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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A NEUROCIÊNCIA E SUAS CONEXÕES COM AS BASES EDUCACIONAIS
Por : Mário Cezar de Oliveira
Orientadora
Prof. Marta Pires Relvas
Rio de janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A NEUROCIÊNCIA E SUAS CONEXÕES COM AS BASES EDUCACIONAIS
Apresentação de monografia à Universidade Candido
Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Neurociência Pedagógica.
Por : Mário Cezar de Oliveira.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a meus pais por
tudo que fizeram por mim, por ter tido saúde para
ultrapassar obstáculos e alcançar meus objetivos, a
minha família, meus amigos de curso por
vencermos juntos esta jornada, aos professores pela
paciência e boa vontade em me ajudar nas horas
mais difíceis e em especial a querida professora
Marta responsável pela minha ampla plasticidade
cerebral.
4
DEDICATÓRIA
A Deus por tudo que me deu ao longo da vida, a
minha esposa, filhos, netos, irmãos e amigos pelo
incentivo que me deram e que sem o apoio destas
pessoas seria impossível atingir tais objetivos, este
trabalho é dedicado a vocês.
5
RESUMO
Este trabalho é o resultado de reflexões, estudos e pesquisa tendo como foco a
educação e no ensino\aprendizagem o seu principal objetivo, aborda as questões
inerentes ao aprendente, sua contextualização, a importância dos métodos
empregados, seus objetivos a fim de que este aluno venha adquirir conhecimentos
com maior objetividade contribuindo para o seu desenvolvimento na construção do
ser humano autônomo, critico e consciente e si e do mundo. Os capítulos indicam
direções no sentido de que este aprendente possa ser melhor ouvido, compreendido
e atendido nas suas necessidades primárias. É focado também questões
neuropedagógicas como instrumentos de apoio significativos na formação deste
indivíduo. A neurociência e a pedagogia juntas oferecem uma inovadora parceria,
respeitando as especificidades de cada ciência, elas se completam ao conduzir este
aprendente a um novo sistema, através do qual biologicamente se constrói a fonte
de novas conexões neurais. Este resumo indica que o tema em questão, aborda
problemas atuais onde se cogita que seja objeto de pesquisa tendo o cérebro como
elemento base das transformações propostas no bojo deste trabalho ao aprendiz, é
preciso conhecê-lo numa visão interdisciplinar. O homem foi concebido como
alguém que transforma e ao mesmo tempo é transformado.
Palavras-chave: ensino\aprendizagem, aprendente, transformação, neurociência
.
6
METODOLOGIA
A importância dos métodos aplicados proporciona citar, a exaustão na
busca de informações e dados que pudessem cada vez mais enriquecer este
trabalho que certamente estará á disposição de pessoas dispostas e comprometidas
com a educação.
Os métodos aqui aplicados seguiram religiosamente o projeto planejado
que era trabalhar a neurociência como instrumento facilitador na educação, em
busca do conhecimento tendo na pedagogia um elo importante e inseparável
encurtando distâncias ao estimular, incentivar e motivar o aprendente em direção e
na aquisição do aprendizado e do conhecimento.
As pesquisas, leituras e questionamentos, só vieram favorecer e
melhorar o conteúdo deste ao trazer em alguns momentos respostas aos problemas
aqui apresentados, os dados coletados sinaliza a importância das referências
bibliográficas: livros didáticos, revistas focadas em neurociência e educação, internet
além do informativo comunicandido, tais referências trouxeram valiosas
contribuições na confecção e concretização desta monografia o que seria impossível
sem elas dar continuidade a este projeto.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 08 CAPITULO I ....................................................................................................... 11 CAPITULO II ...................................................................................................... 18 CAPITULO III ..................................................................................................... 26 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 34
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INTRODUÇÃO
Este estudo monográfico tem como foco principal a educação sob todos
os aspectos, onde a neurociência pedagógica visa compatibilizar o cognitivo e o
cérebro humano adequando o funcionamento do mesmo a fim de melhor entender a
forma como este cérebro memoriza, arquiva e transforma as sensações, captadas
pelos diversos elementos sensoriais.
As dificuldades em aprender, os transtornos e outros, tem contribuído
nos problemas encontrados pelos alunos e se não cuidados a tempo certamente os
seguirão ao longo da vida.
A neurociência pedagógica junto a outras disciplinas tem mudado com
suas intervenções a metodologia do ensinar e aprender ao encontrar na
neuroeducação como base de sustentação para um melhor aprendizado.
Este trabalho visa ainda, pesquisar e enfocar o ensino\aprendizagem ao
despertar um grande interesse em todas as classes voltadas para a educação por
enfatizar várias ferramentas de enorme valia neste contexto.
Hoje o cenário é outro, nota-se a preocupação de educadores na busca
de soluções que venham oferecer a este aprendente, as melhores condições para
que a aprendizagem se torne mais fácil, dinâmica e prazerosa.
Como justificativa, este trabalho procura mostrar que alunos,
professores e sociedade alem da família, devem estar presentes ocupando os
espaços, tendo como base a neurociência pedagógica ao estabelecer uma
conscientização e naturalmente, transformação quanto aos problemas inerentes aos
educandos apoiados por um processo de ensino eficiente.
A importância deste tema mostra que o sistema educacional tem sofrido
inúmeras modificações ao longo do tempo, as relações culturais e sociais, são
personalidades construídas pelo ser humano tendo a escola de fundamental
importância para o desenvolvimento sócio-afetivo do educando, a neuroeducação
tem propiciado valores sendo um elo que ligará como pesquisa em neurociência á
prática pedagógica.
Como objetivo geral, abordar as questões neuropedagógicas,
trabalhando a neurociência como instrumento facilitador da educação e de
resultados significativos ao sinalizar novas dimensões, na aquisição e produção do
9
conhecimento, é uma proposta inovadora ao criar uma sinapse transmissora entre a
neurociência e a pedagogia, ao conhecer e compreender os processos neurais
distribuindo-se daí, novos valores através de olhares educacionais.
Este estudo aborda questões referentes a neuroeducação objetivando
estabelecer uma conscientização e naturalmente possível transformação quanto
aos problemas inerentes ao ensino\aprendizagem onde a complexidade envolve,
pessoas, educadores e educandos indo além do domínio cognitivo tendo na ética e
na moral, os pilares desta relação.
Neste processo, busca-se respostas aos problemas formulados no que
se refere: porque ainda persiste algumas resistências até mesmo entre educadores
no que diz respeito a neurociência pedagógica.
É um trabalho acadêmico que delimita seu escopo de observação,
educandos e educadores, alunos do ensino fundamental de toda rede de ensino
além de crianças carentes da Sociedade Beneficente de Anchieta cuja atividades
são voltadas entre outras para crianças com dificuldades em aprender.
Para tanto, esta monografia tem o seu desenvolvimento pautado em
três capítulos nos quais pretende-se oferecer subsídios e transformações
importantes a cerca deste assunto.
No primeiro capitulo é importante citar: A neurociência sob novos
olhares, ao estabelecer um paralelo entre o passado e o presente, nota-se que a
tempos o cérebro tem sido elemento de estudo e pesquisa desde a antiguidade,
sabe-se muitas perguntas continuam ainda sem respostas e em outras várias
questões não foram decifradas onde o cérebro em algumas áreas continua uma
incógnita para todos, principalmente para aqueles que se propõe estudá-lo a nível
científico.
Aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro, conhecer
como este cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor
maneira de ajudar os alunos a aprender.
A aprendizagem, a neurociência e a educação estão intimamente
ligadas ao desenvolvimento cerebral o qual se molda aos estímulos do ambiente, o
estudo da aprendizagem une a educação a neurociência.
Já no capitulo dois, as intervenções neuroeducacionais se apresentam
como destaque em face desta fundamental ligação onde ela investiga o processo
de como o cérebro aprende e lembra desde o nível molecular e celular até as áreas
10
corticais, o estudo da aprendizagem ao unir estas duas áreas indica que quanto
mais se estuda a fisiologia nervosa cada vez menos se pode dissociar o estudo
anatômico da abordagem funcional ao sistema nervoso.
O terceiro e ultimo capitulo, cita a neuroeducação e suas
transformações como um modelo desenhado para atuar nas matrizes de
inteligências do sistema mental e estruturar o caminho de manifestação do potencial
inteligente da consciência.
A neuroeducação atua no campo da educação desenvolvendo
holográficas capazes de corrigir as dificuldades de aprendizagem escolar
oferecendo instrumentos de inclusão social capaz de extrair o máximo do potencial
funcional de cada individuo ao transformá-lo em todas as capacidades
independentemente de sua origem social, qualidade de ensino escolar ao qual está
submetido ou grau de desenvolvimento pessoal.
“ No mundo moderno o homem é visto como um ser de inúmeras
facetas uma vez que na sua realidade ele é submetido as normas em
vigor que são multifacetadas, o que o diferencia de outros animais, é o
seu pensamento criativo e produtivo” PORTO (2007).
Este trabalho foi desenvolvido e construído através de exaustivas
pesquisas bibliográficas, no entanto, mesmo concluído, se encontra em aberto tendo
em vista a complexidade na busca de soluções para o tema em questão uma vez
que o que se pretende é seguir pesquisando a fim de que se tenha respostas aos
problemas apresentados.
11
CAPITULO I
NEUROCIÊNCIA PEDAGÓGICA FACILITADOR DO PROCESSO EDUCACIONAL
A Neurociência pedagógica no processo educacional surgiu e ocupa um
espaço como instrumento de facilitação e de transformação objetivando preparar o
individuo ao mostrar novas direções para as práticas educativas abreviando a
aprendizagem tão fragmentada em nossos dias.
A Neurociência traz em seu bojo, um olhar novo à educação através de
novas idéias, grandes perspectivas de trabalho e pesquisas, com resultados
significativos oferecendo aos profissionais da área da educação uma motivação
crescente neste desafio permanente que é ensinar.
A educação engloba aspectos filosóficos, biológicos, antropológicos e
psicológicos sendo o elemento central da interdisciplinaridade logo, é possível dizer
que o cérebro desempenha um papel importante neste processo na formação do
intelecto humano através de conexões neurais em busca de caminhos para o
aprendizado.
A importância do cérebro na aprendizagem, considera-se as inúmeras
contribuições da Neurociência para a formação de professores, com o objetivo de
oferecer um aprofundamento a esse respeito para que se obtenha melhores
resultados no processo ensino-aprendizagem e em especial na educação básica.
Segundo Paulo FREIRE (1999), fazendo pesquisa, educo e estou me
educando com os grupos populares. Voltando à área para por em prática os
resultados da pesquisa, não estou somente educando ou sendo educado: estou
pesquisando outra vez.
Na afirmativa descrita, pesquisar e educar se identificam em um
permanente e dinâmico movimento.
Na busca do conhecimento, pode-se afirmar que o cérebro passa por
mudanças naturais de desenvolvimento ao longo da vida portanto todo o individuo
tem um grau de operatividade motora verbal e mental de acordo com o nível de
desenvolvimento alcançado.
Na construção do conhecimento, Freud (1988), privilegia a afetividade e
Piaget 1976, a cognição, é evidente que o afeto e a inteligência, são estruturadas
12
nas ações dos indivíduos, podemos afirmar sem dúvidas que a aprendizagem é um
processo fundamental para nossas vidas.
A Neurociência como facilitador educacional, muito tem contribuído sob
todos os aspectos uma vez que avalia e sinaliza as causas elementares dos
bloqueios e dificuldades neurais oferecendo mecanismos de defesa no processo de
aprendizagem ao propiciar diálogo da educação e saúde com: Neuropsicologia,
Neurobiologia, Neuroanatomia e outras aplicáveis no trato das questões inerentes
ao processo de estruturação cerebral do humano.
A Neurociência Pedagógica constrói as estruturas mentais, explica o
comportamento em termos de atividade cerebral, como o cérebro organiza e articula
as células nervosas para o comportamento e como são influenciados pelo ambiente
externo daí, as áreas da saúde envolvidas citadas.
É fundamental que professores estimulem individualmente a inteligência
das crianças empregando técnicas que permitam a cada aluno aprender da maneira
que é melhor para ele, aumentando sua motivação para o aprendizado pois cada
pessoa tem de encontrar seu próprio caminho, já que existe um único para todos
(STENBERG e GRIGORENKO, 2003).
Considerando que alunos diferentes lembram e integram informações
com diferentes modalidades sensoriais, analisar como as pessoas se relacionam
atuam e solucionam problemas, identificar os estilos específicos de aprendizagem,
torna-se bastante útil. (WILLIANS Apud, MARKOVA 2000).
1.1 – A Neurociência sob novos olhares
Ao estabelecer um paralelo entre o passado e o presente, nota-se que a
tempos, o cérebro tem sido elemento de estudo e pesquisa desde a antiguidade,
sabe-se que muitas perguntas ainda continuam sem respostas e em outras várias
questões, não foram ainda decifradas onde o cérebro em algumas áreas continua
uma incógnita para todos principalmente para aqueles que se propõe estudá-lo a
nível científico.
O aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro, conhecer
como este cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor
maneira de ajudar os alunos a aprender. A aprendizagem, a Neurociência e a
educação estão intimamente ligadas ao desenvolvimento cerebral o qual se molda
13
aos estímulos do ambiente, o estudo da aprendizagem une a educação com a
Neurociência.
A aprendizagem é afinal um processo fundamental da vida. Todo
individuo aprende e, por meio da aprendizagem, desenvolve os
comportamentos que o possibilitam viver. Todas as atividades e
realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem.
(CAMPOS, apud, PORTO, 2007, P.15)
Há décadas que as neurociências não são mais de longe uma ciência
puramente básica, hoje praticamente ela elabora o conteúdo das ciências que a
dedica ao estudo do sistema nervoso, sua anatomia e fisiologia bem como patologia.
Pesquisadores em educação tem tido postura otimista de que as descobertas em
neurociências contribuam para a teoria e práticas educacionais
O corpo, emoção e razão são indivisíveis e inseparáveis, é uma visão
integra e holística, a razão de ser nos últimos tempos as investigações da
neurociência revelou dados surpreendentes sobre o funcionamento do cérebro, o
crescimento de novos neurônios, outra afirmativa é que a inteligência não é única e
nem fixa e muito menos reside em um local determinado no cérebro como se
afirmava no passado, a inteligência é concebida como uma função do cérebro e
várias partes dele estão envolvidas em qualquer ação inteligente.
