivo dessa proposta final. É o momento correto. Eu vi que na
prefeitura há um interesse muito grande por parte do executivo em terem novas técnicas, para
nós, e o custo-benefício. O resultado dessa equipe vai ser muito importante, Senhor Presidente.
Quero parabenizar a todos, até o Tribunal de Contas, os nossos auditores, o corpo técnico da
Escola de Contas também. Prossigam nesse sentido. É muito importante para a cidade. É de
suma importância. Um dos nossos maiores patrimônios é a pavimentação. Imaginem, 17 mil
quilômetros. Quanto isso custa hoje, se fôssemos implantar? É um patrimônio que vai se
acumulando há décadas. É o momento exato dessa mudança. A expectativa final do resultado e
as conclusões são de bastante otimismo. Muito obrigado, Senhor Presidente." Conselheiro
Vice-Presidente Maurício Faria: "Tendo em vista um aspecto da manifestação do Conselheiro
Domingos Dissei, eu queria registrar o seguinte: na segunda-feira, houve a publicação em todos
os grandes jornais de uma declaração da Construtora Andrade Gutierrez, ao que parece, dentro
do acordo de leniência que ela está encaminhando e da qual é partícipe. Esse pronunciamento da
Construtora Andrade Gutierrez apresenta uma ideia de autocrítica, de reconhecimento de desvios
e práticas indevidas, mas o mais importante é que ela apresenta, em sua manifestação, oito
propostas do que entende que deveria ser feito para uma melhora das contratações de obras
públicas no País. Das oito propostas, há uma omissão em relação ao controle externo
constitucionalmente estabelecido. Em nenhum momento se trata ou se toca na questão do
controle externo. Um dos oitos itens é a proposta sobre a necessidade da atuação de auditorias –
de empresas de auditoria privada de engenharia – para a fiscalização das obras públicas. Eu
entendo que esse pronunciamento da Andrade Gutierrez, com todas as ressalvas de suas
características e propósitos, trata de uma pauta que, de uma forma ou de outra, está posta. Nós
tivemos todos esses episódios envolvidos, especialmente a Petrobras, mas também as grandes
obras na área de produção de energia, e surge a indagação – normal, nos meios técnicos, na
sociedade civil organizada – sobre como o controle externo atuou em relação a essas situações.
Como foi possível que essas situações ocorressem nas dimensões em que ocorreram e que lições,
novas práticas e abordagens se apresentam diante do que se vem verificando nas obras da
Petrobras, do setor elétrico e, de modo geral, nas grandes obras de contratação pública no âmbito
federal? Há um desafio para os Tribunais de Contas, que é responder a essas questões. O que tem
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ocorrido conosco – que é um caminho que me parece precisar ser alargado, desenvolvido – é essa
ideia de que os Tribunais de Contas podem e devem contar com o apoio técnico de consultorias e
atividades de engenharia como apoio à fiscalização própria de Tribunais de Contas. O primeiro
grande experimento disso é o fato de que, pela primeira vez, depois de décadas de existência do
nosso Tribunal, nós fizemos aquela contratação para ensaios tecnológicos. Ficou claro que o
Tribunal de Contas precisava de um aporte de engenharia especializada, não para substituir a sua
atividade de controle externo, mas para fornecer subsídios, informações e dados técnicos para um
melhor exercício do controle externo. Também existe essa proposta de parceria com o CREA.
Nós temos tido as ideias do uso de imagens no acompanhamento e apoio à fiscalização de obras
públicas. Será importante que os Tribunais de Contas, nacionalmente, debrucem-se sobre esta
pauta e apresentem uma proposta ao País. O Tribunal de Contas tem que apresentar uma proposta
ao País. Não se poderia admitir que uma empresa como a Andrade Gutierrez, nas circunstâncias
em que ela se encontra, nas situações em que se vê envolvida, que seja ela a pautar as necessárias
mudanças em muitos aspectos daquilo que diz respeito à obra pública no Brasil. Todos leram as
propostas da Andrade Gutierrez. Ela propõe, por exemplo, que as licitações sejam feitas com
base em projeto executivo, e não em projeto básico. Tem essa questão da importância do projeto
executivo, não só para assegurar mais consistência à obra pública, mas para também estabelecer
claramente responsabilidades. Também a Andrade Gutierrez que as contratações de obras
públicas sejam feitas com a garantia e a reserva prévia dos recursos previstos para aquela obra.
Todos leram. É uma série de propostas. Elas tratam de uma pauta. Não é a resposta que a
Andrade Gutierrez dá, mas é a pauta que ela trata. É uma pauta necessária. O fato é que tudo isso
que vem sendo revelado, explicitado, ocorreu na vigência da 8.666, nas práticas novas do RDC,
das PPPs. É preciso uma indagação, uma verificação de como essas coisas aconteceram e como
se deve abordar a questão para que se lide com o risco e se procure uma superação dessas
realidades que incomodam muito a sociedade brasileira. Vai haver agora no Rio de Janeiro, em
maio, um evento organizado pelo Instituto Rui Barbosa, em que vários organismos – inclusive,
pelo que soube, ligados à engenharia militar – participarão, sobre análise de risco em relação a
contratação e execução de obras públicas. Estão ocorrendo outros eventos nesse sentido, no
âmbito das duas entidades nacionais dos Tribunais de Contas, e entendo que nós devemos estar
atentos a essas questões." Conselheiro Domingos Dissei: "Senhor Presidente, gostaria de voltar
para as considerações do Conselheiro Maurício Faria. Até já conversei com o Dr. Lívio sobre
isso. No Rio de Janeiro existe uma máquina de tapa-buraco que é diferente pois não se faz mais
dessa forma. Eu gostaria que Vossa Excelência, os auditores e a Escola de Contas do Conselheiro
João Antonio fossem até o Rio de Janeiro, ou Vossa Excelência falasse com o Presidente do Rio
para que nós tivéssemos acesso e até incluir no nosso estudo, que é importantíssimo. Se Vossa
Excelência pudesse falar com o Presidente do Rio – acho que todos os Conselheiros aqui
concordam –, porque é de suma importância conversar e os técnicos fazerem uma visita. A
equipe da Escola de Contas também se interessa, para que possa ver essa nova tecnologia,
sempre tomando cuidado para não envolver a parte comercial, mas que vejam tecnicamente, que
não é indicação de máquina ou equipamento, e verifiquem se eles estão em um estágio
tecnicamente mais avançado. É a minha sugestão." Conselheiro Corregedor João Antonio:
"Em primeiro lugar, quero registrar o sucesso da atividade da Escola de Contas, parabenizar o
diretor pedagógico Moacir e homenagear a todos que participaram e se esforçaram para isso, na
pessoa do engenheiro Amândio, que foi determinante para que este evento pudesse acontecer
com sucesso. Aliás, com a participação de vários Subprefeitos, engenheiros da Prefeitura.
Parabéns, Escola de Contas. Parabéns, engenheiro Amândio, que foi uma pessoa determinante
para o sucesso desta atividade. Em relação ao RDC, de fato é uma experiência nova. Eu sempre
sou a favor das inovações, para que possamos atender ao princípio da eficiência no direito
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administrativo. Por outro lado, toda experiência nova exige zelo, cuidados, adaptações. Eu sou a
favor das iniciativas, inclusive da visita ao Rio de Janeiro, para que possamos, no nosso papel de
controle externo, contribuir com a Administração na Cidade de São Paulo e aperfeiçoar esses
novos instrumentos de contratos do Poder Público com particulares. Apoio e quero também
registrar a minha concordância com a preocupação do Conselheiro Maurício Faria. De fato, os
Tribunais de Contas, de um modo geral, dentro das limitações das competências estabelecidas
pela Constituição, têm que entender o momento que estamos vivendo. Eu diria que há uma crise
nas instituições brasileiras, de um modo geral, e que há uma disputa de rumo sobre o Estado
brasileiro, de maneira que, se os Tribunais de Contas não se inserirem nesse debate presente
sobre o rumo das instituições no Brasil, pode ocorrer o enfraquecimento do papel dos Tribunais
de Contas. De fato, estranhei uma manifestação – até por sugestão do Juiz Moro, pelo que li hoje
na imprensa – de, ao fazer uma autocrítica pública, não mencionar a importância dos Tribunais
de Contas no controle externo e sugerir, como uma das medidas de eficiência, o controle das
obras e serviços públicos contratados apenas por particulares, dispensando o papel do Estado
nesta questão. É um debate presente e os Tribunais de Contas devem estar inseridos nesse debate
de rumo do Estado brasileiro." Conselheiro Edson Simões: "Em primeiro lugar, quero
cumprimentar o trabalho efetuado em relação ao asfalto pela Escola de Contas, o Conselheiro
João Antonio, e também o trabalho efetuado pelo Dr. Amândio, engenheiro, que, juntamente
com o Conselheiro João Antonio e o Conselheiro Domingos Dissei, planejaram essa questão do
asfalto, que é um assunto premente na Cidade de São Paulo, e que tem melhorado bastante com a
colaboração não só do Pleno, com o Conselheiro Engenheiro Domingos Dissei abordando esse
problema, como também com a Escola de Contas dando cursos. Conversamos sobre isso, parece-
me que estava lotadíssimo. Parabéns. Em segundo lugar, a abordagem efetuada pelo Conselheiro
Maurício Faria é correta porque, simplesmente, parece-me que houve um alijamento da função
da posição dos Tribunais de Contas. Dentro daquele texto, há dois itens fundamentais na
autocrítica. É necessário, para fazer obras, pelo menos o dinheiro e o projeto. Estava em um dos
itens. E ele projeta. No restante, essa privatização efetuada em relação a questões do Estado, eu
considero extremamente perigosa, porque os Tribunais de Contas têm o seu papel e isso tem que
ser respeitado. Parece-me que, as vezes, o Executivo fica nervoso com o papel dos Tribunais e o
Legislativo, e é necessário, portanto, nessa reorganização e discussão do Estado o
posicionamento e a preocupação do Conselheiro Maurício Faria, assim como endosso as
considerações efetuadas pelo Conselheiro Domingos Dissei em relação à questão de engenharia.
É fundamental. Eu diria que a práxis é a prática de todo o trabalho teórico e trabalho de projetos
políticos e administrativos efetuados tanto no Município, como no Estado, como na Federação."
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria: "Eu gostaria de me somar aos elogios e à
congratulação pelo evento da Escola de Contas, especificamente pela atuação do engenheiro
Amândio, que coordenou a atividade. De fato, foi um encontro bastante importante e relevante,
tratando de um tema essencial, que é a questão das obras envolvendo asfalto. Ao mesmo tempo,
quero enfatizar o manifesto – chamemos assim o pronunciamento da Andrade Gutierrez – trata
do controle externo pela omissão. Ao não mencionar o controle externo, ele está negando o
controle externo constitucionalmente estabelecido. Ele não está atribuindo um papel relevante ao
controle externo. Ao propor que o controle seja feito por auditorias de engenharia privadas, ele
está indicando um caminho alternativo, de substituição do controle externo de Estado. Não é
irrelevante porque esse manifesto teve uma repercussão. Ele colocou na pauta dois grandes
blocos de questões. O primeiro é o seguinte: que lições se tira em relação à contratação e
execução de obras públicas? De todos esses fatos que vêm sendo desvendados, explicitados e
noticiados. Em segundo, as questões do controle: como deve ser realizado o controle? O que é de
se observar é que me parece que, realmente, o controle externo precisará de apoio de atividades
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de engenharia terceirizadas, como aconteceu no ensaio tecnológico. Pela complexidade que hoje
tem a contratação pública, as obras públicas, vai se vendo que é preciso. O Tribunal de Contas
não pode pretender ter, dentro dele, todo um corpo de engenharia volumoso, amplo, porque,
inclusive, ele não daria conta das várias especialidades e haveria muita ociosidade de
especialidades que não estariam sendo mobilizadas a todo o tempo, mas é preciso reconhecer a
necessidade desse subsídio técnico e, eventualmente, um apoio técnico terceirizado – como está
sendo na nossa contratação de ensaios tecnológicos –, não para substituir o controle externo, mas
para dar elementos de um melhor exercício do controle externo, dar contribuições, dados
técnicos, pareceres técnicos para que o controle externo seja mais eficiente. Essa construção da
relação do controle externo com esses subsídios de engenharia a serem contratados junto a
atividades de engenharia privadas é um campo que ainda teremos que desenvolver. Já
começamos. Foi precursora a experiência do ensaio tecnológico. Em toda a história do Tribunal
de Contas do Município, nunca se tinha tido esse tipo de situação, de recorrermos a uma
terceirização para reforçar o seu papel como órgão de Estado de controle externo." Conselheiro
Domingos Dissei: "Senhor Presidente, só complementando aquelas minhas dúvidas sobre o
RDC. O RDC é uma modalidade nova, mas mesmo no Rio de Janeiro, era um RDC e teve os
25%. A colocação do Conselheiro Maurício Faria é inteligente no sentido de que eles dizem ser
necessário o projeto executivo. Eles estão falando do lado do Poder Público. "Com o projeto
executivo, nós não vamos mais usar os 25% de aditamento." É uma obra fechada. Aí nós
entramos para verificar. Com o projeto executivo, não há justificativa nenhuma para aditamento.
O projeto fala. A parte empresarial também tinha que ter a preocupação de mostrar a clareza e a
transparência. Não falam do Livro de Ordem, que é o que dá os 25%, mas ninguém está
preenchendo corretamente porque isso dá transparência à obra. O aditamento tem que ser
baseado no Livro de Obras. Não pode ser diferente e se for diferente, não é transparente. Daí a
minha preocupação com o RDC para que não haja mais os 25%. É uma coisa que estamos
estudando, mas aqueles dois itens que eu indaguei se a Secretaria Geral pudesse fazer o estudo,
para podermos saber direito, acredito que até vá elucidar sobre o RDC." Conselheiro
Presidente Roberto Braguim: "Perfeito. Encerrada, portanto, esta parte da sessão, passemos ao
referendo. Temos apenas um referendo, de relatoria do Conselheiro Domingos Dissei."
Prosseguindo, o Conselheiro Domingos Dissei – Relator deu conhecimento ao Egrégio
Plenário da matéria constante do seguinte despacho: "Trago à apreciação deste Pleno
despacho de SUSPENSÃO do Pregão Eletrônico 21/2016, promovido pela São Paulo Turismo
S.A., visando a contratação de empresa para fornecimento de mão de obra temporária, sob
regime de empreitada por preço unitário, destinada a reposição transitória de advogado afastado
de suas atividades por razões de ordem legal, considerando as seguintes razões: 1. Na análise do
acompanhamento do edital do referido pregão, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle, por
intermédio da Coordenadoria II, apontou as seguintes irregularidades, impeditivas de
continuidade do certame: a) Os serviços objeto da presente licitação não são compatíveis com a
modalidade pregão. E, ainda que a análise jurídica da Origem tenha opinado pelo seu cabimento,
há controvérsia da matéria e implicações que podem advir com a posição contrária dos órgãos de
classe de profissão regulamentada, notadamente a OAB. b) A SPTURIS não observou as regras
da Lei Municipal 10.793/89, que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme estatui o artigo 37, inciso IX,
da Constituição Federal. c) Há infringência ao artigo 4º, inciso XVIII, da Lei Federal 10.520/02,
tendo em vista que o item 46 do Edital prevê que "o licitante que desejar recorrer contra decisões
do pregoeiro poderá fazê-lo em até 24 (vinte e quatro) horas após a "Declaração do Vencedor" no
Sistema, ..." e a Lei Federal supracitada prevê que "declarado o vencedor, qualquer licitante
poderá se manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer.". d) A previsão de
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prorrogação do prazo contratual está divergente entre o Anexo I do Edital e a minuta do contrato.
e) O reajuste do valor contratual previsto no item 56.3 do edital e na cláusula sexta, parágrafo
sexto, da minuta do contrato é incompatível com o prazo contratual estatuído na cláusula 3 do
Anexo I. f) Há incoerência entre a última alínea do Anexo I, observações, que estabelece que o
prazo de vigência do contrato será de 07 (sete) meses e a redação do item 3 do Anexo I, que
estabelece que o prazo de contratação é de 6 (seis) meses. g) As cláusulas 5 a 10 e 13, dentre
outras, que integram as obrigações da contratada, conflitam com o objeto que se objetiva
contratar. 2. Em razão de tais apontamentos e tendo em vista que a abertura das propostas estava
designada para o dia 06.05.2016, às 09h30min, DETERMINEI, "ad cautelam", a SUSPENSÃO
do Pregão Eletrônico 21/2016, decisão esta que, com fundamento no artigo 101, § 1º, alínea "d",
do Regimento Interno deste Tribunal, elevo a REFERENDO de Vossas Excelências." Afinal, o
Egrégio Plenário, à unanimidade, referendou o ato de suspensão expedido pelo Conselheiro
Domingos Dissei – Relator. (Certidão – TC 3.266/16-36) Dando sequência, o Conselheiro
Presidente Roberto Braguim, a fim de que pudesse relatar os processos de sua pauta, solicitou ao
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que assumisse a direção dos trabalhos. Passou-se à
Ordem do Dia. – JULGAMENTOS REALIZADOS – PROCESSOS RELATADOS PELO
CONSELHEIRO PRESIDENTE ROBERTO BRAGUIM, na qualidade de Relator – 1) TC
1.984/08-59 – Recursos "ex officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Heitor Sertão
interpostos em face da R. Decisão de Primeira Câmara de 25/9/2013 – Relator Conselheiro
Substituto Moacir Marques da Silva – Subprefeitura Jabaquara e D. B. Construções Ltda. –
Tomada de Preços 002/SP-JA/2008 – Contrato 015/SP-JA/2008 R$ 229.447,22 – TAs de
11/8/2008 (prorrogação de prazo) e de 9/9/2008 (red. de R$ 20,95 – prorrogação de prazo e
redução de valor contratual de 0,01%) – Contratação de obras e serviços de readequação de via e
construção de área de lazer na Rua Felinto Eliseu ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, ora em grau de recurso, dos quais é Relator o Conselheiro Roberto Braguim.
Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos "ex officio", por
disposição regimental, e voluntários, interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal e pelo
Senhor Heitor Sertão, por preenchidos os requisitos necessários. Acordam, ademais, à
unanimidade, quanto ao mérito, considerando que os argumentos ora aduzidos nos recursos
voluntários não apresentam elementos novos, capazes de alterar a R. Decisão da 1ª Câmara,
limitando-se a repetir as alegações das defesas colacionadas aos autos na instrução processual,
devidamente analisados naquela oportunidade, em negar-lhes provimento, mantendo-se, em sua
íntegra, a R. Decisão recorrida, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Relatório: Trata-se da
análise de recursos "ex officio" e voluntários, estes interpostos pela Procuradoria da Fazenda
Municipal - PFM e por Heitor Sertão, contra a r. Decisão da 1ª Câmara de fl. 330, que, por
unanimidade, julgou irregulares a Tomada de Preços 002/SP-JA/2008, o Contrato 015/SP-
JA/2008 e os Termos de Aditamento s/nºs, datados de 11/08 e 09/09/2008, aplicando ao
Ordenador da Despesa a multa de R$ 542,20 (quinhentos e quarenta e dois reais e vinte
centavos). Em seu Recurso, a Procuradoria da Fazenda Municipal alegou que o caso merece ser
analisado sob um prisma mais abrangente, verificando-se a efetiva prestação dos serviços
públicos, em face da contratação havida, ainda que em eventual desacordo com as normas que
regem a espécie. Considerou que, no caso, além do princípio da legalidade, devem ser
observados também os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade; que não houve
prejuízo ao Erário, dolo ou culpa; e que a Administração usufruiu do material e dos serviços
contratados, os quais foram efetivamente prestados. Continuou afirmando que a falha meramente
administrativa do Agente Público, de ordem tecno-contábil, pode até ensejar a impropriedade ou
mesmo a irregularidade dos Ajustes, mas não deve impedir o reconhecimento de seus efeitos
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financeiros. Por fim, requereu que seu Apelo fosse recebido e provido integralmente, para
reformar o Julgado, de modo que sejam declarados regulares os atos examinados, tornando-se
insubsistente a multa cominada ao responsável ou, caso não seja este o entendimento do
Colegiado, almeja o reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais dos atos praticados,
haja vista a inexistência de prejuízo concreto ao Erário. De sua parte, Heitor Sertão, Subprefeito
à época da contratação, em Peça assemelhada à da Procuradoria da Fazenda Municipal,
argumentou que o caso deveria ser analisado além dos aspectos formais, já que houve a efetiva
prestação dos serviços, com total atendimento ao interesse público. Lembrou que o Processo
Licitatório ocorreu sem impugnação ou questionamentos, vencendo a melhor proposta e que não
houve prejuízo ao Erário, culpa ou dolo do responsável. Reportou-se, também, aos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Dessa forma, requereu a reforma da r. Decisão, para que
sejam declarados regulares os Instrumentos analisados, com exclusão da multa, ou, ao menos,
sejam reconhecidos os efeitos financeiros e patrimoniais dos atos, em homenagem ao princípio
da segurança jurídica. A Empresa DB Construções Ltda., apesar de regularmente intimada, às fls.
375 e 376, deixou transcorrer "in albis" o prazo assegurado para interposição de Recurso. A
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, na fase de instrução recursal, considerou que não foram
trazidos aos autos elementos novos capazes de alterar as conclusões anteriores, que deu por
ratificadas. Por seu turno, a Assessora Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral
opinaram pelo conhecimento dos Recursos "Ex Officio" e Voluntários e, no mérito, pelo
improvimento de todos, por não vislumbrarem fatos ou justificativas hábeis a autorizar a reforma
do julgado, enquanto a Procuradoria da Fazenda Municipal propugnou pelo conhecimento e
provimento dos Apelos interpostos, para o fito de reformar-se a Decisão, acolhendo-se os
Instrumentos analisados e tornando-se insubsistente a multa aplicada ao responsável, dada a
ausência de dano ou lesão ao Erário. É o relatório. Voto: Em sede de admissibilidade, conheço
dos Recursos "Ex Officio" e Voluntários, estes interpostos pela Procuradoria da Fazenda
Municipal - PFM e por Heitor Sertão, o primeiro por disposição regimental e os demais por
preenchidos os requisitos necessários. A R. Decisão recorrida julgou irregulares os Instrumentos,
baseando-se nas manifestações dos Órgãos Técnicos desta Casa que, em suas intervenções,
concluíram pela irregularidade dos objetos do processo, na seguinte conformidade: Da Tomada
de Preços: a) inexistência de projeto básico e de documentação técnica subsidiária à planilha
orçamentária, o que impossibilitou a análise quanto à correta especificação dos quantitativos
apresentados ou ocorrência de duplicidade na planilha; b) falta de projeto básico com nível de
precisão adequado para caracterizar a obra; c) elaboração do Edital de forma genérica, ao exigir
atestados ou certidões, sem indicação das parcelas de maior relevância e valor significativo em
relação ao objeto da Licitação, além de solicitar equipamentos considerados essenciais, sem citá-
los, podendo ensejar julgamento subjetivo. Do Contrato: por suceder Licitação Irregular;
documentação deficitária, que impossibilitou a análise quanto à correta especificação dos
quantitativos apresentados e à ocorrência de duplicidade da planilha; projeto básico insuficiente.
Dos Termos Aditivos: a) a garantia contratual não estava em vigor quando da assinatura dos
TAs; não consta, também, comprovação de sua extensão até o término do prazo de vigência do
Contrato; b) ausência de comprovação de regularidade junto ao FGTS e ao INSS; c) ausência de
cronograma físico-financeiro detalhado, que retrate fielmente as previsões específicas da obra; d)
falta de menção à alteração da planilha de custos, com redução do valor global do Contrato, nos
termos do despacho de autorização; e) alteração da planilha orçamentária sem documentação
técnica subsidiária para justificar a necessidade de alteração dos quantitativos dos serviços.