A inteligência muda com o tempo e os estímulos disponíveis no meio
ambiente. É preciso que estar atentos pois o mundo de hoje e de amanhã, somente
poderá ser enfrentado com sucesso, pela fantástica capacidade do cérebro humano,
existe um grande ênfase no desenvolvimento da inteligência, do talento e das
competências das pessoas.
O cérebro é único não existindo outro igual, cada individuo tem o seu de
forma distinta resultando na interação dinâmica entre natureza e ambiente,
respectivamente genética e estimulação onde tudo que o sujeito realiza acontece á
partir de uma comunicação entre os neurônios.
As pessoas aprendem de forma diferentes onde um único método não é o
ideal para todos os alunos, necessário se faz, várias estratégias diferentes de
ensinar daí, permitir ao educando sempre que possível a escolha, não é uma
proposta revolucionária, necessita de professores preparados, sintonizados e
14
comprometidos com a educação e com o método a aplicar ao desenvolver um
ensino diversificado e diferenciado, capaz de identificar, respeitar e aproveitar o
estilo de aprendizagem preferencialmente mais adequado para seus alunos.
Segundo FERNANDEZ e PAIN, “Para aprender são necessários dois
personagens, o ensinante e o aprendente e um vínculo que se estabelece entre
ambos”
A experiência escolar permite concluir que um dos grandes diferencias do
processo educativo é o vinculo estabelecido entre educadores e educandos. O ideal
é trabalhar com a premissa de que havendo vinculo é mais fácil que o professor
desenvolva a capacidade de escuta do que o aluno pretende transmitir e possibilite a
ele que se sinta compreendido e entendido em seu sofrimento mesmo porque
indisciplina e incompreensão caminham juntas.
1.2 - A ação Neuropedagógica
As questões pedagógicas estão relacionadas a transformação e
modificação do individuo através da teoria e da prática educacional, tendo de um
lado o aluno e do outro a ação neuropedagógica onde o professor é o agente
representante que detém o domínio pedagógico que tem como função, guiar o aluno
ao saber.
Chega-se assim as finalidades da ação neuropedagógicas das quais
resulta princípios psicológicos acerca do ser que aprende e dos processos da
aprendizagem. Segundo MIALARET, (1976,p,09) “ a ação psicológica,
necessariamente exercida no quadro de uma situação pedagógica (uma só existe
pela outra e reciprocamente), induz condutas, prova e utiliza processos psíquicos
nos educandos.
Hoje como ontem, com respeito á busca de novos caminhos e novas
plásticas educativas, os estudos e pesquisas sobre Neuroeducação e aprendizagem
ganham força e conduz a reflexão ao mostrar e introduzir mais esta ferramenta de
enorme importância neste processo ensino \ aprendizagem.
Por tudo isso, a alfabetização não se pode fazer de cima para baixo e
nem de fora para dentro como uma doação ou uma exposição mas, de dentro para
fora pelo próprio educando, somente ajustado pelo educador.
15
Segundo PAULO FREIRE, (1995), esta é a razão pela qual se procura um
método que fosse capaz de fazer instrumento também do educando e não somente
do educador e que identificasse, o conteúdo de aprendizagem como processo de
aprendizagem.
Por essa razão não se acredita nas cartilhas que pretendem fazer uma
montagem de sinalização gráfica como uma doação e que reduzem o analfabeto
mais a condição de objeto de alfabetização do que sujeito da mesma.
Paulo Freire, sempre buscou através de seus métodos e pesquisas, a
metodologia que valorizasse o conteúdo, a aprendizagem e o conhecimento,
afastando o convencional ao aplicar em seus alunos, métodos da sua própria
vivência e realidade cultural.
A não aprendizagem na escola é uma das causas do fracasso não só
escolar como para a vida toda porem, a questão é bem mais ampla e este trabalho
não comporta um aprofundamento exaustivo mesmo porque não é este o seu
objetivo no entanto o que se busca é encontrar soluções que possam minimizar as
angústias e dificuldades daquelas pessoas que por motivos já citados , não
encontraram o ponto de equilíbrio através do aprender e do conhecimento.
É comum alunos serem incluídos em classes escolares especiais onde
são considerados pertencentes a grupos de alunos com deficiência mental ou
hiperativos isto sem diagnóstico ou avaliação de profissionais da área da saúde, mal
sabem as pessoas que tais atitudes estão marcando e direcionando o destino de
muitas crianças que se fossem melhor observadas, avaliadas e assistidas
naturalmente teriam suas vidas seguindo caminhos promissores.
Existe atualmente uma verdadeira avalanche de diagnósticos de
problemas relacionados ao aprendizado, principalmente em relação à educação
infantil, logo o questionamento é se ás crianças hoje tem maior ou menor dificuldade
para aprender ou são os adultos de hoje que encontraram maior facilidade em
atribuir diagnósticos e revelações de nomes de doenças a qualquer alteração ou
dificuldade que surge por ocasião do processo de aprendizagem.
Apesar dessa ressalva quanto ao exagero de diagnósticos, realmente
verifica-se uma grande incidência de problemas de aprendizagem, muito além do
que se acontecia a algumas décadas atrás, não são raras as queixas escolares de
dificuldade para aprender a ler e escrever, para fazer tarefas matemáticas e
compreender o significado e o uso da pontuação.
16
Ao observar com mais cuidado, verifica-se que não se trata de um
problema individual mais de queixas freqüentes em todos os níveis
socioeconômicos, crianças agitadas, desatentas, desajeitadas, com dificuldades
para compreender símbolos gráficos e usá-los na ordem correta para a escrita,
alguns não conseguem organizar as sílabas na ordem correta para escrever as
palavras, outros não conseguem ordenar as palavras para organizar as frases e não
conseguem compreender o que é pontuação e para o que ela serve.
Nota-se também dificuldade de coordenação motora onde algumas
sequer conseguem pular corda, pular em pé, de amarelinha, atividades tão comuns
principalmente para quem foi criança há três ou mais décadas.
Muitas delas não conseguem perceber os lados direito e esquerdo do
corpo além das várias dimensões do espaço, esta falta de noção de espaço é
notada na escrita quando há inversão das letras, as chamadas de espelhamento e
dificuldade para grafar nos limites do papel, bem como traçados irregulares e
ilegíveis.
Junto a todo este caos é possivel relacionar os problemas sociais,
aqueles que em nossos dias aparece em quase todas estas dificuldades
mencionadas, o sedentarismo tão onipresente nestes tempos em qualquer faixa
etária, a falta de espaços para brincar, pelos perigos das ruas impossibilitando que
as crianças fiquem soltas como outrora e principalmente pela sedução dos
brinquedos e jogos eletrônicos trocando a atividade física pelo lazer virtual
impossibilitando a criança em experimentar o seu próprio corpo, seus movimentos,
suas brincadeiras, o espaço além das sensações provocadas pelo uso sistemático
do corpo.
Estes distanciamentos do corpo e suas experiências reais principalmente
entre as faixas etárias mais jovens, é sintoma de algumas alterações de costumes e
comportamentos dos tempos atuais.
Imagina-se a criança que fica confinada em seu pequeno espaço junto a
seu aparato de jogos e brinquedos eletrônicos quando chega à escola e encontra
uma quadra e longo corredor e inúmeras crianças da mesma idade.
Naturalmente qualquer ser humano saudável e com muita energia para
gastar, sentiria um impulso enorme a fim de explorar essa imensidão, nesse caso
este excesso de atividade e agitação, não poderiam ser considerados como
17
transtorno ou doença mas como uma reação a uma privação cotidiana de atividades
corporais sadias e necessárias.
A idéia de relacionar os pensamentos e a linguagem aos movimentos
corporais não é nova, porém carece de fundamentos teóricos de peso e
rigorosamente científico para justificar essa proposta de corrigir problemas de
aprendizagem da linguagem mediante atividades para reorganização dos
movimentos.
Para DAMÁSIO (2009), pensamento e ação corporal ocorrem na mesma
escala temporal e é nossa percepção corporal de prazer ou desprazer relacionada a
cada pensamento que seleciona as opções que representam melhores alternativas
para a solução de nossos problemas.
A proposta de buscar na neurociência pedagógica benefícios em proveito
da educação não é nova, hoje certamente a educação não pode prescindir da
neurociência tendo no cognitivo e o cérebro elementos essenciais para o
aprendizado, as pesquisas mostram que novas metas e soluções são encontradas
na busca de objetivos que possam minimizar as dificuldades impostas pelo
ensino\aprendizagem, novos caminhos serão abertos, novas variantes desbravadas
fundamentais acerca do conhecimento e do saber.
18
CAPITULO II 2 – A NEUROCIÊNCIA E AS BASES EDUCACIONAIS
A construção de uma consciência Nacional sobre a educação, é tarefa de
longo prazo, envolve família , estado e a sociedade em geral, a aprendizagem e o
desenvolvimento da criança depende cada vez mais destes componentes
importantes que sem eles haverá naturalmente comprometimento sob o qual o
resultado recairá sempre sobre o aluno, é uma rede de relações sadias e
responsáveis no que diz respeito ao processo ensino\aprendizagem.
O êxito deste aluno está alicerçado basicamente sobre tais dimensões
que se influenciam em uma relação dialética, a individual que diz respeito a este
aluno e suas vivências, pertencente a uma estrutura familiar e a outra externa que
corresponde a escola, os aspectos culturais e sociais e a sociedade como um todo.
Neste enfoque, a Neurociência enquanto campo de apoio ao
conhecimento, não pode ficar alheia as questões educacionais e sociais onde o
aluno torna-se refém em face de diversos fatores interligados entre si que
naturalmente pelo desentrosamento, propicia a este aluno uma variedade de
dificuldades as quais trarão enormes prejuízos na sua aprendizagem e formação e
numa reação em cadeia, dúvidas ao seu futuro.
Necessário se faz uma política de inclusão com responsabilidade,
planejamento e comprometimento com as causas referentes á educação assim
como com as sociais, ao oferecer oportunidades a todos sem excessão, na
construção cognitiva e cultural no desenvolvimento da linguagem permitindo ampla
inserção facilitando amplamente o desenvolvimento na aprendizagem e no
conhecimento.
A escola cabe absorver estes educandos em seus diferentes níveis e
ritmos uma vez que ele refletirá sempre a sociedade a qual está inserida.
No universo das particularidades humanas e experiências individuais,
vivemos uma multiplicidade e a pedagogia vive atualmente um papel desafiador que
é a transformação, primeiro em descobrir seus próprios caminhos, sua missão e
seus objetivos a fim de dar um novo sentido ao aprendizado e a novas idéias
conquistadas.
Mais do que falar e escrever, é buscar fórmulas e alternativas pois o
discurso sobre inclusão precisa se tornar uma prática generalizada e permanente
19
onde exercer o direito de cidadão (cidadania) seja realmente um direito de todos
naturalmente.
Segundo VANIA Vieira da Cruz, Pós graduada em Gestão Ambiental, “ O
ser humano constrói sua personalidade com as relações culturais e sociais e a
escola tem fundamental importância para o desenvolvimento sócio afetivo do
educando pois a escola possibilita a interação com os outros, o ouvir, o falar na
forma certa, o agradecimento, a educação, o respeito, a solidariedade que são
experiências essenciais para a construção do individuo como pessoa”.
Cabe também ao professor utilizar métodos e estratégias levando-as ao
cotidiano do aluno para a sala de aula uma vez que este traz inúmeras informações
do seu dia-dia do lado de fora, as quais, poderão se transformar em debates,
trabalhos em grupos, oficinas, pesquisas, dramatizações, seminários, vídeos e
outros estes procedimentos, produzirá a seus alunos formas não tradicionais de
ensino através de experiências do cotidiano associado aos estímulos, possibilitando
o exercício de prática educativa-critica o que certamente fará sucesso não só na
escola como principalmente entre seus alunos.
A sala de aula deve ser um espaço de conhecimento e de valores onde, é
necessário que o educador venha provocar, desafiar, refletir e levar seus alunos a
levantar hipótese e soluções de problemas utilizando os aspectos cognitivos,
afetivos, sociais e culturais.
2.1- Intervenções Neuroeducacionais
Os Neuropedagogos estudam sobre o processo de aquisição de
aprendizagem e da memória tendo o cérebro como elemento principal, fazem
pesquisas, testes e teorias as quais resultarão em benefícios para todos por outro
lado, encontram-se os educadores que anseiam em por em prática tais pesquisas,
testes e teorias, é um trabalho significativo e juntar estes dois segmentos é
compensador uma vez que irá exigir dos envolvidos as análises e aplicações destes
conhecimentos científicos traduzindo-os para as salas de aulas.
Esta colaboração mútua, enriquece tanto o trabalho dos cientistas
cognitivos como dos educadores onde estes poderão desenvolver e aplicar métodos
de ensino que melhor possam serem adaptados a seus alunos, em busca de que
estes métodos facilitarão a aprendizagem.
20
A Neurociência tem um papel fundamental de intima ligação com a prática
pedagógica ela investiga o processo de como o cérebro aprende e lembra, desde o
nível molecular e celular até as áreas corticais, o estudo da aprendizagem une estas
duas áreas logo quanto mais se estuda a fisiologia nervosa cada vez menos se pode
dissociar o estudo anatômico da abordagem funcional ao sistema nervoso.
Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes
informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e
destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É sobretudo,
dar-lhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes,
soluções, idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e
comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem.Formar é
muito mais do que simplesmente informar, pois representa um
enriquecimento da personalidade humana”. ( Chiavenato, 1999)
O aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro, conhecer
como este cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor
maneira de ajudar os alunos a aprender. A aprendizagem, a neurociência e a
educação estão intimamente ligadas ao desenvolvimento cerebral o qual se molda
aos estímulos do ambiente, o ensino bem sucedido provoca alterações significativas
na taxa de conexões sinápticas.
Inúmeras áreas do córtex cerebral são simultaneamente ativadas no
transcurso de nova experiência de aprendizagem, situações que reflitam o contexto
da vida real, de forma que a informação nova se junte a compreensão anterior. A
neurociência oferece um grande potencial para nortear a pesquisa educacional e
futura aplicação em sala de aula.