Embora reconhecendo, a teor da manifestação da Assessoria Jurídica de Controle Externo, que
algumas impropriedades podem ser relevadas, restaram presentes, ainda, irregularidades que
impedem o acolhimento dos atos analisados, consoante, aliás, consta da r. Decisão de Primeiro
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Grau. Dentre as remanescentes, apenas a título exemplificativo, menciono: inexistência de
projeto básico adequado e de documentação técnica subsidiária à planilha orçamentária,
impedindo a análise sobre a correção dos quantitativos apresentados; imprecisão do projeto
básico, de forma a não permitir caracterizar perfeitamente a obra; Edital elaborado de maneira
genérica; ausência de apresentação do cronograma físico-financeiro detalhado; Termo de
Aditamento lavrado em desacordo com a autorização concedida. A este passo, é importante
ressaltar que a Administração tem o dever de justificar os atos que pratica, atendendo ao
princípio da motivação; que, em Licitações, o projeto básico deve ser detalhado, de sorte a
permitir que a futura contratação conte com nível de precisão adequado, para garantir, à
Administração, que o objeto contratual seja o que melhor atende às suas necessidades; e que o
Edital deve definir claramente o objeto a ser licitado, possibilitando aos interessados tratamento
isonômico. Estes requisitos, à evidência, não foram observados nos atos sub examine,
maculando-os e impedindo seu acolhimento. Demais disso, consigno que os argumentos ora
aduzidos nos Recursos Voluntários não apresentam elementos novos, capazes de alterar a r.
Decisão da 1ª Câmara, limitando-se a repetir as alegações das defesas colacionadas aos autos na
instrução processual, devidamente analisados naquela oportunidade. Pelos motivos expostos,
nego provimento aos Apelos, mantida, em sua íntegra, a r. Decisão recorrida, por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor,
Edson Simões e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Maurício Faria –
Vice-Presidente no exercício da Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." 2) TC 3.257/07-54
– Recurso de Revisão da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe interposto em face
do V. Acórdão de 24/10/2012 – Relator Conselheiro Roberto Braguim – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal e da Secretaria Municipal de Finanças interpostos contra o
V. Acórdão de 9/12/2009 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de
Finanças e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe – Prestação de serviços mensais
para a pesquisa "Índices e Tabelas de Preços Unitários para Obras e Serviços Municipais". Após
o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim, considerando que a Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas – Fipe não preencheu o pressuposto do interesse de recorrer, ante a não
explicitação do prejuízo efetivo e concreto sofrido com o V. Acórdão atacado, não conheceu do
recurso de revisão interposto às fls. 240/248. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro João
Antonio – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 2.487/11-55
– Secretaria Municipal de Educação e Pérsio Guimarães Azevedo – CEI – Acompanhamento –
Verificar se Convênio 075/SME/2011, cujo objeto é o atendimento às crianças por meio de
Centro de Educação Infantil/Creche, segundo as diretrizes técnicas da Secretaria Municipal de
Educação e de acordo com o Plano de Trabalho aprovado pela Diretoria Regional de Educação,
está de acordo com o Plano de Trabalho bem como a regularidade da prestação de contas. Após
o relato da matéria, "o Conselheiro Roberto Braguim, em razão das falhas nos controles
realizados pelo CEI, sendo eles de dois tipos no entendimento da Subsecretaria de Fiscalização e
Controle: a) preenchimento incorreto da folha de frequência; b) falta de atenção do setor
responsável pela prestação de contas, que não observou o número correto de crianças com direito
ao valor "per capita"; somando-se também falhas no número de refeições servidas que são
superiores à frequência de alunos, Sua Excelência julgou irregular a Execução do Convênio
075/SME/2011-RI. Ainda, o Conselheiro Roberto Braguim – Relator aplicou multa ao
responsável, no valor de R$ 676,00 (seiscentos e setenta e seis reais), com fundamento no artigo
52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80 combinado com o artigo 87 do Regimento Interno desta
Corte de Contas. Também, o Conselheiro Roberto Braguim – Relator determinou à Subsecretaria
de Fiscalização e Controle desta Corte que efetue novo procedimento, em continuação, nos
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moldes do presente, bem como determinou à Secretaria Municipal de Educação que atue com
mais rigor no acompanhamento da execução dos convênios a seu cargo, de modo, inclusive, a
possibilitar eventual tarefa fiscalizatória. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro João Antonio
solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) Prosseguindo, o Presidente em
exercício, Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao
Conselheiro Roberto Braguim. Reassumindo a direção dos trabalhos, o Conselheiro Presidente
Roberto Braguim concedeu a palavra ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria para relatar
os processos de sua pauta. – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO VICE-
PRESIDENTE MAURÍCIO FARIA – 1) TC 40/07-56 – Ideal Center Comércio de Tintas
Ltda. – Autarquia Hospitalar Municipal – Representação em face do Edital de Pregão 162/2006,
cujo objeto é a aquisição de material de consumo de pintura. Após o relato da matéria, "o
Conselheiro Maurício Faria conheceu da representação interposta pela empresa Ideal Center
Comércio de Tintas Ltda., diante do preenchimento dos requisitos de admissibilidade previstos
no Regimento Interno desta Egrégia Corte, e, quanto ao mérito, julgou-a procedente, no que
concerne à impugnação ao item 4.4.2.2 do edital, o qual exigia a apresentação de "Certificado de
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitido pelo Conselho Regional de Química
(CRQ), do fabricante e do licitante, quando for distribuído" (g.n.). Entretanto, o Conselheiro
Maurício Faria – Relator, no que diz respeito à sanção aplicada pela então Autarquia Hospitalar
Regional Sul, consistente no impedimento de licitar e contratar com a Administração pelo prazo
de dois anos, julgou a análise da questão prejudicada em face da decisão da Autarquia que anulou
a penalidade aplicada. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria – Relator determinou, após as
providências de praxe, o arquivamento dos autos. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei –
Revisor conheceu da representação, uma vez que presentes os pressupostos de admissibilidade e,
no mérito, julgou-a prejudicada pela perda do objeto, por falta de interesse de agir da postulante.
Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi
deferido." (Certidão) 2) TC 3.004/13-47 – Recurso "ex officio" interposto contra a R. Decisão
de Juízo Singular de 28/5/2015 – Julgador Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal
de Cultura e Olga Maria Biaggioni Diniz – Prestação de contas de adiantamento bancário –
fevereiro a março/2011 (R$ 4.188,00). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Maurício Faria
conheceu do recurso "ex officio", visto que regimental, e, no mérito, tendo em vista que as
eventuais inscrições em cursos, seminários e congressos não podem se submeter a qualquer tipo
de procedimento licitatório devido à inviabilidade de competição a ela inerente, a adoção do
regime de adiantamento para o seu custeio encontra amparo legal por suas próprias
peculiaridades, uma vez que não tem como aguardar os trâmites normais de processamento,
conforme dispõe o artigo 2º do Decreto Municipal 48.592/07, razão pela qual é equivocada a
pretensão de se aplicar dispositivos da Lei Federal 8.666/93, aplicando-se ao caso o princípio da
especialidade, segundo o qual a existência de lei especial afasta a aplicação da lei geral, assim,
Sua Excelência deu provimento integral ao apelo para declarar a regularidade da prestação de
contas examinada, com quitação à interessada, determinando, após os trâmites regimentais, o
arquivamento dos autos e a devolução do PA à Secretaria Municipal de Cultura. Também, o
Conselheiro Domingos Dissei – Revisor acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo
Conselheiro Maurício Faria – Relator. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões
solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 3.100/14-11 – Recurso "ex
officio" interposto contra a R. Decisão de Juízo Singular de 14/5/2015 – Julgador Conselheiro
Roberto Braguim – Secretaria Municipal de Educação e Noemi Fabiola Muniain Beperet Martins
– Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2013 (R$ 3.700,00). Após o relato da
matéria, "o Conselheiro Maurício Faria conheceu da remessa "ex officio" em exame, por
regimental e, quanto ao mérito, considerando a inexistência de fato novo a possibilitar a eventual
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revisão da matéria, bem como considerando que a R. Decisão de Juízo Singular exarada
encontra-se proferida à luz da Resolução 04/2011, aprovada pela Instrução 03/2011 desta Corte,
negou-lhe provimento, mantendo-se a decisão recorrida, por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria – Relator determinou, após as providências
regimentais, o arquivamento dos autos. Também, o Conselheiro Domingos Dissei – Revisor
acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro Maurício Faria – Relator. Afinal, na
fase de votação, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) – PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1)
TC 791/13-57 – Lava Rápido e Estacionamento Barro D'ouro Ltda. – ME – Companhia de
Engenharia de Tráfego – Representação em face do Pregão 11/2013, cujo objeto é a prestação de
serviços de lavagem de veículos ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, dos
quais é Relator o Conselheiro Edson Simões. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em conhecer da representação, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade, e, no mérito,
em julgá-la prejudicada, pela perda superveniente do objeto, em razão da revogação do pregão
em 08/06/2013. Acordam, ademais, à unanimidade, em reiterar a determinação à Subsecretaria
de Fiscalização e Controle desta Corte para que analise a situação atual dos serviços objeto do
Pregão 11/2013 da Companhia de Engenharia de Tráfego e, em caso de realização de novo
certame, de mesmo objeto, efetue o seu acompanhamento. Acordam, ainda, à unanimidade, em
determinar o envio de ofício ao Diretor-Presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego, para
que informe este Tribunal acerca de eventual abertura de nova licitação e/ou contratação de
serviços de lavagem de veículos pertencentes à sua frota. Acordam, ademais, à unanimidade, em
determinar, após o cumprimento das formalidades legais, que se arquivem os autos. Relatório:
Cuidam os autos do TC 791/13-57 do exame de Representação formulada pela empresa Lava-
Rápido e Estacionamento Barro D'Ouro Ltda., em face do Edital de Pregão Presencial 11/2013,
da Companhia de Engenharia de Tráfego, tendo por objeto a prestação de serviços de lavagem de
veículos pertencentes à frota CET. A Representante impugnou as exigências do edital, frente ao
tipo e natureza do objeto e, também, sobre as condições e prazos para realização da vistoria do
local de execução dos serviços. Oficiada, a Companhia de Engenharia de Tráfego esclareceu que
"o item 8.1 do edital, referente às condições de participação no certame está sendo revisado para
contemplar as alterações sugeridas pela Representante, quais sejam, a exclusão das expressões
'politriz' e 'etc'." Afirmou, ainda, que "o certame está suspenso "sine die" para adoção dessa e
outras providências necessárias para readequação formal do instrumento convocatório." Diante
disso, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a
Secretaria Geral opinaram pela perda de objeto, motivada pela correção da "irregularidade". Não
obstante, sobreveio informação de que a Origem revogou o pregão em 08/06/2013. Uma vez
mais, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a
Secretaria Geral opinaram pela perda de objeto, em razão da revogação do certame. É o relatório.
Voto: Cuidam os autos do TC 791/13-57 do exame de Representação formulada pela empresa
Lava- Rápido e Estacionamento Barro D'Ouro Ltda., em face do Edital de Pregão Presencial
11/2013, da Companhia de Engenharia de Tráfego, tendo por objeto a prestação de serviços de
lavagem de veículos pertencentes à frota CET. Conforme relatado, o Pregão 11/13 restou
prejudicado por duas razões: A primeira porque a Origem efetuou correções no Edital, atendendo
as determinações dos Órgãos Técnicos desta Corte, sanando as irregularidades inicialmente
apontadas; e A segunda, em decorrência de o Pregão ter sido revogado pela CET. Diante disso, a
Auditoria, a Assessoria Jurídica de Controle Externo, a Procuradoria da Fazenda Municipal e a
Secretaria Geral opinaram pela perda de objeto das Representações. Ante o exposto, CONHEÇO
das Representações, pois preenchidos os requisitos de admissibilidade. No mérito, com amparo
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nos posicionamentos unânimes dos Órgãos Técnicos e da Secretaria Geral, JULGO-AS
PREJUDICADAS, em razão da perda superveniente de objeto. Reitero a determinação para que a
Subsecretaria de Fiscalização e Controle analise a situação atual dos serviços objeto do pregão
11/13 da Companhia de Engenharia de Tráfego e, em caso de realização de novo certame, de
mesmo objeto, efetue o seu acompanhamento. Para tanto, expeça-se Ofício à Companhia de
Engenharia de Tráfego, na pessoa do seu Diretor Presidente, determinando que informe este
Tribunal acerca de eventual abertura de nova licitação e/ou contratação de serviços de lavagem
de veículos pertencentes à sua frota. Cumpridas as formalidades legais, arquivem-se os autos.
Participaram do julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Maurício Faria e Domingos
Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário
Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a)
Edson Simões – Relator." 2) TC 2.460/09-84 – Secretaria Municipal de Educação e Mercosul
Comercial e Industrial Ltda. – Contrato 54/SME/2009 R$ 2.393.937,00 – Fornecimento de
20.461 "kits" de uniformes escolares, sendo 3.699 para as EMEIs e 16.762 para as EMEFs (ano
letivo 2009). Após o relato da matéria, "o Conselheiro Edson Simões não acolheu o Contrato
54/SME/2009, em razão das seguintes irregularidades: 1 - Ao artigo 2º, inciso I, do Decreto
Municipal 44.279/2003 – em decorrência da ausência de justificativa da quantidade do objeto
adquirido. 2 - Aos artigos 38, parágrafo único, do Decreto Municipal 44.279/2003 e 3º da Lei
Municipal 14.094/2005, por constar do ajuste o número do CNPJ da contratada
60.333.267/0001-22 diverso daquele: 01.468.913/002-80, no qual a mesma declarou (fl. 55) não
ser cadastrada no Município de São Paulo e, sim, em Brasília – Distrito Federal. 3 - Ao artigo 56
da Lei Federal 8.666/1993 – pela inobservância da não comprovação do recolhimento da garantia
contratual no valor de 5% (cinco por cento) do ajuste em decorrência do disposto no item 15.15
do contrato. 4 - A Secretaria Municipal de Educação não efetuou a consulta ao CADIN, como
preceituado no item 15.10 do ajuste. 5 - Não ter sido anexado no PA 2009-0.103.022-4 da SME a
autorização exarada pelo Secretário Municipal de Educação, delegando competência para o
Signatário do Contrato (fl. 62) autorizar a execução da despesa, nem sequer para assinatura da
avença, como dispõe a Portaria SME 3.588/1999. 6 - Desobediência ao prazo fixado no artigo 26
da Lei Municipal 13.278/2002 – pela extemporânea divulgação do extrato do contrato, no Diário
Oficial da Cidade de São Paulo. Ainda, o Conselheiro Edson Simões – Relator, tendo em vista o
tempo decorrido desde a lavratura do ajuste, sem que sejam conhecidos prejuízos causados ao
erário, aceitou os efeitos financeiros e patrimoniais produzidos em observância ao princípio da
segurança jurídica. Ademais, o Conselheiro Edson Simões – Relator, pela infringência aos
dispositivos legais supramencionados, aplicou ao responsável, Ordenador da Despesa e
Signatário do Contrato, identificado às fls. 49 e 62/65 dos autos, com fundamento no artigo 52,
inciso II, da Lei Municipal 9.170/1980, a multa no valor de R$ 676,85 (seiscentos e setenta e seis
reais e oitenta e cinco centavos). Também, o Conselheiro Edson Simões – Relator determinou a
expedição de ofício ao 2º Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo,
acompanhado de cópias do V. Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio Plenário, em atenção ao
ofício endereçado a esta Corte anexado sob fls. 162/195. Afinal, na fase de votação, o
Conselheiro João Antonio – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) –
PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO DOMINGOS DISSEI – 1) TC
3.278/07-24 – Secretaria Municipal da Saúde, Universidade Federal de São Paulo – Unifesp e
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM – Convênio 009/2007-
SMS.G R$ 2.951.769,06 – Implantação de AMA Reguladora, Infantil e Adulto no Pronto
Socorro do Hospital Municipal Doutor Alexandre Zaio ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
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conformidade com o relatório e voto do Relator, em acolher, excepcionalmente, o Convênio
009/2007-SMS.G, relevando as falhas constatadas, que perdem relevo diante da idoneidade
presumida das instituições conveniadas e da importância dos serviços de implantação de
Assistência Médica Ambulatorial – AMA Reguladora, Infantil e Adulto no Pronto Socorro do
Hospital Municipal Dr. Alexandre Zaio. Acordam, ainda, à unanimidade, em recomendar à
Secretaria Municipal da Saúde que, de futuro, atente para a questão relativa à Certidão de
Regularidade Fiscal das conveniadas, as quais devem ser exigidas quando da lavratura dos
ajustes. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar o envio de ofício ao Ministério
Público do Estado de São Paulo e à 1ª Delegacia – Divisão de Investigações sobre Crimes contra
a Administração – Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania – DPPC, para ciência.
Relatório: Em julgamento o Convênio 09/2007-SMS.G firmado em 16.03.2007 entre a
Secretaria Municipal da Saúde e a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e a
Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM, cujo objeto consiste na
implantação de Assistência Médica Ambulatorial – AMA Reguladora, Infantil e Adulto no
Pronto Socorro do Hospital Municipal Dr. Alexandre Zaio. Inicialmente, a Coordenadoria IV
concluiu que o Convênio encontrava-se formalmente irregular pelos motivos abaixo
relacionados: 1) Pelo atraso na publicação do ajuste no Diário Oficial. 2) Pela não apresentação
da Certidão Negativa de Débitos do INSS por parte da SPDM válido à época da lavratura do
ajuste; 3) Pela não apresentação do Certificado de Regularidade Fiscal do FGTS por parte da
SPDM válido à época da lavratura do ajuste; 4) Em face da insuficiência de recursos
orçamentários empenhados para o exercício, infringindo o art. 61 da Lei Federal 4.320/64;
Regularmente intimadas, a Origem apresentou sua defesa e a Senhora Maria Aparecida Orsini de
Carvalho Fernandes, Secretária à época, deixou transcorrer "in albis" o prazo assinalado para
defesa e. Quanto à regularidade fiscal, a Origem argumentou que, apesar do lapso da
administração da não juntada à época da lavratura do ajuste da CND da SPDM, apresentou em
sua defesa Certidão Positiva de Débito com Efeitos de Negativa, emitida em 15.03.2007, ou seja,
anterior à assinatura do Convênio. Em relação à Certidão do FGTS, alegou que à época, a
instituição apresentou sua adesão ao Programa de Parcelamento de débitos tributários para o
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. No tocante à insuficiência dos recursos empenhados,
informou que quando da formalização do Convênio 009/2007, a nota de empenho 25.902/07
cobriu com recursos necessários somente o período de abril a julho de 2007. Todavia,
tempestivamente, foram emitidos novos empenhos 49.540, 81.145, 93.699 e 101.450 que,
sucessivamente, cobriram despesas até o final do exercício, não havendo, pois nenhum período
descoberto. A Assessoria Jurídica de Controle Externo asseverou já ter opinado pela
relativização das regras referentes à realização de despesas, citando os julgados dos TCs
2.017/08-96 e 1.456/07-00. Entendeu superada a falta de apresentação da Certidão Negativa de
Débitos do INSS, em face da Certidão apresentada pela Origem, bem como ser passível de
relevação a falta de apresentação do Certificado de regularidade para com o FGTS, em razão da
adesão da SPDM ao Programa de Parcelamento de Débitos. Posicionou-se, assim, pela
regularidade do Termo de Convênio analisado. O Órgão Fazendário requereu o acolhimento do
ajuste e, alternativamente, a aceitação de seus efeitos financeiros, ante a inexistência nos autos da
comprovação de qualquer forma de prejuízo ou dano ao Erário, por não vislumbrar dolo, culpa
ou má-fé por parte dos agentes públicos responsáveis e em homenagem ao princípio da
segurança jurídica. A Secretaria Geral, acompanhando o posicionamento da Auditoria,
manifestou-se pela irregularidade do ajuste, acrescentando, ainda, como irregularidade a ausência
de um processo objetivo para a escolha das entidades conveniadas. Registrou a existência de
decisões exaradas pelo Egrégio Plenário desta Corte, no sentido da regularidade de convênios e
termos aditivos semelhantes aos discutidos no presente processo (TCs 1.972.08-70 e 1.216.07-
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04). Consignou, ao final, que o tempo decorrido e o principio da segurança jurídica poderiam, em
tese, ensejar o acolhimento dos efeitos financeiros decorrentes do referido ajuste, desde que
comprovada a ausência de danos ao erário decorrentes da prestação dos serviços ora em questão.
Intimadas, a UNIFESP e a SPDM apresentaram suas defesas, alegando, em resumo que: A
UNIFESP, em sua defesa de folhas 262/266, aduziu que todas as irregularidades apontadas pelos
Órgãos Técnicos do Tribunal dizem respeito à atuação da Municipalidade, não se constatando
qualquer irregularidade que lhe possa ser imputada. Alegou tratar-se de irregularidades formais e
que não foi apurado prejuízo para a Administração ou para o Convênio. A SPDM, em sua defesa
de folhas 195/197, alegou que a regularidade fiscal perante o INSS restou cabalmente
comprovada com a apresentação da Certidão Positiva com efeitos de negativa emitida em
15.03.2007, anterior à assinatura do Convênio ocorrida em 16.03.2007. Quanto às demais
impropriedades, alegou que as providências mencionadas competiam exclusivamente à
Municipalidade. Em sua última manifestação, de folhas 289/290, a Coordenadoria IV considerou
superado o apontamento relativo à CND do INSS, à vista da Certidão apresentada em sede de
defesa, reiterando todas as demais impropriedades. A Assessoria Jurídica de Controle Externo
posicionou-se pelo não acolhimento do Convênio pela não apresentação do Certificado de
regularidade do FGTS e pela não realização de chamamento público para escolha da conveniada.
A Procuradoria da Fazenda Municipal reiterou sua manifestação anterior pelo acolhimento do
Convênio ou, ao menos, o reconhecimento dos seus efeitos financeiros. A Secretaria Geral
considerou passível de relevação o atraso na publicação do ajuste no Diário Oficial e a
insuficiência do empenhamento dos recursos. Manifestou-se, no entanto, pela irregularidade do
ajuste em razão da não apresentação do Certificado de regularidade do FGTS e da ausência de
realização de chamamento público para escolha da conveniada, considerando possível o
reconhecimento dos efeitos financeiros, dado o lapso de tempo em que o presente já se findou e
atendendo ao principio da segurança jurídica, aliado ao fato de não existir notícias de dolo ou má
fé. É o relatório. Voto: É imperioso destacar que o instrumento ora em julgamento é um
convênio, marcado pelos interesses convergentes das partes envolvidas em somar esforços na
realização de seu objeto. Em relação à intempestividade do empenhamento de recursos e quanto
às certidões de regularidade fiscal, além de terem sido apresentadas as certidões pouco tempo
depois da celebração do ajuste, vale registrar que nos TCs 1.216.07-04, 1.972.08-70, 3.079.07-06
e 3.277.06-61, foram acolhidos por este Pleno, convênios firmados entre as mesmas partes e com
idênticos questionamentos. Assim, também excepcionalmente, por envolver situações idênticas,
e por coerência, entendo que o Convênio 13/2007-SMS e seus Termos Aditivos devem ser
julgados regulares, relevando-se as falhas apontadas. Por fim, volto-me ao enfrentamento da
questão levantada pela Secretaria Geral quanto à necessidade, na hipótese em pauta, da
realização prévia de Chamamento Público, para apontar desde logo que embora o artigo 4º do
Decreto 6.170/07, com a nova redação dada pelo Decreto 7.568/11, tenha tornado obrigatória a
realização de Chamamento Público para a celebração de convênios no âmbito Federal, tal
obrigatoriedade é posterior à celebração do Ajuste, e mais, a legislação municipal pertinente na
área de saúde não o prevê, muito embora possa ele mostrar-se recomendável, com a ressalva de
que se tornará obrigatório por força da Lei Federal 13.019/2014, que, para os municípios,
somente vigorará a partir de janeiro de 2017. Destarte, inexistindo norma específica tornando
necessária a realização de Chamamento Público, a sua falta não configura motivo ensejador de
irregularidade. Por todo o exposto, ACOLHO EXCEPCIONALMENTE o Convênio 09/2007-
SMS.G relevando as falhas constatadas, que perdem relevo diante da idoneidade presumida das
instituições conveniadas e da importância dos serviços de implantação de Assistência Médica
Ambulatorial – AMA Reguladora, Infantil e Adulto no Pronto Socorro do Hospital Municipal
Dr. Alexandre Zaio. Recomendo à Origem que, de futuro, atente para a questão relativa à
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Certidão de Regularidade Fiscal das conveniadas, as quais devem ser exigidas quando da
lavratura dos ajustes. Dê-se ciência ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à 1ª
Delegacia – Divisão de Investigações sobre Crimes contra a Administração – Departamento de
Polícia de Proteção à Cidadania – DPPC. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício
Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016.
a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 2) TC 1.811/09-11 – Recurso
interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal contra o V. Acórdão de 11/5/2011 – Relator
Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde e Associação Paulista para o
Desenvolvimento da Medicina – SPDM (Contrato de Gestão 006/2008-NTCSS-SMS.G R$
9.652.684,89) – Operacionalização da gestão, apoio à gestão e execução das atividades e serviços
de saúde na Microrregião de Vila Maria/Vila Guilherme. Após o relato da matéria, "o
Conselheiro Domingos Dissei conheceu do recurso interposto pela Procuradoria da Fazenda
Municipal, por tempestivo, e, no mérito, levando em conta que as impropriedades apontadas nos
autos são em sua maioria formais e não tiveram o condão de impedir a execução dos serviços no
período analisado, deu-lhe provimento parcial para o fim de reconhecer os efeitos financeiros
produzidos no período auditado, que se restringiu ao intervalo de fevereiro/2008 a junho/2009,
no valor liquidado e pago de R$ 46,142.696,99, mantendo, no mais, o V. Acordão recorrido, por
seus próprios e jurídicos fundamentos. Afinal, na fase de votação, o Conselheiro Maurício Faria
– Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 3) TC 3.437/07-36 –
Recurso de Gonzalo Vecina Neto interposto contra o V. Acórdão de 28/5/2014 – Relator
Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal da Saúde e Associação Paulista de Auxílio
aos Animais – Convênio de 26/9/2001 (R$ 144.000,00) e TAs de 25/10/2001 R$ 33.000,00,
048/2002 R$ 10.375,00, 90/2002 R$ 225.000,00, 004/2003 R$ 545.112,00 e 005/2004 –
Controle da população de animais no Município, por meio de desenvolvimento de diversas ações
efetivas ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, dos
quais é Relator o Conselheiro Domingos Dissei. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator,
em conhecer do recurso, por preenchidos os requisitos de admissibilidade. Acordam, ainda, por
maioria, quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício
Faria – Revisor e Edson Simões, em negar-lhe provimento para manter o V. Acórdão recorrido
que, à unanimidade, aceitou os efeitos financeiros e julgou irregulares o Convênio de 26/9/2001 e
os Termos Aditivos 048 e 090 de 2002 e 004/2003, o Termo Aditivo de 25/10/2001 e o Termo
Aditivo 005/2004, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro
João Antonio que, consoante declaração de voto apresentada, deu provimento ao apelo.
Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais de praxe, o
arquivamento dos autos. Relatório: Cuida-se de análise de recurso ordinário oposto pelo Sr.
Gonzalo Vecina Neto, Secretário Municipal de Saúde que firmou o Termo Aditivo 004/2003,
objetivando a reforma do v. Acórdão proferido em 28/05/2014, no qual se julgou, por
unanimidade de votos, irregulares o Convênio s/nº de 25/10/2001 e os termos aditivos 048 e 090
de 2002 e 004/2003 e, por acessoriedade, o termo aditivo de 25/10/2001 e termo aditivo
005/2004, aceitando, ainda na decisão, os efeitos financeiros deles decorrentes, uma vez que o
objeto foi cumprido e não houve prejuízo ao erário municipal1. Em análise da Auditoria, essa
1 ... ACORDAM os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, com resguardo nos pronunciamentos da Subsecretaria de
Fiscalização e Controle e da Secretaria Geral desta Corte, em julgar irregulares o Convênio de 26/9/2001 e os
Termos Aditivos 048 e 090 de 2002 e 004/2003.
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pontificou que não foram acrescentados elementos novos capazes de alterar seu relatório de fls.
143. A Assessoria Jurídica de Controle Externo em manifestação opinou pelo conhecimento e
não acolhimento do recurso interposto, mantendo-se o v. acórdão recorrido, por seus próprios
fundamentos. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o provimento do recurso do
interessado. A Secretaria Geral constatou que o recurso preenche os requisitos do artigo 138 do
regimento Interno desta Corte, pelo que merece ser conhecido. Quanto ao mérito, o recorrente
registrou inicialmente, que enquanto ocupava o cargo de Secretário Municipal da Saúde, foi
responsável pela assinatura do Termo de Aditamento 4/2003, registrando que, portanto, suas
razões restringem-se a demonstrar a regularidade deste ajuste. Desta maneira, afirmou que a
ausência da apresentação de Certidão Negativa de Débito do INSS e de Certidão de Regularidade
perante o FGTS no momento da realização do termo de aditamento não trouxe prejuízo à
Administração Pública e que a interrupção do ajuste sim poderia ocasionar prejuízo à saúde
pública, considerando o escopo do termo que consistia no controle da população de animais no
município. Para tanto, considerou que a impropriedade poderia ser relevada, no mesmo sentido
da decisão do Nobre conselheiro Maurício Faria proferida nos autos do TC 3.264.03-96, que
entendeu ser desnecessária a comprovação da regularidade fiscal em situação que encontre
respaldo nos princípios da continuidade do serviço público e da supremacia do interesse público.
Aduziu que a prorrogação do convênio foi a decisão mais acertada alinhada ao princípio da
razoabilidade e proporcionalidade, uma vez que a interrupção dos serviços para realização de
novo processo seletivo causaria prejuízo mais relevante que a irregularidade apontada.
Acrescentou, por fim, que a sobredita irregularidade poderia ser relevada alcançando apenas o
campo das recomendações. Com efeito, ao analisar os esclarecimentos apresentados, conforme
bem destacado pelos órgãos técnicos desta C. Corte de Contas, as razões apresentadas pelo
recorrente não foram capazes de afastar as irregularidades apontadas na R. Decisão de fls.
341/347, motivo pelo qual, deve ser mantida a decisão recorrida, por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Insta frisar, que as ausências de prejuízo ao erário e de dolo ou má fé, alegadas
pelo Recorrente foram devidamente observadas no acolhimento dos efeitos financeiros dos
ajustes. Cumpre consignar que as questões ventiladas no recurso ora interposto já foram
amplamente debatidas nestes autos, quando da fase de instrução probatória e de julgamento pelo
Plenário. Assim sendo, concluiu pelo conhecimento do recurso e, no mérito, pelo não provimento
do mesmo, mantendo-se o V. Acórdão combatido por seus próprios e jurídicos fundamentos. É o
breve relatório. Voto: 1 - Por preencher os requisitos de admissibilidade, CONHEÇO do Recurso
Ordinário interposto pelo Sr. Gonzalo Vecina Neto. 2 - No mérito, amparado nas manifestações
da Auditoria, Assessoria Jurídica de Controle externo e Secretaria geral, que adoto como razões
de decidir, NEGO PROVIMENTO ao Recurso em debate para manter o V. Acórdão recorrido
que, à unanimidade, aceitou os efeitos financeiros e julgou irregulares o Convênio de 26/09/2001
firmados entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Associação Paulista de Auxílio aos Animais e
os Termos Aditivos 048 e 090 de 2002 e 004/2003, o termo aditivo de 25/10/2001 e o termo
aditivo de 005/2004 por seus próprios e jurídicos fundamento. 3 - Após as medidas regimentais
de praxe, arquivem-se os autos. Declaração de voto apresentada pelo Conselheiro João
ACORDAM, ainda, à unanimidade, em julgar irregulares o Termo Aditivo de 25/10/2001 e o Termo Aditivo
005/2004, por acessoriedade.
ACORDAM, ademais, à unanimidade, em aceitar os efeitos financeiros deles decorrentes, uma vez que o objeto foi
cumprido e não houve prejuízo ao erário municipal.
ACORDAM, outrossim, à unanimidade, em determinar o envio de ofício, acompanhado de cópia deste Acórdão ao
Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital, em
resposta às solicitações feitas nos autos a fim de instruir o Inquérito Civil 110/2008. ...
ACORDAM, afinal, à unanimidade, em determinar que, após o cumprimento das formalidades legais, se arquivem
estes autos.
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Antonio: Cuida-se de análise de recurso ordinário oposto pelo Sr. Gonzalo Vecina Neto,
Secretário Municipal de Saúde que firmou o Termo Aditivo 004/2003, objetivando a reforma do
v. Acórdão proferido em 28/05/2014, no qual se julgou, por unanimidade de votos, irregulares o
Convênio s/nº de 25/10/2001 e os termos aditivos 048 e 090 de 2002 e 004/2003 e, por
acessoriedade, o termo aditivo de 25/10/2001 e termo aditivo 005/2004, aceitando, ainda na
decisão, os efeitos financeiros deles decorrentes, uma vez que o objeto foi cumprido e não houve
prejuízo ao erário. Devolvida a matéria revejo o posicionamento anteriormente adotado
considerando todas as manifestações dos órgãos técnicos desta Corte de Contas que opinaram
pela possibilidade do acolhimento dos instrumentos em questão. Os documentos de folhas
juntados permitem, de fato, inferir que a conveniada à época encontrava-se em situação de
regularidade junto ao INSS e FGTS, possibilitando a relevação da impropriedade formal das
ausências de certidões quando das assinaturas dos termos respectivos. O objeto foi cumprido, não
houve prejuízo ao erário, tampouco dolo ou má-fé dos agentes envolvidos. Nesse sentido,
conheço do presente recurso e dou provimento para reformar a decisão em comento e acolher
todos os instrumentos, quais sejam, o termo de Convênio s/nº de 26/9/2001, o TA s/nº de
25/20/2001, o TA 048/02, o TA 090/02, o TA 004/2003 e o TA 005/04. Participaram do
julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o
Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet
Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator."
– PROCESSOS RELATADOS PELO CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO
ANTONIO – 1) TC 2.473/11-40 – Embargos de Declaração opostos por Fernando Sarmento
Rocha em face do V. Acórdão de 19/3/2014 – Relator Conselheiro João Antonio – Companhia
de Engenharia de Tráfego e Sitran Sinalização de Trânsito Industrial Ltda. (Contrato 79/10 R$
3.544.999,78) – Serviços de substituição de controlador eletromecânico, com fornecimento de
materiais, no Município de São Paulo – Lote 2 (Tramita em conjunto com os TCs 2.452/11-70,
2.453/11-33 e 2.441/11-54) 2) TC 2.452/11-70 – Embargos de Declaração opostos por Fernando
Sarmento Rocha em face do V. Acórdão de 19/3/2014 – Relator Conselheiro João Antonio –
Companhia de Engenharia de Tráfego e Pró-Sinalização Viária Ltda. (Contrato 80/2010 R$
4.169.999,92) – Serviços de substituição de controlador eletromecânico, com fornecimento de
materiais, no Município de São Paulo – Lote 3 (Tramita em conjunto com os TCs 2.473/11-40,
2.453/11-33 e 2.441/11-54) 3) TC 2.453/11-33 – Embargos de Declaração opostos por Fernando
Sarmento Rocha em face do V. Acórdão de 19/3/2014 – Relator Conselheiro João Antonio –
Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e Meng. Engenharia Comércio e Indústria Ltda. –
(Pregão 020/2010 e Contrato 78/2010 R$ 3.624.999,06) – Prestação de serviços de substituição
de controlador eletromecânico, com fornecimento de materiais, no Município de São Paulo –
Lote 1 (Tramita em conjunto com os TCs 2.473/11-40, 2.452/11-70 e 2.441/11-54) 4) TC
2.441/11-54 – Embargos de Declaração opostos por Fernando Sarmento Rocha em face do V.
Acórdão de 19/3/2014 – Relator Conselheiro João Antonio – Companhia de Engenharia de
Tráfego e Consladel Construtora, Laços Detectores e Eletrônica Ltda. – (Contrato 81/2010 R$
4.000.000,00) – Prestação de serviços de substituição de controlador eletromecânico, com
fornecimento de materiais, no Município de São Paulo – Lote 4 (Tramita em conjunto com os
TCs 2.473/11-40, 2.452/11-70 e 2.453/11-33). "O Conselheiro João Antonio relatou ao Egrégio
Plenário a matéria constante dos citados processos. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro
Domingos Dissei solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidões) 5) TC 688/07-50 –
Secretaria Municipal de Educação e Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda. –
Contrato 197/SME/2006 R$ 6.225.400,41 – Aquisição de "kits" de material escolar – Lote B:
Fund I e Lote E: EJA II para o ano letivo de 2007. Após o relato da matéria, "o Conselheiro João
Antonio, à vista de que não foi informado prejuízo em razão das alterações, acompanhou a
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manifestação da Douta Procuradoria da Fazenda Municipal para considerar meramente formais
as irregularidades constatadas, visto que destituídas de repercussões materiais ruinosas, isto
porque a redução de preços militaria a favor do interesse público e a mera ausência de
justificativa não teria o condão de contaminar a contratação, Sua Excelência julgou regular o
Contrato 197/SME/2006, determinando, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos
autos. Ainda, na fase de votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos
autos, o que foi deferido." (Certidão) 6) TC 628/07-28 – Secretaria Municipal de Educação e
Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda. – Acompanhamento – Verificar se o
Contrato 197/SME/2006, cujo objeto é a aquisição de "kits" de Material Escolar – Lote B: Fund I
e Lote E: EJA II para o ano letivo de 2007, está sendo executado conforme o pactuado. Após o
relato da matéria, "o Conselheiro João Antonio declarou que restou configurada a ausência de
uniformidade de procedimentos adotados em toda a cadeia de distribuição de uma escola para
outra, demonstrando a falta de controle por parte da Secretaria Municipal de Educação; falta de
responsáveis nominados para receber os "kits" escolares, certificando, em primeiro lugar, a
quantidade de "kits" ou de todos os itens que compunham esses "kits", assim o Conselheiro João
Antonio – Relator julgou parcialmente regular a execução contratual no período auditado, com as
seguintes determinações à Origem: a) proceder à cobrança da contratada do valor de R$
291.971,28, devidamente atualizado, em razão das irregularidades constatadas na execução
contratual; b) apurar e cobrar da contratada, em valores atualizados, os 205 "kits" FUND I, 157
"kits" EJA II e 335 colas, cujo suprimento não foi comprovado nos autos do processo
administrativo de pagamento; c) adequar a estrutura física e de pessoal para recebimento,
armazenamento e distribuição, instituir manual de procedimentos com o fito de orientar as
escolas para essa logística a ser realizada com formulários apropriados e nomeando responsáveis
para tais tarefas. Ainda, Sua Excelência, em razão do tempo decorrido, deixou de apenar os
agentes públicos responsáveis à época. Também, o Conselheiro João Antonio – Relator
determinou o envio de cópia do relatório e voto e do Acórdão a ser alcançado pelo Egrégio
Plenário à Controladoria Geral do Município a fim de acompanhar as providências ora
deliberadas e, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de
votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) 7) TC 2.301/07-09 – Secretaria Municipal de Educação e Dismaf Distribuidora de
Manufaturados Ltda. – Contrato 103/SME/2007 R$ 2.763.464,12 – Fornecimento de 114.524
conjuntos escolares de Tactel – Lote 6 – compostos de jaqueta e calça para as EMEFs e EMEIs,
de acordo com as especificações constantes da Ata de RP 006/SME/2007 ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, dos quais é Relator o Conselheiro João Antonio. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em julgar regular o Contrato 103/SME/2007.
Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento
dos autos. Relatório: Cuida o TC 2.301.07-09 da análise do Contrato 103/SME/2007, decorrente
da ATA de RP 006/SME/2007, que por sua vez se originou do Pregão 36/SME/2006, firmado
entre a Secretaria Municipal de Educação e a empresa DISMAF Distribuidora de Manufaturados
Ltda., objetivando o fornecimento de 114.524 conjuntos escolares de TACTEL (tamanho M –
76.623 conjuntos, tamanho G – 36.236 conjuntos e tamanho GG – 1.665 conjuntos) – Lote 6 –
compostos de jaqueta e calça para EMEF e EMEI, no valor de R$ 2.763.464,12. Destaque-se que
o procedimento licitatório Pregão Presencial 36/SME/2006 e as Atas de Registro de Preços dele
decorrentes foram aprovados na 2.594ª Sessão Ordinária, constante do TC 2.359.07-99. Após
análise, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle concluiu pela irregularidade do Contrato
103/SME/2007, pelos motivos a seguir relatados: "I – Não apresentação da Certidão de Tributos
Mobiliários do Município de São Paulo, não atendendo ao item 5.6 da ATA de RP
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006/SME/2007 e ao inciso III do artigo 29 da Lei Federal 8.666/93; II – A Lei Municipal
13.371/02, utilizada como fundamentação legal, não contempla os procedimentos atualmente
adotados dela SME para aquisição e distribuição dos Uniformes, carecendo a legislação, s.m.j.,
de adequações a real necessidade, conforme apontado no item 15 – subitem 1; III – A
necessidade de retificação do Despacho de Autorização para correção do número da ATA para
006/SME/2007." Ainda, a Subsecretaria de Fiscalização e Controle sugeriu à Origem que
melhorasse a qualidade da pesquisa de mercado, vez que 2 das 3 empresas onde foram realizadas
pesquisas de mercado (fls. 30/36), eram de pequeno porte e a quantidade adquirida pela PMSP
era volumosa. Anotou que a signatária do contrato foi a senhora Célia Regina Guidon Falótico,
Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Educação à época. Foram devidamente intimadas
para se manifestar acerca das conclusões alcançadas pelos órgãos técnicos desta Corte de Contas
a Origem e a Contratada. A Contratada apresentou defesa às fls. 92/112, alegando que não há
qualquer irregularidade no certame, no contrato ou no fornecimento dos materiais, devendo,
assim, prevalecer o contrato regularmente firmado, de forma a não prejudicar o fornecimento de
uniformes essenciais àqueles que frequentam as escolas municipais. Com relação a não
apresentação da Certidão de Tributos Mobiliários do Município de São Paulo, informou a
Contratada que tem domicilio no Distrito Federal, e que, por isso, não há razão para estar
cadastrada junto ao Fisco do Município de São Paulo, e consequentemente, também, inexigível a
certidão em questão. Afirmou, também, que esta certidão não seria exigível no caso em tela, vez
que o objeto da licitação é fornecimento de produtos, e não prestação de serviços. Por fim,
alegou que bastava a declaração apresentada pela empresa (fls. 65), de não ter débitos junto ao
Município de São Paulo. Desta forma, requereu o reconhecimento da regularidade do pregão
36/SME/2006, com a consequente regularidade do contrato em análise. A Origem apresentou
outra declaração da empresa (fls. 114), de que não tem débitos junto ao Município de São Paulo
e informou que estava providenciando a retificação do despacho de autorização. A Subsecretaria
de Fiscalização e Controle não se convenceu dos argumentos apresentados pela contratada,
alegando que, se a empresa entendeu ser inexigível a apresentação da Certidão de Tributos
Mobiliários, vez que tem domicílio no Distrito Federal, deveria ter questionado esse ponto na
fase em que era possível impugnar o ato convocatório. Pois, uma vez aberto o certame,
considera-se que as partes aceitaram os termos do edital. Ou, que a empresa poderia ter
apresentado a Declaração de não cadastro no Controle de Contribuintes Municipal CCM,
conforme lhe foi solicitado somente após o recebimento da intimação deste E. Tribunal. Todavia,
ponderou que, embora, não tenha ocorrido o cumprimento da formalidade estabelecida no item
5.6 da ATA de Registro de Preços, não houve prejuízo ao erário e que, pelo tempo transcorrido,
o contrato já se encontra executado, motivos pelos quais entendeu regular a contratação. Porém,
propôs que fosse recomendado à Origem, o pleno cumprimento das cláusulas editalícias e
contratuais, sob pena de aplicação das sanções cabíveis. Ressalvou que, no que diz respeito à
fundamentação legal e à qualidade da pesquisa de mercado, a Origem não noticiou nenhuma
providência. Desta forma, esclareceu que entende necessária a ressalva quanto à fundamentação
legal, vez que a Lei 13.371/02 não traz em seu texto de que forma os uniformes deverão ser
distribuídos, estabelecendo, somente, que os alunos da rede municipal de ensino deverão usar
uniformes. Assim, o procedimento de aquisição e distribuição de uniformes fica a critério de
cada gestor. Esclareceu, também, que entende haver necessidade de melhora na pesquisa de
mercado, tendo em vista o fato de a quantidade de uniformes adquirida ser volumosa. Por fim,
ressaltou que até a presente data a Origem não comprovou a retificação do despacho de
autorização, o que entende necessário. Este também foi o entendimento da Assessoria Jurídica de
Controle Externo, bem como da Procuradoria da Fazenda Municipal. A Secretaria Geral
acompanhou a AJCE e opinou pela regularidade da contratação, mantendo-se a recomendação
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para que a Origem melhore a qualidade das suas pesquisas de mercado. É o relatório. Voto: Em
julgamento o Contrato 103/SME/2007, decorrente da ATA de RP 006/SME/2007, que por sua
vez se originou do Pregão 36/SME/2006, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação e a
empresa DISMAF Distribuidora de Manufaturados Ltda. O objeto consistiu no fornecimento de
114.524 conjuntos escolares de TACTEL (tamanho M – 76.623 conjuntos, tamanho G – 36.236
conjuntos e tamanho GG – 1.665 conjuntos) – Lote 6 – compostos de jaqueta e calça para EMEF
e EMEI, no valor de R$ 2.763.464,12. Destaque-se inicialmente que o Pregão Presencial
36/SME/2006 e as Atas de Registro de Preços dele decorrentes foram aprovados por este
Tribunal no TC 2.359.07-99. Ao analisar o instrumento contratual, a Auditoria anotou as
seguintes falhas: "a) não apresentação da Certidão de Tributos Mobiliários do Município de São
Paulo; b) a Lei Municipal 13.371/02, utilizada como fundamentação legal, não contempla os
procedimentos atualmente adotados dela SME para aquisição e distribuição dos Uniformes; e c)
a necessidade de retificação do Despacho de Autorização para correção do número da ATA para
006/SME/2007." Quanto à Certidão de Tributos Mobiliários do Município de São Paulo, a
Contratada apresentou declaração de que tem sede no Distrito Federal e de que nada devia ao
Município de São Paulo. Em que pese o documento não ter sido apresentado na data da retirada
da nota de empenho, acompanho o entendimento dos órgãos técnicos para relevar o
apontamento, pois não trouxe prejuízo ao erário e que o contrato já se encontra executado. No
que se refere à fundamentação legal, entendo que a Origem não incorreu em irregularidade, tendo
em vista o fato de a licitação ter sido realizada em total consonância com o determinado na Lei
8.666/93, na Lei Municipal 13.371/02 e na Lei 10.520/02. E, por fim, quanto à comprovação nos
autos da retificação do Despacho de Autorização para correção do número da ATA para
006/SME/2007, trata-se de providência formal que nada altera o conteúdo da matéria ora em
julgamento. Diante de todo o exposto, acompanhando a AJCE e a Secretaria Geral, JULGO
REGULAR o Contrato 103/SME/2007, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação e a
empresa DISMAF Distribuidora de Manufaturados Ltda. Após as comunicações de praxe,
arquivem-se os autos. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor,
Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno
de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 8) TC 145/11-09 – Secretaria Municipal de
Infraestrutura Urbana e Obras e Scopus Construtora e Incorporadora Ltda. – Acompanhamento –
Execução contratual – Verificar se o Contrato 065/Siurb/2009 (R$ 6.982.760,00), cujo objeto é a
execução de serviços e obras para construção do edifício garagem de estacionamento do Hospital
Municipal Doutor Moysés Deutsch – M'Boi Mirim, situado na Subprefeitura Campo Limpo –
SP/CL, está sendo executado de acordo com as normas legais pertinentes e em conformidade
com as cláusulas estabelecidas no ajuste. "O Conselheiro João Antonio relatou ao Egrégio
Plenário a matéria constante do citado processo. Ainda, na fase de discussão, o Conselheiro
Domingos Dissei solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 9) TC 6.536/04-81 –
Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo S.A. e
Jotaerre Digitação e Serviços S.C. Ltda. – Concorrência 09.001/01 – Contrato CO-01.04/02 R$
1.028.810,16, TAs CO/TA-04.04/03 R$ 1.139.039,82 (prorrogação de prazo) e CO-TA-01.04/04
R$ 1.224.774,00 (prorrogação de prazo) – Prestação de serviços de digitação de dados
alfanuméricos (Tramita em conjunto com o TC 6.546/04-35). Após o relato da matéria, "o
Conselheiro João Antonio julgou regulares o procedimento licitatório Concorrência 09.001/01, o
Contrato CO-01.04/02 e os Termos de Aditamento CO-TA-04.04/03 e CO-TA-01.04/04,
determinando, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de
votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) 10) TC 6.546/04-35 – Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
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Município de São Paulo S.A. e Jotaerre Digitação e Serviços S.C. Ltda. – Acompanhamento –
Execução Contratual – Verificar se os serviços decorrentes do Contrato CO-01.04/02 (R$
1.028.810,16 e TAs CO/TA-04.04/03 R$ 1.139.039,82 e CO-TA-01.04/04 R$ 1.224.774,00),
cujo objeto é a prestação de serviços de digitação de dados alfanuméricos, foram executados
conforme o pactuado (Tramita em conjunto com o TC 6.536/04-81). Após o relato da matéria,
"o Conselheiro João Antonio julgou regular a execução contratual relativa ao período analisado,
determinando, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Afinal, na fase de
votação, o Conselheiro Edson Simões – Revisor solicitou vista dos autos, o que foi deferido."