É fundamental que professores entendam que os sentimentos que
impulsionam a aprendizagem positiva ou negativamente, devem compreender que o
ser humano é um ser emocional, que pensa coerente com esta nova visão, é
primordial que os educadores aprendam a ler e entender as emoções, alegria,
tristeza, raiva, medo de seus alunos e principalmente a lidar adequadamente de
forma competente com elas.
Sob este aspecto considera-se como importante em primeiro lugar criar
um ambiente seguro e convidativo para a aprendizagem, livre de desrespeito,
ofensas e humilhações.
21
Em ambiente de medo e insegurança, o aluno torna-se passivo além de
perturbar a disciplina naturalmente indesejáveis em sala de aula além de que caso
uma criança seja ridicularizada por erro, irá se sentir em perigo logo, o cérebro
desta criança reagirá imediatamente adotando uma postura de fuga ou ataque, ao
contrário de que quando o erro é aceito e tratado de forma natural como parte do
processo de crescimento, o estudante aprende com ele, deve-se incrementar um
clima emocional positivo dentro da escola e da sala de aula com alegria, respeito
mútuo, elogios e brincadeiras sadias.
Neste aspecto, vários fatores influenciam a ação do professor em sala
de aula e suas ações dificultando o processo ensino\aprendizagem, o uso de
metodologia inadequada, a falta de recursos didáticos, as condições insatisfatórias
de trabalho, sem contar a dinâmica emocional do ser humano soma-se a isto, os
desajustes familiares na vida do aluno, a violência hoje presente tanto fora como
dentro da escola e o lugar do fracasso ocupado apenas pelo aluno, quando
deveriam lá estar, o professor, o aluno e a escola.
Uma nova concepção educacional propõe montagem de ambientes
enriquecidos centrados no desabrochar da criatividade e da inteligência de cada um
dos jovens e crianças os quais motivados possam mais e com melhor qualidade e,
ao fazerem isto, possam desenvolver ao máximo o seu talento dispostos a estudar
e felizes.
Segundo a Neuropedagoga ISABEL S.W.Azevedo ”Não existem “fórmulas
mágicas” na prática pedagógica, juntos podemos reunir as pesquisas em
Neurociência com a prática pedagógica que melhor se adaptará aos nossos alunos”.
Neste contexto recai também, o uso da ludicidade como ferramenta
pedagógica em sala de aula o que facilitará a transformação diária em uma vivência
criativa e rica diante da qual os alunos serão os primeiros a se interessarem por ir à
escola, a pedagogia e a Neurociência promovem o desenvolvimento cognitivo, pois
através da aprendizagem o sujeito é inserido de forma mais organizada no mundo
cultural e simbólico.
O professor deve se aproveitar de meios e recursos no sentido de que o
seu aluno tenha motivação com a finalidade especifica que a aprendizagem venha
acontecer de forma plena e eficaz, deve ainda conhecer a bagagem que o aluno traz
incentivando-o para que seja sempre capaz de produzir e criar.
22
A motivação nada mais é que criar motivos, causar entusiasmo e ânimo,
entusiasmar o individuo fazendo-o chegar até a eficácia do conhecimento.
E mais ainda, cabe criar nestes indivíduos a vontade de aprender através
de estratégias e estímulos a fim de que estes indivíduos se sintam motivados em
aprender, naturalmente a realização dos objetivos propostos, implica que sejam
praticados sempre uma vez que não se desenvolve uma capacidade sem exercê-la
ás vezes exaustivamente.
Existe um desconhecimento da anatomia e da fisiologia do sistema
nervoso central e periférico, são questionamentos a fim de saber por onde passam
todos os processos da aprendizagem do ser humano e como ocorre a alfabetização
na mente das crianças.
A educação em nossos dias deve ser trabalhada com grupos
multidisciplinares, é necessário que se faça uma releitura e reelaboração do
desenvolvimento das práticas curriculares, criar atividades de acordo com cada faixa
etária trabalhada onde a atividade seja focada principalmente sob aspecto afeto-
cognitivo, a questão familiar também deve ser inserida neste contexto mostrando ao
aluno, a importância dos valores educacionais na vida de seus filhos, ela é o
primeiro núcleo do vinculo.
Na busca do conhecimento, estabelecemos relações com objetivos
físicos, concepções ou outros indivíduos. Afeto e cognição se constituem em
aspectos inseparáveis, estando presentes em qualquer atividade a ser desenvolvida,
variando apenas as suas proporções (LAJONQUIERE, 1998).
O afeto e a inteligência se estruturam nas ações e pelas ações dos
indivíduos, tanto a inteligência quanto a afetividade são mecanismos de adaptação,
permitindo ao individuo construir noções sobre os objetivos, as pessoas e as
situações, conferindo-lhes atributos, qualidade e valores.
As questões pedagógicas estão relacionadas a transformação e
modificação do individuo através da teoria e da prática educacional tendo de um
lado o aluno e do outro a ação neuropedagógica onde o professor é o agente
representante que detém o domínio pedagógico que tem como função, guiar o aluno
ao saber.
Segundo MARTA Relvas, “As equipes multidisciplinares e
interdisciplinares só tem sucesso quando agem de forma integrada com a família e a
escola a fim de otimizar resultados e focar o melhor desempenho da aprendizagem”.
23
“Hoje não basta saber quem eu sou, é preciso também saber quem eu
não sou para então saber quem eu posso ser”.
Há um consenso hoje em dia que o conteúdo dos nossos pensamentos
deriva dos padrões de ativação de vastas redes neuronais.
As manifestações da cultura mostram que as áreas do conhecimento é de
vital importância uma vez que influencia na vida de todos desde os primeiros anos
de vida até a velhice tendo a escola como elemento central onde projeta, planeja e
executa todos os procedimentos educacionais.
As ciências são instrumentos imprescindíveis na caracterização da
diversidade de situações e na legitimação de suas demandas, as tecnologias de
informações, ampliam a capacidade humana na comunicação, no tempo e no
espaço, naturalmente dão uma nova e valiosa contribuição no processo
ensino\aprendizagem.
Nos adolescentes e jovens, exerce um enorme fascínio e influência ao
despertar não só o seu lado curioso como além da disponibilidade de vários
equipamentos, o contato com o novo, a facilidade de aquisição e os resultados
imediatos.
O uso da tecnologia é um recurso bastante significativo ao desenvolver
conhecimentos porem, deve ser usada de forma correta, tornando-se um auxilio
fabuloso na aprendizagem ao proporcionar aos estudantes a oportunidade de
desenvolver habilidades tecnológicas básicas do mundo de hoje.
As competências escolares de formar ao longo da história, não significa
que elas mudam a cada ano letivo, é preciso compreender de que maneira elas
afetam o ensino e entender até que ponto aquilo que orientava professores de uma
geração continua útil ou não para a geração seguinte.
É preciso analisar, refletir e se necessário intervir neste contexto, pois o
cérebro existe para pensar e não a máquina pensar por ele.
No espaço escolar, se nivela o processo educacional, é lá que todos são
iguais, e que a inclusão se concretiza, não deve haver diferenciação na formação do
profissional\educador para as classes de ensino regular, das classes especiais já
que toda a educação é especial uma vez que a educação do ser humano deve ser
independente de qualquer atributo individual.