(Certidão) – PROCESSOS DE REINCLUSÃO – O Presidente comunicou ao Egrégio Plenário
que devolverá oportunamente os processos constantes de sua pauta de reinclusão. –
CONSELHEIRO EDSON SIMÕES – 1) TC 1.906/09-26 – Recursos "ex officio" e da
Procuradoria da Fazenda Municipal interpostos contra R. Decisão de Primeira Câmara
26/11/2013 – Relator Conselheiro Eurípedes Sales – Subprefeitura Aricanduva/Formosa/Carrão e
Concrelar Construções e Comércio Ltda. – (Contrato 006/CPL/SP-AF/2009 R$ 516.000,33) –
Contratação de empresa para execução de obras de ligação viária, na Avenida João XXIII à
Avenida Flor da Vila Formosa, extensão da Rua Gaspar Viana ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e
discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões, após vista
que lhe fora concedida na 2.832ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros Domingos
Dissei – Relator e Maurício Faria – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em
conhecer do recurso "ex officio", por regimental, bem como do apelo da Procuradoria da Fazenda
Municipal, visto que preenchidos todos os requisitos para sua admissibilidade. Acordam,
ademais, quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei –
Relator, Edson Simões e João Antonio, à vista das irregularidades registradas no procedimento
licitatório, considerando o tempo decorrido, a ausência de indícios de dolo ou má-fé por parte
dos responsáveis e, especialmente, o fato de se encontrar implantada a ligação viária da Av. João
XXIII à Av. Flor de Vila Formosa, em dar-lhes provimento parcial, para reconhecer os efeitos
financeiros decorrentes do ajuste, mantendo, no mais, a R. Decisão recorrida, por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Vencido o Conselheiro Maurício Faria – Revisor que, consoante voto
proferido em separado, negou-lhes provimento. Acordam, ainda, por maioria, pelos mesmos
votos, em dar quitação ao ordenador da despesa, uma vez que o mesmo recolheu a multa aplicada
antes da decisão transitar em julgado. Acordam ̧também, à unanimidade, em determinar, após as
medidas regimentais, o arquivamento destes autos. Relatório: Em julgamento recuso “ex
officio” e o Recurso Ordinário interposto pela Procuradoria da Fazenda Municipal em face da
Decisão da Colenda Primeira Câmara de fls. 418/419, que, à unanimidade, julgou irregulares a
Tomada de Preços 01/CPL/SP-AF/2009 e o Contrato 006/CPL/SP-AF/2009, celebrado entre a
Subprefeitura de Aricanduva/Formosa/Carrão e a empresa Concrelar Construções e Comércio
Ltda., tendo por objeto a execução de obras de ligação viária na Avenida João XXIII à Avenida
Flor de Vila Formosa, extensão da Rua Gaspar Viana. No julgamento também foi decidido
aplicar multa ao Ordenador de Despesa, Sr. Roberto Kazushi Tamura, Subprefeito à época, no
valor de R$ 542,20. A r. decisão atacada considerou irregulares os atos examinados devido: a) à
ausência de justificativas para averiguação da real necessidade da obra e da escolha do quociente
mínimo para a capacidade econômico-financeira; b) ausência de previsão no Edital da certidão de
regularidade para com a Fazenda Municipal da sede da licitante; c) ausência de requisição
justificada para a contratação, de informações sobre os funcionários que executarão os serviços,
da periodicidade definida para a incidência de multas; d) ausência de informação da contratação
no site da PMSP. e) Planilha de preços apresentada com divergências. f) Horário de entrega de
envelopes e de documentos anterior ao horário de funcionamento da unidade. g) Certificado de
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Registro cadastral apresentado em desacordo com o Edital. h) Exigência de prova de execução de
serviços similares em um único empreendimento. i) Exigência de legislação desatualizada. j)
Penalidades desproporcionais previstas. O Ordenador de Despesa, devidamente intimado, não
apresentou recurso, sendo que neste momento se analisa apenas os recursos ex officio e ordinário
interposto pela Fazenda Municipal. Em seus argumentos, a Procuradoria da Fazenda Municipal
entende que devem prevalecer as justificativas da Origem, uma vez que as impropriedades
havidas não comprometeram os atos examinados, sendo que os serviços contratados haviam sido
efetuados e pagos, inexistindo qualquer pendência entre as partes. Assim, propugnou pelo
conhecimento dos recursos, e pelo seu provimento a fim de reformar integralmente a Decisão
recorrida, de modo que sejam declarados regulares os atos examinados. Subsidiariamente,
requereu a reforma parcial do julgado para que fossem reconhecidos os efeitos financeiros e
patrimoniais dos atos praticados, na medida que os serviços haviam sido prestados, recebidos e
utilizados pela Origem, não existindo qualquer indício de dolo, culpa, má fé, ou de prejuízo ao
erário. Na sequência, o Ordenador da Despesa juntou aos autos o comprovante de recolhimento
da multa aplicada, no valor de R$ 542,20. A Auditoria em sua análise entendeu que tanto os
juros quanto a atualização monetária seriam contados da data de intimação do responsável, que
ocorreria após o trânsito em julgado da decisão. Ocorre que o recolhimento da multa se deu
espontaneamente pelo responsável antes da contagem do prazo estabelecido no Regimento
Interno deste Tribunal, de acordo com a Auditoria, não ensejando o acréscimo de juros de mora e
atualização monetária. A Assessoria Jurídica de Controle Externo primeiramente entendeu que
estão presentes os requisitos de admissibilidade, motivo pelo qual opinou pelo conhecimento dos
recursos. No mérito, manifestou-se pelo não provimento do reexame necessário e do apelo da
Fazenda Municipal. Após a Procuradoria da Fazenda Municipal requerer o provimento dos
recursos, a Secretaria Geral acompanhou a Assessoria Jurídica de Controle Externo, pelo
conhecimento dos Recursos e no mérito, pelo improvimento dos apelos, entendendo que poderia
ser expedida a certidão de quitação da multa após o trânsito em julgado da decisão, se requerida
pelo interessado, nos termos do artigo 194 do Regimento Interno deste Tribunal. É o relatório.
Voto: 1 - CONHEÇO do recurso “ex officio”, por regimental, bem como do recurso da
Procuradoria da Fazenda Municipal, posto que preenchidos todos os requisitos para sua
admissibilidade. 2 - No mérito, à vista das irregularidades registradas no procedimento licitatório
de que se trata, entendo que não merece reparos a decisão que julgou irregular a licitação e o
ajuste dele decorrente. 3 – Todavia, considerando o tempo decorrido, a ausência de indícios de
dolo ou má-fé por parte dos responsáveis e, especialmente, o fato de se encontrar implantada a
ligação viária da Av. João XXIII à Av. Flor de Vila Formosa, DOU PROVIMENTO PARCIAL
ao recurso "ex offício", bem como ao recurso voluntário interposto pela Procuradoria da Fazenda
Municipal, para o fim de reconhecer os efeitos financeiros decorrentes do ajuste, mantendo, no
mais, a r. decisão recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. 4 - Ressalto, ademais, que
o Ordenador de Despesa recolheu a multa aplicada quando do julgamento antes da decisão ter
transitado em julgado, motivo pelo qual deixo de ordenar o recolhimento de juros e correção
monetária, dando-lhe a devida quitação. Após as medidas regimentais, arquivem-se os autos.
Voto em separado proferido pelo conselheiro Maurício Faria: Acompanho o Relator no que
diz respeito ao conhecimento do reexame necessário e do recurso interposto pela Procuradoria da
Fazenda Municipal, eis que presentes os requisitos de admissibilidade. Da análise efetuada,
verifica-se que as razões de inconformismo da Recorrente não são aptas a alterar a r. Decisão da
1ª Câmara deste E. Tribunal de Contas, fundamentada nas inúmeras inúmeras irregularidades
constatadas pela área auditora, das quais destaco: (i) a utilização na planilha de preços
apresentada pela Origem, da tabela de custos unitários SIURB (data base julho/08), constando
um item com a sigla "BGTC" (Base de Brita Graduada Tratada com cimento) que não apresenta
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nenhuma correspondência com a tabela utilizada, sendo que esse item consta da planilha de
SIURB (data base janeiro/09) e com valor divergente do apresentado; (ii) ausência de
informações no nome e endereço do local previsto para remoção de terra (bota fora) e das jazidas
de empréstimo, não havendo demonstração de cálculo da distância utilizada pela Origem; e (iii) o
local de bota fora não consta da relação de locais licenciados pela CETESB à época do certame,
o qual não é o local mais próximo da obra, ocasionando a superestimativa das quantidades do
item do serviço de remoção de terra (serviço "04-60-00), no valor global da obra em R$
9.132,48. Dessa forma, em conformidade com as manifestações dos órgãos técnicos e da
Secretaria Geral, que adoto como razões de decidir, voto pelo improvimento dos recursos,
mantendo-se a r. Decisão recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. Outrossim, em
razão da comprovação do recolhimento da multa imposta ao Sr. Roberto Kazuki Tamura (fl.
436/438), após o trânsito em julgado da decisão deverá ser outorgada ao interessado a
competente quitação, nos termos regimentais. Participaram do julgamento os Conselheiros
Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da
Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio
de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." A seguir, o
Conselheiro Presidente Roberto Braguim solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício
Faria que assumisse a direção dos trabalhos, por ser de sua Relatoria o processo seguinte. 2) TC
1.377/07-35 – Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal, da Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo e de Luiz Arnaldo Pereira da Cunha
Júnior interpostos contra o V. Acórdão de 25/9/2013 – Relator Conselheiro Maurício Faria –
Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo e Ação
Informática Brasil Ltda. – Pregão 12.008/05 – Contrato CO-05.06/06 (R$ 2.545.000,00 e TA
CO/TA-02.11/06 R$ 599.782,66) – Aquisição de "Servidores Blade" ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões,
após vista que lhe fora concedida na 2.857ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros
Roberto Braguim – Relator e João Antonio – Revisor. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em conhecer dos recursos interpostos, por presentes os requisitos de admissibilidade
previstos no artigo 140 do Regimento Interno desta Corte. Acordam, ademais, quanto ao mérito,
por maioria, pelos votos dos Conselheiros Roberto Braguim – Relator, João Antonio – Revisor e
Domingos Dissei, considerando a inexistência de argumentos novos aduzidos e ainda as
conclusões aportadas pelo Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI desta Corte de Contas, em
dar-lhes provimento parcial apenas para afastar a multa imposta, improvendo-os no mais, ficando
mantidos, assim, os remanescentes do V. Acórdão recorrido. Vencido, no mérito, o Conselheiro
Edson Simões que, consoante voto proferido em separado, negou provimento aos recursos
interpostos. Relatório: Cuida-se de Recursos Voluntários interpostos pela Procuradoria da
Fazenda Municipal - PFM, Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município
de São Paulo – PRODAM/SP e por Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Júnior contra o v. Acórdão
de fls. 267/268 que, por maioria, com voto de desempate, julgou irregulares o Pregão 12.008/05 e
o Contrato CO-05.06/06, dele decorrente, lavrado para aquisição de servidores Blade, em face da
ausência de orçamento detalhado em planilhas, com especificações dos itens que formaram o
preço total estimado, em desobediência aos artigos 7º, § 2º2 e 40, § 2º, incisos I e II
3, da Lei
2 Art. 7º. (...) § 2
o. As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I - houver projeto básico aprovado
pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; II -
existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; III - houver
previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a
serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; IV - o produto dela
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Federal 8.666/93 e 7º4 do Decreto 46.662/2005. Ainda, por maioria, aplicou multa aos
Ordenadores da Despesa e, à unanimidade, julgou irregular o Termo de Aditamento CO/TA-
02.11/06, dada sua celebração ter ocorrido após encerrado o prazo contratual e pela falta de
orçamento detalhado. Em seu Recurso, a Procuradoria da Fazenda Municipal requereu a reforma
da r. Decisão com o fito de serem acolhidos o Pregão, o Contrato e o Termo de Aditamento
tornando-se insubsistente as multas cominadas aos agentes ou, ao menos, que fossem aceitos os
seus efeitos financeiros, em nome do princípio da segurança jurídica e da ausência de dano ou
prejuízo ao Erário. Em relação ao Pregão e ao Contrato, fundamentada no voto proferido pelo
Conselheiro Domingos Dissei, argumentou que o orçamento detalhado em planilhas que
expressem a composição dos seus custos unitários só é exigível em Licitações que envolvem a
contratação de obras e de serviços e não de equipamentos de computador, como é o caso em
debate, considerando regular a utilização do julgamento pelo menor preço global. De outra parte,
no que tange ao Termo de Aditamento, considerou formais as impropriedades apontadas,
podendo ser relevadas ou convalidadas. Arguiu que houve descrição clara e precisa do objeto,
não havendo necessidade dele referir-se ao que já estava descrito no Contrato e no Anexo IV do
Edital. Invocou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal para defender que "irregularidades
formais, sanadas por outro meio, ou irrelevantes por sua natureza não anulam o ato que já criou
direito subjetivo para terceiro". Bateu-se pela aplicação do princípio da razoabilidade para
subsidiar sua argumentação. A Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do
Município de São Paulo PRODAM/SP e Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Junior, Ex-Diretor
Presidente da empresa, interpuseram Recursos Voluntários, de idêntico teor, enfrentando os
pontos da r. Decisão recorrida, na seguinte conformidade: a) Defenderam que a escolha pela
modalidade do menor preço global na Licitação afigurava-se correta e que não havia
possibilidade de dissociar os componentes do objeto para comprá-los separadamente, porque a
Contratante necessitava de uma solução única de Servidores Blade e havia diversas marcas no
mercado que atendiam à solicitação, de modo que a elaboração de uma planilha de custos
unitários mostrar-se-ia inócua; b) Aduziram que o objeto da Licitação era a aquisição de uma
solução de Servidores Blade com garantia, o que afastava a incidência dos artigos 7º, § 2º e 40, §
2º, incisos I e II, da Lei 8.666/93, citados pelo Relator, porque eles se referem apenas a obras e
prestação de serviços; c) Arguiram que as duas propostas apresentadas (da vencedora e da
Itautec) não eram incomparáveis, pois ambas demonstravam o preço global do sistema de
Servidores Blade; d) Esclareceram que o acréscimo de 23,57% justificou-se pela compra de mais
21 (vinte e uma) lâminas Blade e seus complementos, tendo a vencedora do Certame apresentado
proposta detalhada para o Aditamento; e) Asseveraram ter havido justificativa técnica para
embasar o pedido de acréscimo ao Contrato original, pois havia necessidade de ampliar a
esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição
Federal, quando for o caso. 3 Art. 40. (...) § 2
o. Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: I - o projeto básico e/ou executivo,
com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos; II - orçamento estimado em planilhas de
quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 4 Art. 7º. A fase preparatória do pregão será iniciada com a abertura do processo no qual constará: I - a deliberação
da autoridade competente a que alude o inciso I do "caput" do artigo 3º deste decreto; II - os indispensáveis
elementos técnicos atinentes ao objeto licitado; III - a requisição ou planilha de orçamento, que conterá os
quantitativos e os valores unitários e totais do bem ou serviço, após efetuada a pesquisa de mercado; IV - a indicação
de reserva de recursos orçamentários, exceto na hipótese em que a modalidade pregão for utilizada para Sistema de
Registro de Preços; V - a minuta do edital, que conterá os elementos indicados na legislação federal e municipal
relativa às licitações e contratos administrativos, bem como a minuta do termo do contrato, quando houver,
aprovadas pelo setor jurídico da unidade promotora do certame, ou o modelo de edital e minuta de contrato padrão
estabelecidos pela Secretaria Municipal de Gestão e aprovados pela Secretaria Municipal dos Negócios Jurídicos.
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capacidade de atendimento a "novos" aplicativos que estavam sendo implantados que exigiam
"novos" equipamentos que suportassem a "nova" demanda; f) Afirmaram que o objeto do
Contrato incluía a instalação dos Servidores Blade - que ocorreria em até 45 dias - e a sua
garantia - estipulada em 36 meses contadas da emissão do Termo de Aceite. Rebateram, pois,
quanto ao Termo de Aditamento, a presença de Contrato verbal porque a vigência contratual
iniciou-se na data de sua assinatura (12/06/06) e perdurou até o término das obrigações
assumidas pelas partes, o que incluía o da assistência técnica, tendo ocorrido em meados de
2009; g) Defenderam que os agentes públicos não agiram com má-fé, o que afasta a aplicação da
multa; h) Requereram que os Recursos fossem conhecidos e providos para o fim de reformar-se a
r. Decisão recorrida, julgando-se regulares os Ajustes, uma vez que os efeitos financeiros já
foram reconhecidos, e que a multa fosse afastada. Por sua vez, a empresa Ação Informática
Brasil Ltda., inicialmente peticionou requerendo prazo suplementar para recorrer, o que foi por
mim indeferido, diante da peremptoriedade dos prazos recursais, que não admitem dilação ou
suspensão, mesmo por convenção das partes e, diante da denegação do pedido, permaneceu
silente. Na devida instrução, a Assessoria Jurídica de Controle Externo opinou pelo
conhecimento e improvimento dos Recursos. Arguiu que a simples alegação de boa-fé e a
ausência de prejuízo ao Erário não eram suficientes para se deixar de observar o cumprimento da
lei. Defendeu ser necessária a estimativa de custos com preços unitários a fim de possibilitar à
Administração prever o valor que vai desembolsar para pagar os serviços ou compras, e permitir
a comparação dos custos com os demais concorrentes. Apontou que a definição clara e precisa do
objeto e a formalização do orçamento no processo licitatório eram requisitos obrigatórios e
presentes na legislação. Asseverou não existir no Termo de Aditamento uma relação dos
produtos adquiridos com o acréscimo de 23,57%. Reforçou a ausência de orçamento para a
contratação e enfatizou não ter sido realizada pesquisa de preços antecedentemente ao Termo de
Aditamento. Entendeu que a ausência de clareza e a falta de especificação do objeto
comprometeram o Ajuste. Quanto ao Termo de Aditamento rechaçou que o prazo contratual se
atrelasse ao de sua garantia, destacando que a Cláusula IV delimitava o período de garantia de 36
(trinta e seis) meses, "independentemente do prazo de vigência", o que demonstrava a ausência
de vinculação temporal. A Procuradoria da Fazenda Municipal tomou ciência do acrescido e
pugnou pelo provimento dos Recursos. Na sequência, a Secretaria Geral opinou pelo
conhecimento dos Recursos e, no mérito, defendeu que o orçamento estimado em planilhas de
quantitativos e preços unitários não era exigência apenas nas Licitações que envolviam
contratações de obras e serviços, sendo ele necessário para balizar o Pregoeiro ao julgar se os
valores ofertados pelos Licitantes são razoáveis. Quanto à definição do objeto, asseverou que ele
deveria ter sido especificado no Termo de Aditamento, não bastando a ratificação das Cláusulas
Contratuais e isto porque havia diversas possibilidades de combinações entre o tipo de produto e
a quantidade. Ainda em relação ao Aditamento, aduziu não existir respaldo legal para vincular o
prazo contratual ao da garantia. Opinou, pois, pelo improvimento dos Recursos. Antes de
encerrada a instrução processual e em razão da especificidade do objeto, remeti os autos ao
Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI para esclarecer pontos que reputei importantes
acerca da aquisição dos Servidores Blade. Referida Unidade, após conceituar o Servidor Blade,
informou: 1) tratar-se de "serviço", apto, portanto, à aplicação do artigo 6º, inciso II, da Lei
8.666/93; 2) que a compra do material implica a sua instalação pelo fornecedor em conjunto com
o Contratante; 3) que o objeto configura-se como um "sistema integrado", "o que não significa
que os diversos componentes não possam ter seus preços individuais definidos para um eventual
aditivo da contratação e que, como se pode observar na Proposta orçamentária para fornecimento
de Servidores Blade da Ação Informática Brasil Ltda., nas fls. 6 e 7, a coluna Modelo contém o
código de identificação de cada componente da solução, o que permitiria a precificação
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individual de cada código de identificação do fabricante". Diante dos esclarecimentos prestados
pelo Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI, a Assessoria Jurídica de Controle Externo
ratificou seu posicionamento pelo improvimento dos Recursos e entendeu não existir escusas
para a PRODAM/SP não atender às exigências do artigo 7º, § 2º, inciso II da Lei 8.666/93, sendo
seguida pela Secretaria Geral. A Procuradoria da Fazenda Municipal, por fim, tomou ciência do
acrescido. É o relatório. Voto: Conheço dos Recursos oferecidos pela Procuradoria da Fazenda
Municipal - PFM, pela Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de
São Paulo – PRODAM/SP e por Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Júnior, eis que presentes os
pressupostos de admissibilidade previstos no artigo 140 do Regimento Interno. No mérito, tenho
para mim que a intervenção do Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI nos autos foi
fundamental para afastar os argumentos recursais, conduzindo à conclusão da irretocabilidade do
decidido, muito bem pautada pelo voto condutor. Em relação ao Contrato, a questão fulcral
refere-se a determinar se para o objeto em tela – aquisição de Servidores Blade - era necessária
elaboração de orçamento detalhado em planilhas, com especificações dos itens que formaram o
preço total estimado ou se bastava o orçamento com o preço global, como procedido pela
PRODAM/SP. Na ocasião do julgamento primeiro, o Relator debruçou-se sobre o tema, ao
pontuar que: "A definição clara e precisa do objeto a ser contratado e a formalização do
orçamento no processo licitatório são aspectos de alta relevância requeridos pela legislação,
inclusive porque o conhecimento pleno do objeto e do orçamento se apresentará, entre outras
finalidades, como parâmetro ao crivo da Administração quanto à exequibilidade ou não das
propostas, e a ausência desses requisitos legais pode, inclusive, inviabilizar eventuais
aditamentos contratuais onde se façam necessários. Deveras, não vislumbro, na eventual
imprecisão do objeto e na ausência de orçamento detalhado no processo licitatório, como a
Administração poderia, validamente, ante a necessidade de alterações nos ajustes, vir a se utilizar
da solução oferecida pelo § 3° do artigo 65 da Lei 8.666/93, ao prever que, "se no contrato não
houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1° deste artigo". Não
tenho dúvida de que, em relação à matéria ora examinada, a anomalia enraizada no processo
licitatório, realizado sem detalhamento do orçamento, refletiu-se no Contrato, que descreveu o
objeto - servidores Blade – em função de seus componentes ou conjuntos, segundo a solução
especificada no Termo de Referência (Cláusula I), e fixou o valor total do ajuste na
conformidade do valor total da proposta adjudicada no Pregão (Cláusula VI), sem qualquer
detalhamento quanto aos preços unitários dos componentes do objeto. Em assim agindo, é
forçoso concluir que a Origem, embora tenha contratado o fornecimento de um bem
materialmente divisível, praticamente inviabilizou a possibilidade de, nos termos da Lei,
proceder a acréscimos ou supressões concernentes ao objeto contratado, ante a ausência, no
processo licitatório, de elementos que demonstrassem a efetiva correspondência valorativa dos
componentes do objeto ajustado".5 Não bastasse essa conclusão, à vista dos Recursos manejados,
busquei auxílio junto à Área Técnica específica que explicou que "a instalação, montagem e
manutenção dos servidores blade, objeto desta contratação, configuram-se como serviços,
ficando aptos a ensejar a aplicação do artigo 6º, inciso II da lei 8.666/93" conclusão que, com as
vênias devidas, traria reflexos no próprio voto divergente lançado às fls. 262/262v. Da mesma
forma, não poderia prosperar a tese defendida pela Procuradoria da Fazenda Municipal que
considerou cuidar-se de aquisição de equipamentos de computador, e que por isso não envolveria
contratação de "obras" e "serviços", conforme exige a Lei. De igual sorte, não merecem acolhida
os pontos arguidos pela Contratada e por Luiz Arnaldo Pereira da Cunha Júnior, de que "não
5 Fls. 248/249 do voto do Relator.
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havia possibilidade de dissociar os componentes do objeto para comprá-los separadamente
porque a Contratante necessitava de uma solução única de servidores blade". E isto porque,
também conforme entendimento do Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI, apesar de
cuidar-se de um "sistema integrado", "isso não significa que os diversos componentes não
possam ter seus preços individuais definidos para um eventual aditivo da contratação". O NTI
ainda reforçou seu posicionamento, nos seguintes termos: "como se pode observar na Proposta
orçamentária para fornecimento de Servidores Blade da Ação Informática Brasil Ltda., nas fls. 6
e 7, a coluna Modelo contém o código de identificação de cada componente da solução, o que
permitiria a precificação individual de cada código de identificação do fabricante". Faltou,
portanto, requisito essencial na realização da Licitação para a aquisição de Servidores Blade, qual
seja, o orçamento detalhado em planilhas que expressasse a composição dos custos unitários, o
que implicou, inclusive, a celebração de Contrato e Termo Aditivo contaminados. De outra parte,
a formalização do Termo Aditivo após a expiração da vigência do Contrato é patente, não se
podendo reconhecer a correspondência entre esse prazo e o estabelecido para as garantias. Trata-
se de questão desvendada a partir de simples exame cronológico, posto que a Cláusula II do
Contrato estipula que "os equipamentos e objetos deste contrato deverão ser entregues e
instalados em até 45 (quarenta e cinco) dias corridos, contados da data de assinatura deste
instrumento (...)". Assim, como bem asseverou a Subsecretaria de Fiscalização e Controle, o
prazo do instrumento extinguiu-se em 26 de julho de 2006 (fl. 149), sendo certo que o Termo de
Aditamento, por seu turno, foi assinado apenas no dia 06 de novembro daquele ano,
configurando-se, pois, contrato verbal, vedado pela Lei de Licitações. Acresce, ainda, que a
própria Cláusula IV, que trata da garantia, firma prazo específico desvinculado da vigência do
Contrato, "in verbis": "a Contratada será responsável pelos serviços de assistência técnica, e
garantirá o equipamento objeto deste contrato pelo período de 36 (trinta e seis) meses contados
da data de emissão do Termo de Aceite, independentemente do prazo de vigência, constante da
Cláusula V, abaixo". (grifei) Por outro lado, no tocante à multa, entendo que a r. Decisão merece
ser parcialmente reformada porque não vislumbro nos autos indícios de dolo ou má-fé dos
agentes e de prejuízo ao Erário. Diante do exposto, conhecendo dos Recursos Ordinários
interpostos, no mérito, considerando a inexistência de argumentos novos aduzidos e ainda as
conclusões aportadas pelo Núcleo de Tecnologia da Informação - NTI, dou-lhes provimento
parcial apenas para afastar a multa imposta, improvendo-os no mais, mantidos, assim, os
remanescentes da r. Decisão recorrida. (2.857ª S.O.) Voto em separado proferido pelo
Conselheiro Edson Simões: Com base nos pareceres da Assessoria Jurídica de Controle Externo
e da Secretaria Geral, CONHEÇO dos recursos interpostos por preenchidos os requisitos de
admissibilidade e, considerando que os argumentos recursais não apresentaram elementos novos
capazes de afastar as graves irregularidades apontadas pela Auditoria, quais sejam: "1) quanto ao
Edital e o Contrato analisados, ausência de orçamento detalhado em planilhas, com
especificações dos itens que formaram o preço total estimado, em ofensa ao que dispõem os
artigos 7º, § 2º, e 40, § 2º, incisos I e II, da Lei Federal 8.666/93, bem como o artigo 7º do
Decreto Municipal 46.662/2005; 2) Quanto ao TA CO/TA-02.11/06, falta de definição exata do
objeto contratado, em descumprimento ao que dispõe o artigo 7º da Lei Federal 8.666/93",
NEGO PROVIMENTO aos recursos interpostos, mantendo-se na íntegra o Venerando Acórdão
recorrido, em coerência com o voto por mim proferido para efeito de desempate, então na
condição de Presidente, que julgou IRREGULARES e DEIXOU DE ACOLHER o Pregão
12.008/05 e o Contrato CO-05.06/06, dele decorrente, "(...) considerando a ausência de
orçamento detalhado em planilhas, com especificações dos itens que formaram o preço total
estimado, em desobediência ao que dispõe os artigos 7º, § 2º, e 40, § 2º, incisos I e II, da Lei
Federal 8.666/93, bem como o artigo 7° do Decreto Municipal 46.662, de 24 de novembro de
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2005." Razão pela qual, decidiu o Venerando Acórdão, por maioria, através dos votos dos
Conselheiros Maurício Faria, relator, Domingos Dissei, revisor, e Eurípedes Sales, "(...) a
aplicação de multa aos responsáveis em razão das irregularidades praticadas." Participaram do
julgamento os Conselheiros João Antonio – Revisor, Edson Simões e Domingos Dissei. Presente
o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo
Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Maurício Faria – Vice-Presidente no exercício da
Presidência; a) Roberto Braguim – Relator." Prosseguindo, o Presidente em exercício,
Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro
Roberto Braguim. 3) TC 2.337/02-41 – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras
e Conpac Construções, Indústria e Comércio Ltda. – TAs 007/AR-SE/02 (prorrogação de prazo)
e 008/AR-SE/02 (prorrogação de prazo), relativos ao Contrato 007/AR-SE/2002, no valor de R$
1.039.314,41, julgado em 31/1/2007 – Serviços de fresagem e recapeamento asfáltico na rótula
central e do perímetro financeiro de 75.130,00 m3 na área da Subprefeitura Sé. "O Conselheiro
Edson Simões – Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora
concedida na 2.822ª S.O. Ademais, naquela sessão, o Conselheiro João Antonio – Relator julgou
regulares os Termos de Aditamento 007/AR-SE/02 e 008/AR-SE/02, oriundos do Contrato
007/AR-SE/02, celebrado entre a Prefeitura de São Paulo – Administração Regional da Sé e a
empresa CONPAC Construção, Indústria e Comércio Ltda., relevando as seguintes ocorrências:
a) ausência de publicação dos termos aditivos e o não encaminhamento das informações via
Sistema Eletrônico de Remessa de Informações – Seri, por serem de natureza formal; b) ausência
de certidão de regularidade perante o FGTS, no período de assinatura dos termos de aditamento,
em face do cotejamento das pesquisas efetuadas pela Subsecretaria de Fiscalização e Controle
desta Corte junto ao sítio da Caixa Econômica Federal com o período da certidão apresentada à
época. Também, o Conselheiro João Antonio – Relator determinou, após as comunicações de
praxe, o arquivamento dos autos. Ainda, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões –
Revisor, com voto proferido em separado, julgou irregulares os Aditamentos 7 e 8 de 2002, em
razão da falta de publicação dos ajustes no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, em ofensa ao
princípio constitucional da publicidade, entretanto Sua Excelência, considerando o tempo
decorrido desde o encerramento do ajuste sem que se tenha notícia ou comprovação, nos autos,
de prejuízo ao erário, à boa execução do objeto, sendo necessária a preservação das relações
jurídicas já consolidadas, acolheu os efeitos financeiros do ajuste. Outrossim, o Conselheiro
Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro João Antonio –
Relator. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei acompanhou o voto proferido pelo
Conselheiro Edson Simões – Revisor. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos
termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe
fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 4) TC 101/02-34 – Recurso da
Procuradoria da Fazenda Municipal interposto contra o V. Acórdão de 31/8/2011 – Relator
Conselheiro Roberto Braguim – Secretaria Municipal da Saúde e Codep Conservadora e
Dedetizadora de Prédios e Jardins Ltda. (Contrato 161/01-SMS-G R$ 408.807,10) – Serviços de
engenharia de manutenção predial para Unidades da Secretaria. "O Conselheiro Edson Simões –
Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida na
2.854ª S.O. Ademais, naquela sessão, o Conselheiro João Antonio – Relator conheceu do
recurso, uma vez que presentes seus pressupostos de admissibilidade e, quanto ao mérito, deu
provimento ao apelo, para julgar regulares os Termos Aditivos 032/2002 e 103/2002. Ainda, o
Conselheiro João Antonio – Relator determinou, após as comunicações de praxe, o arquivamento
dos autos. Também, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões – Revisor, consoante voto
proferido em separado, conheceu do recurso da Procuradoria da Fazenda Municipal, visto que
preenchidos os requisitos de admissibilidade e, no mérito, tendo em vista o tempo decorrido
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desde o encerramento do contrato sem que se tenha notícias ou comprovação de prejuízo ao
erário, deu-lhe provimento parcial, tão somente para acolher os efeitos financeiros, mantendo-se,
no mais, o V. Acórdão recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Ainda, o
Conselheiro Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o voto proferido pelo Conselheiro João
Antonio – Relator. Outrossim, o Conselheiro Domingos Dissei acompanhou o voto proferido
pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim,
nos termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos
lhe fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 5) TC 1.380/07-40 –
Recursos da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e
Artefatos Ltda. interpostos em face do V. Acórdão de 17/7/2013 – Relator Conselheiro
Substituto Moacir Marques da Silva – Secretaria Municipal de Educação e Bignardi Indústria e
Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda. – Pregão Presencial 01/SME/2005 – Contrato
209/SME/2006 R$ 2.246.852,33 – Fornecimento de kits pedagógicos para: CEI – Lote A, Emei –
Lote B e Emef – Lote C ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na
presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor, após vista que lhe fora concedida na
2.865ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos interpostos, uma vez
que estão presentes os pressupostos de admissibilidade. Acordam, entretanto, quanto ao mérito,
por maioria, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos
Dissei, em dar-lhes provimento, acolhendo os argumentos lançados pelos recorrentes, para o fim
de julgar regulares o Pregão Presencial 01/SME/2005 e o Contrato 209/SME/2006. Vencido, no
mérito, o Conselheiro Edson Simões – Revisor que, nos termos de seu voto proferido em
separado, negou provimento aos apelos. Acordam, ademais, à unanimidade, em determinar, após
as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o 1.380.07-40 da Análise
do Pregão 01/SME/2005 e do Contrato 209/SME/06, firmado entre a Secretaria Municipal de
Educação e a empresa Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda., cujo objeto é
fornecimento de Kits Pedagógicos para CEI, EMEI e EMEF, mediante a utilização da Ata de
Registro de Preços 01/SME/2005, no valor de R$ 5.345.823,30. Em Sessão Ordinária realizada
em 17.07.2013, este Tribunal julgou, por maioria, irregulares o Pregão e o Contrato.
Inconformados com a r. Decisão, interpuseram Recursos contra o v. Acordão de fls. 443/444 a
Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, fls. 446/455, e a empresa Bignardi Ind. Com. de
Pápeis e Artefatos Ltda., fls. 478/482, e, não obstante devidamente intimada, fls. 458, a
Secretaria Municipal de Educação deixou transcorrer in albis seu eventual prazo recursal. A
Assessoria Jurídica, em primeiro parecer, fls. 486/490, opinou pelo conhecimento dos Recursos e
pelo não provimento dos mesmos. Entretanto, o D. Assessor Subchefe, fls. 491/495, e a D.
Assessora Jurídica Chefe, fls. 496, opinaram pela reforma do v. Acordão para o fim de acolher a
Licitação e o Contrato em exame. A Procuradoria da Fazenda Municipal – PFM, fls. 498/499,
reiterou suas Razões Recursais e destacou as manifestações favoráveis expressadas pela
Assessoria Jurídica. A Secretaria Geral entendeu que as infringências apontadas inicialmente nos
relatórios da Equipe de Fiscalização e confirmadas na r. Decisão recorrida realmente maculam a
regularidade do certame, não tendo os Recursos interpostos trazido razões, nem de fato e nem de
direito, capazes de modificar tal entendimento. Desta forma, opinou pelo não provimento dos
recursos, mantendo-se a r. Decisão de irregularidade do Pregão 01/SME/2005 e do Contrato
209/SME/06, firmado entre a Secretaria Municipal de Educação e a empresa Bignardi Indústria e
Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda., cujo objeto é o fornecimento de Kits Pedagógicos para
CEI, EMEI e EMEF, mediante a utilização da Ata de Registro de Preços 01/SME/2005. É o
relatório. Voto: Em julgamento os Recursos interpostos pela Procuradoria da Fazenda Municipal
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e pela empresa Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda. em face do Venerando
Acordão de fls. 443/444 que julgou irregular o Pregão 01/SME/2005 e o Contrato 209/SME/06.
Alegam os recorrentes em suma que: "as impropriedades havidas não comprometeram os ajustes,
os quais seguiram seu curso normal; a Origem justificou as quantidades adquiridas, levando em
consideração um acréscimo de 20% para atender a ampliação da demanda em razão da
inauguração de escolas; e não há o que se falar em pesquisa de mercado, sendo certo que a
Origem justificou as quantidades adquiridas, pelo sistema escola "on line". Pleiteiam, ao final, a
reforma do julgado a fim de que sejam declarados regulares os ajustes examinados ou ao menos
sejam reconhecidos os efeitos financeiros e patrimoniais em homenagem ao princípio da
segurança jurídica. Preliminarmente, CONHEÇO dos recursos interpostos, pois presentes os
requisitos regimentais de admissibilidade. Quanto ao mérito, o reexame da matéria permite que
se chegue a uma nova interpretação dos fatos diante dos elementos carreados aos autos. Com
relação ao Pregão 01/SME/2005, a irregularidade decorreu da ausência documental de consulta
realizada junto às unidades escolares sobre os materiais que seriam adquiridos e também da
ausência de justificativa dos quantitativos mensais de 30 Kits e os picos de 370 kits no início do
ano. Sobre esses aspectos, entendo possível rever o apontamento, acolhendo o argumento da
Procuradoria da Fazenda Municipal no sentido de que "o preceito insculpido no artigo 30 do
Decreto Municipal 44.279/03 não se aplica à hipótese em comento, pois o objeto do ajuste em
apreço é de uso específico da Secretaria Municipal de Educação, não havendo nenhuma utilidade
prática a consulta pretendida". Ademais, a Origem justificou as quantidades adquiridas,
explicitando que fez consulta ao sistema escola "on line", bem como levou em consideração um
acréscimo de 20% para atender a ampliação da demanda em razão da inauguração de escolas. No
que se refere ao Contrato, a irregularidade decorreu da ausência de menção do valor total
contratado, ferindo os princípios de transparência e publicidade. Revendo os argumentos trazidos
pelos Recorrentes, observo que, de fato, o instrumento contratual não estabeleceu expressamente
o seu valor total. Entretanto, trazia o valor unitário de cada kit e a quantidade adquirida de kits,
de modo que não havia dificuldade para calcular o valor total da contratação. Quanto à pesquisa
de preços, entendo que não restou caracterizada a irregularidade na medida em que nenhuma
referência a prejuízo foi demonstrada nos autos. Além disso, a própria Auditoria, ao concluir a
análise da contratação, anotou que "a pesquisa de preços deve ser ampliada" sem qualquer
referência à impropriedade, o que me faz pressupor que o órgão técnico deixou registrado uma
recomendação para as contratações vindouras. Diante de todo o exposto, na linha de
entendimento da Assessoria Jurídica de Controle Externo, DOU PROVIMENTO aos
RECURSOS INTERPOSTOS, acolhendo os argumentos lançados pelos Recorrentes, para o fim
de julgar REGULARES o Pregão 01/SME/2005 e o Contrato 209/SME/06, firmado entre a
Secretaria Municipal de Educação e a empresa Bignardi Indústria e Comércio de Pápeis e
Artefatos Ltda. Após as comunicações de praxe, arquivem-se os autos. Este é o meu voto, Senhor
Presidente. (2.865ª S.O.) Voto em separado proferido pelo Conselheiro Edson Simões: Os
recursos ordinários da Procuradoria da Fazenda Municipal e da empresa Bignardi Indústria e
Comércio de Pápeis e Artefatos Ltda. foram interpostos contra o Acórdão que julgou, por
maioria, nos votos do então Conselheiro Relator Moacir Marques, seguido dos Conselheiros
Roberto Braguim e Edson Simões, irregulares o Pregão 01/2005 e o Contrato 209/06 (baseado na
Ata de Registro de Preços 01/2005), celebrado pela Secretaria Municipal de Educação
objetivando o fornecimento de "kits" Pedagógicos para CEI, EMEI e EMEF (Centros de
Educação e Escolas de Ensino Infantil e fundamental), diante das seguintes irregularidades: - No
Pregão: falta de demonstração da variabilidade do quantitativo a ser adquirido, de acordo com a
previsão legal; e ausência de justificativa dos quantitativos mensais de 30 "kits" e dos picos de
370 (trezentos e setenta) "kits" no inicio do ano, infringindo o artigo 2º, incisos I e III, do Decreto
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Municipal 44.279/03. - No Contrato: ausência de indicação do valor total contratado no Termo
de Contrato; e apresentação da planilha de preços em formato reduzido, quando o correto é a
forma ampliada. A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral opinaram pela
manutenção do Acórdão recorrido, por seus próprios fundamentos, ressaltando que, quando do
julgamento original, as teses apresentadas nos recursos já haviam sido analisadas e foram
rejeitadas pelo Plenário, por maioria de votos, repita-se, nos termos do voto do então Relator
Conselheiro Substituto Moacir Marques, que adotou os posicionamentos unânimes da Auditoria,
da Assessoria Jurídica e da Secretaria Geral no sentido da irregularidade do pregão e contrato,
sendo acompanhado por este Conselheiro e pelo Conselheiro Roberto Braguim. Com efeito, no
entendimento dos órgãos Técnicos e da maioria do Plenário desta Corte, a Secretaria Municipal
de Educação, não conseguiu justificar em sede de defesa e, agora, em sede de recurso, a
variabilidade dos quantitativos a serem futuramente adquiridos, como previsto na legislação e
também, não conseguiu justificar os quantitativos mensais de 30 "kits" e os picos de 370 "kits"
no início do ano, consoante determina o artigo 2º, incisos I e III, do Decreto Municipal
44.279/03. Desta maneira, não havendo fatos novos e tampouco uma inovação jurídica, a mera
repetição do mote defensivo não pode ser suficiente para alterar as conclusões de um julgamento
amplamente analisado. Diante do exposto, com fundamento nos pareceres da Assessoria Jurídica
e da Secretaria Geral e, mantendo a coerência com o voto por mim proferido em sede de
julgamento original, CONHEÇO DOS RECURSOS VOLUNTÁRIOS e, NO MÉRITO, NEGO-
LHES PROVIMENTO, mantendo o Acórdão recorrido por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim
– Presidente; a) João Antonio – Relator." 6) TC 356/13-78 – Ministério Público do Estado de
São Paulo – Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras – Apuração de possíveis
irregularidades no Contrato 46/2011/SMSP (R$ 205.307,30), firmado com a Fundação de Apoio
à Universidade de São Paulo – Fusp, cujo objeto é a prestação de serviços de estudo e
diagnóstico para priorização de serviços de restauração e reconstrução de pavimentos asfálticos
em vias estruturais e corredores de transporte público da PMSP com base no modelo HDM-4,
sem constar licitação. "O Conselheiro Edson Simões requereu ao Egrégio Plenário, nos termos
do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte,
adiamento do prazo para devolver o citado processo, o que foi deferido." (Certidão) 7) TC
2.927/02-65 – Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo e Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Município de São Paulo – Acompanhamento – Execução
contratual – Verificar se o Contrato 086/2000 (R$ 794.593,36), cujo objeto a execução de
serviços especializados de consultoria e assessoramento que digam respeito, direta ou
indiretamente, às técnicas de organização e métodos e de tratamento de informações, está sendo
executado conforme pactuado. "O Conselheiro Edson Simões – Revisor devolveu ao Egrégio
Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida na 2.822ª S.O. Ademais, naquela
sessão, o Conselheiro João Antonio – Relator julgou regular a execução do Contrato 086/2000,
superando, excepcionalmente, as irregularidades, com fundamento nos argumentos apresentados
pela Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – Cohab-SP. Ainda, o Conselheiro
João Antonio – Relator determinou, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos.
Entretanto, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões – Revisor, consoante voto proferido
em separado, julgou irregular a execução do Contrato 086/2000, no período e valores auditados,
mas acolheu os efeitos financeiros do ajuste, com exceção do valor de R$ 13.701,68 (treze mil,
setecentos e um reais e sessenta e oito centavos), indicado pela Auditoria como pago
indevidamente e dos valores referentes às penalidades que deveriam ter sido aplicadas à
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contratada, em decorrência dos apontamentos de inexecução parcial do contrato, mediante a não
entrega de materiais e equipamentos contratados, falhas no controle e na fiscalização da
execução do contrato e, ainda, de medição e pagamentos a maior, para tanto, Sua Excelência
determinou que os autos deverão retornar à Auditoria para que calcule e aponte o valor exato a
ser objeto de ressarcimento. Ainda, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o voto
proferido pelo Conselheiro João Antonio – Relator. Outrossim, o Conselheiro Domingos Dissei
julgou irregular a execução do Contrato 086/2000, todavia, considerando tratar de ajuste firmado
entre entidades da Administração Pública municipal, aceitou os efeitos financeiros do ajuste.
Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos termos do artigo 172, inciso II, do
Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para proferir voto
de desempate." (Certidão) 8) TC 2.525/07-66 – Secretaria Municipal de Cultura e São Paulo
Turismo S.A. – Contrato 004/DEC/2007 R$ 2.089.847,52 e TA 010/2007-DEC R$ 522.461,88
(acréscimo ao valor contratual) – Serviços de execução, fiscalização de promoções, campanhas,
simpósios e eventos turísticos, culturais e cívicos, "Quebrada Cultural" e outros originados do
projeto especial "Virada Cultural", compreendendo o fornecimento de infraestrutura, constituída
por equipamentos e produtos, pessoal técnico, artístico e operacional e locação de áreas
ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos estes autos, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro Edson Simões – Revisor, após vista que lhe fora concedida na 2.850ª S.O., ocasião
em que votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do
Relator, em julgar regular o Contrato 004/DEC/2007. Acordam, ademais, por maioria, pelos
votos dos Conselheiros João Antonio – Relator e Maurício Faria, em julgar regular,
excepcionalmente, o Termo de Aditamento 010/2007-DEC. Vencido, neste particular, o
Conselheiro Edson Simões – Revisor que, consoante voto proferido em separado, julgou
irregular o termo de aditamento. Acordam, ainda, à unanimidade, em aceitar os efeitos
financeiros do o Termo de Aditamento 010/2007-DEC. Acordam, afinal, à unanimidade, em
determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Trata o TC
2.525.07-66 da análise do Contrato 004/DEC/2007 e do Termo de Aditamento 010/2007-DEC,
celebrado com fulcro no inciso VIII do art. 24 da Lei Federal 8.666/93 entre a Secretaria
Municipal de Cultura – SMC e a empresa São Paulo Turismo S.A., objetivando a prestação de
serviços de infraestrutura para a realização dos eventos "Virada Cultural – São Paulo 24 horas" e
"Quebradas Culturais". A Subsecretaria de Fiscalização e Controle – SFC, concluiu inicialmente,
conforme sintetizado no relatório de fl. 98, que no aspecto contábil-orçamentário o ajuste
firmado por meio do Contrato 004/DEC/2007 encontra-se regular, com a ressalva quanto à
remessa extemporânea de informações por meio do sistema eletrônico SERI, que deixou de
atender ao prazo estabelecido na Resolução TCMSP 05/02 e Instruções 01/02. Quanto ao Termo
Aditivo 10/2007, manifestou-se a SFC pela sua regularidade, com a ressalva relacionada à
extemporaneidade da publicação do extrato do termo no Diário Oficial da Cidade, em desacordo
com o art. 61, parágrafo único, da LF 8.666/93 e art. 26 da LM 13.278/02, sugerindo ainda, a
título de recomendação, a correção do valor aditado por estar a maior em R$ 9.871,28. Instada a
se manifestar, a Secretaria Municipal de Cultura – SMC juntou aos autos a documentação de fls.
102/104. Em manifestação acerca dos esclarecimentos prestados, a equipe técnica da
Coordenadoria II concluiu que o Contrato 004/DEC/2007 encontra-se regular, com ressalva, pela
remessa extemporânea das informações da despesa através do SERI e, em relação ao Termo de
Aditamento 010/2007-DEC, posicionou-se pela sua irregularidade, em razão da inexistência de
demonstrativo detalhado da aplicação de R$ 522.461,88, bem como pela intempestividade da
publicação do extrato do termo no DOC, infringindo o art. 61, parágrafo único da Lei Federal
8.666/93 e art. 26 da Lei Municipal 13.278/02. A Assessoria Jurídica de Controle Externo, por
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sua vez, opinou pelo acolhimento em caráter excepcional dos instrumentos em análise.