A tarefa de educar implica necessariamente o diálogo critico e livre entre
educadores e educandos, como forma de se permitir que o conhecimento surja e
24
seja construído á partir de interações coerentes vivendo o outro com diferentes
modos de pensar, agir com suas múltiplas expectativas exercitando a autonomia do
individuo, a liberdade de pensar seus sentimentos sua imaginação a fim de que
possa desenvolver talentos e que ele possa tanto quanto possível ser dono do seu
próprio destino.
No mundo de mudanças constantes, não devemos ensinar o que os
outros pensam ou pensaram, devemos desenvolver técnicas e métodos que possam
municiar nossos docentes á formação da consciência de que o aprendizado é
permanente e o conhecimento na sociedade contemporânea é volátil.
Ao partilhar os nossos saberes, estamos dividindo os nossos
conhecimentos com o outro ao construir novos saberes para este outro e
naturalmente para nós mesmos, estamos interagindo sempre com o meio que nos
cerca fazendo, construindo, revendo, analisando, definindo e ensinando para toda
vida isto é, ensinar é aprender a ensinar.
O cérebro humano é uma maravilhosa máquina que transforma uma
simples sensação em pensamento, é um órgão complexo, desvendado parcialmente
pela ciência, composto por células nervosas e glias.
Dentro desta complexidade é importante ressaltar as funções do encéfalo
e dos neurotransmissores, o encéfalo diferente do cérebro, é um conjunto de
estruturas que estão anatomicamente e fisiologicamente ligadas, são estruturas
especializadas que funcionam de forma integradas, para assegurar, unidade ao
comportamento humano.
Possui uma constituição elaborada ao receber mensagens que informam
ao homem a respeito do mundo que o cerca além de receber um permanente fluxo
de sinais de outros órgãos que o capacita a controlar os procedimentos vitais do
individuo, batimento cardíaco, a fome e a sede, as emoções, o medo, a ira, o ódio e
o amor tudo iniciando no encéfalo tendo o cérebro, a parte maior e mais importante.
Na aprendizagem a criança tem na concentração e atenção aspectos
importantes e fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e motor, o
aprendizado depende de alguns outros fatores, estimulo, interesse e da
funcionalidade adequada das estruturas que irão receber tais estímulos e
principalmente da atenção desta criança
Se a atenção é fundamental para a aprendizagem é através do
desempenho de uma estrutura complexa localizada na parte central do tronco
25
encefálico denominada de formação reticular (age como se fosse um filtro), que
mantém o córtex em condições para que possa receber novos estímulos, decodificá-
los e interpretá-los principalmente os sensitivos que devem ser selecionados onde
somente os estímulos importantes passam por este “filtro”, chegando ao córtex o
que os torna conscientes impedindo que os constantes bombardeios não venham
atingir o córtex de forma indiscriminada.
Quanto aos neurotransmissores, são substancias químicas produzidas
pelos neurônios, as células nervosas, por meio delas podem enviar informações a
outras células, podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetivar a
reação final no órgão ou músculo alvo, elas agem nas sinapses que são o ponto de
junção do neurônio com outra célula.
Os Neurotransmissores possibilitam que os impulsos nervosos de uma
célula influenciem os impulsos nervosos de outra permitindo assim que as células do
cérebro por assim dizer, “conversem entre si”.
O corpo humano desenvolve um grande número dessas mensagens
químicas para facilitar a comunicação interna e a transmissão de sinais dentro do
cérebro, são substancias que funcionam como combustível cerebral, nos deixam
mais felizes e são fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
O interesse dos neuropesquisadores, suas descobertas, tem crescido em
resposta á necessidade de, não somente entender os processos
neuropsicobiológicos normais mais principalmente para respaldar a ciência da
educação.
Modernas técnicas estão começando a revelar como o cérebro tem
conseguido a notável proeza da aprendizagem, as ciências cognitivas modernas,
estão sendo capazes de estudar objetivamente muitos componentes do processo
mental tais como atenção, cognição visual, linguagem, imaginação mental etc.
(Cardoso, Sabbatinni, 2000, “Cérebro e Mente”.
Novos desafios terão pela frente, certamente novas conquistas,
possivelmente os obstáculos existentes entre neurocientistas e educadores serão
ultrapassados, novos paradigmas irão impulsionar a ciência principalmente a
aqueles que se preocupam com a educação sob novos olhares.
26
CAPITULO III
3 – A NEURO EDUCAÇÃO E SUAS TRANSFORMAÇÕES
Neuroeducação é um modelo sistêmico de intervenções evolutivas
desenhado para atuar nas matrizes de inteligências do sistema mental e estruturar o
caminho de manifestação do potencial inteligente da consciência.
A neuroeducação atua no campo da educação desenvolvendo
ferramentas holográficas capazes de corrigir as dificuldades de aprendizagem
escolar oferecendo instrumentos de inclusão social capaz de extrair o máximo do
potencial funcional de cada individuo ao transformá-lo em todas as capacidades
independentemente de sua origem social, qualidade de ensino escolar ao qual está
submetido ou grau de desenvolvimento pessoal.
Portanto, mais que eliminar dificuldades de aprendizagem, a
neuroeducação auxilia também jovens e adultos a modificar suas estruturas
funcionais limitantes, aperfeiçoando suas operações das matrizes de inteligência,
possibilitando a expressão máxima da sua potencialidade: a genialidade pessoal.
Segundo a Neuropedagoga ADRIANA Peruzo, “apostar nos estudos da
neurociência pedagógica é apostar numa evolução crescente e segura, é vincular o
educador a idéias, a comportamentos e a pensamentos complexos, é levar ao
educando a noção do sujeito do processo da aquisição e da produção do
conhecimento”.
A neurociência pedagógica é um ramo da ciência que compatibiliza o
cognitivo (técnica de ensino) e o cérebro humano, adequando o funcionamento do
cérebro para melhor entender a forma como este recebe, seleciona, transforma,
memoriza, arquiva, processa e elabora todos as sensações captadas pelos diversos
elementos sensoriais para a partir deste entendimento poder adaptar as
metodologias e técnicas educacionais a todas as crianças e principalmente aquelas
com as características cognitivas emocionais diferenciadas.
A neuroeducação entre várias funções torna o ato de estudar, freqüentar
a escola, ler, enfim aprender, interessante, prazeiroso e fácil, as pessoas vêm sendo
trabalhadas com esta ciência tanto para eliminar incapacidades de aprendizagem
como para expandir conhecimentos específicos, é uma ferramenta moderna e
eficiente na construção e transformação do aprendente.
27
A união entre a neurociência e a pedagogia, está dando origem a
estratégias educacionais inovadoras, a plasticidade cerebral, a aquisição da
linguagem e a formação da mente simbólica, são analisadas em profundidade, é um
extenso e fascinante universo de potencialidades que cada um de nós tem, o nosso
cérebro.
O cérebro se modifica aos poucos fisiológica e estruturalmente como
resultado da experiência, a aprendizagem, a memória e emoções ficam interligadas
quando ativadas pelo processo de aprendizagem.
Entre os modos e oportunidades em que o cérebro se modifica e
desenvolve a sua estrutura para atender as novas exigências de desempenho, uma
delas está em aprender..
Estas modificações também são extensivamente estudadas pela
neurociência sob vários aspectos tidos como plasticidade cerebral.
A característica plástica de uma estrutura pode ser definida utilizando-se
como ponto de partida a possibilidade de alteração estrutural, adaptabilidade a nova
morfologia ou funcionabilidade ou ainda capacidade de transformação.
O termo plasticidade cerebral é aplicável as situações em que
determinadas estruturas cerebrais modificam-se de forma adaptativas as exigências
do desempenho (cognitivo, visual,auditivo e outras).
Antigamente admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade
regenerativa e que o cérebro era definido genéticamente no entanto, como explicar o
fato de pacientes com graves lesões, obterem com auxilio de terapias e estímulos, a
recuperação da função cerebral, a ciência tem comprovado através de pesquisas
que com o aumento do conhecimento sobre o sistema cerebral e que sendo ele mais
maleável e flexivel do que se imaginava ao se modificar sob efeito da experiência
das percepções, das ações e do comportamento.
O avanço dos neurocientistas na descoberta no que diz respeito à
plasticidade cerebral oferece uma nova visão de como acontece o processo de
aprendizagem e de aquisição de novas habilidades cerebrais, a plasticidade cerebral
pode ser aplicada á educação, deve-se considerar a facilidade do sistema nervoso
em se ajustar diante das diferenças e influências do ambiente por ocasião do
desenvolvimento infantil e também na fase adulta.
Segundo MARTA Relvas, “ A plasticidade em um organismo normal é o
processo de aprendizado que se desdobra em duplo aspecto: o motor, que se dá
28
num nível inconsciente e se faz de forma automática e o segundo nível, o consciente
que depende da memória, seja emocional, seja cultural.
O conceito de plasticidade cerebral pode ser aplicado á educação
considerando a tendência do sistema nervoso em ajustar-se frente as influências
ambientais durante o desenvolvimento infantil ou na fase adulta, restabelecendo e
restaurando funções desorganizadas por condições patológicas.
É preciso ressaltar os vínculos dos fenômenos plásticas cerebrais, com o
desenvolvimento do sistema nervoso na sua compreensão sócio-histórica-educativa,
observando-se a capacidade de resposta compensatória frente não apenas a lesões
patológicas, mas também, frente a influências externas.
A plasticidade cerebral pode ser encarada sob vários ângulos, seja
mediante abordagem experimental, seja na perspectiva mais concreta da existência
e expressão funcional do sistema nervoso, como por exemplo motricidade,
percepção e linguagem.
A aprendizagem é alcançada através da estimulação das conexões
neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção
pedagógica.
A escola deve ser capaz de desenvolver em seus alunos, capacidades
intelectuais que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentos acumulados.
O termo aprendizagem não é falar somente o que acontece entre paredes
de sala de aula, sob o ponto de vista da neurociência, é entender que cada um de
nós é único em seu conjunto e ao mesmo tempo peculiar no quadro de suas
capacidades e de atributos que suas múltiplas inteligências podem lhes trazer.
É principalmente, mudança de comportamento e de vista, sob olhares da
neurociência, é o movimento dos neurônios que se interligam criando ligações
(sinapses), trajetórias e redes de circuitos que se reforçam e se sustentam pela
repetição e pela necessidade do “uso” e sobretudo, da busca incessante pela
exploração de si mesmo, do meio ambiente e do outro.
De maneira geral, existe um certo desconhecimento da anatomia e da
fisiologia do SNC e periférico, são alguns questionamentos para saber por onde
passam todos os processos da aprendizagem do ser humano e como ocorre a
alfabetização no cérebro das crianças.
O aluno não pode ser tratado de maneira igual, o tratamento das
diferenças direciona melhor o ensino, e oferece qualidade na aplicação do método,
29
não se trata de preferência nem tampouco privilégio, é preciso envidar esforços ao
qualificar o trabalho pedagógico e consequentemente a melhoria do padrão de
ensino, saber que todos possuem diferenças essenciais e conduzi-la de forma
eficiente, demonstra competência e habilidade consolidando o trabalho escolar.
Assim, conhecer a anatomia e a fisiologia da aprendizagem, expurga os
conceitos errôneos e os pré-julgamentos de que a criança está sempre errada, é
incompetente ou até mesmo relapsa, é preciso associar o processo de aprendizado
e desenvolvimento humano ao funcionamento do cérebro e sua plasticidade.
È necessário constantemente buscar a harmonia no que se faz,
naturalmente a partir das semelhanças e diferenças de cada um, ser claro nos
objetivos, com as pessoas envolvidas, ouvir atentamente e perceber o que os outros
dizem.
Efetivamente educar é portanto fugir dos determinismos estabelecendo a
cultura humana como processo sob permanente transformação forçando o homem a
se livrar das “amarras” do mundo, do autoritarismo, da arrogância e da mesmice.
Caminhos e métodos, procura-se o sentido de ser e de verdade, é um
contínuo interrogar, o que são e como são os alunos, indagando sobre o ser das
pessoas, suas verdades e modo de configurá-las, possibilidade de conhecer implica
a possibilidade do existir, transita de um modo de conceituar o mundo para um modo
de ser-no-mundo, habitá-lo, viver nele, sentir a si mesmo e aos outros num contínuo
que é dialógico.
Não se pode afirmar categoricamente que tal método e tal tendência é
melhor ou pior, o mais importante é conhecer qual o público alvo a se atingir, suas
necessidades, suas carências, o meio em que vive, sua situação econômica e
social, é preciso buscar formas e métodos que possam se adequar a estes alunos
uma vez que as dificuldades por eles enfrentadas os tem colocados a margem do
conhecimento.
“Os conteúdos-métodos de apropriação ativa do saber implicam uma
relação dinâmica entre a ação cientificamente fundamentada do professor, a
vivência e a participação do educando” (LIBÂNEO, 2006.p.105).
Libâneo cita com muita propriedade que a educação antes de ser um
processo de formação cultural, é um fenômeno social.
A educação é um processo através do qual o individuo toma a história em
suas próprias mãos a fim de mudar o rumo da mesma, como, acreditando no
30
educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar,
enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha.
A décadas que os neurocientistas não são de longe uma ciência
permanente básica, hoje praticamente ela elabora o conteúdo das ciências que se
dedicam ao estudo do sistema nervoso, pesquisadores em educação tem tido
postura otimista de que as descobertas em neurociências contribuam para as teorias
e praticas educacionais.
A construção do conhecimento já não é produto unilateral de pessoas
isoladas, mas de uma vasta colaboração cognitiva distribuída , da qual participam
aprendizes humanos, sistemas cognitivos naturais e “artificiais”, o individuo está no
centro pois o conhecimento é a moeda desta nova era que por sua vez, é
incorporado ao individuo ou seja não é impessoal. Como preparar o individuo para
atuar neste novo contexto?
Há novas bases de conhecimento que estão sendo desenvolvidas, a partir
das atuais descobertas da ciência do cérebro que inspira a construção do que esta
sendo denominada : ciência da aprendizagem.
O cérebro se mantém saudável através de estimulação constante, a
aprendizagem é intensificada por novidades e desafios tendo no córtex cerebral a
área associada ao pensamento racional, á cognição e a consciência, é usado para
se comunicar, compor, escrever, desenvolver a linguagem, planejar além de ser o
centro da razão onde se desenvolve e acontece as habilidades de pensamento
superior.