Ressaltando, no entanto, a existência da questão técnica que, segundo AUD, poderia ensejar a
irregularidade do Aditivo em pauta – ante a inexistência de demonstrativo detalhado da aplicação
dos R$ 522.461,88. Após nova manifestação da Secretaria Municipal de Cultura – SMC (fls.
127/216), a equipe técnica da Coordenadoria VII ratificou sua conclusão anterior, no sentido da
regularidade, com ressalva, do Contrato 004/DEC/2007 e da irregularidade do Termo de
Aditamento 010/2007-DEC. Na sequência, a Procuradoria da Fazenda Municipal requereu o
acolhimento do Contrato 004/DEC/2007 e do Termo de Aditamento 010/2007-DEC ou, ao
menos, o reconhecimento dos efeitos financeiros e patrimoniais dos atos praticados. Ao final, a
Secretaria Geral opinou pela regularidade do Contrato 004/DEC/2007 e da irregularidade do
Termo de Aditamento 010/2007-DEC, uma vez que as justificativas apresentadas pela Origem
não foram suficientes para elidir as irregularidades detectadas. É o relatório. Voto: Em
julgamento o Contrato 004/DEC/2007 e o Termo de Aditamento 010/2007-DEC, firmado com
fulcro no inciso VIII do art. 24 da Lei Federal 8.666/93 entre a Secretaria Municipal de Cultura –
SMC e a empresa São Paulo Turismo S.A., objetivando a prestação de serviços de infraestrutura
para a realização dos eventos "Virada Cultural – São Paulo 24 horas" e "Quebradas Culturais".
Em relação ao Contrato 004/2007, a instrução processual revelou ter havido a regularidade do
ajuste, com a ressalva relativa à remessa extemporânea das informações da despesa no sistema
eletrônico SERI, em desacardo com o disposto na Resolução TCMSP 05/02 e Instrução 01/02.
Quanto ao Termo Aditivo 010/2007, os órgãos técnicos desta Corte posicionaram-se pela sua
irregularidade, em razão da intempestividade da publicação do respectivo extrato no Diário
Oficial da Cidade e, em especial, pela ausência de apresentação prévia de detalhamento da
aplicação do valor objeto do aditamento, R$ 522.461,88. Na esteira das manifestações dos órgãos
técnicos desta Corte, entendo superado o apontamento relativo à intempestividade na remessa de
informações no sistema SERI, tendo em vista não se constituir falha suficiente para macular o
instrumento em exame. Em relação ao Termo de Aditamento 10/2007, entendo que a
extemporaneidade de sua publicação merece ser relevada, eis que meramente formal, não
afetando a validade jurídica do ato, nos termos da jurisprudência consolidada desta Corte.
Quanto à ausência de apresentação prévia de demonstrativo detalhado da aplicação dos valores
decorrentes do aditivo em exame, na linha da manifestação da Procuradoria da Fazenda
Municipal, entendo, excepcionalmente, que tal impropriedade não é suficiente para macular o
ajuste, tendo em vista que não restaram demonstrados nos autos indícios de sobrepreço, benefício
indevido à contratada ou prejuízo ao Erário. Ademais, o acréscimo contratual manteve-se dentro
dos limites delineados no art. 65, § 1º da Lei Federal 8.666/93, e a Origem apresentou
documentação demonstrando ter havido o cumprimento do ajuste pactuado (fls. 130/216). Diante
do exposto, JULGO REGULAR O CONTRATO 004/DEC/2007, bem como, em caráter
excepcional, o TERMO DE ADITAMENTO 010/2007-DEC, firmados entre a Secretaria
Municipal de Cultura – SMC e a empresa São Paulo Turismo S.A. Após as comunicações de
praxe, arquivem-se os autos. Este é o meu voto, Senhor Presidente. (2.850ª S.O.) Voto em
separado proferido pelo Conselheiro Edson Simões: Acompanho o voto do Relator no tocante
à regularidade do Contrato 4/2007. Divirjo, contudo, quanto ao Termo de Aditamento 10/2007.
A Auditoria concluiu pela irregularidade do Termo Aditivo (no valor de R$ 522.461,88-
quinhentos e vinte e dois mil e quatrocentos e sessenta e um reais e oitenta e oito centavos), ante
"a ausência de justificativa dos valores previamente à lavratura do aditamento, infringindo o
caput do art. 65 da Lei Federal 8.666/93, não sendo, também, demonstrado detalhadamente os
quantitativos dos eventos, e seus respectivos custos, nos quais seriam aplicados os recursos a
serem aditados." A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral acompanharam a
manifestação da Auditoria pela irregularidade do Termo de Aditamento, relevando-se,
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excepcionalmente, as ressalvas referentes à remessa extemporânea dos documentos pelo SERI e
à publicação extemporânea do ajuste do diário oficial. Diante do exposto, com amparo nos
posicionamentos unânimes da Auditoria, da Assessoria Jurídica de Controle Externo e da
Secretaria Geral, cujos fundamentos adoto como razões de decidir, JULGO IRREGULAR O
TERMO DE ADITAMENTO 10/07. Todavia, considerando o tempo decorrido desde o
encerramento do contrato, sendo necessária a preservação das relações jurídicas já consolidadas
e, ainda, diante da ausência de indícios ou comprovação de prejuízo ao erário nos autos,
ACOLHO os efeitos financeiros por eles produzidos. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor e Maurício Faria. Ausente, interinamente, o Conselheiro
Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) João Antonio – Relator." 9) TC 70/97-73 – Recursos de Roberto Luiz Bortolotto,
João Luciano Pivetti e Jorge Luis Martins interpostos contra o V. Acórdão de 13/4/2011 –
Relator Conselheiro Edson Simões – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras e
Araguaia Construtora Brasileira de Rodovias S.A. (Contrato 200/SVP/1996 R$ 1.744.648,02) –
Pavimentação e obras complementares da antiga Estrada do Limoeiro e outras vias, situadas na
AR – São Mateus. "O Conselheiro Edson Simões – Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o
citado processo, após vista que lhe fora concedida na 2.851ª S.O. Ademais, naquela sessão, o
Conselheiro João Antonio – Relator conheceu dos recursos interpostos pelos Senhores Roberto
Luiz Bortolotto, João Luciano Pivetti e Jorge Luis Martins, pois presentes os requisitos
regimentais de admissibilidade, e, quanto ao mérito, uma vez que as impropriedades constatadas
não causaram qualquer prejuízo ao erário, bem como não restou demonstrada a existência de
dolo, culpa, má-fé ou desídia por parte dos agentes públicos, deu provimento aos apelos para
afastar as multas aplicadas, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão recorrido por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Ainda, Sua Excelência determinou, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Outrossim, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões – Revisor,
consoante voto proferido em separado, conheceu dos recursos, pois preenchidos os requisitos de
admissibilidade, e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo-se, o V. Acórdão recorrido, por
seus próprios fundamentos. Também, o Conselheiro Maurício Faria acompanhou, na íntegra, o
voto proferido pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor. Ademais, o Conselheiro Domingos
Dissei conheceu dos recursos, e, no mérito, negou provimento ao apelo interposto pelo Senhor
Roberto Luiz Bortolotto. Ainda quanto ao mérito, o Conselheiro deu provimento ao recurso
interposto pelos Senhores João Luciano Pivetti e Jorge Luis Martins, para afastar a multa que
lhes foi imposta. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos termos do artigo 172,
inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe fossem conclusos, para
proferir voto de desempate." (Certidão) 10) TC 1.260/05-26 – Recursos de Dernal Oliveira dos
Santos e de Ana Maria de Andrade interpostos contra o V. Acórdão de 18/8/2010 – Relator
Conselheiro Edson Simões – Companhia de Engenharia de Tráfego e Araguaia Engenharia Ltda.
(Contrato 41/2004 R$ 1.950.177,49) – Serviços de manutenção, reparação e complementação da
infraestrutura urbana em áreas com ocupação urbana consolidada (total ou parcialmente) e que
apresentem problemas com benfeitorias públicas precárias, como pavimentos, sistemas de
drenagem (córregos, galerias, canais e afins), consolidação de taludes, muros de arrimo, obra de
terra, partes e mobiliário urbano em geral. "O Conselheiro Edson Simões – Revisor devolveu ao
Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida na 2.851ª S.O. Ademais,
naquela sessão, o João Antonio – Relator conheceu dos recursos interpostos, por presentes os
pressupostos de admissibilidade, e, quanto ao mérito, considerando: 1) que este Plenário, por
ocasião do julgamento do recurso interposto no processo TC 4.628-03-46, reviu anterior
posicionamento e julgou regular a Concorrência 17/SMSP/COGEL/2002, gerando reflexos
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nestes autos, uma vez que a Ata de Registro de Preços 02 decorreu do citado procedimento
licitatório; 2) que os serviços objeto do Contrato 41/2004 podiam ser contratados por meio do
sistema de registro de preços, em razão da sua natureza e por refletirem situação habitual e
rotineira durante um dado período de tempo neste Município; 3) que a avença em tela guarda
compatibilidade com os objetivos definidos no Estatuto Social da CET, visto que, em que pesem
serem de infraestrutura urbana, relacionam-se diretamente com segurança e fluidez do trânsito,
matéria afeta à operação do sistema viário, de competência daquela Sociedade de Economia; 4)
que, quanto à incompatibilidade entre os itens e quantitativos contratados e aqueles previstos na
ata de registro de preços, à época dos fatos, ainda não vigoravam as alterações veiculadas pelo
Decreto 51.278/2010, voltadas à limitação dos quantitativos adicionais àqueles registrados na ata
de registro de preços; 5) a ausência de comprovação de prejuízo ao erário oriundo da conduta
praticada pelos agentes públicos; Sua Excelência deu provimento aos apelos para o fim de julgar
regulares a Ata de Registro de Preços 002/SMSP/COGEL/2003, o Contrato 41/2004 e o Termo
Aditivo 48/2004, afastando, por consequência, a multa aplicada aos agentes públicos
responsáveis. Também, Sua Excelência determinou, após as comunicações de praxe, o
arquivamento dos autos. Ainda, na presente sessão, o Conselheiro Edson Simões – Revisor,
consoante voto proferido em separado, conheceu dos recursos, pois preenchidos os requisitos de
admissibilidade, e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo-se, na íntegra, o V. Acórdão
recorrido, por seus próprios e jurídicos fundamentos. Outrossim, o Conselheiro Maurício Faria,
consoante voto proferido em separado, conheceu dos recursos, eis que preenchidos os requisitos
de admissibilidade previstos nos artigos 138 a 140 do Regimento Interno e no artigo 46 da Lei
Orgânica, ambos deste Tribunal, e, no mérito, deu-lhes provimento parcial a fim de considerar
regular a Ata 002/SMSP/COGEL/2003 e irregular o Contrato 41/2004 e seu Termo Aditivo
48/2004, aceitando, excepcionalmente, os efeitos financeiros produzidos até então pelos serviços
prestados e comprovados realizados. Ademais, o Conselheiro Domingos Dissei, consoante voto
proferido em separado, conheceu dos recursos, e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo-
se, na íntegra, o V. Acórdão recorrido. Afinal, o Conselheiro Presidente Roberto Braguim, nos
termos do artigo 172, inciso II, do Regimento Interno desta Corte, determinou que os autos lhe
fossem conclusos, para proferir voto de desempate." (Certidão) 11) TC 4.430/03-07 – Recursos
da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Frederico Bussinger (Secretário Municipal de
Transportes) interpostos contra o V. Acórdão de 22/11/2006 – Relator Conselheiro Maurício
Faria – Secretaria Municipal de Transportes e São Paulo Transporte S.A. – Serviços de
implantação do Programa Subsistema Estrutural de Média Capacidade – VLP, correspondente às
atividades de continuidade da implantação da 1ª etapa da Linha I – Trecho Parque Dom Pedro
II/Sacomã e da 2ª etapa da Linha I – Ramal Vila Prudente/Extensão São Mateus – Vigência de 19
de março a 30 de junho de 2003 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs
4.468/03-71 e 4.488/03-89 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na
presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor, após vista que lhe fora concedida na
2.853ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos, uma vez que
atenderam aos requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito,
pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei,
considerando a ausência nos autos de qualquer forma de dolo, culpa, má-fé ou demonstração de
prejuízo ao erário, em dar provimento parcial aos apelos, para aceitar os efeitos financeiros
produzidos, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão recorrido por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro Edson Simões – Revisor que, consoante voto
proferido em separado, negou-lhes provimento. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar,
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após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto englobados: v. TC
4.488/03-89. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Edson Simões: v. TC
4.488/03-89. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim
– Presidente; a) João Antonio – Relator." 12) TC 4.468/03-71 – Recursos da Procuradoria da
Fazenda Municipal e de Frederico Bussinger (Secretário Municipal de Transportes) interpostos
contra o V. Acórdão de 22/11/2006 – Relator Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal
de Transportes e São Paulo Transporte S.A. – Serviços de implantação do Sistema de Guiagem
Magnética do Subsistema de Média Capacidade – VLP, compreendendo o trecho Parque Dom
Pedro II e Sacomã – Vigência de 17 de julho a 31 de dezembro de 2003 ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados englobadamente com os TCs 4.430/03-07 e 4.488/03-89 e discutidos estes autos, ora
em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor,
após vista que lhe fora concedida na 2.853ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro João
Antonio – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo,
à unanimidade, de conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos,
uma vez que atenderam aos requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria,
quanto ao mérito, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e
Domingos Dissei, considerando a ausência nos autos de qualquer forma de dolo, culpa, má-fé ou
demonstração de prejuízo ao erário, em dar provimento parcial aos apelos, para aceitar os efeitos
financeiros produzidos, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão recorrido por seus próprios e
jurídicos fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro Edson Simões – Revisor que,
consoante voto proferido em separado, negou-lhes provimento. Acordam, ainda, à unanimidade,
em determinar, após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório e voto
englobados: v. TC 4.488/03-89. Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro
Edson Simões: v. TC 4.488/03-89. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões –
Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme
Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto
Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." 13) TC 4.488/03-89 – Recursos da
Procuradoria da Fazenda Municipal e de Frederico Bussinger (Secretário Municipal de
Transportes) interpostos contra o V. Acórdão de 22/11/2006 – Relator Conselheiro Maurício
Faria – Secretaria Municipal de Transportes e São Paulo Transporte S.A. – Serviços de
implantação do Programa Subsistema Estrutural de Média Capacidade – VLP, correspondente às
atividades de continuidade da implantação da 1ª etapa da Linha I – Trecho Parque Dom Pedro
II/Sacomã e da 2ª etapa da Linha I – Ramal Vila Prudente/Extensão São Mateus – Vigência de 05
de julho a 30 de setembro de 2003 ACÓRDÃO: "Vistos, relatados englobadamente com os TCs
4.430/03-07 e 4.468/03-71 e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na
presente sessão pelo Conselheiro Edson Simões – Revisor, após vista que lhe fora concedida na
2.853ª S.O., ocasião em que votou o Conselheiro João Antonio – Relator. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer dos recursos, uma vez que
atenderam aos requisitos de admissibilidade. Acordam, ademais, por maioria, quanto ao mérito,
pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator, Maurício Faria e Domingos Dissei,
considerando a ausência nos autos de qualquer forma de dolo, culpa, má-fé ou demonstração de
prejuízo ao erário, em dar provimento parcial aos apelos, para aceitar os efeitos financeiros
produzidos, mantendo-se, no mais, o V. Acórdão recorrido por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Vencido, no mérito, o Conselheiro Edson Simões – Revisor que, consoante voto
proferido em separado, negou-lhes provimento. Acordam, ainda, à unanimidade, em determinar,
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após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório englobado: Os contratos
foram firmados para execução dos serviços necessários à Implantação do Programa de
Subsistema Estrutural de Média Capacidade – VLP, inclusive com os serviços de Implantação do
Sistema de Guiagem Magnética do Subsistema de Média Capacidade. A Auditoria, inicialmente,
opinou pela irregularidade formal do ajuste, em razão da ausência de justificativa de preços
contratados, publicação extemporânea do contrato, inexistência de CND em vigência na data da
contratação e atraso na remessa das informações ao TCM. A AJCE entendeu sanáveis as falhas
concernentes à publicação a destempo e à remessa de documentos fora do prazo. A PFM
justificou a contratação amparada no princípio da razoabilidade e em razão do tratamento
especial devotado a empresa, até mesmo para excepcionar a obrigatoriedade de licitação,
entendeu que a exigência de demonstração da regularidade fiscal deve ser mitigada, aplicando-se
o mesmo raciocínio à justificativa do preço contratado. Ante a presunção de legalidade dos atos
administrativos opinou pelo acolhimento do contrato. A Secretaria Geral entendeu que não havia
justificativa para os preços praticados. Porém, ponderou que o fato da contratação ter sido
firmada com sociedade de economia mista, havendo dificuldade na apuração da razoabilidade
dos preços, bem como ausência de prejuízo ao erário, dolo ou má-fé poderiam ser aceitos os
efeitos financeiros. Em sede de julgamento foi decidido, à unanimidade, pela irregularidade dos
instrumentos, com fundamento no voto do Relator, nobre Conselheiro Maurício Faria, ante a
ausência de comprovação das pesquisas de preços e falta de comprovação por parte da Origem de
contratação com preços razoáveis. Por maioria não aceitaram os efeitos financeiros da avença,
vencido o Nobre Conselheiro Roberto Braguim. A Procuradoria da Fazenda Municipal interpôs o
competente recurso contra a r. decisão, sob o argumento, dentre outros: a publicidade do
contrato, mesmo que extemporânea, não diz respeito à irregularidade material; a remessa de
informações também não afeta a contratação; a contratação em pauta diz respeito ao objeto social
da SPTrans, razão da sua existência, forçando à ilação que o preço praticado está relacionado
com seus custos operacionais; inexiste no mercado parâmetro para cotejo com o preço praticado
pela SPTrans; aplicação do princípio da razoabilidade. O interessado Sr. Frederico Bussinger, na
qualidade de Secretário Municipal de Transportes, apresentou seus argumentos resumidos quanto
aos seguintes pontos: os atos foram praticados na gestão anterior; a relação entre a Secretaria
Municipal de Transportes e a São Paulo Transportes S.A. – SPTrans é decorrente de lei; pela
interpretação sistemática da lei conclui-se que o Município não poderia optar por proposta
economicamente mais vantajosa de empresa particular, em detrimento da pessoa jurídica de
direito público, especialmente criada para consecução desses serviços. A Assessoria Jurídica de
Controle Externo manifestou-se sobre os recursos, inicialmente destaca o preenchimento dos
requisitos de admissibilidade, opinando pelo conhecimento dos recursos. Quanto ao mérito, pede
que seja negado provimento, mantendo-se a decisão que julgou irregulares os ajustes. A
Secretaria Geral manifestou-se pelo conhecimento dos recursos e, quanto ao mérito, pelo não
provimento dos recursos, porém, com a aceitação dos efeitos financeiros. Este é o relatório. Voto
englobado: Em julgamento os recursos interpostos contra decisão plenária que, à unanimidade,
julgou irregulares os Contratos 700/03 firmado entre a Secretaria Municipal de Transportes e a
São Paulo Transportes – SPTrans, e respectivos Termos de Aditamento, 716/03 e 709/03, por
inobservância ao disposto no artigo 24, combinado com o artigo 26, parágrafo único, inciso III,
da Lei Federal 8.666/93, e, por maioria, sem aceitação dos efeitos financeiros, uma vez que não
estava presente o quadro dos respectivos preços e, por consequência, da impossibilidade de sua
regularidade. Vencido o nobre Conselheiro Roberto Braguim, cujo entendimento pela aceitação
dos efeitos financeiros decorreu da inexistência de dolo, má-fé e prejuízo ao erário. Os contratos
foram firmados para execução dos serviços necessários à Implantação do Programa de
Subsistema Estrutural de Média Capacidade – VLP, inclusive com os serviços de Implantação do
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Sistema de Guiagem Magnética do Subsistema de Média Capacidade. As equipes de apoio desta
Corte de Contas manifestaram-se pelo conhecimento dos recursos e, quanto ao mérito, pela
manutenção da decisão recorrida. A Secretaria Geral, em manifestação às folhas 187 do TC
4.430.03.07, destaca a inexistência de má-fé ou prejuízo ao erário, opinando pela aceitação dos
efeitos financeiros. Ainda que a prestação do serviço ocorra com exclusividade, como se trata de
contratação direta por dispensa de licitação (art. 24, VIII, da Lei 8.666/93), é necessária a
justificativa do preço, conforme disposto no artigo 26, parágrafo único, inciso III. Há que se
considerar, contudo, a ausência nos autos de qualquer forma de dolo, culpa, má-fé ou
demonstração de prejuízo ao erário, podendo, assim, relativizar os efeitos produzidos pelo ajuste.
Ante o exposto, CONHEÇO DOS RECURSOS INTERPOSTOS, ante a presença dos requisitos
regimentais de admissibilidade e, quanto ao mérito, DOU PROVIMENTO PARCIAL AOS
APELOS, para aceitar os efeitos financeiros produzidos, mantendo-se, no mais, a decisão
recorrida por seus próprios e jurídicos fundamentos. Após as comunicações de praxe, arquivem-
se os autos. (2.853ª S.O.) Voto em separado englobado proferido pelo Conselheiro Edson
Simões: Cuidam os autos dos TCs 4.430/03, 4.488/03 e 4.468/03 de recursos interpostos pela
Procuradoria da Fazenda Municipal e por Frederico Bussinger, contra os Acórdãos que julgaram
irregulares os Contratos 700, 709 e 716 de 2003 bem como os seus respectivos Termos Aditivos,
firmados entre a Secretaria Municipal de Transportes e a SPTrans, tendo por objeto a prestação
de serviços de implantação do Programa Subsistema Estrutural de Média Capacidade – VLP –
continuidade da 1ª etapa da linha 1 – trecho Parque Dom Pedro II/Sacomã e da 2ª etapa da linha
1 – ramal Vila Prudente/extensão São Mateus (contratos 700 e 709 de 2003) e implantação do
Sistema de Guiagem Magnética do Subsistema de Média Capacidade – VLP, compreendendo o
trecho Parque Dom Pedro II e Sacomã (contrato 716/03). Os Contratos e seus Aditamentos foram
julgados irregulares por unanimidade, "ante a falta de demonstração da compatibilidade dos
preços contratados com os de mercado e, por maioria de votos, não foram aceitos os seus efeitos
financeiros, diante da ausência de quadro dos respectivos preços e, por consequência, da
impossibilidade da comprovação de sua regularidade". Conforme bem ressaltado no voto do
Relator original (Conselheiro Maurício Faria): "(...) constata-se da instrução dos processos a
especificidade dos objetos que têm característica principal a implantação de etapas de nova
modalidade de transporte envolvendo sobretudo investimento em obras e infraestrutura, com
projeto e trechos basicamente definidos, passíveis de dimensionamento prévio de equipes, de
produção e gerenciamento, de materiais, equipamentos, bem como das eventuais subcontratações
necessárias. Diante disso, como bem ressaltaram os órgãos técnicos desta Corte, deveria a
Origem ter demonstrado, através de memórias de cálculo, a composição das planilhas, para que
houvesse o detalhamento dos elementos que concorreram para a formação dos preços e serviços
contratados. Todavia, assim não procedeu a Secretaria Municipal dos Transportes, limitando-se a
argumentar que, dadas as peculiaridades dos ajustes, não seria exigível a composição detalhada
com preços unitários e descrição dos quantitativos dos serviços prestados. (...) Desta forma,
deixando a Origem de demonstrar a razoabilidade dos preços praticados e, sendo desta o ônus de
comprovar a regularidade da despesa pública, nos termos do artigo 113 da Lei Federal 8.666/93,
forçoso reconhecer que os instrumentos não reúnem condições de acolhimento (...) deixando,
inclusive, de aceitar os efeitos financeiros (...) diante da impossibilidade de comprovação de sua
regularidade." A Auditoria, a Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria Geral
opinaram pelo improvimento dos recursos uma vez que não foram trazidos elementos novos
capazes de afastar as irregularidades que macularam a contratação. Todos os argumentos
expostos nas razões recursais já foram analisados e rejeitados pelo Plenário desta Corte em sede
de julgamento original. Diante do exposto, CONHEÇO DOS RECURSOS, pois preenchidos os
requisitos de admissibilidade. No MÉRITO, com amparo nas manifestações dos Órgãos Técnicos
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e da Secretaria Geral e, em coerência com o voto por mim proferido em sede de julgamento
original, NEGO-LHES PROVIMENTO, mantendo-se os Acórdãos recorridos (de Relatoria do
Eminente Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria!), por seus próprios e jurídicos
fundamentos. Participaram do julgamento os Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício
Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de
Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim
– Presidente; a) João Antonio – Relator." 14) TC 151/11-01 – Recursos "ex officio" e da
Procuradoria da Fazenda Municipal interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
29/3/2012 – Julgador Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Coordenação das
Subprefeituras e Daniel Almeida de Brito – Prestação de contas de adiantamento bancário –
setembro a novembro/2008 (R$ 24.000,00) 15) TC 2.519/10-69 – Recursos "ex officio" e de
Luiz Henrique Girardi interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de 29/3/2012 – Julgador
Conselheiro Eurípedes Sales – Secretaria Municipal de Habitação e Luiz Henrique Girardi –
Prestação de contas de adiantamento bancário – abril/2009 (R$ 629.600,00) 16) TC 1.745/11-03
– Recursos "ex officio" e de Kimiko Ishitsu interpostos contra a R. Decisão de Juízo Singular de
15/4/2014 – Julgador Conselheiro Maurício Faria – Secretaria Municipal da Saúde e Kimiko
Ishitsu – Prestação de contas de adiantamento bancário – novembro/2012 (R$ 11.500,00). "O
Conselheiro Edson Simões requereu ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III,
combinado com o artigo 182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para
devolver os citados processos, o que foi deferido." (Certidões) – CONSELHEIRO
DOMINGOS DISSEI – 1) TC 10.130/94-87 – Secretaria Municipal de Habitação e Schahin
Cury Engenharia e Comércio Ltda. – TAS 1º/94 (adoção de cronograma físico-financeiro), 2º/95
R$ 1.677.312,64 (adoção de projetos e respectivas plantas, de planilhas orçamentárias, de
cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor contratual), 3º/95 (adoção de cronograma
físico-financeiro), 4º/95 R$1.108,46 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-
financeiro e acréscimo do valor contratual), 5º/95, (adoção de cronograma físico-financeiro),
6º/95 R$ 655,89 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e
acréscimo do valor contratual), 7º/95 (adoção de cronograma físico-financeiro), 8º/95 R$ 672,95
(adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e acréscimo do valor
contratual), 9º/95 R$ 676,70 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro
e acréscimo do valor contratual), 10º/95 (adoção de cronograma físico-financeiro), 11º/95
(adoção de cronograma físico-financeiro), 12º/96 R$ 4.817,91 (adoção de planilhas
orçamentárias, de cronograma físico-financeiro, prorrogação de prazo e acréscimo do valor
contratual), 13º/96 (adoção de planilhas orçamentárias sem alteração do valor contratual), 14º/96
R$ 598,28 (adoção de planilhas orçamentárias, de cronograma físico-financeiro e acréscimo do
valor contratual), 15º/96(adoção de cronogramas físico-financeiros), 16º/96 (adoção de
cronograma físico-financeiro), 17º/96 R$ 1.696.422,62 (ampliação do objeto contratual, adoção
de cronograma físico-financeiro, de planilhas orçamentárias, aumento do valor contratual e
prorrogação de prazo), 18º/96 (adoção de cronograma físico-financeiro), 19º/96 (adoção de
planilhas orçamentárias sem aumento do valor contratual, de cronograma físico-financeiro e
retificação da cláusula terceira do 14º TA), 20º/97 (adoção de cronograma físico-financeiro),
relativos ao Contrato 4/94, no valor de R$ 6.767.727,l7, julgado em 05/02/1997 – Execução de
obras de urbanização de favelas: Jardim Santo Antonio, Autódromo/Vila da Paz/Nicarágua,
Campo Grande, Miguel Stephano e Imigrantes ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro Domingos Dissei, após vista que lhe
fora concedida na 2.830ª S.O., ocasião em que votaram os Conselheiros João Antonio – Relator,
Edson Simões – Revisor e Maurício Faria. Acordam os Conselheiros do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros João Antonio – Relator,
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com relatório e voto, Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei, com voto
proferido em separado, em julgar irregulares os Termos de Aditamento 1º/94, 2º/95, 3º/95, 4º/95,
5º/95, 6º/95, 7º/95, 8º/95, 9º/95, 10º/95, 11º/95, 12º/96, 13º/96, 14º/96, 15º/96, 16º/96, 17º/96,
18º/96, 19º/96 e 20º/97, por infringência ao § 1º do inciso II do artigo 81 da Lei Municipal
10.544/88 e também em razão do indevido acréscimo contratual no montante de R$ 1.002.938,68
(um milhão, dois mil, novecentos e trinta e oito reais e sessenta e oito centavos) (data-base
jul/94). Acordam, ainda, à unanimidade, nos termos da proposta formulada pelo Conselheiro
Maurício Faria, em determinar o ressarcimento como parte integrante deste Acórdão, pois, nesse
caso específico, houve a quantificação do prejuízo – R$ 820.206,91 – valor à época. Acordam,
outrossim, à unanimidade, em determinar o envio de cópia deste Acórdão e do relatório e voto do
Relator à Secretaria Municipal de Habitação – Sehab para o fim de subsidiar o ressarcimento dos
prejuízos advindos da celebração dos ajustes, devidamente corrigidos, bem como à Controladoria
Geral do Município para ciência e acompanhamento das providências a serem adotadas.
Acordam, também, à unanimidade, consoante proposta formulada pelo Conselheiro Edson
Simões – Revisor, em determinar o envio dos autos à Subsecretaria de Fiscalização e Controle
para que proceda aos cálculos atualizados, assim como o posterior envio deste acórdão ao
Ministério Público do Estado de São Paulo. Acordam, afinal, à unanimidade, em determinar,
após as comunicações de praxe, o arquivamento dos autos. Relatório: Cuida o TC 10.130.94-87,
na presente fase processual, da análise de vinte Termos de Aditamento ao contrato 04/94-HABI
já acolhido por esta Corte às fls. 145, pactuado entre a SEHAB e a empresa Schahin Cury
Engenharia e Comércio Ltda., tendo por objeto a execução das obras de urbanização das favelas
Jardim Santo Antonio, Autódromo/Vila da Paz/Nicarágua, Campo Grande, Miguel Stephano e
Imigrantes, fazendo parte do Projeto Cingapura - Fase I. A Auditoria procedeu ao levantamento
dos Termos Aditivos (fls. 852-881), informando o que se segue: 1º TA – Adoção de cronograma
físico-financeiro, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto
no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução
01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. 2º TA – Adoção de cronograma físico-
financeiro e acréscimo de valor contratual, passando para R$ 8.445.039,81, regular, ressalvados a
extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei
Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a
este Tribunal. Além disso, não houve recolhimento da caução complementar à época do
aditamento, infringindo o parágrafo segundo do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 3º TA –
Adoção de cronograma físico-financeiro, regular, ressalvado o não cumprimento à Instrução
01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. 4º TA – Adoção de cronograma físico-
financeiro, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no
parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92
quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso, não houve recolhimento da caução
complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo segundo do artigo 56 da Lei
Federal 8.666/93. 5º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro, regular, ressalvados a
extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei
Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a
este Tribunal. 6º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e acréscimo de valor, passando
para R$ 8.446.804,16, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o
disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à
Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso, não houve
recolhimento da caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo segundo
do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 7º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro, regular,
ressalvado o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este
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Tribunal. 8º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e acréscimo de valor, passando para
R$ 8.447.477,11, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto
no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução
01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso, não houve recolhimento da
caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo segundo do artigo 56 da
Lei Federal 8.666/93. 9º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e acréscimo de valor,
passando para R$ 8.448.153,81, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação,
contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não
cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso,
não houve recolhimento da caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo
segundo do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 10º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro,
regular, ressalvado o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este
Tribunal. 11º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro, regular, ressalvados a
extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei
Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a
este Tribunal. 12º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e acréscimo de valor, passando
para R$ 8.452.971,72, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o
disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à
Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso, não houve
recolhimento da caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo segundo
do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 13º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro, regular,
ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo único do
artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa
de informações a este Tribunal. 14º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e acréscimo
de valor, passando para R$ 8.453.870,00, regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação,
contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não
cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso,
não houve recolhimento da caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo
segundo do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 15º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro,
regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo
único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à
remessa de informações a este Tribunal. 16º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro,
regular, ressalvados a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo
único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à
remessa de informações a este Tribunal. 17º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro e
acréscimo de valor, passando para R$ 10.149.992,62, pendente de conclusão, pois a
suplementação extrapolou o limite legal. Verificou-se a extemporaneidade da publicação,
contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não
cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Além disso,
não houve recolhimento da caução complementar à época do aditamento, infringindo o parágrafo
segundo do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. 18º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro,
pendente de conclusão até a análise do TA 17. Verificou-se a extemporaneidade da publicação,
contrariando o disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não
cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. 19º TA –
Adoção de cronograma físico-financeiro, pendente de conclusão até a análise do TA 17.
Verificou-se a extemporaneidade da publicação, contrariando o disposto no parágrafo único do
artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à Instrução 01/92 quanto à remessa
de informações a este Tribunal. 20º TA – Adoção de cronograma físico-financeiro, pendente de
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conclusão até a análise do TA 17. Verificou-se a extemporaneidade da publicação, contrariando o
disposto no parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88 e o não cumprimento à
Instrução 01/92 quanto à remessa de informações a este Tribunal. Em razão do apontado na
análise do TA 17, os autos foram encaminhados à Equipe de Engenharia para manifestação, que
produziu o relatório de fls. 1.055-1.079. A AT Engenharia, inicialmente, em seu relatório, apurou
que em decorrência das alterações ajustadas nos diversos TAs, o valor do contrato foi acrescido
em 49,98%, passando de R$ 6.767.727,17 (data-base jul/94) para R$10.149.992,62. Segundo o
relatório, em decorrência das irregularidades, o contrato foi indevidamente acrescido em
R$1.002.938,68 (data-base jul/94). Mesmo que os serviços contratados se considerassem
necessários, somente o fato de estarem superavaliados acresceria ao contrato R$ 820.206,91
(data-base jul/94) (fls. 1.063/1.080). A Assessoria Jurídica de Controle Externo e a Secretaria de
Fiscalização e Controle acompanharam o entendimento alcançado pela equipe de engenharia (fls.
1.081/1.092). Intimada, a Origem apresentou defesa, em síntese, alegando a complexidade e
característica "sui generis" do objeto do contrato (fls. 1.114/1.137). A AT Engenharia, a seguir,
pronunciou-se sobre as alegações da defesa, sustentando, que a Origem reconheceu erros no
cálculo de preço de revestimento de fachada modificado e está tomando providências para o
ressarcimento do valor pago a mais; que reitera suas anteriores considerações e conclusões (fls.
1.260/1.264). Intimados os ordenadores de despesa (Maria Tereza Soares Silveira, José Roberto
Sérgio, João Leopoldo Wernek de Camargo e Manoela Ricardo Ribeiro Coelho), estes
apresentaram sua defesa, em síntese, sustentando o interesse público envolvido (fls. 1.292/1.293,
1.305/1.316 e 1.332/1.401). As justificativas dos ordenadores de despesa foram afastadas pela
AT Engenharia e pela AT Jurídica, que entenderam não ter sido apresentado nenhum fato novo
que permitisse a retificação de seus anteriores posicionamentos (fls. 1.410 e 1.413/1.416). O
Órgão Fazendário, por seu turno, concluiu estar demonstrada nos autos a relevância social do
contrato e a satisfação do interesse público, deixando ao elevado critério desta Corte a decisão
quanto à matéria em exame (fls. 1.418/1.420). A Secretaria Geral, em minuciosa análise,
manifestou-se pelo acolhimento dos Termos Aditivos em exame, na esteira das razões
apresentadas pela defesa. É o relatório. Voto: Em julgamento os vinte Termos de Aditamento ao
Contrato 04/94-HABI, já acolhido por esta Corte (fls. 145), pactuado entre a SEHAB e a empresa
Schahin Cury Engenharia e Comércio Ltda., tendo por objeto a execução das obras de
urbanização das favelas Jardim Santo Antonio, Autódromo/Vila da Paz/Nicarágua, Campo
Grande, Miguel Stephano e Imigrantes, fazendo parte do Projeto Cingapura - Fase I. Em
levantamento preliminar, a Auditoria identificou as seguintes irregularidades: 1) publicação
extemporânea dos Termos Aditivos, exceto os de nº 3, 7 e 10, contrariando o disposto no
parágrafo único do artigo 79, da Lei Municipal 10.544/88; 2) descumprimento à Instrução 01/92,
quanto à remessa de informações a este Tribunal, em todos os Termos Aditivos; 3) ausência de
recolhimento da caução complementar à época do aditamento quantos aos TAs 2, 4, 6, 8, 9, 12,
14 e 17, infringindo o parágrafo segundo do artigo 56 da Lei Federal 8.666/93. Durante a
instrução processual, os autos foram encaminhados à Equipe de Engenharia onde foi apurado o
acréscimo contratual correspondente a 49,98%, passando de R$ 6.767.727,17 (seis milhões,
setecentos e sessenta e sete mil, setecentos e vinte e sete reais e dezessete centavos) - (data-base
jul/94) para R$ 10.149.992,62 (dez milhões cento e quarenta e nove mil, novecentos e noventa e
dois reais e sessenta e dois centavos) extrapolando o limite de 25%, previsto no parágrafo
primeiro, inciso II, do artigo 81, da Lei Municipal 10.544/88. Segundo apurado, em decorrência
das irregularidades, o contrato foi indevidamente acrescido em R$ 1.002.938,68 (um milhão,
dois mil novecentos e trinta e oito reais e sessenta e oito centavos) (data-base jul/94) e mesmo
que os serviços contratados se considerassem necessários, somente o fato de estarem
superavaliados acresceria o montante de R$ 820.206,91 (oitocentos e vinte mil, duzentos e seis
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reais e noventa e um centavos) - data-base jul/94 - ao contrato. Relativamente às constatações da
Auditoria, entendo que podem ser relevadas, isto por que os atrasos identificados não macularam
a relação jurídica e que o tempo transcorrido não permite qualquer advertência deste Tribunal aos
agentes responsáveis pela ausência de recolhimento das cauções complementares. A mesma
sorte, porém, não deve alcançar o indevido acréscimo constatado. Segundo o relatório técnico, os
itens de serviços extracontratuais aprovados pelos Termos Aditivos representam um total de
R$5.552.698,98 (cinco milhões, quinhentos e cinquenta e dois mil, seiscentos e noventa e oito
reais e noventa e oito centavos), ou seja, 82% do valor inicialmente contratado e 55% do valor
total do contrato com seus aditamentos. Observou-se que a falta do devido planejamento
ocasionou a contratação de uma obra fictícia, pois, diante do valor do total dos serviços
extracontratuais, foi executada outra obra que não a contratada. Ademais, alguns serviços
extracontratuais, como o concreto usinado, foram sendo aumentados ou reduzidos ao longo das
alterações contratuais sem a identificação de qualquer critério técnico. Além disso, outros
serviços extracontratuais, como as coberturas dos prédios, o revestimento de fachadas, a pintura e
os caixilhos metálicos, apesar de não serem indispensáveis à conclusão do objeto contratado,
substituíram serviços equivalentes já previamente contratados, e acarretando significativo
aumento de preços, superior a 80% e chegando até a 400%. Em certos casos, os preços
extracontratuais superaram muito, inclusive, os preços de mercado, como ocorreu com alvenaria
armada de bloco de cerâmica estrutural, madeiramento em terças para cobertura, telhamento para
cobertura, instalações elétricas e latex em pó. Por esses motivos, as intervenções da Origem e dos
responsáveis à época não foram suficientes para afastar o descumprimento do limite de 25% e o
indevido acréscimo contratual identificado. Diante de todo o exposto, JULGO IRREGULARES
os Termos de Aditamento 01 ao 20º por infringência ao parágrafo primeiro, inciso II, do artigo
81, da Lei Municipal 10.544/88 e em razão do indevido acréscimo contratual no montante de
R$1.002.938,68 (data-base jul/94). Expeça-se ofício à Origem encaminhando cópia do presente
relatório e voto para o fim de subsidiar o ressarcimento dos prejuízos advindos da celebração dos
ajustes, devidamente corrigidos. Da mesma forma, oficie-se a Controladoria Geral do Município
para ciência e acompanhamento das providências a serem adotadas. Em decorrência do tempo
transcorrido, deixo de apenar os agentes responsáveis à época. Após as comunicações de praxe,
arquivem-se os autos. (2.830ª S.O.) Voto em separado proferido pelo conselheiro Domingos
Dissei: Acompanho o relator pela IRREGULARIDADE de todos os Termos Aditivos e
acrescento o seguinte: No curso da instrução processual, a AT-Engenharia apontou diversas
alterações contratuais no ajuste original, que somadas alcançaram R$ 5,5 milhões e
representaram 82% do valor inicialmente contratado (R$ 6,7 milhões). Para justificar as
alterações na Planilha de Serviços e Preços Contratuais, ocorridas em diversos Termos de
Aditamento, a Origem alegou que a licitação e o respectivo contrato foram baseados em projeto
básico e que, com a elaboração do projeto executivo, houve necessidade de alteração não apenas
nos projetos de infraestrutura e de fundações dos prédios, como também na arquitetura,
reduzindo a área de projeção, aumentando o número de pavimentos e alterando os padrões de
acabamento, as esquadrias, a estrutura e as instalações. As mudanças na arquitetura dos prédios,
segundo a Origem, foram necessárias para melhor adaptação à topografia dos terrenos e para o
atendimento às exigências do Código de Edificações e às normas de Órgãos Municipais e
Estaduais. Nesse ponto, com razão assiste à AT-Engenharia desta Corte ao afirmar que a
licitação foi efetuada sem o devido planejamento e a partir de um "projeto básico" que sequer
atendia às exigências do Código de Edificações e outras normas de órgãos Municipais e
Estaduais, o que é inadmissível. O artigo 6º da Lei 8.666/93 define projeto básico como: "(...)
conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para
caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado
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com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e
o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação
do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução" Como bem ressaltado pela
AT-Engenharia: "esse procedimento, inaceitável do ponto de vista técnico, ocasionou a
contratação de uma obra fictícia, pois, diante do valor total dos serviços extracontratuais,
observa-se que foi executada outra obra que não a contratada. Como consequência, serviços que
poderiam ter sido previstos no edital foram posteriormente incluídos, não permitindo que a
municipalidade usufruísse da competição dos preços de tais serviços, por ocasião da
concorrência pública" (fl. 1063, verso e 1064). O projeto básico não pode ser encarado como
mera formalidade burocrática. Deve ser elaborado de forma responsável e constitui elemento
essencial para o planejamento da obra e sua caracterização, possibilitando aos licitantes o real
conhecimento do objeto a ser contratado. O Tribunal de Contas da União já se posicionou pela
nulidade de procedimento licitatório baseado em projeto básico deficiente: "(...) Além disso, é
bom lembrar que, nos exatos termos do art. 7º, §6º, da Lei 8.666/1993, são nulos de pleno direito
os atos e contratos derivados de licitações baseadas em projeto incompleto, defeituoso ou
obsoleto, devendo tal fato ensejar não a alteração do contrato visando à correção das
imperfeições, mas sua anulação para realização de nova licitação, bem como a responsabilização
do gestor faltoso" (Acórdão 353/2007 – Relator Min. Augusto Nardes) Hamilton Bonatto, em sua
obra "Licitações e Contratos de obras e serviços de Engenharia", assevera que: "A Administração
publica não pode publicar edital de tal forma que os participantes não tenham a clareza da obra
construída se vencedores do pleito. Todos os participantes devem ter acesso ao mesmo
conhecimento do objeto da licitação, ou está a se ferir o princípio constitucional da isonomia".6
No presente caso, houve alteração nos projetos de infraestrutura, de fundações e de arquitetura
dos prédios, reduzindo a área de projeção, aumentando os números de pavimentos e alterando os
padrões de acabamento, esquadrias, estrutura e as instalações, alterações estas que, somadas,
alcançaram a cifra de R$ 5,5 milhões, representando 82% do valor inicialmente contratado que
era de R$ 6,7 milhões. Observa-se que, inicialmente, foi prevista a construção de 928 unidades
habitacionais (29 prédios, com 32 apartamentos), pelo valor total de R$ 6 milhões. No entanto,
após os aditamentos contratuais, que fizeram com que o valor pactuado superasse os R$ 10
milhões, o escopo do contrato foi reduzido para 664 unidades habitacionais (29 prédios, com 20
apartamentos e 03 prédios com 28 apartamentos). Assim, além do custo unitário da unidade
habitacional ter sido elevado de R$ 7.292,81 para R$ 15.286,13, houve uma redução no número
de famílias atendidas em, aproximadamente, 30% a menos do quantitativo inicialmente previsto,
como se percebe na tabela abaixo:
Valor
Unidades
Habitacionais
Valor por unidade
habitacional
Valor Inicial do
Contrato
R$
6.767.727,17 928 R$ 7.292,81
Valor Contrato
Aditado
R$
10.149.992,62 664 R$ 15.286,13
O projeto executivo consiste no detalhamento do projeto básico, não sendo admitida a
descaraterização do projeto inicial. Nesse sentido, assim decidiu o Tribunal de Contas da União:
"Não se alegue que não houve a alteração do projeto básico, mas apenas o seu detalhamento no
6 Hamilton Bonatto. "Licitações e Contratos de obras e serviços de Engenharia", Editora Forum, Belo Horizonte,
2010, página 189.