No século XX, a sociedade industrial dominada pela máxima de
DESCARTES : Penso, logo existo, tomou nova conotação no século XXI, em plena
sociedade do conhecimento quando DAMÁSIO, famoso neurocientista, muda este
paradigma “Existo e sinto, logo penso”, primeiro é preciso existir (num corpo
biológico), segundo é preciso sentir e terceiro então é preciso pensar chegando a
síntese da pessoa completa e inteira, corpo emoção e razão são inseparáveis, uma
unidade indivisível, é a visão holística e integra, a visão escolar nestes novos
tempos deve ter como tarefa, educar o talento que vai criar o futuro.
Nestes novos tempos, as pesquisas e investigações da Neurociência tem
revelado dados surpreendentes sobre o funcionamento do cérebro humano,
mostram que o crescimento de novos neurônios acontece no hipocampo (região do
cérebro fortemente ligada á memória e aprendizagem) e ainda que a Inteligência
31
não é única, fixa e nem reside em um local determinado do cérebro como se
pensava no passado.
A inteligência atualmente é concebida como uma função do cérebro e
várias partes dele estão envolvidas em qualquer ação inteligente, a inteligência
muda com o tempo e com os estímulos disponíveis no meio ambiente, entre 10 e 20
anos de idade acontecem grandes mudanças além disso, todas as pessoas são
sabidas porém de forma diferente.
O cérebro é uma comunidade cooperativa de neurônios, uma grande rede
neural atuando em parceria para garantir vida ao organismo, é um órgão social que
se desenvolve melhor através de interação com outros cérebros.
O destino do cérebro depende de estímulos, da escola, da família e do
meio ambiente, além de elementos essenciais que influenciam na aprendizagem,
ambiente, idade, genética, nutrição, psicológico, áreas corticais e principalmente
motivação.
É fundamental que educadores professores, escolas, universidades,
entendam que são os sentimentos que impulsionam a aprendizagem positiva ou
negativamente, compreendendo que o aluno é um ser emocional que pensa,
coerente com esta nova visão é importante que os mestres aprendam a “ler e
entender” as emoções de seus alunos procurando lidar de forma adequada, com
elas o aluno constrói através de diálogo, conhecimentos com colegas, professores e
pessoas desenvolvendo competências e valores essenciais a fim de que possa viver
junto á família, a sociedade e no futuro ao exigente mundo do trabalho.
32
CONCLUSÃO
A educação nos dias atuais além de ser um grande desafio, é o maior
legado que se pode deixar para as gerações que estão se constituindo, o espaço na
educação não é somente um local de trabalho, um elemento a mais no processo
educativo, é antes de tudo um recurso, mais um no processo, um instrumento, um
parceiro do educador na prática educativa.
Uma prática pedagógica que aposta na capacidade das crianças de
realizarem atividades diversificadas dentro de uma perspectiva que descentra da
figura dos educadores, a maior parte das ações desempenhadas pelas crianças
redimensiona o papel do professor.
A neurociência pedagógica busca apoiar junto a outras disciplina, o
educando na direção do conhecimento pleno, a importância das atividades
neuroeducacionais onde ao apontar transformação no sistema, ressalta os vínculos
dos fenômenos plásticas cerebrais com o desenvolvimento do sistema nervoso.
Ela traz em sua bagagem, mecanismos que despertam nos profissionais
da educação uma motivação no desafio de ensinar, é preciso que se conheça a
anatomia e a fisiologia da aprendizagem tendo no educador a função onde o
encorajamento e os estímulos positivos possam proporcionar sensação de
segurança, otimismo e confiança ao aprendente.
Pensar em uma neuroeducação é pensar no futuro, é um trabalho
exaustivo e extenso onde os resultados naturalmente tem como principio, as
pesquisas, as buscas das soluções baseadas num trabalho multidisciplinar tendo
como estimulo as conquistas já obtidas ao longo do tempo.
As respostas encontradas na elaboração deste trabalho, são
insignificantes em face de sua complexidade, a união de todos, as pesquisas, novas
respostas aos problemas apresentados os quais afetam diretamente estudantes,
professores, família e sociedade.
É necessário encurtar a distância entre as pessoas e a escola, hoje já
bem menor assim como são incompletas algumas informações sobre motivos que
levam as estatísticas apontarem o crescente número de crianças com distúrbios e
transtornos.
33
A instituição escolar, cumpre importante função social onde ao promover
o desenvolvimento cognitivo, através do ensino\aprendizagem, o sujeito é inserido
de forma mais organizada no mundo cultural e simbólico.
A educação crítica oferece uma compreensão maior das necessidades
dos educandos tendo na neurociência pedagógica um novo e eficiente dispositivo de
intervenção.
“Custa-nos a ensinar como aprender, pois enfrentamos o dilema : entre o
que foi prometido e o que foi efetivamente realizado”
Conclui-se que este trabalho, é produto de algumas reflexões e tem como
escobo, dispor a educadores, profissionais e estudiosos neste processo de ensinar,
a neuroeducação, alguns questionamentos e problemas teórico-metodológicos.
O cotidiano da prática educativa, dos estudos e das pesquisas precisam
levar em conta em maior ou menor grau alguns componentes do processo docente
educativo: o método – como se aprende e ensina : o objetivo – para que se aprende
e ensina
É a destinação, o rumo, o caminho deste aprendente que precisa ser
redimensionado, uma alfabetização de cunho existencial, palavra-mundo, palavra
chão, como nos diz o mestre Paulo Freire.
Em síntese, este trabalho objetiva entre outras, oferecer subsídios no que
se refere a seus objetivos explcitados, a fim de que se possa alcançar resultados ao
encurtar distâncias, ao estimular e incentivar o aprendente através de ações
desencadeadas sob os pilares da neurociência e da pedagogia.
Por fim recomenda-se a leitura desta monografia em face de enfocar um
tema atualíssimo que envolve um enorme universo de pessoas certamente
envolvidas com a educação em nosso país e que saberão extrair conceitos,
promovendo debates, criando novas situações uma vez tratar-se de um trabalho
ainda não conclusivo.
34
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35
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WEISS, Maria Lucia, Psicopedagogia clinica. Ed WAK, 2006.
36
INDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 08 CAPÍTULO I 1- NEUROCIÊNCIA PEDAGÓGICA FACILITADOR DO PROCESSO EDUCACIONAL ................................................................................................. 11 1.1 – A Neurociência sob novos olhares ............................................................ 12 1.2 – A Ação Neuropedagógica .......................................................................... 14
CAPÍTULO II
2 - A NEUROCIÊNCIA E AS BASES EDUCACIONAIS ..................................... 18 2.1 – Intervenções Neuroeducacionais .............................................................. 19
CAPÍTULO III
3 – A NEUROEDUCAÇÃO E SUAS TRANFORMAÇÕES ................................. 26 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 34 INDICE ............................................................................................................... 36 FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................... 37
37
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
A NEUROCIÊNCIA E SUAS CONEXÕES COM AS BASES EDUCACIONAIS
Autor : Mário Cezar de Oliveira
Em
Avaliado por : Prof. Marta Pires Relvas Conceito :
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