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projeto executivo, pois, apesar de reconhecer que este possa fazer algumas correções naquele,
não pode alterá-lo de modo a se constituir objeto completamente distinto do inicialmente
licitado. Alterações significativas, antes de iniciada a obra exigem a realização de novo
procedimento licitatório e não a assinatura de termo aditivo" (Acórdão 1.428/2003 – Plenário,
Relator Min. Ubirataran Aguiar). Restou evidenciado nos autos não só a deficiência do projeto
básico, que serviu de base para licitação – confirmada pela própria Origem –, como também a
sua completa descaracterização. Como se não bastasse, dos R$ 5,5 milhões que foram objeto de
aditamento, a Auditoria apontou que: 1) o montante de R$ 444.521,30 foi irregularmente aditado,
pois, referiam-se a serviços extracontratuais desnecessários; 2) o montante de R$ 820.206,91 foi
irregularmente aditado e representa a diferença entre o preço unitário aprovado e o preço unitário
considerado como razoável, evidenciando prejuízo ao erário devendo ser ressarcido aos cofres
públicos. Essas são as razões que me levam a acompanhar o nobre relator pela
IRREGULARIDADE de todos os Termos Aditivos, com a determinação à Origem de
providenciar o ressarcimento dos prejuízos causados ao Erário Municipal pela empresa
contratada, no valor apontado nos autos de R$ 820.206,91, devidamente corrigidos. Determino,
ainda, que a Origem adote providências visando o ressarcimento à Municipalidade dos valores
pagos à empresa autora do projeto básico que, sequer, atendia as exigências do Código de
Edificações e às normas de Órgãos Municipais e Estaduais, bem como apure a responsabilidade
da empresa Ductor Implantação de Projetos S.A., gerenciadora da obra em tela, pela omissão
quanto à correta apuração dos valores objeto de aditamento. Participaram do julgamento os
Conselheiros Edson Simões – Revisor, Maurício Faria e Domingos Dissei. Presente o Procurador
Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11
de maio de 2016. a) Roberto Braguim – Presidente; a) João Antonio – Relator." –
CONSELHEIRO CORREGEDOR JOÃO ANTONIO – Preliminarmente, o Conselheiro
Presidente Roberto Braguim solicitou ao Conselheiro Vice-Presidente Maurício Faria que
assumisse a direção dos trabalhos, por ser de sua Relatoria os processos a seguir. 1) TC
2.597/07-77 – Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras e Consórcio SPLuz –
Acompanhamento – Execução Contratual – Acompanhar a execução do Contrato 051/Siurb/2002
(R$ 57.854.543,20), cujo objeto é a prestação de serviços técnicos de manutenção corretiva e
preventiva do sistema de iluminação pública no Município de São Paulo, com fornecimento de
materiais, verificando se os serviços estão sendo prestados e fiscalizados de acordo com o
pactuado e se a medição corresponde aos serviços realizados. "O Conselheiro João Antonio –
Revisor devolveu ao Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida,
durante a fase de discussão, na 2.822ª S.O. Outrossim, retornando os autos ao Conselheiro
Roberto Braguim – Relator, Sua Excelência, considerando que os levantamentos realizados pela
Coordenadoria VI comprovaram a ocorrência de ações incoerentes com o que efetivamente
constou do ajuste, restando evidenciada a ausência de controle interno, inclusive das
fiscalizações que deveriam ser realizadas de modo eficaz pelo Departamento de Iluminação
Pública – ILUME, fiscalização essa deficiente e contraditória, impossibilidade de caracterização
precisa das irregularidades motivadoras de apenação, o atraso no envio do Boletim de Ocorrência
pela contratada, impossibilitando a recuperação dos prejuízos causados pelas avarias e furtos, os
termos de aceitação qualitativa não acompanhados das respectivas notas fiscais, dentre outras
irregularidades, impedem o acolhimento da execução contratual, ainda que inexista notícia de
prejuízo concreto ao erário, a situação fática evidenciada nos relatórios apresentados, de modo
minudente e abrangente, pela Coordenadoria VI, demonstram o risco a que ficou submetido o
Patrimônio Público do Município, assim, restando inequívocas as impropriedades apontadas,
julgou irregular a Execução do Contrato 051/SIURB/02, referente ao mês de agosto de 2007,
analisada nos presentes autos, aceitando, todavia, os efeitos financeiros produzidos, uma vez que
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não há evidências de prejuízo ao erário e, também, em observância ao princípio da segurança
jurídica, tendo em vista o tempo decorrido e o encerramento do contrato. Ainda, o Conselheiro
Roberto Braguim – Relator aplicou aos Senhores Walter Antonio Bellato e Luiz Carlos Nogueira
Siqueira, responsáveis pelas irregularidades, a multa de R$ 611,00 (seiscentos e onze reais), com
fundamento no artigo 52, inciso II, da Lei Municipal 9.167/80, combinado com o inciso II do
artigo 86 do Regimento Interno desta Corte de Contas. Também, o Conselheiro Roberto Braguim
– Relator determinou a expedição de ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo, em
atendimento às solicitações, juntando-se cópia do relatório e voto do Relator e do Acórdão a ser
alcançado pelo Egrégio Plenário. Ainda, o Conselheiro João Antonio – Revisor, consoante
declaração de voto apresentada, julgou regular a execução contratual relativa ao mês de
agosto/2007, entretanto, em razão da imprecisão quanto ao valor das referidas multas,
determinou que a Origem proceda a uma ampla revisão das multas aplicadas em sede de
execução contratual, promovendo a cobrança das diferenças apuradas, devidamente atualizadas e,
ainda, determinou o envio de cópia do Acórdão à Controladoria Geral do Município para ciência
e acompanhamento das providências a serem adotadas. Afinal, o Conselheiro Edson Simões
solicitou vista dos autos, o que foi deferido." (Certidão) 2) TC 2.795/09-00 – Recursos "ex
officio", da Procuradoria da Fazenda Municipal e de Mirian Korting Cunha interpostos contra a
R. Decisão de Juízo Singular de 30/1/2013 – Julgador Conselheiro Edson Simões – Secretaria
Municipal de Educação e Mirian Korting Cunha – Prestação de contas de adiantamento
bancário– junho/2007 (R$ 7.000,00). "O Conselheiro João Antonio – Revisor devolveu ao
Egrégio Plenário o citado processo, após vista que lhe fora concedida, na 2.852ª S.O. Outrossim,
naquela sessão, o Conselheiro Roberto Braguim – Relator conheceu do recurso "ex officio", eis
que decorrente de disposição regimental, demandando o reexame da matéria, e dos voluntários
interpostos, visto que presentes os pressupostos de admissibilidade previstos no artigo 140 do
mesmo diploma, e, quanto ao mérito, deu provimento parcial aos apelos para o fim de desonerar
a servidora do recolhimento do valor glosado, mantendo-se no mais a r. Decisão impugnada.
Ainda, Sua Excelência determinou, após a adoção das providências decorrentes, o arquivamento
dos autos. Também, na presente sessão, o Conselheiro João Antonio – Revisor acompanhou o
voto proferido pelo Conselheiro Roberto Braguim – Relator, mas acrescentou, todavia, a outorga
de quitação integral à responsável. Afinal, o Conselheiro Edson Simões solicitou vista dos autos,
o que foi deferido." (Certidão) Prosseguindo, o Presidente em exercício, Conselheiro Vice-
Presidente Maurício Faria, devolveu a direção dos trabalhos ao Conselheiro Roberto Braguim.
3) TC 3.274/13-11 – Recursos "ex officio" e de Marco Antonio Mori Lupião Junior interpostos
contra a R. Decisão de Juízo Singular de 29/9/2014 – Julgador ConselheiroRoberto Braguim –
Secretaria Municipal de Cultura e Marco Antonio Mori Lupião Junior – Prestação de contas de
adiantamento bancário – abril/2012 (R$ 5.380,00) ACÓRDÃO: "Vistos, relatados e discutidos
estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo Conselheiro João
Antonio, após vista que lhe fora concedida na 2.853ª S.O., ocasião em que votaram os
Conselheiros Domingos Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor e Edson Simões. Acordam os
Conselheiros do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, de
conformidade com o relatório e voto do Relator, em conhecer do recurso "ex officio", por
regimental, e do voluntário, por atender aos requisitos de admissibilidade. Acordam, ainda,
quanto ao mérito, por maioria, pelos votos dos Conselheiros Domingos Dissei – Relator,
Maurício Faria – Revisor e Edson Simões, em dar-lhes provimento parcial, para o fito de
outorgar quitação ao servidor responsável pelo adiantamento, de modo a evitar eventual
configuração de situação de alcance, uma vez que a Decisão reexaminada deixou de determinar a
reposição de valores aos cofres públicos, eis que não se verificou as hipóteses previstas nas
alíneas do § 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta Corte de Contas. Vencido, no mérito, o
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Conselheiro João Antonio, nos termos de sua declaração de voto apresentada. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais cabíveis, o arquivamento dos autos.
Relatório: Em julgamento os recursos "ex officio" e voluntário em face da Decisão Singular que
rejeitou integralmente as contas prestadas, no montante de R$ 5.380,00, referente às despesas
realizadas com inscrições de servidores em curso, sem apresentação dos motivos impeditivos da
realização pelo processo normal de aplicação, infringindo o art. 2° do Decreto 48.592/07, bem
como pela falta de apresentação da excepcionalidade e possibilidade de utilização do processo
normal de aplicação, infringindo os artigos 65 e 68 da Lei Federal 4.320/64 e o art. 1° da Lei
Municipal 10.513/88. No entanto, como não se verificou, no caso em tela, as hipóteses previstas
nas alíneas do parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta C. Corte de Contas, a r.
Decisão deixou de determinar a reposição de valores aos cofres públicos. O responsável ofereceu
recurso alegando que a legislação permite a realização da despesa pelo meio com que foi
realizada. A Coordenadoria III entendeu que nenhum elemento novo foi acrescido aos autos,
razão pela qual manteve sua anterior conclusão. A Procuradoria da Fazenda Municipal requereu
o conhecimento e provimento do apelo para declarar regular a despesa havida, dando-se quitação
ao interessado. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento dos recursos e, no mérito, pelo
provimento parcial dos mesmos, a fim de que seja dada quitação ao servidor responsável pelo
adiantamento, conforme decisões já exaradas por esta E. Corte de Contas nos autos dos TC’ s
1.880-13-10; 2.526-12-96 e 2.632-12-33. É a síntese necessária. Voto: 1 - Conheço do recurso
"ex officio", por regimental, e do voluntário, por admissibilidade. 2 - Quanto ao mérito, na
esteira da manifestação da Secretaria Geral dou-lhes PROVIMENTO PARCIAL, para o fito dar
quitação ao servidor responsável pelo adiantamento, de modo a evitar eventual configuração de
situação de alcance, uma vez que a Decisão reexaminada deixou de determinar a reposição de
valores aos cofres públicos, eis que não se verificou as hipóteses previstas nas alíneas do § 2º do
artigo 1º da Instrução 03/2011 desta C. Corte de Contas. 3- Após as medidas regimentais
cabíveis, arquivem-se os autos. (2.853ª S.O.) Declaração de voto apresentada pelo
conselheiro João Antonio: Cuidam os autos da análise dos recursos "ex officio" e voluntário em
face de decisão singular proferida que rejeitou integralmente as contas prestadas no montante de
R$ 5.380,00 (cinco mil, trezentos e oitenta reais), referentes às despesas realizadas com
inscrições de servidores em curso, sem apresentação dos motivos impeditivos da realização pelo
processo normal de aplicação. A respeitável decisão, no entanto, deixou de determinar a
reposição de valores aos cofres públicos, por não se verificar hipóteses previstas nas alíneas do
parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta Corte. Os órgãos técnicos da Casa
entenderam que nenhum elemento novo foi acrescido aos autos. A Secretaria Geral opinou pelo
conhecimento dos recursos e, no mérito, pelo provimento parcial dos mesmos, a fim de ser dada
quitação ao servidor responsável pelo adiantamento. Devolvida a matéria para reexame, faço
algumas considerações acerca dos dispositivos legais previstos tanto nos artigos 65 e 68 da Lei
4.320/64, quanto no artigo 1º da Lei Municipal 10.513/88, que fundamentaram a decisão. De
certo que o adiantamento é tratado na Lei 4.320/64 como um dos meios de ser efetuado o
pagamento na administração pública em casos excepcionais, mas pontuo que a excepcionalidade
tratada aqui se refere à necessidade de disposto legal que especifique o tipo de despesa que pode
ser paga por este meio e que não possa subordinar-se ao processo normal de aplicação. Assim,
deverá existir lei específica que determine previamente quais tipos de despesas que poderão ser
pagas por este meio, determinando quem poderá receber o adiantamento, quando, seu limite
máximo e o prazo para a prestação de contas. Nesse sentido, a Lei 10.513/88 disciplinou o
regime de adiantamento no âmbito do Município de São Paulo. Nesta lei, o artigo primeiro
define a que se destina o regime de adiantamento, sendo este a realização de despesas que não
possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, ou seja, que não podem seguir as etapas
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sequenciais estabelecidas de empenho, liquidação e pagamento. O artigo segundo já elenca os
itens que se enquadram na utilização do regime de adiantamento, ou seja, aqueles casos que não
têm a possibilidade de se realizar na ordem regular das fases da despesa e que exigem pronto
pagamento. São onze incisos que discriminam e liberam a administração pública municipal para,
de imediato, se utilizar desse regime no atendimento de suas despesas. Entre estes encontra-se o
inciso V, que se refere à participação de servidores em cursos ou congressos necessários ao
desempenho de suas atribuições. A partir desse enquadramento, não se faz necessário
justificativa ou comprovação da Origem sobre a excepcionalidade da despesa relativa "à
participação de servidores em cursos ou congressos necessários ao desempenho de suas
atribuições", pois a legislação municipal já lhe faculta sua utilização, quando a elenca na
categoria de despesa passível de utilização do regime de adiantamento. Basta apenas que esta não
seja possível de ser realizada pelo processo normal de aplicação, ou seja, no caso concreto, em
situações em que as inscrições para possibilitar a participação só se efetuem mediante o pronto
pagamento, impossibilitando, com isso, a utilização da contratação por meio do artigo 25, inciso
II que trata da inexigibilidade de licitação em casos de serviços técnicos especializados, visto que
nesta não poderá ocorrer a inversão das fases da despesa – empenho, liquidação e pagamento –
sendo esta necessária a se obter a prestação do serviço pretendido pela Administração. Ademais,
observo no corpo do artigo 2º, inciso X que a natureza excepcional de qualquer despesa,
analisada sob a ótica do caso concreto, também poderá ser enquadrada como mais um dos itens
permitidos ao administrador, desde que devidamente justificada e ratificada por autoridades
definidas legalmente e que não possam ser realizadas na ordem regular das fases da despesa. Em
relação ao limite dos valores a serem utilizados pelo regime de adiantamento, este é tratado em
Decreto regulamentador municipal (Artigo 5º - Decreto 48.592/2007) que estabelece a quantia de
R$ 4.000,00 (quatro mil reais) apenas para a despesa realizada com fundamento nos incisos I (de
pequeno vulto), II (de manutenção de bens móveis) e III (de conservação e adaptação de bens
imóveis) do artigo 2º da Lei 10.513/88. Além de não incluir os casos de inscrição em cursos no
preceito legal que elenca expressamente onde deve ser aplicada a limitação imposta, o Decreto
48.592/07, a partir de 2011, acrescenta artigo 15 que passa a reafirmar que "as disposições do
artigo 60 da Lei Federal 8.666/93 não se aplicarão às contratações de serviços e aquisições de
bens ou materiais feitas na conformidade deste", deixando expressamente a não aplicabilidade do
limite de R$ 4.000,00, estabelecido no parágrafo único do diploma federal ao inciso V do artigo
2º da Lei Municipal 10.513/88. Dessa forma, ao reanalisar a matéria, considero que as contas
prestadas, de maneira integral, podem ser acolhidas. Ressalto não haver questionamento de dolo,
culpa ou má-fé dos servidores; como também aponto o precedente desta E. Corte em caso
análogo tratado nos autos do TC 1.720/11-82. Diante do exposto, CONHEÇO dos Recursos "ex
officio" e voluntário, eis que presentes os pressupostos de admissibilidade e, no mérito, DOU
PROVIMENTO aos apelos para julgar REGULAR a despesa realizada e outorgar quitação total
ao responsável. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício Faria – Revisor, Edson
Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda Guilherme Bueno de Camargo.
Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016. a) Roberto Braguim –
Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." 4) TC 3.381/13-21 – Recurso "ex officio" interposto
contra a R. Decisão de Juízo Singular de 12/11/2014 – Julgador ConselheiroRoberto Braguim –
Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação e Lucia Marisa Laudisio dos Santos –
Prestação de contas de adiantamento bancário – maio/2012 (R$ 6.803,44) ACÓRDÃO: "Vistos,
relatados e discutidos estes autos, ora em grau de recurso, devolvidos na presente sessão pelo
Conselheiro João Antonio, após vista que lhe fora concedida na 2.853ª S.O., ocasião em que
votou o Conselheiro Domingos Dissei – Relator. Acordam os Conselheiros do Tribunal de
Contas do Município de São Paulo, à unanimidade, pelos votos dos Conselheiros Domingos
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Dissei – Relator, Maurício Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio, nos termos de sua
declaração de voto apresentada, em conhecer do recurso "ex officio", por regimental, e, quanto
ao mérito, em dar-lhe provimento parcial, para o fito de dar quitação à responsável, de modo a
evitar eventual configuração de situação de alcance, uma vez que a Decisão reexaminada deixou
de determinar a reposição de valores aos cofres públicos, eis que não se verificou as hipóteses
previstas nas alíneas do § 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta Corte de Contas, mantendo,
no mais, a Decisão guerreada por seus próprios e jurídicos fundamentos. Acordam, afinal, à
unanimidade, em determinar, após as medidas regimentais de praxe, o arquivamento dos autos.
Relatório: Cuida o presente de recurso "ex officio" em face da Decisão Singular que rejeitou a
prestação de contas no valor de R$ 6.803,44, por infringência ao subitem 4.2, alínea "a", d
Portaria SF 26/08, uma vez que não foram apresentados os documentos necessários e específicos
para comprovação das diárias concedidas. No entanto, como não se verificou, no caso em tela, as
hipóteses previstas nas alíneas do parágrafo 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta C. Corte
de Contas, a r. Decisão deixou de determinar a reposição de valores aos cofres públicos.
Oficiadas a responsável e a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e recreação, deixaram
transcorrer "in albis" o prazo assinalado para eventual oferecimento de recurso. O Assessor
Subchefe de Controle Externo opinou pelo regular processamento do recurso regimental e, no
mérito, pela manutenção da Decisão recorrida. A Procuradoria da Fazenda Municipal, por seu
turno, requereu o conhecimento e provimento do apelo para declarar regular a despesa havida. A
Secretaria Geral opinou pelo conhecimento e provimento parcial do recurso oficial, para o fito de
se conceder quitação à responsável. É a síntese necessária. Voto: 1 - Conheço do recurso "ex
officio", por regimental. 2 - Quanto ao mérito, na esteira da manifestação da Secretaria Geral
dou-lhe PROVIMENTO PARCIAL, para o fim dar quitação à responsável, de modo a evitar
eventual configuração de situação de alcance, uma vez que a Decisão reexaminada deixou de
determinar a reposição de valores aos cofres públicos, eis que não se verificou as hipóteses
previstas nas alíneas no § 2º do artigo 1º da Instrução 03/2011 desta C. Corte de Contas. 3 - No
mais, mantenho a Decisão guerreada por seus próprios e jurídicos fundamentos. 4 – Após as
medidas regimentais de praxe, arquivem-se os autos. É o meu voto. (2.853ª S.O.) Declaração
de voto apresentada pelo conselheiro João Antonio: Cuidam os autos da análise dos recurso
"ex officio" em face de decisão singular proferida que rejeitou integralmente as contas prestadas
no montante de R$ 6.803,44 (seis mil, oitocentos e três reais e quarenta e quatro centavos),
referentes às despesas realizadas com inscrições de servidores em curso e respectivas diárias,
sem apresentação dos motivos impeditivos da realização pelo processo normal de aplicação, bem
como por ausência de documentação específica para a comprovação das diárias, vulnerando o
subitem 4.2, alínea "a", da Portaria SF 26/08. Do valor acima elencado, destaco que R$ 3.180,00
(três mil, cento e oitenta reais) são referentes às inscrições no curso e R$ 3.623,44 (três mil,
seiscentos e vinte e três reais e quarenta e quatro centavos) são relacionadas às despesas das
diárias dos servidores. A respeitável decisão, no entanto, deixou de determinar a reposição de
valores aos cofres públicos, por não se verificar hipóteses previstas nas alíneas do parágrafo 2º do
artigo 1º da Instrução 03/2011 desta Corte. Os órgãos técnicos da Casa entenderam que nenhum
elemento novo foi acrescido aos autos. A Secretaria Geral opinou pelo conhecimento dos
recursos e, no mérito, pelo provimento parcial dos mesmos, a fim de ser dada quitação ao
servidor responsável pelo adiantamento. Devolvida a matéria para reexame, faço algumas
considerações acerca dos dispositivos legais previstos tanto nos artigos 65 e 68 da Lei 4.320/64,
quanto no artigo 1º da Lei Municipal 10.513/88, que fundamentaram a decisão. De certo que o
adiantamento é tratado na Lei 4.320/64 como um dos meios de ser efetuado o pagamento na
administração pública em casos excepcionais, mas pontuo que a excepcionalidade tratada aqui se
refere à necessidade de disposto legal que especifique o tipo de despesa que pode ser paga por
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este meio e que não possa subordinar-se ao processo normal de aplicação. Assim, deverá existir
lei específica que determine previamente quais tipos de despesas que poderão ser pagas por este
meio, determinando quem poderá receber o adiantamento, quando, seu limite máximo e o prazo
para a prestação de contas. Nesse sentido, a Lei 10.513/88 disciplinou o regime de adiantamento
no âmbito do Município de São Paulo. Nesta lei, o artigo primeiro define a que se destina o
regime de adiantamento, sendo este a realização de despesas que não possam subordinar-se ao
processo normal de aplicação, ou seja, que não podem seguir as etapas sequenciais estabelecidas
de empenho, liquidação e pagamento. O artigo segundo já elenca os itens que se enquadram na
utilização do regime de adiantamento, ou seja, aqueles casos que não têm a possibilidade de se
realizar na ordem regular das fases da despesa e que exigem pronto pagamento. São onze incisos
que discriminam e liberam a administração pública municipal para, de imediato, se utilizar desse
regime no atendimento de suas despesas. Entre estes se encontra o inciso V, que se refere à
participação de servidores em cursos ou congressos necessários ao desempenho de suas
atribuições. A partir desse enquadramento, não se faz necessário justificativa ou comprovação da
Origem sobre a excepcionalidade da despesa relativa "à participação de servidores em cursos ou
congressos necessários ao desempenho de suas atribuições", pois a legislação municipal já lhe
faculta sua utilização, quando a elenca na categoria de despesa passível de utilização do regime
de adiantamento. Basta apenas que esta não seja possível de ser realizada pelo processo normal
de aplicação, ou seja, no caso concreto, em situações em que as inscrições para possibilitar a
participação só se efetuem mediante o pronto pagamento, impossibilitando, com isso, a utilização
da contratação por meio do artigo 25, inciso II, que trata da inexigibilidade de licitação em casos
de serviços técnicos especializados, visto que nesta não poderá ocorrer a inversão das fases da
despesa – empenho, liquidação e pagamento – sendo esta necessária a se obter a prestação do
serviço pretendido pela Administração. Dessa forma, ao reanalisar a matéria em sede recursal,
considero que as contas prestadas poderão ser acolhidas parcialmente referente aos valores
relacionados às inscrições no curso no importe de R$ 3.180,00 (três mil, cento e oitenta reais). A
mesma sorte não se dá na análise do restante dos valores compostos em R$ 3.623,44 (três mil,
seiscentos e vinte e três reais e quarenta e quatro centavos) utilizados para o pagamento das
diárias concedidas, eis que ausentes os documentos necessários e específicos para a comprovação
dessas despesas, tais como cupons de embarque ida e volta, cópia das passagens, recibos de
pedágio. Ressalto não haver questionamento de dolo, culpa ou má-fé dos servidores, bem como a
existência de provas nos autos da realização dos cursos pelos servidores. Diante do exposto,
CONHEÇO do Recurso "ex officio", eis que regimental e, no mérito, DOU PROVIMENTO
PARCIAL ao apelo para julgar IRREGULAR apenas a despesa realizada no montante de R$
3.623,44 (três mil, seiscentos e vinte e três e quarenta e quatro centavos), mantendo a não
determinação de reposição aos cofres públicos dos valores rejeitados, por não haver os motivos
arrolados nas hipóteses previstas nas alíneas do § 2º da IN 03/2011 desta E. Corte, possibilitando
outorgar quitação total ao responsável. Participaram do julgamento os Conselheiros Maurício
Faria – Revisor, Edson Simões e João Antonio. Presente o Procurador Chefe da Fazenda
Guilherme Bueno de Camargo. Plenário Conselheiro Paulo Planet Buarque, 11 de maio de 2016.
a) Roberto Braguim – Presidente; a) Domingos Dissei – Relator." Na sequência, os Conselheiros
requereram ao Egrégio Plenário, nos termos do artigo 172, inciso III, combinado com o artigo
182, ambos do Regimento Interno desta Corte, adiamento do prazo para devolver os processos
remanescentes da pauta de reinclusão, o que foi deferido. Por derradeiro, o Presidente concedeu
a palavra aos Senhores Conselheiros e à Procuradoria da Fazenda Municipal para as
considerações finais. A seguir, o Presidente convocou os Senhores Conselheiros para as Sessões
de Primeira e Segunda Câmaras e, em sequência, para as Sessões Ordinárias 2.871ª e 2.872ª, a
realizarem-se no próximo dia 25 de maio de 2016, às 9h30min. Nada mais havendo a tratar, às
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13h25min, o Presidente encerrou a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que vai subscrita
por mim, Rodrigo Pupim Anthero de Oliveira, _________________________, Secretário-Geral,
e assinada pelo Presidente, pelos Conselheiros, pelo Procurador Chefe da Fazenda e pelo
Procurador. São Paulo, 11 de maio de 2016.
_______________________________ ROBERTO BRAGUIM
Presidente
___________________________ ___________________________ MAURÍCIO FARIA JOÃO ANTONIO Vice-Presidente Corregedor
___________________________ ____________________________ EDSON SIMÕES DOMINGOS DISSEI Conselheiro Conselheiro
______________________________ GUILHERME BUENO DE CAMARGO
Procurador Chefe da Fazenda
______________________________ CARLOS JOSÉ GALVÃO
Procurador
LSR/amc/mcam/smv ATA DA 2.870ª SESSÃO (ORDINÁRIA)
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